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Breves reflexdes sobre a historiografia inglesa: 0 grupo da revista Past & Present. Maria Manuela R. de Sousa Silva * No exato momento em que os grandes sistemas explicatives do devirhistéricodesmoronam-se nossa volta, eem quemalainda vislumbramos no horizonte epistemolégico um paradigma substitutivo, talvez valha a pena refletir sobre alguns caminhos jé percorridos pela historiografia de nosso século. Este retorno a um passado mais ou menos proximo, nao significa de forma alguma uma simples rendigio passadista a modelosde explicagiohistorica jé gastos. Ele antesatentativade recuperar uum certo feixe de problematicas, cuja potencialidade heuristica, longe deter sido esgotada, apresenta ainda hoje inequi. vocos sinais de vitalidade. Referimo-nosaqui particularmenteauma linhahistoriografica inglesa, quemuito embora lance suas raizesnoséc. XIX,s6adquire uma sélida sustentagao tedrica e metodolégica a partir da adogao da proposta marxista, que passa ento a ser comum a um grupo de estudiosos reunidos em torno do Partido Comunista Inglés, Pelo menos a partir dos anos 30 de nosso século, estes historiadores apresentam em comum uma paixao pela historia € pela andlise sociolégica da sociedade.além, claro, deum profundo interesse pela discussao de um projeto politico paraa sociedade de seu tempo, Era fundamentalmente este aspecto que os levava a engajarem-se em frequentes debates sobre a concepgao marxista, * Professora do Dept. de histria da UPRJ, doutora em histbria pela USP. trocando entre si experincias, cujo veiculo de divulgagao seria, a partir de 1952, a Revista Past & Present. Desta forma,o grupo dehistoriadores basicamente constitu- ido por C.Hill, M.Dobb, Rodney Hilton, E.Hobsbawm, G.Child e E.P. Thompson, pode ao longo do tempo adquirir uma cocrénciae identidade proprias, que the sio conferidas quer pelapartilhadeum mesmo projeto politico, quer pela opedo tedrica assumida - 0 marxismo - questdes constantemente atravessadas pelo debate, aspecto que certamente terd contribuido para a sa renovacao. De fato, em relagio & postura politica, o grupo teve sempre um papel destacado ndo s6 na formagao da consciéncia democri- tica, tanto a nivel nacional quanto internacional, mas também interveiodemaneiraativaeatravésdeagdes diretas na vida politica da Inglaterra, pondo ao servico destas duas causas sua rica ¢ instigante produgdo historiogréfica ‘Jano que se refere & investigecdo histérica, duas grandes ¢ dccisivas preocupagées dominam o grupo, De um lado, o esforgo constante em aprofundar e enriquecer, a luz das novas aquisigoes «e debates intelectuais, o campo tedrico legado pelo pensamento marxista, sem cederaesquematismos faceis, ou simplesmente cair num dogmatismo estéril. Tal atitude deveu-se em grande parte & preocupagdodo grupoem submeter todaequalqueranaliseempitica ao controle da teoria e esta ao confronto constante com os dados empiticos. Por outro lado, o grupo mantém como preocupagao funda- mental o social, realidade construida. partir doconceito de luta de classes, fenémeno capaz de captar, no calor dos enfrentamentos sociais cotidianos, as aspiragdes, sonhos ¢ frustragdes das classes subalternas. Desenha-se, assim, uma clara opgao pelos desfavorecidos e silenciados, em detrimento das elites ov classes dominantes. Destleadécadade 192011930, aatividade historiograficado ‘grupovai preferencialmente centrar-seem tornodealgumas linhas de pesquisa hist6rica, que de certa forma permanecerio até aos tempos atuais. 112 Uma primeira linha de pesquisa vai debrugar-se sobre 0 grande acontecimento revelado pela Guerra Civil Inglesa, desta- cando-se neste campo os trabalhos pioneiros de C.Hill, R.Hilton, M.Dobb e E.Hobsbawm. Este tema jé havia despertado interesse entre os historiadores socialistasda geracdoanterior, posto que lhe conferiam uma importincia decisivanaconstrugao das instituig6es democriticas inglesas. Efetivamente, eraentio idéiacorrente entre oshistoriadores de tendéncia radical de esquerda, que nem Cobbet! nem sequer 0 movimento Cartista do sée.XIX, haviam gizado os verdadeiros alicercesda democracia inglesa. O quehavia realmente propiciado uum campo fértilao desabrochardeste ideal politico eram os grandes debates encaminhados por Putney. em torno dos principios funda- mentais defendidos pela ala esquerda do Parlamento (WHIG). durante o conturbado periodo da Guerra Civil. ‘Aqui parece radicar-seo grande interesse, nfios6 peloestudo da formagao da sociedade inglesa sob os Tudor e Stuart, mas também pela génese do capitalismo, objeto que vai suscitar um amplo debate na década de 50 acerca da transi¢do do feudalism para o capitalismo, Ha que recordar que estas discussdes foram primeiramente encaminhadas pelo trabalho pioneiro de M.Dobb num célebre trabalho intitulado Estudos sobre o desenvolvimento do Capitalism (1). ‘A principio, o debate restringe-se ao espago fisico do reino Unido e Commonwealth, tendo frente historiadorescomo Hilton, Hill, Takahashi, P.Sweezy.J. Merrington além,claro,deM.Dobb. Mais tarde a polémica extrapola a Inglaterra e passa a contar com outroshistoriadores, taiscomo G.Lefebvree G.Procacei aos quais viria a juntar-se, em breve, P.Anderson com sua peculiar aborda- ‘gem estruturalista (2), para o qual o estudo da estrutura do Estado Antigo adquire uma importancia fundamental paraacompreenso do desenvolvimento econdmico e social dos paises europeus, na ‘medida em que ele determinaré uma peculiar or capitalismono mundo ocidental. Paralelamente ao estudo sobre a génese e evolugao do capitalismona Inglaterra, vemos despontar um particular interesse pela formagao da classe trabalhadora. Este tema jé havia sido anteriormente abordado por Hammond, historiador de tendéncia socialista, que iré exercer uma grande influéncia quer nos trabalhos: de E.P.Thompson, dedicados a formagao da classe trabalhadora, quer nos estudos de Rudé ¢ Hobsbawm sobre os movimentos revoluciondrios de massa. Outro tema amplamente abordado foi o dos movimentos sociais de cardter popular que agitaram a Inglaterra por boa parte da Idade Média e inicios dos Tempos Modernos, tais como os Diggers, Levellerse Anabaptistas(3). Paralelamente ao desabro- char deste novo interesse pelos movimentos sociais de base, surge ‘uma intensa preocupagao pela publicagao de documentos. que passam a ser acompanhados de ricos e instigantes comentarios, mais tarde reunidos em quatro volumes, gragas & incansével persisténcia © abnegacdo de Dora Torr, fundadora do Partido Comunista Inglés nos anos vinte. Masserdna segunda gera¢dode historiadores marxistas que esta histéria construida “from below” (a partir debaixo. ie, das classes subalternase ndodaselites)e postaem movimento pela agao contestatéria das camadas mais desprotegidas da sociedade, passa a adquirir um novo componente jacobino, gracas 4 influéncia da historiografia do outro lado do Canal da Mancha, principalmente das obras de Soboul e Lefebvre sobre a Revolugao Francesa (4). Uma terceira linha destaca-se pelo interesse dedicado & Antiguidade, particularmente as civilizagdes gregaeromana, Estas sociedades, se por um lado, constituiam o proprio fundamento da cultura ocidental, por outro, propiciavam ao historiador um rico campo de observacao das lutas de classe, pondo em relevo certas determinantes, que posteriormente irdo atuarem formagdes sociais ‘maiscomplexas. Dentro desta linha de orientagao destacam-se os trabalhos pioneiros de Farrington, G. Thomson, G.Child e E,P.Thompson, escritos todos eles no decarrer dos anos trina e quarenta, ug fato de termos jd assinalado uma identidade de pontos de vista entre os componentes do grupo de historiadores marxistas, nao significa que sua trajetéria tenha sido linear ou imune as turbuléneias que marcaram, de forma verdadeiramentedramatica osiiltimossessentaanos de nosso século, sequer que tenha apagado as diferengas individuais embutidas em seu interior. Paramelhorentendlermosas diferentes conjunturas politicas € ideolégicas as quais 0 grupo foi-se adaptando, recorremos a trés ensaios publicados na década de oitenta, e que de certa forma constituem os primeiros esforgos de entendimento da trajet6ria percorrida por esta orientagao historiogréfica. O primeiro ensaio a aparecer foi odo historiador R. Samuel publicado na New Lefi Review (5). Nele oautor procura demons- trar que este grupo constitu odesembocadouro natural de todoum complexo ediversificado desenvolvimento, que se inicianos traba- Thos pioneiras de Marx e Engels ea partir dos quais se vem enxertar posteriormente outros tipos de influéncia. Entre as mais significativas influéncias 0 autor destaca 0 movimento religioso puritano, a tradicional formagao ¢ educagao metodista inglesa tao nitida, por exemplo, na formacao de E.P. Thompson ¢ C.Hill, as aspiragdes democraticas oriundas dos primeiros levantes sociais (Diggers Levellers), 08 acirrados debates da ala esquerda radical dos Whig, a influéncia de histori- adores socialistas ingleses (Cole e Tawney), franceses (Soboul e Lefebvre), atradigfo liberal radical deuma “History from below”, ‘© nao conformismo oriundo da Reforma, o livre pensamento, 0 mnistas de Darwin e racionalismo, além, claro, das teorias evoluct Morgan. A segunda tentativa de entendimento da trajetéria istoriogréfica do grupo é elaborada por E.Hobsbawm, numa ‘espécie de artigo-respostaasandlisesde R.Samuel.. Contrariamen- tea este, Hobsbawm chama a atengdo do leitor para o fato de que inexistia, pelo menos até a implantagao do Partido Comunista Inglés, uma verdadeira tradi¢a0 marxista na historiografia nacio- nal us Aatuagdo decisivado grupo que se reconhece como marxista de formagao, sé comegariaa afirmar-se no interior dos quadros do Partido a partir de 1946\1956, A esta geragao mais antiga, em breve, se juntariam outros mais novos, tais como Rudé, Saville, Morton e Kiernan. Finalmente © Gltimo ensaio da autoria do historiador ensaista R.Jonhson tem como principal preocupagao demonstrar quea influéncia do grupo na historiografia inglesa se deu de forma decisiva no periado de pés-guerras, mais precisamente de 1950 a 1960, momento em que é possivel identificar com clareza uma postura politica comum, bem como uma unidade de objetivos {quanto a pesquisa historica (6). ‘Ainda quesejaabsolutamenteimpossivel negarainfluéncia do idedrio marxista via Partido, ha que atentar para as considera des de R.Samuel, quando enfatiza a influéncia de determinadas tradig6es intelectuais e morais anteriores formagio do Partido, € {que certamente contribuiram para uma melhor € mais cocrente absorgdo das idéias marxistas. Esta convivénciacontinuacom miltiplas tradigoese origens intelectuais das mais diversas procedéncias, deve, sem davida, ter impedido que o grupo se fechasse sobre si mesmo, mantendo-o aberto a questionamentos que se foram colocando ao longo das diferentes conjunturas politicas e sociai Aqui parece residirumadas caracteristicas mais interessante do grupo- odesem abrirmao dos postulamentosmarxistas-manter um infindavel didlogo com outros historiadores e pesquisadores. ‘No campo estritamente politico, o grupo mantém idéntica postura, favorecendo intercémbio com profissionais de tendén- cias politicas diversas, desde que seus postulamentos se pautassem pelorespeitoaosprincipiosdemocraticosde uma sociedadc pluralista progressista Expressio deste enriquecedor didlogo encontramo-lo na Revista Past & Present, fundada no anode 1952. Emboraarevista mantivesse desde set surgimento uma estreita ligagdo com 0 Partido Comunista Inglés, ela, contudo, permanece independente 116 deste, a0 abrigo de todo e qualquer patrulhamento ideolégico e politico. Esta condigao que se mantém até hoje, é sem qualquer espécie de divida, a responsavel pela renovagdi e originalidade imprimida a pesquisa histérica, bem como pela criatividade das reformulagdes que tém vindo a ser feitas em torno de velhas questies. Emboraa primeira edigao da revista sé surja em fevereiro de 1952, aidéia de suacriagao data, pelomenos, dos anos 1949\1950, quando J.Mortis, aliado a um pequeno grupo de velhos amigos, resolve dar forma a um antigo sonho - 0 de levar a historia até a0 grande piblico nao especializado, numa linguagem acessivel. sem perder, contudo, em nenhum momento rigor cientifico. Sugere inicialmente como titulo para a revista, Bulletin of Marxist Historical Studies. Estenome, tempos depois, vird a ser substituido por Past and Present. uma vez que © primeiro se mostrava demasiado restritivo, pois parecia sugerir a exclusdo de historiadores nao marxistas. De fato, se a revista pretendia abranger omaiornimero de colaboradorese atingiramplamenteo piblico leitor, como era desejo declarado de seus fundadores, ela decerto, ndo poderia ser exclusivamente destinada &reprodugao dos trabalhos de historiadores marxistas. Porém, seus idealizadores tinham clara consciéncia de que, ‘embora a revista constituisse um espago aberto a historiadores de ‘outrastendéncias tebrico-metodol6gicas, nela no havia lugarpara posigdes reacionérias ¢ conservadoras. Desta forma, a revista surgecomo umaespécie de divisor de guasentre por um lado, umaminoria conservadoraeanticomunista, por outro, umamaioria que sustentava posicdes politicas progres- sistas e tinha abordagens historiograficas afins, ‘Naiintrodugioao primeirontimeroredigido porE.Hobsbawm, G Barraclough eJ Morris. transparece deime de histéria marcada por um inegdvel cunho social, na medida em que a definiam como“ a histéria das transformagdes pelas quaisa sociedade passa, decorrente de sua propria natureza”, 7 Desde o inicio da circulagao da revista, mantida a duras penas por sérias questdes financeiras.nela colaboram socidlogose antropélogosderenome, dentre os quais destacam-senomes como Max Gluckman, Ph. Abrams, G.Homans, fato que revela a profun- da ligagdo do discurso histérico com as demais ciéncias sociais. Interessante notar, que mesmo historiadores fora do grupo smarxista como P.Burke (7), reconhecem em sua formagao acadé- mica a profunda influéncia exercida pela Sociologia ea Antropo- logia, principal caracteristica do pensamento historiogréfico in- ales: Mas a revista consegue sobreviver com grandes dificulda- des, talvez tio somente devido A dedicagao altruista de seus membros fundadores, que nela trabalham sem receberqualquer tipo deremuneragao, apenas recorrendoas contribuigdesedonativos de amigos e de instituigdes particulares. Por ocasiao da Guerra-fria, atevista comecaa sofrer viole {as presses por parte de setores mais conservadores da sociedade inglesa. Decerto nao passava despercebido que sendoo Conselho Editorial da revista majoritariamente constituido por comunistas, seria bem dificil acreditar que os temas abordados, bem como 2s posturas politicas defendidas fossem alheias a0 ideério marxista. Embora as desconfiancas se mostrassem na pritica total- mente infundadas, pois jamais houve noticia de veto ou sequer constrangimento a historiadores ndo comunistas, mesmo assim 0 Conselho Editorial resolveu tomar medidas tendentes aneutralizar as possiveis resisténcias. De fato. dai em diante determinou a obrigatoriedade de todos os manuscritos recebidos para publica- 40, passarem a ser examinados pela totalidade dos membros do corpo responsdvel pela revista, sendo a decisto de publicasao tomadacoletivamenteeem consenso. Igualmente estabelece um Corpo de Consultores Editoriais Estrangeirosa fim de congregar os historiadores forada Inglaterra, espalhados ao redor do mundo, fato que também permitia uma maior expansdo da revista além ,claro, de promover contatos com a produgio historiogrética intemacional. 18 Neste sentido, foi deextrema importéncia aaproximacdo da Escola dos Annales, dos paises da Europa Central ¢ Oriental, enquanto que em relagao aos Estados Unidos pouca receptividade foiregistrada. Aquitalveztenha sido omarxismoamaiorbarreira, precisamente num momento de “caga as bruxas”, além do desco- nnhecimento por parte dos historiadores inglesesdas probleméticas que entio absorviam a intelectualidade norte-americana. Apesarda revista constituir um dos espacos mais importan- tes e significativos da produg2o historiografica de nosso tempo, com um prestigio eaudiénciareconhecidosintemacionalmente,nos idos de cingiienta foi alvo de profundadesconfianca, pois continu- ava a ser um vefculo intelectual majoritariamente de expresso marxista e socialista, Em 1956\57 dé-se a expulsio dos quadros do Partido de uma boa parte do grupo que até a este momento se tinha vindo a manter coeso e irmanado pelo mesmo projeto politico ¢ ideais cientifieos. Asnoticias da invasio da Hungria, os problemas com aPolénia,a chegada a0 Ocidente dos primeirostestemunhos sobre as atrocidades do regime estalinista, bem como a pouca democra- tizagdo dos quadros do Partido, levaram historiadores de renome como Hill, Hilton, Thompson e Saville a abandonar suas fileiras Apésa expulsio, estes historiadores publicaram uma carta- aberta, posicionando-se publicamente contraasatitudesautoritari- as do Partido, pasando Thompson e Saville a fazer pitblica oposigao. Em breve langam umanova revista, aparecidacm 1956, sob o titulo Reasoner, tempos depois substituido porNew Reasoner, precursora da atual New Left Review. A influéneia exercida pelo grupo de historiadoresmarxistas sobrea geragaode novos historiadorese pesquisadores ingleses foi imensa. Como H.J.Kaye (8) assinala, foi gragas a profunda influ- Encia exercida pelo grupo que se vai operar a integragao com 0 ‘movimento socialista independente, organizado em tornoda History Workshop (subtitulo tirado de uma revista publicada por historia dorese feministassocialistas),fundadoem 196010 Ruskin College. Melhor do que ninguém para atestar esta influéncia do que as 119 palavrasde R. Samuel, umadas figuras mais destacadas do History Workshop: “ Crescemos todos & sombra dos respeitados velhos. mestres como C.Hill, Hobsbawin ¢ em particular Thompson"(9). Notas (1) Deste interesse resultaria a obra coletiva traduzida nos finaisdosidos de setenta para oportuguése intitulada Da wransigiio do Feudalismo para o Capitalismo. 1977. Rio de Janeito: Paz. € Terra. (2) ANDERSON, Perry. 1974, Lineages of the Absolutist State. London: New Left. ( Existe tradugao portuguesa), (3) De fato, entre 1880 © 1890, os movimentos sociais de resisténcia tais como os desencadeados pelos Diggers, Levellers Anabaptistas, foram entendidoscomo experiéncias precursotas do Socialismo. E esta a compreensio de historiadores como MORRIS,W.e BAX, Belford na obra Socialism. Iis growth and outcome. London, 1893, (& SOBOUL, A. 1966. Paysans, sans-culottes ef jacobins Paris; 1974. Histiria da Revolugdo Francesa. 2 ed., Rio de Janeiro: Zahar; 1979. Les sans-culottes parisiens en an II. Paris Editions Du Seuil; LEFEBVRE, G. 1932. La grand pew Paris: Sedes; 1966. A Revoluedo Francesa. Sio Paulo: Dibrasa; 1972. Les paysans du Nort pendant la Révolution Francaise. Pati: Colin. (9) SAMUEL, R. British Marxist Historians. New Left Review, marchlapril, 20, (1980). (6) KAYE, H. J. 1986, The British Historians. Cambridge: Polity Press. 120 (7) BURKE, Peter. 1990. Histéria e Sociologia. Lisboa: Afrontamento, (8) KAYE, H. J. Opus Cit. pp.230. (9) Id. Ibidem. 121

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