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INFRAERO DIRETORIA DE PLANEJAMENTO — DP SUPERINTENDENCIA DE DESENVOLVIMENTO AEROPORTUARIO ~ DPDR Geréncia de Planos Diretores ~ DRPD Aeroporto de Teresina SBTE Relatdrio Técnico n° 03/DRPD/2013 Estudo para o Desenvolvimento do Aeroporto de Teresina, considerando a Revogacao do Decreto de Utilidade Publica Julho/2013 RIN’ OO8/PLPD2010 INFRAERO RELATORIO TECNICO N.° 03 /DRPD/2013 Rio de Janeiro, 12 de julho de 2013. Responsaveis: Ana Licia Carvalho de Moraes Gauss Laubenbacher Sampaio Aeroporto: Teresina (SBTE) 1 INTRODUCAO 11. EINALIDADE O presente Relatorio tem por finalidade apresentar uma avaliago das alternativas de desenvolvimento do Acroporto de Teresina, considerando a revogacao do Decreto de Utilidade Publica e, consequentemente, as restrigdes impostas pela area patrimonial do aeroporto. 1.3. ANEXOS Figura da Implantagio Final - com desapropriagao minima para 4/IFR Figura da 1* Fase de Implantagio; Figura da 2° Fase de Implantagio; Beye Estudo “Projegiies de Demanda por Transporte Aéreo” 2, HISTORICO E SITUACAO ATUAL 2.1 Em 2011, a Geréncia de Planos Diretores (DRPD) deu inicio as atividades com vistas & elaboragio do Plano Diretor do Aeroporto de Teresina (PDir SBTE/2011). Esse documento de planejamento avaliou as alternativas de desenvolvimento, considerando a possibilidade de ampliagao da infraestrutura aeroportuéria, em fungio da existéncia do Decreto de Utilidade Publica n° 10.440, de 08 de junho de 2010. 2.2. Em 16 de dezembro de 2011, a entio PLPD encaminhou 0 PDir SBTE 4 Agéncia icional de Aviagio Civil, para avaliagao ¢ aprovagio, em conformidade com o estabelecido na Resolugiio ANAC n° 153. Posteriormente, em novembro de 2012, a ANAC encaminhou o Oficio one | | Jn | me | Gad Lanesbocer Sampsi INFRAERO Continuagio Relatério Técnico N.° 003 /DRPD/2013 n° 2568/2012/GTCA/GENG/SIA-ANAC, emitindo parecer favoravel daquela ANAC e informando que o PDir SBTE/2011 estava sendo encaminhado ao Comando da Aerondutica para emissio de parecer ¢ viabilizagao da aprovagao final do mesmo. 2.3, Todavia, em 2013, a Geréncia de Planos Diretores foi informada de que o Deereto n° 10.440 havia sido revogado pelo Prefeito de Teresina. Em consequéncia, fez-se necessirio a reavaliagao do desenvolvimento previsto para o SBTE, de modo a utilizar apenas a atual area patrimonial do aeroporto, uma vez que, em fungio de diretrizes emanadas da ANAC, o plano diretor deve considerar, para fins de desenvolvimento, apenas areas que sejam de propriedade da INFRAERO ou que estejam declaradas, por meio de algum documento oficial, & ampliago/desenvolvimento do aeroporto ANALISE 3.1. Em fungdo do cendrio atual, conforme apresentado no Item 2 do presente Relat6rio, a DRPD procedeu as andlises considerando, inicialmente, as nao-conformidades fisicas com relagdo a aeronave de projeto. Verifica-se que a infraestrutura atual apresenta irregularidades, conforme apresentado a seguir: Y — Cédigo da Pista: 4C Y Tipo de Operagao: IFR nao-precisio Quadro 1: Avaliagdo das Superficies Limitadoras de Obsticulos Superticies Rampa : Obstaculos: ] Patio de Acronaves, Pista de Taxi de Borda de Patio (Taxilane), Faixa de Pista 60:300 | Pista de Téxi de acesso aos hangares, via asfaltada, maha | urbana | Rampa de 150 | Vit asfltada na Cab 02, malha urbane ne Cab 02, malha | Aproximagao urbana na Cab 20, terminal de passageiros iz Via asfaltada na Cab 02, malha urbana na Cab 02, malha Rampa de Decolagem. USOHia |e eeaaaa Cab 00 Malha urbana a 165m da lateral esquerda, malha urbana a 167m, Rampa de Transi¢ao 1/7 | da lateral direita, Patio de Aeronaves, hangares, edificagdes, | matha urbana proximo & cabeceira 02 | coe a ee OT dp ae Laentacer Sampaio Garee superintendent INFRAERO Continuagio Relatério Técnico N.° 003 /DRPD/2013 3.2. Em fungdo das restrigdes ¢ ndo-conformidades apresentadas anteriormente, assim como considerando a demanda por transporte aéreo da regido que prevé a operagio de aeronaves Faixa 6 (CRA 4D), verifica-se a urgente necessidade de adogio de medidas com vistas & adequacao dos componentes aeroportudrios do SBTE as normas emanadas dos érgiios reguladores, mais especificamente o RBAC 154 ea Port. 256. 3.3. Uma vez que 0 Decreto n° 10.440 foi revogado, esta Geréncia procedeu 4 identificagao das medidas de adequacdo aeroportudria considerando a atual area patrimonial. Neste sentido, as adequagSes necessarias sio listadas a segui Y — Deslocamento da cabeceira 02, em 436,5m, de modo a desobstruir a Faixa de Pista, as Superficies de Transieao, Aproximagio e Decolagem, assim como permitir a implantagao de Area de Seguranga de Fim de Pista (RESA): Y — Desativagio de parte do patio de aeronaves ¢ implantagio/adequagao de novo, com afastamento da taxilane até a pista de pouso e decolagem, compativel com o RBAC 154; Y — Construgdo de novo Terminal de Passageiros da aviagio regular: Y — Deslocamento da cabeceira 20, de modo a desobstruir a as Superficies de Transiciio, Aptoximagéio e Decolagem, em 212m; Y Eliminagao dos obstéculos existentes na superficie de transigdo, ou seja, malha urbana, até um limite de altura de Sm. 3A, ‘Assim, as agdes listadas acima se constituem nas adequagdes essenciais para a adequagao do SBTE as normas em vigor. Conforme podemos observar nas andlises, algumas adequagdes implicam, obrigatoriamente, no aumento da rea patrimonial do aeroporto, como é 0 caso das laterais da pista de pouso e decolagem, que apresentam malha urbana a aproximadamente 160m do eixo da pista de pouso e decolagem. Essa configurago inviabiliza a operagio 4/IFR no acroporto. se) Em face do exposto anteriormente, a DRPD procedeu as adequages ao PDir jd avaliado pela ANAC, e em aniilise no Comando da Aerondutica, de modo a incorporar © novo panorama do Aeroporto de Teresina, configurado pela revogagio do Decreto de Utilidade Publica, conforme figura apresentada no Anexo 1. A partir da quantificagio da demanda por transporte aéreo (Anexo 5), para 0 Aeroporto de Teresina, foi realizada uma andlise da capacidade maxima do sitio, comparativa com a demanda projetada para 0 aeroporto, 3.6. Na auséncia de normatizagao nacional e da Organizagao de Aviagio Civil Internacional (ICAO) sobre © assunto, essa avaliagdo de capacidade utilizou os pardmetros estabelecidos na ‘Advisory Circular n° 150/5060-5 (Airport Capacity and Delay), da Federal Aviation Bike ae “fv L__ fans taser soaps | Gomme INFRAERO Continuagao Relatorio Técnico N.° 003 /DRPD/2013 Administration (FAA), que se constitui na bibliografia técnica especializada, consagrada interacionalmente. 3.7. A partir dessa andlise, verifica-se que, caso ndo haja ampliagdo da drea patrimonial, 0 Acroporto de Teresina atenderaé 4 demanda por transporte aéreo da regiao até 2029 com algum restriglio quanto ao alcance das aeronaves, que operam no acroporto, devido a diminuigao das distincias declaradas. A capacidade da Pista de Pouso e Decolagem, o Patio de Estacionamento de Aeronaves, 0 Terminal de Passageiros e os demais componentes esto compativeis com a demanda prevista para 2029, com excegao das areas para Terminal de Cargas, Hangaragem de Aviagao Geral e 0 estacionamento de veiculos do TPS. Nos desenhos das fases de implantagio esto demarcadas as areas imprescindiveis a serem desapropriadas e incorporadas ao sitio aeroportuario para viabilizas as operagées IFR conforme 0 subitem 3.8. A niio desapropriagio dos lotes vizinhos ao sitio aeroportuério torna o sitio mais inseguro propiciando incursdes na area de movimentagao. Estas dreas permitiriam uma melhora substancial nos acessos e circulagdes internas, além de significarem um aumento de 15% no Patio de Aeronaves e no TPS e 20 % no estacionamento de TPS, podendo também possibilitar que a pista de taxi paralela acessasse a cabeceira 20 aumentando significativamente a capacidade da pista. 3.8. Entretanto, deve-se ressaltar que, caso ndo seja vidvel a ampliagdo da area patrimonial nas faixas laterais situadas nas proximidades da cabeceira 20, ou a adequagao do gabarito das implantagdes em conformidade com a Superficie de Transig’o/Aproximagio, faz-se necessario a adogio de medidas mitigadoras visando & eliminagao dos obsticulos existentes nas Superficies de Transiggo Aproximagiio/Decolagem. As possiveis medidas sao: Y — Redugao do cédigo da pista para 2, com manutengdo das operagdes por instrumento (2/IFR nao-precisiio) — essa medida impactara diretamente no atendimento das ‘aeronaves em operagdo e previstas para operarem no acroporto, visto que limitaria 0 SBTE ao recebimento de aeronaves Céd. 2(Bandeirante, ATR-42 etc). Cumpre ressaltar que a aeronave atualmente em operagio possui Céd. 4 (A319, B737 ete); Y¥ — Alterag&io do Tipo de Operagio para visual (VFR) ¢ manutengao do cédigo da pista 4 (4/VER) — essa medida impacta na operacao instrumento, limitando 0 aeroporto a operagao em condigdes visuais (VMC), podendo significar um grande impacto nas operagdes da aviagdo regular, Deve-se ressaltar que essa medida pode afetar a regularidade das operagies aéreas. 4 CONCLUSAO, jan Be ML mis Laverbacher Sampo Gerene INFRAERO Continuagao Relatério Técnico N.” 003 /DRPD/2013 4.1, Em face das andilises apresentadas anteriormente, conclui-se ser vidvel a redugdo da quantidade de desapropriacao inicialmente prevista para o SBTE, conforme pode ser observado nas figuras anexas a este Relatério. Contudo, a fim de que a operacao do acroporto nao sofra qualquer tipo de restrigo operacional, a desapropriagdo no prolongamento da cabeceira 20 ¢ nas laterais da pista de pouso e decolagem, nas proximidades da cabeceira 20, é de vital importancia ese constitui em uma condigao sine qua non para a adequagao do acroporto as normas emanadas dos drgios reguladores, assim como para garantir a seguranga, regularidade e eficiéncia do eroporto, inerentes ao transporte aéreo. 4.2. Finalmente, é mister salientar que, caso as areas mencionadas no item acima nao sejam desapropriadas, 0 Aeroporto de Teresina deveri adotar uma das medidas mitigadoras apresentadas no Item 3.8, 0 que implicara em restrigdes operacionais do acroporto, conforme ja explanado. Essas restrigGes significam o no atendimento adequado da demanda por transporte a€reo da regiao, Rio de Janeiro, 15 de julho de 2013 Prochliadictees / l / ‘ a anh an Vy, 4h _)4 Gauss Laubenbacher Sampaio” ~ Cgordenador de Desenvolvimento ‘Aeroportudrio Pan Ana Liicia Carvalho de Moraes Gerente de Planos Diretores ee Les Laubenbacher Sampaio Geewe

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