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Filosofia 12, Semana 1
Filosofia 12, Semana 1
NOÇÃO DE ARGUMENTAÇÃO
Argumentar é fornecer razões a favor ou contra uma determinada tese; é arte de persuadir e convencer
um dado auditório; é um acto comunicacional, utilizando a retórica. Argumentação é afirmação ou
negação de algo apresentando razões que suportem ou justifiquem tal atitude. Um argumento é, assim,
uma série ou conjunto de proposições, das quais uma é a conclusão e as restantes são as premissas
destinadas a apoiar a conclusão.
Exemplo:
O Dr. Fraga só usa o casaco de cabedal nas primeiras aulas.
Ora, o Dr. Fraga está a usar o casaco de cabedal.
O Dr. Fraga vai dar uma das primeiras aulas.
Justificar, provar, fundamentar é sempre argumentar. A Filosofia interessa-se pela argumentação uma
vez que ela constitui matéria de investigação e reflexão e é, também, a forma particular do seu discurso.
A argumentação distingue-se da demonstração pelo facto de recorrer à retórica e não ao monólogo, mas
sim a um diálogo comunicativo, no qual pretende-se persuadir um auditório do qual espera-se adesão. É,
em suma, um acto pessoal dirigido à indivíduos. Por sua vez, a demonstração é um processo acima de
tudo impessoal, cuja validade depende unicamente das deduções efectuadas; é um processo
independente do sujeito e orador.
EXERCÍCIOS
1. O que é argumentar?
2. Que relação existe entre Lógica e argumentação?
3. Distinga argumentação da demonstração.
4. Por que razão, a Filosofia interessa-se pelo discurso argumentativo?
5. Distinga juízo da proposição.
6. Identifique os elementos da estrutura e forma padrão do juízo.
7. Constrói dois exemplos de juízos, tendo em conta à estrutura e igual número tendo em conta a forma
padrão.
INTRODUÇÃO À LÓGICA DO JUÍZO
Liceu Alvorada – Maputo
O Professor: Pedro Cebola
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Juízo é a operação mental pela qual se afirma ou nega alguma coisa. As ideias em si não são nem verdadeiras
nem falsas. Só o juízo é susceptível de ser verdadeiro ou falso.
1. O homem é mamífero (juízo afirmativo e verdadeiro)
2. A terra não é redonda (juízo negativo e falso)
Conceitos ou termos soltos como “Malangatana”, “comboio eléctrico” não constituem proposições ou
juízos, dado que não são susceptíveis de ser verdadeiros ou falsos. As proposições devem distinguir-se das
ordens, conselhos, perguntas, exclamações porque estas não têm um valor de verdade.
Estrutura do juízo
Considerando o exemplo: “Alguns filósofos são ateus” encontramos três elementos constituintes:
– Sujeito: aquilo acerca do qual se afirma ou se nega algo; a coisa de que ou de quem se fala;
– Cópula: elemento de ligação entre o sujeito e o predicado. É representado pelo verbo ser.
– Predicado: qualidade ou característica que se afirma ou se nega pertencer ao sujeito.