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COORDENACAO VISO-MOTORA 5 ~ iS Veronica Braun ° Enrol RY Kay (URRU “A escrita, que se compée de grafismo e linguagem, est intimamente ligada a evolugao das possibilidades motoras que lhe permitirao adquirir sua forma e ao conhecimento da lingua que he daré um sentido. A escrita é, pois, praxia (movimento intencional) e linguagem. Ela s6 possi- vel a partir de um certo nivel de organizacao da motricidade, de uma coordenacao fina dos movi- mentos e de um desenvolvimento no espaco. (...) O estudo da escrita deve levar em conta compo- nentes motores: a forca, a coordenacao e a organizacao dos movimentos, a rapidez, o ritmo e a for- ma do movimento. Porém, nao devemos nos esquecer, além disso, que a escrita se desenvolve em um campo motor; a atividade gréfica ocorre em um espaco definido. Ela implica a imitacao de um movimento com direcdo definida, a c6pia de formas que tenham uma certa orientacao e o desen- volvimento do movimento em um espaco representativo. Devemos, também, considerar a neces- sidade da crianga de se exprimir pelo movimento livre, enquanto que a escrita impoem um quadro limitado e uma reducao deste movimento. Depois das garatujas, para que o grafismo assuma for- ma, a crianca deve reprimir sua liberdade de agao e frear seus impetos. Ela deve desejar esse con- trole para passar do grafismo lidico ao grafismo de expressao abstrata com contencao do gesto. Ela pode encontrar mais tarde satisfagdes nesta contencao, (...) que correspondem as necessidades pessoais. A estabilidade emotivo-afetiva ¢ indispensével para uma boa organizacao de uma pagina, para o detalhe necessdrio a qualquer atividade ordenada, bem como para a precisao e o controle da orientacao dos movimentos, isto é, a evolugao da escrita implica a organizacao motora, a organiza- ao da atividade simbolica e gestual, o conhecimento do valor simbélico do ato grafico.” A juriaguerra (J. de). — Manual de Psiquiatria Infantil. Masson. S. Paulo, (1983), 251/2. ‘CAPA EILUSTRACOES: Gil Kipper REVISAO: Alcina Aives de Lima ‘CALIGRAFIA: Dorival Rosa de Azevedo ‘COORDENACAO EDITORIAL: Vera Miranda Rite Souto Veronica Braun “Todos os direitos deste original reservados &Editora Kuarup. Nenhuma parte desta obra pode er reprodusidaem forma ou mio, sjaeletrOnico ou mecinico: fotocopia, mimeografia, datlografia,ec. em a permissto da Editora Kuarup. Aos infratoes se aplica ax sages prevstas nos artigos 122 ¢ 130 da La S988 de la derembro de 1973. ‘Reg. na Biblioteca Nacional n? 37.162-19/06/86 EoITORA EDITORA KUARUP LTDA IRIAN Fa Parvo Barcelos, 470 Pe oe ees or ost) 228 KURRUP CeP 90005-000'~ Porto Alegre - RS Arun Olivia Bebe FOROAUDIOLOGA cer soericrrssea00 4048 WA Ajude o ratinho a chegar no queijo. @ (beerve com abengioo modelo na linha inteira ina os pontinhos. Cokes aise Sasesbvetd Sta [OSCE O=0= O- O-0=0=0-0-020=0-0-0) Observe com atenco 0 modelo da linha inteira. Una os pontinhos. Continue fazendo o desenho até o fim da linha. Olhe com atengao o modelo no inicio de cada linha, Una os pontos em cada linha, igual ao modelo no inicio de cada linha. Olhe com atencao o modelo. ‘Una os pontinhos. Continue fazendo o mesmo desenho até o fim da linha. Una os pontinhos e faca o desenho que quiser. Observe com atenco 0 modelo da linha inteira. ‘Una os pontinhos. Continue os desenhos até o fim da linha, Observe o desenho do quadro da esquerda. Em cada quadrinho tem um pedacinho do desenho, ‘Tente fazer o desenho igual, no quadro da direita. IS + | + 1 Othe o modelo do quadro da esquerda. Tente fazer o mesmo desenho no quadro da direita. Observe com atencao o modelo de letra em cada linha. ‘Complete cada linha, copiando o modelo que aparece & esquerda, R SORESRSSEGRE 13 ‘Complete cada linha, copiando o modelo que aparece & esquerda de cada linha. “4 Complete cada linha, copiando igual ao modelo. RES = Othe com aten¢ao o modelo do niimero em cada linha. Complete cada linha, copiando o modelo igual ao que aparece & esquerda. Atividades preparatorias para a leitura e escrita Grande parte das criangas que enram para a 1* sie do 1° grau, apresentam dificudades psicomotoras que conduzem 20 baixo nivel de de- sempenho intelectual, principalmente sobre a capacidade de ler e escrever ‘Para garantir ima boa aprendizazem em rela ao proceso de alfabetizacdo€ necessdrotrabalharo aluno em aspects bsicos, endo um lementoindispensvel, 0 esquema corporal (consiénca do prépro corpo). a partir da nocio do esquema corporal que a crianga coordenard 0 olhos ¢ as ios, perceberd a posicao das coisas no espaco das letras etc Assim, ée fundamental importancla que o professor desenvolva exerccis variads, visando o desenvolvimento desta func, indispenssvel para toda aprendizagem, abrangendo todas a fungde."(.) (0 objetivo desta colegio ¢ oferecer exerci que sia como sbsidio 3 professor, assim como possam ser facikmente realzados em casa com o acompanhamento dos pas Diante de esuos realzados, oi dada wma seqiéncia as exereicos,graduando a dfculdades. Cada volume focaliza uma fungio especifica, pnéin considerando prconotriciade conn um to, xo tambeém reforeadas outrasfungbes, A colegdo PRA-PRE esté assim distribuida: () DISCRIMINAGAO VISUAL ‘Capacidade de compara diferencia objets, identficando semethancasediferencas de detalhes: prepara para posterior fase da discriminagao de simbolos abstratos:diferenca entce letras, palavra, etc. E mais fl perceber o que é diferente do que aquilo que € semelhante (2) ORIENTACAO ESPACIAL ‘Orientar-se no espago verse € ver as coisas no espaco em relago asi priprio,¢ digi, ¢ avaliar os movimentos eadaptéos no espaco. B esablizaroespaco vivo.” Est intimimante ligido ao esquema corporal, sendoresponsavel pea nog de dretae de esquerda, assim como por Sun capacidade de no inverter a ordem das letras nas palavras — ou dstingui, 0"b" de um "a" ete (9) ORDENAGAO TEMPORAL ‘Orientarseno tempo é situa o presente em rlaco a um “antes” e um “depois”: €avalar o movimento no tempo, dstnguirorpido do ento,o svessivo do simultane E situa os momentos de tempo: uns em rlagao aos outros". A seqiéncia da leiturae da escrita € uma seqiéncia da trentagio espacial e da ordenagao temporal, Problems nestas duas fangs acarretam problemas também na drea da matematica () COORDENAGAO VISO-MOTORA “Ea capacidade de seguir eacompanhar objets e simbolos com movimentos oculares coordenados.”“A coordenaco dos movimentos dos lhos ce das mos ¢ fundamental para 2 aprendizagem da escrita. A crianga que nao domina esta funcdo, teré problema de inversio a eseria () COORDENAGAO MOTORA FINA Desenvolvada por meio de exerecios especias que levardo a crianga a obter a precsto, rapide eforca muscular dos movimentos dos membros superirese especialmente das maos. A erianca passa do movimento espontaneo para o movimento consciente”.“Exercicis nesta area visa a dara cranca forge muscular eflenbldade articular necesaras aos diferentes movimentos a escrta desde o simples pegar ops. "E a capaci lade de coordenar & musculatura fina, em que € exigidaa trefa macho" ()SINTESE Capacklade de uni, de juntar parts, anidades(exsflabas) para formar um todo (x. para) a partir da unio das parts tiram conclusdes do to- oo, ()ANALISE Capacidade de decompor, de separar um todo em partes, em uniades menores (ex: palvras em slab). (8) ANALISE-SINTESE um procesto em que cada uma das partes do todo tem ligaco.com as outras partes. Este processo tem grande relev com as outas partes. ess tem grande relevncia na aprendizagem da leura ed esr: cao ni excan suetemente deseo capacdade ean enntee a rang ers grands iftldades ali ia ()DISCRIMINAGAO AUDITIVA ‘Ea capacidade de diferencia um som do outro compreender sons, rimos, etc. "A dscriminaco auditva exerce fundamental importancia na al- fabetizaco, ois o ritmo existe na fala ena escrita, Toda eianga que toca sons das letras na fala ou na esritaapresenta difieuldade de discrimi nagao de sons, no diferencia o som do "v" edo "fe. (10) PERCEPAO: FIGURA-FUNDO- "Capacidade de perceber objets no primey plano (como figura) eno segundo plno (como fut) de diferenct-o sigifcativamente(.) A i ferenciagin de objeto sgnificativos no ambiente requerconcentragao, tengio”. Esta percepeao¢ fundamental na aprendizagem da letra ees cota se nao a dominarem terao dificuldade na alfabetzaca0. NOTA: Uma habildade pouco dominada peta eranga peer acaretar problemas em outrahabiidade a ser trabalhada BIBLIOGRAFIA, AJURIAGUERRA, J. de. Manual de Psiquiatria Infantil, Masson, S. Paulo, 1989. BOULCH, Le. O Desenvolvimento Psicomotor, do nascimento até 6 anos, Editora Artes Médicas, Porto Alegre, 1982 CARBO, Mz jesus Comella je TORREGROSA, Anta Perpinya. La Psicomotricidad en Preescolar. Ediciones CEAC, Barcelona, Espanha, 1984 CABRAL, Alvaro e NICH, Eva, Diciondrio de Psicologia, Paitora Cultrx, S. Paulo, 1974. JORRIN, Dionisio R. La Disortografia, Prevencion y Correccion, Editora Ciencias de La Educacion Preescolar y Especial, Madrid, Espanha, 1984 LEFEVRE, Bestia Helena. Mongolismo Orientagio para Familias, Editora Almed, S. Paulo, 1981 MEUR, A. De e STAES, L. Psicomotricidade, Eaitora Manole, 8. Paulo, 1984 MICOTTI, M* Cecilia de Olive. Plaget e o Processo de Alfabetizacio, Editora Poneira, S. Paulo, 1980. ROLLIN, Wanda e PINHEIRO, Lopes. 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