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João de Barros nasceu na Figueira da Foz a 4 de fevereiro de 1881 e faleceu em Lisboa a 25

de outubro de 1960. Foi filho de Afonso Ernesto de Barros (1º Visconde da Marinha) e da sua
primeira mulher Mariana da Ascensão da Costa Guia. Acabou por ser sogro de Marcelo Caetano, pai
de Henrique de Barros (Ministro de Estado e presidente da Assembleia da República após o 25 de
Abril) e de Paulo Teixeira de Queirós de Barros. Licenciou-se em Direito pela Universidade de
Coimbra, contudo seguiu cedo a carreira de professor onde lecionava português e francês nos liceus
de Coimbra, Porto e Lisboa. Durante a Primeira República (1910 a 1926) exerceu vários cargos
públicos, nomeadamente os de diretor do Ensino Primário, diretor do Ensino Secundário, secretário-
geral do Ministério da Instrução e ministro dos Negócios Estrangeiros.

Entre os anos de 1899 e 1905 foi redator efetivo da revista Mocidade, de 1904 a 1906 foi
diretor da revista Arte e Vida e de 1915 a 1920 da revista literária Atlântida, revista que contou com
a colaboração dos principais escritores da década de 1910-1920. A 28 de junho de 1919 foi feito
Oficial da Antiga e Esclarecida Ordem Militar de Sant’lago da Espada, do Mérito Científico, Literário e
Artístico e a 5 de fevereiro do ano seguinte recebeu o título de Grande-Oficial da mesma. Aderiu ao
Partido Republicano Português, onde se manteve, até se juntar ao Partido Republicano de Esquerda
Democrática, em 1924. Foi um dos grandes impulsionadores das relações luso-brasileiras, membro
da Academia de Ciências de Lisboa e sócio da Academia Brasileira de letras a partir de 1920. Recebeu
a grã-cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul em 1945.

Durante os últimos anos de vida, dedicou-se a adaptar, em prosa, grandes obras literárias,
para que fossem acessíveis aos mais jovens, como por exemplo, Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões,
A Odisseia de Homero e Viriato Trágico de Brás Garcia de Mascarenhas.

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