You are on page 1of 11
emcees Arig se Rui Abrunhosa Gongalves~ A PRISAO: 0 PUBLICO E 0 PRIVADO INTRODUCAO Duas obras Pamir de M, 2 ratando-se de referécia bésicas para compreenler io de tas conceptualizagdes, a nio ser de u «da nogio de i nos ocupa, dele revelar Rui Abruntwsa Gongalves 0 carci deste ago, primeira; a segunda teve como aps a data da independ perfodo de reformas peta como base 0 ensina que entéo preconiza defeadido por Vili, De n O8T visine 3D i XIV, Bilio da Flandres suoessor de Ducpétiauy & frente da ‘kina metade do séeulo XVII, protagonizou a pal obreiro E. Ducpétiaux e ocorte pre ; ptr de 1919, alist e professor na Universidade Livre : moralizagio e na coreg ereadaplagio através io & constrgio da “Maison de Cortection de an que, concia rés anos mais tale, dard corpo so projecto de reaitagao que esta construgo em que os vito edifcios "se central apresenta jf 0s trigos gers que algunas ‘ura radial cf, Lima, 1961) , em ermos 0 de co A Pristo: 0 Piblico e 0 Privado ¢slarna base do trabalho intra-muros,O facto do actual erro bela estar eno sob © dominio, primeiro da Frang e depois de Holanda, explicaigulmenteo abandono dos objectvosiniviais de Viluin XIV em fungo de int is comeriise 96a st constiuigfo como pa nova ondem de valores se stale em toro dos problemas ligados 8 elinguéacia/marginalidade e&s formas de a combater. independente permit qu u DUCPETIAUX - 0 GRANDE CONSTRUTOR igdes de promiscuidade af vividas que estario na base da sua refrma das prises (cf, Ducpétiaux, 1865), que se in vigoraré alé 1919. se a sua pena sem ter qualgier de levar ao extrema o sistema contacto com os outros Pensylvaniano do isolamento ( ddezenas de prisées sio cons ada ena, promo das c) amb no deixa dese important eerie que isolamento rece 0 aparecimento de perturbagdes ments. Por ou lado, readaplagdo socials passvel de ser bem sucedida quando & possvelconfronar ane as preoeupages de is els ecilase na odem dos 60%. ago (cf., Lefebvre, 1979, p. 37). O8T cn Hui Abrunhosa Goncalves $e pode ves, sts das concepges d prio raicam em dois prneiios bem diferentes, Exguanto Vin XIV via 0 encarceramento como lonte devenicn 6 da sociedade, regendo-se pois por uma sta (exploragdo de mao-de-obra barat spree em que para ele o que era importante ‘Também se veri a partir de cert mentores ope lagdo dos as dos prinlpis ado por Vilain XIV Nesta pour cinta se assistir & de vista histrieos a que Se seguiu um poder coeteivo, para a pi poderes. Consideremos JON HOWARD EO ESTADO DAS PRISOES Em 1777 John Howaed publica prisons in England an Joreignprisi glatenra uma obra initulada The tate ofthe es, wth preliminary observations wo de ram prises e dela fez ‘ts suas achegas sobre a ira que 0 ro; téocia de uma de recluss, segundo a idle e 0 tipo de pdesse peri poder de super O&T pigion YM A Prisav: 0 Piblico ¢ 0 Privado ‘emos asim que, a par da contemporineosjécitados, as preocupacBes de Howard Portante alavanea nos movis fe Dacor fanlo com 0 aa, coetcivo mantm-se, mas io contudotrespassadas de “nio-contaminagio criminos ‘momento, «lsposigio permita ao gua onlem de factors que viriam, bem mais tard, constituir uma im- ios reformadores do sistema pen ‘humanizagio no. dene que as peocupagtes com a «, sobretudo, no as se psava a clas dos , elo resio de que anplico nunc sido construido na por Bentham (um ds exemplos mais prétimas€ oda psi de ) as concepgdes a 8 © ideoldgicas do seu mentor im- je nlo despeza algun dos 6 que esta visio eminentemen Rei Abrunhosa Goncalves O TRABALIO NA INSTITUICAO PRISIONAL, PORTUGUESA Nos dias de hoje, o ‘manutengio da paz. ri roa st de se inclua a ocup 981), Analisando os dads Ue est 8), rep cal esabelecimento O&T vigin M6 neice A Prisiio: O Piiblico e o Privado -muros constitu na nossa reali- djuvante de todo o programa de tralamento peniten 08 jf condenados em pena efectiva de piso, e no co ‘uma. obrigagéo instituida pela rido metade Tena, se tverem bom conpertameno prisionale mostarem eapacidade de se soci onal sia deo fezeren. so sgn qu, po exempl, ‘io desejar tabaltar ou mosirar muito poico empeaho na foi dist 0 caso de um execugio do (al ‘mau comportamento prisional” ¢ a una reap a vida social em brad, wlose 2 realdide dks prisdes americans no eso do Texas, tum dieto de prisio que no subscevessea doting 08 6 0 melhor tino par a vida eps a liberagio e de m0 melhor mecanismo para dirgir uma prsfo de forma ordeira e humana, Tumbém nunca dear com muitas provas de que eles esivessem enads" (189) Finalmente, € de esialar como uma das medidas alteatvas pena de piso, nor da comunidade, que consistenaprestao de servigos 8 normals de taba ne, dese lempos remolos até & legis to como mo efi pelo gre pela est elas, 08 valores, normas Kui Abrunhosa Goncalves persegue. De acordo com De Waele e Depreeu (1985, Livro fp. 37 roporciona wina densidad de cont (ritamente del car ogra d dluga na pi os resulados de l compo. A presenga dos dos pares eadlicos & OT icin 3B A Prisio: 0 Piblico & 0 Privado peogriico. A prea fungi do eduaor nos estabelecimentos prisons, ora dos casos, de um poder moralizane,O esquema econdnico est na hase da reeducago do recuso, Por un lad, ele rerodzno soda prisioo modo de produg no-de-obrabaralae, por outro, into 0 do combate ao écio, na mia de que, adquirida intra-muros, oreluso, quando em liberdade, terd ade sas bases do seu suselo sem lr de rece de novo ao crime, O esquema proven da introdugio das ciéncias humanas no processo de geom- panhamento da pena ¢ id io de um dossier, composto de i convergem aspectos médicos, psicl indi ci ue 0 reclaso adopt presenta a correte refor lo de win projecto de 2 vide normal és pris, Tudo se passa pois tleuma foragio edueaional e profsional adequadas ¢ de lar preencer essas Jacunas ul ‘écnicas depois de profissionas ¢ sociais que até af ndo tinha, Imas que pris, sravés da sua fang pedagésca, Ie roporionoa, s vis esqumas anteriormentedescrts podem temas de um sistema plobel que é a pra piso. Caballero Romero (1987) rele que a prisio é uma entidade que espe mais do que a soma das partes), send compos por vrs suberganizaies,reass por les rilévios, Assim, uma de destinada a custodiar os reclusos, otra de tipo empresa jetivo a pr ‘odutora de bens e uma terecira, de cari potisioal de itagio dos detidos, A em 0 proprio direito adminis seca, em ceria medida, por ebaer a tradicional difereniago entre orp niaagies coercivas, 973), ats ree- ‘enciada, Ta como salientavam Steele ¢ Jacobs (1975, aacual siuagio das prisdes ales tips de elaelecimenios enquadrados em sistemas icordo com as eae funcionas nels existentes. Asim, Pui Abrunhosa Goncalves ) resumem & modificagio dos A Pristo: O Piiblico e 0 Privado 6 las de inlervengio terapéutica no seio das sions (cf. Gongalves, 1993; Gongalves & Vi fema defines como um conjunto de elementos ou objeto e esses elementos e 0 seus a 1956) em que os objects so os component los sia" 238 propedal do es di, por sua ver, eoesio ao sistema mente espeificado pels seus alributos, enquanto que os “objects” podem ser inividuos humanos, 0s d iuentificados sio comportamentos com s sistemas podem ser aber caracterizam-e pla permuta Ue m U em qualquer cle, e, polanto, ipiente estangue ‘Beavin & Jackson 1981), Nu bisicas: a fotalidade, ow nao-son processos-e partindo de diversas condigses scents a enropia que tradu ogra de inceteza do sistema (Bealanly, 1973), Estas propriedodes e outros concetos importantes da teoria dos sistem ida (output) e 0 de fr do sistema, siovisveis na porque nuitas das diferengas administralivos dos aspeeto ds efeitos ea inlrodupfo de allerages nos processos h les potenciais de con responsive Rei Abrunhosa Gongatves O&M pasion A Pristo: O Piblico e 0 Privado iueionalizago da psi ue & forgosamene necessério tm doente a quem & poss seclor em que o doenle mental deixa de ser al- dntemar, para passar a ser encarado como mais aos, prestar 08 necesstos cuidados da 0 prolongado no hospital psiguitico, quer outa empresa emp © produlora de bens. £ assim tansformadora de matérias-primas 1a. prisio o or Petit (1986), anda educagio & ressrever 0 PRISAO roces0s ne THaNSOMAGIO Ns aos ~ Talo Beit; Acme st le: Fm Pa sional ae snasnaéans ~ Bato ni oes FEDEAE rrewagio nc eeernene. Rui Abrunhosa Goncalves A Prisio: O Pablico & 0 Privado Prisfo com sistema abetto, o ecluso deixa de ser visto como qual se exerceria 0 ‘uma Fungo actuante na vida do prépio sist prSpria dindmica, sim penais. Finalmente ¢ alguns scctores (sobre- weria expresso de um dsejo de mudanga” 86 certs servigos (bat, as, etc.)?; Dever estenderse is prisdes de scguranga mikima € aos detdos condenaas em grandes penas ou fcar 36 pelos telusosjovens com pens de prisio mis suves?; Devrd modelo da pivatzago ser porque talvez mais prudent, ais promissoes, Asi is6es seja sempre cor do. Ou sea, ice claro que a exeeugéo das enas€assegurada por um servi blca mio sendo pesmita.a interferéncia do sector prvado neste % EL.A. € por fora do seu sistema juriico, lonas polémica tém fi lades do Estado e do lo aneio, a prisio en € portano petenga do Estado, tem vi leresseseconsinieus privado, alos positives, i), redo da taxa lidade ¢ da reincidéncia) e a coner lizagfio 1987), a0 fazer lc entéo considerar prematura esa do ice questio, encontra 'ado inquirdasreferem ter efecuado econonis pelo ls privatizagdes nos seus contextos enquanto que as lo referem nem ganbos nem pens), acham que a Tornecer 0 se 0, n as subretudo pela viragem ideoldgica Para Benet (1987) os arg privado nas so de on $6 pelo valor que possam vir ele i que a intervene generalizada do seeorprivado no do sendo descabida de sentido, envolve vtios O8T pire Rai Abrunhosa mealves 8 de muitos * (Laberge, 1988). conhece ainda qualquer “reformat is Seguramiente por prudéncia € rea iia portuguesa procedido a medificagdes no interior da ord leciments,respeitando no entanto a sua lGgica regiona allbergam e as potenci quanto nds, a mas asta porque 0 a expensas de uma erie O&T pacinn M6 enema A Pristo: O Piblico € o Privado uhrabalo como pedra de toque para a compreensio da prio. Desde os primordios dy orgeizago pisionl enquantodispastivo dsitinar que vinos a ‘mportncia do tao como fonte de eden, e malguns caso de pniténcia, do condenado,Vilain XIV assim o entende, John fendu-o apis rgorosas inspecgie 0 postulou segundo a regra da ele propociona. Du prises francesa foi regido pelo prt Potugal, o trabalho peninteniér referencia como instrumento de ju allerativas), 0 movimento de 989), Em , forgade lei e & comumente (quer na prisio quer nas suas medidas tulo pass: “0 aspecto mais espanioso reforma da prises ao longo ios sfeulos€ to. Bm muitos casos, cos ocorridas st levantasse agora dentro das prisbes do que na a, andar para tris no tempo” penal, baseados em pressupostos a reforma das prises doverd ser le dentro para go as necesidades da popula a) caacidade() do estabelecimento, quer no aspect da sua lola qut 8 ¢ humanos, E evidente que se 0€e no se aumenar a capaciadeprisiona, 4 breve lrecho, De sorte que isto poderdenvolver duas 0 0 vel da eal (lespenalizagio A Prisio: O Pablico e 9 Privado DO, J. (1983), “Antecedentes te a ta (eo Cidado- deinguente: Reinsercir social? ide Reinseredo Social ULT, a. (1975), GoFrMaN, te em 1961 por + GONCALVES, K. A, pnitica da psicologia em ambieme "aulo PP. Machado (eds.). Paieolosig 9-579), Porto, Assaciagdo dos Paicdlones io Geral dos Servigos br ‘io-presos, que no HA. & VINA, Th, 1 in Jodo Barroso e Lustig (33-68), Port, APPORT WALL A.D. & FAGEN, RE (1956) Yeurhook. 1, 18.28 He inte’ LOURAU, R.(1973), Exame especial da MILLER, Pd. 1988), ofthe (1986), BOCAS, G. (1980), Penitencas x OLT vaigin 4B hos Goncalves STEBLE, EH & JACOBS, 1. B. (1975), liaguencs, 24, 149-162 O87 pasion 50 “A theory once 6 ra se Arie de José Barreto A PRIVATIZACAO DOS CAMINHOS DE FERRO DO ESTADO PELA DITADURA MILITAR EM 1927 28 eleva linha do Esto de empresa plea a ti eatidades privadas nacionss, 0 Esta 4 construgio do Sul © Sueste a a compantia ¢ Douro

You might also like