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Release 3T22

Código: AES Brasil


TELECONFERÊNCIA DE Conexão:
RESULTADOS Brasil: +55 11 4090-1621 | +55 11 3181-8565
EUA: +1 412 717-9627 | +1 844 204-8942
04.11.2022
10:00h (BRT) / 9:00h (EST) Slides da apresentação e áudio estarão
disponíveis em: ri.aesbrasil.com.br
São Paulo, 03 de novembro de 2022 – AES Brasil Energia S.A. (AES Brasil Energia e Companhia) (B3: AESB3) anunciou hoje os resultados referentes ao 3º trimestre de 2022
(“3T22”) e acumulado do ano de 2022 (“9M22”) em comparação aos resultados do 3º trimestre de 2021 (“3T21”) e acumulado do ano de 2021 (“9M21”). As informações
operacionais e financeiras da Companhia, exceto quando indicadas de outra forma, são apresentadas em números consolidados e em milhões de reais, de acordo com a
legislação societária. Por razões comparativas, dada a criação e listagem da AES Brasil Energia S.A. em 29 de março de 2021, as informações apresentadas ao longo deste
documento contemplam os resultados financeiros da AES Brasil Energia referentes ao 3T22, 3T21 e 9M22 e resultado financeiro proforma considerando a AES Tietê Energia no
1T21 para compor o 9M21.

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
“O terceiro trimestre de 2022 foi marcado por outro passo importante na execução da nossa estratégia de crescimento e diversificação
do portfólio, por meio da aquisição de ativos de fontes complementares à hídrica e pela evolução nos resultados operacionais do
período: anunciamos em agosto a adição de +456 MW de capacidade instalada operacional a partir da aquisição de três novos
Complexos Eólicos: Ventos do Araripe (PI), Caetés (PE) e Cassino (RS).
Os novos Complexos estão contratados no ambiente regulado, 100% operacionais e com suprimento até 2035. Com isso, a AES Brasil
dobra o seu MW instalado de 6 anos atrás e passa contar com 5,2 GW de capacidade instalada 100% renovável (49% advindos de eólico
+ solar e 52% advindos de hídrica), sendo 4,2 GW operacionais e 1,0 GW em construção, e se torna um dos maiores players renováveis
do país.
Outro importante acontecimento do trimestre foi o sucesso do aumento de capital privado, anunciado em conjunto com a aquisição,
que resultou em R$1 bilhão de equity para financiar a referida transação. O closing da operação está previsto para ocorrer até o 1T23,
após o cumprimento das condições precedentes.
Quanto ao desenvolvimento das obras dos Complexos Eólicos Tucano e Cajuína, vale destacar que em Tucano mais de 87% da
construção já foi concluída, com a operação comercial de 9 aerogeradores e estimativa operação comercial total no 1T23.
Em Cajuína, a primeira fase (324,5 MW de capacidade instalada) está com cerca de 48% do projeto executado, com destaque para a
evolução das obras de construção civil e da subestação, com expectativa de entrada em operação comercial no 1S23. Adicionalmente,
a segunda fase de Cajuína (370,5 MW de capacidade instalada) está com 12% do projeto concluído e expectativa de entrada em
operação no 2S23.
Na frente regulatória, o Ministério de Minas e Energia publicou portaria que permite que todos os consumidores do mercado de alta
tensão migrem para o Mercado Livre e que, com isso, possam a escolher seu fornecedor de energia a partir de janeiro de 2024. Neste
sentido, destacamos a nossa posição relevante na comercialização varejista de energia, com todas as condições para a captura de
novos clientes. Adicionalmente, o anúncio, pelo Governo Federal, do marco legal para a produção de hidrogênio verde abre novas
frentes de crescimento e oportunidades. Neste sentido, é importante mencionar a assinatura de um pré-contrato com o Porto de Pecém
para avançar com os estudos de viabilidade para produção de até 2 GW de hidrogênio verde e de até 800 mil toneladas de amônia
verde por ano, seguindo nossa estratégia de contribuir para descarbonização da matriz energética global, por meio de novas
tecnologias que ajudem os clientes nesta missão.
Em relação aos resultados, encerramos o terceiro trimestre com um EBITDA de R$ 284 milhões, versus R$ 92 milhões no 3T21,
refletindo, principalmente, a melhora relevante na margem hídrica e melhor performance operacional dos ativos eólicos e solares.
Adicionalmente, finalizamos o trimestre com uma posição de caixa robusta (R$ 3,5 bilhões), reflexo, principalmente, do sucesso no
aumento de capital privado.
Gostaria de destacar que nesse trimestre começamos a ver a materialização da nossa estratégia de crescimento e diversificação nos
resultados financeiros, mudando o patamar dos resultados da Companhia.”.
Alessandro Gregori – CFO

2
SUMÁRIO
DESTAQUES DO PERÍODO................................................................................................................................. 4
DESTAQUES FINANCEIROS CONSOLIDADOS – AES BRASIL ............................................................................ 4
A AES BRASIL ........................................................................................................................................................ 5
PERFIL CORPORATIVO................................................................................................................................................... 5
COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA ............................................................................................................................................ 5
PORTFÓLIO ......................................................................................................................................................................... 6
DESEMPENHO OPERACIONAL ......................................................................................................................... 9
GERAÇÃO CONSOLIDADA ............................................................................................................................................. 9
GERAÇÃO HÍDRICA ....................................................................................................................................................... 10
GERAÇÃO EÓLICA.......................................................................................................................................................... 11
GERAÇÃO SOLAR ........................................................................................................................................................... 12
DESEMPENHO COMERCIAL ........................................................................................................................... 13
MERCADO DE ENERGIA .............................................................................................................................................. 13
PORTFÓLIO DE ENERGIA ........................................................................................................................................... 14
BALANÇO ENERGÉTICO – HÍDRICO .......................................................................................................................... 14
DESEMPENHO FINANCEIRO CONSOLIDADO ........................................................................................... 16
RECEITA E MARGEM LÍQUIDA ................................................................................................................................. 16
CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS ................................................................................................................... 18
EBITDA .............................................................................................................................................................................. 19
RESULTADO FINANCEIRO ......................................................................................................................................... 20
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ............................................................................................................................... 21
LUCRO LÍQUIDO ............................................................................................................................................................. 21
ENDIVIDAMENTO ......................................................................................................................................................... 22
INVESTIMENTOS ........................................................................................................................................................... 24
FLUXO DE CAIXA GERENCIAL ................................................................................................................................... 24
CONTEXTO REGULATÓRIO ........................................................................................................................... 25
REVISÃO ORDINÁRIA DE GARANTIA FÍSICA ...................................................................................................... 25
ABERTURA DO MERCADO ......................................................................................................................................... 26
HIDROGÊNIO VERDE ................................................................................................................................................... 27
NOVA METODOLOGIA DE CÁLCULO DA TUST ................................................................................................... 27
PERFORMANCE ESG ......................................................................................................................................... 29
DIRETRIZES E COMPROMISSOS .............................................................................................................................. 29
ANEXOS ................................................................................................................................................................ 31
INDICADORES OPERACIONAIS DO PERÍODO ..................................................................................................... 31
AES BRASIL ENERGIA – BALANÇO E DRE ............................................................................................................ 32
RESULTADOS POR FONTE - DRE ............................................................................................................................. 33
DESEMPENHO DA GERAÇÃO POR FONTE ........................................................................................................... 34
ENDIVIDAMENTO ......................................................................................................................................................... 36
INDICADORES ESG ........................................................................................................................................................ 37

3
DESTAQUES DO PERÍODO
• Crescimento: Aquisição 456 MW de capacidade eólica operacional com a celebração de contrato de
compra e venda de ações (SPA) com a Cubico Brasil S.A., referente à aquisição da totalidade das ações
representativas do capital social das sociedades de propósito específico (SPEs) que compõe o Complexo
Eólico Ventos do Araripe, Caetés e Cassino. O valor total da Operação (enterprise value) é de até
R$ 2.033,0 milhões, sendo: (i) R$ 1.105 milhões de equity; e (ii) R$ 928,0 milhões de assunção da dívida.
• Aumento de Capital Privado (ACP): Em 03 de outubro, o Conselho de Administração homologou o
Aumento de Capital, com a emissão de 106.599.446 novas ações ordinárias, representando
aproximadamente 91,72% das ações objeto do Aumento de Capital, ao preço de emissão de R$ 9,61 por
ação, totalizando R$ 1.024,4 milhões. Os recursos serão utilizados para viabilizar a aquisição dos
Complexos Eólicos Ventos do Araripe, Caetés e Cassino, anunciada em 08 de agosto de 2022.
• Abertura do Mercado Livre: Ministério de Minas e Energia publicou, em 28 de setembro, a Portaria nº
50/2022, que torna elegível todos os consumidores do mercado de alta tensão à migração para o
Mercado Livre, podendo assim escolher seu fornecedor de energia a partir de 01 de janeiro de 2024.
• Carbono Neutro: Neste trimestre a AES Brasil neutralizou todas as suas emissões de gases de efeito
estufa, desde o início das suas operações no país. Essa conquista foi alcançada por meio da compra de
créditos de carbono certificados pela ONU, para compensação das emissões a partir de 1999.

DESTAQUES FINANCEIROS CONSOLIDADOS – AES BRASIL1


Indicadores Financeiros (R$ milhões) 3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var

Receita Líquida 661,7 786,6 18,9% 1.779,9 2.084,3 17,1%


Compra de Energia¹ (451,0) (359,1) -20,4% (768,2) (871,2) 13,4%
Custo de Operação e Despesas Operacionais² (118,4) (143,6) 21,3% (314,7) (389,3) 23,7%
EBITDA 92,3 283,8 207,5% 697,0 823,8 18,2%
EBITDA Ajustado³ 92,3 283,8 207,5% 661,1 823,8 24,6%
Margem EBITDA Ajustada³ (%) 13,9% 36,1% 22,1 p.p. 37,1% 39,5% 2,4 p.p.
Lucro Líquido Ajustado 4 (103,1) 102,6 n.a. (7,2) 182,8 n.a.

1 – Inclui encargos setoriais e de transmissão, além do ressarcimento do GSF ocorrido no 1T21 (R$ 35,9 milhões positivos no 9M21); 2 – Exclui depreciação
e amortização; 3 – Exclui ressarcimento do GSF ocorrido no 1T21 (R$ 35,9 milhões); 4 – Exclui impacto do reconhecimento do crédito fiscal (R$ 532,6 milhões
no 3T21) e ressarcimento do GSF, líquido de imposto de renda (1T21).

Adicionalmente, a Companhia disponibiliza um arquivo Excel com o histórico dos dados financeiros e operacionais.
Para acessá-lo, clique aqui.
Para a tabela com os demais indicadores operacionais do período, acesse aqui.

1Em função da criação e listagem da AES Brasil Energia S.A. em 29 de março de 2021, as informações apresentadas ao longo deste documento contemplam
os resultados da AES Operações (antiga AES Tietê) para o 1T21.

4
A AES BRASIL
PERFIL CORPORATIVO
AES Brasil (Companhia) investe há mais de 20 anos no Brasil e é uma geradora de energia elétrica 100% renovável,
única Companhia do setor elétrico na América Latina com classificação ESG nível “AAA” no MSCI 2, um dos
principais rankings de avaliação da resiliência de uma empresa aos riscos Ambientais, Sociais e de Governança
(ESG).
Atualmente, considerando a última aquisição anunciada em agosto de 2022 (Ventos do Araripe, Caetés e Cassino),
a Companhia possui portfólio diversificado (fontes hidráulica, eólico e solar) com capacidade instalada de
aproximadamente 4,2 GW em operação, e mais de 1,0 GW em construção (Tucano e Cajuína), totalizando 5,2
GW de capacidade instalada exclusivamente renovável em plantas localizadas nos Estados de São Paulo, Bahia,
Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Ceará
5,2 GW Mandacaru – 108 MW
capacidade instalada
Rio Grande do Norte
Cajuína (em construção) – 695 MW

Ventus – 187 MW

Salinas – 50 MW

Piaui & Pernambuco


Ventos do Araripe (PI) – 210 MW
São Paulo (anunciado em ago/22)
Caetés (PE) – 182 MW
Hídricas – 2.658 MW
(anunciado em ago/22)
Guaimbê – 150 MW Bahia
Ouroeste – 145 MW Tucano (em construção) – 322 MW

Alto Sertão II – 386 MW


Rio Grande do Sul
Cassino – 64 MW
(anunciado em ago/22)

COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA
Em 03 de outubro de 2022, o Conselho de Administração homologou o Aumento de Capital, com a emissão de
106.599.446 novas ações ordinárias. Abaixo destacamos a nova composição acionária da Companhia.

2 Em 2021, a AES Brasil recebeu a classificação ESG nível AAA pelo MSCI.
5
Controlador¹ Eletrobras BNDESPar Outros
47,35% 6,81% 6,76% 39,08%

AES AES Novos Ativos Projetos


Operações Comercializadora Eólicos (456 MW) Greenfield

¹ Participação indireta da The AES Corp por meio da AES Holdings Brasil S.A. e AES Holdings Brasil II S.A.
Notas: atualmente, os projetos greenfield estão nas subsidiárias da AES Operações. A Companhia trabalha na estratégia de alteração
da estrutura societária para torná-los subsidiárias diretas da AES Brasil até o final de 2022. Além disso, a conclusão da aquisição dos
novos ativos eólicos, anunciada em agosto, está sujeita ao cumprimento de condições precedentes.

PORTFÓLIO
BREAKDOWN DO PORTFÓLIO
Capacidade Instalada Capacidade Instalada Plano Estimado de Expansão
Operacional¹ Contratada por Fonte¹ da Capacidade Instalada²
7% 6% 10%
11%
+1,0 GW em +1,5 GW 40%
4,2 GW construção 5,2 GW 52% pipeline² 6,7 GW
18% 43%
64%
50%

Hídrica Eólica - Novos Ativos Hídrica Eólica Solar Hídrica Eólica Solar
Eólica Solar

1- Considera 455,9 MW de capacidade eólica operacional, cuja aquisição foi anunciada em 08 de agosto de 2022; 2 – Sujeito a modificação em função de
otimizações nos projetos.

Atualmente, aproximadamente 29% da capacidade instalada operacional da Companhia está contratada no


mercado regulado - ACR. Os projetos em construção estão contratados no ambiente livre - ACL, atrelados à PPAs
de longo prazo.

FONTE EÓLICA
Em 08 de agosto de 2022, a AES Brasil anunciou o acordo de aquisição dos Complexos Eólicos Ventos do Araripe,
Caetés e Cassino. Os complexos localizam-se nos estados do Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Sul e possuem
um total de 455,9 MW de capacidade instalada, 100% contratados no mercado regulado (LER 13 e LFA 10) e
comercializado por leilões de reserva e de fontes alternativas por 20 anos. O closing da operação está previsto
para ocorrer até o 1T23.

6
Garantia Física
Entrada em Cap. Instalada MWm Preço PPA Fim da
Complexos Eólicos O&M % AES Brasil MME (Bruta, Início do PPA Fim do PPA
operação (MW) Contratado (R$/MWm)4 Autoriz.
MWm)
OPERAÇÃO 1.187,5 535,9 546,3
Alto Sertão II - BA 386,1 179,8 184,4 - - - -
LER 2010 OSA 100% 2014 167,7 76,2 83,2 set/13 ago/33 249,02 2046
LEN 2011 OSA 100% 2015 218,0 103,6 101,2 jan/16 dez/35 185,06 2047
Ventus - RN 187,0 58,3 65,8 - - - -
LER 2009 FSA 100% 2014 187,0 58,3 65,8 jul/12 mai/34 326,51 2045
Mandacaru e Salinas - CE/RN 158,5 68,4 66,7 - - - -
3 3
Mandacaru - LER 2009/ LEN 2011¹ Interno 100% 2014 108,1 49,4 46,6 nov/14 out/34 236,07 2047
Salinas - LER 2009² Interno 100% 2014 50,4 19,0 20,1 mar/14 fev/34 326,55 2045
Nova Aquisição - PI/PE/RS 455,9 229,4 229,4 - - - -
Ventos do Araripe - LER 13 Interno 100% 2015 210,0 108,3 108,3 set/15 ago/35 173,45 2049
Caetés - LER 13 OSA 100% 2016 181,9 94,7 94,7 set/15 ago/35 182,94 2049
Cassino - LFA 10 FSA 100% 2015 64,0 26,4 26,4 jan/15 dez/34 267,91 2046
CONSTRUÇÃO 1.017,4 410,6 355,0
Tucano - - 322,4 146,9 130,0 - - - -
PPA Unipar I (autoprodução) FSA 50% 2S22e 155,0 71,4 60,0 jan/23 dez/42 - 2055
PPA Anglo FSA 100% 2S22e 167,4 75,5 70,0 jan/22 dez/46 - 2055
Cajuína - - 695,0 263,7 225,0 - - - -
PPA Minasligas - 100% 1S23e 47,2 22,9 21,0 jan/23 dez/42 - 2055
PPA Ferbasa - 100% 1S23e 171,1 83,7 80,0 jan/24 dez/43 - 2055
PPA Copel - 100% 1S23e 11,8 6,1 4,0 jan/23 dez/35 - 2055
PPA BRF (autoprodução) - 76% 1S23e 168,5 84,5 80,0 jan/24 dez/38 - 2055
PPA Unipar III (autoprodução) - 90% 1S23e 91,2 44,2 40,0 jan/24 dez/43 - 2055
Capacidade Adicional - - - 205,2 - - - - - -

PIPELINE5 1.153,1
Tucano - - - 260,4 - - - - - -

Cajuína6 - - - 892,7 - - - - - -
¹ Parques Santo Antônio de Pádua, São Cristóvão e São Jorge (64,0 MW de capacidade instalada): LEN 2011 / Parques Embuaca e I caraí (44,1 MW de capacidade instalada): LER 2009; 2
Parques Bela Vista (Areia Branca) e Mar e Terra (50,4 MW de capacidade instalada): LER 2009; 3 Para os parques Santo Antônio de Pádua, São Cristóvão e São Jorge. Icaraí teve sua entrada
em operação em julho de 2013 e Embuaca, em abril de 2014; 4Data base: setembro/22; 5 Sujeito a alteração em função de otimizações nos projetos; 6 Considera aquisição de Cordilheira
dos Ventos (Renova)

FONTE SOLAR
Garantia Física
Entrada em Cap. Instalada MWm Preço PPA Fim da
Complexos Solares O&M % AES Brasil MME (Bruta, Início do PPA Fim do PPA 1
operação (MW) Contratado (R$/MWm) Autoriz.
MWm)

OPERAÇÃO 295,1 65,2 65,2


Guaimbê – SP - - - 150,0 29,5 29,5 - - - -
LER 20214 Interno - 2018 150,0 29,5 29,5 out/17 set/37 324,52 2050
Ouroeste – SP - - - 145,1 35,7 35,7 - - - -
Boa Hora – LER 2015 Interno 100% 2019 69,1 15,9 15,9 nov/18 out/38 394,47 2051
Água Vermelha – LEN 2017 Interno 100% 2019 76,0 19,8 19,8 jan/21 dez/40 181,69 2053
PIPELINE 378,0
Solar Arinos - MG - - - 378,0 - - - - - -
1 Data base: setembro/22

7
FONTE HÍDRICA

Localização Bacia Cap. Instalada Garantia Física Vencimento


Usinas Hidrelétricas
(Estado) Hidrográfica (MW) (Bruta, MWm) da Concessão

Água Vermelha SP Rio Grande 1.396,2 731,0 ago/32


Bariri SP Tietê 143,1 62,7 jul/32
Barra Bonita SP Tietê 140,8 47,8 mai/32
Caconde SP Rio Grande 80,4 33,2 mai/32
Euclides da Cunha SP Rio Grande 108,8 49,2 jun/32
Ibitinga SP Tietê 131,5 70,3 ago/32
Limoeiro SP Rio Grande 32,0 14,8 jul/32
Nova Avanhandava SP Tietê 347,4 132,1 mai/32
Promissão SP Tietê 264,0 98,8 set/32
PCH Mogi SP Mogi Guaçu 7,2 4,0 jul/32
PCH S. Joaquim SP Mogi Guaçu 3,0 1,3 jun/36
PCH S. José SP Mogi Guaçu 4,0 1,6 jun/36
Total Portfólio Hídrico 2.658,4 1.246,8

Conforme abordado no capítulo Contexto Regulatório, a Garantia Física das usinas hidrelétricas da Companhia
será reajustada a partir de 01 de janeiro de 2023.

PROJETOS EM CONSTRUÇÃO
A Companhia está na fase final de construção de 322,4 MW de capacidade instalada no Complexo Eólico Tucano,
na Bahia e de outros 695,0 MW de capacidade instalada no Complexo Cajuína, no Rio Grande do Norte.
No Complexo Eólico Tucano, a evolução geral do projeto já ultrapassa 87%. Até final de outubro, 9 dos 52
aerogeradores iniciaram a operação comercial. A estimativa é que o parque esteja 100% operacional no 1T23.
O Complexo Eólico Cajuína - Fase 1 está em fase de construção Civil e da Subestação, com mais de 2.000 pessoas
trabalhando no local. Atualmente, mais de 48% do projeto foi executado, sendo 87% de todo o trabalho civil, 59%
dos trabalhos na Subestação Caju e 95% na conexão da Subestação de Açu III. Adicionalmente, durante o 3T22,
iniciou-se a montagem dos primeiros aerogeradores, sendo um montado até as pás, além de outras cinco torres
já erguidas.
Na Fase 2, a evolução da construção já superou os 12%, com destaque para os 31% de avanço das obras civis e
30% de avanço nas obras da subestação. A estimativa é que o parque esteja 100% operacional no 2S23.

8
Complexo Eólico Complexo Eólico Complexo Eólico
Complexos em Construção
Tucano Cajuína – Fase 1 Cajuína – Fase 2
Características Gerais
Capacidade Instalada¹ (MW) 322,4 324,5 370,5
Localização BA RN RN
Quantidade de Aerogeradores 52 55 65
Fator de Capacidade Estimado (P50) 49% 55% 54%
6
Energia Vendida (MWm) 130 225
Nº de PPAs Supridos6 2 5
Duração Média dos PPAs 17,4 anos 18,1 anos
Fim da Autorização 2055 2055
Construção
Início da Construção fev/21 dez/21 mai/22
Entrada em Operação (e) 2S22/1S23 2023 2023
Outorga ✓ ✓ ✓
Parecer de Acesso² ✓ ✓ ✓4
Benefício TUST/TUSD ✓ ✓ ✓
Características Financeiras
≅80% do capex
Financiamento Em estruturação Em estruturação
(Debênture + BNB)
5
Capex 2022-2026 (R$ mi) 615,0 979,1 1.716,7
5
Capex (R$ mi/MW) 4,6 5,2 5,7
¹ Passível de alteração em caso de mudança no layout no projeto; ² Documento que formaliza a conexão do ativo à rede de transmissão; ³ Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (CUST) e o Contrato de
Conexão à Transmissão (CCT); 4 Parecer de acesso em processo de alteração para 13 dos 65 aerogeradores, resultado da alteração de layout do projeto; 5 Valores reais em fev/22, proporcional à participação
da AES Brasil nos projetos com constituição de joint ventures; 6 Contrato com BRF suprido por ambas as fases

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DESEMPENHO OPERACIONAL
GERAÇÃO CONSOLIDADA
Geração (GWh) 3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var

TOTAL 2.225,2 2.693,8 21,1% 7.151,4 8.337,7 16,6%


Hídricas 1.387,4 1.839,1 32,6% 5.141,7 6.315,9 22,8%
Eólicas 693,1 714,2 3,0% 1.593,3 1.589,3 -0,3%
Solares 144,7 140,5 -2,9% 416,5 432,6 3,9%

9
GERAÇÃO HÍDRICA
Estrutura do Sistema
A receita decorrente da geração hídrica está relacionada à estratégia de alocação de energia adotada pela
Companhia, e não diretamente ao seu volume de geração, uma vez que as hidrelétricas fazem parte do
Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), mecanismo financeiro de compartilhamento do risco hidrológico.
As usinas da AES Brasil representam aproximadamente 2% de toda a garantia física hídrica que compõe este
sistema de compartilhamento de risco hidrológico. Neste contexto, os resultados decorrentes da geração
hidrelétrica não estão relacionados puramente ao volume de geração da Companhia, mas sim ao desempenho de
todo o conjunto de usinas pertencentes a este mecanismo, de forma proporcional à representatividade de cada
agente neste sistema.
O despacho das usinas hidrelétricas pertencentes ao MRE é determinado pelo Operador Nacional do Sistema
(ONS) e foi maior no 3T22 e nos 9M22, em decorrência das melhores afluências no período quando comparado
ao cenário hídrico adverso registrado ao longo de 2021.

Desempenho AES Brasil


O volume total de energia bruta gerada pelas usinas hidrelétricas da AES Brasil atingiu 1.839,1 GWh no 3T22 e
6.315,9 MWh nos 9M22, 32,6% e 22,8% acima, respectivamente, dos mesmos períodos de 2021, reflexo da maior
afluência (80,2% da MLT3 no SIN no 3T22 vs. 56,7% no 3T21 e 94,1% da MLT no SIN nos 9M22 vs. 64,8% no 9M21)
e recuperação dos reservatórios do sistema para níveis acima da média dos últimos 10 anos (nível dos
reservatórios no SIN: 57,5% ao final de setembro de 2022 vs. 24,1% ao final de setembro de 2021).
Ao longo do 9M22, houve uma recuperação dos níveis de afluência nas bacias do Rio Grande e Rio Tietê, o que
colaborou para a recuperação dos níveis dos reservatórios da AES Brasil (45,8% ao final dos 9M22 vs. 29,9% ao
final dos 9M21).
As usinas localizadas na Bacia do Rio Grande registraram aumento de 45% na geração no 3T22, enquanto as
usinas localizadas na Bacia do Rio Tietê registraram geração 10% maior no 3T22 quando comparadas ao mesmo
período de 2021. No acumulado do ano, o aumento registrado na Bacia do Rio Grande foi de 33% e, na Bacia do
Rio Tietê, de 7%.
No caso das usinas participantes do MRE, o principal balizador do desempenho operacional é o índice de
disponibilidade. As usinas hidrelétricas da AES Brasil apresentaram disponibilidade média de 93,6% no 3T22 e
94,0% nos 9M22, refletindo a realização de manutenções nas unidades geradoras no período, que não ocorreram
durante o período mais crítico da crise hídrica de 2021.
Disponibilidade Média Consolidada (%)
-1,6 p.p. -0,6 p.p.
95,2 93,6 94,6 94,0

3T21 3T22 9M21 9M22

Para tabela com maiores detalhes da geração hidrelétrica por usina nos períodos referenciados, clique aqui.

3 Média de Longo Termo


10
GERAÇÃO EÓLICA
A geração eólica bruta foi de 714,2 GWh no 3T22, 3,0% acima da geração do 3T21 (693,1 GWh) e 1.589,3 GWh
no acumulado de 2022, em linha com a geração dos 9M21 (1.593,3 GWh).
• Alto Sertão II: a geração no Complexo totalizou 461,1 GWh no 3T22, aumento de 11,5% em relação ao
mesmo período de 2021 (413,6 GWh), em decorrência da maior incidência de curtailment no 3T21 (39,4
GWh vs. 6,9 GWh no 3T22), que impediu maior geração de energia naquele período. A Aneel regulamentou
as definições das regras de ressarcimento aos geradores afetados, cabendo à CCEE estruturar a metodologia
e a operacionalização destas regras, ainda sem prazo definido.
No acumulado do ano, houve aumento de 2,4% na geração (1.088,6 GWh nos 9M22 vs. 1.063,0 GWh nos
9M21). A velocidade dos ventos manteve-se estável entre os períodos e a disponibilidade média do parque
nos 9M22 foi de 96,6% (vs. 95,3% nos 9M21). O curtailment totalizou 36,9 GWh no 9M22, redução de 15,6%
em relação a restrição do 9M21 (43,7 GWh).
• Ventus: a geração no Complexo totalizou 114,5 GWh no 3T22, redução de 18,6% em relação ao 3T21
(140,7 GWh), reflexo, principalmente, da incidência de curtailment de 4,4 GWh em função da manutenção
de subestação da região, e pela menor disponibilidade do parque na comparação entre os períodos (80,2%
no 3T22 vs. 83,7% no 3T21), decorrente de manutenções preventivas e corretivas.
Nos 9M22, a geração bruta do Complexo atingiu 238,7 GWh, redução de 29,0% em comparação aos 9M21
(336,2 GWh), reflexo da menor disponibilidade no período (81,1% nos 9M22 vs. 85,0% nos 9M21) e da
incidência de curtailment (4,9 GWh 9M22 vs. 1,3 GWh no 9M21), ocorrida, principalmente, no 3T22.
Vale mencionar que o complexo possui um índice contratual de disponibilidade de 96% junto ao fornecedor
FSA (Full Service Agreement). Neste sentido, a Companhia provisiona mensalmente a multa devida pelo
fornecedor sobre a menor disponibilidade do ativo, a ser recebida (caixa) ao final de cada ciclo anual.
• Mandacaru e Salinas: os Complexos, adicionados ao portfólio da Companhia em maio de 2021,
apresentaram uma geração bruta de 138,6 GWh no 3T22 e 262,0 GWh nos 9M22. Este desempenho mostrou-
se estável na comparação com o 3T21 (138,8 GWh), primeiro trimestre completo em que os parques foram
considerados no portfólio da Companhia. A melhora do índice de disponibilidade destes ativos – observado
a partir da análise comparativa entre os períodos – reflete o turnaround das operações, em linha com a
estratégia da Companhia que conduziu um amplo plano de manutenção, já em fase final.
Disponibilidade Média Consolidada4 (%) Média dos Ventos (m/s)
+1,2 p.p. +0,6 p.p. 9,7 8,9
9,5
89,0 88,4 89,0 8,4
87,8
8,9 8,5
8,7
8,5 8,0
8,2 7,3
7,6
7,7 7,0
8,0
6,8
3T21 3T22 9M21 9M22 3T21 3T22 9M21 9M22

Alto Sertão II Ventus Mandacaru Salinas

Para tabela com maiores detalhes da geração eólica por complexo nos períodos referenciados, clique aqui.

4 Disponibilidade média ponderada pela capacidade instalada de cada ativo


11
GERAÇÃO SOLAR
Os complexos solares registraram geração bruta de 140,5 GWh no 3T22 e 432,6 GWh nos 9M22, redução de 2,9%
em comparação com o 3T21 e aumento de 3,9% frente aos 9M21.

• Complexo Solar Guaimbê: a geração solar bruta totalizou 64,6 GWh, redução de 5,9% se comparado ao
3T21, decorrente da menor irradiância (190,1 W/m² no 3T22 vs. 210,1 W/m²no 3T21), parcialmente
compensada pela maior disponibilidade no período (98,2% no 3T22 vs. 96,7% no 3T21).
No 9M22, a geração bruta foi de 203,9 GWh, 0,8% superior em relação ao 9M21, explicado,
principalmente, pela maior disponibilidade da usina (98,8% nos 9M22 vs. 96,2% nos 9M21),
parcialmente mitigado pela menor irradiância (210,6 W/m² no 3T22 vs. 218,8 W/m²no 3T21).
• Complexo Ouroeste: a geração solar bruta totalizou 75,9 GWh no 3T22, sendo 34,6 GWh em Boa Hora
e 41,3 GWh em Água Vermelha, em linha com o volume de 76,0 GWh gerado no 3T21. O desempenho
das usinas reflete a menor irradiância observada no período (204,1 W/m² em Boa Hora e 205,9 W/m²
em Água Vermelha no 3T22 vs. 215,7 W/m² em Boa Hora e 218,6 W/m² em Água Vermelha no 3T21),
parcialmente mitigada pela maior disponibilidade em Água Vermelha (99,8% no 3T22 vs. 91,7% no 3T21).
Nos 9M22, a geração do Complexo Ouroeste totalizou 228,7 GWh, aumento de 6,8% em relação ao
9M21 (214,2 GWh). A variação decorre do aumento da disponibilidade de Água Vermelha, após
manutenções e trocas de equipamentos ocorridas ao longo de 2021 (disponibilidade consolidada de
97,6% nos 9M22 vs. 85,5% nos 9M21).
Disponibilidade Média Consolidada5 (%) Irradiância Média (W/m²)
218,6 222,0
+3,0 p.p. +3,9 p.p. 219,7
215,7 218,8
98,2 97,9 205,9
95,2 94,0 210,1 218,3 218,4
204,1

210,6
190,1
3T21 3T22 9M21 9M22
3T21 3T22 9M21 9M22
Guaimbê Boa Hora Água Vermelha

Para tabela com maiores detalhes da geração solar por complexo nos períodos referenciados, clique aqui.

5 Disponibilidade média ponderada pela capacidade instalada de cada ativo


12
DESEMPENHO COMERCIAL
MERCADO DE ENERGIA
O desempenho de 2022 continua evidenciando a recuperação da situação hidrológica adversa apresentada no
mesmo período de 2021, refletindo a melhora nas afluências e níveis dos reservatórios na comparação entre os
períodos.
Em 2021, a política de gestão adotada pelo ONS priorizou a preservação e recuperação dos níveis de reservatórios,
o que culminou em uma redução do despacho hídrico e um maior volume de despacho das usinas térmicas.
(despacho médio de 4,7 GWm ao longo do 3T22 e 5,9 GWm nos 9M22 vs. despacho médio de 15,7 GWm ao longo
do 3T21 e 12,6 GWm ao longo dos 9M21).
Em 2022, a afluência média do SIN foi maior (80,2% da MLT no 3T22 vs. 56,7% no 3T21 e 94,1% da MLT nos 9M22
vs. 64,8% nos 9M21). Como resultado, os reservatórios do Brasil registraram níveis de volume útil de 57,5% ao
final do 3T22, aumento de 33,4 p.p. em relação ao mesmo período de 2021 de 24,1%.

Nível de Reservatórios 73,5 74,7 73,7


(% volume útil, SIN) 69,9 67,7
62,9
62,6 57,5
49,6

45,2 44,4 42,2


33,2 30,8 38,5 39,7 33,2
35,4
24,7 29,3 25,9
24,1 25,3

Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2020 2021 2022 Últimos 10 anos

Período Úmido Período Seco Período Úmido

Afluência
(% MLT, SIN)

113,9
124,6 93,3 103,3
95,1 95,1
86,7 86,5 90,1 81,5 89,4 88,9

82,2 69,1
71,8
63,0 70,0 63,6 62,7 63,4
57,6 53,0 59,5

Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2020 2021 2022 Últimos 10 anos

Em função das explicações apresentadas acima, no trimestre, o GSF médio foi de 74,6% vs. 51,2% no 3T21. O
Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) para o submercado SE/CO manteve-se um pouco acima do valor limite
inferior estabelecido pela ANEEL para 2022 ao longo de todo o 3T22 (R$ 55,70/MWh), e foi 88,6% inferior ao valor
médio registrado no 3T21 (R$ 581,76/MWh).
GSF (%) Histórico PLD SE/CO (R$/MWh)
584 584 577
95,7 97,0 95,5
86,0 88,3
74,6 75,3 337
243 249
63,0 219
166
51,2 109 133
63 56 56 66 77 56 88 67
56
56 56
1T 2T 3T 4T 9M jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2021 2022 2021 2022

Fonte: CCEE

13
PORTFÓLIO DE ENERGIA
Evolução do portfólio6 - MWm
Nível de Contratação Hídrica 87% 82% 77% 57% 35%

Preço Médio (compra-venda)1 Hídrico (Bilateral) (R$/MWh) 152 181 171 162 158

Preço Médio de Venda¹ Eólico e Solar2 (R$/MWh) 254 239 219 219 219

Nível de Contratação Total 89% 81% 84% 71% 57%

Preço Médio¹ Consolidado (R$ /MWh) 179 200 191 190 195

1.942 1.942 1.942


1.826
1.593 256
231 74 480
119 713
9 162 98
942 130
992 695
1.056 428

484 670 670 670


367
2022 2023 2024 2025 2026
Energia Descontratada Convencional Energia Descontratada Incentivada Energia Hídrica Contratada Energia Eólica e Solar Contratadas

1 – Preço antes dos impostos, data base: set/22; 2 – Considera Complexo Eólico Tucano a partir do 2S22 e Complexo Eólico Cajuína a partir de 2023.
Nota: parcela descontratada considera energia disponível para venda + hedge GSF

BALANÇO ENERGÉTICO7 – Hídrico


Em 2022, a Companhia adotou a estratégia de seguir à alocação do MRE, mecanismo financeiro que visa o
compartilhamento do risco hidrológico.
Em função do cenário hídrico adverso durante o ano de 2021 e buscando mitigar os efeitos e recompor o lastro,
a Companhia realizou as compras antecipadas de energia para equalização do balanço energético de 2022, em
linha com sua estratégia comercial.
Para o 3T22, foram comprados 1.859 GWh a um preço médio de R$ 164/MWh vs. 1.143 GWh no 3T21 a um preço
médio de R$ 308/MWh. A maior venda de energia no trimestre, (4.009 GWh no 3T22 vs. 2.850 GWh no 3T21)
reflete a gestão comercial ativa da Companhia na busca por oportunidades que possam complementar o portfólio
e maximizar o resultado.

6 Valores reais com base em setembro de 2022. Exclui perdas e consumo interno (garantia física líquida)
7
Balanço gerencial, considerando operações intercompany
14
3T21 3T22

GWh R$/MWh GWh R$/MWh

GF após
3.051 2.717
perdas e MRA

GSF 1.384 689

Alocação
1.667 2.028
de Energia

Compras 1.143 308


129 1.859 164
129

Vendas 2.850 180 4.009 166

Spot -40 582 -122 67

Para os 9M22, foram comprados 3.707 GWh a um preço médio de R$ 193/MWh vs. 2.325 MWh dos 9M21 a um
preço médio de R$ 238/MWh. As vendas do acumulado de 2022 até setembro atingiram 10.753 GWh a um preço
médio de R$ 175/MWh vs. 8.777 GWh nos 9M21 a um preço médio de R$ 170/MWh.
9M21 9M22

GWh R$/MWh GWh R$/MWh

GF após
7.821 7.727
perdas e MRA

GSF 1.826 901

Alocação
5.996 6.826
de Energia

Compras 2.325 238


129 3.707 193
129

Vendas 8.784 170 10.753 175

Spot -464 232 -219 67

15
DESEMPENHO FINANCEIRO CONSOLIDADO
Em função da criação e listagem da AES Brasil Energia S.A. em 29 de março de 2021, as informações apresentadas
ao longo deste documento contemplam os resultados da AES Brasil Energia S.A. referentes ao 3T22 e 9M22, e
resultado proforma considerando a AES Tietê Energia no 1T21 para compor os 9M21.

RECEITA E MARGEM LÍQUIDA


A receita operacional líquida totalizou R$ 786,6 milhões no 3T22, aumento de 18,9% em comparação com o 3T21.
A margem operacional líquida 8 da AES Brasil totalizou R$ 427,4 milhões no 3T22, crescimento de 102,8% na
comparação com o 3T21 (R$ 210,7 milhões). Este desempenho é explicado, principalmente, pelo:
• Hídrica: ganho de R$ 150,8 milhões na margem, decorrente, principalmente, do aumento de 29% na
receita de energia vendida no 3T22, combinado com a redução de 13% no custo de compra de energia
na comparação entre os períodos, em função da melhora no cenário hidrológico durante 2022.
No 3T22 foram vendidos 4.008.850 MWh a um preço de R$ 166/MWh versus 2.849.566 MWh a
R$ 180/MWh no 3T21. Foram comprados 1.859.463 MWh a um preço de R$ 164/MWh no 3T22 e
1.142.709 a R$ 308/MWh no 3T21;
Adicionalmente, no 3T22 houve a venda de 465.807 créditos de carbono, oriundos dos parques Eólicos
de Mandacaru e Salinas, correspondente a R$ 7,9 milhões de receita reconhecida no período.
• Eólica: incremento de R$ 30,2 milhões na margem decorrente, principalmente, da melhora na
performance operacional dos ativos, com aumento do volume de energia gerado (+3%), refletindo a
melhor disponibilidade dos ativos;
• Tucano: reconhecimento de multa por atraso recebida no Complexo (PPA Anglo) de R$ 26,9 milhões,
prevista no contrato de fornecimento de equipamentos, parcialmente compensado pelo custo de
transmissão do ativo;
• Solar: aumento de R$ 9,6 milhões na margem, refletindo o aumento da disponibilidade dos parques
na comparação com o 3T21. Vale destacar que no 3T21, o desempenho do portfólio solar havia sido
impactado por programas de manutenção corretivos em algumas máquinas
Margem Líquida – Trimestre (R$ milhões)
+102,8%
23,2 9,6 2,9 427,4
30,2
150,8

210,7

3T21 Hídrica¹ Eólica Tucano Solar Outros² 3T22


1 – Exclui receita de R$ 21,5 milhões referente a venda de energia para AES Comercializadora; 2 – Considera subsidiárias integrais

8 Receita líquida menos compra de energia para revenda, taxas e encargos setoriais.
16
Nos 9M22, a receita operacional líquida totalizou R$ 2.084,3 milhões, representando um aumento de 17,1% em
comparação aos 9M21 (R$ 1.779,9 milhões).
A margem operacional líquida9 da AES Brasil totalizou R$ 1.213,1 milhões nos 9M22, crescimento de 19,9% em
relação a margem operacional dos 9M21. Importante destacar que no 1T21 houve o reconhecimento de R$ 35,9
milhões relativo ao ressarcimento do GSF, impactando positivamente a margem dos 9M21.
A variação entre os períodos pode ser explicada, principalmente, pela:
• Hídrica: aumento de R$ 137,8 milhões, decorrente, principalmente, do aumento de 26% na receita
energia vendida no 9M22, parcialmente compensado pelo maior custo de compra de energia no
período, em função das compras realizadas em 2021 para mitigar o risco associado ao déficit do
balanço energético, na época, causado pelo GSF em um cenário de crise hídrica.
No 9M22 foram vendidos 10.752.859 MWh a um preço de R$ 175/MWh versus 8.783.964 MWh a
R$ 169/MWh no 9M21. Foram comprados 3.707.218 MWh a um preço de R$ 193/MWh no 9M22 e
2.324.628 a R$ 238/MWh no 9M21.
Adicionalmente, no 3T22 houve a venda de 465.807 créditos de carbono, oriundos dos parques Eólicos
de Mandacaru e Salinas, correspondente a R$ 7,9 milhões de receita reconhecida no período;
• Eólica: aumento de R$ 29,7 milhões na margem, reflexo, principalmente, da recuperação da
performance operacional dos ativos e correção dos contratos pela inflação, mitigando o impacto do
menor regime de ventos entre períodos;
• Tucano: aumento na margem, decorrente da multa por atraso recebida pelo Complexo Tucano (PPA
Anglo) no 3T22 no montante de R$ 26,9 milhões, parcialmente compensado pelo custo de transmissão
do ativo;
• Solar: aumento de R$ 20,7 milhões na margem pela melhor disponibilidade dos Complexos Guaimbê
e Água Vermelha, parcialmente suavizado pela menor irradiância no período.
Margem Líquida – Acumulado (R$ milhões)
+19,9%
23,2 20,7 1.213,1
137,8 29,7
-10,0
1.011,7

9M21 Hídrica¹ Eólica Tucano Solar Outros² 9M22

1 – Exclui receita de R$ 21,5 milhões referente a venda de energia para AES Comercializadora; 2 – Considera subsidiárias integrais

9 Receita líquida menos compra de energia para revenda, taxas e encargos setoriais.
17
CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS
Os custos operacionais e despesas gerais e administrativas (excluindo depreciação e amortização) totalizaram
R$ 143,6 milhões no 3T22, crescimento de 21,3% em relação ao mesmo período de 2021, quando atingiu R$ 118,4
milhões. Abaixo, os principais destaques sobre as variações na comparação trimestral:
• Inflação: R$ 13,4 milhões referente ao impacto da inflação em todos dos custos e despesas do período;
• Não recorrentes: apuração de ganho de R$ 2,7 milhões em 2021, em decorrência da baixa de ativos na
AES Operações (ativos hídricos);
• Manutenções: crescimento de R$ 4,8 milhões nos custos com manutenção dos ativos, principalmente,
em função do aumento do preço dos componentes e custos de importação desses equipamentos;
• Modernização de sistemas: aumento de R$2,3 milhões em função de despesas com TI, referentes ao
projeto de modernização e melhoria dos sistemas;
• Outros: aumento de R$ 2,0 milhões, principalmente, pela atualização do risco dos contratos de seguro da
Companhia, no montante de R$ 1,3 milhões e despesas de R$ 0,6 milhões com deslocamentos e viagens,
reflexo da retomada das agendas presenciais pós pandemia do Covid-19.

Custos e Despesas Operacionais – Trimestre (R$ milhões)


2,3 2,0 143,6
4,8
2,7
13,4

118,4

3T21 Inflação Não Recorrentes Manutenções Modernização Outros 3T22


de Sistemas

Nos 9M22, os custos operacionais e despesas gerais e administrativas (excluindo depreciação e amortização)
totalizaram R$ 389,3 milhões, 23,7% superior ao reportado no 9M21 (R$ 314,7 milhões).
• Inflação: +R$ 37,9 milhões referente ao impacto da inflação em todos dos custos e despesas do período;
• Crescimento: gastos relacionados aos contratos de operação e manutenção, TI e auditoria dos Complexos
Mandacaru e Salinas, que começaram a fazer parte do portfólio da Companhia em maio de 2021;
• Não recorrentes:
o 9M21: refere-se, principalmente, à venda dos ativos de Geração Distribuída (GD) no montante de
R$ 9,6 milhões e ao recebimento de R$ 1,8 milhões relativos a rateio oriundo do processo de
falência do Banco Santos;
o 9M22: aumento de R$ 2,6 milhões, reflexo, principalmente, da: (i) manutenção bianual das
eclusas no valor de R$ 13,0 milhões; (ii) ajuste de R$ 1,7 milhão relacionado ao fechamento do
preço de compra do Complexo Solar Guaimbê Holding pela Companhia; compensado pela
reversão de R$ 10,0 milhões de provisão para crédito de liquidação duvidosa (PCLD) e pelos
créditos de PIS/COFINS de anos anteriores, no montante de R$ 3,4 milhões;

18
• Holding: gastos relacionados à contratação de consultoria, publicações, assessoria legal e ambiental,
seguro de executivos e remuneração da administração.
Custos e Despesas Operacionais – Acumulado (R$ milhões)
12,1 3,2 389,3
11,4 2,6
7,4
37,9

314,7

9M21 Inflação Crescimento Não Não Holding Outros 9M22


Recorrentes Recorrentes
(9M21) (9M22)

EBITDA
A AES Brasil registrou um EBITDA de R$ 283,8 milhões no 3T22, valor 207,5% superior quando comparado ao 3T21.
• Hídrica: resultado positivo de R$ 140,3 milhões, revertendo o resultado negativo reportado no 3T21, de
R$ 22,1 milhões, reflexo da melhora do cenário hídrico entre períodos e consequente redução (-13%) do
custo com compra de energia no trimestre;
• Eólico: incremento de R$ 22,6 milhões, refletindo a recuperação da performance operacional dos ativos
e correção dos contratos pela inflação, mitigando o impacto do menor regime de ventos entre períodos;
• Tucano: reconhecimento de multa por atraso recebida pelo Complexo Tucano (PPA Anglo) no 3T22 no
montante de R$ 26,9 milhões, parcialmente compensado pelo custo de transmissão do ativo;
• Solar: incremento de R$ 10,4 milhões, em função do aumento da disponibilidade dos ativos e da
atualização anual dos contratos.
EBITDA – Trimestre (R$ milhões)

+207,5%
23,2 10,4 283,8
22,6 -5,0
140,3

92,3

3T21 Hídrica Eólica Tucano Solar Outros¹ 3T22

1 – Considera as subsidiárias integrais e custos e despesas AES Brasil Energia S.A. controladora

Nos 9M22, o EBITDA atingiu R$ 823,8 milhões, com aumento de 24,6% em relação ao EBITDA ajustado pelo
ressarcimento do GSF dos 9M21 (R$ 661,1 milhões). A variação entre os períodos pode ser explicada:

19
• Hídrica: aumento de R$ 77,0 milhões em função, do aumento na receita energia vendida no 9M22,
parcialmente compensado pelo maior custo de compra de energia no período, em função das compras
realizadas em 2021 para mitigar o risco associado ao déficit do balanço energético, na época, causado
pelo GSF em um cenário de crise hídrica;
• Eólico: incremento de R$ 10,2 milhões, refletindo a recuperação da performance operacional dos ativos
e correção dos contratos pela inflação, mitigando o impacto do menor regime de ventos entre períodos;
• Tucano: reconhecimento de multa por atraso recebida pelo Complexo Tucano (PPA Anglo) no 3T22 no
montante de R$ 26,9 milhões, parcialmente compensado pelo custo de transmissão do ativo;
• Solar: incremento de R$ 42,3 milhões, decorrente do melhor desempenho operacional dos ativos e da
atualização anual dos contratos.
EBITDA – Acumulado (R$ milhões)
+24,6%
42,3 10,0 823,8
23,2
77,0 10,2
697,0
661,1
-35,9

9M21 Ressarcimento Hídrica Eólica Tucano Solar Outros¹ 9M22


GSF (1T21)
1 – Considera as subsidiárias integrais e custos e despesas AES Brasil Energia S.A. controladora

RESULTADO FINANCEIRO
O resultado financeiro líquido registrado pela Companhia no 3T22 foi negativo em R$ 35,8 milhões. Abaixo
destacamos a abertura na comparação entre os períodos:

Resultado Financeiro (R$ milhões) 3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var

Receitas Financeiras 56,2 115,3 105,3% 78,9 273,7 246,9%


Renda de Aplicações Financeiras 11,0 111,2 909,1% 33,1 232,4 601,2%
Renda de Cauções e Depósitos Judiciais 2,7 7,9 192,6% 4,2 20,5 384,6%
Outras 2,1 (4,0) -287,3% (0,8) (3,5) 315,3%
Variações Cambiais 40,3 0,1 -99,8% 42,4 24,3 -42,6%
Despesas Financeiras (166,0) (151,1) -9,0% (409,5) (511,4) 24,9%
Encargos de Dívida (106,7) (213,5) 100,1% (230,1) (541,7) 135,4%
Atualização Monetária Debênture / Empréstimos (48,6) 27,2 -155,9% (126,5) (95,9) -24,2%
Atualizações Monetárias¹ (9,5) (8,8) -7,0% (39,4) (29,4) -25,3%
Juros Capitalizados trans. p/o imobilizado/intangível em curso 19,0 52,9 179,1% 29,7 205,9 594,3%
Outras (7,1) (8,3) 17,5% (22,8) (44,4) 95,1%
Variações Cambiais (13,1) (0,5) -96,2% (20,4) (5,9) -71,1%
Resultado Financeiro (109,9) (35,8) -67,4% (330,6) (237,6) -28,1%

1 – Considera atualização monetária sobre obrigações de aquisições e processos judiciais

20
Receitas Financeiras
As receitas financeiras somaram R$ 115,3 milhões no 3T22 (vs. R$ 56,2 milhões no 3T21) e R$ 273,7 nos 9M22 (vs.
R$ 78,9 milhões nos 9M21).
O aumento na comparação de ambos os períodos pode ser explicado, principalmente, pelo crescimento nos
rendimentos de aplicações financeiras decorrente: (i) da melhor estratégia de alocação dos recursos disponíveis
para aplicação; (ii) maior taxa média de rentabilidade no período (CDI 3T22: 13,47% vs. 3T21: 4,86% e 9M22:
12,06% vs. 9M21: 3,41%).; e (iii) maior saldo médio de caixa na comparação entre os períodos.

Despesas Financeiras
As despesas financeiras somaram R$ 151,1 milhões no 3T22 (vs. R$ 166,0 milhões no 3T21) e R$ 511,4 milhões
nos 9M22 (vs. R$ 409,5 milhões nos 9M21). O aumento na comparação de ambos os períodos pode ser explicado,
principalmente, por:
• Encargos de Dívida: crescimento em função do maior saldo de dívida entre períodos e pelo maior custo
CDI dos últimos 12 meses (CDI médio 2022: 10,95% vs. 3,03% em 2021)10 impactando 48% da dívida
atrelada a esse indexador;
• Atualização Monetária de Empréstimos e Debêntures: redução em função da deflação registrada no
3T22, impactando 46% das dívidas indexada ao IPCA;
• Juros Capitalizados: aumento nos juros transferidos para o imobilizado e intangível em curso, decorrente
dos financiamentos tomados a nível da AES Brasil Operações para a construção dos Complexos Eólicos
Tucano e Cajuína.

EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
O resultado da equivalência patrimonial foi positivo em R$ 15,2 milhões no 3T22 e positivo em R$ 18,1 milhões
nos 9M22. A variação apresentada em ambos os períodos é explicada, principalmente, pelo reconhecimento de
multa contratual decorrente do atraso de fornecedor do Complexo Eólico de Tucano, nos montantes de R$ 19,4
milhões no 3T22 e R$ 26,3 milhões no acumulado do ano, referente à Joint Venture com a Unipar (50% AES Brasil).
A multa é calculada por dia de atraso, por aerogerador.

Importante destacar, que ao final do 3T22, a evolução geral do projeto ultrapassa 87% e os primeiros 09
aerogeradores entraram em operação comercial a partir de julho. A estimativa é que o Complexo esteja 100% em
operação comercial no 1T23.

LUCRO LÍQUIDO
Em função dos fatores mencionados acima, o lucro líquido consolidado foi de R$ 102,6 milhões no 3T22 (vs. R$
429,5 milhões no 3T21) e de R$ 182,8 milhões nos 9M22 (vs. R$ 549,1 milhões nos 9M21).

10 Indexadores referentes ao período de outubro de 2021 a setembro de 2022


21
Importante destacar que o lucro líquido de 2021 reflete: (i) constituição do imposto de renda diferido ativo,
ocorrido no 3T21 no montante de R$ 532,6 milhões e (ii) além do impacto do ressarcimento do GSF no 1T21,
líquido de imposto de renda no montante de R$ 23,7.
Ajustados por estes efeitos, o lucro líquido apresentou crescimento de R$ 205,7 milhões e R$ 190,0 milhões no
3T22 e 9M22, respectivamente, quando comparado aos mesmos períodos do ano anterior.

ENDIVIDAMENTO
Dívida Bruta e Líquida
A AES Brasil encerrou o 3T22 com dívida bruta11 consolidada de R$ 7.922,8 milhões, 33,0% superior à posição de
dívida bruta do mesmo período de 2021 (R$ 5.955,0 milhões). O aumento do saldo é explicado pela: (i) 1ª emissão
de Debêntures da AES Brasil no montante de R$ 1,1 bilhão ocorrida no 1T22, além dos movimentos citados abaixo
na AES Brasil Operações.
A AES Brasil Operações encerrou o trimestre com dívida bruta 12 consolidada de R$ 6.867,4 milhões, 15,3%
superior à posição de dívida bruta do mesmo período de 2021. A variação entre os períodos é explicada,
principalmente, pelo: (i) pré-pagamento da 7ª emissão de debêntures, no montante de R$ 767 milhões, em
novembro de 2021; (ii) captação da 1ª debênture de Tucano Holding II, de R$ 300 milhões, desembolsada no 4T21;
(iii) desembolso do BNB no Complexo Tucano II, no montante de R$ 333 milhões em 2022; (iv) captação da 1ª
debênture de Cajuína AB1, de R$ 950 milhões; e (v) juros e atualizações monetárias incorridos entre os períodos.
Em 30 de setembro de 2022, o caixa13 consolidado da AES Brasil somava R$ 3.455,4 milhões, e a AES Brasil
Operações finalizou o trimestre com um caixa de R$ 3.302,1 milhões. Desta forma, a dívida líquida consolidada
da AES Brasil e da AES Operações é apresentada conforme abaixo:
AES Brasil AES Operações
Endividamento (R$ milhões)
3T21 3T22 Var 3T21 3T22 Var
Dívida Bruta 5.955,0 7.922,8 33,0% 5.955,0 6.867,4 15,3%
Disponibilidades 1.001,0 3.455,4 245,2% 999,0 3.302,1 230,5%
Dívida Líquida 4.954,0 4.467,4 -9,8% 4.956,0 3.565,3 -28,1%

Covenants - AES Brasil Operações


Após renegociação com os credores da 5ª e 6ª emissões de debêntures da AES Brasil Operações, em setembro de
2021, e com o pré-pagamento da 7ª emissão de debêntures no 4T21, o limite mais restritivo estabelecido pelas
dívidas da Companhia, que era de 3,85x, passou a ser de 4,5x para a razão entre a Dívida Líquida e o EBITDA
Ajustado. Adicionalmente, o índice de cobertura de juros, o qual não poderia ser inferior a 1,50x, passou a ser
1,25x.
O índice de alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA Ajustado) encerrou o segundo trimestre de 2022 em 3,35x. Já o
índice de cobertura de juros (EBITDA Ajustado/Despesas Financeiras) fechou o 2T22 em 2,54x.
Para fins de cálculo dos covenants da AES Brasil Operações, de acordo as definições dos instrumentos financeiros,
deve ser considerado a razão entre dívida líquida - composta pelo somatório de empréstimos, financiamentos,

11 Considera Empréstimos, financiamentos e debêntures do passivo circulante e não circulante, liquidas das operações de derivativos a elas relacionadas
12 Considera Empréstimos, financiamentos e debêntures do passivo circulante e não circulante, liquidas das operações de derivativos a elas relacionadas
13 Considera caixa, equivalente de caixa e garantias de financiamento

22
debêntures, e instrumentos de derivativos para eliminação do risco cambial das dívidas offshore, menos o saldo
de caixa e equivalente de caixa, investimentos de curto prazo e contas reservas vinculadas às dívidas.
O EBTIDA Ajustado adiciona o EBITDA proforma dos ativos adquiridos relativo aos últimos 12 meses ao racional
de cálculo, anteriores à data de liquidação da respectiva aquisição.

AES Brasil Operações ($ milhões) 3T21 3T22 Var

Dívida Bruta 5.955,0 6.867,4 15,3%


Disponibilidades 999,0 3.302,1 230,5%
Dívida Líquida 4.956,0 3.565,3 -28,1%
EBITDA (Últimos 12 meses) 1.875,1 1.063,2 -43,3%
EBITDA Ajustado¹ (Últimos 12 meses) 1.928,8 1.063,2 -44,9%
Covenant - Dívida Líquida/EBITDA (x) 2,57 3,35 0,78

¹ considera últimos 12 meses dos projetos adquiridos

Cronograma de amortização da dívida14 (R$ milhões)


3.455 AES Brasil Energia AES Brasil Operações
3.302

2.351
2.107 2.351

1.047
Bridge
1.161
1.019 1.047 1.161
1.019
672 672
443 1.060 443
168 168

Caixa 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028-2045 Caixa 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028-2045

AES Brasil Energia Dívida Bruta por Indexador15 AES Brasil Operações

Custo16 (%)

14 Fluxo composto por amortização de principal, líquido de operações de derivativos relacionadas


15 Valores relativos ao principal. Não considera arrendamento financeiro.
16 Custo médio da dívida calculado com CDI de fechamento e IPCA acumulado (últimos 12 meses) na data de fechamento do trimestre. Tanto custo quanto

prazo referem-se ao principal da dívida.


23
Prazo Médio (anos)

Ratings
A Companhia possui os seguintes ratings em escala Nacional:

Empresa Agência Classificação - perspectiva Atualização


AES Brasil Operações Moody’s AA.br – perspectiva estável out/22
AES Brasil Operações Fitch AA(bra) – perspectiva positiva abr/22
Alto Sertão II Fitch AAA(bra) – perspectiva estável mar/22
Tucano Holding II Fitch AA(bra) – perspectiva estável out/22
AES Cajuína AB1 Fitch AA(bra) – perspectiva estável out/22
Para tabela com a abertura das dívidas da Companhia, clique aqui.
Para retornar ao Índice do documento, clique aqui.

INVESTIMENTOS
Em função do crescimento da Companhia e consequente avanço na construção dos Complexos Eólicos Tucano e
Cajuína, os investimentos da AES Brasil totalizaram R$ 695,9 milhões no 3T22 e R$ 1.420,6 milhões no 9M22.
O crescimento na linha de modernização e manutenção reflete, principalmente, a estratégia de turnaround dos
ativos eólicos adquiridos via M&A – Complexos Eólicos Mandacaru e Salinas (+R$ 17,4 milhões entre trimestres e
+R$ 38,8 milhões no acumulado).

Investimentos (R$ milhões) 3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var

Modernização e Manutenção 32,1 49,5 54,1% 75,0 113,9 51,8%


Expansão 205,5 646,4 214,6% 512,9 1.306,7 154,8%
Geração Distribuída 0,0 0,0 - 6,0 0,0 -100,0%
Complexo Tucano 68,6 216,9 216,2% 142,2 472,8 232,5%
Complexo Cajuína 136,9 429,5 213,8% 364,8 833,9 128,6%
Total Investimentos 237,6 695,9 192,9% 588,0 1.420,6 141,6%
Juros e Mão de Obra Capitalizados 0,5 0,1 -81,0% 0,7 0,6 -14,7%
Total Investimentos + Juros de Capitalização 238,1 696,0 192,3% 588,7 1.421,2 141,4%

Para retornar ao Índice do documento, clique aqui.

FLUXO DE CAIXA GERENCIAL


No 3T22, a AES Brasil apurou uma geração de caixa operacional de R$ 327,1 milhões, R$ 284,8 milhões acima do
montante observado no 3T21 (R$ 42,3 milhões). A evolução na geração de caixa operacional, reflete,
24
principalmente, a melhora no cenário hidrológico durante o ano de 2022 e a performance operacional dos ativos
eólicos e solares.
Ao analisarmos a performance do caixa sob a perspectiva dos últimos 9 meses, a AES Brasil captou um total de R$
1,6 bilhão, direcionados as construções dos Complexos eólicos Tucano e Cajuína. Adicionalmente, a AES Brasil
concluiu nova fase do acordo de investimento com o Itaú Unibanco S.A. para emissão de ações preferenciais na
Guaimbê Holding S.A., no montante de R$ 360,0 milhões.
Em outubro, a Companhia concluiu o aumento de capital privado, o qual gerou um caixa de R$ 916,8 milhões em
setembro e R$ 107,6 milhões no início de outubro, totalizando o montante de R$ 1.024,4 milhões, destinado a
aquisição dos novos ativos eólicos, anunciada em agosto, com o desembolso previsto para acorrer até o 1T23.
Fluxo de Caixa Gerencial17 (R$ milhões)

3T22 9M22

jun-22 3.423 dez-21 1.712

Geração de Caixa Geração de Caixa


Operacional 327 Operacional 895

Captações e Captações e
141 1.573
Amortizações Amortizações
Aumento de Aumento de
Capital Privado 917 Capital Privado 917

FONTES Aportes¹ 42 Aportes¹ 402

USOS Fluxo com Fluxo com


70 70
Parceiros² Parceiros²
Investimentos
807 Investimentos 1.380
e Aportes²
Despesa Despesa
168 357
Financeira Financeira

Dividendos 54 Dividendos 54

Outros³ 14 Outros³ 182

set-22 3.455 set-22 3.455

1 – Aporte de parceiros de autoprodução (BRF e Unipar); 2 – Parcela destinada ao sócio preferencialista da Guaimbê Holding; 3 – Estoque e Impostos.

CONTEXTO REGULATÓRIO
REVISÃO ORDINÁRIA DE GARANTIA FÍSICA
Em 11 de agosto, o MME publicou a Portaria Nº 676/2022, que estabeleceu os documentos e procedimentos para
abertura da Consulta Pública nº132/2022 que trata da revisão ordinária de garantia física das usinas
hidroelétricas despachadas centralizadamente no SIN, para início de vigência em 1º de janeiro de 2023. O
processo de revisão de garantia física é esperado e regulamentado como processo ordinário a cada cinco anos,
com o objetivo de adequar o parque gerador existente à sua capacidade efetiva de geração de acordo com as
evoluções naturais do sistema, além de ser parâmetro de definição da participação de cada usina no MRE.

17 Fluxo de caixa consolidado da AES Brasil Energia e subsidiárias para 2022


25
O cálculo de Garantia Física de energia das plantas de geração e suas revisões são de competência da Empresa de
Pesquisa Energética (EPE) e seguem metodologias e critérios definidos pelo MME. Já o processo de revisão
periódica (a cada cinco anos) foi estabelecido para incentivar o equilíbrio entre as usinas participantes do MRE.
Cerca de 70% das usinas passíveis de revisão atingiriam o limite máximo de redução durante o processo ordinário
(das 122 usinas consideradas no processo, 86 atingiram o limite de 5,0% de redução de garantia física e 01 atingiu
o limite de 10,0% em relação ao valor inicial do contrato de concessão). Neste processo, o conjunto de usinas
hidrelétricas da AES Brasil apresentou uma redução total ponderada de 4,7%.
Uma vez que as usinas da Companhia fazem parte do MRE, seu resultado decorre do desempenho conjunto de
todas as usinas pertencentes a esse mecanismo de forma proporcional à participação de cada agente neste
sistema. Considerando os dados preliminares que constam na referida Consulta Pública nº132/2022 aliados à
redução da Garantia Física das usinas da Eletrobras, ocorrida no âmbito da Lei da Privatização (14.182/2021) e
vigente a partir de janeiro de 2023, estima-se que a participação da AES Brasil no MRE será de 2,18%, uma redução
de 0,02 p.p. frente aos 2,20% anteriores à revisão ordinária, o que corresponde a uma perda de energia alocada
de, aproximadamente, 8MWm ao ano para a Companhia, considerando a geração do MRE ajustada pelo impacto
do GSF esperado. Valorado ao PLD médio dos últimos 12 meses encerrados em 30 de setembro de 2022, o impacto
na receita da Companhia seria de aproximadamente R$ 5,5 milhões.
Abaixo, destacamos a variação de Garantia Física para cada usina hidroelétrica da Companhia:
G. Física Atual G. Física Revisada
Usinas AES Brasil Var.
(MWm) (MWm)

Água Vermelha 731,0 694,5 -5,0%


Limoeiro (A.S. Oliveira) 14,8 14,3 -3,4%
Bariri (A.S. Lima) 62,7 59,6 -5,0%
Barra Bonita 47,8 46,8 -2,1%
Caconde 33,2 32,5 -2,1%
Euclides da Cunha 49,2 47,2 -4,1%
Ibitinga 70,3 66,8 -5,0%
Nova Avanhandava 132,1 125,5 -5,0%
Promissão 98,8 93,9 -5,0%

Por fim, é importante mencionar que os valores finais no âmbito da Revisão Ordinária de Garantia Física ainda
não foram publicados pelo MME até a elaboração deste documento.

ABERTURA DO MERCADO
O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou, em 28 de setembro, a Portaria nº 50/2022, que permite aos
consumidores do mercado de alta tensão serem elegíveis à migração para o Mercado Livre e possam escolher seu
fornecedor de energia a partir de 01 de janeiro de 2024.
A liberalização representa continuidade dos esforços envidados pelo Ministério de Minas e Energia na abertura
de mercado, conforme previsto em regulamentações anteriores e um avanço em relação ao limite de 500 kW
definido pela Lei nº 9.427/1996, ao permitir que qualquer consumidor atendido por tarifa do Grupo A
(consumidores de alta tensão), independentemente do seu consumo, possa escolher o seu fornecedor. Também
é claramente definida a segregação entre atacado e varejo em que os consumidores com carga individual inferior
a 500kW devem ser representados por agente varejista perante a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE).

26
A abertura do mercado traz maior liberdade de escolha aos consumidores, com a consequente ampliação do
ambiente competitivo, ao permitir o acesso a outros fornecedores, além das distribuidoras. Com essa medida, o
MME calculou que aproximadamente 106 mil unidades consumidoras estarão aptas a migrar para o mercado livre.
A AES Brasil destaca sua atuação no mercado varejista e ocupa posição relevante dentre os demais agentes. Desde
a sua criação, em 2019, o braço varejista da AES Brasil fechou contratos com 58 clientes, totalizando 41 MWm
comercializados.
O próximo passo de abertura do mercado para a baixa tensão, incluindo clientes residenciais, por exemplo, deverá
permitir o acesso de todos os consumidores de energia elétrica ao mercado livre. Em se tratando de uma mudança
necessária, porém de grande relevância e que carece de ampla discussão com o mercado, o MME abriu a Consulta
Pública 137/2022, visando obter subsídios para a regulamentação da abertura total do mercado, de forma que o
consumidor residencial possa escolher o seu fornecedor livremente a partir de 2028, e o comercial e o industrial
a partir de 2026.

HIDROGÊNIO VERDE
Em 04 de agosto, foi publicada a Resolução nº 6, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que institui
o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), e estabelece a estrutura de governança do programa.
O Brasil tem grande potencial de se destacar nesse mercado, dada a forte exposição de sua matriz energética às
fontes renováveis de energia. Além disso, o país possui ampla gama de recursos energéticos que podem ser
utilizados para a produção de hidrogênio de baixo carbono, por diversas rotas tecnológicas.
Neste contexto, a AES Brasil assinou, em 22 de setembro, um pré-contrato com o Porto de Pecém, para avançar
com os estudos de viabilidade para produção de até 2 GW de hidrogênio verde e de até 800 mil toneladas de
amônia verde por ano, seguindo sua estratégia de contribuir para descarbonização da matriz energética global,
por meio de novas tecnologias que ajudem os clientes nesta missão. A Companhia tem interesse em viabilizar a
uma planta de produção e comercialização de hidrogênio verde e seus derivados utilizando o terminal cearense
para exportar sua produção, principalmente, para países da Europa.
O hidrogênio verde é um vetor energético que desperta o interesse do mercado na medida em que as metas de
redução de emissões de gases de efeito estufa se tornaram mais desafiadoras e seu custo vem se tornando
competitivo, com a diversificação de fontes de energias renováveis.

NOVA METODOLOGIA DE CÁLCULO DA TUST


Em 20 de setembro, a ANEEL aprovou a nova metodologia de cálculo da TUST (Tarifa de Uso do Sistema de
Transmissão) e da TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição) para centrais de geração conectadas em 88 kV
e 138 kV (TUSD-g).
De acordo com a ANEEL, ao longo de cinco ciclos tarifários (a partir de 2023 e até 2028), será promovida uma
gradual intensificação do sinal locacional. Segundo a autarquia, o que se espera é um realinhamento dos custos
de transmissão, de modo a equilibrar a cobrança pelo uso do Sistema Interligado Nacional (SIN), fazendo com que
os agentes que mais a oneram paguem proporcionalmente mais pelo serviço.
A nova metodologia começará a ser aplicada no ciclo tarifário 2023/2024 e, neste primeiro ano de transição, 90%
do cálculo seguirá a contabilização de custos anteriormente aplicada e 10% do cálculo seguirá o novo modelo,
orientado pela intensificação do sinal locacional. A aplicação desta nova metodologia será aumentada em 10
pontos percentuais a cada ciclo, até chegar, no ciclo 2027/2028, ao equilíbrio de 50% da metodologia de cálculo
considerando o Despacho Regional, e 50% o Despacho Nacional. As tarifas flutuantes serão calculadas

27
considerando os limites superiores e inferiores móveis, associados à variação da inflação medida pelo Índice de
Atualização da Transmissão (IAT) e ao risco imediato de expansão da transmissão.
A norma passou por três fases de consulta pública, e um dos pontos contestados neste processo referiu-se à
aplicação da nova metodologia tanto aos geradores existentes, quanto aos novos empreendimentos de geração,
resultado principal da 2ª fase da consulta pública, definido em junho de 2022, quando a ANEEL regulamentou o
fim da estabilização das tarifas, então, afetando os projetos existentes. Assim, ao final da estabilização das tarifas
de cada projeto, mesmo estes sendo existentes, será aplicada a nova metodologia respeitados os pesos definidos
na transição em cada ciclo tarifário até o ciclo 2027/2028.
No mesmo dia 20 de setembro, a ANEEL foi notificada de uma ação judicial na qual a ABEEólica tentou suspender,
sem sucesso, a aprovação do fim da estabilização, sob os argumentos de violação ao princípio do contraditório,
ilegalidade, insegurança jurídica por uma suposta mudança brusca da regra sem transição, além da tese de direito
adquirido à tarifa estabilizada. Não houve até o momento decisão liminar em caráter de urgência, no entanto, a
ação segue para discussão de mérito até o trânsito em julgado.
A mudança de metodologia e fim de estabilização das tarifas pode impactar as usinas do portfólio da AES Brasil
de forma gradativa, considerando o ciclo de estabilidade de cada usina e de forma positiva ou negativa a depender
da localização de cada ativo. A magnitude de tal impacto se encontra em fase de avaliação interna, haja vista que
diversos aspectos, no tocante à regulamentação das operações atuais e para empreendimentos futuros devem
ser pontuados, a saber:
• Os projetos atuais possuem em suas outorgas/autorizações o conceito de tarifas estabilizadas por 10
ciclos tarifários. Após este período, suas tarifas passarão a ser anualmente recalculadas, conforme a nova
metodologia aprovada pela ANEEL, sendo necessária avaliação do panejamento futuro de expansão da
geração e transmissão para estimativa de novas tarifas;
• A nova regra será diretamente aplicada aos novos projetos/outorgas, sem a estabilização dos ciclos
tarifários supracitada;
• As tarifas de transmissão, que serão calculadas anualmente, serão limitadas a um teto e um piso móvel,
que considera o valor das tarifas em uma barra de transmissão e uma tarifa contratada associados à
variação da inflação, medida por um Índice de Atualização da Transmissão (IAT), além de um risco de
expansão da transmissão (fixado em 5%);
• Adicionalmente, está prevista a combinação entre o Despacho Regional, metodologia anteriormente
vigente, e o Despacho Nacional, que intensifica o sinal locacional.
A AES Brasil possui tarifa estabilizada para o seu portfólio – portanto, não passível das alterações apontadas acima
até o respectivo vencimento do período de estabilização – conforme a seguir:
• Portfolio hídrico: não possui tarifa estabilizada;
• Complexo Alto Sertão II: 36% do portfólio com fim do período de estabilização no Ciclo 2021-2022, e os
64% restantes no Ciclo 2022-2023;
• Complexo Ventus: fim do período de estabilização no Ciclo 2021-2022;
• Complexos Mandacaru e Salinas: fim do período de estabilização no Ciclo 2023-2024;
• Complexo Tucano: 67% do portfólio com fim do período de estabilização no Ciclo 2030-2031, e os 33%
restantes no Ciclo 2031-2032;
• Complexo Cajuína: fim do período de estabilização no Ciclo 2031-2032;
• Complexo Guaimbê: fim do período de estabilização no Ciclo 2026-2027;
• Complexo Boa Hora: fim do período de estabilização no Ciclo 2021-2022 para todo o portfólio;
• Complexo Água Vermelha: fim do período de estabilização no Ciclo 2021-2022 para todo o portfólio.

28
PERFORMANCE ESG
DIRETRIZES E COMPROMISSOS
A AES Brasil acredita que seu modelo de negócios contribui diretamente de forma positiva para os principais
desafios socioambientais da sociedade. Nesse sentido, a Companhia estabeleceu um conjunto de compromissos
e metas para a gestão ESG – sigla em inglês que significa o gerenciamento de aspectos, riscos e oportunidades
ambientais (Environmental), sociais (Social) e de governança corporativa (Governance), ou ASG no português. Os
compromissos e metas foram definidos com base em três temas principais: Mudanças Climáticas, dentro do pilar
de meio ambiente; Diversidade, Equidade e Inclusão, em social; e Ética e Transparência em governança.
Os Compromissos ESG 2030 tem como ponto de partida os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da
Agenda 2030, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), tendo seis ODS como prioritários:

Desde 2007, a AES Brasil integra o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, que avalia o desempenho das
companhias listadas quanto às respectivas práticas de sustentabilidade. A Companhia é signatária do Pacto Global
da ONU desde 2006, apoiando a promoção dos direitos humanos e práticas de trabalho relativas ao meio
ambiente e ao combate à corrupção. A Companhia faz parte da cobertura dos principais ratings ESG, como
Sustainalytics e MSCI, sendo que neste último é a única companhia de energia na América Latina a obter uma nota
AAA18, demonstrando o compromisso com a transparência e as melhores práticas ESG do mercado.
Como destaque do trimestre, no pilar Ambiental e com foco no combate às mudanças climáticas, a Companhia
neutralizou todas as suas emissões de gases de efeito estufa desde o início de suas operações no país. Essa
conquista foi alcançada por meio da recente compra de créditos de carbono certificados pela ONU para
compensação das emissões dos escopos 1, 2 e 3 de 1999 a 2019. Tais emissões foram estimadas a partir de um
estudo desenvolvido pela consultoria WayCarbon. Vale ressaltar que, desde 2020, a AES Brasil já neutraliza suas
emissões a cada ano, e agora avançou com essa compensação histórica.
Ainda sobre a temática de créditos de carbono, as oportunidades referentes ao mercado de carbono se
intensificaram nos últimos meses na AES Brasil. No 3T22, a Companhia obteve a receita de USD 2,2 milhões
referentes à comercialização de créditos de carbono dos Complexos Salinas e Mandacaru.
A AES Brasil segue com o compromisso de contribuir para a transição energética com o aumento de fontes
renováveis na matriz elétrica brasileira, para que os clientes evitem a emissão de gases de efeito estufa. Na frente
de preservação e proteção da biodiversidade, em linha com a meta anual de reflorestamento de Mata Atlântica
e Cerrado, foi concluído o plantio de aproximadamente 14,1 hectares de plantas nativas, totalizando 150.544
árvores plantadas no período. Além disso, a Companhia manteve ações de preservação de três espécies
ameaçadas de extinção, parte da lista da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e
selecionadas em conjunto com o órgão ambiental para o monitoramento. Outra conquista deste pilar foi o
recebimento, pelo sexto ano consecutivo, do Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, o mais alto nível de

18 Em 2021, a AES Brasil recebeu a classificação ESG nível AAA pelo MSCI.
29
qualificação da metodologia, para o ciclo de 2022. O Selo Ouro reconhece as empresas que têm seus inventários
de emissões de gases de efeito estufa auditados por terceira parte independente, o que garante maior
transparência e confiabilidade no relato de emissões de gases de efeito estufa.
Nos pilares Social e de Governança, como parte do compromisso de aumentar a força feminina na AES Brasil e
em linha com a meta estabelecida de ter até 30% de mulheres na alta liderança até 2025, a AES Brasil aderiu ao
Movimento Elas Lideram 2030, iniciativa da Rede Brasil do Pacto Global da ONU e ONU Mulheres. Ao encontro
desta meta, houve aumento de 75% de presença feminina nas posições de gerências e acima na comparação entre
o 3T21 e o 3T22. O Conselho de Administração da AES Brasil Energia S.A. possui 36% de representatividade
feminina entre os membros efetivos.
Outro importante destaque do período foi a realização de um encontro com a governadora do Estado do Rio
Grande do Norte para celebração de dois importantes compromissos da Companhia:
• Parceria com o SENAI RN para realização do curso de Especialização Técnica em Manutenção e Operação dos
Parques Eólicos exclusivamente para mulheres no estado, com o objetivo de ampliar o acesso a
oportunidades de qualificação profissional e emprego em um setor em franca expansão, além de preparar a
potencial força de trabalho feminina para futuras vagas no Complexo Eólico Cajuína (RN), seguindo os
resultados positivos da iniciativa similar desenvolvida para o Complexo Eólico Tucano, na Bahia.
• Assinatura de carta de intenções, com ciência da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e Agricultura
Familiar do RN e Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com o objetivo de investir em ações de
desenvolvimento local nas comunidades rurais do Complexo Eólico Cajuína, por meio de ações que
contribuam para o acesso à água, assessoria técnica rural e fortalecimento do empreendedorismo feminino
ao longo dos próximos anos.
No 3T22, a AES Brasil deu início ao Plano Básico Ambiental indígena em Itarema (CE), com duas tribos de etnia
Tremembé, sendo elas Córrego João Pereira e Queimadas. Algumas das ações realizadas foram assessoria técnica
rural com visita às unidades de produção familiar, valorização cultural, com a realização da Oficina de História e
Saberes Tremembé, e, por fim, ações de proteção territorial, com as Oficinas de Produção da Cartilha de Proteção
Territorial, com amplo diálogo e participação social dos indígenas em todos os processos.
Além disso, a Companhia manteve a gestão do relacionamento com as comunidades nas regiões dos Complexos
Eólicos Tucano e Cajuína, com a realização de treinamentos para os trabalhadores das obras sobre temas como
direitos humanos e respeito às comunidades locais, bem como ações de comunicação para os moradores das
regiões.
A tabela com a evolução dos principais indicadores do período pode ser acessada aqui.
Para informações detalhadas das iniciativas desenvolvidas na Companhia, consulte o Relatório de Performance
ESG, atualizado trimestralmente, e o Relatório Integrado de Sustentabilidade 2021.

30
ANEXOS
Com o intuito de auxiliar investidores e analistas no processo de modelagem, a Companhia disponibiliza um
arquivo Excel com o histórico dos dados financeiros e operacionais. Para acessá-lo, clique aqui.

INDICADORES OPERACIONAIS DO PERÍODO


Indicadores 3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var

Fonte Hídrica
Afluência - SIN (% MLT) 56,7 80,2 23,5 p.p. 64,8 94,1 29,3 p.p.
Afluência - SE/CO (% MLT) 59,0 74,7 15,7 p.p. 65,0 81,0 16,0 p.p.
Nível Reservatórios - SIN (%, final do período) 24,1 57,5 33,4 p.p. 24,1 57,5 33,4 p.p.
Nível Reservatórios - SE/CO (%, final do período) 16,7 51,2 34,5 p.p. 16,7 51,2 34,5 p.p.
GSF (%) 51,2 74,6 23,5 p.p. 75,3 88,3 13,0 p.p.
Afluência Bacia Rio Grande (% MLT) 45,5 64,7 19,2 p.p. 49,2 76,1 26,9 p.p.
Afluência Bacia Rio Tietê (% MLT) 68,5 70,0 1,5 p.p. 63,5 70,7 7,2 p.p.
Disponibilidade (%) 95,2 93,6 -1,6 p.p. 94,6 94,0 -0,6 p.p.
Fonte Eólica
Ventos (m/s)
Alto Sertão II (m/s) 9,7 9,5 -1,9% 8,5 8,4 -1,4%
Ventus (m/s) 8,2 7,7 -5,5% 7,6 6,8 -10,6%
Mandacaru (m/s) 8,7 8,9 2,3% 8,9 7,0 -22,3%
Salinas (m/s) 8,0 8,5 5,9% 8,0 7,3 -9,4%
Disponibilidade (%) 87,8 89,0 1,2 p.p. 88,4 89,0 0,6 p.p.
Alto Sertão II 95,8 96,5 0,7 p.p. 95,3 96,6 1,3 p.p.
Ventus 83,7 80,2 -3,5 p.p. 85,0 81,1 -3,9 p.p.
Mandacaru 66,1 75,0 9,0 p.p. 69,0 72,4 3,4 p.p.
Salinas 88,4 93,6 5,2 p.p. 88,9 94,8 5,9 p.p.
Curtailment (GWh)
Alto Sertão II 39,4 6,9 -82,6% 43,7 36,9 -15,6%
Ventus 1,0 4,3 357,2% 1,3 4,9 289,9%
Mandacaru 0,0 0,7 - 0,0 0,8 -
Salinas 0,0 0,5 - 0,0 0,5 -
Fonte Solar
Irradiância (W/m²)
Guaimbê (W/m2) 210,1 190,1 -9,5% 218,8 210,6 -3,7%
2
Boa Hora (W/m ) 215,7 204,1 -5,4% 218,3 218,4 0,0%
2
Água Vermelha (W/m ) 218,6 205,9 -5,8% 222,0 219,7 -1,0%
Disponibilidade (%) 95,2 98,2 3,0 p.p. 94,0 97,9 3,9 p.p.
Guaimbê 96,7 98,2 1,6 p.p. 96,2 98,8 2,6 p.p.
Boa Hora 95,9 96,5 0,5 p.p. 98,6 96,2 -2,4 p.p.
Água Vermelha 91,7 99,8 8,1 p.p. 85,5 97,6 12,1 p.p.

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31
AES BRASIL ENERGIA – BALANÇO E DRE19
Balanço Patrimonial (R$ milhões) 30/09/2022 31/12/2021
Passivo Total e Patrimônio Líquido 15.104,7 11.846,1
Passivo Circulante 1.127,5 1.813,6
Fornecedores 268,3 361,3
Emprés timos e fi na nci a mentos e debêntures 485,2 936,4
Impos to de renda e contri bui çã o s oci a l a pa ga r 28,4 48,6
Outros tri butos a pa ga r 47,6 41,0
Di vi dendos e juros s obre ca pi tal própri o a pa ga r 0,3 1,2
Provi s ões pa ra proces s os judi ci a i s e outros 22,4 22,2
Ins trumentos fi na ncei ros deri va tivos 22,7 13,5
Enca rgos s etori a i s 12,0 14,4
Obri ga ções de a qui s i ções 183,0 112,3
Conta de res s a rci mento 5,7 218,8
Outra s obri ga ções 51,9 43,9
Balanço Patrimonial (R$ milhões) 30/09/2022 31/12/2021 Passivo Não Circulante 8.585,1 5.998,2
Ativo Total 15.104,7 11.846,1 Emprés timos e fi na nci a mentos e debêntures 7.408,3 5.280,1
Ativo Circulante 4.091,9 2.339,9 Pa s s i vo de a rrenda mento 115,2 102,2
Ca i xa e equi va l entes de ca i xa 97,0 657,0 Tri butos di feri dos 3,0 8,6
Inves timentos de curto pra zo 3.358,4 1.055,3 Obri ga ções com benefíci os pós -emprego 142,5 133,8
Contas a receber de cl i entes 297,6 364,5 Provi s ões pa ra proces s os judi ci a i s e outros 73,1 67,1
Impos to de renda e contri bui çã o s oci a l a recupera r 82,5 73,1 Enca rgos s etori a i s 8,7 6,1
Outros tri butos a recupera r 3,2 1,4 Ins trumentos fi na ncei ros deri va tivos 197,1 35,9
Ins trumentos fi na ncei ros deri va tivos 25,8 3,5 Obri ga ções de a qui s i ções 72,3 165,9
Ca uções e depós i tos vi ncul a dos 59,9 60,3 Conta de res s a rci mento 419,3 69,4
Conta de res s a rci mento 16,4 21,1 Outra s obri ga ções 145,6 129,0
Outros a tivos 151,1 103,7 Patrimônio Líquido 5.392,1 4.034,2
Ativo Não Circulante 11.012,8 9.506,2 Ca pi tal s oci a l s ubs cri to e Integra l i za do 2.116,0 2.116,0
Tri butos di feri dos 138,4 112,4 Res erva de ca pi tal 322,2 321,5
Ca uções e depós i tos vi ncul a dos 253,6 187,5 Res erva de l ucros 939,2 939,2
Ins trumentos fi na ncei ros deri va tivos 3,1 0,0 Outros res ul tados a bra ngentes -174,7 -153,6
Conta de res s a rci mento 1,2 11,7 Lucros a cumul a dos 55,5 0,0
Outros a tivos 38,1 26,3 Subtotal 3.258,1 3.223,1
Inves timentos em control a da s e joi nt ventures 105,6 87,5 Adi a ntamento pa ra futuro a umento de ca pi tal 917,1 0,0
Imobi l i za do, l íqui do 8.770,1 7.343,2 Subtotal 4.175,2 3.223,1
Intangível , l íqui do 1.702,6 1.737,5 Pa rtici pa çã o de a ci oni s ta nã o control a dor 1.216,9 811,2

19Em função da criação e listagem da AES Brasil Energia S.A. em 29 de março de 2021, as informações apresentadas para o 1S21 contemplam os resultados
da AES Operações (antiga AES Tietê) para o 1T21.

32
Demonstração dos Resultados (R$ milhões) 3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var
Receita Operacional Líquida 661,7 786,6 18,9% 1.779,9 2.084,3 17,1%
Custo de Energia (451,0) (359,1) -20,4% (768,2) (871,2) 13,4%
Margem Líquida 210,7 427,4 102,8% 1.011,7 1.213,1 19,9%
Custos e Despesas (118,4) (143,6) 21,3% (313,8) (389,1) 24,0%
Outras Receitas (despesas) Operacionais (0,1) (0,0) -67,1% (0,8) (0,2) -80,6%
Total das Receitas e Despesas Operacionais (118,4) (143,6) 21,3% (314,7) (389,3) 23,7%
EBITDA 92,3 283,8 207,5% 697,0 823,8 18,2%
Depreciação & Amortização (125,9) (113,8) -9,6% (355,4) (365,5) 2,8%
EBIT (33,6) 170,0 -605,7% 341,6 458,3 34,2%
Receita (Despesa) Financeira (109,9) (35,8) -67,4% (330,6) (237,6) -28,1%
Receitas Financeiras 15,9 115,2 626,9% 36,6 249,4 582,3%
Despesas Financeiras (152,9) (150,6) -1,5% (389,1) (505,5) 29,9%
Variações Cambiais, Líquidas 27,2 (0,4) -101,5% 21,9 18,4 -16,1%
Resultado de Equivalência Patrimonial (0,2) 15,2 -6738,4% 0,0 18,1 29,9%
Resultado Antes dos Tributos (143,7) 149,5 -204,0% 11,0 238,8 2063,7%
Imposto de Renda e Contribuição Social 37,4 (15,4) -141,1% (17,4) (57,1) 229,1%
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 535,9 (31,5) -105,9% 555,4 1,1 -99,8%
Lucro (Prejuízo) Líquido 429,5 102,6 -76,1% 549,1 182,8 -66,7%

Atribuído a Acionistas da Empresa Controladora 422,5 40,9 -90,3% 445,7 67,7 -84,8%
Atribuído a Acionistas Não Controladores 7,0 61,7 776,8% 10,4 115,1 1005,7%

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RESULTADOS POR FONTE - DRE

Demonstração dos Resultados - Hídrico


3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var
(R$ milhões)
Receita Operacional Líquida 495,8 569,0 14,8% 1.366,8 1.612,1 17,9%
Custo de energia (433,7) (334,6) -22,9% (719,2) (805,1) 12,0%
Margem Liquida 62,0 234,4 277,8% 647,6 806,9 24,6%
Custos e Despesas (86,2) (116,1) 34,8% (234,5) (325,7) 38,9%
Outras Receitas (despesas) Operacionais 2,1 (0,0) -101,3% 1,2 10,1 723,4%
EBITDA (22,1) 118,2 -636,1% 414,3 491,3 18,6%

Nota: Resultado hídrico proforma considera a controladora da AES Brasil Operações. Dados contemplam R$ 21,5 milhões referentes às transações entre
partes relacionadas com a AES Comercializadora, subsidiária integral da AES Brasil Energia.

Demonstração dos Resultados - Eólico


3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var
(R$ milhões)
Receita Operacional Líquida 138,5 212,8 53,7% 334,9 392,0 17,0%
Custo de energia (32,2) (53,1) 65,0% (94,6) (98,8) 4,5%
Margem Liquida 106,3 159,6 50,2% 240,4 293,2 22,0%
Custos e Despesas (27,6) (35,1) 27,3% (67,3) (86,4) 28,4%
Outras Receitas (despesas) Operacionais 0,0 0,0 0,0% 0,0 (0,4) 0,0%
EBITDA 78,7 124,5 58,3% 173,1 206,5 19,3%

33
Demonstração dos Resultados - Solar
3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var
(R$ milhões)
Receita Operacional Líquida 34,5 45,6 32,2% 103,4 126,3 22,1%
Custo de energia (2,1) (3,5) 70,7% (5,3) (7,5) 41,1%
Margem Liquida 32,4 42,1 29,7% 98,0 118,7 21,1%
Custos e Despesas (4,0) (3,2) -19,2% (7,8) 13,0 -266,8%
Outras Receitas (despesas) Operacionais 0,0 0,0 0,0% (0,1) 0,8 -750,0%
EBITDA 28,4 38,8 36,6% 90,2 132,5 46,9%

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DESEMPENHO DA GERAÇÃO POR FONTE


FONTE HÍDRICA
Geração
3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var
Usinas Hidráulicas (GWh)
Energia Gerada Bruta 1.387,4 1.839,1 32,6% 5.141,7 6.315,9 22,8%
Água Vermelha 854,7 1.174,8 37,5% 2.779,2 3.550,6 27,8%
Bariri 63,7 71,8 12,7% 311,5 315,6 1,3%
Barra Bonita 50,0 66,2 32,2% 229,9 232,7 1,2%
Caconde 21,2 57,5 171,4% 114,4 221,9 94,0%
Euclides da Cunha 31,4 65,7 109,2% 169,7 279,4 64,6%
Ibitinga 76,9 88,7 15,3% 374,4 374,9 0,1%
Limoeiro 5,4 19,8 269,0% 45,4 82,4 81,4%
Nova Avanhandava 167,8 167,8 0,0% 647,6 709,0 9,5%
Promissão 114,6 123,9 8,2% 453,1 529,6 16,9%
Mogi / S. Joaquim / S. José 1,7 3,0 76,5% 16,5 19,9 20,5%
Energia Gerada Líquida 1.313,4 1.819,7 38,5% 5.028,8 6.253,1 24,3%

Para retornar à explicação sobre o desempenho da geração hídrica, clique aqui.

FONTE EÓLICA
Geração
3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var
Parques Eólicos (GWh)
Energia Gerada Bruta 693,1 714,2 3,0% 1.593,3 1.589,3 -0,3%
Alto Sertão II 413,6 461,1 11,5% 1.063,0 1.088,6 2,4%
Alto Sertão II - LER 2010 183,3 199,3 8,7% 465,9 473,1 1,6%
Alto Sertão II - LEN 2011 230,3 261,9 13,7% 597,1 615,5 3,1%
Ventus 140,7 114,5 -18,6% 336,2 238,7 -29,0%
Mandacaru¹ 89,2 87,7 -1,6% 124,4 158,8 27,6%
Salinas¹ 49,6 50,8 2,4% 69,8 103,2 47,9%
1 – Para o 9M21, considera a geração bruta realizada a partir de maio, dada a conclusão da aquisição em 30 de abril de 2021.

34
Para retornar à explicação sobre o desempenho da geração eólica, clique aqui.

FONTE SOLAR
Geração
3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var
Parques Solares (GWh)
Energia Gerada Bruta 144,7 140,5 -2,9% 416,5 432,6 3,9%
Guaimbê 68,7 64,6 -5,9% 202,2 203,9 0,8%
Ouroeste 76,0 75,9 -0,1% 214,2 228,7 6,8%
Boa Hora 36,8 34,6 -6,0% 111,0 107,4 -3,2%
Água Vermelha 39,2 41,3 5,3% 103,2 121,3 17,5%

Para retornar à explicação sobre o desempenho da geração solar, clique aqui.


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35
ENDIVIDAMENTO
Dívidas (R$ milhões) Montante¹ Vencimento Custo Nominal

AES Brasil Energia - Consolidado 7.872,8


AES Brasil Energia 1.055,4
1ª Emissão de Debêntures 1.055,4 mar/25 CDI + 2,30% a.a.
AES Brasil Operações - Consolidado 6.817,4
AES Brasil Operações² 4.857,9
5ª Emissão de Debêntures 250,7 dez/23 IPCA + 6,54% a.a.
6ª Emissão de Debêntures - 2ª série 428,2 abr/24 IPCA + 6,78% a.a.
8ª Emissão de Debêntures 214,8 mai/30 IPCA + 6,02% a.a.
9ª Emissão de Debêntures - 1ª série 1.386,3 mar/27 CDI + 1,00% a.a.
9ª Emissão de Debêntures - 2ª série 769,0 mar/29 IPCA + 4,71% a.a.
9ª Emissão de Debêntures - 3ª série 219,8 mar/29 IPCA + 4,71% a.a.
Empréstimo 4131 (captação em 2020)⁴ 600,0 dez/25 USD + 1,63% a.a.
Empréstimo 4131 (captação em 2021)⁴ 800,0 mar/26 USD + 1,78% a.a.
Brasventos Eolo (BNDES) 61,8 out/29 TJLP + 2,51% a.a.
Brasventos Miassaba (BNDES) 62,1 out/29 TJLP + 2,71% a.a.
Rio dos Ventos 3 (BNDES) 65,1 out/29 TJLP + 2,51% a.a.
AES Tietê Eólica 92,5
1ª Emissão de Debêntures - 1ª série 37,5 dez/25 IPCA + 7,61% a.a.
1ª Emissão de Debêntures - 2ª série 55,0 dez/25 IPCA + 7,87% a.a.
Complexo MS (BNDES) 44,8
Mar e Terra 10,2 nov/29 TJLP + 1,88% a.a.
Embuaca 11,1 mai/30 TJLP + 1,76% a.a.
Icaraí 11,0 out/29 TJLP + 1,66% a.a.
Bela Vista 12,4 nov/29 TJLP + 1,66% a.a.
³
Complexo MS (BNB) 136,7
Mar e Terra 39,0 mai/33 2,5% a.a.
Embuaca 36,1 mai/30 2,5% a.a.
Icaraí 25,0 mai/31 2,5% a.a.
Bela Vista 36,6 mai/30 2,5% a.a.
Complexo Santos (BNDES) 111,4
São Jorge 41,5 dez/30 TJLP + 2,45% a.a.
São Cristóvão 46,1 dez/30 TJLP + 2,45% a.a.
Santo Antonio de Pádua 23,9 dez/30 TJLP + 2,45% a.a.
Complexo Tucano (Debênture) 327,6
1ª emissão de Debêntures – Holding II 327,6 set/41 IPCA + 6,06% a.a.
Complexo Tucano (BNB) 339,9
Tucano F1 88,3 jul/45 IPCA + 2,26% a.a.
Tucano F2 75,5 jul/45 IPCA + 2,26% a.a.
Tucano F3 88,3 jul/45 IPCA + 2,26% a.a.
Tucano F4 87,9 jul/45 IPCA + 2,26% a.a.
Complexo Cajuína (Debênture) 906,5
Cajuína AB1 906,5 jun/44 IPCA + 7,07%% a.a.
¹ Saldo contábil atualizado, considerando principal, juros e custos da transação
² Não considera arrendamento financeiro
³ Custos das operações offshore estão representadas após operações de derivativos, que protege 100% do fluxo de caixa
4 Taxa pré

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INDICADORES ESG
Pilar Indicadores 3T21 3T22 Var 9M21 9M22 Var

Captação de água (m3)1 10.619,0 10.529,1 -0,8% 27.677,0 26.964,9 -2,6%

Consumo total de água (m3)1 2.123,0 2.105,8 -0,8% 5.535,0 5.393,0 -2,6%
Intensidade hídrica (m³/GWh) 4,9 3,9 -20,8% 3,8 3,2 -15,7%

Resíduos destinados (toneladas) 2 29,8 10,5 -64,7% 70,5 45,9 -35,0%


3
Emissões GEE geradas (tCO 2e) 612,8 1.400,4 128,5% 1.175,0 2.606,8 121,9%
Intensidade de emissões (tCO 2e/GWh)3 0,3 0,5 64,2% 0,2 0,3 79,0%
Ambiental Emissões GEE evitadas (tCO 2) 272.721,2 340.498,7 24,9% 895.957,5 1.053.889,6 17,6%

Consumo total de energia elétrica (MWh) 4 4.102,7 2.245,2 -45,3% 6.982,4 5.347,9 -23,4%
Sites certificados pelo Sistema Gestão Ambiental ISO 14001 (%) 5 1,0 0,9 -15,0% 1,0 0,9 -15,0%

Total de hectares de Mata Atlântica e Cerrado restaurados (ha) 6 6,3 14,1 124,4% 101,5 109,2 7,6%
6
Total de mudas de árvores produzidas 100.000,0 150.544,0 50,5% 800.000,0 836.473,0 4,6%
Total de espécies ameaçadas de extinção conservadas 2,0 3,0 50,0% 2,0 3,0 50,0%
Investimento em projetos de biodiversidade (R$) 6 2.663.578,6 4.646.023,0 74,4% 9.052.666,6 11.743.944,0 29,7%
Número total de empregados 527 582 10,4% 527 582 10,4%
Mulheres 138 171 23,9% 138 171 23,9%
Homens 389 411 5,7% 389 411 5,7%
7
Alta liderança (gerências e acima) 43 51 18,6% 43 51 18,6%
Mulheres 8 14 75,0% 8 14 75,0%
Homens 35 37 5,7% 35 37 5,7%
Taxa de rotatividade total (%) 5,34 5,85 9,6% 13,85 14,44 4,3%
Taxa de rotatividade voluntária (%) 4,85 5,15 6,2% 12,70 12,56 -1,1%
Nº acidentes fatais - colaboradores próprios 0 0 0,0 0 0 0,0
Social
Nº acidentes fatais - terceiros 0 0 0,0 0 0 0,0
LTI Rate - colaboradores próprios 0,72 0 -1,0 0,25 0 -1,0
LTI Rate - terceiros 0 0 0,0 0 0,07 0,0
Recordable Rate - colaboradores próprios 0,72 0 -1,0 0,25 0 -1,0
8
Recordable Rate – terceiros 0,69 0,28 -59,4% 0,41 0,76 85,4%
Acidentes em comunidades 0 0 0,0 0 0 0,0
5
Sites certificados ISO 45001 (%) 100,00% 85,00% -15,0% 100,00% 100,00% 0,0%
Colaboradores próprios treinados em saúde e segurança (%) 9 0,97 98,15% 1,2% 97,00% 98,15% 1,2%
9
Colaboradores terceiros treinados em saúde e segurança (%) 100,00% 99,66% -0,3% 100,00% 99,66% -0,3%
Membros no Conselho de Administração 11 11 0,0% 11 11 0,0%
Mulheres 3 4 33,3% 3 4 33,3%
Homens 8 7 -12,5% 8 7 -12,5%
Governança Independentes 4 4 0,0% 4 4 0,0%
Conselheiros Internos 7 7 0,0% 7 7 0,0%
Total de parceiros avaliados em critérios de ética e compliance 42 45 7,1% 134 134 0,0%
Manifestações recebidas no AES Helpline 10 13 47 261,5% 21 75 257,1%
1 – Considera todas as unidades de negócio em operação;
2 – Somatória de resíduos perigosos e não perigosos destinados. A diminuição no valor do 3T22 se deu pelo fato dos meses julho, agosto e setembro de 2022 ainda estarem em contabilização;
3 – Somatória dos escopos 1, 2 e 3 considerando o acumulado do início do ano até o período reportado. A grande variação é reflexo da incorporação dos ativos Mandacaru, Salinas e Ventus ao inventário de
carbono da AES Brasil em 2022, sendo que neste último foi identificado vazamento de hexafluoreto de enxofre (SF6) e para solucionar o problema estão sendo substituídos os cubículos alimentadores de
energia nessa unidade. Além disso, devido à pandemia, em 2021 as viagens aéreas foram menos recorrentes e em 2022 foram normalizadas;
4 – Consumo total de energia elétrica proveniente do SIN – Sistema Interligado Nacional. No ano de 2021 houve necessidade de disponibilização de energia elétrica para operação da PCH Itaiquara à jusante da
UHE Caconde devido à crise hídrica, o que foi normalizado em 2022;
5 – A partir deste ano a companhia definiu que os ativos em operação, incorporados em sua base por meio de M&A, passarão pelo processo de implementação do sistema de gestão no primeiro ano da
aquisição, no segundo ano pela maturidade e consolidação e no terceiro ano pelo processo de certificação externa devido a necessidade de diagnósticos de adequação e melhoria dos processos, alinhados ao
padrão adotado pela empresa para todos os negócios;
6 – Pode haver alterações significativas de produtividade entre trimestres devido a eventos climáticos;
7 – Cargos de gerência, diretoria, vice-presidência e presidência;
8 – Foram executadas ações ao longo do 3T22 para redução do indicador, uma vez que no 2T22 houve um aumento significativo;
9 – A AES Brasil possui meta de 95% de participação mensal dos colaboradores nas reuniões de segurança do pessoal AES e terceiros;
10 – Houve aumento em resposta à intensificação da comunicação e treinamentos internos, o que traz maior confiança dos colaboradores no canal AES Helpline ampliando a sua utilização. O retorno das
atividades presenciais também ocasionou aumento de preocupações e, consequentemente, dos relatos.

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