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1290 DIARIO DA REPUBLICA. PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial de 28 de Fevereiro 2 S414 Considerando anecessidade de se aprovar 0 Regulamento sobre a Actividade de Transporte Maritimo, tendo em conta © estabelecido na Lei n° 27/12, de 28 de Agosto; © Presidente da Republica decreta, nos termos da ali- nes 1) do artigo 120° e don? 3 do artigo 125°, ambos da Constituiglo da Republiea de Angola, o sesuinte: ARTIGO 1" Aprovaea0) E aprovado o Regulamento sobre aActividads de Transporte Maritimo, anexo ao presente Diploma do pal é part intserante aRTIGo2* Revozasa0) E revogada toda a leaislagiio que contrarieo disposto no presente Deereto Presidencial, nomeadamente 0 Decreto 1° 30/89, de 8 de Julho. ARTIG03* (Dias assoc) As chivas e omissdes suscitadas na interpretagao e apli- cago do presente Diploma sio resolvidas pelo Presidente da Repiiblica ARIIGO4* Entrada em seen) 0 presente Deereto Presidencial entra em vigor na data da sua publicacao, Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 18 de Dezembro de 2013. Publique-se. Luanda, 20s 20 de Fevereiro de 2014. Presidente da Repliblica, Jost! Eovanno pos Sanros, REGULAMENTO SOBRE A ACTIVIDADE DETRANSPORTE MARITIMO ARTIGO 1° (Object) (© presente Diploma tem por objecto regular a actividade de transporte maritimo de comercio. ARTIGO 2° Desnictoy 1. Oarmador que exerce a actividade de transporte mari- timo denomina-se armador de comércio. 2. 0 ammador podle ser de: 4) Cabotagem, transporte maritimo de mercadorias € passageiros entre os portos nacionais, incluindo © de apoio a actividade petrolifera e reservada cexclusivamente a cidadaos nacionais, ) Longo curso, transporte maritimo de mereadorias € dle passazeiros realizados com os portos de paises estrangeiros. ARTIGO 3° (nscrigao) 1, Oexereicio da actividade de armador de-comércio carece de inscrig0 no Instituto Maritimo e Portuario de Angola. 2, Podem inscrever-se como armadores de eomércio as centidades cujo objecto social ¢ actividade principal sejam ‘transporte maritimo e que cumpram os seauintes requisito 4) Sejam sociedades comerciais com sede e estabele- mento em territorio nacional; +5) O capital social estar inteiramente realizado, cujo valor minimo ¢ 0 previstonos artigos 221,° e 305° da Lei n’ 1/04, de 13 de Fevereiro, ) Os administradores ou gerentes devem ter compro- vada idoneidade comercial e civil ) Dispenham de, pelo menos, uma embarcagio de comercio de que sejam proprietarias, Locatarias cou afretadoras em casco mu, devidamente com- provada com titulo de propriedade, contrato de affetamento ou de promessa de compra, ¢) Disponham dos meios materiais e humanos, desig nnadamente instalagdes e pesseal permanente, com, ualificages técnicas adequadas ao exercicio da actividade. ARTIGO 4° (Aquiscaofretamento¢atretamente) Carecem de autorizacio prévia do Institute Maritimo e Portuario de Angola, a) Aquisigio de navios }) Affetamentos ou fretamentos de navios de pavilhao estrangeiro, seja qual for o sen regime ¢ a natu- reza do aftetador, fretador ou operador de navios, ARTIGO 5° (edie de inser iga0) A inscrigao como armador de comércio € efectuada a pedido do interessado, devendo o xequerimento ser dirigido 40 Instituto Maritimo e Portuario de Angola, acompankado de a) Cettidao da escrtura publica de consttuigo da ‘apresa ou sociedade: +) Cestidao de matricula da empresa on sociedade na ‘Conservateria do Registo Comercial ©) Certficado do rezisto criminal comprovando nao ‘starcm os administradores ou gerentes inibidos do exereicio do comércio; 4) Planta de localizagao do exeritério, bem como a ‘memoria sinteticamente deseritiva das instala- 48s, acompanhadas do titulo de propriedade ou contrato de arrendament ¢) Documentos comprovativos de que o requerente é propritirio, locatario ou afretador em casco.m1 de pelo menos uma embarcagao de comerci A Indicagdo dos trifegos a efectuar ou dos servigos que se proponhia prestar, bem como dos meios que pretende utilizar, ‘g/ Seguros de navio ou navios efectuados numa segu- radora nacicnal I SERIE ~N° 41 ~ DE 28 DE FEVEREIRO DE 2014 1291 ARITGO 6° Ceetivagtodainssia0) 1A inscrigao do annadar de comércio ¢ efectuada no prazo de 30 dias uteisa contar da data de entrada do requeri- rmento no Instituto Maritimo e Portuario de Angola, devendo, rio mesmo prazo, ser emitido e enviado 20 requerente ores- pectivo documento comprovativo da inserigao. 2.0 pedido de inscrigto considera-sedeferido se, noprazo referido no nimero anterior, nada for conmicado, em con- tratio a0 requerente 3. O Instituto Maritimo ¢ Pertuio de Angola deve publi- citar na sua pégina electrdnica e comunicar as Autoridades Portuérias, Capitanias dos Portos ¢ Servico Nacional das Alfandezas as inserigoes dos armadores de comércio que tenha efectuado, ARTIGo 7° ‘ax Pela inserigo de armador do comércio pelos averbamen- tos a efectuar apés a sua inscriglo e emiss8o do respective alvard, nos termos dos artigos anteriores, sao cobradastaxas, nos montantes constantes do Regulamento de Taxas e Multas devido pelos servigos prestados pelo Instituto Maritimo & Pattuario de Angola AnIIGO Ss” (Cancelamento da sri) 1. O cancelamento da inscrigo como armadr de comér= cio &ef¢ctuado pelo Instituto Maritimo ¢ Portuério de Angola quando aquete: 4) Deixar de cumprir os requisitos previstos no n° 2 do artigo 3°, by) Deinar de exercer a actividade ha mais de um ano, 6) Orequerer 2. Nos processos ce cancelamento devem ser instaurados pelo instiito Maritimo e Partnério de Angola, sendo obriga- oria a audigao do armador de cameércio visado. ARIIGO 9° (@hreits do armador de comér co) © armador de coméreio tem direito a @) Exeroar a actividade de transporte maritime, inctnindo a pritica dos actos previstos para 0 aente de navegagdo, noparto de registomnos navios de que € proprietirio ou explora; b) Beneficiar de ajudas ou de apoios que vinham a ser concedidos a marinha de comércio nacional, designadamente de natureza fiscal, consagrados em leaislagao especial, ©) Reveber dos servigos competentes a informagao ou a documantagio do se interesse, de émbito nacional ‘ou intemacional,respeitante ou relacionada com 2 actividade de transporte maritime, @ Usuinuir das vantagens que resultem de acordos celebrados com paises terceiros, na area dos ‘transpostes maritimos; ) Colher todos os demais beneficios decorrentes da condigiio de armador de cométcio. ARTIGO 10° (@everes doarmadtr de comércio) (© armadar de comércio tem o dever de: 4) Comunicar ao Instituto Maritimo ¢ Portuario de Angola as alteragdes que venham a ocorrar, rela- tivamente aes elementos constantes do seu pedido de inserigao © exercicio da actividade; b) Tdentificar as embarcagdes que explora, préprias ‘ou de tereeiros e remeter ao Instituto Maritimo € Portudrio de Angola informngoes sobre os tafe 208 indicados, seu estado téenico e desempenho; ¢) Informar anvalmente o Instituto Maritimo ¢ Portus rio de Angola sobre a actividade desenvolvida, ) Fornecer a0 Instituto Maritimo e Portuério de Angola {odos os elementos soticitados, sem prejuize do direito a confidencialidade ou a reserva de infor- magao de natureza comercial, AKIIGO @ispesicao teansiteria) 1, Os armadores que, @ data da entrada em vigor deste Diploma, se encontrem inscritos e que cumpram com os requi- sitos do artigo 3°, consideram-se, para todos os efeitos, como armadores de comeércio inscritos nos termos deste Diploma. 2, Compete ao Instituto Maritimo ¢ Portuario de Angola comunicar aos interessados, no prazo de 15 dias tteis con- tados a partir da data de entrada em vigor deste Diploma, 0 feito decorrente do disposto no nimero anterior e, nomesino prazo, remeter-thes os respectivos documentos certificativos. ARTIGO 12" (Equiparagae 2 armader) (Qualquer referéncia a armador inscrito on a armadr nacio- nal considera-se camo feita a armadar de comércio, tal como definido neste Diploma ARTIGO 13° (@iseazasvo da actividad) A fiscalizagto earegulacio da actividad do transpertz mari- timo competem ac Instituto Maritimo ¢ Portuério de Angola Presidente da Reptiblica, Jost: Eouaano pos Saxtos. Decreto Presidencial n.” §5/14 de 28 de Feveretzo Por conveniéncia de servigo; © Presidente da Reptilica deereta, nos termos da ali- nea k) do artigo 119° e don 3 do artigo 125°, ambos da Constitigo da Repablica de Angola, conjusadas comon:*1 do aatigo 21° da Lein.? 17/10, de 29 de Julho - Lei da Orsamizagao de Funcionamento dos Oraaios da Administragae Local do Estado, o seguinte:

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