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COLETANEA DO USO DO AGO mv 1 PRINGIPIOS DE ~ ARQUITETURA EM AGO mii iT | Heloisa Martins Maringoni ata hy iret Coordenagao Técnica: Christiane Mirian Haddad Colaboragao Djaniro Alvaro de Souza Fabio Domingos Pannoni Fernando Ottoboni Pinho Rosingela C. Bastos Martins Coordenagao Grafica: Andréa Vicentin APRESENTACAO Este volume 4 da Coletanea do Uso do Aco, sobre os principios da arquitetura que utiliza a estrutura metalica como sistema estrutural, comega com um resumo cronolégico contendo a descrigao de alguns materiais e a evolucao cientifica e tecnolégica das descobertas estruturais ‘nos tltimos séculos, com a data e a identificacao do autor, o que é uma novidade em publicagdes de engenharia Coloca a seguir, de forma questionadora, que para conceber a arguitetura como espaco construido sera necessério precisar com a maior clareza possivel, no atendimento as necessidades funcionais, quais 0s componentes estruturais a serem utilizados como eles deverdo ser articulados, de modo a garantir a estabilidade da forma - propriedade integrante inseparavelda mesma. Esta preocupa¢4o fenomenolégica e qualitativa, prépria da forma de pensar de Heloisa, revelao seu potencial criador, aspecto pouco comum na engenharia de estruturas e que muito auxilia o arquiteto ao conceber um projeto onde a estrutura nasce junto com a definigao do partido formal - néo apenas como opgao aleatoria do material a ser utilizado - pasando a constituir uma parte importante e detinidora do todo. O capitulo 3 trata da especiticidade do projeto em aco e descreve seu proceso de produgao, sua sustentabilidade, suas variadas tipologias, conceitos e vantagens, sua condigaéo de produto industrializado e sua racionalidade na composigao entre si e com os demais componentes da construgao. Descreve a tipologia estrutural de elementos basicos nds, barras e laminas cuja combinagao gera sistemas e exemplifica os principais: quadros, treligas, arcos, pérticos, estruluras estaiadas e sistemas de planos malhas, grelhas, treligas associadas a malhas, sistemas celulares, membranas. Termina esta série com sistemas tridimensionais como as geodésicas e as estruturas espaciais. A autora continua a abordagem do projeto estrutural tratando dos esforcos solicitantes e resistentes: axiais, de flexao, cisalhamento, torgaio e deformagées. Encerra falando sobre 0 dimensionamento, as ligagdes, 0 detalhamento, a fabricagao, 0 transporte, a montagem e a manutengao. Este trabalho surge oportunamente, como mais uma contribuigéo para a formagao de estudantes, arquitetos e engenheiros cujo interesse nas estruturas metalicas vem crescendo, que reclamam o conhecimento nesta area, dificultado pelo nimero reduzido de publicacoes especializadas. Esta edigao vem, assim, preencher uma lacuna no entendimento do aco estrutural em edificagdes, ajudando a romper a resisténcia ao seu uso fendmeno que ocorre s6 no Brasil, visto que nos principais paises da Europa, América e Asia sua utilizagéo ocorre em grande escala, ha varias décadas Arg. Siegbert Zanettini Prof. Titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Sao Paulo TaLETRNEA DOOD ORD iNDICE 1 Introdugao...... 4 - Gronologia......- 2.0 Ante-Projeto 1 - O que Vocé Quer?. 2.1.1 Salistazer as necessidades e possibilidades do cliente... 21.2 Espagos o.esen 2.1.3 Volumes...... 2.1.4 Estética 2.2- O que Voce Pracisa?, 2.2.4 Vos 2.2.2 Cargas... 2.8 - O que Voce Pode? 2.3.1 Normas e limitagdee.... 2.3.2 Materiais...... 2.3.3 Custos 2.3.4 Execucéo .. 3.0 Projeto em Ago 1- OAgo... 3.1.4 Descrigao do material 3.1.2 Sustentabilidade 3.1.3 Perlis de ago 3.1.4 Solugdes especiais 3.2 - 0 Projet... 3.2.4 O nascimento do projeto....... 3.2.2 Vantagens do uso do ago 3.2.3 Construcdo industrializada 3.2.4 Fechamentos. 3.2.5 Coberturas.... 3.2.6 Corrosdo.... 3.2.7 Tratamento de superficie e revestimentos. 3.2.8 Estruturas mistas 3.2.9 Outros TaLETRNEA DOOD ORD 3.3 - Projeto Estrutural. 40 3.3.1 Tipologia estrutural.. 40 3.3.2 Sistemas estruturais.. 43 3.8.3 Esforgos solicitantes e resistentes 55 3.3.4 Formas das segées. 58 3.3.5 Aspectos conceituais 60 3.3.6 Pré-Dimensionamento..... ..60 3.3.7 Dimensionamento 61 3.3.8 Ligagdes. 62 3.8.9 Detalhamento ..... 63 3.3.10 Fabricagao 64 3.3.11 Transporte. 64 3.3.12 Montagem 64 3.3.13 Manuteng0.....r. 65 3.4 - Detalhes de ObIaS «sc sssneientntatstetsnntieenenentntenaneaaee 68 4 Bibliogratia nH GOLETARER BS TSO DORE | mi ue ia i “ =f! Hy He | i! i i nit Wi Wilt INTRODUGAO ‘Aco é sinénimo de arquitetura moderna, No século XX, este material inspirou arquitetose engenheiros, combinando resisténcia e eficién- cia com oportunidades de expresso escultural. Hoje, na era do pluralismo arquiteténico ¢ da inovagao da engenharia, 0 ago esta presente nos mais sofisticados e modernos edificios. Parte disso se deve evolugao a pasos largos da metalurgia, andlise estrutural, fabricagdo, montagem e desenvolvimento de componentes construtivos que complementam e fecham a estrutura. Os limites do ago sao cada vez mais explorados, técnica e expressivamente gerando solugdes estéticas ricas, criativas e variadas. Os Perfis Gerdau Agominas vieram reforgar a tendéncia da racionalizagao e da utilizagao da construgao industrializada. Os arranjos das ligagdes podem ser padronizados e transiormam-se em elementos arquitetoni- cosimportantes. Este Manual fornece uma visdo geral de conceitos construtivos e estruturais em que a maioria das edificagdesse baseiam TEAR DOORS OO RED 1.1 - CRONOLOGIA ova wen wie: Buoy su eum ep ume oP nd, 90 (na stonaa coeseinsana (ura) eounnee sonpevoae ‘Weal epee ong seomteyeas “ita sg 200 010] 0 nosis (esse ga) ou 0 -stuosee spew nor ‘voit sino wen (eunca)se4en sp oneumoseny p{Bojousa 2 BIOUgID cpsens eppnysusy sieueren, TaLETIRER DOOD DORGS NY em | il ————WS=+ SS NU i i SS Soil pit ATEN | Fl | <= Su |] i | | | "| oer | i i iH c a | | Sy ] | | ee eee i | | ih NN es if HH | 3 | } } | Ky, ee Taina lth 2.1 - O que Vocé Quer? Santiago Calatrava Tenerife Concert Hall Santa Cruz de Tenerife - llhas Canarias - Espanha - 1991 fe TOLETANER DO USD OOATO 2.1.1 - Satistazer as necessidades e possibilidades do cliente Eimprescindivel atender as expectativas do cliente, detinindo formas, utilizagao e custos dentro dessas possibilidades. 2.1.2-Espagos Definir um partido, Atender a um programa, na disposigdo légica de espacos funcionais, obser- vando condigdes de conforto e estética. 2.1.3 - Volume Limite entre o aberto e 0 contido. O que protege. Oque se mostra. Embalagem. 2.1.4-Estética ‘A separagao e a unio dos espacos e volumes determinam a forma. A estrutura a conforma através de um conjunto de elementos, inter-relacionados, caracterizando a sincronia ea satisfa- 40 dos sentidos. TELEIRER DSTO DORGS 2.2 - O que Vocé Precisa? Walter Gropius, Adolf Meyer e Eduard Werner Fabrica de formas de calgados Fagus Alfeld/Laine 1910/1914 ‘GOLETANEA DO USD DOAGO fe 2.2.1-Vaos Oatendimento um programa muitas vezes pede vaos especiais: para uma linha de montagem, pratica de esportes, passagem de veiculos ou equipamentos, salasde espetaculos. A relagéo entre vaos e custos nao é linear. V4os pequenos podem estar desprezando as potencialidades do material. Vos grandes podem ser deformaveis ¢ antieconémicos. Custos 2.2.2-Cargas Aavaliagdo de cargas sobre uma estrutura é um item de grande importancia. Dela depende nao ‘$6 0 dimensionamento de cada elemento do conjunto, mas também o sistema estrutural a ser adotado. Ha uma série de cargas que aluam numa estrutura, sobre algumas temos a liberdade de esco- tha. Avalid-las de acordo com as necessidades do projeto é um meio de otimizar custos. Cargas permanentes ‘Sua avaliagao € fungao dos materiais escolhidos: + Peso préprio da estrutura - aco, concreto, madeira, etc, + Vedagdes- alvenarias, painéis e caixilhos + Acabamentos- pisos, enchimentos, forroseimpermeabilizagbes + Paisagismo -jardins sobre lajes + Implantagao - arrimose contengées + Coberturas- telhase isolamentos + Instalagdes - hidraulica, elétrica, actistica, equipamentos, ete. fl TaLETIRER DOOD DORGS Cargas de utilizagao Sao estipuladas por normas para cada fim de uso, Podem ser cargas de pessoas, méveis, veiculos, equipamentos, material armazenado, etc. ‘ANorma NBR 6120 engloba Sobrecargas e Cargas de Utilizagao num mesmo item denominado Cargas Acidentais. Cargas Acidentais conforme NBR 6120 Tipo Local ee , Dormitérios, sala, copa, 150 aos cozinha, banheiro Dispensa, area de servigo e lavanderia 200 Com acesso a0 puiblico 300 Escadas Sem acesso ao piiblico 250 Escrit6rios a 200 - Galeria de lojas 300 Lojas Lojas com mezaninos 500 Restaurantes 300 Garagens e i ce oe Veiculos de passageiros 300 sc Salas de aula, corredor 300 ace Outras salas 200 Bibliotecas Salas de leitura 250 Depésito de livros 400 1 Com acesso ao publico 200 Snes. Sem acesso ao pulblico 300 Forros ‘Sem acesso a pessoas 50 TOLETANEADO TSO BOATO * s 2 > 3 3 : g 8 2 & o 3 3 3 5 é & 160 kgm" 200 kgim Eg ES = 8 2 3 3 8 g s 8 s 3 2 °° 3 g = 3s a & 3 42 pessoas em 10 m* ‘57 pessoas em 10 300 kgim® 400 kg/m Sobrecargas Sao aquelas que podem ou nao agir sobre a estrutura, independente de nossa determinacao. Assim serdo as cargas de vento, variacao de temperatura, recalques, e uma reserva de carga para atender eventuais manutengdes, acl mulos de residuos, etc. Cargas de recalque temperatura dependem da condigao local, ¢ deve ser avaliadas com bases em dados e observacées. Para a agao dos ventos as cargas so determinadas em fungo da localizagao da obra, allurae forma do editicio, utiizagdo e aberturas, conforme NBR6123. Cargas dindmicas Dependem do uso e do tipo de estrutura. No caso de equipamentos, devem ser obtidas junto ao fornecedor. Para 0 caso de fluxo de vetculos ou vibragao, podem ser consideradas através de coeficientes de majoracao sobre as cargas de utilizagdo. Estruturas muito esbeltas, sujeitas & agao do vento, devem ser verificadas sob andlise dinamica. Ex.: areas industriais com prensas, galpées com pontes-rolantes, pontes ferroviérias e rodovidrias, passarelas, etc fl TaLETIRER DOOD DORGS 2.3 - O que Vocé Pode? Foster Associates (arq.) e Ove Arup and Partners (eng.) Sede de vendas da Renault ‘Swindon-Wiltshire - Inglaterra ‘GOLETANEA DO USD DOAGO Mt 2.3.1 - Normase limitagdes Aarquitetura ao definir a forma, cria o objeto, o limite entre o natural eo artificial. Esta criagdo interfere no urbano, torna-se um ato social, e como tal tem que atender regras de sociabilidade, limites, A estrutura também os tem. $6 que seus limites séo os da seguranga e do conforto, resultados de experiéncias, estudos e observages que ao longo da histéria das construgdes se consolidaram como regras. A matéria prima disso tudo, também tem suas limitagdes. Limites de resisténcia, de deforma- ges, de trabalhabilidade, de confiabilidade. 2.8.2- Materiais Atecnologia se desenvolve em fungao dos materiais disponiveis em cada localidade. Os materiais tem caracteristicas especiais e distintas referentes & resisténcia, confiabilidade, elasticidade, etc. Os materiais naturais, como a madeira tem pouca resisténcia a agressées climaticas, boa trabalhabilidade e bom conforto térmico, mas tem grandes incertezas quanto & homogeneidade das caracteristicas mecdnicas, que podem se alterar ao longo de uma mesma peca conforme o sentido das fibras. Serao necessarios verificagdes e dimensionamentos especiais nas ligacoes ¢ vinculos e 0 uso de um coeficiente de seguranca maior sobre as tensdes a que as pecas estaréo submetidas. Oconcreto armado éum material composto por cimento, areia, pedra, Agua e aco, usualmen- te moldado “in loco”. Deve haver controle na mistura, execuc&o e cura para garantir que sua resisténcia nominal fique préxima a de trabalho. Tém uma boa confiabilidade, com coeficientes de seguranca menores que os da madeira. Nao ¢ reciclavel. © ago é um material desenvolvido a partir de ligas produzidas industrialmente sob rigido controle. Tém étimas condigées mecanicas, alta resisténcia, boa trabalhabilidade, homogenei- dade e menores graus de incerteza no seu comportamento. Em decorréncia disso, os coeficien- tes de seguranga sao bem baixos o que garante otimizagao no uso do material. E 100% recicla- vel. TaLETIRER DOOD DORGS 2.8.3 - Custos Uma solugéo pode ser tecnicamente adequada, mas apresentar alto custo de execugao. Os custos dependem do mercado dos materials e da oferta de mao de obra. As solugdes mais econémicas podem variar dependendo do local e do momento econémico. Assim, para a escolha de uma boa alternativa estrutural, é necessarlo balancear estes parame- tros. Uma estrutura mais leve (menor quantidade de material) pode levar a um alto custo de mao de obra. O custo de mao de obra sobre pecas industrializadas tem sensivel redugéo em fungao da repetitividade. Solugdes padronizadas, equalizagdo de vaos ¢ dimensdes de pecas, detalhes de ligagdo, tra- zem, além de economia, facilidade no transporte ena montagem. Avaliar 0 empreendimento como um todo, considerando os fatores mencionados, mostra 0 panorama real da obra. A substituigdo de parte do orgamento pode trazer surpresas na totaliza- Gao dos custos. Detalhes especiais sao como poesia, fundamentais desde que essenciais. 2.3.4- Execugao Definir 2 metodologia, dimensionar o tamanho € as especialidades dos profissionais envolvidos numa equipe para execugdo de uma obra, é algo que depende do local, orcamento e tempo disponiveis. Isto tanto pode ser resultado quanto condicionante do partido estrutural e materiais adotados. Garacteristicas Madeira [Concreto| Ago | Ago Inox_| Aluminio a tnateaa média | boa | média | média | 6tima Gontiahilidade ruin boa | dtima | étima | stima Disponibilidade média__ | dtima | étima boa boa Rapidez de execugto boa | média | dtima | otima | otima Densidade kgim? | 600.a1.200| 2.600 | 7.850 7920 | 2770 Resistencia kgt/om? 130 4oo | 3.450 | 2800 | 3.200 Madu, sass kgtiem? | 168,000 | 250,000 | 20.500.000 | 19.300.000 | 700.000 soctents, 10° to | 117 173° | 228 TOLETANEADO TSO BOATO I leew = =| Aili | | ii! | ||| ee mee HM! ||| ml i TT See UP PEE) || | i | — SSS | TT pl a! i iH c ee Po eh 2 | | | ierees) Pel is | | | he ie MH | | | } | Ky, ee Taina lth 3.1-OAgo 3.1.1 - Descrigao do material Oferro existe abundantemente na natureza geralmente na forma de dxidos. Ominério de ferro, o coque e os fundentes sao as matérias primas deste processo que envolve a redugao do dxido de ferro a ferro gusa no alto forno. Seu refino acontece na aciaria, onde haa adicao de Cobre, Niquel e Cromo entre outros. benzeo "guns a, am —> walne Lngetemert nae nen tne ae ee ait | coquaria ore eee see a a ap Foregpice Estate oe = ‘Allo-Fomo —Dessulfuraggo —Conversor LD Argonio O controle do teor de carbono ¢ de sua composigéo quimica permite a obtencao de inimeros tipos de aco, diferentes quanto a dureza, resisténcia mecénica, ductilidade e resisténcia a corrosdo. O resultado é um dos materiais de maior resisténcia e menor deformabilidade entre os materiais, de uso estrutural. Oago-carbono é aquele no qual a resisténcia se deve basicamente ao teor de carbono e manga- ns, Ex.: ASTMA36. O ago de baixa liga e alta resisténcia é aquele em que a adi¢ao de elementos quimicos como Nidbio, Vanadio, Titanio e outros promovem grandes ganhos de propriedades mecanicas. Ex.: ASTM A572 A adigéo de Cobre, Niquel, Cromo ¢ outros elementos quimicos a este aco acabam criando um grupo conhecido como patinavel, que tem maior resisténcia frente a corrosio atmosférica, em condigdes especificas, quando fica aparente e desenvolve a patina. Ex.: ASTM A588. TOLETANER DO USD OOATO 3.1.2- Sustentabilidade “O desenvolvimento sustentavel significa atender as necessidades do presente, sem compro- meter a capacidade das geragdes futuras de atender suas proprias necessidades” (World Comission on Environmentand Development WCED 1987) Cada nova edificacdo, impacta 0 meio, consumindo energia, recursos naturals, esgoto e agua tratada, aumentando a poluigao. Cabe aos arquitetos, engenheiros, empreendedores construtores estudar as conseqiéncias deste empreendimento a longo prazo: + Fazendo bons projetos arquiteténicos + Incentivando novastecnologias + Otimizando 0 uso de energia + Diminuindo os desperdicios + Utilizando materiaisreciclaveis + Inovando Um assunto muito discutido ¢ 0 reaproveitamento das edificagdes apés os 50 anosda longevida- de prevista Nos edificios de estruturas em aco as opgdes sao: + Reformar a edificagao ao invés de demolir + Desmontar e reutilizar os componentes + Desmontar reciclando o material Ago, aescolha natural da Sustentabilidade. + Eum dos materiais mais abundantes da Terra + Aenergia consumidaé co-gerada + Oprocesso é controlado e nao langa poluentesna atmostera + Consome 41% menos de gua no processo que o concreto + Todos os componentes gerados pela producao séo aproveitados + A fabricagdo da estrutura elimina os desperdicios na obra, pois 0 processo é industria- lizado + Omenor peso da estrutura requer fundagées menores, diminuindo o impacto das mesmas no solo + Arapidezna montagem reduzo impacto na comunidade local + Permite grandes vaos, fachadas abertas e coberturas que facilitam a utilizagao da energia solar + Eum dos componentes da construgao industrializada + Suasucatatem alto valor agregado + Oprocesso de reciclagem é simplese eficiente Oago€ 100% reciclavel Metade da produgao anual de ago é resultado de reciclagem, afl TaLETIRER DOOD DORGS 3.1.3 Perfisde ago Laminados de abas inclinadas Sao os perfis tipo |, H, U, L, Tsegundo normas especiticas, oriundos do processo de laminagao. Asalturas variam de 75a 150mm. Laminados de abas paralelas Sao os pertis tipo | (W) ¢ H (WW e HP), laminados dentro de padrdes rigidas no que se refere as dimensées, forma e qualidade do ago. Os Perfis Gerdau Agominas seguem anorma ASTM A 6/ A 6Me sao produzidos através do mais moderno processo de laminacao com bitolas variando de 150 a610 mm. + Abe } Alma Nomenclatura de Pertisem ago: Tipo de Perfil x altura nominal (mm) x peso por metro (kg/m) Exemplo: W 410 x 58,0 (Perfil tipo W, com altura de 410 mm e peso §3 kg/m). TOLETANEADO TSO BOATO Extrudados Sao 0s perfis tubulares de seco circular, quadrado e retangular. 50.2410 80. 380 27 a 356 * = 40.0225 Soldados So perfis de segdes variadas, compostos por chapas soldadas. Os mais usados sao os perfis tipo | (VS - Viga Soldada, CVS Coluna / Viga Soldada, CS - Coluna Soldada} soldades por proceso automatico, em séries normalizadas. 18h 08h er vs cvs TaLETIRER DOOD DORGS Chapas corrugadas e Perfis conformados a frio Sao pertis dobrados a partir de chapas finas a frio (U, UE, Z, cartola, tubos com costura, telhas, painéis, formasde lajes). Cabos de ago Sho perfis constituidos por varios arames trefilados de alta resisténcia, apresentando excelente desempenho sob esforgos de tracao. Sua utilizacao requer detalhes e complementos especiais para perfeita interacao entre o cabo e os demais elementos estruturais. TOLETANEADO TSO BOATO 3.1.4 - Solugdes especiais Furos em vigas podem ser feitos, mas & necessério que sejam compativeis com a secao das vigas. Quando nao ha solugéo com furagdes localizadas, o ideal é a adogdo de Perfis Castelados, Vigas Vierendefou Perfis Celulares. Seu uso resulta em aumento das inétcias, otimizacao de vaos e pé direito, redugao do peso da estrutura e passagem de utilidades. Pertis Castelados Vigas Vierendel e Perfis Celulares TaLETIRER DOOD DORGS Protensao Ea técnica de introduzir num elemento estrutural, um esforgo controlado, com caracteristicas contrarias aos esforgos a que ele estar submetido em sua condigao de trabalho, criando uma compensacao que reduz a situagao critica Aprotensao ¢ feita através de cabos de ago, vinculados as barras, externa ou internamente, pré tensionadas por macacos (grandes cargas), esticadores (pequenas cargas), ou pelas préprias cargas atuantes, como no caso de vagonamento. Viga Vagonada Viga Protendida TOLETANEADO TSO BOATO 3.2 - O Projeto 3.2.1 - O nascimento do projeto E s6 uma etapa, Que vem depois da intencao da forma, Que vem depois da escolha do partido, Que ven depois do conesito E importante que o projeto de estrutura em ago j4 comece a ser pensado com o conceito do material: 0 objeto formado pelo desenho das arestas, das linhas, a permeabilidade do olhar, teticuladose clareza na intengao dos detalnes. A obra concebida sob conceitos de otimizagao de vaos, pé direito, grid, tomando partido das pequenas alturas das vigas e colunas com segdes exiguas ampliando os espacos iteis. A padronizagio das pegas é um conceito muito importante, pois como todo sistema industriali- zado, arepetitividade barateiao proceso. Decidir se a estrutura fica aparente ou revestida, leva 0 arquiteto a pensar nosprés e contrasde cada opedo. A estrutura aparente pode mostrar a plasticidade do aco, mas pode demandar protegéo do material (contra corrosao e fogo). A estrutura revestida cumpre seu papel de esqueleto e minimiza custos com protecao, Uma obra com parte contida e parte a mostra pode valorizar e diferenciar o empreendimento. 3.2.2 - Vantagens do uso do ago + Organizagao do canteiro de obra + Alivio nas fundagdes + Vaos livres maiores + Racionalizacio de material e de mao de obra + Menor prazo de execucéo + Retorno financeiro mais répido * Garantia de niveis e prumos + Redugao de acidentes + Facilidade de montagem ¢ desmontagem + Olimizagéo de ampliagdes e reformas + Compatibilidade com sistemas construtivos TaLETIRER DOOD DORGS 3.2.8 - Construgao industrializada E.a composigao de uma obra com elementos pré-fabricados em industrias especializadas que garantem a qualidade dos componentes e transformam o canteiro em um local de montagem Pensando na obra como um todo, a racionalizacao de materiais e mao de obra, agilidade na execugao com planejamento detalhado de entregas e baixissimos indices de desperdicios sao vantagens importantes oferecidas pela construgao industrializada. A estrutura & uma parte importante da obra, completada por painéis de piso, vedagées, elementos de definigao de espagos, equipamentos, instalagées, caixilhos, ete. O uso de lajes pré-moldadas, treligadas, protendidas ou forma-laje (steel deck), dispensam escoramentos, permitem um bom nivelamento, padem eliminar a necessidade de forros ¢ permitem o trabalho conjunto com as vigas metélicas (vigas mistas).. Para fechamento, os painéis metalicos e de gesso acartonado permitem rapidez de instalagao, {facil embutimento de tubulagdes, boa qualidade de acabamento e adaptacao de lay-outs. Painéis pré-fabricados de fachada permitem melhor previso de detalhes na interface com estruturae caixilhos, na estanqueidade ena padronizagao dos acabamentos. Banheiros prontos agilizam os prazos e minimizam problemas de acabamento, instalagdes, impermeabilizagdo e em associagéo com tubos flexiveis elimina problemas com conexées. ‘Acomposigio destes elementos proporciona muito mais rapidez na conclusao da obra retorno financeiro mais rapido. 3.2.4 - Fechamentos Os fechamentos podem ser em painéis pré-labricados, placas, alvenarias vinculadas ou nao as estruturas. ‘Aescolha do sistema de vedagao impacta na estrutura, tanto no dimensionamento quanto na definigdo de juntas de movimento. Este assunto 6 abordado com detalhes no Volume 1 da Coletanea do Uso do Ago - "Interface Entre Perfis Estruturais Laminados e Sistemas Complementares" TOLETANEADO TSO BOATO 3.2.5- Coberturas Grande parte do conforto térmico @ acistico do empreendimento esta ligada ao projeto de cobertura. A*respiracao" de um telhado se faz através das telhas. Telhados com inclinagdo muito pequena exigem total vedagéo, impedindo a saida do ar aqueci- do através das frestas dastelhas. ‘Além das alternativas formais, lanternim ou Shed, pequenas aberturas junto as cumeciras permitem a saida do ar sem risco de infiltragao. © caimento do telhado, além das recomendagdes em {ungao do tipo de telha, deve levar em conta o tamanho das Aguas da cobertura. ‘As calhas podem ser pré-dimensionadas por uma férmula empirica: para cada 10m* de cobertu- ra 150m’ de calha, Para os tubos de descida de agua pluvial 1 cm’ para cada m’ de area drenada. Telna de ago ‘ela superior Espuma poliuretano ou lamineral ai LEB ic ee LE, ef fg Lie “Lb ‘Telha inferior Telha sanduiche Isolamento termo - actstico TaLETIRER DOOD DORGS 3.2.6 - Corrosao Todos os metais ¢ ligas comumente utilizados em estruturas séo suscetivels a corrosdo. A intensidade deste ataque depende, entre outros, das condigdes ambientais e da composi¢ao quimica da liga. Acorrosao almostérica do ago carbono é um processo eletroquimico que depende basicamente de trés parametros: Agua, oxigénio e corrente elétriea, que flui da liberagao de elétrons. Limpeza de superticie, aplicacdo de tintas de cobertura e acabamento corretamente especifica- dos retardam e evitam 0 processo. Um programa de manutengao consistente permite que as estruturas estejam em perfeito estado “adeterno’ 3.2.7- Tratamento de superticie e revestimentos Antes de receber qualquer sistema de protecao, o aco deve passar por uma limpeza que remova de sua superficie dleos, graxas, poeiras, ferrugem soltae carepa Normalmente esta limpeza ¢ feita por jato abrasivo (areia ou granalha) ou por processo manual Os principais tipos de revestimentos sao: + Contra corrosao: pintura e galvanizagao + Contra fogo: materiais projetados, placas de gesso acartonado, la de rocha ¢ tinta intumescente. Este assunto é abordado com detalhes no Volume 2 da Coletanea do Uso do Aco - "Princi- pios da Protegdo de Estruturas Metdlicas em Situagao de Corrosao e Incéndio"” 3.2.8- Estruturas mistas Ea associagao do ago (que resiste bem a tragao) com o concreto (que resiste bem a compres- sao) obtendo uma pega composta, com a melhor performance de cada elemento, Cumprem, porém, etapas diferentes de comportamento ao longo de seu processo de consolida- a0. ago jd tem, desde a produgao, forma e resisténcia definidas, 0 que nao acontece com o concreto que precisa do processo de cura para que sua forma e resisténcia sejam alcancadas. Sua capacidade também depende da armadura, tanto para aumentar sua resisténcia quanto para limitagdo de fissuras de retragéo Oprojeto de estruturas mistas deve, portanto ser elaborado considerando trés fases: 1. Montagem e lancamento do concreto —> situagao em que o aco trabalha sozinho, antes da cura do concreto, sendo responsavel pelo peso préprio da estrutura e cargas de obra 2. Resisténciada estrutura mista > situagéo em que trabalnam juntoso aco eo concreto. 3. Deformagao da estrutura mista para cargas de longa duragdo —> situagdo em que se leva em conta efeito da perda de elasticidade do conereto ao longo do tempo. Tt TOLETANEADO TSO BOATO Vigas mistas Ea associagao de uma parcela da laje (como aba colaborante) e a aba superior da viga de ago. Haverd um sensivel aumento na capacidade da viga, e correspondente redugao nas deforma- ges, resultando numa economia do peso das vigas de aco de até 30% . Além disto a viga estard travada lateralmente na face comprimida, o que impede a sua perda de estabilidade. Avinculagio entre a laje de conereto e a viga é feita por conectores, pegas metélicas soldadas & aba superior com um espagamento pequeno (da ordem de 20 a 50 cm), que impedem o escorre- gamento do concreto em relacao ao ago, obrigando-os a trabalharem em conjunto. ‘Aba colaborante (comprimia) B= Min (16 H.+ B,% Vo) Forma ou material \ inorte Conectores 4 Ama Aba tracionada TaLETIRER DOOD DORGS Pilares mistos Sao pegas compostas de maneira a utilizar as qualidades do concreto a compressao associada a capacidade ¢ esbeltez do aco. Este trabalho é garantido pela utilizagéo de conectores que eliminam o escorregamento nassuperticies de contato. Uma das vantagens da utilizagao de pilares mistos ¢ dispensar a protegao contra fogo. Ligagdes mistas Anecessidade de armadura de tragao nas lajes de concreto leva a possibilidade de outros tipos de associagao aco-concreto, como na adogao de ligagdes mistas. Neste tipo de ligagao a laje participa da transmisséo de esforgos dos momentos fletores das vigas permitindo a sua continuidade sobre os apoios. Neste caso a armadura da laje é reforgada, de maneiraa absorver as tensdesde tracao, Armadura de tragio dando continuidade as vigas secundarias Lajeom a - c cconcreto ot “— Viga principal Transmissao da compressao TOLETANER DO USD OOATO 3.2.9- Outros lluminagao A maioria das atividades requer iluminagao, que pode ser natural ou artificial. A iluminagao natural pode vir diretamente do sol ou feita pelas aberturas das superficies do edificio. Itens como niveis de calor, sombras, reflexao e cores resultantes, devem ser analisados. Em casos em que ela nao seja suticiente, ou em que o atendimento ao programa crie espagos que busquem outras solugées (galerias internas, salas de distribuigao ou em espacos muito grandes) € possivel buscar superficies iluminantes nas coberturas, substituindo-se parte do material opaco por materiais translicidos, ou adotando clarabéias, lanternins ou telhados em dente de serra (Shea) A iluminagao artificial produz energia térmica, normalmente, incandescente ou fluorescente, combinando luz e calor radiante. Vidro ou tolna transtucida Telha Ventilagao Oplanejamento da ventilagao deve considerar 0 aproveitamento maximo dos ventos dominan- tes, (Oar se move por mudanga de pressio e diferengas de temperatura. Um estudo sobre as abertu- ras de entradas de ar e vaos de saida, suas colocagdes ¢ obstéculos permitem dirigir a ventila- ‘¢40 para o interior da construgao Aventilagdo pode acontecer: + Naturalmente por janelas, venezianasou lanternins + Naturalmente por convecgao de exaustores edlicos, lanternins ou sheds + Artificialmente por conveccdo direta com ventiladores + Artificialmente por radiadores alimentados em sistema fechado + Artificialmente por dutosde ar condicionado. ml TaLETIRER DOOD DORGS Contorto térmico ‘Oconforto térmico depende da renovagao do ar Uma combinagao de materiais isolantes adotados nos elementos de vedago com materiais permeaveis no sistema de ventilagao permitem acirculagao natural do ar. So também extremamente dteis os sistemas de brises ou sombreamentos em areas com grande insolagao. Brises Utilidades ‘Além dos itens jd abordados, outros elementos constantes numa edificagao terdo interface com aestrutura. Tubulagdes hidraulicas, dutos de ventilacao, condutores elétricos, elementos de automacao, iluminagao, protecao de incéndio entre outros, vao precisar de sustentagao, espago de cami- nhamento e acesso para manutengao. Isso tudo no mesmo lugar entre o volume eo espago arquiteténico, entre o oculto ea estética. A melhor solugao é a coordenagao entre os projetos complementares. A escolha conjunta do caminhamento das tubulagdes, caimentos, posi¢ao dos pontos de iluminagao e acesso, devem levar auma solugao harménica com aestrutura. TOLETANER DO USD OOATO 3.3 - Projeto Estrutural 3.3.1 - Tipologia estrutural Elementos estruturais Como a geometria, a estrutura parte de alguns elementos basicos, cuja combinacéo ordenada gera sistemas Sua analogia ¢ tal, que usamos os elementos geométricos na representacao gréfica dos equiva- lentes estruturais: + Né (ponte) Inicio ou intersec¢ao de barras, fixacao de cargas, vinculo. Local onde os esforcos provenientes de um elemento do sistema sao transmitidos a outro, liberando ou nao parte dos deslocamen- tos. Podem ser um pino, 0 né de um pértico, o encontro de barras de uma trelica, uma placa de apoio, uma chapa de ligagao, etc. ‘A eles cabe organizar o fluxo das tensdes no caminhamento das cargas através do sistema. Dimensiona-los é escolher uma forma eficaz de levar estas tensdes de uma barra aoutra. TaLETIRER DOOD DORGS Barras (linha) Elemento cujo comprimento é muito maior que as duas outras dimensées (se¢ao). Sua fungao é levar as cargas que recebe de um n6 a outro. Dimensiona-las é escolher a seao mais adequada ao tipo de esforco que carrega, o material e as dimensdes para suporté-la dentro dos limites possiveis de deformagao. Sua capacidade é tanto maior quanto menores suas condigdes de perda de estabilidade. Eixo vertical Y Exo . longitudinal Exo transversal Segao da barra aba superior -*% Ama Aba inferior Mi TOLETANEADO TSO BOATO Laminas (planos) Elementos com duas dimensées muito maiores que a terceira (espessura). Sua funcéo é receber as cargas, levando-as as barras, ou diretamente aos apoios. Sao lajes, placas, cascas, paredes, membranas. Sua nomenclatura muda em fungao da maneira que se comportam nas situages de trabalho. Lajes sao laminas com forma fixa, de razoavel espessura. Podem ser executadas horizontal- mente. Suportam cargas perpendiculares ao seu plano trabalhando a flexao. Cascas sao laminas com forma fixa, com pouca espessura, tem sua rigidez associada a curvatu- ras. Trabalham a flexdo e tensdes de tracdo e compress4o em seu plano. Membranas sao laminas sem forma fixa, com muito pouca espessura, adquire a forma do carregamento que a solicita. Trabalham sob tensdesde tracdo. Casca Abobada Membrana TaLETIRER DSTO DORGS 3.3.2- Sistemas estruturais A associagao de elementos estruturais compée um sistema que geralmente define 0 aspecto espacial do edificio como um todo. Estes sistemas podem ser categorizados como: Sistema de quadros E um sistema formado por barras capazes de criar um esqueleto resistente as cargas pontuais ou lineares, permitindo incorporagao de grandes vaos ou aberturasno tapamento. Estes quadros sé montados paralelamente © espacados conforme a necessidade do projeto. Espacamentos regulares padronizam a fabricagao e simplificam a montagem, resultando em redugao de custos, O sistema de quadros tem grande resisténcia em seu plano de trabalho, mas depende da condigdo de estabilidade fora de seu plano. Esta condigdo é obtida através de disposigao de sistemas perpendiculares a ele, que Ihe déem travamento nos pontos necessarios. Ex.: treligas, arcos, pérticos, grelhas, associagao de vigas e colunas, escoras € estais. TOLETANEADO TSO BOATO Treligas So pecas compostas por barras de pequenas secdes, rotuladas umas as outras formando um sistema reticulado. As pegas sio solicitadas apenas a tracdo ou compressao desde que os catregamentos sejam aplicadosnos nés. Composigao de trelicas Travamento das tergas: Linas de corranto » Barra { rigida ( ig Contraventamento no plano da cobertura {__ Plano da trig Contraventamento = Mao francesa para F travamento da linha vertical Mtr Se aunt Esquema geral da estrutura Sistema de quadros Esforgos nas trelicas Pontos de carga hrea — comprimida brea tracionada 26° << 64° TaLETIRER DOOD DORGS Arcos Sao sistemas estruturais que vencem grandes vaos ¢ sofrem compressées simples, gerando esforgos horizontais (empuxos) nos apoios que serao tanto maiores quanto menores forem as flechas do arco. Arcos tém uma relagéo minima entre vao e flecha para que se comportem como tais. Caso esta nao se cumprao arco se comporta como uma viga de eixo curvo. TOLETANEADO TSO BOATO Exemplos de estruturas em arco Arco como elemento portante do tabuleiro da ponte. jo Se East London River Crossing Santiago Calatrava 1990 Combinagao de arcos numa disposi¢ao espacial, transmitindo os esforcos horizontais para anéis superiores de compressao e interiores de tracao. 3771 PSS ls ; TN Vahrhunder Thalle - Vratislavia 1911 - 1913 Max Berg TaLETIRER DOOD DORGS Pérticos Sao estruturas formadas por barras que compdem um quadro plano com ages neste mesmo plano. Sua tigidez ¢ estabilidade se concentram nos nés, os tipos de vinculos dos nés de um pértico alteram seu comportamento e a transmissio de esforcos para os apoios carga carga vertical hoon es E nocossari 0 um sitoma Quadro com r complementar de travamento todos os nds Sse (riangulagdo) > arteulados Perlico ‘ga edolormag soaeaind carga odotormagao Diagram de momentos tetores Transmissio de momento & Tundagae Pértico aneulade Nao transmits momento falas para a tundagoos ~ Adteuagéo Pertico tareulado A estabilidade 6 garantida pola rigidez de nd (© momento 6 nulo no ponte de articulagao Ponto ideal para emendas ¢ ligacdes [fa TOLETANEADO TSO BOATO Escoras & Estais Sao estruturas que trabalham somente a esforcos axiais de compressao (escoras) ou tragdo (estais ou tirantes). © equilibrio dos estorgos toma a forma da geometria da estrutura por triangulagdes. Exemplos de Estruturas Estaiadas T Alamilio Bridge Santiago Calatrava 1987 - 1992 TaLETIRER DOOD DORGS Sistema de planos Sio sistemas formados por laminas, com fungao de suporte de carga e fechamento simultanea- mente. Suportam em geral cargas uniformemente distribuidas e nao aceitam facilmente grandes aberturas. Ex.:lajes, paredes, placas, abdbadase ciipulas. Depende da rigidez Depende da rigidez Depende da das barras e dos nés das barras espessura da lamina Na construgdo de edificios, os sistemas de circulacao vertical, torres de elevador e escadas, sio elementos tubulares, com septos transversais (lajes da escada) ou anéis de travamento (eleva- dores), que podem ser utilizados como nacleos rigidos absorvendo esforgos horizontais e dando estabilidade aos demais elementos da edificagao. A associagao de elementos rigidos a outros articulados, permite economia nas ligagdes ¢ no dimensionamento das barras, que passam a ter fungao especifica de suporte de carga e nao de estabilidade. Com esta mesma funcao podem ser utilizadas as fachadas, quando a trama de vigas, diagonais epilares criam uma distribuicao tubular periférica. Edificios extremamente altos podem controlar as oscilagdes devido aos esforgos de vento, com a.utilizacéo de uma massa oscilatéria que, funcionando como péndulo, restaura seu equilibrio. Nos exemplos abaixo, a estabilidade da estrutura é garantida pelo tubo periférico da fachada e os pilares internos trabalham apenas para cargas verticais. ita} TOLETANEADO TSO BOATO Fachada em malha ortogonal composta por pilares e vigas. Fachada em grelha diagonal com barras inclinadas e sem pilares formando um tubo treligado. TaLETIRER DOOD DORGS Fachada em treligas compostas por diagonals associadas 4 malha de vigase pilares Fachada formada por varios tubos justapostos compondo um sistema celular.H4 a possibilidade de variagao de alturas do nucleo das células acompanhando a volumetria da arquitetura TOLETANER DO USD OOATO Fachadas que utilizam treligas no topo nos nivels intermediarios, reduzem sensivelmente as detormagies sob acao dos esforcos de vento em edificios altos. Os pilares extremos passam a trabalhar como barras de tragio e compressao opostos ao do sistema central, criando uma espécie de compensagao que inverte os esforgos da treliga. TaLETIRER DOOD DORGS Sistema de membranas So sistemas formados por membranas associadas a cabos e elementos rigidos, como escoras ou anéis de compressio. Sao extremamente leves, podendo vencer grandes vaos, mas solicitam com grandes esforgos de tragao seus pontos de ancoragem. Ex.: tenso-estruturas. 7 Tenda Olimpica Munique TOLETANER DO USD OOATO Sistemas tridimensionais Sio sistemas em que os nds séo vértices e as barras s4o as arestas de um sélide geométrico Nestes sistemas, as barras trabalham sob esforgos axiais somente, ¢ aos nds cabe a fungao de equilibrar estes esforcos. Ex.: geodésicas e estruturas espaciais. loosasdro “12 vertices +30 arestas +20 tacos + Ralo da esfera que toca todas as faces 0,942 + Raio da esfera que toca todos os vérlices 1.1758 + Ralo da esfera que toca © meio de todas as arestas Vertice “— presta = 1.296 x1 TaLETIRER DOOD DORGS 3.3.3 - Esforcos solicitantes e resistentes Os trabalhos realizados pelas pecas estruturais, sob efeito das acdes solicitantes (cargas) so: Axiais So 0s esforgos ao longo do eixo das barras, podem ser de trago ou compressao, Na tracao os esforcos so resistidos pela Area da seco, dela descontados furos no caso de ligagdes aparatusadas. Na compressao, além da area da secao, a forma do Perfil é importante, uma vez que também deve ser considerada a esbeltez da barra, pois a ela esta vinculado o fendmeno de flambagem, estado critico a partir do qual apeca perde a capacidade de utilizagao. Esses sao os tipos de esforgos que solicitam as barras de uma treliga, tirantes, escorase pilares. TOLETANER DO USD OOATO Flexao Sao os esiorgos perpendiculares a seco das barras, resistidos pelo médulo resistente da segao. Tendem a girar a seco da barra, em torno do eixo, denominado linha neutra, que divide as areas sob tragao e compressa. No caso de flexao a forma da segao é extremamente importan- te, pois seu trabalho equivale ao de uma dupla alavanea (gangorta), sendo sua resistencia tanto maior quanto mais distante da linha neutra estiverem o centro de gravidade das areas traciona- dase comprimidas. Cisalhamento Sao os esforgos tangenciais a seco das barras resistidos pela alma da seco. Tendem a cortar “fatias’ da barra, TaLETIRER DOOD DORGS Torgao E a solicitagao que tende a girar fatias da segao da barra em torno de seu eixo longitudinal. Ocorre quando o carregamento atua fora do eixo da barra, fazendo com que surjam tensdes de cisalhamento, em bindrios que devem se equilibrar. Deformagées So parte do trabalho da estrutura. Uma pega estrutural precisa deformar-se para entrar em fun¢ao, essas deformacdes tem limites para que nao se tornem incomodas ou inadequadas ao uso. As normas limitam as deformagées sobre cargas acidentais, considerando que para as cargas permanentes podem ser adotadas contra-flechas, isto é, padem receber uma deformacao previa que venha a compensar as deformagdes decorrentes das cargas permanentes. TOLETANEADO TSO BOATO 3.3.4- Formasdas segdes Cada barra de um sistema estrutural tem uma funcdo especifica, como numa equipe, em que cada um tem caracteristicas especiais para a funcao que exerce. Asecao de cada peca deve tera forma mais apropriada ao tipo de estorgo a que estara submetida. Pegas Tracionadas - podem ser esbeltas, isto é, ter a massa concentrada em torno de seu eixo, Sua capacidade depende apenas da area da segao. Ex.: Treligas e cabos de ago. Pecas Comprimidas - tem um trabalho semelhante ao das tracionadas, porém correm o risco de “fugir da linha de pressao”. A este fenémeno se dé o nome de flambagem, 0 qual pode ser resolvido diminuindo-se a esbeltez da pega, isto é, a relagao entre 0 comprimento (L) e a distribuigo da massa em relagdo ao seu eixo (r). Ex.: Perfis He tubos. Tragao Compressio Pegas sob efeito de Torcao - tem sua capacidade resistente na drea da segdo da pega e funcionam bem em segdes tubulares. Ex.: Tubos, segdes abertas com dialragmasitalas transversais ou dois Perfis | TaLETIRER DOOD DORGS Pecas sob efeito de Cisalhamento (ou esforco cortante) - tém sua capacidade resistente ligada a 4rea da segdo da peca, ¢ freqiientemente vem associado a outro tipo de solicitago, ainda que, na maioria das vezes, em trechos distintos: a Flexo. Aresisténcia a Flexo é maior quanto mais alta for a seco, resultando numa menor deformagao resultante, Ex.: Perfisl. lqo- a —- Flexao J 3 wy ' file | Gsalhamonto TOLETANEADO TSO BOATO 3.3.5 - Aspectos conceituais Uma obra bem concebida e econémica é reflexo do bom projeto de arquitetura, respeitando o material, adotando vaos padronizados e compativeis ao uso, otimizando as pecas, alinhando os fechamentos e viabilizando o transporte e a montagem. Por outro lado, bons projetos isolados, nao garantem a qualidade da obra. E importante a compatibilizacdo de todos eles, para o sucesso do empreendimento. ideal é que tivéssemos* 0 Projeto, e nao os projetos.. 3.3.6 - Pré-dimensionamento Eum estudo do conjunto, analisando: + Relagdo entre vaose alturas + Verificacao das tensdes de trabalho das pecas sob os esforgos solicitantes + Veriticacao das deformagées + Verilicacao das condigdes de travamentos e estabilidade das pegas Por exemplo: num piso, para uma mesma carga de utilizagao, 550kg/m?, o Abaco abaixo, com Pertis Gerdau Agominas, varia em fungao dos vaos e dos espagamentos das vigas, resultando alturas e conseqientemente pesos distintos. (mm s0 Imma 200 [pea 250 awst0 aw se0 aweto mma 480 500 mm st0 Espagamente entre Vigas (em) m4 OSwSSCSCTOODSCSCTOOSCOO Yo ve (em) a] TaLETIRER DOOD DORGS 3.3.7- Dimensionamento E 0 cAlculo rigoroso das pegas estruturais de acordo com a “hierarquia’ estrutural, isto é, 0 caminhamento das cargas: Paindis a Vigas Secundarias a Vvigas Principais a Plares’ Quadros a Fundagao Um aspecto importante em relagao as cargas, é a forma como sao transmitidas de uma pega a outra no caminhamento pelas barras da estrutura até as fundagdes. Como os passes entre os jogadores até o gol. Um bom passe permite ao jogador desenvolver plenamente suas potenciali- dades, um mau passe vai obrigd-lo @ buscar seu proprio equilibrio antes de dar continuidade & jogada. TOLETANEADO TSO BOATO 3.3.8- Ligacdes Através das ligagdes fazemos as varias pecas da estrutura trabalhar como um todo. Pode-se tirar partido arquiteténico das conexdes com interessantes efeitos visuais. Aligacao entre Perfis pode ser parafusada ou soldada. Ligagdes parafusadas podem ser pré-montadas na fébrica, permitindo maior preciso e melhor qualidade na montagem, podem ser verificadas através do controle do torque dos parafusos e apresentam maior visibilidade. Ligagées soldadas quando executadas na fabrica tém garantida a qualidade de execugao. Ligagées feitas na obra devem ser cuidadas para garantir sua qualidade. Soldas de grande responsabilidade (conexdes importantes) devem ser testadas. S40 menos visiveis, dando aparéncia de continuidade as pecas. E possivel usar soldas e parafusos em uma mesma ligagao, mas nunca na mesma fungao. Paratusos funcionam mesmo com folga. Soldas nao permitem qualquer movimento. Uigagéo 2 momento ‘cam flange i (engasteda) Ligagao a momento por talas (engastada) Ligagao a Ligagao a momenta cortante | por solda das abas (articulada) (engastada) all TaLETIRER DOOD DORGS 3.3.9- Detalhamento Ecomposto por: + Plantas e elevagées, com especificagéo das dimensoes dos perfis adotados ¢ geometria dos varios planos do projeto + Detalhes das ligagdes que definem o esquemaestrutural + Estudo dasinterfaces e interferéncias + Identificagao da utlizagao + Definigéo da area de fuga + Especiticagao de metodologia executiva da obra Planta Corte e detalhe [ts TOLETANEADO TSO BOATO 3.3.10 -Fabricagéo A estrutura em aco é um produto industrializado. Grande parte do seu processo ocorre na fabrica, com alta qualidade de execugao, padronizagao das pegas, previsdo do sistema de montagem, racionalizacao de operagdes e equipamentos, resultando em redugao de canteirose organizagaona obra. Afabricagao, 0 transporte e a montagem de uma estrutura de aco sao executados por empresas especializadas, que, com base no projeto estrutural (basico) desenvolvem o projeto de fabrica- gao (detalhamento) de cada uma das pegas da obra, comprimentos de corte, solda, furagao e recorte parao perfeito encaixe com todas as pecas da estrutura. Em casos especiais, as estruturas s4o pré-montadas na fébrica, de maneira a garantir o perfeito encaixe das pecase confirmar a melhor seqtiéncia de montagem. As pegas recebem, entio limpeza e uma camada de pintura de {undo (primer), podendo receber também uma primeira camada de pintura de acabamento. 3.8.11 - Transporte Fatores importantes serem estudados pelos profissionais de logistica sdo O peso das pegas para dimensionamento da capacidade das gruas, guindastes etalhas. Os acessos dos materiais e equipamentos no local da obra, comprimentos maximos, possibilida- de de transporte de pegas pré-montadas para agilizar a montagem. Rota de transporte verificando gabarito de pontes, raios de curvatura e declividade das vias de acesso 3.3.12-Montagem Cada pega da estrutura 6 identificada no proceso de expedigéo, com uma marca que a localiza num diagrama que organiza o processo de montagem Amontagem se faz, normalmente, na seqéncia inversa a descrita no dimensionamento. Primeiro as colunas séo ajustadas com precisao, em planta e elevacéo. Depois sao montadas as vigas de modo a completar um arranjo tridimensional de elementos. Se for necessério, a estrutura deveré ser estaiada ou receber travamentos temporarios de maneira a garantir sua estabilidade durante o processo de montagem Antes do aperto final dos parafusos, ou consolidagao das soldas da ligagao, os niveis, prumos ¢ alinhamentos da estrutura deverao ser verificados. Finalmente as placas de apoio das estruturas sero rejuntadas com uma argamassa denomina- da “grout, cuja fungao € permitir 0 perfeito contato entre a estrutura em ago e seus elementos portantes (fundacdes) Aestrutura receberd entao 0 acabamento final especiticado em projeto. ml TaLETIRER DOOD DORGS 3.3.13 - Manutengao A estrutura deve garantir, ao longo do tempo, as mesmas condigdes de uso para 0 qual foi projetada. Todos os materiais tém uma vida atil que pode ser plena se devidamente cuidada, ou abreviada, se deixada as agressdes do tempo. Um projeto deve prever meios de execueao de manutengao preventiva (limpeza, pintura, inspegées, etc). Partes inacessiveis devem ser evitadas ou especialmente protegidas por ocasiao da execugao. Pinturas e acabamentos devem ser adequados 20 meio que a estrutura estard expostae refeitos com periodicidade regular. TOLETANEADO TSO BOATO 3.4- Detalhes de Obra A rapidez de execugao e prontidéo do ago na resposta as solicitagées, faz dele um material excelente para intervengdes, ampliagdes e alteragoes em obras, veja alguns exemplos: + Aberturas de vaos em paredes portantes al] TaLETIRER DOOD DORGS + Balcdes ——__ Revestimento em madeira Balodo Sala So Paulo \\ Estruturagio Em Aco + Escadas [Fi TOLETANER DO USD OOATO + Passarelas Passarela estalada + Fachadas | | | 4 ee Hospital Albert Einsten Marquise e Pasarela Siegbert Zanettini TaLETIRER DOOD DORGS + Reformas de interiores sem alteragdes de fachadas em prédios tombados ‘SALERIA DEWAGENS: 16s —_—_ BUREpLOCeRTH pigye rn a Estagao da Luz - Torre para elevadores TaLETIRER DOOD DORGS i i 4 nalit 4- Bibliografia + Arquitetura no século XX- P.Gossel G. Leuthauser - 1973 + Calatrava Bridges K. Frampton-A. Webster A. Tischhauser - 1996 + Principles of Structural Steelwork Design for Architectural Students Constructional Stee! Research and Development Organization - CONSTRADO- 1983 + Scienza o arte del construire - PL.Nervi- 1945 + Coleténea do Uso do Ago - Gerdau Agominas - Volume 1- Interface entre Perfis Estruturais Laminados e Sistemas Complemen- tares - Roberto de Aratijo Coelho - Volume 2 - Principios da protecéo de estruturas metalicas em situagao de corrosao incéndio - Fabio Domingos Pannoni + Manuais da Construgao em Ago - CBCA ~ Alvenarias - Otavio Luiz do Nascimento Edificios de Pequeno Porte Estruturados em Ago - Equipe técnica da Agominas Painéis de Vedacdo - Maristela e Vanessa Gomesda Silva - Tratamento de Superficie e Pintura - Celso Gnecco, Roberto Mariano e Fernando Fernandes TOLETANEADO TSO BOATO

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