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MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
“O terceiro trimestre de 2022 foi marcado por outro passo importante na execução da nossa estratégia de crescimento e diversificação
do portfólio, por meio da aquisição de ativos de fontes complementares à hídrica e pela evolução nos resultados operacionais do
período: anunciamos em agosto a adição de +456 MW de capacidade instalada operacional a partir da aquisição de três novos
Complexos Eólicos: Ventos do Araripe (PI), Caetés (PE) e Cassino (RS).
Os novos Complexos estão contratados no ambiente regulado, 100% operacionais e com suprimento até 2035. Com isso, a AES Brasil
dobra o seu MW instalado de 6 anos atrás e passa contar com 5,2 GW de capacidade instalada 100% renovável (49% advindos de eólico
+ solar e 52% advindos de hídrica), sendo 4,2 GW operacionais e 1,0 GW em construção, e se torna um dos maiores players renováveis
do país.
Outro importante acontecimento do trimestre foi o sucesso do aumento de capital privado, anunciado em conjunto com a aquisição,
que resultou em R$1 bilhão de equity para financiar a referida transação. O closing da operação está previsto para ocorrer até o 1T23,
após o cumprimento das condições precedentes.
Quanto ao desenvolvimento das obras dos Complexos Eólicos Tucano e Cajuína, vale destacar que em Tucano mais de 87% da
construção já foi concluída, com a operação comercial de 9 aerogeradores e estimativa operação comercial total no 1T23.
Em Cajuína, a primeira fase (324,5 MW de capacidade instalada) está com cerca de 48% do projeto executado, com destaque para a
evolução das obras de construção civil e da subestação, com expectativa de entrada em operação comercial no 1S23. Adicionalmente,
a segunda fase de Cajuína (370,5 MW de capacidade instalada) está com 12% do projeto concluído e expectativa de entrada em
operação no 2S23.
Na frente regulatória, o Ministério de Minas e Energia publicou portaria que permite que todos os consumidores do mercado de alta
tensão migrem para o Mercado Livre e que, com isso, possam a escolher seu fornecedor de energia a partir de janeiro de 2024. Neste
sentido, destacamos a nossa posição relevante na comercialização varejista de energia, com todas as condições para a captura de
novos clientes. Adicionalmente, o anúncio, pelo Governo Federal, do marco legal para a produção de hidrogênio verde abre novas
frentes de crescimento e oportunidades. Neste sentido, é importante mencionar a assinatura de um pré-contrato com o Porto de Pecém
para avançar com os estudos de viabilidade para produção de até 2 GW de hidrogênio verde e de até 800 mil toneladas de amônia
verde por ano, seguindo nossa estratégia de contribuir para descarbonização da matriz energética global, por meio de novas
tecnologias que ajudem os clientes nesta missão.
Em relação aos resultados, encerramos o terceiro trimestre com um EBITDA de R$ 284 milhões, versus R$ 92 milhões no 3T21,
refletindo, principalmente, a melhora relevante na margem hídrica e melhor performance operacional dos ativos eólicos e solares.
Adicionalmente, finalizamos o trimestre com uma posição de caixa robusta (R$ 3,5 bilhões), reflexo, principalmente, do sucesso no
aumento de capital privado.
Gostaria de destacar que nesse trimestre começamos a ver a materialização da nossa estratégia de crescimento e diversificação nos
resultados financeiros, mudando o patamar dos resultados da Companhia.”.
Alessandro Gregori – CFO
2
SUMÁRIO
DESTAQUES DO PERÍODO................................................................................................................................. 4
DESTAQUES FINANCEIROS CONSOLIDADOS – AES BRASIL ............................................................................ 4
A AES BRASIL ........................................................................................................................................................ 5
PERFIL CORPORATIVO................................................................................................................................................... 5
COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA ............................................................................................................................................ 5
PORTFÓLIO ......................................................................................................................................................................... 6
DESEMPENHO OPERACIONAL ......................................................................................................................... 9
GERAÇÃO CONSOLIDADA ............................................................................................................................................. 9
GERAÇÃO HÍDRICA ....................................................................................................................................................... 10
GERAÇÃO EÓLICA.......................................................................................................................................................... 11
GERAÇÃO SOLAR ........................................................................................................................................................... 12
DESEMPENHO COMERCIAL ........................................................................................................................... 13
MERCADO DE ENERGIA .............................................................................................................................................. 13
PORTFÓLIO DE ENERGIA ........................................................................................................................................... 14
BALANÇO ENERGÉTICO – HÍDRICO .......................................................................................................................... 14
DESEMPENHO FINANCEIRO CONSOLIDADO ........................................................................................... 16
RECEITA E MARGEM LÍQUIDA ................................................................................................................................. 16
CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS ................................................................................................................... 18
EBITDA .............................................................................................................................................................................. 19
RESULTADO FINANCEIRO ......................................................................................................................................... 20
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ............................................................................................................................... 21
LUCRO LÍQUIDO ............................................................................................................................................................. 21
ENDIVIDAMENTO ......................................................................................................................................................... 22
INVESTIMENTOS ........................................................................................................................................................... 24
FLUXO DE CAIXA GERENCIAL ................................................................................................................................... 24
CONTEXTO REGULATÓRIO ........................................................................................................................... 25
REVISÃO ORDINÁRIA DE GARANTIA FÍSICA ...................................................................................................... 25
ABERTURA DO MERCADO ......................................................................................................................................... 26
HIDROGÊNIO VERDE ................................................................................................................................................... 27
NOVA METODOLOGIA DE CÁLCULO DA TUST ................................................................................................... 27
PERFORMANCE ESG ......................................................................................................................................... 29
DIRETRIZES E COMPROMISSOS .............................................................................................................................. 29
ANEXOS ................................................................................................................................................................ 31
INDICADORES OPERACIONAIS DO PERÍODO ..................................................................................................... 31
AES BRASIL ENERGIA – BALANÇO E DRE ............................................................................................................ 32
RESULTADOS POR FONTE - DRE ............................................................................................................................. 33
DESEMPENHO DA GERAÇÃO POR FONTE ........................................................................................................... 34
ENDIVIDAMENTO ......................................................................................................................................................... 36
INDICADORES ESG ........................................................................................................................................................ 37
3
DESTAQUES DO PERÍODO
• Crescimento: Aquisição 456 MW de capacidade eólica operacional com a celebração de contrato de
compra e venda de ações (SPA) com a Cubico Brasil S.A., referente à aquisição da totalidade das ações
representativas do capital social das sociedades de propósito específico (SPEs) que compõe o Complexo
Eólico Ventos do Araripe, Caetés e Cassino. O valor total da Operação (enterprise value) é de até
R$ 2.033,0 milhões, sendo: (i) R$ 1.105 milhões de equity; e (ii) R$ 928,0 milhões de assunção da dívida.
• Aumento de Capital Privado (ACP): Em 03 de outubro, o Conselho de Administração homologou o
Aumento de Capital, com a emissão de 106.599.446 novas ações ordinárias, representando
aproximadamente 91,72% das ações objeto do Aumento de Capital, ao preço de emissão de R$ 9,61 por
ação, totalizando R$ 1.024,4 milhões. Os recursos serão utilizados para viabilizar a aquisição dos
Complexos Eólicos Ventos do Araripe, Caetés e Cassino, anunciada em 08 de agosto de 2022.
• Abertura do Mercado Livre: Ministério de Minas e Energia publicou, em 28 de setembro, a Portaria nº
50/2022, que torna elegível todos os consumidores do mercado de alta tensão à migração para o
Mercado Livre, podendo assim escolher seu fornecedor de energia a partir de 01 de janeiro de 2024.
• Carbono Neutro: Neste trimestre a AES Brasil neutralizou todas as suas emissões de gases de efeito
estufa, desde o início das suas operações no país. Essa conquista foi alcançada por meio da compra de
créditos de carbono certificados pela ONU, para compensação das emissões a partir de 1999.
1 – Inclui encargos setoriais e de transmissão, além do ressarcimento do GSF ocorrido no 1T21 (R$ 35,9 milhões positivos no 9M21); 2 – Exclui depreciação
e amortização; 3 – Exclui ressarcimento do GSF ocorrido no 1T21 (R$ 35,9 milhões); 4 – Exclui impacto do reconhecimento do crédito fiscal (R$ 532,6 milhões
no 3T21) e ressarcimento do GSF, líquido de imposto de renda (1T21).
Adicionalmente, a Companhia disponibiliza um arquivo Excel com o histórico dos dados financeiros e operacionais.
Para acessá-lo, clique aqui.
Para a tabela com os demais indicadores operacionais do período, acesse aqui.
1Em função da criação e listagem da AES Brasil Energia S.A. em 29 de março de 2021, as informações apresentadas ao longo deste documento contemplam
os resultados da AES Operações (antiga AES Tietê) para o 1T21.
4
A AES BRASIL
PERFIL CORPORATIVO
AES Brasil (Companhia) investe há mais de 20 anos no Brasil e é uma geradora de energia elétrica 100% renovável,
única Companhia do setor elétrico na América Latina com classificação ESG nível “AAA” no MSCI 2, um dos
principais rankings de avaliação da resiliência de uma empresa aos riscos Ambientais, Sociais e de Governança
(ESG).
Atualmente, considerando a última aquisição anunciada em agosto de 2022 (Ventos do Araripe, Caetés e Cassino),
a Companhia possui portfólio diversificado (fontes hidráulica, eólico e solar) com capacidade instalada de
aproximadamente 4,2 GW em operação, e mais de 1,0 GW em construção (Tucano e Cajuína), totalizando 5,2
GW de capacidade instalada exclusivamente renovável em plantas localizadas nos Estados de São Paulo, Bahia,
Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
Ceará
5,2 GW Mandacaru – 108 MW
capacidade instalada
Rio Grande do Norte
Cajuína (em construção) – 695 MW
Ventus – 187 MW
Salinas – 50 MW
COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA
Em 03 de outubro de 2022, o Conselho de Administração homologou o Aumento de Capital, com a emissão de
106.599.446 novas ações ordinárias. Abaixo destacamos a nova composição acionária da Companhia.
2 Em 2021, a AES Brasil recebeu a classificação ESG nível AAA pelo MSCI.
5
Controlador¹ Eletrobras BNDESPar Outros
47,35% 6,81% 6,76% 39,08%
¹ Participação indireta da The AES Corp por meio da AES Holdings Brasil S.A. e AES Holdings Brasil II S.A.
Notas: atualmente, os projetos greenfield estão nas subsidiárias da AES Operações. A Companhia trabalha na estratégia de alteração
da estrutura societária para torná-los subsidiárias diretas da AES Brasil até o final de 2022. Além disso, a conclusão da aquisição dos
novos ativos eólicos, anunciada em agosto, está sujeita ao cumprimento de condições precedentes.
PORTFÓLIO
BREAKDOWN DO PORTFÓLIO
Capacidade Instalada Capacidade Instalada Plano Estimado de Expansão
Operacional¹ Contratada por Fonte¹ da Capacidade Instalada²
7% 6% 10%
11%
+1,0 GW em +1,5 GW 40%
4,2 GW construção 5,2 GW 52% pipeline² 6,7 GW
18% 43%
64%
50%
Hídrica Eólica - Novos Ativos Hídrica Eólica Solar Hídrica Eólica Solar
Eólica Solar
1- Considera 455,9 MW de capacidade eólica operacional, cuja aquisição foi anunciada em 08 de agosto de 2022; 2 – Sujeito a modificação em função de
otimizações nos projetos.
FONTE EÓLICA
Em 08 de agosto de 2022, a AES Brasil anunciou o acordo de aquisição dos Complexos Eólicos Ventos do Araripe,
Caetés e Cassino. Os complexos localizam-se nos estados do Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Sul e possuem
um total de 455,9 MW de capacidade instalada, 100% contratados no mercado regulado (LER 13 e LFA 10) e
comercializado por leilões de reserva e de fontes alternativas por 20 anos. O closing da operação está previsto
para ocorrer até o 1T23.
6
Garantia Física
Entrada em Cap. Instalada MWm Preço PPA Fim da
Complexos Eólicos O&M % AES Brasil MME (Bruta, Início do PPA Fim do PPA
operação (MW) Contratado (R$/MWm)4 Autoriz.
MWm)
OPERAÇÃO 1.187,5 535,9 546,3
Alto Sertão II - BA 386,1 179,8 184,4 - - - -
LER 2010 OSA 100% 2014 167,7 76,2 83,2 set/13 ago/33 249,02 2046
LEN 2011 OSA 100% 2015 218,0 103,6 101,2 jan/16 dez/35 185,06 2047
Ventus - RN 187,0 58,3 65,8 - - - -
LER 2009 FSA 100% 2014 187,0 58,3 65,8 jul/12 mai/34 326,51 2045
Mandacaru e Salinas - CE/RN 158,5 68,4 66,7 - - - -
3 3
Mandacaru - LER 2009/ LEN 2011¹ Interno 100% 2014 108,1 49,4 46,6 nov/14 out/34 236,07 2047
Salinas - LER 2009² Interno 100% 2014 50,4 19,0 20,1 mar/14 fev/34 326,55 2045
Nova Aquisição - PI/PE/RS 455,9 229,4 229,4 - - - -
Ventos do Araripe - LER 13 Interno 100% 2015 210,0 108,3 108,3 set/15 ago/35 173,45 2049
Caetés - LER 13 OSA 100% 2016 181,9 94,7 94,7 set/15 ago/35 182,94 2049
Cassino - LFA 10 FSA 100% 2015 64,0 26,4 26,4 jan/15 dez/34 267,91 2046
CONSTRUÇÃO 1.017,4 410,6 355,0
Tucano - - 322,4 146,9 130,0 - - - -
PPA Unipar I (autoprodução) FSA 50% 2S22e 155,0 71,4 60,0 jan/23 dez/42 - 2055
PPA Anglo FSA 100% 2S22e 167,4 75,5 70,0 jan/22 dez/46 - 2055
Cajuína - - 695,0 263,7 225,0 - - - -
PPA Minasligas - 100% 1S23e 47,2 22,9 21,0 jan/23 dez/42 - 2055
PPA Ferbasa - 100% 1S23e 171,1 83,7 80,0 jan/24 dez/43 - 2055
PPA Copel - 100% 1S23e 11,8 6,1 4,0 jan/23 dez/35 - 2055
PPA BRF (autoprodução) - 76% 1S23e 168,5 84,5 80,0 jan/24 dez/38 - 2055
PPA Unipar III (autoprodução) - 90% 1S23e 91,2 44,2 40,0 jan/24 dez/43 - 2055
Capacidade Adicional - - - 205,2 - - - - - -
PIPELINE5 1.153,1
Tucano - - - 260,4 - - - - - -
Cajuína6 - - - 892,7 - - - - - -
¹ Parques Santo Antônio de Pádua, São Cristóvão e São Jorge (64,0 MW de capacidade instalada): LEN 2011 / Parques Embuaca e I caraí (44,1 MW de capacidade instalada): LER 2009; 2
Parques Bela Vista (Areia Branca) e Mar e Terra (50,4 MW de capacidade instalada): LER 2009; 3 Para os parques Santo Antônio de Pádua, São Cristóvão e São Jorge. Icaraí teve sua entrada
em operação em julho de 2013 e Embuaca, em abril de 2014; 4Data base: setembro/22; 5 Sujeito a alteração em função de otimizações nos projetos; 6 Considera aquisição de Cordilheira
dos Ventos (Renova)
FONTE SOLAR
Garantia Física
Entrada em Cap. Instalada MWm Preço PPA Fim da
Complexos Solares O&M % AES Brasil MME (Bruta, Início do PPA Fim do PPA 1
operação (MW) Contratado (R$/MWm) Autoriz.
MWm)
7
FONTE HÍDRICA
Conforme abordado no capítulo Contexto Regulatório, a Garantia Física das usinas hidrelétricas da Companhia
será reajustada a partir de 01 de janeiro de 2023.
PROJETOS EM CONSTRUÇÃO
A Companhia está na fase final de construção de 322,4 MW de capacidade instalada no Complexo Eólico Tucano,
na Bahia e de outros 695,0 MW de capacidade instalada no Complexo Cajuína, no Rio Grande do Norte.
No Complexo Eólico Tucano, a evolução geral do projeto já ultrapassa 87%. Até final de outubro, 9 dos 52
aerogeradores iniciaram a operação comercial. A estimativa é que o parque esteja 100% operacional no 1T23.
O Complexo Eólico Cajuína - Fase 1 está em fase de construção Civil e da Subestação, com mais de 2.000 pessoas
trabalhando no local. Atualmente, mais de 48% do projeto foi executado, sendo 87% de todo o trabalho civil, 59%
dos trabalhos na Subestação Caju e 95% na conexão da Subestação de Açu III. Adicionalmente, durante o 3T22,
iniciou-se a montagem dos primeiros aerogeradores, sendo um montado até as pás, além de outras cinco torres
já erguidas.
Na Fase 2, a evolução da construção já superou os 12%, com destaque para os 31% de avanço das obras civis e
30% de avanço nas obras da subestação. A estimativa é que o parque esteja 100% operacional no 2S23.
8
Complexo Eólico Complexo Eólico Complexo Eólico
Complexos em Construção
Tucano Cajuína – Fase 1 Cajuína – Fase 2
Características Gerais
Capacidade Instalada¹ (MW) 322,4 324,5 370,5
Localização BA RN RN
Quantidade de Aerogeradores 52 55 65
Fator de Capacidade Estimado (P50) 49% 55% 54%
6
Energia Vendida (MWm) 130 225
Nº de PPAs Supridos6 2 5
Duração Média dos PPAs 17,4 anos 18,1 anos
Fim da Autorização 2055 2055
Construção
Início da Construção fev/21 dez/21 mai/22
Entrada em Operação (e) 2S22/1S23 2023 2023
Outorga ✓ ✓ ✓
Parecer de Acesso² ✓ ✓ ✓4
Benefício TUST/TUSD ✓ ✓ ✓
Características Financeiras
≅80% do capex
Financiamento Em estruturação Em estruturação
(Debênture + BNB)
5
Capex 2022-2026 (R$ mi) 615,0 979,1 1.716,7
5
Capex (R$ mi/MW) 4,6 5,2 5,7
¹ Passível de alteração em caso de mudança no layout no projeto; ² Documento que formaliza a conexão do ativo à rede de transmissão; ³ Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (CUST) e o Contrato de
Conexão à Transmissão (CCT); 4 Parecer de acesso em processo de alteração para 13 dos 65 aerogeradores, resultado da alteração de layout do projeto; 5 Valores reais em fev/22, proporcional à participação
da AES Brasil nos projetos com constituição de joint ventures; 6 Contrato com BRF suprido por ambas as fases
DESEMPENHO OPERACIONAL
GERAÇÃO CONSOLIDADA
Geração (GWh) 3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var
9
GERAÇÃO HÍDRICA
Estrutura do Sistema
A receita decorrente da geração hídrica está relacionada à estratégia de alocação de energia adotada pela
Companhia, e não diretamente ao seu volume de geração, uma vez que as hidrelétricas fazem parte do
Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), mecanismo financeiro de compartilhamento do risco hidrológico.
As usinas da AES Brasil representam aproximadamente 2% de toda a garantia física hídrica que compõe este
sistema de compartilhamento de risco hidrológico. Neste contexto, os resultados decorrentes da geração
hidrelétrica não estão relacionados puramente ao volume de geração da Companhia, mas sim ao desempenho de
todo o conjunto de usinas pertencentes a este mecanismo, de forma proporcional à representatividade de cada
agente neste sistema.
O despacho das usinas hidrelétricas pertencentes ao MRE é determinado pelo Operador Nacional do Sistema
(ONS) e foi maior no 3T22 e nos 9M22, em decorrência das melhores afluências no período quando comparado
ao cenário hídrico adverso registrado ao longo de 2021.
Para tabela com maiores detalhes da geração hidrelétrica por usina nos períodos referenciados, clique aqui.
Para tabela com maiores detalhes da geração eólica por complexo nos períodos referenciados, clique aqui.
• Complexo Solar Guaimbê: a geração solar bruta totalizou 64,6 GWh, redução de 5,9% se comparado ao
3T21, decorrente da menor irradiância (190,1 W/m² no 3T22 vs. 210,1 W/m²no 3T21), parcialmente
compensada pela maior disponibilidade no período (98,2% no 3T22 vs. 96,7% no 3T21).
No 9M22, a geração bruta foi de 203,9 GWh, 0,8% superior em relação ao 9M21, explicado,
principalmente, pela maior disponibilidade da usina (98,8% nos 9M22 vs. 96,2% nos 9M21),
parcialmente mitigado pela menor irradiância (210,6 W/m² no 3T22 vs. 218,8 W/m²no 3T21).
• Complexo Ouroeste: a geração solar bruta totalizou 75,9 GWh no 3T22, sendo 34,6 GWh em Boa Hora
e 41,3 GWh em Água Vermelha, em linha com o volume de 76,0 GWh gerado no 3T21. O desempenho
das usinas reflete a menor irradiância observada no período (204,1 W/m² em Boa Hora e 205,9 W/m²
em Água Vermelha no 3T22 vs. 215,7 W/m² em Boa Hora e 218,6 W/m² em Água Vermelha no 3T21),
parcialmente mitigada pela maior disponibilidade em Água Vermelha (99,8% no 3T22 vs. 91,7% no 3T21).
Nos 9M22, a geração do Complexo Ouroeste totalizou 228,7 GWh, aumento de 6,8% em relação ao
9M21 (214,2 GWh). A variação decorre do aumento da disponibilidade de Água Vermelha, após
manutenções e trocas de equipamentos ocorridas ao longo de 2021 (disponibilidade consolidada de
97,6% nos 9M22 vs. 85,5% nos 9M21).
Disponibilidade Média Consolidada5 (%) Irradiância Média (W/m²)
218,6 222,0
+3,0 p.p. +3,9 p.p. 219,7
215,7 218,8
98,2 97,9 205,9
95,2 94,0 210,1 218,3 218,4
204,1
210,6
190,1
3T21 3T22 9M21 9M22
3T21 3T22 9M21 9M22
Guaimbê Boa Hora Água Vermelha
Para tabela com maiores detalhes da geração solar por complexo nos períodos referenciados, clique aqui.
Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Afluência
(% MLT, SIN)
113,9
124,6 93,3 103,3
95,1 95,1
86,7 86,5 90,1 81,5 89,4 88,9
82,2 69,1
71,8
63,0 70,0 63,6 62,7 63,4
57,6 53,0 59,5
Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Em função das explicações apresentadas acima, no trimestre, o GSF médio foi de 74,6% vs. 51,2% no 3T21. O
Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) para o submercado SE/CO manteve-se um pouco acima do valor limite
inferior estabelecido pela ANEEL para 2022 ao longo de todo o 3T22 (R$ 55,70/MWh), e foi 88,6% inferior ao valor
médio registrado no 3T21 (R$ 581,76/MWh).
GSF (%) Histórico PLD SE/CO (R$/MWh)
584 584 577
95,7 97,0 95,5
86,0 88,3
74,6 75,3 337
243 249
63,0 219
166
51,2 109 133
63 56 56 66 77 56 88 67
56
56 56
1T 2T 3T 4T 9M jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2021 2022 2021 2022
Fonte: CCEE
13
PORTFÓLIO DE ENERGIA
Evolução do portfólio6 - MWm
Nível de Contratação Hídrica 87% 82% 77% 57% 35%
Preço Médio (compra-venda)1 Hídrico (Bilateral) (R$/MWh) 152 181 171 162 158
Preço Médio de Venda¹ Eólico e Solar2 (R$/MWh) 254 239 219 219 219
Preço Médio¹ Consolidado (R$ /MWh) 179 200 191 190 195
1 – Preço antes dos impostos, data base: set/22; 2 – Considera Complexo Eólico Tucano a partir do 2S22 e Complexo Eólico Cajuína a partir de 2023.
Nota: parcela descontratada considera energia disponível para venda + hedge GSF
6 Valores reais com base em setembro de 2022. Exclui perdas e consumo interno (garantia física líquida)
7
Balanço gerencial, considerando operações intercompany
14
3T21 3T22
GF após
3.051 2.717
perdas e MRA
Alocação
1.667 2.028
de Energia
Para os 9M22, foram comprados 3.707 GWh a um preço médio de R$ 193/MWh vs. 2.325 MWh dos 9M21 a um
preço médio de R$ 238/MWh. As vendas do acumulado de 2022 até setembro atingiram 10.753 GWh a um preço
médio de R$ 175/MWh vs. 8.777 GWh nos 9M21 a um preço médio de R$ 170/MWh.
9M21 9M22
GF após
7.821 7.727
perdas e MRA
Alocação
5.996 6.826
de Energia
15
DESEMPENHO FINANCEIRO CONSOLIDADO
Em função da criação e listagem da AES Brasil Energia S.A. em 29 de março de 2021, as informações apresentadas
ao longo deste documento contemplam os resultados da AES Brasil Energia S.A. referentes ao 3T22 e 9M22, e
resultado proforma considerando a AES Tietê Energia no 1T21 para compor os 9M21.
210,7
8 Receita líquida menos compra de energia para revenda, taxas e encargos setoriais.
16
Nos 9M22, a receita operacional líquida totalizou R$ 2.084,3 milhões, representando um aumento de 17,1% em
comparação aos 9M21 (R$ 1.779,9 milhões).
A margem operacional líquida9 da AES Brasil totalizou R$ 1.213,1 milhões nos 9M22, crescimento de 19,9% em
relação a margem operacional dos 9M21. Importante destacar que no 1T21 houve o reconhecimento de R$ 35,9
milhões relativo ao ressarcimento do GSF, impactando positivamente a margem dos 9M21.
A variação entre os períodos pode ser explicada, principalmente, pela:
• Hídrica: aumento de R$ 137,8 milhões, decorrente, principalmente, do aumento de 26% na receita
energia vendida no 9M22, parcialmente compensado pelo maior custo de compra de energia no
período, em função das compras realizadas em 2021 para mitigar o risco associado ao déficit do
balanço energético, na época, causado pelo GSF em um cenário de crise hídrica.
No 9M22 foram vendidos 10.752.859 MWh a um preço de R$ 175/MWh versus 8.783.964 MWh a
R$ 169/MWh no 9M21. Foram comprados 3.707.218 MWh a um preço de R$ 193/MWh no 9M22 e
2.324.628 a R$ 238/MWh no 9M21.
Adicionalmente, no 3T22 houve a venda de 465.807 créditos de carbono, oriundos dos parques Eólicos
de Mandacaru e Salinas, correspondente a R$ 7,9 milhões de receita reconhecida no período;
• Eólica: aumento de R$ 29,7 milhões na margem, reflexo, principalmente, da recuperação da
performance operacional dos ativos e correção dos contratos pela inflação, mitigando o impacto do
menor regime de ventos entre períodos;
• Tucano: aumento na margem, decorrente da multa por atraso recebida pelo Complexo Tucano (PPA
Anglo) no 3T22 no montante de R$ 26,9 milhões, parcialmente compensado pelo custo de transmissão
do ativo;
• Solar: aumento de R$ 20,7 milhões na margem pela melhor disponibilidade dos Complexos Guaimbê
e Água Vermelha, parcialmente suavizado pela menor irradiância no período.
Margem Líquida – Acumulado (R$ milhões)
+19,9%
23,2 20,7 1.213,1
137,8 29,7
-10,0
1.011,7
1 – Exclui receita de R$ 21,5 milhões referente a venda de energia para AES Comercializadora; 2 – Considera subsidiárias integrais
9 Receita líquida menos compra de energia para revenda, taxas e encargos setoriais.
17
CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS
Os custos operacionais e despesas gerais e administrativas (excluindo depreciação e amortização) totalizaram
R$ 143,6 milhões no 3T22, crescimento de 21,3% em relação ao mesmo período de 2021, quando atingiu R$ 118,4
milhões. Abaixo, os principais destaques sobre as variações na comparação trimestral:
• Inflação: R$ 13,4 milhões referente ao impacto da inflação em todos dos custos e despesas do período;
• Não recorrentes: apuração de ganho de R$ 2,7 milhões em 2021, em decorrência da baixa de ativos na
AES Operações (ativos hídricos);
• Manutenções: crescimento de R$ 4,8 milhões nos custos com manutenção dos ativos, principalmente,
em função do aumento do preço dos componentes e custos de importação desses equipamentos;
• Modernização de sistemas: aumento de R$2,3 milhões em função de despesas com TI, referentes ao
projeto de modernização e melhoria dos sistemas;
• Outros: aumento de R$ 2,0 milhões, principalmente, pela atualização do risco dos contratos de seguro da
Companhia, no montante de R$ 1,3 milhões e despesas de R$ 0,6 milhões com deslocamentos e viagens,
reflexo da retomada das agendas presenciais pós pandemia do Covid-19.
118,4
Nos 9M22, os custos operacionais e despesas gerais e administrativas (excluindo depreciação e amortização)
totalizaram R$ 389,3 milhões, 23,7% superior ao reportado no 9M21 (R$ 314,7 milhões).
• Inflação: +R$ 37,9 milhões referente ao impacto da inflação em todos dos custos e despesas do período;
• Crescimento: gastos relacionados aos contratos de operação e manutenção, TI e auditoria dos Complexos
Mandacaru e Salinas, que começaram a fazer parte do portfólio da Companhia em maio de 2021;
• Não recorrentes:
o 9M21: refere-se, principalmente, à venda dos ativos de Geração Distribuída (GD) no montante de
R$ 9,6 milhões e ao recebimento de R$ 1,8 milhões relativos a rateio oriundo do processo de
falência do Banco Santos;
o 9M22: aumento de R$ 2,6 milhões, reflexo, principalmente, da: (i) manutenção bianual das
eclusas no valor de R$ 13,0 milhões; (ii) ajuste de R$ 1,7 milhão relacionado ao fechamento do
preço de compra do Complexo Solar Guaimbê Holding pela Companhia; compensado pela
reversão de R$ 10,0 milhões de provisão para crédito de liquidação duvidosa (PCLD) e pelos
créditos de PIS/COFINS de anos anteriores, no montante de R$ 3,4 milhões;
18
• Holding: gastos relacionados à contratação de consultoria, publicações, assessoria legal e ambiental,
seguro de executivos e remuneração da administração.
Custos e Despesas Operacionais – Acumulado (R$ milhões)
12,1 3,2 389,3
11,4 2,6
7,4
37,9
314,7
EBITDA
A AES Brasil registrou um EBITDA de R$ 283,8 milhões no 3T22, valor 207,5% superior quando comparado ao 3T21.
• Hídrica: resultado positivo de R$ 140,3 milhões, revertendo o resultado negativo reportado no 3T21, de
R$ 22,1 milhões, reflexo da melhora do cenário hídrico entre períodos e consequente redução (-13%) do
custo com compra de energia no trimestre;
• Eólico: incremento de R$ 22,6 milhões, refletindo a recuperação da performance operacional dos ativos
e correção dos contratos pela inflação, mitigando o impacto do menor regime de ventos entre períodos;
• Tucano: reconhecimento de multa por atraso recebida pelo Complexo Tucano (PPA Anglo) no 3T22 no
montante de R$ 26,9 milhões, parcialmente compensado pelo custo de transmissão do ativo;
• Solar: incremento de R$ 10,4 milhões, em função do aumento da disponibilidade dos ativos e da
atualização anual dos contratos.
EBITDA – Trimestre (R$ milhões)
+207,5%
23,2 10,4 283,8
22,6 -5,0
140,3
92,3
1 – Considera as subsidiárias integrais e custos e despesas AES Brasil Energia S.A. controladora
Nos 9M22, o EBITDA atingiu R$ 823,8 milhões, com aumento de 24,6% em relação ao EBITDA ajustado pelo
ressarcimento do GSF dos 9M21 (R$ 661,1 milhões). A variação entre os períodos pode ser explicada:
19
• Hídrica: aumento de R$ 77,0 milhões em função, do aumento na receita energia vendida no 9M22,
parcialmente compensado pelo maior custo de compra de energia no período, em função das compras
realizadas em 2021 para mitigar o risco associado ao déficit do balanço energético, na época, causado
pelo GSF em um cenário de crise hídrica;
• Eólico: incremento de R$ 10,2 milhões, refletindo a recuperação da performance operacional dos ativos
e correção dos contratos pela inflação, mitigando o impacto do menor regime de ventos entre períodos;
• Tucano: reconhecimento de multa por atraso recebida pelo Complexo Tucano (PPA Anglo) no 3T22 no
montante de R$ 26,9 milhões, parcialmente compensado pelo custo de transmissão do ativo;
• Solar: incremento de R$ 42,3 milhões, decorrente do melhor desempenho operacional dos ativos e da
atualização anual dos contratos.
EBITDA – Acumulado (R$ milhões)
+24,6%
42,3 10,0 823,8
23,2
77,0 10,2
697,0
661,1
-35,9
RESULTADO FINANCEIRO
O resultado financeiro líquido registrado pela Companhia no 3T22 foi negativo em R$ 35,8 milhões. Abaixo
destacamos a abertura na comparação entre os períodos:
Resultado Financeiro (R$ milhões) 3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var
20
Receitas Financeiras
As receitas financeiras somaram R$ 115,3 milhões no 3T22 (vs. R$ 56,2 milhões no 3T21) e R$ 273,7 nos 9M22 (vs.
R$ 78,9 milhões nos 9M21).
O aumento na comparação de ambos os períodos pode ser explicado, principalmente, pelo crescimento nos
rendimentos de aplicações financeiras decorrente: (i) da melhor estratégia de alocação dos recursos disponíveis
para aplicação; (ii) maior taxa média de rentabilidade no período (CDI 3T22: 13,47% vs. 3T21: 4,86% e 9M22:
12,06% vs. 9M21: 3,41%).; e (iii) maior saldo médio de caixa na comparação entre os períodos.
Despesas Financeiras
As despesas financeiras somaram R$ 151,1 milhões no 3T22 (vs. R$ 166,0 milhões no 3T21) e R$ 511,4 milhões
nos 9M22 (vs. R$ 409,5 milhões nos 9M21). O aumento na comparação de ambos os períodos pode ser explicado,
principalmente, por:
• Encargos de Dívida: crescimento em função do maior saldo de dívida entre períodos e pelo maior custo
CDI dos últimos 12 meses (CDI médio 2022: 10,95% vs. 3,03% em 2021)10 impactando 48% da dívida
atrelada a esse indexador;
• Atualização Monetária de Empréstimos e Debêntures: redução em função da deflação registrada no
3T22, impactando 46% das dívidas indexada ao IPCA;
• Juros Capitalizados: aumento nos juros transferidos para o imobilizado e intangível em curso, decorrente
dos financiamentos tomados a nível da AES Brasil Operações para a construção dos Complexos Eólicos
Tucano e Cajuína.
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
O resultado da equivalência patrimonial foi positivo em R$ 15,2 milhões no 3T22 e positivo em R$ 18,1 milhões
nos 9M22. A variação apresentada em ambos os períodos é explicada, principalmente, pelo reconhecimento de
multa contratual decorrente do atraso de fornecedor do Complexo Eólico de Tucano, nos montantes de R$ 19,4
milhões no 3T22 e R$ 26,3 milhões no acumulado do ano, referente à Joint Venture com a Unipar (50% AES Brasil).
A multa é calculada por dia de atraso, por aerogerador.
Importante destacar, que ao final do 3T22, a evolução geral do projeto ultrapassa 87% e os primeiros 09
aerogeradores entraram em operação comercial a partir de julho. A estimativa é que o Complexo esteja 100% em
operação comercial no 1T23.
LUCRO LÍQUIDO
Em função dos fatores mencionados acima, o lucro líquido consolidado foi de R$ 102,6 milhões no 3T22 (vs. R$
429,5 milhões no 3T21) e de R$ 182,8 milhões nos 9M22 (vs. R$ 549,1 milhões nos 9M21).
ENDIVIDAMENTO
Dívida Bruta e Líquida
A AES Brasil encerrou o 3T22 com dívida bruta11 consolidada de R$ 7.922,8 milhões, 33,0% superior à posição de
dívida bruta do mesmo período de 2021 (R$ 5.955,0 milhões). O aumento do saldo é explicado pela: (i) 1ª emissão
de Debêntures da AES Brasil no montante de R$ 1,1 bilhão ocorrida no 1T22, além dos movimentos citados abaixo
na AES Brasil Operações.
A AES Brasil Operações encerrou o trimestre com dívida bruta 12 consolidada de R$ 6.867,4 milhões, 15,3%
superior à posição de dívida bruta do mesmo período de 2021. A variação entre os períodos é explicada,
principalmente, pelo: (i) pré-pagamento da 7ª emissão de debêntures, no montante de R$ 767 milhões, em
novembro de 2021; (ii) captação da 1ª debênture de Tucano Holding II, de R$ 300 milhões, desembolsada no 4T21;
(iii) desembolso do BNB no Complexo Tucano II, no montante de R$ 333 milhões em 2022; (iv) captação da 1ª
debênture de Cajuína AB1, de R$ 950 milhões; e (v) juros e atualizações monetárias incorridos entre os períodos.
Em 30 de setembro de 2022, o caixa13 consolidado da AES Brasil somava R$ 3.455,4 milhões, e a AES Brasil
Operações finalizou o trimestre com um caixa de R$ 3.302,1 milhões. Desta forma, a dívida líquida consolidada
da AES Brasil e da AES Operações é apresentada conforme abaixo:
AES Brasil AES Operações
Endividamento (R$ milhões)
3T21 3T22 Var 3T21 3T22 Var
Dívida Bruta 5.955,0 7.922,8 33,0% 5.955,0 6.867,4 15,3%
Disponibilidades 1.001,0 3.455,4 245,2% 999,0 3.302,1 230,5%
Dívida Líquida 4.954,0 4.467,4 -9,8% 4.956,0 3.565,3 -28,1%
11 Considera Empréstimos, financiamentos e debêntures do passivo circulante e não circulante, liquidas das operações de derivativos a elas relacionadas
12 Considera Empréstimos, financiamentos e debêntures do passivo circulante e não circulante, liquidas das operações de derivativos a elas relacionadas
13 Considera caixa, equivalente de caixa e garantias de financiamento
22
debêntures, e instrumentos de derivativos para eliminação do risco cambial das dívidas offshore, menos o saldo
de caixa e equivalente de caixa, investimentos de curto prazo e contas reservas vinculadas às dívidas.
O EBTIDA Ajustado adiciona o EBITDA proforma dos ativos adquiridos relativo aos últimos 12 meses ao racional
de cálculo, anteriores à data de liquidação da respectiva aquisição.
2.351
2.107 2.351
1.047
Bridge
1.161
1.019 1.047 1.161
1.019
672 672
443 1.060 443
168 168
Caixa 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028-2045 Caixa 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028-2045
AES Brasil Energia Dívida Bruta por Indexador15 AES Brasil Operações
Custo16 (%)
Ratings
A Companhia possui os seguintes ratings em escala Nacional:
INVESTIMENTOS
Em função do crescimento da Companhia e consequente avanço na construção dos Complexos Eólicos Tucano e
Cajuína, os investimentos da AES Brasil totalizaram R$ 695,9 milhões no 3T22 e R$ 1.420,6 milhões no 9M22.
O crescimento na linha de modernização e manutenção reflete, principalmente, a estratégia de turnaround dos
ativos eólicos adquiridos via M&A – Complexos Eólicos Mandacaru e Salinas (+R$ 17,4 milhões entre trimestres e
+R$ 38,8 milhões no acumulado).
3T22 9M22
Captações e Captações e
141 1.573
Amortizações Amortizações
Aumento de Aumento de
Capital Privado 917 Capital Privado 917
Dividendos 54 Dividendos 54
1 – Aporte de parceiros de autoprodução (BRF e Unipar); 2 – Parcela destinada ao sócio preferencialista da Guaimbê Holding; 3 – Estoque e Impostos.
CONTEXTO REGULATÓRIO
REVISÃO ORDINÁRIA DE GARANTIA FÍSICA
Em 11 de agosto, o MME publicou a Portaria Nº 676/2022, que estabeleceu os documentos e procedimentos para
abertura da Consulta Pública nº132/2022 que trata da revisão ordinária de garantia física das usinas
hidroelétricas despachadas centralizadamente no SIN, para início de vigência em 1º de janeiro de 2023. O
processo de revisão de garantia física é esperado e regulamentado como processo ordinário a cada cinco anos,
com o objetivo de adequar o parque gerador existente à sua capacidade efetiva de geração de acordo com as
evoluções naturais do sistema, além de ser parâmetro de definição da participação de cada usina no MRE.
Por fim, é importante mencionar que os valores finais no âmbito da Revisão Ordinária de Garantia Física ainda
não foram publicados pelo MME até a elaboração deste documento.
ABERTURA DO MERCADO
O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou, em 28 de setembro, a Portaria nº 50/2022, que permite aos
consumidores do mercado de alta tensão serem elegíveis à migração para o Mercado Livre e possam escolher seu
fornecedor de energia a partir de 01 de janeiro de 2024.
A liberalização representa continuidade dos esforços envidados pelo Ministério de Minas e Energia na abertura
de mercado, conforme previsto em regulamentações anteriores e um avanço em relação ao limite de 500 kW
definido pela Lei nº 9.427/1996, ao permitir que qualquer consumidor atendido por tarifa do Grupo A
(consumidores de alta tensão), independentemente do seu consumo, possa escolher o seu fornecedor. Também
é claramente definida a segregação entre atacado e varejo em que os consumidores com carga individual inferior
a 500kW devem ser representados por agente varejista perante a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE).
26
A abertura do mercado traz maior liberdade de escolha aos consumidores, com a consequente ampliação do
ambiente competitivo, ao permitir o acesso a outros fornecedores, além das distribuidoras. Com essa medida, o
MME calculou que aproximadamente 106 mil unidades consumidoras estarão aptas a migrar para o mercado livre.
A AES Brasil destaca sua atuação no mercado varejista e ocupa posição relevante dentre os demais agentes. Desde
a sua criação, em 2019, o braço varejista da AES Brasil fechou contratos com 58 clientes, totalizando 41 MWm
comercializados.
O próximo passo de abertura do mercado para a baixa tensão, incluindo clientes residenciais, por exemplo, deverá
permitir o acesso de todos os consumidores de energia elétrica ao mercado livre. Em se tratando de uma mudança
necessária, porém de grande relevância e que carece de ampla discussão com o mercado, o MME abriu a Consulta
Pública 137/2022, visando obter subsídios para a regulamentação da abertura total do mercado, de forma que o
consumidor residencial possa escolher o seu fornecedor livremente a partir de 2028, e o comercial e o industrial
a partir de 2026.
HIDROGÊNIO VERDE
Em 04 de agosto, foi publicada a Resolução nº 6, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que institui
o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), e estabelece a estrutura de governança do programa.
O Brasil tem grande potencial de se destacar nesse mercado, dada a forte exposição de sua matriz energética às
fontes renováveis de energia. Além disso, o país possui ampla gama de recursos energéticos que podem ser
utilizados para a produção de hidrogênio de baixo carbono, por diversas rotas tecnológicas.
Neste contexto, a AES Brasil assinou, em 22 de setembro, um pré-contrato com o Porto de Pecém, para avançar
com os estudos de viabilidade para produção de até 2 GW de hidrogênio verde e de até 800 mil toneladas de
amônia verde por ano, seguindo sua estratégia de contribuir para descarbonização da matriz energética global,
por meio de novas tecnologias que ajudem os clientes nesta missão. A Companhia tem interesse em viabilizar a
uma planta de produção e comercialização de hidrogênio verde e seus derivados utilizando o terminal cearense
para exportar sua produção, principalmente, para países da Europa.
O hidrogênio verde é um vetor energético que desperta o interesse do mercado na medida em que as metas de
redução de emissões de gases de efeito estufa se tornaram mais desafiadoras e seu custo vem se tornando
competitivo, com a diversificação de fontes de energias renováveis.
27
considerando os limites superiores e inferiores móveis, associados à variação da inflação medida pelo Índice de
Atualização da Transmissão (IAT) e ao risco imediato de expansão da transmissão.
A norma passou por três fases de consulta pública, e um dos pontos contestados neste processo referiu-se à
aplicação da nova metodologia tanto aos geradores existentes, quanto aos novos empreendimentos de geração,
resultado principal da 2ª fase da consulta pública, definido em junho de 2022, quando a ANEEL regulamentou o
fim da estabilização das tarifas, então, afetando os projetos existentes. Assim, ao final da estabilização das tarifas
de cada projeto, mesmo estes sendo existentes, será aplicada a nova metodologia respeitados os pesos definidos
na transição em cada ciclo tarifário até o ciclo 2027/2028.
No mesmo dia 20 de setembro, a ANEEL foi notificada de uma ação judicial na qual a ABEEólica tentou suspender,
sem sucesso, a aprovação do fim da estabilização, sob os argumentos de violação ao princípio do contraditório,
ilegalidade, insegurança jurídica por uma suposta mudança brusca da regra sem transição, além da tese de direito
adquirido à tarifa estabilizada. Não houve até o momento decisão liminar em caráter de urgência, no entanto, a
ação segue para discussão de mérito até o trânsito em julgado.
A mudança de metodologia e fim de estabilização das tarifas pode impactar as usinas do portfólio da AES Brasil
de forma gradativa, considerando o ciclo de estabilidade de cada usina e de forma positiva ou negativa a depender
da localização de cada ativo. A magnitude de tal impacto se encontra em fase de avaliação interna, haja vista que
diversos aspectos, no tocante à regulamentação das operações atuais e para empreendimentos futuros devem
ser pontuados, a saber:
• Os projetos atuais possuem em suas outorgas/autorizações o conceito de tarifas estabilizadas por 10
ciclos tarifários. Após este período, suas tarifas passarão a ser anualmente recalculadas, conforme a nova
metodologia aprovada pela ANEEL, sendo necessária avaliação do panejamento futuro de expansão da
geração e transmissão para estimativa de novas tarifas;
• A nova regra será diretamente aplicada aos novos projetos/outorgas, sem a estabilização dos ciclos
tarifários supracitada;
• As tarifas de transmissão, que serão calculadas anualmente, serão limitadas a um teto e um piso móvel,
que considera o valor das tarifas em uma barra de transmissão e uma tarifa contratada associados à
variação da inflação, medida por um Índice de Atualização da Transmissão (IAT), além de um risco de
expansão da transmissão (fixado em 5%);
• Adicionalmente, está prevista a combinação entre o Despacho Regional, metodologia anteriormente
vigente, e o Despacho Nacional, que intensifica o sinal locacional.
A AES Brasil possui tarifa estabilizada para o seu portfólio – portanto, não passível das alterações apontadas acima
até o respectivo vencimento do período de estabilização – conforme a seguir:
• Portfolio hídrico: não possui tarifa estabilizada;
• Complexo Alto Sertão II: 36% do portfólio com fim do período de estabilização no Ciclo 2021-2022, e os
64% restantes no Ciclo 2022-2023;
• Complexo Ventus: fim do período de estabilização no Ciclo 2021-2022;
• Complexos Mandacaru e Salinas: fim do período de estabilização no Ciclo 2023-2024;
• Complexo Tucano: 67% do portfólio com fim do período de estabilização no Ciclo 2030-2031, e os 33%
restantes no Ciclo 2031-2032;
• Complexo Cajuína: fim do período de estabilização no Ciclo 2031-2032;
• Complexo Guaimbê: fim do período de estabilização no Ciclo 2026-2027;
• Complexo Boa Hora: fim do período de estabilização no Ciclo 2021-2022 para todo o portfólio;
• Complexo Água Vermelha: fim do período de estabilização no Ciclo 2021-2022 para todo o portfólio.
28
PERFORMANCE ESG
DIRETRIZES E COMPROMISSOS
A AES Brasil acredita que seu modelo de negócios contribui diretamente de forma positiva para os principais
desafios socioambientais da sociedade. Nesse sentido, a Companhia estabeleceu um conjunto de compromissos
e metas para a gestão ESG – sigla em inglês que significa o gerenciamento de aspectos, riscos e oportunidades
ambientais (Environmental), sociais (Social) e de governança corporativa (Governance), ou ASG no português. Os
compromissos e metas foram definidos com base em três temas principais: Mudanças Climáticas, dentro do pilar
de meio ambiente; Diversidade, Equidade e Inclusão, em social; e Ética e Transparência em governança.
Os Compromissos ESG 2030 tem como ponto de partida os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da
Agenda 2030, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), tendo seis ODS como prioritários:
Desde 2007, a AES Brasil integra o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, que avalia o desempenho das
companhias listadas quanto às respectivas práticas de sustentabilidade. A Companhia é signatária do Pacto Global
da ONU desde 2006, apoiando a promoção dos direitos humanos e práticas de trabalho relativas ao meio
ambiente e ao combate à corrupção. A Companhia faz parte da cobertura dos principais ratings ESG, como
Sustainalytics e MSCI, sendo que neste último é a única companhia de energia na América Latina a obter uma nota
AAA18, demonstrando o compromisso com a transparência e as melhores práticas ESG do mercado.
Como destaque do trimestre, no pilar Ambiental e com foco no combate às mudanças climáticas, a Companhia
neutralizou todas as suas emissões de gases de efeito estufa desde o início de suas operações no país. Essa
conquista foi alcançada por meio da recente compra de créditos de carbono certificados pela ONU para
compensação das emissões dos escopos 1, 2 e 3 de 1999 a 2019. Tais emissões foram estimadas a partir de um
estudo desenvolvido pela consultoria WayCarbon. Vale ressaltar que, desde 2020, a AES Brasil já neutraliza suas
emissões a cada ano, e agora avançou com essa compensação histórica.
Ainda sobre a temática de créditos de carbono, as oportunidades referentes ao mercado de carbono se
intensificaram nos últimos meses na AES Brasil. No 3T22, a Companhia obteve a receita de USD 2,2 milhões
referentes à comercialização de créditos de carbono dos Complexos Salinas e Mandacaru.
A AES Brasil segue com o compromisso de contribuir para a transição energética com o aumento de fontes
renováveis na matriz elétrica brasileira, para que os clientes evitem a emissão de gases de efeito estufa. Na frente
de preservação e proteção da biodiversidade, em linha com a meta anual de reflorestamento de Mata Atlântica
e Cerrado, foi concluído o plantio de aproximadamente 14,1 hectares de plantas nativas, totalizando 150.544
árvores plantadas no período. Além disso, a Companhia manteve ações de preservação de três espécies
ameaçadas de extinção, parte da lista da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e
selecionadas em conjunto com o órgão ambiental para o monitoramento. Outra conquista deste pilar foi o
recebimento, pelo sexto ano consecutivo, do Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, o mais alto nível de
18 Em 2021, a AES Brasil recebeu a classificação ESG nível AAA pelo MSCI.
29
qualificação da metodologia, para o ciclo de 2022. O Selo Ouro reconhece as empresas que têm seus inventários
de emissões de gases de efeito estufa auditados por terceira parte independente, o que garante maior
transparência e confiabilidade no relato de emissões de gases de efeito estufa.
Nos pilares Social e de Governança, como parte do compromisso de aumentar a força feminina na AES Brasil e
em linha com a meta estabelecida de ter até 30% de mulheres na alta liderança até 2025, a AES Brasil aderiu ao
Movimento Elas Lideram 2030, iniciativa da Rede Brasil do Pacto Global da ONU e ONU Mulheres. Ao encontro
desta meta, houve aumento de 75% de presença feminina nas posições de gerências e acima na comparação entre
o 3T21 e o 3T22. O Conselho de Administração da AES Brasil Energia S.A. possui 36% de representatividade
feminina entre os membros efetivos.
Outro importante destaque do período foi a realização de um encontro com a governadora do Estado do Rio
Grande do Norte para celebração de dois importantes compromissos da Companhia:
• Parceria com o SENAI RN para realização do curso de Especialização Técnica em Manutenção e Operação dos
Parques Eólicos exclusivamente para mulheres no estado, com o objetivo de ampliar o acesso a
oportunidades de qualificação profissional e emprego em um setor em franca expansão, além de preparar a
potencial força de trabalho feminina para futuras vagas no Complexo Eólico Cajuína (RN), seguindo os
resultados positivos da iniciativa similar desenvolvida para o Complexo Eólico Tucano, na Bahia.
• Assinatura de carta de intenções, com ciência da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e Agricultura
Familiar do RN e Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com o objetivo de investir em ações de
desenvolvimento local nas comunidades rurais do Complexo Eólico Cajuína, por meio de ações que
contribuam para o acesso à água, assessoria técnica rural e fortalecimento do empreendedorismo feminino
ao longo dos próximos anos.
No 3T22, a AES Brasil deu início ao Plano Básico Ambiental indígena em Itarema (CE), com duas tribos de etnia
Tremembé, sendo elas Córrego João Pereira e Queimadas. Algumas das ações realizadas foram assessoria técnica
rural com visita às unidades de produção familiar, valorização cultural, com a realização da Oficina de História e
Saberes Tremembé, e, por fim, ações de proteção territorial, com as Oficinas de Produção da Cartilha de Proteção
Territorial, com amplo diálogo e participação social dos indígenas em todos os processos.
Além disso, a Companhia manteve a gestão do relacionamento com as comunidades nas regiões dos Complexos
Eólicos Tucano e Cajuína, com a realização de treinamentos para os trabalhadores das obras sobre temas como
direitos humanos e respeito às comunidades locais, bem como ações de comunicação para os moradores das
regiões.
A tabela com a evolução dos principais indicadores do período pode ser acessada aqui.
Para informações detalhadas das iniciativas desenvolvidas na Companhia, consulte o Relatório de Performance
ESG, atualizado trimestralmente, e o Relatório Integrado de Sustentabilidade 2021.
30
ANEXOS
Com o intuito de auxiliar investidores e analistas no processo de modelagem, a Companhia disponibiliza um
arquivo Excel com o histórico dos dados financeiros e operacionais. Para acessá-lo, clique aqui.
Fonte Hídrica
Afluência - SIN (% MLT) 56,7 80,2 23,5 p.p. 64,8 94,1 29,3 p.p.
Afluência - SE/CO (% MLT) 59,0 74,7 15,7 p.p. 65,0 81,0 16,0 p.p.
Nível Reservatórios - SIN (%, final do período) 24,1 57,5 33,4 p.p. 24,1 57,5 33,4 p.p.
Nível Reservatórios - SE/CO (%, final do período) 16,7 51,2 34,5 p.p. 16,7 51,2 34,5 p.p.
GSF (%) 51,2 74,6 23,5 p.p. 75,3 88,3 13,0 p.p.
Afluência Bacia Rio Grande (% MLT) 45,5 64,7 19,2 p.p. 49,2 76,1 26,9 p.p.
Afluência Bacia Rio Tietê (% MLT) 68,5 70,0 1,5 p.p. 63,5 70,7 7,2 p.p.
Disponibilidade (%) 95,2 93,6 -1,6 p.p. 94,6 94,0 -0,6 p.p.
Fonte Eólica
Ventos (m/s)
Alto Sertão II (m/s) 9,7 9,5 -1,9% 8,5 8,4 -1,4%
Ventus (m/s) 8,2 7,7 -5,5% 7,6 6,8 -10,6%
Mandacaru (m/s) 8,7 8,9 2,3% 8,9 7,0 -22,3%
Salinas (m/s) 8,0 8,5 5,9% 8,0 7,3 -9,4%
Disponibilidade (%) 87,8 89,0 1,2 p.p. 88,4 89,0 0,6 p.p.
Alto Sertão II 95,8 96,5 0,7 p.p. 95,3 96,6 1,3 p.p.
Ventus 83,7 80,2 -3,5 p.p. 85,0 81,1 -3,9 p.p.
Mandacaru 66,1 75,0 9,0 p.p. 69,0 72,4 3,4 p.p.
Salinas 88,4 93,6 5,2 p.p. 88,9 94,8 5,9 p.p.
Curtailment (GWh)
Alto Sertão II 39,4 6,9 -82,6% 43,7 36,9 -15,6%
Ventus 1,0 4,3 357,2% 1,3 4,9 289,9%
Mandacaru 0,0 0,7 - 0,0 0,8 -
Salinas 0,0 0,5 - 0,0 0,5 -
Fonte Solar
Irradiância (W/m²)
Guaimbê (W/m2) 210,1 190,1 -9,5% 218,8 210,6 -3,7%
2
Boa Hora (W/m ) 215,7 204,1 -5,4% 218,3 218,4 0,0%
2
Água Vermelha (W/m ) 218,6 205,9 -5,8% 222,0 219,7 -1,0%
Disponibilidade (%) 95,2 98,2 3,0 p.p. 94,0 97,9 3,9 p.p.
Guaimbê 96,7 98,2 1,6 p.p. 96,2 98,8 2,6 p.p.
Boa Hora 95,9 96,5 0,5 p.p. 98,6 96,2 -2,4 p.p.
Água Vermelha 91,7 99,8 8,1 p.p. 85,5 97,6 12,1 p.p.
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AES BRASIL ENERGIA – BALANÇO E DRE19
Balanço Patrimonial (R$ milhões) 30/09/2022 31/12/2021
Passivo Total e Patrimônio Líquido 15.104,7 11.846,1
Passivo Circulante 1.127,5 1.813,6
Fornecedores 268,3 361,3
Emprés timos e fi na nci a mentos e debêntures 485,2 936,4
Impos to de renda e contri bui çã o s oci a l a pa ga r 28,4 48,6
Outros tri butos a pa ga r 47,6 41,0
Di vi dendos e juros s obre ca pi tal própri o a pa ga r 0,3 1,2
Provi s ões pa ra proces s os judi ci a i s e outros 22,4 22,2
Ins trumentos fi na ncei ros deri va tivos 22,7 13,5
Enca rgos s etori a i s 12,0 14,4
Obri ga ções de a qui s i ções 183,0 112,3
Conta de res s a rci mento 5,7 218,8
Outra s obri ga ções 51,9 43,9
Balanço Patrimonial (R$ milhões) 30/09/2022 31/12/2021 Passivo Não Circulante 8.585,1 5.998,2
Ativo Total 15.104,7 11.846,1 Emprés timos e fi na nci a mentos e debêntures 7.408,3 5.280,1
Ativo Circulante 4.091,9 2.339,9 Pa s s i vo de a rrenda mento 115,2 102,2
Ca i xa e equi va l entes de ca i xa 97,0 657,0 Tri butos di feri dos 3,0 8,6
Inves timentos de curto pra zo 3.358,4 1.055,3 Obri ga ções com benefíci os pós -emprego 142,5 133,8
Contas a receber de cl i entes 297,6 364,5 Provi s ões pa ra proces s os judi ci a i s e outros 73,1 67,1
Impos to de renda e contri bui çã o s oci a l a recupera r 82,5 73,1 Enca rgos s etori a i s 8,7 6,1
Outros tri butos a recupera r 3,2 1,4 Ins trumentos fi na ncei ros deri va tivos 197,1 35,9
Ins trumentos fi na ncei ros deri va tivos 25,8 3,5 Obri ga ções de a qui s i ções 72,3 165,9
Ca uções e depós i tos vi ncul a dos 59,9 60,3 Conta de res s a rci mento 419,3 69,4
Conta de res s a rci mento 16,4 21,1 Outra s obri ga ções 145,6 129,0
Outros a tivos 151,1 103,7 Patrimônio Líquido 5.392,1 4.034,2
Ativo Não Circulante 11.012,8 9.506,2 Ca pi tal s oci a l s ubs cri to e Integra l i za do 2.116,0 2.116,0
Tri butos di feri dos 138,4 112,4 Res erva de ca pi tal 322,2 321,5
Ca uções e depós i tos vi ncul a dos 253,6 187,5 Res erva de l ucros 939,2 939,2
Ins trumentos fi na ncei ros deri va tivos 3,1 0,0 Outros res ul tados a bra ngentes -174,7 -153,6
Conta de res s a rci mento 1,2 11,7 Lucros a cumul a dos 55,5 0,0
Outros a tivos 38,1 26,3 Subtotal 3.258,1 3.223,1
Inves timentos em control a da s e joi nt ventures 105,6 87,5 Adi a ntamento pa ra futuro a umento de ca pi tal 917,1 0,0
Imobi l i za do, l íqui do 8.770,1 7.343,2 Subtotal 4.175,2 3.223,1
Intangível , l íqui do 1.702,6 1.737,5 Pa rtici pa çã o de a ci oni s ta nã o control a dor 1.216,9 811,2
19Em função da criação e listagem da AES Brasil Energia S.A. em 29 de março de 2021, as informações apresentadas para o 1S21 contemplam os resultados
da AES Operações (antiga AES Tietê) para o 1T21.
32
Demonstração dos Resultados (R$ milhões) 3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var
Receita Operacional Líquida 661,7 786,6 18,9% 1.779,9 2.084,3 17,1%
Custo de Energia (451,0) (359,1) -20,4% (768,2) (871,2) 13,4%
Margem Líquida 210,7 427,4 102,8% 1.011,7 1.213,1 19,9%
Custos e Despesas (118,4) (143,6) 21,3% (313,8) (389,1) 24,0%
Outras Receitas (despesas) Operacionais (0,1) (0,0) -67,1% (0,8) (0,2) -80,6%
Total das Receitas e Despesas Operacionais (118,4) (143,6) 21,3% (314,7) (389,3) 23,7%
EBITDA 92,3 283,8 207,5% 697,0 823,8 18,2%
Depreciação & Amortização (125,9) (113,8) -9,6% (355,4) (365,5) 2,8%
EBIT (33,6) 170,0 -605,7% 341,6 458,3 34,2%
Receita (Despesa) Financeira (109,9) (35,8) -67,4% (330,6) (237,6) -28,1%
Receitas Financeiras 15,9 115,2 626,9% 36,6 249,4 582,3%
Despesas Financeiras (152,9) (150,6) -1,5% (389,1) (505,5) 29,9%
Variações Cambiais, Líquidas 27,2 (0,4) -101,5% 21,9 18,4 -16,1%
Resultado de Equivalência Patrimonial (0,2) 15,2 -6738,4% 0,0 18,1 29,9%
Resultado Antes dos Tributos (143,7) 149,5 -204,0% 11,0 238,8 2063,7%
Imposto de Renda e Contribuição Social 37,4 (15,4) -141,1% (17,4) (57,1) 229,1%
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 535,9 (31,5) -105,9% 555,4 1,1 -99,8%
Lucro (Prejuízo) Líquido 429,5 102,6 -76,1% 549,1 182,8 -66,7%
Atribuído a Acionistas da Empresa Controladora 422,5 40,9 -90,3% 445,7 67,7 -84,8%
Atribuído a Acionistas Não Controladores 7,0 61,7 776,8% 10,4 115,1 1005,7%
Nota: Resultado hídrico proforma considera a controladora da AES Brasil Operações. Dados contemplam R$ 21,5 milhões referentes às transações entre
partes relacionadas com a AES Comercializadora, subsidiária integral da AES Brasil Energia.
33
Demonstração dos Resultados - Solar
3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var
(R$ milhões)
Receita Operacional Líquida 34,5 45,6 32,2% 103,4 126,3 22,1%
Custo de energia (2,1) (3,5) 70,7% (5,3) (7,5) 41,1%
Margem Liquida 32,4 42,1 29,7% 98,0 118,7 21,1%
Custos e Despesas (4,0) (3,2) -19,2% (7,8) 13,0 -266,8%
Outras Receitas (despesas) Operacionais 0,0 0,0 0,0% (0,1) 0,8 -750,0%
EBITDA 28,4 38,8 36,6% 90,2 132,5 46,9%
FONTE EÓLICA
Geração
3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var
Parques Eólicos (GWh)
Energia Gerada Bruta 693,1 714,2 3,0% 1.593,3 1.589,3 -0,3%
Alto Sertão II 413,6 461,1 11,5% 1.063,0 1.088,6 2,4%
Alto Sertão II - LER 2010 183,3 199,3 8,7% 465,9 473,1 1,6%
Alto Sertão II - LEN 2011 230,3 261,9 13,7% 597,1 615,5 3,1%
Ventus 140,7 114,5 -18,6% 336,2 238,7 -29,0%
Mandacaru¹ 89,2 87,7 -1,6% 124,4 158,8 27,6%
Salinas¹ 49,6 50,8 2,4% 69,8 103,2 47,9%
1 – Para o 9M21, considera a geração bruta realizada a partir de maio, dada a conclusão da aquisição em 30 de abril de 2021.
34
Para retornar à explicação sobre o desempenho da geração eólica, clique aqui.
FONTE SOLAR
Geração
3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var
Parques Solares (GWh)
Energia Gerada Bruta 144,7 140,5 -2,9% 416,5 432,6 3,9%
Guaimbê 68,7 64,6 -5,9% 202,2 203,9 0,8%
Ouroeste 76,0 75,9 -0,1% 214,2 228,7 6,8%
Boa Hora 36,8 34,6 -6,0% 111,0 107,4 -3,2%
Água Vermelha 39,2 41,3 5,3% 103,2 121,3 17,5%
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ENDIVIDAMENTO
Dívidas (R$ milhões) Montante¹ Vencimento Custo Nominal
Consumo total de água (m3)1 2.123,0 2.105,8 -0,8% 5.535,0 5.393,0 -2,6%
Intensidade hídrica (m³/GWh) 4,9 3,9 -20,8% 3,8 3,2 -15,7%
Consumo total de energia elétrica (MWh) 4 4.102,7 2.245,2 -45,3% 6.982,4 5.347,9 -23,4%
Sites certificados pelo Sistema Gestão Ambiental ISO 14001 (%) 5 1,0 0,9 -15,0% 1,0 0,9 -15,0%
Total de hectares de Mata Atlântica e Cerrado restaurados (ha) 6 6,3 14,1 124,4% 101,5 109,2 7,6%
6
Total de mudas de árvores produzidas 100.000,0 150.544,0 50,5% 800.000,0 836.473,0 4,6%
Total de espécies ameaçadas de extinção conservadas 2,0 3,0 50,0% 2,0 3,0 50,0%
Investimento em projetos de biodiversidade (R$) 6 2.663.578,6 4.646.023,0 74,4% 9.052.666,6 11.743.944,0 29,7%
Número total de empregados 527 582 10,4% 527 582 10,4%
Mulheres 138 171 23,9% 138 171 23,9%
Homens 389 411 5,7% 389 411 5,7%
7
Alta liderança (gerências e acima) 43 51 18,6% 43 51 18,6%
Mulheres 8 14 75,0% 8 14 75,0%
Homens 35 37 5,7% 35 37 5,7%
Taxa de rotatividade total (%) 5,34 5,85 9,6% 13,85 14,44 4,3%
Taxa de rotatividade voluntária (%) 4,85 5,15 6,2% 12,70 12,56 -1,1%
Nº acidentes fatais - colaboradores próprios 0 0 0,0 0 0 0,0
Social
Nº acidentes fatais - terceiros 0 0 0,0 0 0 0,0
LTI Rate - colaboradores próprios 0,72 0 -1,0 0,25 0 -1,0
LTI Rate - terceiros 0 0 0,0 0 0,07 0,0
Recordable Rate - colaboradores próprios 0,72 0 -1,0 0,25 0 -1,0
8
Recordable Rate – terceiros 0,69 0,28 -59,4% 0,41 0,76 85,4%
Acidentes em comunidades 0 0 0,0 0 0 0,0
5
Sites certificados ISO 45001 (%) 100,00% 85,00% -15,0% 100,00% 100,00% 0,0%
Colaboradores próprios treinados em saúde e segurança (%) 9 0,97 98,15% 1,2% 97,00% 98,15% 1,2%
9
Colaboradores terceiros treinados em saúde e segurança (%) 100,00% 99,66% -0,3% 100,00% 99,66% -0,3%
Membros no Conselho de Administração 11 11 0,0% 11 11 0,0%
Mulheres 3 4 33,3% 3 4 33,3%
Homens 8 7 -12,5% 8 7 -12,5%
Governança Independentes 4 4 0,0% 4 4 0,0%
Conselheiros Internos 7 7 0,0% 7 7 0,0%
Total de parceiros avaliados em critérios de ética e compliance 42 45 7,1% 134 134 0,0%
Manifestações recebidas no AES Helpline 10 13 47 261,5% 21 75 257,1%
1 – Considera todas as unidades de negócio em operação;
2 – Somatória de resíduos perigosos e não perigosos destinados. A diminuição no valor do 3T22 se deu pelo fato dos meses julho, agosto e setembro de 2022 ainda estarem em contabilização;
3 – Somatória dos escopos 1, 2 e 3 considerando o acumulado do início do ano até o período reportado. A grande variação é reflexo da incorporação dos ativos Mandacaru, Salinas e Ventus ao inventário de
carbono da AES Brasil em 2022, sendo que neste último foi identificado vazamento de hexafluoreto de enxofre (SF6) e para solucionar o problema estão sendo substituídos os cubículos alimentadores de
energia nessa unidade. Além disso, devido à pandemia, em 2021 as viagens aéreas foram menos recorrentes e em 2022 foram normalizadas;
4 – Consumo total de energia elétrica proveniente do SIN – Sistema Interligado Nacional. No ano de 2021 houve necessidade de disponibilização de energia elétrica para operação da PCH Itaiquara à jusante da
UHE Caconde devido à crise hídrica, o que foi normalizado em 2022;
5 – A partir deste ano a companhia definiu que os ativos em operação, incorporados em sua base por meio de M&A, passarão pelo processo de implementação do sistema de gestão no primeiro ano da
aquisição, no segundo ano pela maturidade e consolidação e no terceiro ano pelo processo de certificação externa devido a necessidade de diagnósticos de adequação e melhoria dos processos, alinhados ao
padrão adotado pela empresa para todos os negócios;
6 – Pode haver alterações significativas de produtividade entre trimestres devido a eventos climáticos;
7 – Cargos de gerência, diretoria, vice-presidência e presidência;
8 – Foram executadas ações ao longo do 3T22 para redução do indicador, uma vez que no 2T22 houve um aumento significativo;
9 – A AES Brasil possui meta de 95% de participação mensal dos colaboradores nas reuniões de segurança do pessoal AES e terceiros;
10 – Houve aumento em resposta à intensificação da comunicação e treinamentos internos, o que traz maior confiança dos colaboradores no canal AES Helpline ampliando a sua utilização. O retorno das
atividades presenciais também ocasionou aumento de preocupações e, consequentemente, dos relatos.
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