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Sexto Empirico Tradugéo Hipotiposes Pirré Livro t Capitulo I: Sobre a principal diferenga entre os sistemas filoséficos. O resultado natural de qualquer investigacdo é que aquele que investiga ou bem encontra aquilo que busca, ou bem nega que seja encontravel e confessa ser isto inapreensivel, ou ainda, persiste em sua busca. O mesmo ocorre com as investigacoes filosoficas, e é provavelmente por isso que alguns afirmaram ter descoberto a verdade, outros que a verdade nao pode ser apreendida, en- quanto outros continuam buscando. Aqueles que afirmam ter descoberto a verdade sdo os “dogmaticos”, assim sao chamados especialmente Aristoteles, por exemplo, Epicuro, os estéicos e alguns outros. Clitsmaco, Carnéades e outros académicos consideram a verdade inapreensivel, ¢ 0s céticos conti- nuam buscando. Portanto, parece razoavel manter que ha trés tipos de filoso- fia: a dogmatica, a acadeémica e a cética. Sobre os dois primeiros sistemas deixemos que outros falem, nossa tarefa presentemente é descrever em linhas gerais (broTuTusTiKiis) a maneira cética de filosofar (okentKiis dywyiis), esclarecendo inicialmente que as nossas assergées futuras néo devem ser en- tendidas como afirmando positivamente que as coisas s&o tais como dizemos, mas simplesmente registramos como um cronista (boTopiKéis), cada coisa tal como nos aparece no momento. Capitulo Il: Sobre os argumentos dos céticos Na filosofia cética ha um tipo de argumentacao, ou linha de exposi¢ao, geral e outra especifica. Na argumentacdo geral apresentamos as caracte- risticas proprias do ceticismo, seus propésitos e princfpios, seus argumen- tos, seu critério e seus objetivos, assim como os “tropos” ou “modos” que levam & suspensdo do juizo (oi tpéT01 Tis énoxijs), o sentido em que ‘0 que nos faz pensar n°I2, serembro de 1997 116 | Sexto Empirico adotamos as formulas céticas, bem como a distingdo entre 0 ceticismo e as filosofias com que se relaciona. Na argumentacao especifica, ormulamos objegdes contra as diversas divisdes da assim chamada filosofia. Vamos, pois, considerar em primeiro lugar a argumentacao genérica, comegando nossa apresentacao com os nomes dados ao ceticismo. Capitulo Ill: Sobre as denominacées do Ceticismo A filosofia cética € denominada “zetética” devido a sua atividade de inves- ligar (Cyteiv) e indagar (oxénteabat); “elética” (EdertLKr), ou suspensi- va, devido ao estado (md@os) produzido naquele que investiga apés a sua busca; e “aporética”, ou dubitativa, seja, segundo alguns, devido a seu ha- bito de duvidar (émopeiv) e de buscar ((nteiv), ou devido a sua indecisao quanto a afirmago ou negacao; e “Pirrénica”, a partir do fato de que Pirro parece ter se dedicado a0 ceticismo de forma mais signilicativa do que seus predecessores. Capitulo Iv: © que é o Ceticismo? O ceticismo é uma habilidade (Bévayis) que opde as coisas que aparecem (@atvopeva) e que so pensadas (voounévwv) de todos os modos possiveis, com o resultado de que devido a equipoléncia nesta oposicao tanto no que diz respeito aos objetos (mpdypyact) quanto as explicagdes (Adyot), somos levados inicialmente & suspensao (10x) e depois a tranquilidade (¢tapatta) Nés o denominamos “habilidade”, néo em um sentido especial, mas simples- mente no sentido de “ser habil ou capaz de algo”. As coisas que aparecem {atvépeva) sdo entendidas neste contexto como objetos da percepcao sen- sivel (aic®nrd), os quais contrastamos com objetos do pensamento (voe rd), A expressao “de todos os modos possfveis" pode ser relacionada seja com a palavra “habilidade”, em seu sentido usual, como dissemos; ou pode ser rela- cionada com "ope as coisas que apatecem e que sao pensadas", na medida em que opomos coisas que aparecem a coisas que aparecem, coisas pensadas a coisas pensadas, coisas que aparecem a coisas pensadas e vice-versa, @ ex- pressdo “de todos os modos possiveis” permitindo designar todas estas dife- rentes formas de oposic20. Ou ainda, podemos relacionar “de todos os modos possiveis" com “coisas que aparecem e que s4o pensadas”, indicando que nao Hipotiposes Pirrénicas | 17 temos que nos perguntar sobre como o que aparece aparece, ou como o que é pensado é pensado, mas tomamos estes termos no sentido habitual. A ex- pressao “explicagdes que se opdem” € tomada nao na acepcdo de negacdo ¢ afirmacdo (dmoddouy Kai Katé&amw), mas na de explicacdes conflitantes (naxopévous). “Equipoléncia” ((ooaénerav) nés usamos no sentido de equivaléncia quanto a ser crivel (miottv) ou nao crivel (amoriav), indicando que nenhuma das explicagées em conflito € mais crivel do que a outra. A suspensao (roxy) € um estado mental de repouso (oTdots Stavoias) no qual nao afirmamos nem negamos nada. Ataraxia é a tranquilidade ou ausén- cia de perturbagao da alma (uxis). Como a ataraxia € obtida por meio da epoche & algo de que trataremos no capitulo sobre o objetivo do ceticismo (cap.XUl}. Capitulo V: Sobre o cético Na definicdo do procedimento cético (oxen Tkis dywyiis), esta incluida ado fildsofo pirrdnico: trata-se daquele que possui esta habilidade (Buvayis). Capitulo VI: Sobre os Principios (4pxa1) do Ceticismo A motivagao fundamental que leva ao ceticismo é seu objetivo de atingir a tranquilidade (drapatia). Homens de talento, perturbados pelas contradicd- es nas coisas e em duivida sobre que alternativa adotar, foram levados a inda- gar sobre as coisas (mpdypactv) verdadeiras e sobre as falsas, esperando en- contrar a tranquilidade ao resolver esta questao. O princtpio basico (apxr}) do ceticismo é o de opor (dvteKeia@ai) a cada explicacao (Adyos) uma outra equivalente (Aéyov ioov), porque acreditam que assim deixarao de ter uma atitude dogmatica (Goyparigew). Capitulo Vil: O cético dogmatiza? Quando dizemos que o cético nao dogmatiza, nao usamos 0 termo “dogma” como alguns o utilizam, no sentido genérico de “dar a aprovacio a algo”, pois © cético da assentimento a sensagdes que sao o resultado necessario de im- pressdes sensiveis, e ele no dira, por exemplo, quando sente calor ou frio, 118 | Sexto Empirico “Nao creio estar com calor (ou frio)". Mas dizemos que 0 cético nao dogmatiza usando “dogma” no sentido, mantido por alguns, de “assentimento a objetos néo-evidentes da investigacao cientifica”, pois os pirrénicos no dao assenti- mento a nada que seja ndo-evidente (d1)Awv). Nem sequer ao enunciat as formulas céticas sobre o ndo-evidente, tais como “Nao mais [isso do que aqui- o|", ou “Nao determine nada’, ou outras que discutiremos mais tarde {caps. XVII-XXVIII], 0 cético dogmatiza. Pois, enquanto para o dogmatico as coisas sobre as quais considera-se que dogmatiza sao realmente existentes, os céti- cos ndo empregam essas formulas de maneira dogmatica, como se fossem reais. Isto porque assim como considera que a formula “Tudo é falso” se aplica a si mesma além de a tudo mais (do mesmo modo que a férmula “Nada é verdadeiro”), também a formula “Nao mais”, deve ser entendida como dizen- do que ela prépria nao € mais isso do que aquilo, e portanto elimina a si mesma junto com o resto. E 0 mesmo dizemos das outras férmulas. Portanto, © dogmatico mantem serem reais as coisas sobre as quais tem crencas, mas 0 cético enuncia suas formulas de modo que elas proprias se auto-eliminam, € neste sentido nao podem ser considerados como enunciando-as de for- ma dogmatica. E 0 ponto principal ¢ que ao enuncié-las ele diz aquilo que Ihe aparece ¢ relata o que sente (nd€os) de forma nao-dogmatica, sem afirmar nada de positivo sobre o que existe na realidade externa @EwSev broKetpévwr). Capitulo Vill: © cético pertence a uma escola? Seguimos a mesma linha quanto & questéo sobre se 0 cético pertence a uma escola. Pois se entendemos que pertencer a uma escola significa aderir a um. conjunto de dogmas que dependem uns dos outros bem como do que apare- ce, € se dizemos que “dogma” é assentimento a algo nao-evidente, entéo con- sideramos que 0 cético nao pertence a nenhuma escola. Mas se entendemos por “escola” um procedimento que, de acordo com o que aparece, segue uma certa linha argumentativa mostrando como € possivel viver corretamente Ccorretamente” [6p8g] entendido como se referindo nao apenas a virtude, amas em um sentido mais amplo e aplicando-se a habilidade de obter a sus- pensao), neste caso dizemos que o cético pertence a uma escola, uma vez que seguimos de modo coerente, de acordo com o que aparece, uma linha de raciocinio que nos indica uma forma de vida em conformidade com as leis ¢ ‘0s costumes tradicionais e com nossos proprios sentimentos (olkela 740m). Hipotiposes Pirronicas | 119 Capitulo IX: O cético dedica-se as ciéncias naturais? Respondemos da mesma maneita ao examinarmos a questdo sobre se 0 cético dedica-se as ciéncias naturais. Nao estudamos as ciéncias naturais com 0 objetivo de proferir assercdes com firme conviccdo sobre os objetos destas ciéncias. Mas estudamos as ciéncias naturais de modo a sermos ca- pazes de opor a cada explicacdo cientifica uma outra explicagio equiva- Iente, ¢ com o objetivo de alcangar a tranquilidade. E € também desta mesma maneira que nos relacionamos com a légica e a ética, os outros ramos da assim chamada “filosofia”. Capitulo X: Os céticos rejeitam o aparente? Aqueles que afirmam que o cético rejeita o aparente (patvopeva) ndo prestaram atengao ao que dissemos. Pois, como dissemos antes, ndo tejeitamos as impress6es sensiveis (Savtaciav maSnTtK}v) que nos le- vam ao assentimento involuntario (dBoudr{tws) e estas impressoes sao © aparente (atvéqeva). E quando investigamos se as coisas na realida- de (UmoKelpevov) so como parecem ser, aceitamos o fato de que apa- tecem € 0 que investigamos nao diz respeito a aparéncia, mas a explica- cao da aparéncia, e isto é diferente de uma investigacao sobre o aparente ele proprio. Por exemplo, o mel nos parece doce (e aceitamos isto na medida em que temos uma percepcio sensivel da docura), po- rém se € doce em si mesmo ¢ algo questionavel, pois nao se trata mais de uma aparéncia, mas de um juizo sobre o aparente. E mesmo se for- mulamos argumentos sobre o aparente, isto nao se deve a intengdo de rejeitarmos as aparéncias, mas apenas de mostrarmos a precipitacao do dogmitico, pois se a razdo nos ilude de tal modo que nos tira até mes- mo o aparente de debaixo de nossos olhos, ent4o temos que tomar cui- dado no caso das coisas nao-evidentes (48rjXoLg) para nao nos precipi- tarmos ao segui-la. Capitulo XI: Sobre o critério do ceticismo Que aderimos ao aparente é claro a partir do que € dito sobre o critério (xpi trptov) do ceticismo. O termo “critério” € usado em dois sentidos: no 120 | Sexto Empirico primeiro, os critérios geram crencas sobre a realidade ou nao de algo (dis- cutiremos estes critérios ao refutd-los),' e no segundo, temos critérios de acio, de acordo com os quais em nossa vida cotidiana praticamos certos atos € evitamos praticar outros, e € destes critérios que tratamos aqui. Di- zemos entao que para os céticos o critério € a aparéncia, querendo dizer com isso as impressdes sensiveis, uma vez que estas consistem em sensa- ‘goes € aleccoes involuntarias ¢ logo ndo estao sujeitas ac questionamen- to. Portanto, presumivelmente ninguém discutira se uma coisa existente (brroxeipevov) tem esta ou aquela aparéncia, o que se discute é se de fato corresponde aquilo que aparece. Aderindo, portanto, ao que aparece, vivemos de acordo com as normas da vida comum @uwTuciw Trpnow), de modo nio-dogmético, jé que nao pode- mos permanecer totalmente inativos, Essas praticas que regulam a vida co- mum parecem ser de quatro tipos, consistindo primeiro na orienta¢ao natural (agnytige $8ceus), depois no cardter necessario das sensagdes (dvdyxy TaQév), em seguida nas leis e costumes da tradicao (napaSdcer vopov Te kai €0av), e por fim na instrugao nas artes (6SaoxaXi¢ Texviiv). Pela orien- tacdo natural somos capazes de percepgao e de pensamento; & devido ao ca- rater necessario das sensagdes que a fome nos leva A comida ea sede a bebida; dadas as leis e os costumes da tradi¢ao consideramos em nossa vida cotidiana a piedade (eaeBeiv) como um bem e a impiedade como algo de rim; gracas @ instrucio nas artes néo permanecemos inativos naquelas que adotamos, E dizemos tudo isso de forma nao-dogmitica. Capitulo XII; Qual a finalidade do ceticismo? Nossa proxima questiio sera a finalidade do ceticismo. “Finalidade” (réhos) € aquilo visando o que todas as aces e raciocinios sao realizados, enquanto que ela propria nao existe com nenhum outro objetivo; ou ainda, o fim wltime do que se deseja, Dizemos ainda que a finalidade do cético ¢ a wanquilidade em questdes de opinido e a sensac4o moderada quanto ao inevitavel. Pois 0 céti- co, tendo comegado a filosolar com 0 objetivo de decidir acerca da verdade ou falsidade das impressdes sensiveis de modo a alcancar com isso a tranqui- idade, encontrou-se diante da equipoléncia nas controvérsias, ¢ sem poder 1 Livro tl, 14-27, Hipotiposes Pirrénicas | 121 decidir sobre isto, adotou a suspenséo, e, em consequéncia da suspensdo se- guiu-se, como que fortuitamente, a tranquilidade em relagdo as questées de opinido. Pois aqueles que mantém uma opinido sobre se algo € por natureza bom ou mau estéo sempre perturbados. Quando se encontram privados da~ quilo que consideram bom, sentem-se alligidos por algo naturalmente mau e passam a buscar aquilo que pensam ser bom. # ao obter isso sentem-se ainda mais perturbados, jé que ficam contentes de forma irracional e imoderada e pas- sama recear que as coisas mudem e percam aquilo que pensam ser bom. Mas, a0 contrario, aqueles que nao determinam serem as coisas naturalmente boas ou més, nao as evitam nem as buscam avidamente, e, por isso, nao se perturbam. Um Jato que se conta sobre o pintor Apeles se aplica igualmente ao cético. Certa vez, segundo se conta, Apeles estava pintando um cavalo e desejava representar a espuma em sua boca, porém, sem sucesso, desistiu disto e lan- gou contra a tela a esponja que usava para limpar os pincéis, conseguindo com isto 0 eleito pretendido da espuma na boca do cavalo. Do mesmo modo, os céticos pretendiam alcancar a tranquilidade decidindo sobre as anomalias em relagdo as sensagdes € aos pensamentos, ¢ incapazes de conseguir isto, suspenderam o juizo. Ao fazé-lo, entretanto, descobriram que, como que por acaso, a (ranquilidade seguiu-se a suspensdo, como uma sombra segue um corpo. Nao supomos, contudo, que o cético ndo tenha perturbagées, mas admitimos que ele sofra as perturbacées inevitaveis, pois ele sente frio e sede e varias sensacdes deste tipo. Mas, mesmo nestes casos, enquanto que as pes- soas comuns sio afetadas de duas maneiras: primeiro pela afeccdo ela propria, e, além disso, igualmente, pela crenga de que isto é ruim por natureza, os céticos, ao tejeitarem a crenca adicional de que estas coisas so ruins por natureza, sofrem menos com isso. Portanto, dizemos que, em relacdo a ques- toes de opiniao a finalidade do cético é a tranquilidade, e em relacao ao ine- vitével uma forma moderada (netpLondéetav) de sensagio. Mas alguns céti- cos importantes acrescentaram como uma finalidade adicional, a suspensdo do jutzo em relagao ao que se investiga Traducdo de Danilo Marcondes Nota do Tradutor As Hipotiposes Pirrénicas de Sexto Empirico (séc.II) s40 nossa principal fonte de conhecimento do Ceticismo Pirrénico, e apds sua traducao para 122 | Sexto Empirico o latim (por H. Etienne) em 1562 e subsequente divulgacao, tiveram uma influéncia marcante no desenvolvimento do Pensamento Moderno. Apre- sentamos aqui os doze primeiros capttulos do Livro I desta obra, que nos parecem especialmente importantes por conterem uma caracterizacéo de alguns dos conceitos-chave do Ceticismo. Esta traducao baseia-se no texto grego da edicao da Loeb Classical Li- brary (Harvard University Press, Cambridge, Mass., e Heinemann, Lon- don, 1976 |1a.ed.,1933] ), apresentado paralelamente, bem como nas tra- dugdes para o inglés de R. G. Bury da edi¢ao Loeb, na de J. Annas ¢ J. Barnes (Outlines of Scepticism, Cambridge Univ.Press, 1994) e na mais re- cente de Benson Mates, The Skeptic Way, Sextus Empiricus’s Outlines of Pyrr- honism, Oxford Univ.Press, 1996. E significativo notar que apés mais de 60 anos de existéncia da traducdo de Bury para o inglés, surgiram mais duas novas tradugées para esta lingua, o que atesta o interesse que a dis- cussio sobre o ceticismo vem despertando na filosofia ultimamente Optamos por manter o titulo original “Hipotiposes”, embora Bury, An- nas e Barnes e Mates o traduzam por “outlines”, e em espanhol se encontre frequentemente a traducio “bosquejos", sendo que ambos estes termos po- deriam ser traduzidos por “esbocos”. Consideramos, entretanto, que o ter- ‘mo “hipotipose* tem um sentido bastante espectfico, designando um tipo de texto, de resto bastante comum na época. Enesidemo (séc. 1 a.C.), fun- dador do movimento cético de que Sexto Empirico foi um seguidor, escre- veu também Hipotiposes, obra hoje perdida. O termo “hipotipose* designa uma figura de linguagem consistindo em uma descrigao tio vivida de algo que € como se o livéssemos diante de nds.” Esta é a definicao que encon- tramos, por exemplo, na Institutio Oratoria (IX, 2, 40) de Quintiliano: “tra- ta-se de uma representagao dos fatos em termos t4o expressivos que cre- mos vé-los ¢ ndo apenas ouvi-los”, E com base nesta acepcao de “hipotipose”, bastante distante de um simples “esbogo", que preferimos manter o termo original. 2. V.J, Laurent, “La Notion desquisse’ selon Sextus Empiricus", Revue Philosophique de la France etde etranger, n. #, Oct (Dec. 1993, pp. 649-659, Departamento de Filosofia da PUC-Rio Cursos, Publicagdes e Eventos Programados Cursos Cursos Regulares Alem de graduagdo, mestrado e douto- tado, o Departamento de Filosofia da PUC-Rio oferece uma pos-graduacao lato sensu em Filosofia Contemporanea. Com duragao de dois anos, 0 curso é voltado para aqueles que se interessam. em discutir filosoficamente temas do mundo contemporaneo. Inscri¢des para os programas de mestrado e douto- rado no Departamento de Filosofia; para o programa de pos-graduacao lato sensu na CCE (vide enderegos absixo). Publicagées + Cadernos do Departamento de Filosofia da PUC-Rio— [o que nos faz pensar]. Na- eros anteriores (& excegdo don. 1, que esta esgotado) disponiveis na Secretaria do Departamento de Filosofia da PUC-Rio. Asair + Especial sobre Nietzsche. Org. Katia Muricy. Outras Publicagdes + Menon, de Platdo, edigao bilingne gre- gofportugues com traducso ¢ notas da prof* Maura Iglesias. Primeiro volume da colegao “Bibliotheca Antiqua”, série “Gre- 8". Publicagao do Niicieo de Estudos de Filosofia Antiga + Cadernos de Tradugao do Departamento de Filosofia da PUC-Rio. Volume 1: O Ver- bo Grego “Ser”, Coletanea dos artigos do prof. Charles Kahn (Universidade da Pennsylvania) sobre o verbo einai. Cole- fo “Filosofia Antiga — Os Comentado- tes”. Publicacto do Nuicleo de Estudos de Filosofia Aniiga. Grupos integrados Nticleo de Estudos de Filosofia Antiga Projeto de pesquisa na area de Filosofia Antiga, financiado pelo CNPq € coorde- nado pela prof Maura Iglésias, cujo obje- tivo € o estabelecimento de um centro de exceléncia na rea, Desenvolve atualmen- te, além das pesquisas individuais de seus integrantes, as seguintes atividades: @) formacao de uma biblioteca especiali- zada; (b) criacdo de um banco de dados bibliogrAficos; (c) formacao de novos pesquisadores: (d) cursos de grego classi- coe de latim; (¢) tradugdo de textos pri- marios antigos para publicagao em edi- 40 bilingue; (1) tradugées de autores secundarios (comentadores e intérpre- tes modernos dos textos antigos). Nacleo de Estudos sobre 0 Ceticismo Coordenado pelo prof. Danilo Marcon- des, conta com 0 apoio do CNPq sob a forma de Projeto Integrado, tendo a par- ticipacdo de bolsistas de iniciagdo cientt- fica e de pés-graduagao. O nucleo se de- dica a andlise e discussio de temas centrais da tradigao cética antiga € moder- na, bem como A leitura de textos clissicos do ceticismo, sobtetudo a obra de Sexto Empirico, mantendo um seminario sema- nal Nucleo Provas, Tipos e Categorias Projeto de Pesquisa Integrado - CNPq, coordenado pelo Prof. Edward Her- mann Hauesler. © grupo tedine pesqui- sadores dos departamentos de Filosofia ¢ Informatica com o objetivo de investi- gar os conceitos logicos de Prova, Tipo e Categoria. Alem das atividades regulares de pesquisa (semindrios, cursos, reda- cho de textos, etc.), 0 grupo de pesquisa realiza anualmente um encontro de tra- balho com a patticipacao de pesquisado- res de outras instituicées. Eventos * Charles Kahn, da Universidade da Penn- sylvania, a convite do Nucleo de Estudos de Filosofia Amtiga da PUC-Rio, estard nes- ta universidade proferindo as seguintes pa- lestras: 20/08: “A New Interpretation of Plato's Socratic Dialogues": 21/08: “Socrates”; 22/08: “Flux and Forms in the Timacus”; 26/08: “Seminar on Being and To Be"; 27/08: “Religion and Philosophy in the Sisyphus Fragment”, 28/08: “The Autenticity of Piato's Seventh Epistle” Na ocasito, serd langado o volume 1 da série “Filosofia Antiga - Os Comentado- res", dos Cadernos de Traducao do Depar- tamento de Filosofia da PUC-Rio, onde es- tardo reunidos, traduzidos para 0 portu- gues, artigos de Kahn sobre o verbo gre- go sere oconceito de Ser. + Francoise Dastur, da Universidade de paris XAl, darénos dias 02, 03, 04 €09, 10 11 de se- tembro, de 10-00hss 12:00hs,um curso so- bre“A Falano Elemento do Poema. Situagio dodito de Georg Trak”, de Martin Heidegger. + Gianni Vattimo estard na PUC entre 28 de setembro ¢ 04 de outubro (a data exataain- daesta para ser confirmada), onde proferira palestra sobre “Arte e Verdade”, tema de um capitulo de seu livro O Fim da Modenidade. Vattimo também pretende falar sobre seu ul- timo livre Para além da Incerpretacdo Pontificia Universidade Catotica do Rio de ‘Janeiro — Coordenagao Central de Extensdo (CCE) Rua Marques de Sao Vicente 225, casa XV Gavea - 2453-900, Rio de Janciro, Ry. Tel, 529.9212; 529-9335, 2744148. Fax 259-1642 e-mail: mam@rdepuc=rio. br. Pontificia Universidade Catélica do Rio de Janeiro — Departamento de Filosofia Rua Marqués de Sao Vicente 225, 1149L, Gavea—22453-900, Rio de Janeiro, Rj Tel: 529-9310, 239-4085 Fax: 239-4085 e-mail: flos@il,puc-rio.br 11 Congresso Kant 200 Anos da Metafisica dos Costumes A Sociedade Kant-Brasileira, o Departamento de Filosofia da PUC-Rio ¢ 0 Seminério Filosofia da Linguagem (IFCS/UFRS) anunciam a chamada de trabathos para o Il Congresso Kant, a ser realizado de 07 a 11 de dezembro em Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro. Embora o congresso seja comemorative dos 200 anos da publicagao da Metafisica dos Costumes, ser8o considerados trabalhos referentes aos diversos temas da obra de Kant e & critica de outros pensadores a ela. © tempo reservado & comunicacao de cada trabalho & de 20 minutos, sequindo-se um debate de 10 minutos. Os interessados deve enviar seus textos, acompanhados de um resumo, até o dia 15 de setembro. Seria oportuno 0 envio, até o final de novembro, de uma verséo em inglés do texto. As comiss6es Organizadora e Executiva esto envidando esforgos no sentido de obter apoio financeiro para as despesas com passagens, trastado e hospedagem dos que tiverem seus trabalhos aceitos. 5 trabalhos devem ser enviados para o seguinte endereco: Comissao Executiva do It Congresso Kant Pontificia Universidade Catélica do Rio de Janeiro Departamento de Filosofia Rua Marqués de Sao Vicente 225, sala 11491. Gavea - 2453-900 — Rio de Janeiro, RJ. Tel.: (021) 529 9310 e (021) 239-4085 Fax: (021) 239-4085 e-mail: ulysses@fil.puc-rio.br Aos Colaboradores 1 As colaboragoes para esta revista devem ser enviadas em trés cépias para o seguinte endereso: Pontificia Universidade Catdlica do Rio de Janeiro Departamento de Filosofia Rua Marqués de Sao Vicente 225, 1149L. Gavea 22453-900, Rio de janeiro, RU. 2 Osartigos escritos em qualquer versio do WinWord podergo ser mandados em disquete (3.5"). Os demais devem ser datilografados ou impressos em espaco duplo, sem uso do verso do papel e, em principio, devem constar de, no maximo, 30 laudas (30 linhas com setenta batidas por linha). A editoria se reserva o direito de, excepcionalmente, aceitar trabathos que excedam esse fimite. 3. Nao hé obrigatoriedade de que o artigo nao tenha ainda sido publicado, Em caso de prévia publicagéo da colaboracdo que nos for enviada, solicitamos que seja citado o nome e data da publicagso onde originalmente apareceu, ¢ que haja a devida aceitacao de seus editores. 4 — Artigos em espanhal, francés e inglés serao aceitos. 5 Os autores seréo informados sobre a aceitagdo de seus artigos (favor enviar enderego para contato). Essa aceitagSo, entretanto, nao implica necessariamente na publicagdo no numero seguinte ou em algum numero determinado da revista. 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