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j é 7 i j g i [ TERRORISMO | | PROCESSO PENAL | [FBI] Dust eSeguanca viema | persnéca da mario acacémcaem rma pa Ingesso no os de po ee | ior Shae Ceslano Wage or Vitor silva/Crstiano Nogueira Presidente da Associa Prieta de Ciminloga ce resented Asacio Portuguesa de Cininaoga A pertinéncia da formacao académica em criminologia para 0 ingresso nos 6rgaos de policia criminal ‘Nlicenciatura em Criminologia niciou se em 2006/2007, na Faculdade de Dirlto da Universidade do Porto, apés aprovagdo em 5 de Junho de 2002, tendo sido posteiommente akterada a sua estutura curicuiar a 25 de Marco {de 2009, tal como esta publicado no Despacho n.* 1083/2009, DRI Série, n.0 69, de 8 de Abril de 2009. Pos- terionmente & criac3o, na Faculdade de Direito da Universidade do Porto, a licenciatura em Criminolglaf0|ho- ‘mologada na Universidade Femando Pessoa ~ Porto (Despacho n.o 20758/2008, .R., i Série, n.0 182, de 7 de ‘Agosto de 2008), no Instituto Superior da Mala (Despacho n.o 23 723/2008 DR, 2. série -n.0 182, de 19 de Setembro de 2008) ena Universidade Lusiada do Porto (Despacho n.o 13469/2009, de 1 de Junho, Publicado no Dio da Replica, 2 Série, n.0 110 de 8 de Junho de 2008). Portant, todas as instuigdes de ensno su- Petiorsuprarferdas esto reconhecidas pelo Ministéio da Ciencia, Iecnologia eEnsino Superior Os planas cur Ficulares, através da sua organizac3o e estrutura, foram desenvolvdos com o objetivo de proporcionar aos estudantes uma formaedo que contemle as seguintes reas cientificas no seu ensino: riminologia, Dieta, Ciencias Socials e da Comportamento, Ciéneias Humana, Estatistica Ciéncas Forenses, entre outa [3 A Griminologia € uma érea do conhecimento que se pauta pela sua multiiscipinaredade, e que pretende ana lisar e estudar o fenémeno criminal, pelo erzamento de diferentes dreas do saber e priticas através de pers- petivas e metodologas, nomeadamente das ciéncias socias, das ciéncis jurcieas e das ciéncias biomédicas, assentando particularmente no Diteto, na Sociologia, na Psicologia e na Medicina [8 10 € articulando diferentes dreas do saber sobre 0 fenémeno criminal, Criminologia n3o se dedca apenas 20 ‘tudo do indviduo que comete o crime, sendo uma ciéncia empitica e auténoma, que se debruca sobre os mé- todos que possibitam o conhecimento do crime, do delinquent, da vtima, da criminaidade, da percepo da (in)seguranga da reaedo socal o crime sempre numa vertente cientficae, portato, abediente ao método te ana oc {51 61 Ffetvame ciado em Criminclogia apresenta uma fomacio tedicopratica sda e uma perspetiva mult, inter e transcscipiinar sobre o crime, estando habiitado com saberes e competéncias necessérias ao peno de- ssempenho profisional na érea do saber criminolgico. Assim, estes profissionais(Crimndlogos) encontram-se aptos a desenvolver diversas atividaces como andi crminol6gico,elaboracd e planeamento de pltica er- mminais, concegdo e execupo de programas de prevenedo, intervenedo cinica, intervenedo comunitéria, me- aed, consultadoria em diversas éreas, concepdo de polticas sociais e pena, investiqapdo criminal, ‘seguronco privada, investigacdo cientfca,formacdo e/ou ensino {3} Ao nvel institucional e de emprega- bilidade, os Crimin6logos poderdo e deverdo desenvoler a sua atividade profisional em diversas contextos ug eSeguonga tema | A prints da omacSoaradémea em eiminaloga pao ingesso nos gas de pola inna | ‘Wor ae rsa Noguia insbucionals, de qu so exempo: Oo de Pola Criminal, instro da Defeso, buns, Gabinetes de e- «tap, estes Penitenciras, Servis de Rensereo Social, Cen Ediatwos para MeroesDelnqueres, Comisses de Protedo de Cangas eJovens,Ceios de Achiment e de Asistncia a Viimas, Cents ePo. Jets de Prevencaoe Tatamento da xcodependenci, auras, Empresas de Seguranga vada, Poets de Investigacao Cientifica e Ensino da Criminologia (3). Se por um lado ¢ vedade que enquanto etiem pessoas esocedades esto crimes, ¢ tio mais verdade aque ¢ neesssio apostr na preven bem como no combate erepressao a0 crime. Com a gabalzaio, 35 novas hablidadese novos meis wiizados para a prétca de iets rmiais,uge a necessdade ce formar ata vee mais e mehoesprofssionaiscapazes¢ competent 20 nivel eco epatic para estes vos de. ‘safios e realidades criminais [4]. AAcareiradeinspetor na Policia Judcéria constitu sem divida um aliciante para osjvens que pocuram {5 cursos de Crminologia,sendo cert que esta € uma 6s posses sides profissionais deste cum univer. ment setunconaee piney A carreira de inspetor na Policia Judiciéria const- (remo ou etemo)tenhasoictado tui sem dtivida um aliciante para os jovens que pro- esta mesma fomapio académica. curam os cursos de Criminologia, ... muito embora Sarco 3 eenciaua em Cit até ao momento nenhum concurso piblico (interno tas conpeténdas nomesdemene ou externo) tena solicitado esta mesma formacao 0 nivel do atendimento e entre. académica, vista a vtimase ofensors (meno- "ese adultos), 20 nel da avaiagao do sco e darevitimacio, o que toma estes profsionas 30 ou mas apts equalifeados,comparaivamentea outosprofssioais,eja fora ndo parece contemplar ese nvel de avai. © fecto da formagdo em Crminloga se muitidisepinar econempla, ete outas,uidodescurcuareses- Senciais formaso pola tai como: Cimino, Vitiolgia, Deo Penal, Det rocessual Penal, Ives. ‘igag80 Criminal e Crminalsica, Criminaldade Ongarizadae Econémica,Criminlidade Violena e Sena Deinguéncia wen oma esta fomacdo académica numa das mais ase elevantes para oexerecio da at ‘dade de Plea Chiminal. Mai, e como escreveu José Bra enn eo desenvolvimento cent [do i Yestgapdo criminal, excindo 0 contesto de formogéo profssional nos escolas de pocia e muito pardewrmente na Escola da Plea ud, tem lgar nes cursos decriminlogia ede lenis eteenl. 4a, muta entra, neste itmo coso, em creas cureulares especioas no domino das chamados ciencias ferenses, kind predominantementena sua dimensdo mater, mutes vzes deforma fagmentie ‘recionada para dreas muito concretas e parcelares do conhecimento” (2), Com ete, nos eusos de Chinologa, 0 ve epecico das unidades curculaes de investiga¢30caminal so lecionadas mais dvesiicadas tai como: a inestigagao criminal no Estado ce dete no Sistema de Justa, exatgas de mestigac3o cna (cone nomatvo técnica e materia), a xganzacSo © os modelos de ivestigaao criminal, para alem ce aversos campos da crninalisica Tendo em conta a formacao de um aluno de Crminolgia compaatvamente 20s alunos de Dito, que epre- ‘sentam 35% das vagas de ingesso na Pola Judi, nBopoderos dear de nos questionar sees pine! fos no estario academicamente melhor apetrechados para o desempento das atvidades especcas cometida a est 6gio de pola cximinal Tendo em conta a formagao de um aluno de Crimi- Dats 2 ulead de ene nologia comparativamente aos alunos de Direito, .... emesgenteseanecessidoe de nao podemos deixar de nos questionar se os pri- 2 dversidade de saberes, meiros nao estarao academicamente melhor ape- a acc sooo ae smcn trechados para o desempenho das atividades cimina\com esponsabitiodes especificas cometidas a este drgao de policia cri- rocambatezoctimee mais e- minal. ppecialmente na drea da investi- Z ga¢30 criminal terdo, na nossa 131 ‘use Seana tema | A prin da fomapio academics em camielag pea oingesso nos gus de pola ena | VtorSna ecto guess ‘A Policia Judicidria tem vindo a alargar 0 espectro _perspetva, una maior proiencia da formacao académica do pessoal do quadro da in-_ ="t0 mals mutascipinar oro seu corpo téenico operacional [1 vestigacao criminal, seja a Psicologia, a Sociologia, roiciajudisia tem vindo 2 a Economia, & Contabilidade ou algumas Engenha- siagar o especto da fornaca0 rias (nomeadamente a informatica). Cremos, con- acatémia do pessoal co quadro tudo, que a Criminologia aportaria igualmente uma 42!estirio cimina, sea 8 Ps cologa, 3 Sociologia, a Economia, mais-valia a investigacao criminal. {3 Contabilidade ou algumas Enge- nharias (nomeadamente a infor iia. Cremos,contudo, que a Crminolgia apotaraigualmente uma mais-alia 8 inestiacdo criminal cada ‘ez mais entendida numa perspectivahoistica de compreensio do cuzamento de ieressescriminasos, d- \ersdade de ‘mod operand, ansnacionaldade e complesidade Assist, porventura, alguma razaio aos profissionais que afimam que a investiga¢ao criminal, sendo mais uma arte do que uma eénea,embora intgrada por abas, ro pade ser ensinada, e que sb pode ser aprendda a0 longo de anos de prea (1) Porém, como i referdo, a vasido das avidades criminosas, ue um mundo gobalzado poteniou, a pro- miscuidade de interesss legals elegas, a intincablidade do exime organizado,representam enonmes desa- ‘0s para Estado de Dito, Poriso,o sistema de justia, designadamente a vertente da ivesUgagdo criminal, ‘No pode prescindr de uma area do saber em que o crime ¢ estudado sob o prima fenomenolégeo humano € soca, numa perspetiva de apicagdo prea. Kooga nao interessa apenas ofendmeno criminal, mas também como a ee regi, compreender a vet- , [Cansitaco em (27072012, {41 01sson, (2002), crimintoga Usbuo, Casa das Leva, [51DiasF & Andre, m (1897. crininoinga. 0 Homem Delnquerte ea Sociedade Crnindgena. Cinta, Coimbra Eda, [61 Fata, Re A.C (2012). Astra Eistemagca da Cninalogl. A Camco: Um Arlplao Ierisiplna: Pro, Unb vesiade do Pato, 5p 27-2. [71 Kab, Ba (2010. Somos Tes Crminess? Ubon, Casa ds ets {8 Pines (2008). ot Epo Portuguesa. nL Blanc, Oume, Mt, Saba, (Coon), Rata de Crninloga Emp. Uses, Cimepsi at, pp 138. 132

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