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NOÇÃO DE ARGUMENTAÇÃO

Argumentar é fornecer razões a favor ou contra uma determinada tese; é arte de persuadir e convencer
um dado auditório; é um acto comunicacional, utilizando a retórica. Argumentação é afirmação ou
negação de algo apresentando razões que suportem ou justifiquem tal atitude. Um argumento é, assim,
uma série ou conjunto de proposições, das quais uma é a conclusão e as restantes são as premissas
destinadas a apoiar a conclusão.

Adão: O Dr. Fraga vai dar a primeira aula naquela turma.


Eva: Por que dizes isso?
Adão: Ele só usa o casaco de cabedal nas primeiras aulas para assustar os alunos.

Exemplo:
O Dr. Fraga só usa o casaco de cabedal nas primeiras aulas.
Ora, o Dr. Fraga está a usar o casaco de cabedal.
O Dr. Fraga vai dar uma das primeiras aulas.

Justificar, provar, fundamentar é sempre argumentar. A Filosofia interessa-se pela argumentação uma
vez que ela constitui matéria de investigação e reflexão e é, também, a forma particular do seu discurso.

A argumentação distingue-se da demonstração pelo facto de recorrer à retórica e não ao monólogo, mas
sim a um diálogo comunicativo, no qual pretende-se persuadir um auditório do qual espera-se adesão. É,
em suma, um acto pessoal dirigido à indivíduos. Por sua vez, a demonstração é um processo acima de
tudo impessoal, cuja validade depende unicamente das deduções efectuadas; é um processo
independente do sujeito e orador.

EXERCÍCIOS

1. O que é argumentar?
2. Que relação existe entre Lógica e argumentação?
3. Distinga argumentação da demonstração.
4. Por que razão, a Filosofia interessa-se pelo discurso argumentativo?
5. Distinga juízo da proposição.
6. Identifique os elementos da estrutura e forma padrão do juízo.
7. Constrói dois exemplos de juízos, tendo em conta à estrutura e igual número tendo em conta a forma
padrão.
INTRODUÇÃO À LÓGICA DO JUÍZO
Liceu Alvorada – Maputo
O Professor: Pedro Cebola
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Noções básicas de juízo e proposição


Estrutura e forma-padrão do juízo categórico

Juízo é a operação mental pela qual se afirma ou nega alguma coisa. As ideias em si não são nem verdadeiras
nem falsas. Só o juízo é susceptível de ser verdadeiro ou falso.
1. O homem é mamífero (juízo afirmativo e verdadeiro)
2. A terra não é redonda (juízo negativo e falso)

Proposição é a expressão verbal ou escrita do juízo.

Conceitos ou termos soltos como “Malangatana”, “comboio eléctrico” não constituem proposições ou
juízos, dado que não são susceptíveis de ser verdadeiros ou falsos. As proposições devem distinguir-se das
ordens, conselhos, perguntas, exclamações porque estas não têm um valor de verdade.

Estrutura do juízo
Considerando o exemplo: “Alguns filósofos são ateus” encontramos três elementos constituintes:
– Sujeito: aquilo acerca do qual se afirma ou se nega algo; a coisa de que ou de quem se fala;
– Cópula: elemento de ligação entre o sujeito e o predicado. É representado pelo verbo ser.
– Predicado: qualidade ou característica que se afirma ou se nega pertencer ao sujeito.

Forma padrão do juízo


Para além dos três elementos da estrutura, a forma padrão do juízo inclui o quarto elemento: quantificador
– partícula que antecede o sujeito (Alguns/algumas; nenhum/nenhuma; todos/todas).

Quantificador Sujeito Elo ou cópula Predicado


Todos homens são mortais
Alguns insectos são nocivos
Nenhum homem é quadrúpede
Algumas plantas não são comestíveis

Algumas proposições devem ser transformadas para a forma padrão.


Exemplos: Nem todos animais são ferozes.
Muitos professores do Liceu Alvorada não são solteiros.

Passando para a forma padrão teremos:


Alguns animais são ferozes.
Alguns professores do Liceu Alvorada não são solteiros.

Liceu Alvorada – Maputo


O Professor: Pedro Cebola

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