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Apelação 39872 (1975) RJ - V. 5
Apelação 39872 (1975) RJ - V. 5
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A U T U A Ç Ã O
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Aos.......... ~~---················dias do mês de ............... t~-~~~9.....................de 19......73......
neste Su,,erior Tribunill Militar laço a preser.te aututção.
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PROCI_!~ A DO.~/ A.- GERAL
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1 .. da ...S.e.rv.iço...do...Exército.,....noo .... tê.rmos----do----ar-t---102-,-·-··-··----·'tudo
do digo Pe11al Militar.
AUTUACAO -
ztosJ .......... 4.9.~-~----·········--diarJ do med de............ j.unho.......................... de 19---------75--
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AUDITOR ESCRIVÃO
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novecentos e ---~-~~.E!J?..~.e.- ... ~ ....~F.~~-- ..L..~;..7..3..J ......................... , nesta cidade do Rio de Janeiro,
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dPJates pdblicoa, se d~ c onhecimento à Sociedade Civil e railtar
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-
ci s razões da a"OJ.icação d:l lei . Ademais, se me afigura qrte tal
~ -- -
p~cedimento, ou seja, o julgamento do feito em segredo de jus-
tiça, v-lola o ri ·~o })rocessual exprC;sso em r..osco Código de ro-
cesso P.c.. ~1 . ili tar - quanto à forma de juleamento nos crimes mi-
litares - o que conetitu1 uma gaiantin doo direitos individuai s ,
poc1endo a.carreto.r tal f ato a nulidade da sessão que ora inici~
mos, por iniciati~d, não das partes, que ~;o poderão alegá-las
e proveito pr6pr1o, mas de qualquer Juiz Su~erior, porquant o
se t~.ta de uma nulidade de direito público. Senhor Preside ~
te, pela sescão pdblica, eis o ceu voto. " Pelo Consel~r, ep6s
deliberar, foi decidido, nos seguintes termos:- "Tratt.-:'ld..- s e de
um pedido u~~me da defesa, com R aquiescência do M. P. , os Juí-
zes 1.1ilitares defere~ o pedido do julgamento em segredo de jus-
tiça, por considerar que os !nteresses da defesa deverão pr va-
lecer, no momento do julgamento, sobre qualquer outra conveniên-
çia que não dac partea. u - Assim, por maioria, vencido o Dr. Au-
ditor, foi decidido que ee r aliza.-;se o julgamento em segredo de
justiça. Continuaram ce trabulLos a portas fechadas , ~om a pre-
sença, ayenas, das pessoas que na sala permanece~m, ap6s ser a
mesma evacuais. Foi dado início ao julgamento propriamente di-
to, com a leitura das peças processuais exigidas per lei . Não
sendo requerido pelns :partes, nem determinado fi lo ·Jonselho , que "
se p~·ocedcsse h leitura de qualquer outra peça do processo, foi
a sessão suspensa para o almoço, às 14 horas . Rer-berta a sessão,
às l5 horas, foi dada a palavra ao Dr. Procurador, ~ue, produzi~
do a acusação, proferiu o seu libelo, discorrendo sobr e o fat ot
(Continuação da Ata n2 01 - Sessão de C. E. J ., de 17
4
JUNTADA
Ao~dias do roes da ~-- ~·-····-·do ano de 197~
faço juntada v.: :>en~::V'a·J~-: 3 c:.) c.:.> çumento que
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MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I Ex 1ª DE 5ª Bda C Bld
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MINISTÉR IO DO liXE-R.ClT O
PRTI!iEIRO ~RCITO - 1ª D::VISAO E..TiRCITO
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Rio de Janei ro, G:B, 16 Jan 73
OFiCIO Nº039-S/l Do Cel Cmt do 15 2 R C 1\'IEC
COM.ái\DANTE
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I ~x - 1ª DE - ~/1
GRU?O :JE A.>-tTILH.ARIA AN·::IA.,.~~AJ
1º······················································································· ..................... . . . ..l..2.......G:.O.arL.tu..P..Ae) /'"?
-Rio de Janeiro
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- .....................J....................... Jan 73
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I Ex - la DE - 5a. Bda Cav Bld
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R~º---ª~.l.-~~!~-º--'·º~--'-···-~I ...;r.an 73•
oo Comandante do Z4D Batalhão de In -
f'antaria Blindada.
Ao .IM Dr Auditor da za Auditoria do
I Exército da lDr CJM.
Assunto Apresentação de Praça
4
I
MINISTÉRIO
, DO EXÉRCITO
I .....;c.;:-~.CITO- 1e. DE -5a BDA C BLD
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I-..i o de Janeiro. GB 17 J AN 73.
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Do : C:mt do l º E Log
OF NQ 01 - S2
4
, 11 e1ro de l9'r.:J
0781
sr c t do 3~ Rc c
c torno (F Z) ·pr ent ção
da preso ( ~~LIClT )
to V s , d retorno, co e eseolt
qu o c p eÚso.do 3' S t IVIJ ETEL DE OLIV ~ ,
ou, o s
licito apres tação d es- -ste Ju!zo , llúi, dia n~z.~
T janeiro corr te, ' s 09a00 h r~s, a fim de t r pross g
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a ""s o s u julgumE..&. . "'"" •
roc 171'12
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, ~7 d Janeiro d 1973
0791
t do 21t-w B I B
to n V S retorno;, co e scolt
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cus do Cb JOSE GUST CRUZ,- licito
a e ... t Ju!.zo, amanhã, di dezoito de Ja-
09:00 horas, ttm d ter prosseguimento
~o , se ... o.
1t ro V Sa prctcstos sti •
Proc 17/72
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' l.7 Jan 1:.· d 19·,
080/J
Sr d l R C C
Proc 17/72
Sr t . 1"' B IDg
r s to V S • d r rno, c e e celta
u o panhou, o cu... o Cb CELS G S DE l •IT ~ FILHO,
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Proc 17/72
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Cmt d 1~ G ·A A
Reitero V Sa pro.téotos de st
Pr 1-7172
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1 11 · J a..~ 1ro d l9'l3
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, 11 d 3 oiro 1913
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Proc l?/72
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MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
1" EX - }a D E - 5~ BDJi. C 3LD
_________________lt_____ªEhl~;.&.I\'l.'Q.___P.~.... C.J.~.E.RO.S......P.E....CQMB/~TE ................
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R._J:Q__,.Q_;3__, _____l..8..... J.AN.....73....................
OF Nt _'ú? _sf.t Bo Comend~mte do lt! R C C
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MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I EX - 1;;_ D:S - 12: BDk I NF HI'Z
l.Q/2·º····REGHiEN·TG····DK···HL~:A"il·T:.EilliA-1lREGI HENTO AVAf 11
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Ao ==· D1.' Juiz c" a 2::: .l1::ci .L ·~ .)ria do T
_ .ti::el:
c2. to da 1 s. CJl·I
ÃSS1tnto
11.prese.L1ca;;ão de Ofic ial
2. Ao ensej r:· ~ r~'?.itero a V ::--C. os meus protestos ele co.:.1si deração e es-
tima.
j~mandellt
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MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I Ex 1ª DE 5ª Bda C Bld
•
I
Rio de Janeiro, GB, 18 de Jan 73
OFÍCIO Nº044-S/l Do Cel Cmt do 152 R C :EEC
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MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I Z.~RCITO -1ª Di.- 5il.B:;),\ C BLD
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1º E..~T.~lliAO LOGISTICO -
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16 d Jnn iro d 1973
Cmt d 242 B I B
• Retorno ( F Z ) a .. r c cn ta-
ção u pr so ( ~oLICiT )
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MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
I Ex - 1~ nE - 51 :Bj_a Cav Bli
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Ref: O~ nº
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Auditeria do Exércite.
do :St1
J!INISTÉRIO DO EXÉRCITO
I ~X.~RC:ITC -la D:.:-5~BD.A C BLD
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Do : Cmt do l Q B Lo~
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OF NQ 05-82
Ao: ~x mo Sr Dr Juiz Auditor da 2E Audito-
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Assunto •
• Apresentação de Praça
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d do de Prisão, du s vias.
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107/lúlS
, 22 d 3an iro d
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1973
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Exmo Sr Cmt do I Exorcito
s Co ur~caç-o (F .)
d Prisão ( Ei~C ·
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proc 17/12
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22 d 3a.n lro 1.97.3.
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Retorno d colta
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pro . 11/72
- 22 de janeiro de 19?3
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r. ~ t ., do 3 1 ento de Carros
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: otorno d scolt ~
r n o- , r orno, c lt qu cornp8J'..hou
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dido· c c o, rtu o t r ido cond&,,
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cito.
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22 4 janeiro 197).
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Sr . Cmt d 150 d c c
ao-torno escol~
Dr .
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• 22 d 3 1ro . 1973
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22 de janeiro de 1973.
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22 de ~aneiro de 1973.
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C V x . u , em Jul to hoje findo , o Jw S
t !V .. ?li~ Dn OLIVEIRA, foi eund~--.nc.do ê. pc..rw. d 62 (ses ...enta
d 1s) anos de re-clus- , como incurs nos ru."t 205 § 2 , 209 § lil
261f. n' I o 352, combinado co o at•t 53, ;uéio <ic C 11. '
, co.n~equ oi , re · to o " exo l· D DE ?RIS"'"i ,
,
d s Via , e ollci o q pos cert1f'1c". o QO u cumpr imento,
Ja a primeira via do mz rest1t:1Íd~ a este JUÍzo.
.Pr.oc 1?/'12
4
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i ANDADO DE ..:IliSlO
(remete)
Dr.
·-· --- - -~---------------~--
22 de janeiro de 1973•
DAUDADO DE PRISÃO
(recete)
primento.
Renovo a V. Ex~. -os f.:leua p rotc.stos de eleva-
do apreço e distinta cor~ideração.
ja/proo v- 17/72
• 22 4a janoiro 1973
119
• ·· · te doc:um.entos.
xoa 2 daão Pri • o, om 1t f'ls .
to--vos o.
R dos da Prio!o em anoxo, exJ,odido
contr o c1vis IiELSON RIBEIRO lOURA e IRAiliDES FERREIRA, em vi.rtJi
os amos ·~or ido conden do nosta Auditoria s p9ll&s ele 2
..
( i l 1 ( no. r ctt nte• 8!!2bo!1 eO!.lO incnu- o no rt.
3;2, c/c o rt. 53, tudo o CÓd!go f:tnul lüllt~.
Sollc1to-vo , ou..~oss1m, a r r1titu:J.ção da lCs viaa
Man do , dev idam t cert1f1~adaa o~ quem do direi
to.
... o cn j o, Bpl"'econto-vos os ttGUE p÷~llto de estima
o COj'l!';i(lorQc~o . ·
nr.
"'
22 d janeiro d 197J.
120~3
Dr.
j proc.l7/72
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r3.0U fé.
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23 d j iro
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C munic:J. -o (~n )
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clho sp 1al d Juat1ç~, d st · Auditoria, constituído p
processar o T n Ce~ GLA TOll P ASET~I ~EIXEIRA
utro , r solv u, so-o d 17 22 do oorr nt 1 o c !W.in-
'!t :
CO~'D~~ , por t:naniml.éindo d voto '·
- T n C GL:J>STONE P · ASETTI TEI I
(7) . os a r clusN , c o incurso nas çÕ s dos nrt1 os 26 ,
u I, 3 52, o b1llB.do co o art. :J 3 , o 06d1.so 111tar;
- Cnp DALGIO DA NIE US pena
( } os d clus-o, como incur...o na eançõ s
~ ZQ~ 09~ § 10, 26 , 0
I, e 352, combinado co o
C6d1 o P lite%1
- 2Sl :1 n B/2 PAULO RE !IUD ~u..NDA · ,ILVA p
1i (71) o r cluo-o, co Q 1.~ '!nmo n.:"lB çÕ
o ortigoo 205. § 2 , 209 1 §~a, 264, n I, 352, co 111a o
• o art. 53, o 06d1 P lllli:tr.u•J
- JG Sgt AN DE OLIVEIRA p na ss nt . oi
(52) oo d r clu""-o' Q o 1nct:roo n.s çÕ ..oo nrtiaos 20:1,
... 22, 209, § lC, 2 , Q I, 352, Cotlbino.do ~o o art. :;;3, o
. 6di o P nal .111to.r1
- 3 Sgt RUBENS RTINS D SOUZA p
doi c ( 62i anoo d ro :; · , o o incuroo nçÕ dos rt1-
eos 205, ~ 20, 209, - , 264, ng I, 352, c bi a.o c o. -
ti 53,
o C6d1 o Pona.l 11 I
- 3 Sgt SID I GUEDES p cinqu nta o1 o (5 )
~a d r c1 -o, co .o in urso gÕ a doo rt • 205, § 2g,
209. § 19, c b1 do co ~ o rt. 53, .do C6ai o PClllll. J
- bo .JOS AUGU :LO CRUZ p d nt o1 {62)
do oficio tl 122./ f d 23/l/73)
Jlu -o, c o ~n u o çÕ do
, 26 nQ I, 352 1 co bi q o c ·o firt.
l i r;
- O bo OEL O ' ;o REIT S I O i u n
(58) oa olu -o, c o incurso çÕe dos art •
2 ' 20 ' o bi do com o art. 53, a.o C6d1go :r- nBl
l1t r;
- 01v11
t nç-o, c o 1ncu
r o BmiRO DE ocr.A
..
ço a
pen d~ doi (2) onD
do art. 3 52, co bina o c
o rt. 53 1 do 06 o P
- 01: 11 IBANID- d (1) no d
-o, c do rt. 352, comb1 do com rt.
53,
R ndo. o C nseJ.ho • p oial J tlça.y
por u n1 1 d '
oto , qu
:i'ElXEIRI~ 3Q Sgt G:EIULDO JOS
DA .. ÜLV!.., , por o.ior.l , qu nto o O l ARIOS ALDO _TAVARES GOtmS
Dll SI!N A 1 T n d CO AUGUS~ú LOPES 1 ct>ns1deror que exi
t , noa autoa ob exo.cc, :!nd!cios de orim 1 p los moaoos prr-
1 do , natcrminando. o consequÃnoin, a cxt ção e d
p çu doa uto ao nis ério ~co, 1àx :fins d direito, na
fon do diopo -to no artigo 4_2, do C6d1 ·o d · PN0'-!.130 ·penal
11 •
~unnto a loi !lro ou public <;!;) &, pNt:.~t ois o,
-
l~tim Interno daa Uni ades. eubord;z.~éles ese fncU to Co-
ando. comG to d tio-ação B Inst~~lição ~fendida
rios, ot Juizo confitl. no el.ewdo entendimento de V.
ndo, xo:Lu 1 nto, o u alto crit rio fetiv cl"'o
di da.
Aprov 1trm · o jo., r novo • o
1 v: do o.p ;o tinta conoide~gão.
Dr. J •• v
..
•17/7
•
23 de jan0i~o de 1973.
123/ja.
anos de reclusão, como incurso na~ sanções dos art~. 20~, ~ 20,
209, § 1a, 264, nQ I, e 352, combinado com o art. 53, do Código
J?(!nal ~.!111 tarJ
- Cabo OELSO GOMES DE FREITAS FILHO h pena. de cinquen-
ta e oitó. (58) anos do reclusão, co~o incurso nas sanções ãoa
rts. 205, § 2Q 1 e 209, § lt, combinado com o art. 53, do 06di-
go Penal· LI111 tara
- Civil NELSON RIBEI.Rô DE LIOURA h pena de doia (2) anos
de d tenção, como incurso nas sançÕes do art. 352, combinado oom
o art. 53, do 06digo Penal lali tarJ
- Civil IRANIDES FE.LtREIR;A. h pena do tm (1) ano de deten-
ção, como incurso nas eançõoa do art. 352, oombinado oom o art.
53, do 06d1go P nal ~litar.
Resolveu, ainda, o Conselho Especial de Justiça,
por unanimidade de votos, quanto ao Ten Cel GLADSTONE PERNASETTI
TEIXEIRAt 3 o Sgt GERALDO JOS! FERREIRAt 3!t Sgt NIVALDO Art!ARO DA
SILVA, e, por mai~ria, . quanto ao Oel ARIOSWALDO TAVARES GOMES DA
SlLV~- e 10 T~n f:!ed t:RICO AUGttSTO LOPES, considerar g.ue existem,
noa autoa sob eXBme, indícios de crimes~ peles mesmos praticades ,
dstormir..ru:--d..o, eu cc-nsequênciai e. extração e re1neasa de peças dos
antoe ao Minist6r.J..o PtS.blico. pP..ra fins de direito, fiA fonna. do
ü:'.aposto no artigo 44~, do 06d1go de Processo ~cnal t.ali ·tar.
.
tcatos de elevado a:preço e distinta col"..sic1ernçao.-
Aproveitando o ensejo, renovo a V . E~I oa meus pro-
Dr.
"
ja/proc.l7/72
-
\
(
Dr.
..
3a/pro . 17/72
r:------,.....,.-.=-:--,--- - - - - -- - ---
23 aniro ~973 .
12?/3
Dr.
CONCLUSÃO
..
I
r
\
JUNTADA
Aos.J._dias do •oes da ~..do ano de 19~
faço juntada G. : :> F:;ssn:cJ eu' :s C:.:> c':;c- umento cue
se segua~_ __a~ .) [;sj~_/., C.J c:ue :t'~ c onst.. r ~rei
este termo. Eu,~··-··--···~~
JUSTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MIL ITAR
2." AUDITORIA DO EXÉRCITO
- *2 *-
III- 3º Sargento SIDE!U GUEDES e Cabo CELSO GOMES DE FREITAS
FILHO - incursos nos Artigos 205 § 2Q nº III e VI, e I I
209 § 1º, c/c o Art. 53, tudo do CÓdigo Penal Militar.
IV- Civis NELSON RIBEIRO DE l-iOURA e IRANIDES FERREIRA - in-
cursos nos Artigos 352 c/c o Art. 53, tudo do CR~o
Tendo aida o Ministério PÚblico, em Aditamento
de fls. 878, atribuido ao Capitão NIEBUS e sua t'Equipe 11 consti.
- tuida pelo 2 2 Ten MIRANDA, Sgt RUBENS, ETEL e Gl.BDES, Cabos //
CRUZ e FREITAS, a responsabilidade penal (Art. 79 do CPM) pela
infração de quatro (4) vezes o art. 205 § 2Q do CFcl, e de por
onze (11) vezes o Art. 209 § lQ do C~t, além dos outros crimes
já especificados na Denúncia.
A denúncia e seu Aditamento foram recebidos pe-
los Despachos de fls. 580 e 886, respectivamente.
A requerimento do Sr. Encarregado do IPM, rati-
ficado pelo Ministério PÚblico, foi decretada, por estar o re-
querimento devidamente fundamentado - Despacho de fls. 573 da-
tado de 22/3172 -,a Prisão Preventiva dos acusados Cap NIEBus,
Ten MIRANDA, Sargen-~os IVA.l~ ETEL, RUBSNS, SIDENI e os Cabos I
CRUZ e FREITAS, respondendo os demais acusados ao Processo em
liberdade até a data do Julgamento - (22-1-73).
Por Mandado de fls. 587 fora~ todos os acusados
citados - Certidão de fls. 588.
A Certidão do sorteio do Conselho Especial de I
Justiça consta de fls. 593, e a do compromisso às fls. 6o8, dan
do-se inicio à 1a sessão do Conselho, como consta de Ata de I
fls. 621, ocasião em que o Dr. Auditor, logo apÓs a abertura da
Sessão pelo Sr. Presidente, solicitou a palaVra para propor ao
Conselho, na forma do disposto no Art. 387 do CPH~, que a ins-/
trução cr~inal do presente feito transcorresse, excepcionalmen
te, em segredo de Justiça, por assim o exigirem o interesse da
ordem e da disciplina militares, e que aos membros da Justiça
Castrense cumpre preservar. Aprovado o proposto (Ata de flso n~
~ 621), passou o Conselho a funcionar em segredo de Justiça, sen-
do a seguir qualificados e interrogados os acusados, todos devi
damente assistidos por seus procuradores e pelo Dr. Advogado-de
Oficio: Ten Cel GLAOSTONE FERl.~ASETTI TEIXEIRA. -fls. 609/11; //
Cap D~Ú.GIO iíiRA1mA :JIEBUS - fls. 612/13v; Ten PAULO REYNAUD MI-
RANDA DA SILVA - fls. 614/16; 3 ~ Sgt IVAii ETEL DE OLI\'EIRA - I/
fls. 617/618; 3Q Sgt RUBENS M~qT INS DE SOUZA- fls. 619/20v; 32
Sgt SIDE"N'I GUEDES - fls. 637; c i vil NELSON RIBEIRO DE HOUR.à - /
258
JUSTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2 .• AUDITORIA DO EXÉRCITO
-*3*-
.flso 639; civil IRANIDES FER..-qEIRA - .fls. 642; Cabo JOSt AUGUS-
TO CRUZ - .fls. 644; Cabo CELSO GOMES DE FREITAS FILHO - .flso /
672.
Dando-se prosseguimento ao Sumário, .foram ouvi-
das as testemunhas numerárias arroladas na Denúncia:
1a )- .fls. 710 - Capitão Amim Elias, con.firma seu depoimento pr
tado no IH1 às .fls. 391 e .faz outras declarações com relã
ção ao Ten Cel GLADSTONE, a quem teria sido comunicado os
.fatos ocorridos no "Arquivo" pelo Cap UIEBUS;
2a)- fls. 713 - Sgt Francisco Leonardo Meto, confirma o depoi-
mento de .fls. 172, e .faz declarações osbre o espacamento
de Soldados a que presenciou no •• Arquivo'';
3a)- fls. 717 -Cabo Eugênio Gonzaga Tomaz, con.firma depmi~ento
de fls. 177 do IPM, e .faz uma narrativa dos espancamentos
a que assistiu, declinando a autoria dos mesmos;
4G )- .fls. 721 - Soldado Luiz Antonio Garcia Novaes, con.firma I
depoimento prestado no IFM às flso 211, e declara que no
dia 12 de janeiro .foi impedido de ingressar no nArqti.:!.Von,
e ainda que um dia antes do falecimento do Soldado Geomar
pôde constatar as lesões por este sofridas;
5B)• .fls. 839 - Geralselia Ribeiro da Silva, irmã do Soldado I
Geomar, confirma depoimento de .fls. 317/21 do IR~ , e faz
um relato da prisão de seu irmão e da tentativa que .fez da
para alertar o Comandante da Unidade, que se encontrava de
férias, Cel Ariosvaldo, bem como o Tenente Médico ltrico ,
sobre o espancamento dos presos que estariam ocorrendo na
Unieade;
6a)- fls. 843 - So!dado Aparecido Die~ Machado, esteve preso no
' n.rquivott de 7 a 13 Jan 1971, confirma o depoimento prestl!
do no I IM às .fls. 77, .faz um r ela. to dos espancamentos a I I V
que assistiu, e dá o nome algoses; é um relato que ajuda a
entender o resultado das 4 (quatro) mortes e dos 11 .feri-/
dos resultantes da atuação da nEq_uipeu do Cap :t\TIEBUS, se-/
cundado pele Ten HIRJ...NDA, no nArquivo"; escla.rece ainda a
testemunr~a te r sido o Soldado Geomar muito espancado na I
parte da manhã do dia 12 de janeiro; e mais, (iue na ausên-
..
ci& dos Ofici~is o Cabo FREITAS não batia e tratava bem os
presos;
7.ª)- .fls. 847 -Soldado José GetÚlio novo Pauferro, confirma d~
poimento do IFH às .fls. 110; dá o nome dos espancadores do
Mod. 258
JUSTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2.• AUDITO.RIA DO EXÉRCITO
-* 4 *-
fal.ecido Sd Geomar e de outros Soldados ; esclarece ainda
que após os interrogatórios no nArquivo" retornava ao xa
drez do Corpo da Guarda, destinado aos presos à diSposi~
ção do S/2;
8a)- fls. 849 - 1~
Sgt Coriolano José Monteiro, Encazregado d
Carpintaria do Batalhão, fez duas palmatórias a pedido d
Capitão NIEBUS, uma delas com modelo fornecido pelo pro-t
prio Oficial.
A segyir f~uvidas as testemunl~s referidas:
I
?
-* 5 *-
Nilson Senhorio Horcato - ~1s. 108, preso em 28/12/71, espanc,ã
do pela nEquipett; assistiu a agressão de que foram vítimas os
Soldados GetÚlio, Gonzaga e Ferreira;
Peri Silvares Henrique - ~ls. 112, preso em 30/12/71, espancad
pela "Equit:e''; assistiu a agressão de que foi vÍtima o Soldado
Geomar;
Sergio Amorim Vieira - flso 102, preso em 30/12/71, assistiu o
espancamento de Geomar e também ~oi agredido pela "Equipe";
Valter Soares Matos - fls. 100, preso no fatÍdico dia 12 de j~
neiro de 1972, assistiu o Cabo CRUZ aplicar choques elétricos
no falecido Soldado Vicente.
Às fls o 285 os Solc.ados Cornélio e Luiz relatam
como, por ordem do Ten MIP~~DA, se desfizeram de uma bolsa e de
um vaco de roupas pertencentes ao Soldado Vicente, e que estvam
man~h.adas de sangue •
dos acusados:
- Ten MIRANDA: la)- Fls. 1015, 1~ Ten Médico trico Augusto Lo-
pes, procurou explicar as razões do não atendimento aos I
Soldados presos no uArquivo 1' , antes da data de 13 de ja
neiro de 1972, quando ~aleceu o Soldado Geomar;
2a)- fls. 1018, civil Luiz Alberto de AraÚjo, ex-Soldado
do 1~ BIB, depõe sobre o encontro ocorrido entre o Ten //
Cel GLADSTONE, Cap NIEBUS, Ten MIFUU1DA e o depoente, ten
do sido posteriormente procurado pelo Ten· Cel GLADSTOrm
"'
em sua residencia.
- Sgt R~NS e Cb FREITAS:flso 1019, ex-Soldado Valter Soares
de Hatos, estava preso no nArquivor' no dia 12 Jan 72; re
lata os espancamentos que assistiu e que sofreu da ttEqui
pe", com exceção do Sgt RUBENS e do Cabo FREITAS, aos ///
quais considera como seus salvadores;
- Ten Cel GLADSTONE:- ~ls. 1029, Ten Cel Mário Orlando Ribeiro
Sampaio, Encarregado do IR-i, declarou que os indiciados
no Inquérito prestaram declarações livres e espontâneas;
2a)- fls. 1031, 2~ Ten Geraldo de Paiva Arantes, presta
informações sobre a personalidade de seu ex-comandante co
mo cidadão e militar;
M od, 258 3~)- fls. 1034, Cel Rubens Moura Jardim~
JUST I ÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2 ." AUDITORIA DO EXÉRCITO
-* 6 * -
6or~ecimento dos fatos narrados na Denúncia por ser o /1
Chefe do Estado Maior do Comando que determinou a abertg
ra do I.P.M.;
- Sgt ETE1 e Cabo CRUZ:- fls. 1047, Capitão Álvaro Vitorino de
Pontes, depõe sobre a boa conduta militar de seus ex-co-
mandados. Por ocasião dos fatos narrados na Denúncia, en
centrava-se afastado da Unidade.
2a)- fls. 1049, Sub-~enente Zacarias dos Santos Carvalh~
depõe sobre seus ex-subordinados na 2a Cia do 1~ BIB;
- Sgt SIDENI GUEDES:- le)- fls. 1050, 1~ Sgt Geraldo·José Pe-/
reira, foi quem indicou ao Cap NIEBUS o Sargento GUEDES
para trêbalhar na 2a Seção do lQ BIB, por ser este um e-
lemento excepcional. ~ue soube pelo próprio Sgt GUEDES
que fora designado para funções externas;
~ 2a)- fls. 1052, 22 Sgt Menulfo Nery Bezerra, afirma ter
assistido" o Cap NIEBUS chamar a atenção do Sgt GUEDES, I
porque este abominava violência. ~ue não esteve presente
a qualquer dos fatos narrados na Denúncia;
3a)- fls. 1053, Cabo Alvaro Miranda da Silva, era o m0tQ
rista da Viat~ra que ficava à disposição do Sgt GUEDES ,
para o serviço externo;
- Cap DAlGIO MIRMf-DA NIEBUS:- la)- fls. 1069, Oriel Pereire Vã
lado, civil, Funcionário Municipal, disse que no dia 13
de janeiro de 1972, na Av. Churchill, encontrou o acusa-
do, que estava acompanhado da esposa e lhe disse que es-
tava com pressa pois iria ao escritÓrio de um Advogado I
se encontrar com o Ten Cel GLADSTONE. ~ue o acusado disse
que iria ttaqui, a um escritÓrio de advogadot', não menci.Q.
nando o local, porem o depoente se encontrava conversan-
do com o Capitão na Av. Churc:b.ill ;
2a)- fls. 1071, Cabo Cezar Luiz P. da Fonseca, era o en-
fermeiro, e faz um énteressante relato sobre o que viu I
no 11J:.rquivo" no dia 12/0l/72, e o atendimento que presto
aos presos Geomar, Vicente, Monção e Vanderlei, e o esta-
do f!sico deplorável em que se encontravam, e ainda à in
cisiva negativa do Cap NIEBUS em chamar o Médico da Uni-
dade; ..
3ª)- fls. 1073, Cabo Messias Campos Suhett, disse que ~
sistiu a morte de Geomar no u Arquivot1 ; informa sobre a I
negativa do Dr. !!rico, Hédico da Unidade, em comparecer
ao u Arquivo •; que sabe que o referido Oficial só co:m.par~
od. l58
JUSTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2 .• AUDITORIA 00 EXÉRCITO
- * 7 *
compareceu ao 11
.Arquivon após a morte do Sd Geomar .
ApÓs a inquirição da Última testemunha de defe-
sa, houve por bem o Conselho programar uma vi s i ta informai ao
1 ::2 BIB, acompanhado do ~linistério P&blico e de todos os def'en-
sores dos acusados, especialmente confidados pe~a esse rim, a
qual realizou-se no dia 10 de julho de 1972, tendo ir~cio na I
parte da manhã - 10:00 horaso Os visitantes f oram recebidos p~
lo atual Cmt. da Unidade, Ten Cel João Cassio Martins de Souza
Santos e sua Ofi cialidade, com os quais percorreram, minucios~
mente, t odas as dependências da Unidade, especi almente o uArqu
vo", onde eram interrogados os presos do Sl2 , o xadrez do Corp
da Guarda, a Enfermaria da Unidade e as dependências do Coman-
do . Aqui :fica registrado ~s agradecimentos , não apenas do Conse
lho, como dos Sr s . Advogados e do Ministério PÚblico, pela ma-
nei~a cavalhei resca com que :foram recepcionados na Unidade pelo
-*9*-
carece de materialidade do delito, elementos indispensáveis //
que a completam e lhe dá definição legal, e quanto ao mérit~,
pede a absolvição de seu defendente, como medida de Justiçao .
Em requerima~to de flso 1466, a defesa do Cap.
NIEBUS requer a apresentação de suas alegações finais, bem com
as do Ministério PÚblico, sômente após o conhecimento do resul.
tado do :Sxame de Sanidade Hental a que está sendo submetido o
seu defendante no H~x, por dete~ação do :onsalhoo Ouvido o
M.?., às fls. 1469 este se m~~ifesta pelo indeferimento do pe-
dido, porem por Despacho devidamente fundamentado de flso 1471,
o Dr. Auditor deferiu em parte o requerimento da defesa do Cap
NIEBUS, ficando os autos em Cartório aguardando o resultado do
Exame de Sanidade Mental do acusadoo
Às fls. 1477 consta o Au~o de incidente de Exa-
me ~e Sanidade Mental a que foi submetido o acusado Cap Nl3Bus,
o Exame propriamente dito consta às fls. 1495, o Diagnóstico e
Parecer às fls. 1501, e a resposta aos quesitos formulados pel
defesa, às fls. 1502. Com relação ao resultado do referido exa
me de Sanidade Mental, tanto o Ministério Pttblico, fls. 1513,
como a defesa do acusado, Certidão de flso 1513v, cientes, nad
reque!"er3:!1.
Aberto vista dos autos, à defesa do acusado Cap
NIEBUS, para apresentação de Alegações Finais, esta apresentou
as razões escritas de fls. 1515/1522, onde faz uma análise dos
fatos delituosos descritos na Denúncia, para concluir pela res
ponsabilidade de todos os Oficiais e praças da Unidade que de-
les tiru1am conhecimento. Que o seu defendente estava cumprindo
ordens superiores em uma verdadeira nguerra santa11 , em defesa
das instituições, não lhe cabendo a responsabilidade única de
tais fatos, nem admite a autoria dos homicídios ocorridos, nem
que sabe se dolosa ou culposamente ou por meros acidentes, em
uma ação imprevisÍvel. Pede absolviçãoo
Como consta de Ata de fls. 1528, o Conselho reu-
niu-se para tomar conl1ecimento do Laudo de ]lxame de Saniiade //
Hental do acusado, Cap Nl~<~.rms, ocasião em que também estudaram
as alegações finais constantes dos autos, fiãando-se a data do
Julgamento do feito para o dia 10 de j~~eiro de 1973, cientes
as partes.
Como se verifica do Despacho aposto no requeri-/
mento de fls. 1548, a Sessão de Julgamento foi, a pedido da de-
fesa do acusado Cabo FREITAS, adiada para o dia 17 de janeiro
od 258 do corrente ano.
J USTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2. • AUDITORIA DO EXÉRCITO
- * 10 * -
Às fls. 1559 consta o requerimento da defesa do
acusado Cap ~CEBUS, requerendo que, ouvido o Ministério PÚbli-
co e os demais defensores, o Julgamento seja feito em segredo
de justiça, pelos motivos que passa a esclarecer. O H.P. ouvid
sobre o requer~ento da defesa - fls. 1561, não se apos à pre-
tensao da defesa, ficando a decisão a ser proferida pelo Cons~
lho na própria Sessão de Julga~ento já designada, de acordo co
o Despacho de fls. 1559.
Fim do 4º Volumeo
* ll *
- A defesa do acusado Ten Cel G~~S~ONE, representada
vogados Newton Lobo de Carvalho e Luiz Carlos Correa de Mirfuld
que sustentaram a improcedência da denúncia e consequente
vição do acusado.
- A seguir, com a palavra a defesa do acusado Cap NI8BUS,
mou "estes homens foram treinados para a guerra, não são homens
comuns, são especia:izados para enfrentar a Guerra Revolucioná
ria, existente como atesta o Dec-Lei 898/69u, e passou a desen
volver suas alegações escritas de fls. 1515122, concluindo pel
responsabili1ade do ex-Comandante do 12 BIB, Cel Ariosvaldo,
do então Comandante substituto, Ten Cel GLADSTONE, que
cientes do que ocorria na Unidade, e enfatisou '1 ou são todos I
responsáveis ou ninguem é responsával 11 , e termina pelo pedido
de absolvição dos acusados ou a condenação a penas justas.
- Com a palavra o patrono do acusado Ten ~U~~DA, o Advogado Be
larmino de Miranda Filho afirmou ser em parte verdadeira a de-
núncia, porem que houve exagero no I~1, co~o se infere dos de-
poimentos das prÓpri.s.s vÍti!!!as que conseguiram sobreviver, e I
prossegu:.u a defesa, afirmando que o Ten Hii :.imA obedecia ordem
de seu superior hi~rárquico, o Cap NIE3US, um homem desprepara
co para a função, e prossegu~.u o ilustre advogado desenvolvendo
suas alegações escritas de fls. 1457, para terminar com o pedi
do de Justiça.
- ~ seguir, ocupou a tribuna o digno Dr. Advogado-de-OfÍcio, de (
fensor dos Sargentos ETEL, GUEDES e Cabo CRUZ, que afirmou te-
rem estes graduados cumprido ordens diretas do S/2, contra as
quais não teriam coragem de representar por ser este seu supe-
ricr hierárquico e S/2 da Cnieade, e que estavam sob coação ir
rcsistível e completamente isentos de culpabilidade, terminando
por pedir a absolvição do Sgt GUCDES e Justiça para o Sgt ETEL
e Cabo CRUZ.
- . .n. seguir, com a palavra o il1;.stre Dro l:ario Mattos, de:'ensor
do acusado Sgt RUBENS, alegou ter este agido sob coação irresi
tível do Cap NIEBUS e todo o Comando do lQ BIB, e apÓs desenvo ..
ver suas alegações escritas de flso 1463, conclui po~ pedir Jus
ti~a para o seu àefendente.
~ue o Ten }CRANDA contou, no dia 13 Jan 72, com o aaxilio, efi
caz, consciente e confesso, dos acusados civis, funcionários I
do Departamento de Policia EstadÚal do Estado do Rio de Janei-
ro, para a tentativa de cremação do corpo do ir~eliz Soldado I
do :i.º BIB Juarez Honção Virote, espancado até a morte, pela I
11
Equipe 11 , no dia anterior (12...01-72) no interior do "b.rquivo",
local para onde eram levados os presos a disposição do S/2, a
finl de serem interrogados, sob torturas, na chamada sindicânci
da maconha.
Que as prisões no 11 ./l...rquivo' tiveram inicio após a prisão do tr
fica."!te, civil ·'Capa.rra' , irmão do Soldado Hélio Botelho, no
mes de dezembro de 1972, na a Unidade a pedido do ExmQ. Sr.
Juiz de Direito local, coQo esclarece o Cel Ariosvaldo em seu
depoimento de fls. 979V·
Que no dia 26 de dezembro de 1971 foi preso no "Arquivou, sendo
posteriorrc.ente interrogado e espallllado pela ri"Equipe 11 do Cap NIE
BUS, o Soldado Helio Botelho, irmão do ciVil n·caparra'• •
de sua mort-a - dia 13/01/72 -, ocorrida em ra3ão das lesões re- ·'.,
cgbidas. .. .
~ue no d:.a 31 de dezembr~ de 1971, o Soldado Helio Botel~o, pre
d. 258
JUSTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2.• AUOITOBIA DO EXÉRCITO
- * ~5 * -
11
preso no ·• .A.r~uivo iesde o dia 26, conseguiu fugir, fato este
· · .... ·
que u1sp~.ou, d 4~as ~ros,
" ' a 7t"""'~qu~pe
• • ' com co~sen t ~men
~... , Ja · t o do I
primeiro denunciado, Ten Cel GLADSTOI\lE, a simular a fuga e con.
seQ.uents deserção dos Soldados Xonção e Vanderlei, mortos por
espancamentos no dia 12 de ja."leiro de 1972, no ·•.Arquivo".
~ue no mes de ja."lciro de 1972 as prisões continuaram: dia 6 E-
valdo; dia 7 .t>.parecido, d:!.a 11 Soldados Vand~rlei de Oli v.eira,
Juar,ez l~oncão Virote e Roberto Vicente da Sil"'{ª' os tres Últi
mos bàrbaranente es:Jancados pela "Equipen no dia 12, Vindo a I
fa~ecer no mesmo dia -\ra.nderlei e Honção, tendo Vicenta morrido
no d~a 24 já no HCEx, onde baixara no dia 14, apesar de todos
os esforços desprendidos pela equipe médica daquele noso.::ômio,
em razão dos ferimentos recebidos. ~o dia 12 foi preso, no ''A!:
quivon, o Último Soldado vÍtima da 11Squipe11 , Soares, que pre-/
seng1ou parte dos espanca~entos de seus ca~aradaso
"tue o depo:.tnento de todos os Soldados, que vivos sairam do •• il3.
quiYo 11 , inclusive Helio Botel~o que espontmeam.ente se apresen.
tou ao Cel Sampaio, ~~carregado do IR1, estão relacionados no
11
relatÓrio" dest7. Sentença, e suas declarações, quer no IfM ou
em Juizo, encontram respaldo nos autos de corpo de delito a qu
fora~ submetidos, e aL~da no Auto de ~ecróps~a de seus camara-
das mortos e mesmo na confissão de seus algoses da ':quipe• do
3/2 ]'H~Bus, quer em. Juizo como no IPH.
"(,ue dura'l1.te o curto per~odo de 19 dias, decorrido entre a pri-
são no d~~ 26 de dezembro de 1971 do so:dado Bot9L~o, até a Úl
tima prisão efetuada no dia 12, do Soldado Soares, a "Bqu:.::;lett
do Cap NIEBUS, secundado pelo Ten .UR~IDA e seus Graduados, e~
pancaram e tortur~ram até a morte 4 (quatro) jovens soldados e
produzir~, dolosa~ente, us~do os mes~os, métodos cruéis, le-
sões graves a mais outros 11 (onze) Soldados.
,ue, qu~~to à materialidade dmhomicidios dolosos e qualifica-
do.:., imputados à ''~quipe t,
pelas mortes cr'.léis infringidas .aos
4 Soldados Honção, Vanderlei, Geomar e Vicente, estão devidamente
co~provadas nos autos pelos documentos de fls. 162, 424, 4:, I
42, 354, 355, 334, 339 e ai3da indiretamente pela confissão dos
prÓprios acusados em Juizo:
- fls. 613 ~ap NIEBUS, referindo-se aos cadáveres de Hon- 4
JUSTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2.• AUDITORIA DO EXÉRCITO
- * 20 *
- 3Q Sgt GQEDES:- nomicidio
-Sd Geomra- 638, 83, 105, 110, 113;
-Sd. Vander1ei- 7ode. a t Equ~pa 11 , 614, 673;
-Sd ~onção- 644, 637v, 638;
-Sd Vicente- Toda a rtEquipeu, 91;
- Lesões Corporais: fls. 44o, 441, 540, 541, 89,
104, e estava no uArquivo" na manhã do dia 12/1/72,
fls. 1C21, durante os interrogatórios;
-Cabo CRUZ:- Homicidios
-Sd Geomar- 717, 719, 843v(cano de ferro), 1017, 1019; e no
IRI fls. 83, 9l(cano de ferro), 103, 105, !07, 110,
111, 112, 115;
-Sd v~~der1ei- 637, 638, 843, 673;
-Sd ~ .onção-717, 718, 719, 843v, 180;
-Sd Vicente- Toda a :'Equipeu fls. 91 e lOO(choque);
+ -Lesões Corporais: f1so 613, 620, 638, 717, 718,
843v, 844v, 847, 1019v, 84, 85, 87, 89, 101, 102, //
104, 106, 108, 110, 114, 116 e 168;
-Cabo FREITAS:- Homicidios
-Sd Geomar- fls. 83, 103, 105, 107, 110, 115, 1791
-Sd Vanderlei- 673, 843;
-Sd Monção- 717, 180;
-Sd Vicente- fls. 91, toda a "EquiFe 11 ;
- Lesões Corporais: fls. 90(cano de ferro e afogã
mente), 102, 104, 110, lll, 139, 180, 620, 673, 441,
843.
Que com relação ao Chefe da "Equipen, o S/2 Cap NIEBUS, verif!.
ca-se ter sido o mesmo, a requerimento da defesa, submetido a
um rigoroso e demorado Exame de Sanidade I·: ental e FÍsica, no I
HCEx, cujo ~audo Pericial figura às fls.
~ue após acurados exames concluiram os Srs• Peritos, respondeu
do a quesitos formulados pela defesa, não ser o referido Ofic~
al um doente merta:, possuir• capacidade plena de entender o c~
r&ter ilÍcito dos fatos, e de determinar-se de acordo com seu
entend!mento.
~ue a simples circunstância da personalidade deste Oficial o I
"
iuabi1itQ para a continuação da carreira militar, é evidente,
porem, data vênia, este mesmo motivo eliminaria um motorista n
teste psicotécnico que viesse a ser submetido no DETR~, para
dirigir coletivos, porem aMbos, perante a lei penal, são plena
d . 25 8
JUSTIÇA MILITAR
1. • CIRCUNSCRIÇÃO JUDIC IÁRIA MIL ITAR
2 . • AUDITQJUA 00 EXÉRCITO
- * C:.L * -
plena~ente imputáveis pelas ações delituosas que venham a exe-
cutar, po!s possuem a responsabilidade plena de seus atos.
~ue em tempo hábil, de acordo com a lei processual militaf, 11
não sofreu qualquer impugnação o refe~ido lauco pericial, quer
pela defesa do acusado como pelo M.F., estando o Conselho de I
pleno acordo com a conclusão a que chegaram os srs. Peritos 11
qua..'lto à responsabilidade criminal do acusado Cap !UEBUS.
C.,ue é de se salientar que toda a '~quipe 11 do S/2 Cap NIZBUS, I
encontrava-se presente no "Arc;.uivo" durante os bárbaros espan-
camentos a· que ~or~ submetidos, na parte da manhã e da taràe
\ ~ ·, do dia 12 de d~eiro, os Soldados Honção, Vanderlei, Geomar e
Vicente.
Que os dois prineiros, na noite do mesmo dia 12 já eram cadáv~
res, e Geomar faleceu no dia imed!ato, 13, em consequência dos
es~ancamentos que quase diariamente era submetido, desde a da-
ta de sua prisão em 31 de dezembro de 1971, tendo o Sd Vicente
falecido a 24 dejaneiro de 1972, já no HCEx.
~ue conforme ir~orma em Juizo a testemuvlla Sd. Aparecido, às I
fls. 845v, na parte da manhã do dia 12 de janeiro o Sd Geomar
também foi espancado no "ARquivo", assim, em nada aprove!ta. a
ausência, na parte da tarde, dos graduados Rubens, Guedes e //
Freitas, deste local, pois quando de lá se retiraram ainda es-
tav~ vivos, porem ~uito feridos, os Soldados Monção, Vanderle~
Vicente e Geomar, e nada fizeram para sustar a continuação dos
espancaoentos que IPes ocasionaram a morte.
~ue, como esclarece a mesma testemunha às fls. 845, os espanca
mantos eram praticados na parte da manhã e na parte da ta~de, e
mais, ''que mesmo não tendo Oficial presente os presos eram es-
pancadosu, o que demonstra a ausência de qualquer coação hierár
quica sotre os graduados que tambem agiam espontaneamente, dan
do vasão aos seus instir.tos crininosos em igualdade coo seus s
periores, Cap ~U:Z::BUS ~ e Ten :HIR.ANDA, e a deliberada passividade
dos demais.
~ue os presos no 11 .~qui-vo 11 , embora necessitando de socorros mé-
dicos e de medicamentos, estes lhes er8m negados pelos merrbros
• da "Equipe' , Oficiais e 3-raduados, que assim procuravam manter
ocultos os espancamentos que lá ocorri2.m; ':este-nunha Sdo apare-
cido - fls. 843: 1 que o médico não tinha permissão para ir ao I
u ..~quivo'· ; e ainda no :::R~ , às fls o 79: "Geomar já nw consepia
permanecer de pé, chorando e gemendo durante a noite, e pedlndo
Mod. 258
..
J USTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2.' AUDITORIA 00 EXÉRCITO
22 -* *-
para chamar o Gabo ?REITAS que dormia numa das dependências da
.E!l.fermaria; que o Cabo FRZIT:".3 n ão atendeu aos gritos de seus
compa.11heiros n •
nque Geomar pediu. ao Cabo ~homaz {o en.fermeiro) muitas vezes ,
para levá-l o para a enfermaria, porque iri a morr er, l imitando -
se o Cabo Thomaz a l evar uns compri-'!lidosu , e a i nda a testemunh.
Cabo enfermeiro Thomaz às f l s . 718:
uque recorda-se de que duas vezes en que fo i ao 11 ..:;rq,uivo", uma
f oi - lhe di t o pelo Cap :nsm;s: rtnada v i , nada sei·', e a outra o
depoent e f o i advertido pel o Cabo CRUZ para que n ã o comentasse
nada do qu e vira no .arquivou, e mais, às f ls. 1071 , a teste!!'lll
n.."la Cabo Er..ferrn.eiro Ce zar: 'chamado pel o : a p :~IEBUS, no die. 12
de janeiro, na pa rte da t arde após a s 18:00 horas , pa ra s o cor -
rer um Soldado (Geomar) no n;l.Tq_ui vo r•, e que constatou estar e.m
estado de coma, depõe:
"qu~ imediatamente ao cons tatar que n ão poderia assuJUir a res -
ponsabilidade do caso , o depoent e s olici t Otr ·-a pr e s ença de tUt I
méài co ao pr Ópri o Cap ..T!E3US; q_ue este l he disse : 11 está doido ?
Você que r me ver f udi do . ?aça o poss í vel n, e ainda que o Cap I
NIEBUS l he d i s s e "se abris se o bico , estaria f udido . 1'e da mes -
ma f orma que o s eu cole ga Ofici al, p r óeedia o ~en Mia~A na ·
timid~; ã.? ias. rarí ss::...-·nas p~5s.;,as adn:.. ~ ~das ?lO "Arquivo •, como
enfer~elro Ncrvaes ~ - fls . - 721v, Q~a tais fàtes não e r am coment~
d.os na Unidado: · que "'l.ão comentóu os fatos que vi".1 no •..uaqui vo '
p
nem .;;,.; - o ':en !fá...:!:.c.::>, porq_um1to hav!a s:..ió a1v9rti do pel o Ten
~aa.I.J. -... d 1.: que ne.da vir~, nada sah:..a solir9 • o ocorrido o
1
3- ~en :íi':L~!~A,
Interroga"jÓrio -fls. 6::.5v:- ttque no dia
12 de jane::ro foi, ei!l coropa'lh~3. do Cap YI ~Bus, à procura do '.:.'en
Cel GLADSTJN3, narra'Yldo os fatos ocorridos dura.'Ylte a tarde; que
o re~erido :en Gel m~~dou que nós déssemos fim aos corpos; que
na m~~ã do dia 13, novamente o Ten Gel GLADS70~~, junto com o
Cap ~U ~B:JS, mandaraJJ. que eu fosse dar fim no corpo de 1'-~onçâo••.
Que a referida ordem, relativa ao cadáver do Sd Monçâ0, foi c~
od, 258
JUSTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2 .• AUDITORIA DO EXÉRCITO
- * 24 *
CU..'Ilprida pel:::> Ten ~-.IIRA."'ID~-l. CO!Il o auxilio dos funcionári::>s civis
da po:!.i~ia estadual, N:8LSO~I RIBEIRO DE rfOURA e I3A!'JIDE3 FE:.:mE~
Rh, os quais, nos respectivos Interroga~Órios de fls. 639 e 11
642, confessam suas participações delituosas de forma convin-/
cente e definitiva, por encontrare~ as referidas con~issões 11
respaldo nas demais provas dos autoso
.;.ue os Sargentos ETSl e RUBENS, em Juizo às fls. 613 e 620 re~
pectiv~ente, ta~bém confessam as suas participações na retirã
da cri::uinosa dos cadávares dos Sds Non~ão e Vanderlei do "Ar-í
q_uivoa, e o transporte para os locais onde foram deformados, I
com o intento de tornar L~possível suas identificações, e lá â
bandonados, L~sepultos.
~ue, complementando a prova judicial, sobre a imputação de cr1
ne previsto no .."-.rt• 352 do CPH aos acuse.dos GL:.DS<.;?JrrE, NIZBUS,
lfiR.:1NDA, :WT.c";L, RUB3NS, CR"CZ, ~"ZLSON e lRA.iCDSS, consta do Inqué
rito Policial Militar depoimentos, confissões e docuoentos, os
mais esclarecedores, às flso 77, 78, 123, 128, 232, 369, 120,
470/75, 305, 371, 322, 329.
~ot.ue quanto ao crime de dano, produzido no telhado do ''Arquivo 11
do lQ BIB, visando a simulação de fuga dos Soldados }:onção e I
Vanderle:.., e do qual são acasados, como mandw··r~e o Ten ~el GL.AD
':'atJZ e e:cecu~:>res NBBUS, l.URANDA, ETEL, RtJE3NS e CRUZ, verifi-
ca-se que ficou esclarecido dura.11te o prÓprio IPH, e dada sua I
pouca ~e!evância, e~ comparação às demais imputações aos acus~
dos, estes, em Juizo, não procuraram contestá-lo ou negá-lo, a~
sim verifica-se:
- Que a materialidade do delito está comprovada pelo fiUto de
Aval!ação de fls4
- Que a sL~ulação de fuga dos Soldados mortos foi i~spirada n
~uga real do Sd Botalho, do 11 Arquivon, ocorrida em 31112171: -
':'en 1-ITRA...wA - fls. 128: ttque para surpresa geral soubemos
poste~iormente que o Sd Botelho havia se evadido da prisão por
um buraco exis·cente no teto, tendo quebrado telhas de amianto,
conseguindo se evadir do ~uartel 1 •
Que às fls. 136, o Cap ~:EBUS, referindo-se ao encontro que m~
teve com o Ten .:=el GLA!)STONE na no i te do dia 12/1/72? assim se
expressa.: npois na ocasião o Ten Cel GLADS'l'ON.E comandava o Bats, ..
l~ão, pois o Cel -~iosvaldo se encontrava de férias; foi-lhe eu
tão expli~ado os falecimentos dos dois Soliados e sugerido ao I
mesmo a solução já descrita acima (o3 corpos seriam transporta-
d. 258
dos numa Pick-Up para sereM enterrados) , tendo então o Te~ ~sl
JUSTIÇA MIL I TAR
1. • CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2 .• AUDITORIA DO EXÉRCITO
* 25 *
GLADSTONE concordado e mandado executá-la. Recomendou, entret~~
to, que fosse simulado uma fuga, pois os dois Soldados faleci-/
dos seriam dados como foragidos~
"t.ue às fls o 185 o Ten 1-U?.J..NDA confirma te :r assistido ao encon-/
tro acima descrito, entre o Ten Cel GlADSTONE e o Cap !IIEBUS ,
na noite do dia 12 de janeiro de 1972, em Volta Redonda.
ue com relação às acareações efetuàdas no IH-I - fls o 233, en-/
tre os acusados GLIDS:ONE e N:GBUS; fls. 238 ~ntre GLJOS':'ONE e
.IT~Jm~, já conhecidos os fatos posteriores ocorridos na Instr~
ção Cri~inal, e ainda a admissão em plenário, pela defesa do //
acusado GLADSTON~, do crime de favorecimento aos dois Gficiais,
que naquela confrontaçao o acusavam frontalmente, é de se con-/
cluir que os Oficiais subalternos, ao contrário de seu ex-coma2
dante, falaram a verdade, inclusive sobre o conhecimento que d~
V~"'l ?lO seu Comanda.."l"te dos interrogatÓrios egetuados no 11 Arqui-/
vo o
~ue a ma."ldo do Cap NBB... S o acusado, Sgt RU&::-rs, - flso 85, .a.!:
rombou o telhado do "..u-quivo 11 a fim de simula= a fuga dos Sold-ª.
dos, e a seguir os acusados N:EEUS e CRU: dera"'l tiros para o ar
' gritando que Monção e ifaz1derlei haviam fugido.
Que em continuação desta farsa, urdida para acobertar a morte
dos dois Soldados no "Arquivo'', ocorrida no dia 12 de ja..'leiro ,
no dia i.lllediato - 13/1/72 -, quando po!' término de suas férias
reassumiu o Com~~do efetivo do lQ BIB o Cel Ariosvaldo, foi-lhe
com1mi.cado pelo Cap HIEBUS, na presença do ~en
fuga dos dois presos na noite a.."lte!'ior._ _ _~
~ue a impunidade dos crimes ocorridos no " ..;r quivot era assegur-ª.
da aos d~nais acusados pelo Cap NIEBUS e ~en M:fu~DA, sob a a-/
firmação de que o Ten Cel GLADSTONE seria o Encarragado do IPH,
o que de fato aconteceu.
1 Que, confirmando esta previsão aos demais acusados, verifica-se
que o I tlf do qual foi Encar-re~ado o Ten ~el GLqJ)S'!'ONE, anexado
aos autos às fls. 19 a 71, publica às flso 4o a parte de ~usên
cia dos Soldados 3elio Botelho, Monção e Vanderlei a partir de
13/1/72 ; às fJ..s. 41 o Laudo de !lecr.ópsia de Geomar dando como
caJSa mortis insuficiên~ia cardio-hepato-renal, respondenjo ne- ..
gativamente ao 4~ q~esito.
~ue a pedido do Ten ~el GLADSTO~~, Encarregado do IR1, fls. 54,
~Rádio Sul Fl~inense Ltda fez a publicidade dos Editais de //
od. 258
chamada a desertores - Honção e Vanderlei -, assil"ll como às de-/
JUSTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2.' AUDITORIA DO EXÉRCITO
* 26 *
demais E,isso~as, R~dio do ~omér~io Ltda - ~ls. 57, e Rádio Si
deTÚrgica ITacional - ns. 55·
Que o depoimento de fls. 69, p~estado pela lavadeira Corina do
S~~tos, perante o Sr. Enca~regado do lnqu~~ito ~en Cel GLA9S~Q
NE, é a confirmação da espera.."lça dos demais acusados na i.L-npu..'1i
dade assegurada pe:o Gap NI~BUS , pois este de,oimanto fo· adre
del"lente forjado pelo Ca.p I:liBBTJS,., como faz prova o depoimento I
da testemunca 2Q Sgt Ubiratan de Oliveira às fls. 326, no IPM
presidido pelo Cel Sampaio.
~ue finalmente, d9monstr~'1do a estreita e íntima ligação exis-
tente entre todos os membros mili tat"es dessa 11 societas celeris 11
e o acusado Ten Ce1 GLADSTO~-JE: posst;.iam todos a mesma assistên
cia jur.Ídica, ~ep!"~sent.ada pelo Advogado D~. :1ewton Lobo de Ca:
valho, com escritório à :. .v. Churchil1 n.Q 6o/1204, desde o dia
13 üe janeiro de 1972, como se verifica do depoimento prestado
em .Tuizo pela testet'lt1!l.b.a de defesa do Cap ?'~3US, fls~ 1069, I
Oriel ''/alado, que afirma ter encontrado o Cap ;rr,~B'LS no dia 13
je janeiro de 1972 na Av. ChurcL!ll, quando este ll:e disse que
estava co"! pressa, pois iria ao escritÓrio de um Advogado cujo
nome o depoente não se recorda, e em cujo escritório i2 se sn-/
centrar com o Ten Cel c:....DSTONE.
~ue efetiv~lente, já nas datas de 26 e 28 de janeiro de 1972, I
sob a responsabilidade do >nesmo cau.s:!ê.ico Dr. :Iet•:tor.. Lobo, erma
i:.:petre.dos no Egrégio S~l: duas ord€ns de Habec.s Corpus - fls.
198 e 195, em favor de todos os membros da "Equi:re" então pre-/
sos no I H. do Cel ;;L~1?...'.:i:O, 3gt ET::I, Sgt R':JBEI-:s, Cabo CRUZ, :;ap
NIEBUS, Ten ~U~J~A , Sgt GU3DES, Cabo FR:ITAS e de vários Sold~
dos v:!timas da 1·.2qu1pe", tambérr detidos pe!o Cel Sampaio por rr.e-
dida pre ven~iva.
~ue por motives não esclarecidos, nos autos~ apes&r de continu~
rem presos todos os pacientes, comv in~or~a o Oficie de fls. n~
42.0 da 3ecretaria do Superior ~ribunal Hilitar, datado de 29 de
fevereiro de 1972, o J...dvogado :r. Ne-trton Lobo de Carvalho rcnuu
ciou ç_,o patroc1nio das mecidas re<;.uerida~ em favor da ••:squ!peh .
""ue desde o i.l icio da ação penal, e já no !R1 Sa.Y'!!paio, o referi,
:o caus:!C.ico I'r. Nevton lobo passou a pa~:::-ocir..ar, ex.clusivaraen-
te, à causa ~o ~en Cel G~F:ST03E, o que demonstra, ~ais uma vez
a estro! ta ligação existe.:.:te entre o ex-Comandante e sua •:;:qU:.-
:pe11 do S/2 do 1º BID.
~ue .alé:" do Ten Cel GLABS'IO::::! e do ~er !!édico D:.C. trico ~u~stc
od. 258
JUST I ÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2 .:_ A'lPIT~~A f O ; xÉRCITO
Lopes, existe~
indicies vee~entes no autos de que o Cel J~ios
v~ldo teria, por intermédio do Cap NIEBuS e da testemur.U:a in-/
fo~ante de fls. 839, tom~do conhecimento dos espancamentos o-
corridos no interior do Quartel do 12 BIB, omitindo-se delibe-
rada~ente de to~&r qualquer providência sobre os mesmos. \
~ue da ~es~a forma, eXistem nos autos indicies de crime de viQ
lênc:.a, praticados peles 32 Sargento Gerc.ldo José Ferreira e
Nivaldo Amaro da Si~va, contr~ seus inferio~es hier&rquicos, 1
os Soldados 3ote1Lo, .~orim e rerreira.
ISTO POSTO,
Considere.ndo r..ão existir qualquer d1vida quanto
Consider~~do
que durante o per~cdo de 26/lZ/71
12/1/72, no mesmo ~uartel e local foram bárbaranen~e espancados
e tortur~~os nais onze Soldados, cujas lesões corporais que so
freram foram devíd~ente con9rovadas nos autos ;
Considerc.ndo que não padece de qualquer dÚvida a
autoria direta destes bárbaros crimes, executados que foram pe-
los acusados Cap DÁLGI O ~lRAIID!-.. NIEBUS, S/2 da üniciacl.e e sua uE
quipe'·, composta pelos 2Q ':en R/2 Pb.tJLO REYNAtl) HIP...:JIDA DA SIL-
V.A, e os Graduados Sargentos IV~'T ETEL D~ Cl.IVEIPà, RU:a;3;NS HAR-
'lNS DS · SO':TZA e SI!J:::::NI GT.T2DES, e os Cabos JC$ AUGUSTO CRUZ e
CELSO GO:·SS DE :?R:::.::'lAS :-'II:-:0;
~~:~;.1c...~~=-l~~
~- ...
~:e:~~~ta; e~ e!~) ~Tl~S ~~ ~e~l~=ão! 3~ Sarg~r;?;2U
..\ .... .1. ... ::l ....~ ;;uJ7:r.. (3S.. . .:;)c..I'g::mto _ ..'1-t~ -..T.t'..'""' D..:. ~LIVBIR..:.,. e Cabo
_I
3;.:, ;.,;/c o ~.r:t. 5.3; e os ciYi.s :rr;rso:~ RIW-IRO r:= ~iJT~A e IRJ-J·r-
::::s r:IB.::IRA, respecti":z-ente, às ;·~:las de 2 (dois) a...'1os e 1 I I
(u..-n) anc de rscl. . . s'ão, coi'Iv i:1cursos no Art. 352 c/c o .ri.rt. 53,
tudo "lo 8Ó~igo Pa'1al Hilitar. r--
\Tendo parq, ta."lto, conside::·aco o
dis~pc.J'to .:10 ~·~. 69 do CH:t, fizada a pena base par~ os Oficiais
sub3lter~osaci~a do ~!n~o legal:
-Pelo Art. 205 § 2Q, nn III, 16 X 4 (6l); ~rt. 209 § 1~, 1 ano
e '-+meses X :!.1 (~ ~~); .n.rt. 264 n~ I,. 2 anos e 4 noses: e .n..rt
352, 3 ~~os: tvtal s~ ar.os de reclusão, pena esta definitiva p~
' !
4
L'l ~-:'T~":" Q . 'T.,., ""-.IJ. "" 1 T, ~
,....., '"'
'-' ~ 4---'l.
-;:> .......
... J::V ... , IJu -'1. ~Jo':>--~ e .....
...
•
-v ~-Z 1
;e~c~do, ~Uê~~o a ~re!~inar, co~
a seg:ünte decl~..raçao de voto: Na preli.
minar da Sessão de Ju:ga"'lento dei o met1.
vo~o no se~~ :co ~e dcnc:assific~r o cri
~
de r'!O!'te irlputado :os re·,:c.s, 1~ .io::.oso I
-
od , 258
' .
JUSTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO J UDICIÁRIA MILITAR
2 . • AUDITORIA DO EXÉRCITO
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-
_J para cul poso , por JU_,gar que, r:.E:o obstan
te a barbari:la.de :las cen;:,s de esJ2a."1Ca"le!."i
tos no)i~t~rrogatÓrios ~ a intençao de ma
tar não ficou pos i t iva~a nem ae ~e afi gu
ro ~ de i~teresse dos reus sob que2qus =
d.os asnectos cor..s"';a..11tes dos a.utos. ~ue::1
t o a hàv~rern assu.."1ido o ris co , me narece•
questão suti l 7 inti ma da co~sciência de 1
ca:la réu, e d~fi cil de pr escrutar para c
dú un o·· oura t odos. O si.mul es fato das
4 - A
pri rreiras mortes tere~ ~erado un certo p
n~~o , como consta dos autos, corrobor a /
meu jul,;a"'lento. ~..ua"lto aos demais cri..ttles
os considerei 1olosos . Ai~da dei o meu v
t o contrá r i o e f ui venci i.o ~ua.:1to a ci ta
ç ãv :lo 1 ~ ~en Hédico : r i co .ri.ugqsto ~pes
co!no pass ! ve! de ju:g~ento, face aos in
di cios cons·';antes dos autos, tendo em Yi
ta que a moção formul ada aos Juizes não
ã.ssociava igua2. prov::..dência quanto aos O
~i c i ais, subalte 1 ~os ou não , que dera~ 1
serviço de O!i ~ia: de Jia nos :!i Zi.S c i ta-;
dos nos au"tios, posA;o qu e , o argUMen:~o d.e
que t iver~ conhecime~t o do que se passava
no l oc , dos espa.~ca~e~tos, ta~bé~ cons i
der. ido para estes. :-c mais votei c o""1
ia.
c;~el' ~ão~=~~~
V· D • HE: 1·10 DE P.::.E7~ -.~ 0 S1JS~"~: 1 - Aua~ to r ,
- Venci do q_ua..'1.to a ore: i.L-ni:1ar da e -/
xis ~ê:lcia de L1dicios de - cr i~e praticado
pelo Cel Ar:..osval :io Ta-v-ares C-o!'les d.a Sil -
va, nestes autos : "~"totei contra por consi-
derar que não é inei c ~~ d.a práti ca de qua
quer cr~~e um Ofi cial ~omandante vi sitar
sua Uni dade durante o oerÍ odo em que se I
encontre de fér i as , nãô e~sti~o provas ..
concretas de que te~a s i do inf~rw~do pe-
lo Sub-;o~a..~~ an~e então e~ exercicio, o~
~"elo prÓ.:;>:-l o Cap :;rEB"S"S, do qt<e ocorria
real11en"te no interior do 'J;..rquiv o••, e""l r,ã
zão de ur.lé: .Sindicância que ::~o mâildara I 1
;1"',.,. -'" au""::>.,.. ..,; .... ~ - a o ,...e, .c.l!.r;o~
, . __ .., \,J - y.,.,a,. • .... _ _ ... .....
""" l"='1~o iY>-'-e; r : >
..... ~ ç __ ;.J. -·~ .... ......
od . 258
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JUSTIÇA MILITAR
1.· CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2." AUDITORIA DO EXÉRCITO
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-?
:J-
* -
confiança em seu substitut o legal~ o Sub-
J ....., ona!'ld an-;e
' "" .. GL~,...,sn"-r.
_en rc. . . e ... .~ ' o f a-
_ _........ , assDn
to de ter asseg~a1o qu&~do en féri as, à
irr"ã ia v! t i..TJla Sd G:Eb?vfA..~, que violências
por e:e denunciadas, não poderia~ ocorrer
na sua Unidade, só demonstra a confi ança/
quo deposi tava em se~ substi tuto le~al 1 e
não co-au.tori9. er.1 cri ::ues cuja exi s'tenc~a
desconhecia; porem, ao reassunir o 0omand
efeti vo da Uni:iade, não acobertou seus co
mangados, e~bora f osse por es~es engana1o ,
tr:ndo, _ ao ponto de ter noncado rara 3ncc....
regado do IH~ o prÓprio réu. Ten :e1 GLA!>S
: u:-e! o que Mais urna vez demonstra a sua
inte~ra boa fé, e mais , é o prÓpri:> Ten M
R~';..ND..;;. que declara e·n Juizo, ao ser Interr
gado às fls. 615v (II Vo!. ) : 11 que, com rel
ção ao ~omandante ef etivo da Uniiade, Cel
Ariosval:io o declarante ac~edita que o I
~esmo não tivesse conCe~i~ento dos fatos I
que lá ocorriam, duran~e o pcriodo em que
estege de féria.s 11 1 e wais, Te;.1 Cel G~S~~
NE - Interrogatór~o fls. Ól:. (:LI 7o2.. ) : ••te
nl1o a absoluta certeza de ~~e o ~e: ~~ios
valdo não t i nha conhecimento das ocorrên-/
•
c ~ as narra as na
d d en~c~a,
, • ,
em re~açao
N
aos
fat os delituosos que lá se processaram. //
Ora, ninguem ~ais capacitado do que estes
dois réus, para fazerem tais e categÓri cas
1 afirnações da inocê~cia de seu Coma~dante
efetivo. O Cel Ari~svaldo se j ustifi cou//
~~
X\C\.
"
,~plename~te e~ seu depo~~e~to pres~ado e~ I
'{Juizo , as fls. 979, III Vol; e a testemuru1
\. Ha~or Sil!vi o Barra, ouvido em Juizo às fls
929 (II 'T,"ol ; 1 info.:'r!la que ao chegar para I
servir ns. Un~dade, em agos t o de :971, "so2
beque eY~stia uma recomendaç ão da~a pelo
~y Cel ~\riosva~do co~ relasão ao trataMento 1
~~ dos presos, no senti do de tratar bem os 11
-~ presos' •
.Assi:n~ data vên!a. se nara um (!omanr!an
~ t ~
I
te em fer~as, desprov~io de• ~al~ci~ e con- --
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od. 258
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J~'1V
ATA ~ 02 - SESSÃO DE CONSELHO ESPECIAL DE JCSTlÇA
--
Gl.;-.dbtonc ! -cri.V.:!.S (:t·Gi T\=:L·:€::lre.); D:r·• .JI~or!tO:!l ~c. Jo a12 Carvalho
( :!~f~.::u:::o:t.• (lo :t·cf -!·:.C:.o ':r t:nor-.te Coronel Gladst-:::-..~ e do civil
iic}.son Ribeiro ãe :.!ou~); Dr. Rela:rmindo Mirnnda ::-ilho ( de-
fensor <lo 2ç J'en '\/2 Pr:..ulo Rcyn::.ud ~:ir._l.nda da SilVR); e Dr.
1
4 ~ , Eacrivao.
..
INTIMAÇÃO DE SéNTF·~cl\
Certific o q'Je. z.s)J)oh'Jras do -dia q
de- ~ de 1S7 :> , intimei
O Dr. Procurador da sen'ença c!e f s j(/t.J/!G7f>.
Do qJe, rara constar avrd 4 presente
4
I
1lewton .12o1Jo - ?'flarla l2ücia C odt o
ADVOGADOS
Cais de Santa Hita, 60 • 5.• anda r
Fones; 4~700 • 41627
~~4 ... $:
d e l'fi /JJ
J
' 7 ~LSO:l ?IBE::!:PO DB :.10UR.~, nos autos da
arão rye~al a ~ue, com outros co-réus, resDonde nessa ~udito
ria , ven ex'Jor e requerer a 17 • Exa. o aul? se seque:
SuJ-.metido a julgru.-nento nele Colendo I
Conselto Especial de Justi~a, nos dias 17, 18 e 19 do cor-
rente, teve o resultado proclarado em sessão realizada a
22, no cual =icou ciente da ~ua conêenacão à.oena ce dois
(2) anos àe detencão, como incurso do art. 352 do Cod. Penal
I'ili tar.
rontudo, nao tendo sido lina a senten-
ca, onde o Suolicante esoerava lhe foss e conce~ida a susDen
- condicional da pena, ven reauerer a V. =xa . com fulcro
sao
no artigo 443 ' in fine ' e 445 do Cod . orce . Penal Militar,
c-ue lhe seja lida a decisão, no prazo de oito dias, como I
preceituam a~uêles artigos.
O 8unlicante, com a declaracão da dec i
são dêsse Colendo Conselho, foi recolh i do à orisão, eM r a-
zão õo nue entende, co~ a devica vênia, estar sof re ndo cons
trangimento ilegal, UMa vez não ter s i do, nacuela ~rocla~a
cão , definida a concessão do 11
sursis " .
Dest ' a rte. reitera o ryedido oara aue
lhe seja l id a a decisão, em todos o s seus ternos, no n razo
da l ei, ~ara eventual o r oposi tura de recurso.
E . deferinento
~io cl.e
..
··eHton Lo:0o de Car
Insc . 6 991
EXMO. SR. DR. J'JIZ AUDITOR DA 2a. AUDI':rORIA MILITAR
EX~RCITO
.....
Ita Speratur
~~d:L-:::-
Insc,699ih
En~O. SR. DR. JUIZ AUDITOR DA 2a. AUDITORIA MILITAR
~
DO )\ e
EXÉRCITO
Ita Speratur
~n---/~
Newton Lobo derc;arvalho
Insc.699l
i
!
J ÇA
~ = :.;:~ Aud1tor da 2• AuUtoria
0
/. • L-.......-.:~ Assuntt-Rest1 tuição de documento
/ f1'
&>-'-'
e . >~
Bet: ot na 116/MAS, ele 22 Jan 73, dessa
Auditoria.
"2- i. _ ~~ c .Ane:z:o:-1& Via de Mandado de Prisão
p~-~~
N ' ~ A
Em atençao a solicitaçao contida no of'1c1o supra referenciado est.
Comando remete a V ExA a 1• Via do Mandado de Prisão referente ao 3 o
Sargento IVAN fiEL DE OLIVEIRA devidamente qUitada.
4
I
. .,..
1
~ ~
..
•
o escrev~:4~°FF~·-· · · · · · · · · · · · · · · Escrivão,
Rio de Janeiro,....22......de .... j.ªneiJÕ. m •• • • •• {
- ;_ :
Mod. 256
- ., .-----
l:
'
•
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
COMANDO DO I EXlRCITO
----
1. Devidam cumprido, restituo a V Ex I o Mattdado de
Prisão e~ apenso, expedido por essa Auditoria contra o Ten Cel GLADS
TONE PERNASETTI TEIXEIRA.
2. No ensejo renovo a V Ext meus protestos de distinta/
consideração o
Por delegação
EIRA DE MELLO
CHEFE D ESTADO MAIOR DO I EX
1.• VIA
PODER JUDICIÁRIO
-.JUSTIÇA MILITAR
...... AUDITORIA
J
MANDADO DE PRISÃO
O Doutor .... HE.LM.O... .DE.. AZEVEDO....S.U.SS.E.KILW.....~ ... :":":'....~....~....::-:-....~ ...::-:-.... ~... .-~ ... :~.... ~....-:-:. ... ~....~ ....-:-:....
ª
Auditor da 2 Auditoria do Exército da 1ª 6J~ usando da atribuição que lhe
confere a Lei e em virtude ...d.~....0:.~.G.t.~ª-º- --J~.9. ...G.9.111?..~J.h.9....~l?.P.~.9.;i.9.-J......c1.~.... c!~.~-j;_~_ç-~·'---··
desta Auditoria, proferida em sessão desta data, MANDA que
··················-·······························-·············-·····································-.. ·························· ·· ········· ·········· ···········--·-·-··················································
seja imediatamente preso o Ten Cel GLADSTONE PERNASETTI TEIXEIRA,
- -- --- ----- --------- - -- -- --------
-
I
4
~~~~~~~~~~~~6·~--T~e-1-1 Cel ~
L-1 Lz.-.
I .r
Mod . S:56
•
- --~---~---
Carimbo da Estação
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~ Espécie
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OF I CI AL Número............................ ....................... Data ....................... Hora ..................
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Origem .........................................
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INDICAÇÕES DE
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i Ir ~ I ~ .2 -AP de 02 -FEV -7a - INFO VEXA FORAM RECOL ESTA OM VG 30
~~ :::'tl·;:o~ "j""~~"='~
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J AN 73 VG
SEGUINTES OF ET PR PTPT CAF DALGIO MIRANDA NIEBUS VG
PAULO REYNAUD MIRANDA DA SILVA VG 32 · SGT IVAN ETEL
22 TEN R/2
DE OLIVEIRA
VG 3g SGT RUBENS MARTINS DE SOUZA VG 32 SGT SIDENI
<( :ii I< GUEDES VG CB JOSEH AUGUSTO CRUZ ET CB CELSO GOMES DE FREITAS
Ir .g ~ FILHO PTVG REF MIL FORAM REC OM ACORDO AUTORIZACAO CONTIDA
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< OF NR 12 E2 VG 29 JAN 73 RM PT MAJ ZIGNAGO DIR P
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EXMO SR. DR. JUIZ AUDITOR DA SEGUNDA AUDITORIA DO ~RCITO
NESTES TERMOS
P• DEFERIMENTO.
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-; é eriin - - -- . r:&=-40:..,J"'kt.ltr , .... L -- ... -· .., .• I ,_
...
P OR T A R I A N" 853-TI
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.... , RESOLVE:
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,.,
Colocar sob o regir.:e de terepo integral c dedicação exclusiva, baixado peló Decreto· 15.191
de 21 de dezemb!"o de 1.971 e reglllamentado pela Portõria 1.563, dé 23 de dezembro de
1.971, com a gr3tiÍicação percentual do lndice TI ~ 3 previsto na aludida Portaria, a contar
de 12 de J A N E I R O de 1.97 2 o A~.liLIAR
Niterói, r
ci,Yf ~ I4 <A~ .1. 1Q
~/1, .~Y~IAA__-
Gen. l:r~T~O TEIXEIRA DA SILVA
Secretário
I
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ÉSTAD(j•·.QO RIO DE JANEIRO
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e, designar e funcienarie desta Delegacia, NELSON IUJ1EI
RO DE MOURA, pnr:a chofiar a S0ÇQê dm Rt.iubos o Futtu (lQsta Dol~&Q
.,
cia, om virtude ela disponsa do JOSE ALVES NOGUEIRA o IV AIR NOGPEI
IlA DB PAIVA, dovo...'lde • mosme indicar sous. auxiiinros bom cemo foJ:
no~r a esta. auteridado, prê.ntu.~rie des ir.&Cliciades quo ·per q,unl-1
quor ~tive pnssaran pola seçãe; apros~qtar · osquema do serviço ai
,
ser deravo.nto · ad•tade, al~ dos E1o~orminQCles pctr esta atttcrid3d.e.
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Arnendos a.nçn v s
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O Governador do Estado do Rio de Janeiro, (
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de Pericia, c~asse 11 G", do Q.P., em vaga ·decorrente :. da pro~ >·
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ção de Nemesio Ambr~sio da Silva, devendo ter exercÍcio em ·
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aovftRNo, em N~terÓi, o2 d{ A ..
2
PALÁCIO DO
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• \ ·~ C\ rJ 1
'V 'v\ r.:. e ·r.
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tnl/DLD . '"·, ~
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I
CONCLUSÃO
dias do mês d~ ..
Aos __1__ &.
······--·-do ano de 19'1.,L
taço os presentes autos c-:>nc~usos ao Dr. Audi&Gr
__
~s.c::O
. ...
R E C E 8 I ;.v'l E N T O
Aos ~ dias do mê s d e ~- do àno de1973
me foram e ntregu3s 03 Fesentaj ~ v t o 1 pelo Dr.
·-·-··---~-~-h~. ···· . ;. . .... . ... ....... . ,. . ..............._
De -au• para
..
r
'-
JUNTADA
Aos ...1...c._-- _:.J r::~ dg -·-h ~Y..:....:;....do <
r fid t:J·J 19V.-
taço junta da L : I·: a.<;€!) \;:?3 x;;;;"·~.) r.:.. '..líl161. to que . .-;_
se segue .c ____L
- t.rmo. i u,
)
·4-~ . r.v.:::~~fta:t:~~-
·~· : . .c-.::r- . C ·J ()U3 óonst .. r I r f
4
I
..
JUST I ÇA MI L ITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2.' A UDITORIA DO EXÉRCITO
DESPACHO
..
l od. 2 5 8
..
CERT IDÃO
Certifico que toi providenciado na conformidade
do despacho do :)r ·=>. uditor expedindo-se o-:>
..
r
,. . 9 de f v iro 1.973.
189
'
..
• 9 de fevereiro de 1973.
190
Dr. ~~~
... --- ----~--------------------~~----~--- ---- - -
ES T A CO DA GUANA B ARA
OFICIO 1926
DV I SC Rio de J a neiro, 29 llC! janeir o c"io 1973
Do De l e g a do d e Vi g ilânc i a
- ,
l1UtLit o:r dn 2a. AL,_clitcrin do Exor·cito c!.a la. CoJ.ll.
Ao Exmo . Sr. Dr. J u iz lte.J®tt~XXXX'~~
' I
., 7-
I - Comuni c o a V. Ex a. que, a...........22.•--•-- .:5.................................... ,
f o i re c ol h i do(a) a es ta De l egaóia , à disposi ç ão dêsse Juizo , o (a )
ac usad o ( a ) ....."7TSQí l --:?
:.'..-.. .-:·?. ...... ~..... JB-,T~O I: QTJ'i'A
:-:~....... ::..= ........:.~.......:-:-............................................................................................................
JC;/cfa..
, .
C :;pl ú S:
!1n1. 1 -~-~·· --- ------------ ·-·- - ·------ ---------- ---- ---~----~
.
)
•'
"' <-t--·
o /
~
E S TACO DA GUANABARA
OFICIO l~ ~ 2038
DV I SC Ri o de Janeiro , 29 elo j ú!1C? i r .: > à.o 1973
Do Dele ga d o de Vi g i lân c ia
fi ' "t .Jr CLQ
.uUQl o -,
L.Ú • ' "•.t-
..:.L1C l t...:)l" 1• D Cl
" ,.., ,
..) !.QCOI ' Cl't :) c!. o
Ao Exmo . Sr . Dr . J u iz :dlf.:xftk:P::ocklx!x~,:t~~~~}l:
Respeitosas saudações
~
~-~~-=
~~ -;· _ L',..
-·l ..l ...:J. u •
, .
C J_p l ú S: .......................·.......
.[l.rq. ]_ DELEGADO
Dcp . 1 - -------------------------
i-.f.~AijQ' "; ·:s·~HÃ.................._
,., I\ R
COMUNICACAO DE PRISÃO POR (MANDADO ) - FRM • SI • 216 A
_/{ ~ 1_MI
-{}-__) :í. -J.{:L~ 3 ..
EST A DO DA GU AN ABARA
Atenciosamente,
Delegado
Mat. 700.183
4
I
tRM- SA - 001- A
ji i i i i i r -- - -- - -- -- - -- -- - - - - - -- --- -- -~- -
MINISTÉRIO DO EX:i!:RCITO
co::;.,r::oo DO I EJéRCITO
......... .:ti o de J ane ir o, GB -.9?~. .:8'.~ Y... ~-~-----~-~?..~---------·· ·········- .
)
Do Comandante do I ExE!rci to
OF N2 /1~ /CF
Ao :Sxm2 Sr Dr ~uditor da 2ª Audito
ria do Ex6rcito d~ 1ª C~
Por delegação
O EST\DO I~O~ ~O I EX
1.8 VIA
JUSTIÇA MILITAR
AUDITORIA
MANDADO DE PRISÃO
O Doutor.......... -----~-~!.~º----P.~.--A~?.Y.~----~-g~-~~-~-@............................................................................................ .
Auditor da 2ª Auditoria do Exército da 1ª eJM , usando da atribuição que lhe
confere a Lei e em virtude ..d-e.--d-ecisã-o---d-o---Consel-ho----Es:p-e-cial----deJus-t-iça.,- -·····
de_ªt·ª····A!J.Q,;L.t_q_~;L.ª·•----P.:rQf_ª_:r.,t_qª·--·~m... J?.~§.$..ªº····ª-~----ho_j_ª·'·······M ...A...N...D.... A.......qu.e..... s..ej.a ..... .
im_~-ª~-ª-~ª~-~-~-~-~---P.-~~~-º----9. ....9.ªP..<?....~9.ê.~....A.:Y.g_vê*-º----ºRY;6__
,_____~----~----~----~---~----~----~---~----~----~---------·
Senhor Auditor,
•
I
e desta Auditoria,
peitoeos protestos apreço.
ifestar r es
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0-Ju~~.. ~ f '
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.... . '
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\ -~~ l ... 7 ,- -· ~
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1 .1,
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I'C c x ·pr ic1r:: nt o c:'"J pe (;,.'J df1 f'.l'1C icn~r i o , vis i;; J r: ·J.c o 0':' =· ~ o
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c:,;·.ipc-tento [)::']':' t~l c o sntor ~.., D .i\ oJ o? . ::: . , E: e·} i::- •j, J em
pe r i go Vi •ll'l it:J por p::!I'to lr· f -.• i. 1i ::: re ~ (.] o)S Vi t i;-;-,: ;s
(}C Unl'J
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l e: v::> :: c::Hlclu :-: â' o dv .10CeBf.: i d..'JdEJ L18 sub ~·: r.ter t?l ::>p in ia'c c o ..
i l~!tre tit~ln r desta Regiio , a fi m de q ue S . Si~ . se en-
cor.! o ilu ~t rç 3t:.peri nteT::l.e ate d:J P >J. iri o C i v il, de li
bera mdo ; resp e ito d e ~ r~ ~3es cc i mc e~p or t~s .
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Parecer em separado em uma lauda
datilo&r ufada.
,-
l
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
P AH E CE R
3/fovereiro/1973
..
'jd.proc. l7/72
•. 28 d ~ovc~irc de 1973.
pro . 17/72
~- --
)~
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
COMANDO DO I EX!RCITO
--------~~-~----~~-----;~~~-~ -;~-~-(ii~:z~~~::::.4:~·:·:-~s7.3.. ____ _ _
Do Canandante do I Ex~rcito
OF NG aí't.fe /CP
----r
JUSTIÇA Ao Exm11 Sr Auditor da 2A Auditoria
do Ex~rcito da 11 CJ.M
Mandados de Prisão -Restitui
5 (cinco) Mandados de Prisão
Por delegação
4
I
..
PODER ..JUDICIÁRIO
.JUSTIÇA MILITAR
MANDADO DE PRISÃO
visto ter sido...condenado....à. .l).en.ª....de. ...S~ ....Coit.e.nta . .e. ... .qua.tr.o).... anos ....da ... re.cly.
s.ão.., ....c.om..o.....in.c.u.rs.o.... nos,...A-rt.s......2.0.5.,....§. .. 2 .~,. ... 2.0.9 ...§....1.~., ....26~... n~ ...I....e.... 3.52 ...c/.c ....
o.. A~.~.... 5.3,.... W.49 ....dQ....O.Q.Q.,f,g.o. ...P..~Pªl...Mi...lit.ª.:r.~............................................................................................
oescrev~:~A1,:;;::F~F~. . . . . . . . . . . . . . . . ..Esclivão,
Rio de Janeiro,. . de ..iM~o ·~ 22...... ........
~d'f~~~ ~
Mod. 256
PODER JUD ICIÁRIO
.J UST IÇA MI L I TA R
AUDITORIA
MANDADO DE PRISÃO
O Doutor ........ ~.·~9. . . ?~---~~~~-~----~Y..~.~~~-~~ ...: ....: ....~....: -:...::....~...::...::...: ...:: ...: ....::....: .............
Auditor da 2ª Auditoria do Exército da 1ª OJM , usando da atribuição que lhe
confere a Lei e em virtude ......de ... d.eci.s.ão ....do ...C.ans.elha...Esp.ecial...de ... J.usti.ça.,.
·····ª·~-~-~§....A~.ª~.t~.~~ª.L.PF~.:f.~!.~.ª~·······~~.....~.~-~-~-~9.....ª~ ....~9.ij.~·-'-··· M A N D A...... 9.~.~----~-~
..... ja...im.ediatam.en.t.e ...pr.esc.... o....2.2.... T.en ......R/2....J?.AULO....REYNA.UD... MIRANDA...DA... STL-
....Y.A.,........... 'I'P. ••••""!'!'•••• ~••••~ ••• ~•••• ~••••.r. ... ,..... .f'P'! ••. •. •• wt ... . . ............. ~ . . . .'":"':".... ~....~ ... ~. • .. ~ .. • . ~ . . . ~..•. .., ... , . ,...........""' .•. , . ..................... - ..•. - . .• -
CIENTE:
lk: ~ ~~Julq
PAULO 'l'NAU'1miRANDA DA SILVA
22 Ten R/2
Mod. 256
CJ 1." VIA
P ODER
,JUSTIÇA
JUDI CIÀR I O
M ILIT AR
~
AUDITORIA
MANDADO DE PRISÃO
visto ter sidó...O.QN:P~NA.:PQ.J~•...P..~.rn.... 9:~ .......ª.~-ªJ~~nt.ª·- -~ - ...d.9.i.§ ....{6..2J ....anQ.S.... d.~.... r..~ c.l.u-
-~-ª=9.t....9..2.~9. ... J!!-.~-~~-~.9....P.:9.!?.....ª.;r;:t~-~-----?.-º-5.'--- ..§.... .?.~--'·····?.99..J ....§... J.~--'····.?§.4....P.-~..... ±.,..... ~ . . 3.5.?..,_
~.!..~-~ .....'?....~-~~-~-----?}.~----~~-~~----~~---9.·~-~~-e!.?.....:l?..~?~;L.___ ~~;L.-~-~~-~~----·--····----···--------····------···--··---·····---------------····
oescrev~:~:11:;;;::F·F~·· · · · · · · · · · · · Escrivão,
Rio Janeiro,. . j.a~iro ~de de 22 de ......... .... .... . . 1
tf'~d{~~ ~
--~_. .7. -.:_~<.J-~vz::::=--
c
C~~IOS ALBERTO ~~
Cap resp p/ Dir
Sgt
Mod. 256
.. J 1.a VIA
../1 J I
w
) I
PODER JUDICIÁRIO
.J USTI ÇA M ILIT AR
MANDADO DE PRISÃO
,
Ao Exmo. Snr....0..~.1:~.NP.A~~---P.O ... P.B.:;i;~l.B.O...~XE.RÇJ.'r..O ....................................................
~Ou a, ~u ~~ Ju~.
Carlos _1lberto 7:Crtins Son.-r:e~
Cap resp p/ ~ir do P Sx
Mod. 256
' ,. l .a VIA
P ODER JUDICIÁRIO
.JU ST I ÇA MI L ITA R
MANDADO DE PRISÃO
..
Mod. 256
Exmo. 8r. Dr. Auditor da 2! Auditoria do Exército
E. Deferimento
Lobo de
Insc. .991-GB
JUSTICA MILITAR
.
~ ····Jil
•
t~ C'RC'
' ~.-~
GOCUMEN-10
I '••' ·•
FROTOCOLADO EM
...... '..,.
· ···- -p
' ,: ~ ,.",1,.., r ~ • u;~ t\R!A MIUTII'
n -; 6
-----·;1 PC..-... !f
.J
j
,
dw 1~.
-
Exmo. Sr. Dr. Jui~ Auditor da 2a. Auditoria do Exercito
,
Circunscriçao Judiciari~ Militar.
'
JUSTICA MILITAR
~c~=~~c,~:~·; !-(~
PROTOCOLADO EM
. ~ ~
I
- --~
..
JUNTADA
AosJ_f)_.dias do toes de ~-dJ ~n0 de 19'73 _
faço Juntada aos presentes autcs d.:> dJcumento que
ee segue~a~á fl·s.E-~ . _
este termo. Eu.~··· ·,c:..~--6
....c:.-~--~~~~:..-
ESCRITÓRIO DE .ADVOCACIA
AUGUSTO SÜSSEKIND DE MORAES REGO
AV. ALMIRANTE BARROSO 90-12•ANDAR SALAS 1214/16
TE LS. 252-09 13 •222-4 812 ·242 -9954
RIO DE vAN E I R O -BR ASI L
3
4
JUSTIC ~ r 1\R
. . . 'I 1. C·~cu ··- ~--.., - •. "1 ·1'C A
'S. ,,, v J ,. l .
~RIA~I
. I . ~R
;;JI OOCUMENTO ···~....1 n~-· I
PROTOCOLADO E1.----r--
EXMO. SR. DR. JUIZ AUDITOR DA 2a. AUDITORIA DA la.
~
C.~
Nestes termos
~imento.
Rio
Mário Mattos
:OAB.l2o~&;:
"
~
. ..
) JU S T I ÇA M I L ITAR _.
u
Ao Exmo. Sr. Dr. Auditor
direito.
Nestes Têrmos
P. deferimento
J~Mq~ de .. /
I<io de
Mod. 262
Ao Exm.o. Sr. Dr. Auditor
~-/~
/( ~-~~~
v
~
<4y
o.C4'.Tcgo~. .:~·. .abaixo ass:ado, não se conformando com a sentença
do Conselho de Justiça Militar que ___t$P?1L~/n. P .....~-::;;./.:..;s'/IJ.k../!:'/...... Ç
... ~.§./!..C..~-----
4Jwt~ -~- - ~?f~.,;;_d ~ q..~~á':7~ij-'1;i'~'j~-~- ~-~
q>?( .f.:..~-~---5:_;1.;..llf.-.?!7~1.~ . ~-vem
pa_____ da mesma ......~~---·························· para
._ o Egrégio Supremo Tribunal Militar, requerendo vista dos respectivos autos, para os fins de
direito.
Nestes Têrmos
P. deferimento
- 4
Mod. 262
~ ~A~~~~~~;AM~;AR
........ ................... ........
~~
.. ..... ~............. ....................
/{
direito.
Nestes Têrmos
P. deferimento
~~~~?'
?!. ' · · · · · fl~ .......... fo .....
Mod. 262
JUNTAD A
Ao~dias do roes de -~-_.d..; r n0 d'3 ~973_
faço juntada acs presen~e3 autos do ÔJr-urr•t::nto rue
ae aegue~_a! á flsj..?.& C.:> t.u-"' pa a c.mst"'r ' · rei
este termo. Eu,~~...'\. .AA..A,,..A.A...A-C::;x........c~
..
O Procurado r da J ustiça l>1ilitar , abai xo as -
sinado , vem , nos t~:-mos do artie;o 529 do CÓdi go de Processo Penal Hi
li tar , l_P:ELA..li., como apelado tem , d2, r . Sentença que conde:1cu o Ten I
Cel GLADSTONE P:Sf:NASETTI T"!i:IXEIRA e outros , nos autos do processo de
nÚ1:1ero 17/ 72 ;
P . Def erimento ,
GuE.nabara 9 12 de abril de l9 ~
Procu:-ado r
.--
.
I
I -..
JUNTADA
Aosj.l_dias do 1nes da ~--·do r. no de ·~
faço juntada~ :::; r-;.:.-:-.,::; ct.. :s C) dJ~mE:rto rue
ee segua~_.a.ó {;3:J].Zf. C.J t._.... ..; pc. a c.:>'1S .~r
1
... rei
Espera D E F E R I M E N T O.
..
Exmg. Sr. Dr. JUIZ AUDITOR DA 2a. AUDITORIA DO EXÉRCITO
CRIÇÍO JUDICIÁRIA MILITAR.
~..s:>~JJ-~
,_- }/ ~ .
~~~-=--
IRANIDES FERREIRA, por seu advogado in tine assinado,
P. Deferimento.
abrit de 1973.
FUAD WARDINI
Advdg. Insc. ~.~86.
CONCLUSÃO
Ao~ dias do mês de_~__ d'J ["no ae f"'?~
1i;~:• ~~~~-~~-:_:c, or .
Do que para con5tar lavrei es.e •ê r-o_ k ~--
4igtQ., ~~
1
, 66/
O~~iMENTO
os/(, wllas ciõ mê!l d ~ do ~n• •1913
orcnn entroauài ~~ •.. e ~ ... te~ t ;, • pelo a..
k#~~Eu,~
..
VISTA
A~g dias do mês de_~ do en~ ~ ll"7 ..2..
P, e sentes autos com "".; ta aoSOr{
faço os
~--·e;,--~--- -------~-----·Ç.~~
Do que :1~~~q
RECEBIMENTO
Aos 3
tlias do mês de ~ da o no de 1973
me foram en~regu=>3 c:; p.esent"3i uios pelc?Di.
o~-;;·~·º~;;-;~-;;;;;,;···:··e~:---
".- .
JUNTADA
Aos_{_dias do 1oes de ~_do ; . ) d'319'l.L
faço juntada a'Js preseil~es autos do ~Jc-.~mento que
se segue:::_::_a á fr3.j__ _.• C:> c_u3 ~a c_:Jn::;t.. r la1r~
este termo. fu, ~- ______________·_________ _ __ _
4
TITO LÍVIO DE FIGUEIREDO JR.
A D V O GA D O
Ave nida Rio Bronco, 185 - solo 701
T e le fone 2 32 -7253
RI O DE .J ANEI RO
Ruzõos de "'!.polucíio
VI- E quo tudo fosso vorüudo, som "U~' l q_uer elos nr~
4
-
Bubostubclecimcnto
JUSTlCA ~ ,_
.....
~ª Auditoria do Exército da lª CJM
APELANTE: Cabo Celso Gomes de Freitas Filho
APELADA : A Justiça Militar
RAZOES DE APELAÇÃO
--------------
P R E L I M I N A R M E N T E,
N O M~RITO
-----'
não há como possa prosperar a sentença con
denatÓria, por car@ncia absoluta de suporte fático. ..
)~
Partindo de uma denúncia vasia de forma e
@
de conteúdo, consumou-se a instrução processual sem que re-
sultasse, pe lo menos no que diz respeito ao Apel ante, demon s-
tra da, pela prova, a proced~nc i a da peça acusatÓria inaugural.
Em de f esa do Ape l ante, vem as prÓpri a s ví-
, • , , r
t i mas e os proprlos co-reus, um a malgama exdruxulo, mas por
isso mesmo expressivo , até porque exata mente no dia em que s e
consuma ram os f a tos 12 de janeiro de 1972 - o Ape l ante se
encontra va de folga e seque r compareceu a o quartel.
Até me smo o "pivô" de tudo o Capit ê:o Ni e
bus - o organizador, incentiva dor, orient a dor e e x e cutor de
toda a trama criminosa, à.s fls 135 de cla r a que o Ape l ante não
e sta v a pr e s ente n a s -inquirições do di a 12-1-72, em que ocorr~
r am a s mortes de Monção e Wande rle i e que redundaram "a post~
riori " , n a s morte s de Geomar e Vicente.
Às fls 8 43/845, informa a vÍtima Sd. Apar~
cido:
"que o ca bo Freitas, n a a usência dos oficiais,
não batia e tra t a v a b~m os presos; que o dep~
ente pode .afirmar que o Cb Fre i t a s dormiu uma
no i te no Arqu i vo, fo i quando deu ca fé e bis
co it os a o de po ente, Sd Geoma r e Amori m; que o
Cb Freita s também forneceu ~ornais pa r a o de -
p oent e e outros pr e sos forra ssem o chã o da ce
la"
Às fls 1019v/1 020, e sclare ce a vÍtima Sd /
Walte r Soa r e s de Matos:
"que o Cap Ni ebus man dou conduzir o d epoent e /
pa r a o a rquivo, onde fo i r e cebi do com panca da s ;
o Sgt Rubens e o Cb Fre it a s e vita v am os e span-
camentos do depo ente , dizendo que e ste iria /
contar t ud o a e l e s; que o depeente ficou num /
c an to prot egi do por uma me sa pe lo Cb Fre itas e
Sgt Rubens ; que o àe2oen te conh e ceu o Cb Fre i-
t a s ex atulD.ent e no di a em que foi p r e so no Ar -
qu ivo; qu e o Cb Fre ita s l e vou pa r a o depoent e/
um jorna l par a que forra sse o chã o da c e l a e
s &nduiche e ci earro s, . t:·edindo a o depoente pa r a
que não f al a sse com rela ção a e ssa s coi s a s ~u e •
tinh a l ev a do com r2ais ninguém"
..
A mesma testemunha e vÍtima a' s fls
"que o depoente , se e st á vivo, de ve a grade cer
a o Sgt Rubens e ao Cb Frei t &.s , po rque o cole
ga que ent rou com o depoente era o Sd Vicen-
te que veio a f a lecer; que o depoente não I
viu o Cb Freitas espancar o Sd Vicente"
Em verdade, Egrégio Tribunal , o Ape l ante
....
n a o pa rtici pou dos f atos que efeti vau1en te resultaram as mo_!:
tes ds.s vÍtimas. Apenas , em dias anteriores, estava presen-
te ao "arquivo" quc..ndo foram seviciados algun s pre sos. A
cot a de participação do Ape l ante nestas ocorrências foram I
de somenos importância e &in da a ssim cum)ria ordens superio-
res, e is que lhe fora dito que s e não colcborasse, esta ri a I
incurso nas sanções do art igo 163 do CÓdigo Penal Mi l i t a r
crime de "recusa de ob edi~nc i a" , constante do "CapÍtulo V -
Da Insubordi nação'' o
J U S T I Ç A
-,•I
..
BELLARMIND~ADV~:~~NDA FILHO
d!
D
Aveilida Amaral Paixoto, 370 · sala 323 . Niterói · R.J. · Tel: 722-6835 (:!/
lên ci<: , re 'lller·r a jun t a ~2 de suas r az ões de e.pe le. ç;'~~o ,1ue
seguen em 38 (trin ta e oito) l nudas d::1til ogr ~ f nd2s e de-
vid-:men te nu.merr- de.s, <:1 fim de produzir s eus l eec-.is efei -
tos.
Têrnos em q_ue ,
,
Espera D E F E R I M E N T O.
---- - - -- - - -
~~lho
Advog ~ do In sc . 1 969 . O.A.B.- R.J.
..
BELLARMINDO MIRANDA FILHO
(ADVOGADO)
Avenida Amaral Peixoto, 370 • sala 323 Niterói • RJ. • Tel : 722·6835
Avenida Amaral Peixoto, 370 - sala 323 Niterói - R.J. - Tel : 722-6835
-II-
intermédio de Paulinho e Henri~ue; ~ue , Pauli-
nho foi preso e H e nri~ue fug i u, sabendo o de -
clarante para Angra dos Reis ; que, por êsse m2
tivo o declarante passou a vender macanha para
seu irmão ; que, o declarante costumava de vez/
em quando fumar maconha, porém não se julga um
viciado; que, o declarante algumas vezes fumou
maconha no interior do quarté~ do 12 BIB, re -
cordanao ter fumado no interior do xadrêz com
o soldado Ferreira, ~uando ambos lá estavam I
presos, isso em novembro de 1971, quando o de-
clarante ficou preso por ter se recusado de le
var o bumbo para uma solenidade na localidade/
de Pirai ; que, naquela ocasião achava-se tam -
- bém preso um soldado da la. Cia., e que o de -
clarante e o soldado Ferreira para disfarçar o
cheiro da maconha, acenderam um pano alegando/
que era para espantar os pernilongos; ~ue, t~
Avenida Amaral Peixoto, 370 · sala 323 . Niterói · R.J. • Ter : 722-6835
v
-III-
Infelizmente, da execução de tais ordens, resul
tou o l auent áve l saldo de ~uatro soldados mortos e onze I
fe r i dos, além dos danos materiais causados no ~uartél ~e
-IV-
são pa~vras de um cientista. E não são divor-
- ciadas de modo algum do verdadeiro rumo que o
Juiz deve tomar. O aplicador da pena não tem o
direito de se conduzir com ódio. Nem haveria I
de ser com ódio que se pudesse obter o reer~
Avenida Amaral Peixoto, 370 • sala 323 Niterói • RJ. • Tel : 122·6835
-V-
18 horas para prestar socorros a um sol dado ~ue
Avenida Amaral Peixoto, 370 · sala 323 Niterói • RJ. • Tel: 722·6835
v
-VI-
tombo e e s tari a de s acordado ; ~ue , em c ompanhi a/
do Cap. Ni ebus di r i giu-se para o carro do depo-
ente a fim de apanhar o seu est etoscópi o e o /
aparê l ho de pre s são; ~ue l ogo apó s dirigi u-se I
para o Ar~uivo, ~uando o Cap. Niebus lhe diss~/
~ue l á exi st ia um outro sol dado ~ue tamb~m se
encontrava apena s meio pálido , por f alta de sol
~ue, o depoente s e deparou no Ar~uivo com um
sol dado de cor e scura , ~i tado sÔbr e j orna is, e
~ue apre s ent ava na cabeça um f erimento já com /
curativo; ~ue, lá t amb~m s e encontrava um outro
sol dado deitado em uma. cama, pál ido ; que, o de-
poente achou o estado de saúde do soldado Geo -
mar era mais grave e que necessitava internação
urgente, tendo, o depoente, inclusive, solicita
do ao Cap. Niebus para ~ue providenciasse uma /
ambulância ••• etc ••• etc ••• ; que, quanto ao outro
ferido , de cor preta, que apresentava um trauma
tismo craneano, êste do primeiro exame não par~
-VII-
obrigado, em razão de suas funções, a visitar/
os presos recolhidos na prisão comúm, porém se
há outros presos eu outros lugares, o depoente
não é obrigado a saber, porém como mé dico, é;
obrigado a atender, uma vez chama do, a ~ual -
~uer solaa do no lugar em ~ue estiver ••• "
Avenida Amaral Peixoto, 370 - sala 323 Niterói • R.J. - Tel: 722-6835
-VIII-
Geomar apresentava o fígado com dois ou três de
dedos abaixo da reborda c ostal; que, o · depoente
já exammnou várias pessoas em estado pior do fi
gado, e que isso não constitui eminencia de mor
te ••• 11
11
• • • o depoente devido ao que sofreu acredita I
que o soldado Geomar morreu em virtude de espan
camentos, e por falta d.e socorro médico ••• 11
Avenida Amaral Peixoto, 370 • sala 323 Niterói • R.J. · lei: 722-6835
-X-
Como, responder o Apelante e seus subordinados
por mais êsse crime?
11
••• que, ainda naquel e dia 31 de dezembro, /
ainda no Arquivo , o Cap. Niebus fez o dec lar~
~,
procurando demonstrar maior hediondez por/
parte dos acusados prossegue:
11
••• durante o curati vo aplicaram nas canelas /
do depoente f~os de um magnéto de aparêlho te-
lefônico, passaando a dar-lhe violentos cho
ques elétri cos ••• "
11
••• f oi espancado pelo Cap. Niebus, Cap. Vol tai
re, Sargo Etel e Cabo Cruz, ~ue f oi espancado /
com cano de ferro n a cabeça ••• 11
-XIII-
Assi~, nespeitáveis Senhores Julgadores, num ex~
Avenida Amaral Peixoto, 370 - sala 323 . Niterói · R.J. · lei : 122·6835
-XIV-
esses fatores, dizendo o que fizaram e não f i zeram, acusan
do-se mú:tua e mentirosamente.
11
••• assistiu o Cabo Cruz, o Ten. Hiranda e o Ca
Cap. Niebus dar em Apareci do uns gol pes com cano
de ferro ••• "
-XV-
entanto, deixa o Apelante ae fazê- lo, por acreditar ter
atingido o obj e tivo colimado~ ou seja, o de de sarmar e
acautelar os espíritos de Vossas Excelências, acreditando
~ue, num exame aos autos com a~uela acui dade ~ue lhes é/
peculiar, além_dos disparates, das inconcluências, das I
mentiras apontadas outras haverão de se evidenciar, tir~
- XVI-
pelo crime pratica do, de onde se tira a dedução, que para
o superior de responder, digo, que para o superior a obri
gação de responder penalmante pel a ordem crimi nosa é in-
condicionada, enquanto para o inferior é previ sta exeeção,
qual seja o ex~e das condições intel ectuais e materiais/
ão subordinado, a fim de se ver a possi bilidade do êrro I
de apreciação, que consequentemente gera o êrro de direi-
to, de que nos fala Ramagém Badar6, em seu livro 11 DELITOS
SEid: CRihliNALIDADE 11
:
11
Assinale-se de modo indelével que, de modo al-
gum a ação delituosa praticada em obediência à
ordem superior hierárquica, despoja de antijuri
di cidade ou injuridicidade o fato. Por isso 'é
que o superior de que foi emana da a ordem ile
gal . responde pel o evento e pela ação do crime 1
consequente e resultante de sua ordem ilegal. I
Quando, entretanto, a ordem não for manifesta -
mente ilegal, fica excl uída a culpabilidade por
dar-se um êrro de direito por parte do subordi-
nado, que supõe ser a ordem recebida, legal. 11
Avenida Amaral Peixoto, 370 • sala 323 Niterói • RJ. · Tel: 722·6835
- XVII-
Ape lante cono seus subordinados obede ciam ordens emanadas
do Cap. Niebus, o qual , di ga-se de passagem, segundo en -
tendimento do Respeitável e Culto Procurador da Justiça /
Militar, Doutor José Manes Leitão, era o S/2 do Batalhão/
t endo demonstrado, não estar preparado para tão importan*3
te comissão. (fls. 569)
.=-xyl_I l-
Sargo Rubem Martins de Souza, fls. 619 verso:
11
••• que, servia no 12 BIB, em Barra Mansa, na
2a. Secção, sob o comando do Capo Niebus ••• etc
que, não se recorda ter assist i do o Ten. lVIi ran
..
da espancar a soldados ••• etc •• • etc ; que, segu!
guindo ordens do Capo Niebus apertou a prensa/
para fazer pressão nos pés do civil "Capara11 • •
Avenida Amaral Peixoto, 370 · sala 323 Niterói · R.J. · lei: 722-6835
-XIX-
disse ~ue tudo seria feito por ordem do chefe, e ~ue eles,
os civis, entendiam como sendo chefe o Cap. Niebus.
I .
BELLARMINDO MIRANDA
( ADVOGADO )
FILHO ~
'\ Avenida Amaral Peixoto, 370 · sala 323 Niterói · RJ. · lei: 722·6835
i
-XX-
nat~ria de serviço. Diversamente por seu turno,
se o soldado f§r atendente do oficial, será fo~
Avenida Amaral Peixoto, 370 - sara 323 Niterói · R.J. - Ter : 722-6835
-XXI-
Agradeço ao Ten. Mi randa, a colaboração presta-
da no período de instrução 68/69, concitando a
trilhar sempre no mesmo caminho. (indiv::...dual) •
Quartél de Barra r..íansa- R .J .- 07 de junho 1969.
Ass. Armenio Pereira Gonçalves. Ad. Com. lº BI B'
Avenida Amaral Peixoto, 370 · sala 323 Niterói · RJ. - lei: 722-6835
-XXII-
seu entusiasmo e eficiência profiss ional. Reconhe
ço .como extremamente difícil cone e i tuar tão devo-
tado companheiro, mas por constituir i mperativo I
de Justiça, faço-o a seguir: 2Q Ten o Rl2 de Infan
taria Paulo Re;y-naud I\Iiranda da Silva. Louvo o 2Q
Ten. Miranda, pe l o alto espírito de colaboração I
que tem demonstrado nas funções de Sub-Com . da la
Cia. Ofici a l conpenetrado de seus deveres, esfor-
çado e compe tente tem com o seu trabalho co l abora
do para a elevação do none desta Uni dade , Sua di~
Fls. 784- "A 13 de jane iro foi e logiado _., pelo Snr,
Ten. Ce l. Ariosvaldo Tavares Gomes da Silva, Com.
da Unidade, nos s eguintes termos: Em 07 do corre~
-XXIII-
elevar cada vez mais alto o nome desta Uni dade
( i ndividual). 11
11
A 24 de março fo i elogiado pelo Ten. Cel . Ari-
osvaldo Tavares Gomes da Silva , Com. da Unidade
no seguinte teor: Em 12 do corrente, Volta Re-
donda recebeu mais uma visita do Exmo . Sr . Pre-
sidente da República, Gel. Ex . Emílio Garrastaz
zu Ivlédice, te.n do esta Uni dade r e cebidos as mis-
sões de segurança fixa no trecho Aero porto-E st~
- XXI V-
l.1iranda, que t ão bem soube dar o melhor de si ,
e m be nefício da Uni da de a que perten ce . (indi vi
dual) Qu artél de Barra Mansa, R. J . , 10 de julho
de 1971. Ass- Ar i osva ldo Tava res Gome s da Si lva
Ten. Ce l. Cmt. do lQ BIB. 11
Avenida Amaral Peixoto, 370 · sala 323 . Niterói · RJ. · Tel : 722·6835
-XXVI+
doutrinárias , ace ita por uns e re pudiada por outros.
BELLARMINDO MIRANDA
(ADVOGADO)
FILHO )1?
J1~
Avenida Amaral Peixoto, 370 · sala 323 . Niterói · R.J. · Tel: 722·6835
-XXVIII-
que elaboraram o laudo em estudo, fazendo-os pensar em se
tratar de paciente potencialmente perigoso.
•
f
Aveaida Amaral Peixoto, 370 · sala 323 . Niterói · R.J. · lei: 722-6835
-XXIX-
quando o agente, dei xando de empregar a cautela, atenção ou
diligência ordinária, ou especial, a que e stava obri gado em
face das circunstâncias, não prevê o resmltado que podi a I
prever ou,prevendo- o, supõe l evianamente que não se realiza
ria ou que poderia evitá-lo .
-XXX-
As fls. 100, di z o sol dado Walter Soares de Ma-
~' que:
n
• • • foi interrogado pelo Ten. Miranda e
pelo/
Sargo Leonardo; perguntado como foi interrogado
r e s pondeu que foi ameaçado e muito aconselhado ;
perguntado quem espancou o depoente disse que I
não foi espancado ••• 11
11
••• quer de clarar com relação ao soldado Geo
mar, logo que o mesmo foi preso, o declarante I
apertou os seus pé s com uma prensa, porém teve/
o cuidado de testar com sua própria pessoa, a /
f im de evitar que os pés do preso fossem quebr~
dos ••• 11
11
•• • o Cabo Cruz e o Teno Miranda ajudaram
ao
depoente a fazer mo soldado Monção a respi ra -
ção artificial ••• "
"• • •
que, o Ten. Miranda e s tava muito tr±ste e
pezaroso; eu fiquei com pena dele também, por
ver que ê le também ficaria envolvido ... ..
16~
BELLARMINDO MIRANDA FILHO )~
(ADVOGADO}
Avenida Amaral Peixoto, 370 - sala 323 . Niterói • RJ. - Tel : 722-6835
- XXXI-
Ora, Senhores rli nistros , quizessem os acusa dos
a morte das vitimas e por certo, não teria o Apelante dei-
xado ileso o soldado Walter Soares de Matos, por êle inter
rogado e aconselhado; não teria o Sarg. Rubem Martins de /
Souza, o cuidado de testar com sua própria pessoa a prensa,
antes de apertar os pés do soldado Geomar, para não quebrá-
los; não teriam o Teno Miranda e o Cabo Cruz ajudado a apli
car respiração artificial no soldado Monção, uma das primei
ras vítimas fatais e finalmente, não teria o Apelante fica-
do muito triste e pezaroso.
11
Se Fulano previu e quis a morte de Beltrano I
• como consequência da própria ação ou omissão
afirma-se que há dolo; ao passo que se Fulano/
quis apenas a conduta da qual derivou a morte/
de Beltrano, prevista ou previsivel, dis-se / ..
que há culpa. "
1~!1
BELLARMINDO MIRANDA FILHO ~~
(ADVOGADO)
Avenida Amaral Peixoto, 370 · sala 323 Niterói · R.J. · Tel: 722-6835
-XXXII-
No caso em exBBe a culpa sal ta- nos aos olhos, /
não se podendo falar em dolo eventual . r,!as, apenas par a ar-
gumentar, vamos admitir haja dúvi das se o Apel ant e agi u com
dolo eventual ou com culpa, e em tal caso há de preva l e cer;
a solução mai s favoráve l ao r~u, deixando assim de integT~
11
Em nossa função de Promotor de Justiça, mui -
tas vêzes, entre o pedido de condenação legal -
mente exato , mas socialmente uma iniquidade; eE
tre um frigido dogmatismo penal e a consciência
pública, nos casos de moralidade da motivação ,
~a ação ou omissão do réu, acatamos na confi~
11
Certa dificuldade pode surgir, às vêzes , na
prática, para distinguir se se trata de homici
dio com dolo eventual ou de homicidio com eul-
pa consciente, O que deve decidir, em tal caso
são ainda as circunstâncias do fato, de par /
com os motivos do agente. Somente eles poderão
demonstrar que o acusado agiu com perversa ou
e goistica indiferença, consciente de que seu /
ato poderia acarretar a morte da vitima e pDe-
ferindo arriscar-se a produzir tal resúltado ,
ao inv~s de renunciar a prática do ato ( dolo/
eventual ); ou se ag iu apenas levianamente, na
..
inconsiderada persuasão ou esperança de que /
'1't[)
BELLARMINDO MIRANDA
( ADVOGADO)
FILHO f!:::'
(.;]
Avenida Amaral Peixoto, 370 · sala 323 . Niterói · R.J. · lei: 722·6835 0JI
-XXXIII-
não ocorresse o r e s ultado pre v isto como p ossí -
vel (culpa c on sciente ) o Se o fat o , cóm seue ele
mento s sensíveis, ~ equívoco , ou se há d~vida I
i r re dutíve l , ter-se-á , ent ão , de a plicar in du
bio pro r eo , a dmitindo-se a hipótese menos gra-
ve, que~ a culpa consciente ••• 11
I
Pe lo menos, é duvi doso, que o Apelante tenha
agido conscientemente de que seu ato poderia acarretar a I
morte de qualquer dos soldados por ê l e i nterrogados, o que
equivale a dizer, tenha agido com dolo eventual .
-XXXIV-
Ora, se êsse era o objetivo do Apelante e demais
coillpanheiro s, provado está, muito embora materialmente cons-
tatado, atrav~s laudo de avaliação, acostado ~s fls. 738,que
não se configurou a figura delituosa exigida pelo arti go 264
do Código Penal tlilitar, pois não era intenção do Apelante I
c ausar q_ualq_uer dano a Unidade a q_ue pertencia, mas sim·, ocul
tar um outro fato delituoso q_ue cometera.
11
A destruição das grades (ou out ros s i n i lares)
para facilitar a própria fuga do xadrêz não pode s er consid~
-mv-
outrem. Inexistindo a vontade de danificar, car~
- Xll.- vi-
~elos fatos expostos e pelas razões que ire
..1os aduzir agora, deve a Respeitável Sentença Apelada ser,
eJ sua totalidade reformada, pois no que concerne as mor-
tes ocorridas, liwitou-se, Sua Excelência o Doutor Juiz /
Auditor prolator da oesma, a descr ever depoiuentos dos /
acusados e tes ~e~unhas, culninando por, sem qualQuer fun-
damentação, i n clusive no fixar a, pena, ente nder que todos \)
os denuncia dos militares asslliniram o risco das mortes re-
gistradas.
-XXXVII-
Ademais, consoant8 a gritante falta da tipicidade
do fato narrado na denúncia e capitulado no artigo 352 do /
Código Penal Kilitar, nenhuma alusão se fez, consunando-se,
assi~ , o maior dentre os maiores absuxdos jurídicos.
Nestes termos
feriMento.
P. io
c...,. 12-o-9-
-· 4
•
----- - ~
,
EXt10. SR.r.~ INISTRO P.ESIDENTE DO EG~EGIO
Brasfliv-Distrito Federal.
re~~rma da decis~o recorrida de fls. 1645 usoue 1676, 0,ue 1mpos ao ape
lante o cumprimento da exarcebadil pena de sessenta e dois anos de re-
clus~o por infring~ncia delituosa prevista nos arts.2C5 ~ 22, 2C9=1Q,
264 § IQ e 352 c/c.art253 do C~digo Penal ~i I itar, considerando que o
Esr~gio Conselho Permanente de Justiça , em sua alta sabedoria,n~o fez
ao recorrente a soberana e aguardada justiça.
PREL Hd NA"?t:ENTE, acentue-se ser a peça vesti bu-
,.
lar dos respectivos autos, visceralnente, nula,de pleno direito, eiv~
..
• , ' N
da de erro 1nsanavel no que concerne, precisamente, a cl cssificaçao ~
4
•
de sua execuç;o".(Conent~rios
de Nelson Hunsria, vol V, pg. IC9).
~h,::un~tdo a cumpr 1r suu m1ssao de mi I i t<Jr , numa
das depend;nc ias im~rovisad<Js daquele batalh;o, palco sacr f lego em
que se desenrolarum t;o tristonhos acontecimentos, Jamais, pensou o
<Jcusado c.ue,no cargo dantes exercido de modesto disciplinador e 1ns
trutor de ffsica, .::~dstrando os j;;ens soldad)s p.::~ra a grandeza da
p~tria, tornando-os fc~tes, desp~ticos, varonfs, h~r~icos, pudesse,
algum dia, servir de mero instrument~ dcs verdadeiros algozes, es-
ql•ec i dos dos mais puros i de a i s de patriotismo, de human i dadc, de a 1-
truismo, de ri litaris~o, a ponto de transforn~rem-no num simples e
repulsivo tftcre nas m~os monstruosas de seus superiores hier;r0ui-
~--------~--------------~----~N~------ ~
cos, reconheci c!amente, nus pessoas do Cap i tao tl i ebus c Tenente f: i -
- .________..--......__ ---- ---- -
............ ---
-.......__. .-.........---.
randa. Acuado, submisso, envolto ~s i legais e estapa
~ -
fJrdias o-dens, que lhe eram transmitidas e, indistintamente, a t o-
d~s, n~o pcderi<J e, isto, era not~rio em toda a equipe, Jamais, re-
cuar à i mperct i •'.:::t c superveniente ordem de comando , sob pena de ser
submetido aos mesmos rigores ffsicos que infringiam ~s anunci.:::tdas c
propalad.:::ts vfti~as, naquela ~uarniç~o mi fitar.
, '
C episodic reinante, os fatos trazidos a lu -
me,d~o-nos a certeza de que n1ngu~m, em sa consci;ncia, se .:::trrisca-
ria a lançar um r~pto de pro\ar a desonestidade dos verdadeiros pr~
, .
pns1tos de que se <Jch.:::tva~ imbuídos os comandados do~ap.NIEBUS,ao se
"
rem convocados para prestarem serviços naquelu dcpendencia carcera-
,
TAND", expreso;.,., intraduz f •·el l iter alr.1ente, mas , que ?bjet i· ·a o C-=>!.;:.
plcxo dos eie~cntos mater i a is necess~rio~ para caracterizar tod~ fi
gura part ic lar do delito, isto~' aruclcs re qu isitos de ato t f p i -
co, ant ijurfdico e culp~·el (JII:EIJEZ DE t~SL1 :,) . E, no cas::> , -:=altar.. / ..
esses requisitos de tipicidade dffidelit~ntribuidos ao recorrente.
... ,
A narraçao ~f icia!, porconseguinte , e vagc,i=
prec 1 s~ , gl oba I , na"J dcs 1 i cu de todo c.-. co~lp i e;:o para ·1arcur a r.1a -
s~it~de pert i nente ~ es~~c i e , reproduzindo, exatc~cnte , o ti~o,0 mo
Fls. 6~ ~
o tipo, o mo'llento pr~t i co ( \IIZELCTTI,, c foto concreto (I::.Nf':'~.
.:~ ·•na d r:11SSI''C
· r I 1 se b retudo, para os fins ?ena•s
, N , A
•
exige que o JUIZ, referindo-sej~·r:~/
colhidas, deva exp imir as raz~es pelas qua1s
' um fato, nos seus elementos objetivos e subj e
tivos essenciais ou acidentais, constitutivo;
ou impeditivos deva ou nio considerar-se pre-
sente. A motivaç;o, quanto ao direito, ex1ge
que o juiz, deva exprimir o porque de uma de-
terminada escolha normativa e interpretativaw.
C urtº 381, inciso I I I do C~digp de ProcessoP~
nfll, cstabe I ece co-,a rec;u ·si to da sentença: u i nd i cuç~::> dos mot i ' 'O S
de f~to c de direito em que se fundar u decis~o c, c.ue , , . '
ser. d U"l .:1 1
c~~stitui for~alidade esscnciul, cuja faltu induz c n nu!idade , artº
56, inciso I~ do ocncionado diplcoa lesai,.
/,f i r.:1a FRANCO COROE I RO (Procedura ?en~d e, 1966"
pg. 16l5) oue: " A motiva~~o da sentença~ exig~ncia . de todas~
legislaçoes m~dernos, onde exerce funç;o de d~
fesa do cidadao contra o arbrtrio do juiz. De
outr.a parte, a motivaç~o constitui,tamb~m, ga-
rantia para o Estado, pois, interessa a este ,
que a sua vontade superior, seja, exatamente , a
plicável ou melhor, aplicada e se administre _;
corretamente, a justiçaw.
~
1-
tancias do f~to, de par ...com os motivos do a-
gente.Somente eles poderao demonstrar que o
acu_s ado agiu cem perversa ou egofstica indi-
ferença, consciente de que seu ato poderia a
carretar a morte da vftima e~preferindo ar :
riscar-se a produzir tal resultado, ao inv~s
de renunciar ~ pr~tica do ato (dolo eventu -
ai); ou se agiu, apenas; levianamente,na in-
considerada· persuas;o ou esperança de que~o
ocorresse o resultado previsto como possfvel
(culpa consciente). Se o fato, com seus ele-
. , , " ,
mentos sens1ve1s, e equivoco, ou se ha duvi-
, .
da irredutf vel, ter-se-~, ent;o, de aplicare
in dubio pro r~o, admitindo-se a hip~tese me
nos grave, que; a culpa consciente". -
... , . ,
Nao se va drzer acur, levianamente, que nao
, .
houve o acontecicento esboçado na denunc ra, pois, acha-se por de -
mais provado dentro dos autos. t:as, o que n;o se pode negar e dei-
,
xar de reconhecer-se, S~S.r':INIST~C~ e ~ue a sentença recorrida,fo-
gc ~s raias do absurdo por ~erir pPincfpios de direito emanados da
pr~pr i a Ie i processua I
i I i tor, no Idada e ca I cada na r.Ja i s absurda e
1.1
.... .... ,
i legal das decisoes com a aplicaçao desmedida c imensuravel de vc~
dadcira pena qu i lom~trica, baseadn na multiplicidade de delitos co
mo soe acontecer neste · ntrincado processo em ~uc s e ve despontar,
a olhos vistos, o ferrete da vrngança, da desforra, colhendo .~ su~
oreza,o ma1s inocente e r.J ois pacato de todos os culpados ~uc su~o~
de 197:.
,
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Exmo. Sr. Ministro Presidente do Superior Tribunal .r.iili tar
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- Preâmbulo
•
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a
conta ou culp a , po is so os seus autores e que res-
pondero.
A Co-auto Vi mos q ue a denún cia sustenta q ue o Ten . Cel. Glad~
ria tone Pernase tti Teixe ira está i ncurso nas p enas
dos artigos 26 4 inciso I (crime de dano) e 352 (in~
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- se
1 apresentar disturbio de conduta, nao pre~
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bus, numa das vezes que conversou com o depoente disse que I
usava a sala do arquivo porque era mais ampla para as invest~
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pe.
b - O ten. cel. Gladstone não foi incluido em
q ualq uer dos fatos e teve conhecimento I
desses mesmos fatos, posteriormente.
Fls. 136 ••• " foi então reunida a Eq uipe e exposto o
problema a todos. Na ocasião os problemas
foram ventilados e debati dos e chegou-se
a conclusão então, não por ordem minha,
massim por acôrdo entre todos que os cor
pos seriam transportados para serem enter
rados. "
A estória se repete. Entretanto, divergem
os dois co-réus, no que se refere a declaração feita ao Ten.
Cel.Gladstone, porque enquanto o Ten. Miranda afirma que o
Cap . Niebus apenas comunicou a morte de um soldado o Cap. Nie
bus afirma q ue a comunicação abrangeu os dois soldados faleci
dos.
 fls. 185, o Ten. Miranda insiste
"que realmente assisti o Cap. Niebus rel~
rtlewtan J2ab6
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.;o. Telefones 252-1925 e 252-7472 ~
L evidente que um dos co- reus está mentindo.Provavel
ente mentiram os dois,porque o fato é negado pelo Cel.Gladstone
e ALICERÇADO PELO DEPOI~1ENTO DO CAPITÃO A.Tv1H1 ELIAS:
Fls. 710v C~~ITÃO AMIM ELIAS
---~-------
9tewt(}n J2(}&(}
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o Cel. Gladstone~
rtlettJton J2obo
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"
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I• Telefones 252-1925 e 252-7472
I
..• assimilado pelo crime fim (ocultação dos
I·' cadáveres)
c - Atipicidade em relação ao artigo 352 do c.
P.M. e os fatos narrados na denúncia. Cadá-
ver não pode ser conside r ado material p ro-
bante.
d - Aplicação erronea da pena. Réu primário.
Faltou à sentença, t écnica e justificação
para uma a p enaçao desor denada, exagerada.
Aplicação de pena maior ao co-autor do que
aos p róprios autores. Unificação extemporâ-
nea das p enas em p r ejuizo do Apelante •.
e - Desclassificação, em relação ao Apelante,
para o crime de que trata o artigo 35D do
C.P. M. se, "ad-argumenta rldum", o Tribunal
entender punível a p art i cipação do Apelante.
Corre a de
Insc. 1 786
..
ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA
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Telefones 252-1925 e 252-7472
DERRADE I RAMENTE
Re~_~_gue_ se impõe
~
II
I
I •
R E S P O S T A
..,.
·.
·.
·.
• r ·.
,~?-]/
(2) ~/li
O art. 352 , doCÓd igo Penal Militar, contém a seguig_(j)
te d escrição :
" Art. 352. Inutilizar, total ou p arcialmente, so-
n eg ar ou dar descaminho a auto s , d ocumento ou ob -
jeto d e valor p robante, que tem sob guarda, ou re
ceb e p ara exame".
Conh ecid os os fatos imp utados e as descrições le-
g ais , ve j amos , a gora, a p ossib ilid ade de a d e q uação d a queles 1
fatos a estas descrições. A d enúncia considerou adeq uado ao
art . 2 64, I, do CÓdigo Penal Militar, o fato narrado no item
VIII d as cap itulaç ões , e ao art. 352, d o CÓdigo referido, o
fato narrado no item I X d as referid as cap itulações . Em amb as
as h i p óteses , teria h avid o uma autorizaç ão d o denunciado: au-
torização para danificar o telh ad o d o " arquivo " do 19 BI B , a
fi m d e simular a fuga dos Sds . HONÇÃO e WANDE RLEY, na p rimei -
ra h i p ótese, e autorização p ara retirar , do "arq uivo", os ca-
d áve r e s d os sold a d os me ncionàdos, a fim d e d estruí - los, na se
g u nda. Estará correta a a d e q uação feita pela denúncia?
Vej amos a i mputaç ão d o d ano. Conforme a narração do
item VIII , d a d enúncia, a a d e q uaç ão está, em a b strato, corre-
ta. Su c e d e, p orém, q ue a narração d o item VIII, q ue é uma con
clusão, uma síntese de todos os fatos narrad os na denún cia, I
n ão corresp onde às p remissas , à análise contid a na p r p ria d e -
n úncia. Com efeito. A denúncia diz q ue o denunciado autorizou
a remoção e d estruição dos cad áveres p ara simular uma fuga, I
mas não diz , ao a n alisar, minuciosamente , o s fatos, q ue o d e-
n u n ciado autorizou a d enificação do local o nde estavam os ca-
d á ver e s. Veja-se que una coisa não imp lica a outra. E isto p~
la s i ngela razão d e q ue a fug a tanto p o d ia ser p raticad a com
d a n ificaç ão d e telh ado e p ared e, como através de chave falsa,
sub orn o d a vi g ilância e mil outras formas de q ue é cap az a
i ma g inaç ão h~man a. Leiam-se , na p arte e rnque a denúncia a n ali -
s a os f a to s , o s tóp icos segu intes , q ue tratam d a matéria em
q uestão :
" Insp irados na fuga do Sd. BOTELHO , o Cap . Nieb us
e o Ten. Mirand a, devi d amente autorizados p elo
Ten. Cel. GLADSTONE, decidiram simular a fug a de
HONÇÃO e l'lANDERLEY (fls. 12 4 e 128 )".
11
I ns ensiveis à p resenç a dos cadáveres de MONÇÃO e
WANDERLEY o Cap . NI EBUS e o Ten. MIRANDA fizeram
o Sg t. RUBENS escal a r o telhad o e d anificá-lo, a~ ..
mando, assim, o local, por onde os d ois sold ados
teriam " fug i d o " "
E verifique -se q ue o p rimeiro tóp ico analisa a auto-
·.
,.
(3)~
rização, pelo denunciado , da simulação da fuga, e que o seg~~~
do analisa o dano, por outros denunciados, do telhado. No p r!
meiro tópico, está a "autorização para a simulação d a fuga" ;
no segundo, a "danificação do telhado": aquela, atribuída, p~
la denúncia, ao denunciado ; esta, atribuída, pela denúncia, a
outros denunciados .
Essa falta de correspondência entre as p remissas
e a conclusão, entre a análise e a síntese, que se observa na
denúncia, observa-se, igualmente, na res pe itável sentença con
denatória. A sentença segue os mesmos caminhos incongruentes
da denúncia. Vejamo s todos os tóp icos em que a sentença anali
sa o fato em ques tão.
"-Fls. 613 Cap. NIEBUS, referindo-se aos cadáve
res de MONÇÃO e \-lANDERLEY, que recebeu ordens
do Ten. Cel. GLADSTONE para decapitar os dois
soldados, visando a não identificação dos cor-
pos e deixar os cadáveres em lugar d istante,que
a referi da ordem foi dada na presença do Ten.M!
RANDA, pelo Ten. Cel. GLADSTONE, e mais - que
não mutilou os cadáveres; q ue segurou a lanter-
na para que o Ten. MI~~DA mutilasse um cadá-
ver, que o outro foi largado posteriormente a
beira de uma estrada.
Que ao ser interrogado, as fls. 614, o Ten.MI-
RANDA confirma as declarações do Cap. NIEBUS em
Juizo, quanto às ordens recebidas do Ten. Cel.
GLADSTONE, atribuindo porém a mutilação dos ca-
dáveres ao p róp rio Cap. NIEBUS" .
Pelo transcrito, verifica- se que o Cap. NIEBUS e o
Ten. MIRANDA afirmam que o Cap. NIEBUS "recebeu ordens do Ten
Cel. GLADSTONE para decapitar os dois soldados, visando a nao -
identificação dos corpos e deixar os cadáveres em lugar dis-
tante". Onde, pois, a ordem, ou autorização, para a danifica-
ção do local em que estavam os soldados? Continuemos a trans-
crição dos tópicos.
"1 - Cabo CRUZ, Interrogatório- fls. 645:
"q ue tanto o Cap. NIEBUS como o Ten. MI RANDA I
disseram ao declarante que haviam participado
ao Te. Cel. GLADSTONE a morte dos Soldados ; que
o Cel. GLADSTONE teria dito que esses dois cad~
4
veres não poderiam "aparecer", e ainda, "que o
declarante se encontrava dentro da camioneta I
·.
que saiu com os corpos dos Sds. MONÇÂO e WANDER
LEY".
Onde a autorização para a danificação? Conti nuemos.
(5) ~
d e uma causa , relaciona efeitos até o infinito. Se um p ai or-
d ena ao fil ho q ue va p ara a escola e o fil h o, obedecendo à o~
;
(11)
)~
atr i buido, ao Ten. Cel. GLADSTONE, veremos que só com o
de ab~ndantes elementos outros do p~ocesso
apóio ~
seria possivel acei
tar a verdade d essa p alavra e a reali d ade desse ato. Vejamos.
~ crível, sem q ue existam fortes elementos de p ro-
va , que um oficial do Exército, de alta p atente , com a respon-
sabi lid ade d o comando d e um quartel situado numa cidade como o
Rio de Janeiro, e com uma fol ha funcional isenta de faltas e
p ródiga em elog i o s , ao ter ciência que p essoas foram assassin~
das d entro d e seu quarte l e po r militares sob o s eu comando,
ao invés de d ar pu b licidade ao fato e mand ar a p urar, imediata-
mente, as r espons a b ilid a des concorde em de struir os cadáveres
d as vítimas com o fim d e ocultar os crime s de homicÍdio p rati-
cados? Pro~eger os crimino sos? Mas q ue espécie de amizade se -
ria essa? Huitas vêzes nem um p ai p rotege um filho em condi -
ç ões de tal natureza. Evitar escandalo? Mas evitá-lo, agravan-
do -o? E mesmo q ue existissem elementos fortes e p rob antes de
fato tão insólito , uma tendência dominaria o esp írito de obseE
vador : a suposição de d efron tar uma pe rsonali d ade anormal.
E i s to , p orque só um anormal se comp rome t eria,de
maneira tão g rave , em fatos criminosos alheios.
Percebe- se , facilmente, q ue a palavra dos c o -
réus é isolada, não encontrando a p ôio em nada existente nos au
tos . Pelo contrário, corno vimos acima, muito do q ue existe nos
autos contraria tal p alavra.
Repitamos q ue a palavra d os co-réus está isola-
da, nao encon trando acordo com outros i ndicios. Escutemos Alta
villa :
"Antes de mais n a d a , corno já dissemos, ela -o
na
d eve s er um acto p rocessual isolado, mas deve
estar de acordo com outros indÍcios, q ue a re -
ves tem, por assim dizer, tornand o-a no núcleo
central. E este critério de avaliação da p rova
é tão simples e evidente , q ue nao p recisa de
qualquer coment ário" (op .ci·t. , p ág . l7 9 -18 0).
E como muito do que existe nos autos contraria a
p alavra dos co-réus , ouçamos , por d uas vê zes seguidas , a Alta-
villa:
"Esperança de atenuar a sua resp onsab ilid ade.-
0 acusado, que na esperança de não ser desco ber
to, t enha usado das maiores cautelas , nelas es-
got ando o seu pl ano d e d efesa , uma vez descobeE
to , vendo-se p reso' , sem possib ilid ade de se
(12)
11
Acusação contra um i ndivÍduo poderoso. As cro
n icas jud iciárias recordam casos em que se acu
sou urna pessoa p oderosa,na esperança de se sal
var. O arguido obedece a um movi mento i nstinti
vo,análogo ao que faz q uem s e afoga,agarrando
- se ao bom nada do r ,hão oara l he fazer mal ,rnas
para ser conduzido à margem.
•
(13) ~
escritas de fls.l515/22, concluindo pela respo!C
sabilidade do ex-Comandante do 19 BIB,Cel. Ari -
0!3
oswaldo, e do então Comandante substituto,ten.
Cel. GLADSTONE, que estavam cientes do que oco~
C O N C L U S Ã O
"4)- O réu foi denunciado corno incurso nas sançoes dos arti
gos n9 264-I ( pena cominada de 2 a 10 anos de reclu -
são) e 352 pena cominada de seis meses a 3 anos de I
detencão)
. , combinados com o art. 53,tudo do Cod. Penal
N.ilitar ."
" Anuncia a sentença,que o réu foi condenado a
pena de 7 anos de reclusão e na sua especificação informa que
pelo primei ro delito foi condenado a 4 anos de reclusão e pelo
segundo delito à 3 anos."
"Isto posto,pergunta-se:
R E S P O S T A
R E S P O S T A
os antecedentes do réu de
b ilid ade,indiferença ou arrependimento após o I
crime".
RESPOSTA
RESPOSTA
çõe s forenses.
(1 7}
Em síntese;
A de fesa houve-s e com acerto,porque a cláusula a d - argumentan
dum não impl ica em acei tar o conteúdo da argumentaç ão.
RESPOSTJI._
RESPOSTA
R E S P O S T A
RESPOST ~.
"Art.446- 11
A intimação da sentença condenató ria
e réu sõlto ou revel far-se-á após a prisão,e I
bem assim ao seu defensor ou .advogado que nomear
por ocasião da intimação, e ao rep resentan te do
Ministério PÚblico".
R E S P O S T A
11
11)- Para a leitura de sentença,não foram intimados os Réu s,
que nao a assistiram,inclus ive. Tal fato constitue nuli
dade ? 11
R E S P O S T A ..
R E S P O S T A
~s t e, o nosso p arecer .
?'leuJt()n J2()b()
Av. Churc hill n.0 60 apart amento 1204
Telefones 252-1 925 e 252-7472
E. deferimento
Rio de
de Ca alh o
Insc. 6 991 --~
Egrégio Tribunal
O Apelante foi cond enado a pena de dois
anos d e reclusão, pela i mpu tação de que trata o art. 352 do CÓdi
go Penal Brasileiro , negando a sentença condenatória o b enefício
da suspensão condicional da pena p ela gravidade do crime , inten-
sidade do d olo e o modo de execução.
I
Resumidamente, os fatos que envolveram o
"'D('1
:De
o-i c(
o( '
.,.
{'
ESCR ITÓRIO DE ADVOCACIA
rtlewton J2obo
Av. Churchill n. 0 60 apar tamento 1204
Telefo nes 252-1925 e 252-74 72
?teuJion J2obo
Av. Churchill n.0 60 apartamento 1204
Telefones 252-1925 e 252-7472
. ?tewlon J2o~o
Av. Churchill n.0 60 apartamento 1204
Telefones 252-1925 e 252-7472
rtlewton J2obo
Av. Churchill n.0 60 apartamento 1204
Telefones 252-1925 e 252-7472
Justiça
de ;;;!~dy~~3
~on de
Rio
Lob o Carvalho
Insc. 6 99 1 - ?(._.,
JUSTIC'\ MILITAR
, 1.• C!RCUWiCR'ÇÃO Ji$,'
~·~àT COCUMEUTO t .• -· ···:);---
f!AOTOC~ADO EM :::) I .
;:::m3
JI I
EscRIT ÓRIO D E .ADvocACIA
AUGUSTO SÜSSEKIND DE M OHAES P-EG O
AV. ALMIRANTE BARRO S O 90-12•ANOAR SA LAS 1214/16
TELS. 252-0913•222- 4812 242-995 4
RIO DE vANE I RO- B RASlL
í"~O APELANTE
E GRt G I O
SUPERIOR
T RI B UNAL
t~ILI T AR
U N IFICAÇ~O DE PENAS
Diz o artigo 79 :
~
E SCRITÓRIO DE ADVOCACIA
AUGUS TO SÜSSEKIND DE MORAESHEGO
AV. ALMIRANTE BARROSO 90-12•ANDAR SALAS 1214/16
TELS. 252-:09 13·222-4 8 12·242-9954
R I O DE J A N E I R O - 8 RA S I L
II
CRIME CONTINUADO
III
~·
prever o resultado letal, ou, prevendo,-o, co mo diz a lei,su-
punha levianame nte qu e ele não se realizaria ou que pode ri a
evitã-lo com a presença do medico.
o
nQ l i do artigo 33 e taxativo, de mod o verda -
deiramen te impressionante : so e doloso o cri me quando o
ag e nte poderia prever o re su l ta do e, alem do mai s , mes mo pr e -
ESCRITÓRIO DE .ADVOCACIA
AUGUS TO SÜSSEKIND DE MORAESHEGO
AV. A LMIRANTE BARROSO 90-12!ANDAR S ALA S 1214/16
TE L S . 25 2-0 913 • 22 2-4812 ·242- 9954
RIO DE .JA NE I R O-BRASIL
ou nao.
IV
~~ o
c a s o do s n e c r õ f i 1 os a f o r ç a d o ma l e tão v i o -
lenta que o agente te m nôjo do ato que praticou, mas por essa
força estranha que domina a sua vontade, eles praticam o ato.
(S}
permanentemente em estado de vigília e de guerra. O pavor o
domina e, acicatado por esse pavor, ele vai para a violência,
a violência gera novas violências e, depois, o clima normal
continua da pavor e violência, de temor e brutalidade e quan -
do chega a uma fase jã ninguém pode dizer quem não tem pavor
ou que m nao tem a razão.
VI
SfNTESE DO APÊ LO
Mid ico nao examinou o Apel a nte, entende que so um exame pod ~
rã constatar se o me s mo i inimputãvel ou não, mas que, evi -
dentemente, as premissas do laudo estão em fr anca contra di -
çao com a conclusão final.
I T A S P E R A T U R
•
tiu de Janeiro, ~ - de maio 73
JUSTICA MILITAR c_ ~ ~ ~~
rupi!~ AVGUSTU' suss~ NO
1.• CIR.J '"":!. , .'l D ~OR
-.:. -. . , . .,.
. v=~=~~}t1l] Ad v . Insc. nQ .
MINISTli:RIO DA MARINHA
T"''---- r -"';""'!·-~·,.., -
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I
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:::i o l- cr-r
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~·sn . ::.:ss sob s1-~a supe:rvisao .
Icfo:;:'ül2 ç_t.e 0 Sd foi detido ]O~ ªle f~rente as ~e~tes
~uan~o
. .
lSS" " 1
e~e , o e o , con a a~u~a ~e civis,
..
Contim;.pr:co do B:::~:::e (e S_ n~_dade I:ental , r;>rocecEda em
Capitão 'Q =~é~citc. -
(;- .,.-:-0-"'('""
. ..r.. ..i.. .... c;: OU
-
0
.....
O S.r:r'-
u l.: co·,tr,-,leva u·;.a u- Ôc3 de Frr:o" m1n:;: favala ao l_s
d0 oo qu~rtel) . 2ª de ~;0s-::e elas c or: fi ssoe s, seria aberto I B : regular-
~.ntarnente e indicados todos os envolvidos .
- 2 -
Cont:i.nae 20 o ::e:::~s
de Sen:!.dade ::ent~ü, '::roced i c1o ec
Cqpit~ c de ~~~ rc :i. to .
no·--c3._;:..e . ,..-p r-
.... ;;~ .. ret..<::.nenco, í·l8S nao se recorda de Geàjcação I
aos l~ 1 .::t:J::::o I, .~~
.L -'- .J
q_~ ,_-,smJ J. P.efere ur::t "eles..:aio 11 cor:: lS/?O anos (c:c:1a c.:.ue decorrente ele
r--',-.~-"'!:1)
e .:.r
J c.:, -c
·re~
• -. . . ale-(''r..;as
o.~. - o -- ' C"'"'~n-ls~
l/ ....., L.~ L..! - on~
\,.;. ..:::: '
MCI.l
..L ,J.J •
prig
ci)::::men~e na escola ~l::'ir.6r::..a . I:r!.nca teve mni -:a facilidr.:de de comunicação
Jesrw no .;:..ná:"'io . ::·e)oi s ;ue ::.. r:gre ssou D8 vide nili ta r, tJ.ell:orou o :cel.ê,
cionec....ento con es-~-re.n·,os, ç_v.e se tornm.1 fácil. "ega c:ue tivesse "?erio..::
elos de :.solE-c:ento". Con su2 far.1Ília tinha n1a ior f ecilielaàe em relaciona!_
r , Conte q_t.e sue r:'elbol" lenbrança "eral!l. os i.Tateis em PetrÓ:_:>olis 11 , q_ua,!l
c1o ~·assea""a coffi o ~}a:. . ::2o ssce qual a sua pior recordação. Seus jogos -
pref e:~idos erau :::\"tebal , n2taçãc e vôlei.
Ficot:. em case dos :~ais até os 16 anos. I:antin~1a bom relacic
~'18fúe1.1to cc1!1 os rx:::is, ruelbo:~ con o pai, que é mu ito ca l tr.o. ~ o me i s velho
r'le 3 :fill:os; -'Jem 2 irm2s.
- 4 -
Info.rme g_ue seu fil.bo seorre foi obeclien te, tÍD.i do introver
~o. ~edia pa~e sair àe casa, pois ela não gostava ~ue êle f icasse fo
-
re de ca~a. ~elacionava-se be, com outras crianças, cas Dreferia ficar
ent.re os auultos. Gostava de ::'t~teb8 :.. e de b:..~ i r:.cer com avi oes e carros.
H·~:~ca bouve probleD.es de t:rigas e~tre êle e os i rmaos ou ov.tras c±'±an-
ças. J.~cbava-o r.rmito Fldt~lto: dava o::·iniÕes, gostava de esta.r entre pe~
soas adultas . Gostava de leitt~ras Da is adiaotac1a para sua ideàe. 11
Nãô
e.r~ de fale~ muit o" , nas oão se isolava de ot~tr as criaoças, oeu.1 er.1 casa.
Diz q_:..:e ~1uoca o c!e i~on "nu1to na !'ua", nem de i Yava outras c:::"iBn ça s ew.
cesa. tle t i n.ha amigos: cois ou três ma :.. s un i dos.
Depois de i r para a Escola ~repa.ratória de Cadetes f ic ou /
mais extrove:::"t ido. c::'e,re '90UC8S !:lamorac1as , nas a inf orQante sa·be Que no
Sul ê~ e foi "meic levado 11 ,
_.:-~-;:c-::;D~:T,.,::r:· C'r:t!Tl(') COII ;, r:·:'oS::.A:·~T:C: - Gestação : 11 tt:co nor
,
na 1 11 • ?esc:::ou TJt:j_to bem durante a gravidez, e desejava q c-.. ..; cnr.a ~1 o e - - - ~ "$ • _ _ ...,.
o :~riuo.::;êntto de tr~c::: f'il 11os. "Pa.r~o: no1·nal , a termo , em casa (com pe~
t; _,~a .• Te+_ í c ia ceo-r.2tal, 8e1!1 com:~licZ~çãoes . ?êso ao t"lascer 3,200Ye;
Alir.lt::~ta:2o: sem ~"~:::..~oblel~le.s. Deser•volvine:rto ~siC01"10tor: '3n1Jstentaçãc da
Ca 1"c('a •
t.J .....
,.: J..~ cea~o
J •
Sr:>"'+"".,.,. ,..,,l· -: ~ cec'lo • ...<'-' ca1"' Pr· ~e' · ~os 7 m,....c:::es '"7
\... -- ... • - ;.J ~ ..... - • J.t,.., \,.,: ~ln<-~-
..L:J --......,
t.. - - ~ • ._, -- - - •
-:r.?. ,. ., . : - Sa ran!po com 5/6 e~ os. C2 ta r:· ora com 6 a nos . Cor:_u e-
lucbe 8C'S 2 s::::os . Cs.:cur ..'b? aos 9 enos. _\ni;SCI...,lectomie aoR 9/lC' acos.. ?.e
àe conti.rmar lá. Com 5/6 -:-nos it-,.=-.. 8sc:oi- no 1º ano lir i!lt;l~ i o, e:.l ~ru;::o e_ê.
col~:::- . Tel'1TI.i:':IO"J o -=:;inásir. coo. l:J anos. Desce criança CJ..ueri a ser a,-i adoi' ,
talve~ por ter mn~:-o 'l:)QT.1 relaci~"'na12le~t'J con ue tio, !J.Ue era aviado.r. D,.ê.
- 5 -
]'"'1-',;:::_r:'Ll::''::'-;::: 0 ~ O .....,,._.,....:.2 de S~:ü __ C,€ -·e•:-'.:...,1, ;}J:'OCeclido em.
Ca ~li+~ c n:: E:::ército. -
'lo ·-c~ .... , ante C'.!e encon-'.:r~ re-:;cl'"'~ - r~ ::c~C"" , à c1~s:~osi:ã o da Jus-'-iça --::.:::.1
eu.: ::r-=Gen:·a (os :-e:L':..t:-s rooeanos, Sobre ,. , ..... ~ ;:->ersonelidc.de, avra-.l- -
vez '2 ex8ne s :"'~siqu iátr::c os e el elile:1tos subsié'~ ~ri os, c.on statemos o s~
cuin-:c:
rrata-c..,e
'" I
::1 ....
~~a das ~f~i~cs t Diz ~ue liQitou- se a cum)rir o~dens, coo~erando no ~e
.... 2_"'~·cecimento Jos co:.~ "'~S as -rí+.:oas, ~o:.· se:..~ bom uoJcorista e :::ese~a::- 1
+·.,:.:."ar quc_e ., .
lt:'l:>l'eSS"" ,.., ~ 'J,t:e :·ucJesse -1anc11ar o nor11e e o conce i -cc r:_uo a u-1 '
st~a etwti vicaàe , :'9.:·::cet'}c1 o _ue e :r e. ur2 si:-upl: c l"c2.a to,.. de ur.1
. . _-8
-:o isc ac1o , 2° sef:l a.._1re·3e:1tar c'istú!'bios de
e cent::.eêê o , nos
..L ..... -
e o. '
....-- 7 -
- - · l
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,...,
rec?. :::.. ::'..:e :::.::. i'i ::- J- ~ 5 c:: ~ :::: Clc altel"qr u Si.<:: ~ro2.iç-:'c?
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te ±itl o e ::rnh~ado plen~ ca)ecidsde de
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-"'~--c... ,
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- 7 -
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(:.; -. __ -·, e ~ r.:!.::!J(le -·2.;·'·e1, '.!}.::..~oceàic~o e:r..
C!:>.,..,..; ·'·;c c' 0 :Jxé -.. c :L -: o.
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ç:-:.; bz :!.::~, nas têw.
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:.sto é, o.odo de e.:;ir, en-~etJt:e-se ';_t:c z -~P:. 'roJi."~c c
ir;;.~<.::ü i de ._;o:.: i.ns·:in·~os e i.w;:;t J sos, coGlo no caso f2
__,.,
3º--eo. e '],....
....
~..,
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c\....) ,,
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Q Sin'! .
T~, . ., •
EC'.l.CC
... - ,
RAZÕES DE APELA~ÃO
Pelos apelantes
3.Q Sargento S IDENI GUEDE.S
3.a sargento IVAN ET~L DE OLIV~ I RA
,
Egregio SUPERIOR TRffiUNAL MILITAR;
- 4 -
21.
..
Portanto, assim desfigurado o delito de dano)e de
ser julgada improcedente a imputação da denÚncia, mas se não
A
~ate o elevado entendimento do Eg. Tribunal, que sejam excul
JUSTIÇA.
,
ADV êDE OFICIO
..
. VI S ~ , g
1_dias do mês de ?VJ ~...do ano de VJ1'_
Aos ........
I
SGREGIO SUPE ~ IOR TRIBUNAL MILITAR
Pel o 1'·~ . P.
Fls.-2-
mente, no dia 12 de janeiro de 1972, o Sd SOARES. Os
:w
janeiro, os Sds VANDERLEI, HONÇÃO e "': ' ICZNTE, e, final
, ~ -
pitado e . ter amputado as mãos pelo Cap NIEBUS e pelo/
Ten MIRANDA, foi largado proximo a represa de Sao Jo-
ão Marcos, sendo que a cabeça e as mãos foram atira-/
das cerca de 10 km distante do corpo (fls. 78). O co.r
..
po de MONÇÃO foi largado numa ravi na à margem da es-/
trada que liga Rio Claro à Angra dos Reis (fls.78,123
e 128). Cumprida aquela faina macabra, a equipe do I
«
/'7
------- ------------------------------------~------------------------=-~=========
fls.-3-
Cap NI3BUS regreseou ao quartel, onde chegou as ' 500 h.
Às 10 horas daquele mesmo dia 13 de janeiro , segundo/
o depoimento do acusado Ten M I~\NJA , de fls.2 32, o I
acusado Ten Cel GLADSTONE mandou-o que fosse melhor I
ocultar o corJ;o de MONÇãO. O Ten MI RANDA pediu aqOCi-
lio ao Auxiliar de Perito Criminal NELSON RIB~IRO MOU
RA, Chefe da Secção de Roubos e Furtos da Delegacia I
de Barra Mansa , fazendo ambos uma viagem de reconheci
mento ao local onde estava deposi tado o corpo de MON-
ç.::o. Na mesma tarde, o Ten !H :.:l-NDA e o J.Olicial ~L-/
SON, agora acompanhados pelo Auxiliar de Fi scal de -/
Censura I3ANI DES FER3E IFÃ voltaram ao ci tado loca l, I
desta feita na Rural vJILLYS, chapa RJ I A-2318. Em cu-
jo interior trnn sportaram o corpo de 110NÇ.ãO para a E~
trada de ~nanal; já em são Paulo, depositaram o cor-
po de MONÇ1l:O num lugar chamado "Subida de Meneres" e,
apÓs embebê-lo com gasolina , atearam-lhe fogo (fls. -
305, 371, 470 usque 475). Naquele me smo dia 13 de j a
neiro, o Sd GEO~~R, qu~ vinha sendo violentamente es -
pancado desde o dia de sua prisão (31 de dezembro) , I
não resistiu e morreu. ' Nã o mais seria possivel à equi
pe do Cap NIEBUS ocultar essa morte. O cadáver de -/
GEQ!.L~R foi necropsiado às fls. 33; a certidão de Óbi-
to acha-se às fls. 34. A remoção do cadaver de GEO-/
MAR implicou no conhecimento do estado em que se ach~
va o Sd VICENT3, logo transferido para o HCEx, onde,/
não resistindo às lesões recebidas, morreu no dia 24
, '
de janeiro. O laudo da necropsia encontra-se as fls.
413. Os demais soldados presos e es .ancados f oram -/
submetidos a' exame de corpo de delito, achando-se os
respectivos laudos às fls. 237 usgue 238 e fls. 537.
Os restos mortais de MONÇÃO foram encontrados pela po
llcia de BANANAL (fls. 342 ) e submetido à exame necro~
cÓpico (fls. 345). A ossada que restava do infeliz I
Sd VANDE~LEI foi encontrada pela polÍcia de RIO CLARO
e se encontra no Instituto de Criminalistica da Secr~
,
taria de Segurança Publica do Estado do Rio de Janei-
ro (fls.322). Pelo acima exposto e pelo que mais cons
ta dos autos, ve r ~ fica-se que: I - Os i nd ~ ci ados Cap.
I I:SBUS, Ten ~~IR,..}TJH , Sgt ET~L, Sgt RUBENS, Sgt GU~DES
e ~B CRUZ, durante a ma~hã do dia 12 de janeiro de -/
1972, no ".arquivo" do 1º BIB , er.1 Barra Mansa , -espane~
ram violent amente os Sds JUA3.3Z MONÇ:iO VIRTOTI: , VAN-/
/
~;
F1s.-4- DE3LEI :JE OLIV_,IRA e ROBZRTO VI CENTE DA SILVA.
de do mesmo dia , os ci tados acusados , excetuados os I
Sargentos RUBENS e GU3DES , vol taram a espancar os r e-
feridos soliados (fls. 127, 159 e 171) . Em v i rtude I
dos espancamentos recebidos na manhã e tarde dodi a 12
de janeiro de 1972, os Sds MONÇÃO e VANDE3LEI morre-/
ram naque l e mesmo dia. O Sd VI CENTE morreu no dia 24
de janei ro, no HCEx; II - os i ndici ados Cap NI EBUS, I
Ten MI~~NDA , Sargentos ET3L, RUBENS e Cabos C~UZ e -/
~~ITAS, no peri odo de 31 de dezembro de 1971 a 12 de
janeiro de 1972, espancaram o Sol dado GE~ffi~ ~I3EI30/
DA SI LVA que morreu no dia 13 de janeir o de 1972, em
virtude dos ferimentosre cebidos . III - os indici ados /
Cap Nic";BUS , Ten HI3ANDá , Sargentos ETEL e ~UBENS , Ca-
bos C~UZ e F3EITAS, naquel e mesmo local, e s pancaram I
os Sds AP-.R3C I JO , GONZAGA , FER3EI1A , GETULIO , AMORIMe
SENHORI NHO , causando-lhe s as lesões descri tas nos au-
tos de exame de corpo de deli to de f l s . 246 , 238, 244,
241 , 242 e 239, respecti vament e. Os fatos ocorreram/
no periodo de 28 de dezembro de 1971 a 12 de janeiro/
1972. IV - os acusados Sargentos RUB3NS e ET3L e Ca-
bo cquz, naque l e mesmo local, no p9rl' odo de 30 de de -
zembro a 12 de janeiro de 1972 , espancaram os Sds PE-
RI e EV-.LDO , causando - lhe s as lesõe s descri tas nos - /
laudos de fls. 245 e 237. V - os a cusados Cap NI EBU3
f
Sgt 3T~L e Cb C3UZ , no mesmo per1odo e local , espancã
ram o Sd ALVES, causando-lhe as le sõe s descritas no 1
auto de fls. 243. VI - o acusado CB CRUZ , no dia 12/
de janeiro de 1972 , no "Arqui vo 11 do 10 BI B espancou o
Sd SO-lTIS , causando-l he as lesões corporais descri tas
no laudo de fls. 240. VII - o acusado Sgt GUEu3S no
per{odo de 28 de dezembro de 1971 a 12 de j aneiro de
1972, confor:ne confessa as ' fls. 367, espancou o Sd SE
~~O~I1~0 , concorrendo para causar- lhe as lesões des-/
critas no l~do de fls. 239. VI II - no dia 12 de ja-
,
neiro de 1972 , cerca de me i a noi te , apos obterem a ag
tori zação do acusado Ten Cel GLADSTONE , os acusados I
f Cap NIJ.:BUS, Ten MI3..t\NDA, Sgt ET3:L , Sgt RUBENS e Cb -/
CRUZ danificaram e telhado do arq_uivo do 1º BIB, a - /
fim de simular a fuga dos Sds HONÇltO e VAN )ERLE I, cau-
sando desta 1i'or:ma pre juizos à Fazenda r~acional. IX - /
os acusados Cap r;:"'BUS , Ten MI3AND.i , Sargentos EI'31 e
fls.-5-
.
RTJBENS e Cb CRUZ , com a autorização do acusado Ten Cel
GLADSTONE, re t iraram do "Arquivo" os cadáveres dos Sds/
MONÇãO e VANDERLEI, esquartejando o deste Último e la.r
gando os restos de ambos, nas 3stradas de Rio Claro e
Angra dos 3.eis, a fim de inuti liza r material probante.
X - os acusados Ten MI RANDA e Civis NELSON e IRONIDES/
removeram o cadaver de MONÇãO para a Estrada de Bana-/
nal, no ~stado de São Paulo, onde tentaram destruir o
,
referido material probante, ateando-lhe fogo, apos em-
bebê-lo com gasolina'!. •"
/-~
Fls.-7-
tos:
~
~
-----~~~------~------------------------~~~~----~~~--~~----~=--
~
/&f ·
Fls.-8- mo incursos no Art. 352 c/c o Art. 53, tudo
do CÓdigo Penal M~litar. Tendo para tanto,
considerado o disposto no Art. 69 do CPM, I
fixado a pena base para os Oficiais subal-/
,
ternos aci ma do mínimo legal:
-Pelo Art. 205 § 20, nº rii, 16 X 4 (64);/
Art. 209 § 19, 1 ano e 4 me ses X 11 (14a 8m);
Art. 26t1- nQ r, 2 anos e 4 meses; e Art.352,
3 anos: total 84 anos de reclusão, pena e~
ta definitiva para o Cap Nr3BUS, Chefe da I
"Equipe" do S/2;
- Considerando ser o Ten MIRliNDA UJ11 Oficial
R/2, subordinado direto do Cap NrEBUS, e a/
existênci a entre os acusados também de um I
Oficial Superior, resolveu o Conselho resu-
zir de 7 anos a pena imposta ao referido f~
nente, tornando-a definita em 77 anos de re
o clusão;
- S~t RUBENS, Sgt IV-"tN 3TEL e Cá bO CRUZ: -/
Art. 205 § 20, III, 12 X 4 (48 anos ); Art.-
209 § 10, 1 ano X 11 (11 anos); Art. 264 I
no r, 2 anos; Art. 352, 1 ano, total: 62 - /
anos;
- Sgt SIDENI GUED3S e Cabo FREITAS: Art.205
§ 2º, rii, 12 X 4 (48 anos); Art. 209 § lQ,
1 ano X ll (ll anos); total 59 anos, redu-
zido de 12 meses por terem apresentado os
, , ,
reus i ndícios de arrependi mento, apos a pra
tica dos crimes;
- Ten Cel GLADSTONE, Ofici al Comandante, r~
la intensidade do dolo, teve a pena base fi
xada acima da minima lega l ; Art. 264 nº I ,/
4 anos; Art. 352, máxima 3 anos; total 7 I
anos;
- Civis, NELSON exercla função de chefi a e/
mar..do sobre o réu I 3ANI DES, f unc ionário su-
balterno e despersonalisado; Art. 352, NEL-
SON 2 anos de detençã o e IR...D. _n.:::>ES 1 ano de
detenção, negando-se a ambos o benefi cio da
suspensão Condicional da pena pela gravida- •
de do crime, intens i dade do dolo e o modo I
de execução, fatos estes que não autori zam/
a presunção de que nã~narão a delinquir ••• "
~
~
\
Fls.-9- (fls. 1673/1674). ~·
,
O H.P. e os reus apelaram da r sentença, passan1o o pri-
meiro a mostrar a rocedenci~ da r. sentença recorrida, alinhag
do o monumental elenco das provas trazidas aos autos.
a) da prova testemunhal:
-~
~ f
o
Fls.-3-
)/á
de seu pagamento e parte da venda da maconha; que, em
VOLTA REDONDA o declarante foi procurar APARECIDO o
qual se encontrava na casa de uma namorada; que, o d~
clarante pediu ao APARECIDO uma bereta 7,6, que com I
ele havia deixado; que, foram buscar essa bereta na
casa de um amigo de APARECIDO de nome MAZINHO; que, o
declarante, logo depois de preso entregou ao Cap NIE-
BUS um revolver HO calibre 38, nada sabendo do desti-
no do referido revolver, enquanto que a automática I
7,6, acha-se na residencia da mãe do declarante, den-
tro de um sofá-cama em seu quarto; que, o declarante/
fugiu para a casa de seu primo FRANCISCO MARTINS, na
cidade de SANTOS; que, naquela cidade, o declarante I
trabalhou no Parque de Diversões ITAMARATY na praia I
do GONZAGA, mais tarde trabalhando num outro Parque I
de Diversões, de nome ORI)U{, na mesma praia; ••• "
" ••• que, o irmão do declarante, de apelido CAPARA é I
que é o traficante de maconha; que, CAPARA, normalmen
te, vendia maconha por intermédio de PAULINHO e HENRI
QUE; que, PAULINHO foi preso e HENRIQUE fugiu, saben-
do o declarante para ANGRA DOS REIS; que, por esse mQ
tivo, o declarante passou a vender maconha para seu I
irmão; que, o declarante costuma de vez em quando fu-
mar maconha; porém não se julga um viciado; que, o I
declarante algumas vezes fumou maconha no interior do
Quartel do 10 BIB, reeordando-se de ter fumado no in-
terior do xadres com o Sd FERREIRA quando ambos lá e~
r. tavam presos, isso em novembro de 1971, quando o decl~
rante ficou preso por ter se recusado a levar o bumbo
para uma solenidade na localidade de FIRA!; que, na-/
N ,
quela ocasiao, achava-se preso, tambem um soldado da
1ª Cia e que, o declarante e o Sd FERREIRA, para dis-
farçarem o cheiro da maconha, acenderam um pano alegan
do que era para espantar os pernilongos; que, também/
fumou na torre, com os soldados FERREIRA, e APARECIDO
uma vez à noite e outra vez durante o dia com EVALDO,
APARECIDO e SENHORINHO, cerca de meia hora ant es do /
4
Batalhão iniciar uwa marcha para RIALTO; que, nesse I
dia, o declarante subiu na torre para fumar com SENHQ
RINHO, enquanto APARECIDO e EVALDO esperavam embaixo,
fazendo-se de sentinelas; que, logo, que o declarante
e SENHORINHO de sceram da torre, para lá subiram APARE
CIDO e EVALDO a fim de fumarem maconha também; que fi
zeram a marcha ainda sob o / maconha que du-/
,~zz.,
Fls.-lf.- rou cer de uma hora, poque a maconha não era
qualidade; ••• " (fls.440/443).
'
A testemunha NILSON SENHORINHO MORCATO confessou as fls.
108/109 dos autos:
~ ~ /
JOSl!i GETULIO NOVO PAUFERRO as fls 110 111, confessou que.:.
}~~
Fls.-5'- • ••• Perguntado quando foi prêso, respondeu que
prêso no dia 28 de dezembro de 1971. Perguntado I
róiW '
por quem foi prêso, respondeu que foi pelo Sgt BE-l
LIO. Perguntado por que foi prêso, respondeu que -1
foi por estar envolvido no caso da maconha. Pergun-
tado onde ficou prêso, respondeu que foi no xadrêsl
do Corpo da Guarda. Perguntado por quem foi inter-
rogado, respondeu que foi pelo Cap NIEBUS, Ten MI-l
nANDa, Sgt RUBENS, Sgt ETEL, Cb CRUZ, Cb FREITAS, I
Sgt GUEDES e Sgt GERALDO. Perguntado como foi inte~
rogado, respondeu que foi com torturas. Perguntado
quem espancou o depoente, respondeu que foi o Cap I
NIEBUS, Sgt RUBENS, Sgt ETEL, Cb CRUZ e Cb FREITAS.
Perguntado como foi espancado, respondeu que com o/
cano na cabeça choques, sôcos e ponta-pés. Pergun-
tado quais os ferimentos resultantes dos espancamen
tos, respondeu que deu algumas feridinhas na cabeça
e algumas marcas no corpo. Perguntado quem o depo-
ente viu ser interrogado, respondeu que viu os Sds.
FERREIRA, AMORIM, GONZAGA, GEOMAR e SENHORINHO. PEl!
GUNTADO quem estava interrogando, respondeu que -/
eram o Cap NIEBUS, Ten MIRANDA; Sgt ETEL, Sgt RU- I
BENS, Sgt GERALDO, Cb CRUZ e Cb FREirAS. Perguntado
,
se viu alguem ser espancado e por quem e como, res-
pondeu o seguinte: Sds FERREIRA, AMORillf, GONZAGA, /
GEOMAR e SENHORINHO; o Sd FERREIRA foi agredido pe-
lo Cap NIEBUS, com cano, ponta~ps e sôcos: Sgt RU-
BENS, com cinto NA, sôcos e ponta-pés; Sgt ETEL com
sôcos; Cb CRUZ com cinto NA, com cano de ferro na I
.. ,
cabeça, com socos, ponta-pes, choques e ainda colo-
cou a prensa no joelho do Sd FERREIRA e tapas nas I
orelhas; o Sd AMORIM foi agredido pelo Sgt RUBENS /
com cinto NA, ponta-pés e sôcos e pelo Cb FREITAS I
com uma correa.. bateu nas costas a nas nadegas
, ale'm/
de vários sôcos; que o Sd GONZAGA foi colocado em
cima de duas latinhas para tomar choque e o Sd FER-
REIRA foi mandado segurar a mão do Sd GONZAGA; que,
o Sd GEOMAR foi interrogado pelo Sgt RUBENS e pelo
A A
Cb CRUZ, sendo por eles agredido com cinto NA, socos
e tapas no ouvido, sendo auxiliados nesta tortura I
pelo Sgt ETEL; que, o Sd SENHORINHO foi interrogado
pelo Cb CRUZ com sôcos e cano de ferro, pelo Sgt -/ 4
~
~
t\lb~
Fls.-6- havia espancado o Sd SENHORINHO da 2ª Cia; perguntado
se viu alguém ferido e como, o declarante respondeu I
1J
que viu o Sd AMORIM ferido na perna esquerda com cin-
to NA e com um ferimento na cabeça produzido pelo ca-
no de ferro e também viu os Sds APARECIDO com muitos/
ferimentos nas costas e o Sd PERI com alguns ferimen-
tos nas pernas; perguntado se viu alguém morrer ou se
,
soube da morte de alguem, respondeu que sim, que, SOB
be da morte dos soldados GEOMAR e VICENTE. •••" (Fls.
110/111 dos autos)
4
"•••foi prêso no dia 28 de dezembro de 1971; per-/
guntado porque foi prêso, respondeu que foi prêso/
pelo Cmt da Guarda; perguntado porque foi prêso, I
respondeu que foi prêso por estar envolvido no prQ
blema de tÓxico e, digo, de maconha; perguntado on 4
Fls.-8-
tado como foi interrogado, o declarante respondeu
que foi interrogado sendo espancado; perguntado I
quem espancou o depoente, respondeu que foi o Cap
NIEBUS, Ten MIRANDA, Sgt ETEL, Sgt RUBENS, Cb - I
CRUZ e Cb FREITAS; perguntado como foi espancado,
o declarante respondeu que foi espancado com um I
cano de ferro, sôcos, cinto NA, choque elétrico e
colocaram a prensa no joelho direito do declaran-
te; perguntado quais os ferimento resultantes dos
espancanen~os, respondeu que o espancamento ocae/
sionou uma ferida no braço direito além de dÔres/
de cabeça e dÔres musculares por todo o corpo;pe~
guntado quem o depoente viu ser interrogado, res-
pondeu que presenciou o interrogatÓrio dos Sds SE
NHORINHO, GETULIO, GONZAGA, AMORIM e GEOMAR; per-
guntado quem estava interrogando, o declarante -/
respondeu que era o Cap NIEBUS' Ten MIRANDA, Sgt.
RUBENS, Sgt ETEL, Sgt GERALDO e Cb FREITAS; per-/
. ,
guntado se v~u alguem ser espancado e por quem e
como, respondeu que sim; o Sd APARECIDO com feri-
mento na cabeça; Sd AMORIM com ferimento na cabe-
ça e na perna; Sd SENHORINHO com o Ôlho esquerdo/
com derrame em consequência de um sôco desferido/
pelo Cb CRUZ; disse ainda que o Cap VOLTAIRE tam-
#
bem ajudou a espancar os Sds GETULIO e SENHORINHO;
atingindo-os na bÔca; perguntado se viu alguém -/
morrer ou se soube da morte de alguém, respondeu/
que soube, por meio de comentários, das mortes -/
dos Sds GEOMAR e VICENTE ••• " (fls. 104/105).
-
~\o
Fls.-9-
FREITAS; pertuntado como foi interrogado, respo~yg
que foi com espancamento e torturas; perguntado - I
quem espancou o depoente, respondeu que foram o Cap
NIEBUS, Ten MIRANDA, SGTs ETEL e RUBENS e Cabos -/
CRUZ e FREITAS; perguntado como o depoente foi es-/
pancado, respondeu que foi com sôcos, cano de ferro
cinto NA e choques elétricos; perguntado quais os I
ferimentos resultantes dos espancamentos, respondeu
que sofreu apenas uma ferida na cabeça; perguntado/
quem o depoente viu ser interrogado, respondeu que
viu os Sd GETULIO, FERREIRA, AMORIM, GEOMAR e SENHQ
RINHO; perguntado quem estava interrogando, r espon-
deu que eram o Cap NIEBUS, Ten MIRANDA, Sgts ETEL,/
RUBENS, GUEDES e Cabos CRUZ e FREITAS; perguntado I
,
se viu alguem ser espancado e por quem e como, res-
pondeu que viu os Sd FERREIRA, GEOMAR, AMORIM, SE-/
NHORINHO e GETULIO pelo Cap NI EBUS, Ten MIRANDA, - /
Sgts ETEL, RUBENS e Cabos CRUZ e FREITAS, com pane~
A ,
das de cano de ferro na cabeça, socos nos rins e r~
gado, nas costas com um Cinto NA onde batiam nas -/
mãos, nas costas e nas nádegas e choques aplicados/
nas canelas e nos punhos; perguntado se viu alguém/
ferido e como, respondeu que viu os Sd AMORIM ferido ne_
na perna esquerda, na cabeça e vergões nas costas,/
Sd GEOMAR com o corpo chego de vergões, ~ assim- cômo/
,
tambem os Sd FERREIRA, GETULIO e ALVES, Sd SENHORI-
NHO com o corpo cheio de vergÕes e o Ôlho esque rdo/
inchado e inflamado, Sd PER! com pequenos f erimen-/
tos nas pernas e vergões no corpo, Sd APARECIDO com
as mãos inchadas, vergões pelo corpo e uma f erida I
na cabeça; perguntado se viu alguém, ou se soube da
,
morte de alguem, respondeu que soube das mortes dos
Sd GEOMAR e VICENTE ••• " (fls. 114/115).
~~
•
\~~
}I~
Fls.-12-
FREITAS; perguntado como foi interrogado responde~
que foi espancado pelo Cap NIEBUS, Ten MIRANDA, Sgt
ETEL, Sgt RUBENS, Sgt NIVALDO, Cb CRUZ e Cb FREITAS;
perguntado como foi o depoente espancado respondeu
,
que com um cano de ferro, palmatoria, choque, cor-
raiada com cinto NA, tapas, sôcos, e algemadas na
cabeça, declarou ainda o depoente que estêve alge-
mado durante vários dias; perguntado quais os feri
mentos resultantes dos espancamentos respondeu que
foram causados um corte na cabeça, algumas marcas/
nas pernas , corte no braço esquerdo e alguns cor-/
, .
tes no peito dos pes ocas1onados pela prensa; per-
guntado quem o depoente viu ser interrogado, res-/
pondeu que assistiu o interrogatÓrio dos soldados/
GEOMAR, PERI, GONZAGA, EVALDO, APARECIDO, LUIZ - /
e GETULIO; perguntado quem estava interrogando os
referidos soldados respondeu que eram o Cap NIEBUS
Ten MIRANDA, Sgt ETEL, Sgt RUBENS, Cb CRUZ e Cb -/
o FREITAS; perguntado se viu alguém ser espancado e
por quem e como, respondeu que presenciou os Sds I
GEOMAR, PERI, GONZAGA, EVALDO, APARECIDO, LUIZ e /
GETULIO semem espancados pelo Cap NIEBUS, Ten MI-/
RANDA, Sgt ETEL, Sgt RUBENS, Cb CRUZ e Cb FREITAS/
com cano de ferro, choque, cinto NA, prensa, sôcos
e palmatÓria; perguntado se viu alguém ferido e CQ
mo, respondeu que siml viu o Sd APARECIDO ferido I
no braço esquerdo, o Sd SENHORINHO no Ôlho esquer-
do, Sd GEOMAR no peito, nas costas, na cabeça e -/
nas pernas, o Sd PERI encontrava-se ferido na cane
la e nos pés e o Sd EVALDO nas pernas, nas costas/
e no braço esquerdo; perguntado se viu alguém ou I
,
se soube da morte de alguem, respondeu que sim por
meio de comentários no xadrês de que os Sds GEOMAR
e VICENTE haviam falecido ••• " (fls. 102/103).
Fls. l 3-
~ A
ficou preso, respondeu que ficou tres dias no arqu!
vo e o restante no xadrêz; perguntado por quem foi
interrogado, respondeu que foi pelo Ten MIRANDA,Sgt
RUBENS e ETEL e Cabos CRUZ e FREITAS; perguntado CQ
mo foi interrogado, respondeu que foi com tortura;/
perguntado quem espancou o depoente, respondeu que/
foram os Sgts RUBENS e ETEL e Cabo CRUZ; perguntado
como o depoente foi espancado, respondeu que foi -/
com o cinto NA, sôcos, tapas, choque, cano e palma-
tÓria ; perguntado quais os ferimentos resultantes I
dos espancamentos, respondeu que ficou com marcas I
pelo corpo, dores musculares, inchações, ferimentos
no cotovelo esquerdo; perguntado quem o depoente -/
viu ser interrogado, respondeu que viu os Sd APARE-
CIDO, GEOMAR, AMORIM e LUIZ; perguntado quem estava
interrogando, respondeu que eram o Cap NIEBUS, Sgts
RUBENS, ETEL e Cabo CRUZ; perguntado se viu alguém/
o ser espancado e por quem e como, respondeu que viu/
os Sds APARECIDO, GEOMAR, AMORIM e ~UIZ pelo Cap NIE
BUS , Ten MIRANDA, Sgts RUBENS e ETEL e Cabos FREI-/
; ~
...
A testemunha APARECIDO DIAS MACHADO deê~arou as fls 77/80,
4 que:
circunstancia,
A
passando entao
-
a ser agredido; que,
o depoente descreve sua prisão e espancamento, co-
mo segue: que, o depoente foi chamado a' sua Compa-
nhia onde foi prêso pelo Ten PAULO CESAR, a pedido
do Ten MIBANDA, que o conduziu prêso na direção do
Arquivo; que, no trajeto, o Ten MIRANDA perguntou/
ao depoente se era, por ali, no interior do Quar-/
A
/~
Fls.l6-
~
~z-
-/
------ - ------------------------------------~--~-------------=-=~~~===========
11
confirma o depoimento que prestou perante o EB
•••
I
,q
&-
--- -~- -- · ----------------~--~-~~~~~~~-----~~ ......
(
\)~
)/j}
Fls . -18-
- dim~
declarado que fÔra espancado com uma d" .. igual
,
sao, porem de cor preta; que o depoente esteve pre?.
so durante seis dias no Arquivo; que o depoente viu
serem espancados os Sds Geomar, Evaldo, Monção, Vag
darlei, Amorim, Luiz, Peri, Soares, sendo que este/
Último sÓ levou uns tapas, tendo sido retirado do
local pelo Cabo Freitas; que não sabe o motivo pelo
qual o Cb Freitas retirou o Sd Soares; que espanca-
ram o Sd Geomar o Cap Niebus, Cb Cruz, Sgt Etel deu
uns tapas nele, Sgt Rubens e Cb Freitas e Ten Mirag
da; que durante o perÍodo de seis dias em que este-
ve no arquivo não viu o Sgt Guedes bater em ninguém;
que espancaram Evaldo os seguintes: Sgt Etel, : Sgt Ry
bens , Cb Cruz, Cb Freitas e o Ten Miranja; que es-/
pancaram Monção os seguintes: ou melhor, o depoente
não ~ssistiu à seção que deram no Sd Monção, pois I
esta ocorreu na Sala ao lado, da Instrução, porém I
viu quando o trouzeram de volta para a cela no Ar-/
o quivo; este já estava um molambo e o depoente viu I
quando o Cb Cruz continuou a agredi-lo com a palma-
tÓria; que no dia 12 de janeiro, pela manhã, o depo
ente viu o Cb Cruz espancar o Sd Vanderlei, e depo-
is o Ten Hiranda, Sgt Etel, Sgt Rubens, Cb Freitas/
e o Cap Niebus; que Amorim foi espancado por todos/
que se encontravam no arquivo, tendo inclusive so-/
frido um ataque de epilepsia; que foram os seguin-/
tes os que espancaram Amorim: Cap Niebus, Ten Miran
da, Sgt Etel , Sgt Rubens, Cb Freitas e Cb Cruz; que
o Sd Luiz foi, digo, que não tinha nada com o assun
to relacionado à maconha, apanhou das seguintes pe~
soa~: Ten Miranda, Sgt Etel, Sgt Rubens, Cb Cruz e
Cb Freitas; que não assistiu ao espancamento do Sd/
Peri, pois este cessou com a entrada do depoente no
Ar quivo; que o Sd Geomar foi espancado com um cano/
de ferro pelo Cap Niebus, Cabo Cruz; que não havia/
local para batida, era aonde pegasse; que os presos
que lá estavam já se encontravam 11 fedendot'; quando/
desmaiavam, eram reanimados a pancadas e choques -/
, A
eletricos; que durante t res ou quatro dias, o depo-
,
ente ficou sem receber comida; que a agua, bebia a
que existia num chuveiro dentro da cela do Arquivo; ..
,
que numa das vezes, apos ter sido espancado violen-
tamente pelo Cap Niebus, com ferro e a -/
palmatÓria, o depoente pediu
-=-~~-- --- - -
Fls.l9-
Fls.-21-
844/844v, 847/847v.)
-.
A testemunha VALTER SOARES DE MATOS declarou as fls. 100 e
101, que:
•
~~~--- ---·- -·-- ~ -~---~--------------~~~~~~~~~-~~~~~-- ----
- ---
--
Fls.24-
A ' H ,
urgencia, no caso a aplicaçao de um anti-hemorragi-
co; que, ao lado de VICENTE, encontrava-se GEOMAR,/
com um hematoma em uma das pernas, tendo o declaran
te igualmente aconselhado como medida de emergência
a aplicação de um saco com gêlo; que, o declarante/
determinou ao Cap NIEBUS que levasse tudo aquilo ao
conhecimento do Comandante ao mesmo tempo que provi
,
denciasse socorro medico adequado para ambos os sol
dados; que, tanto o Cap NIEBUS quanto o Ten MIRANDA
disseram ao declarante que iriam tomar essas provi-
dências, retirando-se o declarante; que, aparente-/
mente, o Sd GEOMAR não estava gravemente ferido, I
A
tanto que ele e, quem pediu ao declarante a aplica-I
ção do gêlo; que, antes de retirar-se do Quartel o
declarante teve oportunidade de ver que o Cap NIE-/
BUS e o Ten MIRANDA saíram de carro; que, no dia s~
guinte dia 13 de janeiro de 1972 o declarante nada/
o falou ao Comandante porque admitia que o Cap NIEBUS
tivesse feito tal comunicação, só tomando conheci-/
mento que GEOMAR havia falecido na manhã do dia 14/
de janeiro de 1972; que o declarante indagou ao Cap
NIEBUS se havia comunicado aqueles fatos ao Cmt eao
Médico Ten ~RICO tendo NIEBUS dito que sim ••• " lfls
391/392).
mar ••• " " ••• que no Arquivo, em outra sala, pode di
visar dois soldados, ou melhor duas pessoas deitadas
que não puderam ser identificadas pelo depoente, e
- , ,
que tambem não foram examinadas; que os dois indivi
duos permaneceram imÓveis, sem mexer; que não se r~
corda da cor dos mesmos; que Vicente apresentava um
ferimento a' altura do parietal, lado esquerdo, com ..
bastante sangramento; que Geomar d" e ao depoente/
que estava com uma dor na
•
;y
Fls. -25'-
)~
diu ao depoente que lhe arranjasse um saco de gelo,
no que foi atendido; que o depoente não pÔde cons-/
tatar qualquer outra lesão, olhando para o Sd Geo-/
mar; que apÓs se retirar da sala onde se encontra-/
vam os dois soldados, o depoente se dirigiu ao Cap.
Niebus e disse que a situação dos soldados deveria/
ser levada ao conhecimento do Comando e do médico;/
que nesse momento também se encontrava presente o I
Ten Miranda e o Cb Cruz; que o depoente acompanhou/
o Cap Niebus e o Ten Miranda até o telefone do S/2,
tendo o Cap Niebus telefonado para a residência do/
Ten Cel Gladstone; que este não se encontrava em -/
sua residência, razão pela qual o Cap Niebus saiu I
com o Ten Miranda ao encontro do Ten Cel Gladstone;
que o depoente não os acompanhou, tendo voltado ao
seu consultÓrio ••• " " ••• que no dia seguinte, pela/
manhã, o depoente chamou o Cap Niebus ao seu gabin~
te, na Unidade, tendo este dito ao depoente que ha-
o via transmitido ao Ten Cel Gladstone o ocorrido ••• "
~
•
Fls.-27-
de sua familia não mais queriam saber dêle
êle havia manchado o nome de sua familia. Enfim,
a declarante nada poderia lhe dizer de carinhoso/
só palavras brutas"; que, a depoente a fim de ver
seu irmão concordou, tendo então o Cap NIEBUS te-
lefonado para o Oficial de Dia, dando-lhe instru-
ções a respeito; que, a declarante, naquele mesmo
dia 02, compareceu ao Quartel acistando-se com seu
irmão na presença do Oficial de Dia; que, a depo-
ente nada disse a seu irmão de forma áspera; que/
o Oficial de Dia era o Ten CALICHIO, o qual, in-/
clusive interrogou GEOMAR, tendo êste~spondido I
ao Ten CALICHIO que nada fêz de errado dizendo--/
lhe inclusive: "Que se houvesse feito alguma coi-
sa de errado eu diria ao Senhor, porque apesar do
senhor ser superior a mim aqui dentro o senhor I
tem sido meu amigo"; que, depois dêsse dia 02 a I
declarante sÓ viu seu irmão depois de morto, con-
o tudo no dia 08 de janeiro foi com sua mãe a casa/
do Cel ARIOSVALDO, a quem pediram para intervir I
no caso; que, o Cel ARIOSVALDO, naquela oportuni-
dade, tranquilizou a depoente e a sua mãe; que, I
finalmente, no dia 13 de janeiro, digo, no dia 11
de janeiro a depoente voltou ao Quartel não cons~
guindo avistar-se com seu irmão; que, por isso -/
mesmo, naquela mesma noite, digo, que, a declaran
te se recorda que na noite ante~ior , isto é, no/
dia 10 de janeiro telefonou para a residência do/
Cap NIEBUS; que, a declarante achava-se em compa-
nhia de sua irmã quando~zia aquele telefonema e
eram cerca de 2100 hs; que, o Cap NIEBUS inistiu/
que a depoente levasse sua irmã ~ara casa e vol-/
tasse para se encontrar com êle alegando que que-
ria dar noticias de seu irmão, convite ~ste que a
depoente achou desapropriado pelo que resolveu não
atender tentando avistar-se no dia seguinte dia I
11 de janeiro com seu irmão conforme já declarou/
acima; que, finalmente, no dia 13 de janeiro cêr-
ca de a200 hs telefonaram do Quartel digo, do - I
Quartel foi um mensageiro à casa da declarante -1
avisar da morte de seu irmão GEOMAR; que, o men~~ ..
geiro foi o Ten CALICHIO, porque segundo êste di~
sera ninqu~m queria ser o porta~a noticia;que
a mãe da declarante achava-s~turando; que, o/
~
I
Fls.-28-
\~
Ten CALICHIO chamou-a ao portão da residência tenl }
a depoente atendido imediatamente a êsse chamado in
clusive com o pressentimento de que seu irmão havia
falecido, tendo esclamado - "Ten CALICHIO, mataram/
meu irmão?" a~ que o citado oficial respondeu que:/
"não, apenas ele teve um colapso cardÍaco, mas evi-
te contar isso a sua mãe agora e vamos para o Bata-
lhão"; que, o Ten CALICHIO dissera a depoente que
o Comandante do Batalhão desejava conversar com ela;
que, a depoente disse que necessitava ser acompanh~
da pelo seu pai uma vez que já eram cerca de 2200 I
hs; que, acordou o seu pai e comunicou-lhe a morte/
de GEOMAR solicitando por sua vêz que o mesmo nada
... ...
dissesse a sua mae; que, enquanto se preparava jun-
tamente com o seu pai para comparecerem ao Batalhão,
a mãe da depoente procurou saber noticias de seu fi
lho, GEOMAR, conversando com o Ten CALICHIO, que prQ
curava disfarçar o verdadeiro motivo de sua presen-
o ça al!; que, em seguida a depoente e seu pai entra-
ram na viatura e se dirigiram para a Batalhão; que,
no Batalhão, foram recebidos pelo Maj BARRA e fica-
ram aguardando a chegada do Comandante; que, devido
a demora da chegada do Comandante dirigiram-se, a I
depoente, seu pai e o Ten CALICHIO para a Santa Ca-
sa; que, nêsse local avistou-se com o Cel ARIOSVAL-
DO e o Ten Médico; que, o Cel ARIOSVALDO dirigindo-
se a depoente dissera: nMinha filha, me lembro bem
de voce:A
voceA foi muito esclarecida"; que, depois I
de algum tempo de espera a depoente foi conduzida a
, .
seu pedido, a' sala de necrops1a, acompanhada de seu
pai e alguns oficiais do Batalhão, inclusive o Co-/
mandante, local onde se achava estendido em uma me-
,
sa de marmore -
o corpo de seu irmao fardado e cober-
to com um lençol; que, descobriu o corpo constaban-
, A
do ao abrir a tunica que, ele estava bastante mach~
cado com ematomas, equimÓses e diversos ferimentos/
pelo tórax, pulsos, palmas das mãos e com as unhas/
aparentando terem sido perfuradas; que, a depoente/
revoltou-se por estar ao seu irmão com a farda ten-
A ,
do declarado que ele deveria ter morrido"nu como ha
via nascido" e que era uma hipocrisia terem vistido
-
o irmao inclusive calçando coturnos apos , sua morte;
"
· /f
Fls.-29-
' fls. I
" ••• que confirma o depoimento que prestou, as
317/321, perante o Encarregado do IPM, em 23 de fe-/
vereiro do corrente ano; que ao se avistar com o seu
irmão no dia 2 de janeiro, não notou que o mesmo ti-
vesse sido espancado; que pediu a interferência do I
Ten Med Dr Érico, a quem conhecia, para $e avistar I
o A
com o Cap Niebus, em sua residencia; nesta oportu~-
dade, o referido oficial, Dr frico, disse à depoente
que tinha assistido a chegada ao Quartel de seu ir- /
mão , por ocasião de sua prisão, e que também disse I
ao Cap Niebus o seguinte: 11 êsse rapaz não, êsse rapaz
eu conheço muito, 'um rapaz de fam{lia"; que no dia
11 de janeiro, a depoente esteve com o Ten Énico, na
Unidade, quando solicitou que fosse ver seu irmão; I
que a depoente disse inclusive que tinha um mau pre~
sentimento, qom relação a seu irmão; que quer escla-
recer ainda que a mãe do depoente esteve com o refe-
rido oficial, no dia 7 do mesmo mês, na residência I
deste, tendo ouvido dele o seguinte: "seu filho con-
,
fessou, mas e muito corajoso"; que nesta oportunida-
de, a mãe do de poente pediu para que o referido ofi-
cial, Ten Med Dr Érico, fosse visitar o seu filho, I
tendo êste respondiio que iria, pois esta era uma de
suas funções; perguntada se pode esclarecer a expre~
são usada pelo Cel Ariosvaldo, a que se refere em -/
seu depoimento "você foi muito esclarecida", responà
deu que quando, acompanhada de sua genitora, esteve/
na casa do Cel Ariosvaldo, quando este se encontrava
de férias, foram pelo mesmo tranquilizadas, tendo I
o referido Comandante dito que lá, n~ BIB, não se ba
tia em ninguém; que era his:Ó:~~ta questão de es~
pancamento; que tal fato er~ tra as leis militares
•
Fls.-3~ -
" ••• que posteriormente soube pelo Ten Érico que o
Cap Niebus não permitia que êle fosse visitar os/
presos; que certa vez, o irmão da depoente, Sd -/
Geomar, chegou muito nervoso em sua residência, I
dizendo que fÔra dispensado do serviço apÓs ter I
sido obrigado, por um Capitão e um Tenente, a tran~
portar envolvido num lençol o corpo de um civil,/
civil esse que teria sido preso quando pregava P.2.
peis de propaganda de uma firma comercial; que -/
tal fato foi relatado à mãe da depoente, pelo sd/
Geomar, e ocorreu em fins de dezembro de 1971; -/
disse mais ainda que seu irmão, digo, disse mais/
ainda seu irmão que tal fato sÓ era do conhecimento
dêle, de um Tenente e de um Capitão, não declaran
do, entr etanto, os seus nomes; que a depoente atri
bui a viol~ncia com que foi tratado seu irmão ao/
conhecimento por parte de seu irmão do fato acima r~
o latado e de outros que êle tivesse conhecimento;/
que a não ser o fato já relatado com relação ao I
telefonema que deu para o Cap Niebus, não houve I
qualquer proposta direta do referido oficial para
encontrar com a depoente: que tomou conhecimento da
morte de seu irmão, às 22 horas do di a 13, sendo/
que posteriormente veio s saber que o mesmo havia
falecido às 13 horas e 4o minutos, do mesmo dia;/
que viu o corpo de seu irmão, na Santa Casa de Mi
sericÓrdia de Barra Mansa, às 23 horas e 30 minu-
tos , aproximadamente, do mesmo dia; que nessa -/
oportunidade o Cel Ariosvaldo l isse à sepoente -/
que seu irmão deveria ser enterrado às 8 horas da
manhã, em Barra Mansa mesmo, com o que não conco~
dou a depoente, tendo o enterro ocorrido as ' 17 hQ
ras do dia seguinte, em Volta Redonda;que o Cel I
Ariosvaldo ofereceu para a familia da depoente uma
,
pick-up para leva-los -.
ao enterro do 1rmao que tam
4
bém f~i recusada pela fam{lia; que o referido Co-
mandante ouviu. da depoente e de seus familiares I
tudo o que quiseram dizer de cabeça baixa, trans-
mitindo apenas que seu irmão teria morrido espan-
cado por seus companheiros de cela, hipÓtese que/
foi de pronto refutada pela depoente; que ainda I
quer declarar que o Cel Ariosvaldo "' 1 sse ao pai I
da depoente que o Sd sido espancado/
------- ----------------------------------~~------------------------~-===-=~~--
0\
Fls.-32- \~
e morto pelos Sds Monção e Vanderlei que haviam
. ,
fug1do; que a esta conversa, a depoente tambem se
,
encontra.va presente; que diante do cada ver do ir_
mão da depoente, ainda na Santa Casa, a depoen-
te . quando se dirigia ao Cel Ariosvaldo, este ou-
via de cabeça baixa, chorando; a depoente suspen
deu sua cabeça perguntando por que êle não a en-
carava, e o referido oficial nada dizia, conting
ando a chorar; que o Cel Ariosvaldo não foi ao I
sepultamento do irmão da depoente; que comparec~
ram a paisana ao enterro de seu irmão os seguin-
tes militares: Ten Calichio e muitos soldados -/
cujos nomes não se recorda; que representando o
Comando do BIB não foi ninguém. Perguntada por I
que não recorreu ao Cmt Gladstone que na ocasião
comandava a Unidade, Respondeu que não o fez, -/
por conhecê-lo sÓ de nome, e que as referências/
o que tinha notÍcia não eram muito boas ••• " " ••• /
que no dia 2 de janeiro, quando compareceu a' U~
dade, foi levada a' presença do Oficial de Dia que
. , ....
era o Ten Cal1chio; que ate aquela data nao conhe
cia o referido oficial; que apÓs a data do dia 2,
só esteve com o Ten Calichio quando este foi a -/
"
sua residencia comunicar o falecimento de seu ir-
meo; que em nenhuma das vezes
"' A
que esteve com o r~
ferido oficial, êste lhe disse que tinha conheci-
mento do que estava ocorrendo com o seu irmão ou com
os demais presos; que fora a expressão usada pelo
~rico "seu filho é muito corajoso", dita à mãe da
depoente, este nada mais disse que denotasse o -1
seu conhecimento dos fatos ocorridos com o seu i~
mão; que a depoente esteve na casa do Cel Arios-/
valdo no dia 8 de janeiro, no dia seguinte a' visi
ta que fizera ao Ten ~rico; que foi o referido -/
Tenente quem sugeriu a ida da depoente e sua mãe/
às casa do Cel Ariosvaldo; que o referido Ten Éri
co não disse à depoente qual o tipo de conversa I
que deveria ter com o Cem Ariosvaldo, nem pediu I
que o seu nome fosse omitido; que no dia 11 de j~
neiro, a depoente dirigiu-se ao qua rtel da Unidade,
tendo sido recebida pelo Cap Niebust/ éom quem con
versou sÔbre seu 1rmão; que o retet1do oficial lhe
disse que seu i rmao havia fum~maconha três ou I
~
\i)
Fls.-34-
\~
esse bilhete em seu poder; que a depoente não tem
certeza se nesse bilhete era mencionado qualquer I
nome; que o referido bilhete foi entregue à mãe do
depoente por um soldado que se encontrava muito - /
,
nervoso e que apos fazer a entrega retirou-se rapi
damente ••• " " ••• que durante as visitas que f e z a'
,
Unidade, so eneontrou com um parente de presos, do
,
preso Pe ri, que ja mencionou; que 1urante a conve~
sa que manteve com o parente do Sd Peri, não houve
qualquer menção ao tratamento a que estariam rece-
,
bendo os presos; que a depoente ja tinha buutdo ry
,
mores por parte de soldados que j a havia dado bai-
xa, de que na Unidade ocorriam maus tratos com re-
lação aos soldados presos; que com relação aos ru-
mores, ouviu citações com relação ao Cabo Cruz, - /
Sgt Rubens e Cap Niebus, desde o tempo em que este
(
Fls.-36-
,
o soldado GETULIO, tambem foi ouvido na sala acima
citada, mas os outros o foram na sala de instrução;
que na primeira vez que recebeu ordens para ir ao
arquivo servir de escrivão, encontrou os Sds ALVES,
FERREIRA, GEOMAR sendo espancados. Que retirou-se
imediatamente e ficou aguardando ordens do S/2(Cap
NIEBUS), na sala de instrução ao lado. Disse ainã
da que de outra vêz, também encontrou os Sds AMORIM
e APARECIDO nas mesmas condições dos outros (sendo
espancados), quando o depoente procedeu da mesma I
# , A
maneira, retirando-se de la, so que desta vez, em
companhia do soldado EVALDO, que já tinha sido in-
quirido pelo S/2 (C~p NIEBUS) e dirigiu-se para o/
,
lado de fora, onde ficaram conversando. Disse que
após isto, evitava ao máximo ir à sala do arquivo/
da Unidade, pois as cenas lhe causavam repugnância
e apÓs o depoimento do Sd APARECIDO, sÓ voltou à -/
o quele local por ocasião do depoimento do GEOMAR. I
Disse que quanto ao Sd ROBERTO VICENTE DA SILVA,só
ficou sabendo de sua prisão no dia 13 à noite, quan
do o mesmo foi removido para a Enfermaria, onde o
depoente notou que estava bastante machucado na c~
beça e pernas e, na madrugada dêste dia, precisa-/
mente às 0330 hs, confeccionou por ordem do S/2 e
do S/1 do lO BIB, um oficio, baixando-o ao Hospi-/
, ,
tal Central do Exercito, ja com conhecimento do eo
mandante; disse ainda que, quanto à sua situação I
particular esclarece que: Pertence ao efetivo da I
antiga Cia QG/DB e passou à disposição do 10 BIB I
em fins de março de 1971, por motivo de doença na
famÍlia (seu pai), apÓs sindicância procedida por/
determinação do ExmQ Sr Gen TASSO VILLAR DE AQUINO,
na época Cmt da Divisão Blindada; que, ao apresen-
tar-se no lQ BIB, foi determinado pelo Sr Cel Cmt,
que trabalhasse na 2ª Seção daquela OM, como dati-
4 lÓgrafo; que, dai até o mês de julho ou agÔsto, o
depoente trabalhou sob a chefia do 1º Ten FRAGOSO/
e lQ Sgt EDIL; que, em agÔsto mais ou menos, o Cap
NIEBUS, assumiu a chefia da Seção de Informações e
algumas semanas após, por motivo que o depoente -/
desconhece, digo, desconhecia na ép , o Cap NIE-
BUS, afastou mlQ Sgt EDIL de su funções naquela
Seção e disse que '
trabalhar somen-
Fls . -37-
' fls.-
" ••• que confirma o · depoimento que prestou, as
() 172/176, no inqu~rito policial militar, em todos os
seus termos, o qual lhe foi lido na presente assen-
tada; que logo apÓs a data de 10 de janeiro de 1972
o depoente passou a datilografar os depoimento tom~
dos no Arquivo e Sala de Instrução ••• " " ••• que nun-
ca teve qualquer animosidade contra e Cap Niebus; I
. , ...
que v1u presos serem espancados, porem nao se reco~
da dos nomes das pessoas que procediam a esse espan
camento; que a tes t emunha não tem medo de declarar/
nada que saiba na frente dos acusados; que viu o Sd
Geomar apanhar; que existiam muitas pessoas na sala
que não pode precisar quem bateu em Ueomar; que na/
sala se encontravam as seguintes pessoas: Cap Nie - /
bus, Ten Miranda, Sgts Etel e Rubens, Cb Cruz; que
o Sd Geomar foi agredido a socos; que o agressor -/
não usava qualquer instrumento na agressão; que o I
espancamento durou cerca de um ou dois minutos; que
esta foi a única vez a que o depoente assistiu o Sd
Geomar ser espancado; que não viu o Sd Valt er Soa-/
res a panhar; que viu o Sd Aparecido apanhar, no me~
mo dia do Sd Geoma r; que na . sala também se encon-/
travam as mesmas pessoas já citadas; que com relação
,
a o interrogatorio a que foram submetidos os Sds Se-
.
nhor inha, Aparecido, Alves, Ferr&Lta, Amorim, de -/
uma forma gera l, todos se decl~amam viciados em m~
(~
Fls.39-
4
1 Fls. -43-
~ ~
Fls.-44-
•
-------- -~~~~---~------------~~~~~~~~~~-~~-~~"--'-
Fls.46 -
A , ~
, ?Y'?/
--- ·- - - -
'IJ~
"
Fls.-4?* \/(/
que o depoente viu no Arquivo os seguintes instru-
mentos: duas palmatÓrias, Cinto NA, telefone de mâ
,
nivela de campanha, fio eletrico e um cano de fer-
ro; que viu o Sr Capitão usando o cano, palmatÓria;
que viu o Cap Niebus usando palmatÓria no Sd Mon-/
çãoÍ que o cano, o depoente não se lembra em quem/
que o telefone era usado para dar choque nos presos;
que assistiu os seguintes presos levarem choque: I
Geomar, Monção, Âparecido e outro que o depoente I
não se lembra; que viu se utilizar do telefone com
o fim de aplicar choque o Cb Freitas, Cb Cruz, não s
se recordando de outros; que o depoente cantou as
,
seguintes musicas para os presos dansarem: Dendeca,
samba de Oswaldo Nunes; Olêlê Olalá Pega no Ganzê;
que não sabe informar se o Cb Cruz era temido ou I
não, porqu~nto o depoente servia na Enfermaria e o
Cb Cruz era do Pelotão Especial; que viu o Cb Cruz
o bater com a mão, fora o telefone que utilizou; que
uma das vêzes em que foi dar assistência ao Arqui-
vo, recebeu ordens do Cb Cruz para dar uma rodada
na manivela do Telefone, e assim o fez; que entre-
tanto os fios estavam ligados nas pernas do Sd Mon
ção que levou um choque ••• " " ••• que recorda-se de
que duas vêzes em que foi ao Arquivo, uma foi-lhe/
dito pelo Cap Niebus: "nada vi, nada sei"; e a ou-
tra, o depoente foi advertido pelo Cb Cruz para -/
que o depoente não comentasse nada do que ocorria,
no Arquivo; que os fatos a que se referiu ocorre-/
ram durante o expediente do Quartel; que as jane-/
las e as portas do Arquivo eram fechadas de forma
que os ruidos ali produzidos não eram ouvidos do I
,
exterior, porem era do conhecimento geral das pra-
, .
ças que comentavam que la no Arqu1vo encontravam-se
presos; que quer informar que relatou ao Dr ~dirco
os espancamentos que presenciou dentro do Arquivo,
,
inclusive disse ao referido medico que fosse ver
,
os soldados que la se encontravam, pois havia al-
guns bastante feridos; o depoente não notou nenh~
ma reação no referido oficial; que recomentou que
o depoente continuasse indo no arquivo e que se I
houvesse ferimen t os graves, que rticipasse a êle;
que o depoente não sabe afi ~; o Comandante ou
o Subcomandante, durante ~ per1odo em que 0 de-
~
•
Fls.-48-
•
Fls.-49 -
" ••• que foi chamado pela 1ª- vez para ir ao arqui-
vo, no dia 10 de Janeiro, pelo Ten MIRANDA. Che - /
gando ao arquivo, encontrou o Sd APARECIDO, sent~
do no chão, também com muitos ferimen t os e o Sd I
GEOMAR estirado no chã o, também com muitos feri-/
mentos e o Sd AMORIM com as mãos inchadas e com I
ferimento na cabeça. Disse o depoente que apÓs I
ter feito os curativos nos referidos soldados, o
Ten MIRANDA mandou que o mesmo retirasse, dizendo-
lhe o seguinte: "você nada viu e não sabe o que e.2_
tá se passando". Após isto , o depoente retirou-
se para a enfermaria a fim de continuar seu servi
ço de padioleiro de Dia. Dissse o depoente que no
o dia 12 de Janeiro, foi novamente chamado ao arqui
vo, para onde levou a caixa de curativos, mas não
chegou a entrar, tendo feito a entrega da ca ixa I
ao Ten MIRANDA, que em seguida mandou o depoente/
retirar-se. Disse ainda o depoente que na tarde/
do dia 10 de Janeiro, viu o Sgt RUBENS apertar um
algodão embebido em éter nas narinas dos Soldados
APARECIDO, AMORIM e GEOMAR. Disse o depoente que
nada mais viu, pois ~ogo depois da morte do Sol -
dado GEOMAR, a pancadaria terminou e o depoente/
foi incumbido pelo Dr ÉRICO de ir diàriamente à
prisão para fazer curativos nos soldados f eridos .
-
. ... do Batalhao e, que to-
Disse ainda que na pr1sao
mou conheBimento do espancamento que se processava
no arquivo, pois a medida que fazia os curativos,
,
as vitimas iam relatando como tinham surgido os f~
rimentos. Disse ainda o depoente que no domingo/
apÓs a morte de GEOMAR, foi chamado em casa pelo
Ten MIHANDA e pelo Sgt GUEDES, que conduzira a' casa
pelo Ten MI3ANDA e pel o Sg,digo foi chamado em casa
pelo Ten MIRANDA e pelo Sgt GUEDES, que o conduzi-
ra à casa do Cap NIEBUS. Lá chegando o Cap NIEBUS
disse ao depoente que se o mesmo fÔsse chamado pa-
..
ra depÔr, deveria dizer que nunca tinha ido ao ar-
quivo, e que somente fizera algun curativos nSE I
soldados AMO::UH e APARZCI.90. Ma ou ainda que o d~
Fls. 50-
poente dizesse que os ferimentos existentes no s
dado AMORD.f, era proveniente de uma queda durante I
uma partida de futebol de salão, e os do APARZCIDO/
eram provenientes de um furÚnculo, Disse ainda o I
depoente que antes de vir para a Guanabara , onde I
seria ouvido pelo encarregado do IPM, o Ten MIRANDA
levou-o para o Pelotão Especial e disse que não pr~
cisava preocupar-se pois estava tudo tranquilo e o
Cap que estava presente, disse que já havia provi-/
denciado tudo para que ninguém fieasse prêso, tendo
inclusive providenciado um pedido de Habeas-Corpus,
caso o encarregado do IPM prendesse os elementos -/
suspeitos no Quartel ••• " (fls. 211/212).
11
que não foi ouvido no IPM, instaurado para apu-1
•••
raros fatos ocorridos no lQ BIB ••• " " ••• que o depQ
ente é encarregado da carpintaria do Batalhão; que
a padido do Cap Niebus, o civil Luiz Natividade que
trabalha sob as ordens do depoente, confeccionou du-
, ,., ' ,
as palmatorias; que com relaçao a palmatoria que ne~
te ato lhe foi exibida sÓ tomou conhecimento da mes-
ma quando foi ao Arquivo para desmontá-lo, por ordem
do Cap Niebus; que a pedido do Cap Niebus foi feita/
pelo referido carpinteiro uma palmatÓria que quebrou; ..
que a referida palmatÓria foi entregue Ten Miranda;
que o Cap Niebus veio ao depoente dizer que a -
paimat~ria pequena havia quebrada
•
Fls.-52-
,
fosse feita uma outra; que esta outra foi pelo pro-
I·
I
prio Cap Niebus desenhada num pedaço de madeira e
mostrada ao carpinteiro do depoente; que o depoente
foi ao Almoxarifado e quando de lá regressou, soube
pelo Sr. Luiz Natividade que já tinha sido confec-1
,
cionada a nova palmatoria e entregue ao Cap Niebus,
ou melhor e levada pelo Cap Niebus ; que o depoente
, . ,
pode esclarecer que a palmator1a que ora lhe e exi-
, , ,
bida e uma replica da palmatoria grande confeccion~
da pelo carpinteiro Luiz; que para confeccionar a I
,
palmatoria, o depoente se dirigiu ao Maj Barra que
é o s~, chefe do depoente, para a permissão para I
confeccionar a palmatÓria; que o Maj Barra disse ao
depoente que só daria permissão com autorização do
Comando da Unidade; que o depoente voltou para a -1
carpintaria tendo sido procurado pelo Sr. Cap Nie-1
bus que queria saber se a palmatória já estava pron
ta; que o Sr. Cap Niebus disse ao depoente que ti-/
c nha ordem de todo o mundo para confeccionar a palma
tÓria, inclusive mandou que o depoente procurasse I
jacarandá, tendo o depoente que, digo, ponderado que
, ,
o material e caro, dificil de ser encontrado; que o
Cap Niebus disse que queria de jacarandá porque é I
duro como ferro e não quebrava com facilidade; que
o depoente não disse ao Cap Niebus a conversa que I
tivera com o Maj Barra, porquanto este Capitão lhe/
dissera que tinha ordem de todo o mundo; que o de-/
podente não pode esclarecer com relação à espessura
da palmatÓria confeccionada pelo carpinteiro, por-/
quanto se retirou no momento em que o Capitão conve~
sava com o seu carpinteiro; que o depoente não gua~
dou o desenho original confeccionado pelo Cap Niebus;
que o depoente não teve oportunidade de ver o dese-
nho confeccionado pelo Cap Niebus; que o de poente,/
salvo engano, pode afirmar que a palmatória foi con
feccionada em ipê; que o depoente não se recorda de
ter falado com outras ~essoas que a palmatória pe-/
quena havia quebrado; que o depoente quer esclare-/
cer que a permissão para confeccionar a palmatória
se refere a palmatória de tamanho pequeno que veio
a quebrar; que a palmatÓria grande foi confecciona-
da sem que fosse pedida autorixação ~aj Barra, I
uma vez que o Cap Niebus disse q~ tinha permis-
•
~
\:x.o
Fls.-53-
são de todo o mundo, inclusive o Cel tinha auto~7J
do, segundo disse, para comprar jacarandá; que o Cap
Niebus disse que a palmatÓria pequena quebrou por -/
. , ..,
ser multo fragil, nao entrando em detalhes; que a o~
dem para desmontar o arquivo foi dada pelo Cap Nie-/
bus no mês de janeiro; que o depoente retirou do Ar-
quivo todo o madeiramento lá existente e colocou-ib I
na carpintaria; que o depoente disse ao Cap Niebus I
que para executar o serviço de desmonte do Arquivo I
,
teria que levar as seus soldados para la; que o Cap.
disse que então ia retirar o seu pessoal de lá, e -/
que assim o fez, porquanto o depoente constatou que/
não havia presos no Arquivo; que o depoente desmontou
as prateleiras de madeira que lá existiam; que o de-
poente não recebeu a encomenda para confecç~õ :::de qua1_
,
quer cadeira especial ••• " " ••• que como ja esclareceu
anteriormente, o depoente falou com o seu Chefe que/
é o s/4, Maj Barra, e voltou para a carpintaria; que
o não tinha mandado confeccionar ainda a palmatÓria; I
que o cap Niebus foi ao depoente e disse que tinha I
ordem de todo o mundo para fazer a palmatÓria ••• "
,
" ••• que o depoente chefia a Seção de Carpintaria ha
quatro anos; que durante todo esse tempo, o depoente
não se recorda de ter recebido qualquer ordem para I
confeccionar instrumentos iguais a este, ou seja;pal
, ,
matoria, nem soube de ninguem que tivesse confeccio-
nado em sua seção, sem sua ordem; que o depoente re-
cebeu ordem do Cap Niebus pa~a fazer a palmatÓria, I
não sabendo se seria ou não empregada contra os pre-
sos ••• " n ••• que a or9,em dada pelo Cap Niebus foi or-
dem verbal •••• " fls. 849/850.
,o/
Fls.-5~-
MIRANDA e partiu para Volta Redonda, às imediações do
Drink Bar Beira-Rio, às margens do Rio ParaÍba, mas I
como chovia e o estado da estrada não era dos melho-/
) ,
res, alem de perceber a presença de civis nas proximi
dades, rumou para a Rodovia Presidente Dutra, procu-/
rando um rio, para atirar o material que recebera;que
não encontrando um lugar adequado, voltou para Barra/
Mansa, detendo-se nas proximidades da ponte Nilo Peçª
nha, por volta das 1500 horas, onde, juntamente com
CESAR, desembarcou e, apÓs verificar se não havia nin
guém por perto, atirou o material ao rio; que, apÓs/
isto, voltou para o quartel, onde se apresentou ao -/
TEN MIRANDA, tendo relatado a execução da missão, sen
do então liberado pelo TEN MIRANDA. Perguntado se to-
mou conhecimento do material contido no saco, respon-
deu que sim, pois havia parado num lugar êrmo da RodQ
via Presidente Dutra para coloca~ a bolsa no saco,as-
sim como uma pedra pesada, para afundar ràpidamente;/
perguntado o que havia no interior do saco e da bolsa
respondeu que se lembra de ter visto um (1) uniforme/
de passeio de soldado, cuja jaqueta êetava manchada I
de sangue, um (1) uniforme de instrução, sem o cadar-
ço de identificação, uma camisa branca de meia-manga,
suja, carimbada, com o nome "Sd Vicente" no peito,um/
(1) lençol, uma (1) colcha e 1 (uma) fronha, manchad~s
de sangue, 1 (um) par de coturnos e um (t) rÔlo de fi
os que julga ser de telefone ••• " " •• .que alguns dias/
depois, percebendo a gravidade do fato, procurou, jun
tamente com CESAR, o TEN CALLICCHIO, atual Comandante
do Felotão Especial, a quem narrou todo o fato. o•"
fls. 285, dos autos.-
..
As fls. 285/286, a testemunha LUIZ CESAR DE OLIVEIRA, declª
r ou:
cYb
-~- -- --·--~-------------------~~-~~~-~~--~~-~~ ......
Fls.-55-
lhe disse que o TEN MIRANDA mandara que êles fi
zessem desaparecer com um material que estava I
dentro do carro; que seguiram para Volta Redonda,
, ...
ate as proximidades do Drink Bar Baira-Rio, mas
,
como chovia e havia muita lama, alem de civis I
por perto, partiram para a Rodovia Presidente I
Dutra, a' procura de um rio, onde atirariam o m~
b) da confissão
, ..
Os reus, a exceção do Ten Cel GLADSTONE, confessa-
ram os crimes.
-
to ao seu estado fisico, respondeu que êles se/
.
encontravam com pequenas escor~açoes, , am
porem,
bos estavam falando e andando e bom estado de
o lucidez. Perguntado o motivo dessas escoriações
apresentadas nos soldados GEOMAR e VICENTE, re~
pon~eu que os mesmo declaram terem sido preveni
/4
sistência médica. Por minha solicitação
mando do Batalhão foram feitas palestras sÔbre/
,
toxicos a' tropa e os Comandantes de Companhias,
nas formaturas ventilavam o assunto. O Sd GEO-
MAR permaneceu até o dia 12 de janeiro no Arqui
vo do Batalhão, pois foi para lá por volta do I
dia 5 dêste mesmo m~s. No dia 12 de Janeiro fo
ram pr~sos os Sd VANDERLEI, MONÇ~O e VICENTE, /
se encontrando apenas no Arquivo os Sd GEOMAR e
FERREIRA. À tarde d~ste mesmo dia o depoente I
lá compareceu e juntamente com o Ten MIRANDA, I
Sgt RUBENS, Sgt ETEL e Cabo CRUZ foram feitas /
inquirições nos mesmos, bem como os depoimentos
de GEOMAR e FERREIRA, aste Último sainda de lá/
naquele dia para o xadr~s da Guarda. Nesta oc~
sião os Sd VhNDERLEI e MONÇ~O apanharam bastan-
te, o Sd GEOMAR eu não vi nêste dia apanhar, PQ
is o mesmo se encontrava bastante escoriado, PQ
o rem estava falando e andando. Durante tôda a I
tarde os Sd VANDERLEI, MONÇ~O e VICENTEapanharam
bastante como já foi dito e levaram choques elé
tricos, tendo todos êles confessado que eram ma
conheiros, porém o depoente tinha informes da I
Policia de Volta Redonda que os Sd MONÇÃO e VAN
DERLEI Talvez tivessem ligação com os trafican-
tes civis 11 DENGO", e o Fiscal "WILSON". Por vol
ta das 1730 horas o Sd VIC~NTE levou uma panca-
da na cabeça da qual saiu muito sangue tendo em
"'
consequencia o depoente mandado chamar o padiolei
ro da dia, ocasião em que permaneceu no Arquivo
o Ten MIRANDA e o Cb CRUZ, pois o RUBENS tinha/
ido à rua e o ETEL tinha ido descansar. Nesta/
oportunidade eu sai e fui localizar o Cb enfer-
meiro em sua residência, CESAR LUIZ o qual com-
pareceu ao Quartel trazido pela patrulha, indo/
socorrer o Sd VICENTE. Quando retornei cêrca I
das 1830 horas, foi -me comunicado pelo Ten MI-/
RANDA que haviam falecido os Sd MONÇ~O e VANDER
LEI. O Sd VICENTE tinha recebido curativos na I
cabeça pela Cb CEZAR LUIZ e os Sd VANDERLEI e /
MONÇlO, o enfermeiro de dia nada pÔde fazer. O ..
Sd GEOMAR pediu para sair da cela e ficou no co~
redor juntamente com o S~ VICEN7:' A porta do/
corredor foi fechada e la de~oi colocado I
A
-----------------------------------------------~~--------~~~~----~--~~~
•
----~-·~~------------------------------------~~~--~~~~~~~~~----~---
C\
\7JJ
outro corpo, do Sd MONÇlO a beira da estrada, num
bambual. Lembro que êste bambual fica depois da
entrada de Rio Claro para quem vai de Barra Nansa
para Angra dos ~eis. Retornamos ao Quartel por I
volta das 0730 hras e depoms de tomar café parti-
cipei a fuga ao Cel ARIOSVALDO antes porém falei/
com o Ten Cel GLADSTONE dando-lhe ciência do que/
foi feito. Disse-lhe também que o Sd VICENTE ne-
cessitava de socorro médico tendo o Cel mandado I
leva r o Dr ~RICO, médico do Batalhão, ao Arquivo/
para providenciar socorro". O depoente e ntão pr,g
curou o médico da Unidade e solicitou o compareci
mento do mesmo ao Pavilhão a fim de examinar os I
Sd GEOMAR e VIC~NTE, embora o Sd VICENTE aparen-/
teme nte apresen t ava pior estado, pois GEOMAR por
volta das 1030 horas estava andando e falando em-
bora reclamasse de dÔres na barriga e estivesse I
bem escoriado. O Dr ~RICO lá chegando examinou os
o dois soldados porém se deteve no Sd GEOMAR e apÓs
algum tempo afirmou que o mesmo precisava ser in-
, A -
ternado porem que ele tinha condiçoes de ser remo
vido para o HCE, embora seu caso fÔsse grave êle/
não estava em estado desesperador, presumindo que
o mesmo não corria perigo de vida. Fol então dito
ao Dr que participasse ao Cel a necessidade de ig
ternação do Sd GEOMAn e o depoente ajudou a tomar
as providências para a remoção do Sd GEOMAR, pro-
videnciando para que a ambulância do Batalhão fi-
casse em condiçÕes de fazer o transporte do refe-
rido soldado; o Cb TOMAZ enfermeiro ficou encarr~
A
gado de providenciar a ambulancia, avisar pel,di-
go, avisado pelo depoente e pelo Dr da situação./
Por volta das 1130 horas o de noente deu conheci-/
mento ao Ten Cel GLADSTONE da situação dos Sd GEO
MAR e VICENTE e pediu autorixação ao mesmo para ir
a' Guanabara a fim de tratar de assunto particular
e também procurar o Dr QUIRI NO, mdico do HCE e ami
go do depoente, a fim de tomar conhecimento do que
era necessário para a internação dos dois soldados
no HCE. O depoente esteve na casa do Dr QUIRINO/
A , '
com sua esposa, de la saindo as 2130 horas e se I
L
/-v
dirigindo para o Quartel do lQ BIB aonde chegou por
volta de 2330 horas, tomando conhecimento que o Sd
GEOMAR havia falecido. O depoente foi ao Rio e dei
xou os dois soldados entregues aos cuidados médicos
do Dr ~RICO, pelos motivos que já foram citados uma
vêz que segundo afirmativa do Dr ambos os soldados/
poderiam ser remotivos no dia seguinte. O depoente
soube posteriormente que o faleci ,·ílento do Sd GEOMAR
se deu as 1340 horas, segundo perte de falecimento/
dada pelo Dr ÉRICO, porém que o mesmo não se encon-
trava no Quartel naquela ocasião, o que de fato foi
comprovado posteriormente mediante uma declaração I
fornecida pelo agência do INPS de Barra Mansa, na I
qual consta que o referido Dr cumpriu horário de -/
trabalho entre 1330 horas e 1500 horas de cujo doeu
mento o depoente solicita seja anexado aos presen-/
tes autos. Por volta das 0000 horas do dia 13 o d~
poente tomou conhecimento através do Ten MIRANDA -/
que o mesmo tinha retirado o corpo do Sd MONÇ~O dei
xado na beira da Estrada de Angra dos Reis e o le-/
vado para outro local perto da cidade de Bananalo I
•
Perguntado se tem fatos a alegar ou provas que jus-
tifiquem a sua inocência, respondeu que foi~ pri-/
meira vêz que o depoente desempenhou as funções de/
Oficial de Informações e pelo tempo de aproximada-/
men~e seis mêses. "Nunca houve de minha parte in-/
tensão de matar qualquer soldado" ••• " (fls. 133,134
135, 136, 137 e 138 dos autos).
, '
os ultimes homens, digo, "Cel, hoje a t~rde foram
presos os três Últimos homens, e dois deles apa-/
nharam muito e devido a isso vieram a falecer". I
Que o Cel ficou pensativo ocasião em que êle NIE-
BUS voltou a dizer no frante do Ten HIRANDA: "Cel
a solução agora é desaparecer com êsses corpos",/
o ao que o .Cel retru, digo, continuando êle NIEBUS,
a falar "Cel, o melhor ~ dizer que houve uma bri-
ga fictÍcia entre os prêsos e que os dois soldados
mortos haviam fugido" ao que o Cel então lembrou/
, ,
que para desenvolver essa ideia seria necessario
simular uma fuga, o que realmente foi feito con-/
,
forme ja descrito em seus depoimentos anteriores.
Que, naquêle momento, o Ten Cel GLADSTONE pergun-
tou ao depoente por todos os detalhes daquêle fa-
to, a saber, quem havia visto a morte dos dois -/
soldados, como ela havia ocorrido de fato, e tudo
o mais que êle NIEBUS no momento não se recorda./
Que NIEBUS não mencionou o nome dos dois soldados
mortos ao Ten Cel GLADSTO~~, porém se tratava dos
soldados MONÇP.O e VA~~~RLEI. Que no meio da con-
versa entre êle NIEBUS e o Ten Cel GLADSTONE apa-
receu o ex-cabo ALB~RTO, atual informante do GLADS
TONE, digo, atual informante do Batalhão, para fa
4
lar com êle NIBBUS. Que, o Ten MirtANDA dirigiu-se
, "
para receber o ex-cabo ALBERTO, porem este se - I
A '
aproximou tendo ele NIEBUS dito a aquele ex-cabo,
mais ou menos o seguinte: que estava tratando de/
um assunto muito importante com o Ten Cel, que êle
~assasse posteriormente no Batalh~ara falar :om
ele, NIEBUSo Que a chegada do ~~abo ALB~RTO nao
~
~
~
(~
' I
\7@
que estão sendo a purados. Nada mais tenho a de c la-
rar a não ser que o encarregado do inquérito me fa-
ça perguntas. Perguntado ao Cap NIEBUS a declarar,
por ele foi dito o seguinte: Que, alguns dias antes
o Sgt RUBENS trouxera ao seu conhecimento a existêg
cia de um traficante de maconha de nome WILSON, ou
melhor, trouxera ao conhecimento dêle, NIEBUS, que/
,
seria facil prender o traficante de maconha de nome
1:1ILSON, fical da emprêsa dos Ônibus 249 - Volta Re-
donda - Barra Mansa, mediante o árdil de êle WILSON
digo, de êle RUBZNS simular uma compra de maconha I
A A
com o referido traficante, num valor de cerca de cem
, "'
cruzeiros, ideia que pareceu boa a ele, NIEBUS, mo-
tivo pelo qual, efetivamente, participou-a a pediu
a necessária autorização ao Ten Cel GLADSTO~~, tudo
conforme o prÓprio Ten Cel GLADSTONE acaba de rel~
"
tar, exceto que a conversa sobre "
este asstmto ocor
reu no dia 11 ou na manhã do dia 12 de janeiro, a~
,
o sim como ocorreu den .. ro do Quartel, logo apos o al
môço, não recebendo a aprovação do Ten Cel GLADSTO
"" . , .
NE{ o qual alegou que esse assunto era mals proprl o
,
da policia, "
motivo relo qual ele, NIEBUS, disse ao
Ten Cel GLADSTONE que efetuaria a diligência para/
prender o WILSON com a particiração da polÍcia atra
vés do delegado Dr JACQUES, digo, Dr JAQUES com c/
qual êle, NIEBUS, costumava trocar informações ••• "
(fls.233,234,235 e 236 dos autos).
\~@
2º quesito:- que co~~eceu o Sd GEOMAR, porque êste
estava prêso há mais tempo; com relação aos outros
soldados, os conheceu só no dia 12 de janeiro do I
corrente ano (1972 ); que, com exceção da testemunha
cabo Eugenio Gonzaga Tomaz, o qual puniu várias vi
zes quando ~ ste serviu sob as ordens de declarante,
nada tem a opor cont ra as demais testemunhas arro-
ladas na denúncia; ao 3º quesito:- que conhece al-
guns detalhes da prova apurada, no inque r ito, con-
tra o declarante ; que houve coação moral e psicolQ
gica para que o declarante declarasse que havia b~
A .
tido em tres dos quatro soldados que vieram a fale
cer; ao 4º quisito:- que presenciou os soldados I
serem espancados com fios elétricos, cintos e cano
de ferro, não sabendo se os me smos foram apreendi-
dos. P. se entre os instrumentos a que se referiu/
existia uma palmatÓria, declarou que não se lembr~
va; ao 5º quisito:- que recebeu ordens do Cel Glad~
u tone para deca pitar os dois soldados, visando a -/
não identificação dos corpos, e deixar os cadáve res
em lugar dis t ante; que a referida or dem foi dada I
na presença do Ten M I ~ANDA, pelo Ten Cel Gladstone;
que apena s presenciou em a lgumas situações espaneª
mente s de preso; que não participou do referido e~
pancamento; quer ainda esclarecer que não mutilou/
os cadáveres; que segurou a lanterna para que o -/
Ten Miranda mutilasse um cadáver; que o outro foi/
largado posteriormente à beira de uma estrada, quan
do o declarante regressava ao quartel; ao 6Q quisi
to:- que atribui a acusação de espancament o que -/
, ,
lhe e feita na denuncia ao fat o de ter assistido a
alguns espancamentos e ser o oficial mais graduado
no momento; que participaram dos espancamentos as-
sistidos pelo declarante, os segui nte s: Sgt Et el,l
Sgt Rubem, Cb Cruz, Cb Freitas; que o Ten Miranda/
sempre fi cava no Arquivo, local onde eram inquiri-
4 dos os presos, porém, na presença do decla rante, I
ntmca espancou qualquer preso; que os referidos / -
elementos faziam parte da equipe de apuração, desig
nada pelo Ten Cel Gladstone; ••• 11 (fls.612/613).
~
t -··
ta ocasião, devo dizer que não tinha a chave
Seção, local onde ficavam guardadas as chaves do I
Arquivo, onde se encontrava o Soldado BOT3LHO. -/
Não dei importância ao fato voltando para casa on-
de passei a noite de 31 para lO de Janeiro. Para/
surprêza geral soubemos posteriormente que o Sd BO
TELHO havia se evadido da prisão por um buraco - I
existente no teto, tendo quebrado telhas de amianto
conseguindo se evadir do quartel. Imediatamente o
fato foi levado ao conhecimento do Comando do Bata
lhão e os elementos da 2ª Seção efetuaram diligên-
cias para prender o fugitivo o que não conseguiram.
Deixamos permanentemente na casa do Soldado BOTELHO
um elemento da equipe na esperança que o mesmo lá
aparecesse, sendo então efetuada a prisão pelo Cb
FREITAS de um civil que o encontrando lá pensou I
~ A ~
,
beça e o referido padioleiro nao tinha pratica p
dar pontos mandamos buscar o cabo C~SAR LUIZ elemen
to mais capacitado. Lá chegando o referido cabo I
preparou todo material de emergência passando então
a socorrer os soldados enquanto o Cap NIEBUS saia I
para chamar o médico. Devo declarar que enquanto I
atendia o Soldado VICENTE o cabo CESAR LUIZ verifi-
cou que o estado de saÚde de MONÇÃO inspirava maia-
res cuidados tendo feito na ocasião uma aplicação I
de coramina e com respiração artificial tentava fa-
zer o soldado se recuperar. Tudo foi inÚtil vindo/
o soldado a falecer na mi nha presença, do Sgt ETEL,
do Cb CRUZ e do referido enfermeiro. As atenções I
foram voltadas então para o soldado VANDERLEI preo-
cupados que estávamos que algo de ruim viesse acon-
tecer e também porque o soldado VICENTE apaeentemeg
,
te so tinha a preocupar o corte na cabeça. Foi quan
do recebi um telefonema do Cap NIEBUS que disse não
,
ter encontrado ainda o medico e querendo saber como
o estavam os soldados, tendo então o depoente relata-
do que o so]dado MONÇÃO havia falecido e que VAN-1
DERLE I estava mal, tendo o Cap falado que iria ime-
,
diatamente para o Quartel. Logo apos novo telefon~
ma desta vêz. do Sgt RUBENS querendo falar com o Cap
,., "
tendo o depoente atendido e manddando que ele fosse
imediatamente para a Unidade. Chegando ao Quartel
o Cap NIEBUS constatou que o Sol dado VANDERLEI tam-
bém havia falecido. Todos ficamos atÔnitos com ~ I
situação jamais poderÍamos pensar que tal desgraça/
fÔsse cair sÔbre nós, procurávamos fazer um traba - /
lho honesto sem dia e hora e como resultado jaziam/
sois corpos em nossa frente. Qual a atitude a ser/
tomada? Ninguém sabia, quando chegou então o Sgt - /
RUBENS tendo tomado ciência do ocorrido, passando I
então a ter conhecimento do fato o Cap NI~BUS, tenl
MI RANDA , Sgt ETEL, Sgt RUB.~NS, Cb CRUZ e Cb CESAR I
LUIZ. Ficamos algumas horas sem saber o que fazer,
discutiamos o problema , várias idéias foram levan-/
tadas mas nenhuma tra zia solução; quando achamos por
bem dis -oensar o Cb CESAR LUIZ apÓs o mesmo t er socor
4
0
\11 "
, A
'~
São Paulo e cujo o dono chama-se JOSÉ; que, efeti-
vamente, na area de RIO CLARO os tres apanharam o
corfO que havia sido deixado, o co~po do Sd MONÇÃO;
,
que, conforme ja relatou anteriormente o declaran-
te, o Cap NIEBUS, os Sgts ETEL e RUB~NS e o Cabo /
CRUZ lá deixaram o corpo do Sd MONÇ~O às 0500 hs I
da madrugada do gia 13 de Janeiro; que, como o co~
po de MONÇãO houvesse ficado exposto, por ordem do
Ten Cel GLADSTONE, conforme declarou na ecareação/
com o mesmo, o depoente dirigiu-se a' aquele local,
sÓ que desta vêz em companhia dos dois policiais I
supra-citados, com a camionete aludida, apanhada I
pelo declarante na referida oficina, onde deixara o
seu carro; que, apÓs apanharem o corpo de MONÇÃO I
....
dirigiram-se os tres para a estrada de BANANAL onde
chegaram mais ou menos as 1500 hs e lá depositaram
o corpo de MONÇÃO, sÔbre o qual jogaram gasolina,/
tocando fogo em seguida; que, a rural era dirigida
~~
~~
~~-------~----------------------------------------~--~~~~--~~--~~----~----
11
que o declarante t eve oportunidade de auxiliar
•••
"
espancar GEOMAR, na base de tapas e socos;
' CJl}\o
que,
·
.
I
ação do declarante limitou-se a apertar os pés de
~
I
GEOMAR, no que foi ajudado pelo Sargento GDEDDS,/
;
I
que tambem se achava presente; que, a bem da ver-
dade, o declarante informa haver antes colocado I
, . , .
seus propr~os pes na prensa e nela fe1to uma marca,
a fim de que ao apertar os pés de GSOMAR não ex-/
cedesse, provocando até uma fratura; que, também/
auxiliou a interrogar o Sd PERY, nas duas vezes que
êle esteve pr~so, limitando-se, contudo, a dar- I
lhe uns cascudos, e umas rasteiras; que, também/
auxiliou a interrogar o Sd FERREIRA, quando se -/
achava presente tÔda a equipe, a saber o Cap NIE-
BUS, o Ten MIRANDA, o Sgt ETEL, o Sgt GUEDES e os
Cabos CRUZ e FREITAS; que tÔda a equipe surrou o/
Sd FERREIRA, na base dos tapas e dos sôcos; que I
o cabo CRUZ tem a mania de calçar uma luva escura
na mão esquerda, visto ser canhoto, para bater; I
que, no interrogatÓri o do Sd GETULIO, o depoente/
o além de apertar os pés na prensa, usando de pre-/
caução para não ferir, usou o cinto NA; que, o d~
clarante em EVALDO deu uns tapas, não se recordag
,
do quem se achava presente; que no interrogatorio
do Sd APARECIDO, achava-se presente tÔda a equipe
já mencionada; que, APARECIDO foi agredido a ta-/
pas e a sôcos; que o cabo CRUZ utili zou-se de um/
cano de ferro e de uma palmatÓria; que, tudo isso
aconteceu, pensa o defoente, por fatalidade, por-
que achava-se para entrar em férias, o que não -/
ocorreu porque o Cap NIEBUS requisitou o depoente;
que o depoente nunca esteve presente por ocasião do
interrogatÓrio do Sd VICENTE; que o de poente recQ
nhece que errou, porém nunca concorreu diretamente
para causar lesões ou morte em quem quer que seja
e que tudo que fazia era atender as ordens do ch~
fe da equipe, o Cap NIEBUS; que, o Sd VICENTE foi
,.
preso no dia 12 do corrente; que naquele dia o d~
poente estava tomando o de poimento do Sd GEOMAR e
naquela ocasião niguém agredia GEOMAR; que apÓs I
ter tomado o depoimento do Sd GEOMAR, o Cap NIEBUS
determinou que o de poente fÔsse à rua, resolver I
o problema de um rapaz, qe cujo nome não se reco~
da, no momento, mas que poderá fornecer portuna-
...
mente, que se achava preso na polici ivil, por
G\~\o
haver agredido a uma "piranha"; que o .,Cap NIEB; ; ( J
mandou que o depoente fosse fazer uma sindicân-/
cia a fim de apurar tudo sÔbre a prisão do rapaz
e se o mesmo fÔra agredido pela policia, bem co-
mo se .. a tal "piranha" era ladra; que apÓs essas/
diligencias o depoente regressou ao ~uartel, de
onde saiu com a equipe, a fim de prend'er o maco-
nheiro NILSON, em flagrante; que, os Cabos CRUZ/
e FREITAS e o Sgt GUEDES não tomaram parte nessa
missão, a qual não logrou êxito, porque WILSON I
não foi encontrado; que, o depoente ao regressar
ao quartel com o Cap NIEBUS, e Ten MIRANDA e o I
Sgt ETEL, teve ocasião de com os me smos constatar
a fuga dos presos Sds MONÇÃO e WANDERLEY; que, /
por todos esses fatos o depoente nao teve contato
A -
,
com o Sd VICENTE; que, tambem, nunca teve contaQ
to com MONÇlO e WANDERLEI; que, levou comida para
os presos no sábado e domingo, dias 8 e 9 de janeiro
evitando que os me smos ficassem sem comer naqueles
dias; que, de um modo geral sempre lhe repugnava
tais espancament os, quando os mesmos negavam ao/
ponto de excesso; que o Sgt ETEL quase sempre usava
as mãos, porque tem muita fÔrça nos braços, para
espancar , exceto algumas vezes que usava um fio I
elétrico; que usavam palmatÓria cs Cap NIEBUS,os /
Cabos CRUZ e FREITAS , sendo que êste Último,segun
do viu o depoente, batia nas mãos, enquanto os dQ
is primeiros batiam nas várias partes do corpo; I
que se recorda de que o Cabo CRUZ era quem usava
o cano de ferro, para bater nas coxas dos indici~
dos; que, não tomou parte na prisão e nos inte rrQ
gatÓrios dos soldados GIC3NTE, WANDERLEY e MONÇÃO ;
que, no dia em que o Cap NIEBUS determinou ao depoeg
te que fizesse as diligências para apurar as cau sas
da prisão dos já referidos elementos com a "pira-
.,
nha", o declarante telefonou de Volta Redonda, Ja
à noite, para o Cmt de seu Pelotão, o Ten MI RANDA,
conforme pode ser comprovado na ficha do quartel
que registra as chamadas telefÔnicas, no dia 12 I
para 13; que, sendo atendido - pelo Ten M RANDA , I
por este lhe foi ordenado que fosse par o quartel;
,
que ja tendo chegado em Barra Mansa, quando se di-
rigia para o ponto de Ônibus, a fim de chegar ao I
I ..,
quartel, passou o Cap NIEBUS, em seu carro, dando/
uma carona ao depoente; que durante o trajeto, o
Cap NIEBUS disse ao declarante que MONÇÃO e WANDER
LEY haviam morrido, sem entrar em outros detalhes;
que, chegando ao quartel foram até a sala do arqui
vo onde se achavam os cadáveres de MONÇ!O e WANDER
LEY, guardados pelo Sgt ETEL; que, recebeu ordens/
do Cap NIEBUS para subir ao telhado pelo alçapão I
do fÔrro e arrombar o telhado, a fim de simular a/
fuga daqueles dois soldados; que, o declarante cum
priu as ordens do Cap NIEBUS; que, em seguida, o I
Cap NIEBUS e o Cabo CRUZ deram uns tiros para o ar,
gritando que MONÇÃO e WANDERLEY haviam fugido; que,
mais tarde, também, por ordem do Cap NIEBUS, os -/
corpos fo r am colocados no interior de uma pick-up,
a ~mal foi conduzida pelo Cap NIEBUS, para os la-/
o "
dos da represa; que, como o declarante se encontrava
na parte de trás do veiculo não conseguiu digulgar,
isto é, distinguir bem o caminho que estava sendo I
,
percorrido, porem percebeu quando passavam pelo en-
trocamento das estradas de LIDICE/RIO CLARO, toman
do a pick-up a direção de LÍDICE, onde seguiram por
um caminho de terra batida, segundo pensa o depoen
te, por cêrca de duas horas; que, o Cap NIEBUS pa-
rou o veiculo em um local êrmo, à beira de um rio,
onde o Cap NIEBUS pretendia atirar os corpos, no I
que foi obstado pela presença de alguns pescadores;
que, face a presença daquelas pessoas, o Cap NIEBUS
fêz a pick-up retornar por uns trinta minutos, pa-
A
;
- -
qual dos dois procedeu a" amputaçao das maos e da
I A
' fls.l83/
O acusado 30 Sargento SIDENI GUEDES, declarou as
:t À que:
~
o Rio de Janeiro. Nesta ocasião o Dr ~RICO
a comentar com o depoent e que havia nec essidade de
uma internação urgente para o soldado GEOMAR; que,
em seguida saiu para cumpr ir uma missão externa e
regr essou ao Quartel horas depois; que, por volta/
das 1400 hor as , quando se preparava para sair nova
mente do Quartel, com destino a Muriqui, foi chamado
ao arquivo pelo Dr ~RICO, que o noticiou do faleci
mento do soldado GEOMAR; que saiu novamente à rua/
com a fina lidade de localizar os elementos da 2ª I
Seção, para lhes participar o ocorrido e levá-los/
para o Quartel, Disse aijda o depoente que quando
localizou o Ten MI RANDA êle estava em um bar pró-/
..
ximo a Delegacia, tomando uma cerveja e relatou o
fato da morte do soldado G30MAR tendo o mesmo, sem
querer, contado o defoente a verdade s3bre os s ol-
dados VANDERLEI e MONÇÃO, inclusive recome ndando I
ao depoente que devia fingir ignorância dos fatos/
quando na presença do Cap NISBUS, digo, Cap NIEBUS;
o que, e ssa conversa se desenrrolou nos f undos do -1
bar, estando presente o depoente, o Ten MIRANDA e o
Cb CRUZ; Disse ainda o depoente que o Sgt HUBENS
lhe confidenciou o seguinte: "que estava revoltado,
por ter particir;ado no sumiç o dos corpos ". Disse I
ainda o depoente que o Sgt RUBENS não estava no Quar
tel, pois se enc ont r~va cumprindo uma missão exter-
na e que quando o mesmo telefonou para o Quartel, I
foi chamado e se viu obrigado a participar do ti sumi
ço 11 dado aos corpos dos soldados MONÇÃO e VANDERLEI ••• 11
(fls. 183/ 184 dos aut os ).
•
/t
pelo MP, tendo o acusado dito que a referida pa
matéri a era em tudo semelhante, com exceção da -/
cor, a que era usada no Arquivo; que, seguindo O.!:
dens do Cap Niebus, apertou a prensa para faze r I
pressão nos pés do civi l Capara, porém que neste/
momento êste recebeu um chqque e pÔde retirar o I
,
pe da prensa; o Cap Ni ebus chamou a atenção do d~
clarante e pessoa l mente f oi apertar o pé do referi
do civil na prensa; ••• " 11 • • • que sÓ admite ter dª-
do uns tapas no Sd Monçã o, na manhã do dia l2 , sem
usar qualquer instrumento; ••• n " ••• que durante o/
pouco tempo que passava no Arquivo, só chamava a
,.,
atenção do declarante a violencia com que agi am o
Cap Niebus e o Cb Cruz; ••• " (fls. 637/6380.
l
uns golpes com um cano de ferro, isto quando se can-
savam de dar com a mã o; que, agora lamenta mas, efe-
tivament e, por ordem do Cap N I~BUS manteve, auxilia-
do pel o Cabo F3EITAS, a cabeça de APAR~C IDO dentro I
d'água, numa lata de banha de 20 qui l os; que o Cap I
,
NI3BUS marcava no relogio o tempo em que a cabeça de
J.~PAREC IDO deveria ficar submersa e que variavc:, de 30
/~
~~
\f(J)
dos. Quando ficaram sabendo que o presidente do in-
quérito seria outro, o Capitão NIEBUS percebeu que/
o declarante estava abatido e disse - lhe para não fi
car assim e que se o declarante dissesse digo, di-/
, ,
zesse a verdade, seria o unico responsavel, pois os
demais negariam tudo. Quando viemos para a Guanab~
ra, disse ainda o declarante, que o Cap NI3BUS dis-
se que continuassemos negando, que o Encarregado do
inquérito, não podi a nos manter deti1os e que êle I
(Cap N I ~BUS) iria pedir o Habeas-Corpus. Com rela-
ção, as luvas disse que um día estava na sala de -/
instrução, não se lembrando se estava tÔda a equipe,
que o Cap NI EBUS disse que tinha que comprar uma 1~
vas para operações, poi s talvez mais tarde êle (Cap
NI~BUS) fÔsse precisar das mesmas. Foi quando o Cap
NIEBUS dirigiu-se ao Cabo THOMAZ para saber o prêço,
não sabendo entretanto o referido cabo informar exa
tamente o preço, dizendo que custava mais ou menos/
Cr$10,DO (dez cruzeiros • Que, o Cabo THOMAZ pergun
tou ao Cap NIEBUS qual a côr das referidas l uvas, I
tendo Cap NI3BUS respondido que não sabia as côres/
que tinham essas luvas, sen ! o informado pelo Cabo I
THOHAZ que as luvas existiam mas cores branca e ver
melha, tendo o Cap NIEBUS mandado que fÔssern compra
das as vermelhas, pois essa côr era mais parecida I
com sangue. Disse ainda o declarante que não sabe I
se as referidas luvas foram compradas, pois nunca I
chegou as ver. Ainda com relação a compra das lu-/
vas, disse o declarante que não está bem lembrado,/
mas um dia o Cap NIEBUS, disse que queria as l uvas,
pois iria ter instruções com uma pessoa, que o de-/
clarante não sabe quem seja, sÔbre a maneira de co-
mo se abria um cadáver. Com relação ao Soldado Bo-
telho, o que sabe é que no dia de sua fuga, estava/
de Sgt de Dia, e se encontrava no Corpo da Guarda,/
quando entre 1930 hssas e 2000 hs foi informado por
um soldado que não se rec orda bem que seja, mas que
tem uma pequena lembrança de que seja um soldado do
cassino dos oficiais, que lá nos fundos do Quartel/
haviam dado um tiro, ocasião em que para lá se diri
giu, ja, encontrando la, perto do Arquivo, o OficialI
de Dia (Ten MAGALHãES) , tendo então perguntado ao I
mesmo o que tinha havido, sendo informado /~ elo ref~
rido Tenente, que tinha s ~ ido uma pesso pelo muro,
e que as sentinelas do Paiol e dos Fundos,
que esta pessoa tinha saido de tráz do Arq·Jivo, OC-ª.
sião em que o Oficial de Dia (Ten MAGALHÃES), levan
tou a hipÓtese se não teria sido algum prêso, tendo
então o declarante juntamente com o Oficial de Dia/
( TZN MAGALHRES) se dirigido para o Arquivo para ver
se não havia nenhuma alteração, ocasião em que o -1
Ten M..\.GALHÃES, for~ou as portas externas, para ve-
rificar se tinha alguma delas aberta, sendo então I
notado pelo Ten MAGhLHãES, que segundo lhe parecia/
um dos basculhantes estava aberto e que tinha visto
o mesmo fechado. Nessa verificação o declarante -/
perguntou ao Ten MAGALHÃES se êle tinha as chaves I
do Arquivo, tendo o referido Tenente respondido ne-
gativamente, dizendo que talvez estivesse com o Ten
MIR~NDA que se encontrava a usente do Quartel naquê-
le momento. Disse o declarante, que na hora da re-
vista do recolher o Ten Mifu\ NDA chegou ao Quartel I
de carro, acompanhado de uma mulher, ocasião em que
c o Ten MAGALHÃES dirigiu-se ao Ten MIRANDA relatandQ
o do ocorrido, tendo o Ten MI~~NDA chamado os sold~
dos que esta vam de sentinela naquele setor, para sg_
ber o que tinham visto, tendo o Ten MI3ANDA mandado
que fÔssem anotados os números dos referidos solda-
dos não se recordando entretanto quem o fêz. Logo/
,
em seguida o Ten ~!RANDA se dirigiu de carro ate em
frente ao ca ssino dos oficiais, não sabendo o decl~
rante se o Ten MIRANDA foi verificar se realmente I
" tinha fugido do Arquivo, pois nem mesmo o d~
alguem
clarante sabia se tinha alguém prêso naquêle local,
porque depois que deixou o PC do Pelotão ~special I
não ficou sabendo para onde tinham levado o Sd BOTE
LHO, ficando em dÚvida quem po l eria ser que fugira.
SÓ ficando esclarecida essa dÚvida no primeiro dia/
Útil, que segundo se recorda o decla r ante, foi uma/
I.
segunda-feira, dia 03 de Janeiro de 1972, que vol-/
4
tou ao Arquivo, enfontrando lá o Cb F~EITAS e post~
riormente chegou o Sgt GU~DES. Verificaram então I
se tudo estava bem, quando abriram a cela e chamaram
pelo Sd BOT ~LHO, pois a referida cela estava escura
devido a falta de luz, é que o declarante ficou sa-
bendo q'Je tinha sido o soldado BOTELHO qu~ havia fg
gido. Que, o Cabo FREITAS e o Sgt GUEDE/ aisseram/
,
que um armaria que la" estava, centrava no/
..
rugar. e so, emcpstado a parede, embaixo do alçapão.
Mais tarde chegaram ao Arquivo o Ten MIRANDA e o Cap
NIEBUS, ocasião em que foi mostrado por onde o Sd BO
TELHO tinha saido. Disse ainda o declarante que ~/
apÓs o rancho dirigiu-se juntamente com o Adjunto p~
ra o Pavilhão de Comando, por volta das 1900 hs, po-
is tinha pedido ao mesmo para falar com o oficial de
Dia e pedir-lhe permissão para ir em casa tendo em I
vista a passagem de ano, tendo o Adjunto o mesmo, di
go, lá chegando avistaram-se com o Oficial de Dia (/
(Ten MAGALHãES), ocasião em que o Adjunto expÔs ao I
Oficial de Dia o pedido do declarante, tendo o Ofici
al de Dia (Ten MAGALHÃES) concordado em que o decla-
...
rante fosse em casa, dando para isso o prazo de quig
ze minutos, em virtude de ser dia de festa e querer/
que todos os Sargentos de serviço estivessem em con-
diçÕes de serem empregados. Declarou ainda, que - I
quan<to ao que o Cabo CRUZ lhe disse quando o declaran
te perguntou pelo Sd BOTELHO, disse o referido Cabo/
que quanto a êsse problema não era para se preocupar
pois o Cap NIEBUS iria telefonar para o Delegado de
Policia, se assim o Cap NIEBUS fêz não fi cou sabendo,
pois não perguntou mais nada. Isso o Cb CRUZ havia/
dito ao declarante quando ambos se dirigiBB para o I
Arquivo, não se lembrando bem, mas parece ao declarag
te, que um dia, não se - mas parece ao declarante que
o Cap NIEBUS, havia dito a êle (Cb CRUZ) que êste a~
sunto não era para ser comentado. Disse ainda o :ie-
clarante, que u~ dia, não se recordando qual seja, I
viu o Cap NIEBUS, conversando com o Delegado de Foli
cia de VOLTA ~DONDA, não sabendo entretanto o decl~
rante, qual o assunto tratado, pois êle (Cap NIEBUSI
e o Delegado) se dirigiram para o estacionamento de/
carros e quando chegaram a altura de uma quadra de I
voleibol, o Capitão NIZBUS cha.mou o declarante, ten-
do neste moment o interrompido a conversação com o de
legado, e disse ao declarante que o esperasse no Pa-
vilhão de Comando, tendo o declarante se dirigido p~
ra aquêle local e permanecido bastante t e~po. Mais/
-
tarde, quando o Cap NIEBUS voltou, disse que nao pr~
..
cisava mais do declarante, não sabendo para /-
que havia sido chamado ••• " (fls.273/27
"!:\
\1}
Perante o Conselho Especial de Justi ça, o acusado, 30 Sa~
gento IVl•N ETEL DE OLIVEI~ declarou:
" ••• que foi chamado pelm Cap NIEBUS para participar
dos interrogatÓrios dos soldados presos; que duran-
te os interrogatÓrios ocorreram, em parte, espanca-
mentos de soldados; que foi forçado a participar -/
,
dos espancamentos pe l o Cap NI EBUS; que so tomou pa~
te no espancamento do Sd Geomar, entre os quatro -/
que vieram a falecer; que não se recorda de ter to-
mado parte em e spa.ncamento de outros soldados; ••• "
'' ••• que a acusaç;o ~verdadeira em parte sim, em-/
parte não; que embora nã o quisesse fazer, foi obri-
gado pelo Cap Niebus; que se encontrava dentro da I
viatura que transportou os corpos dos Sds Monção e
Vanderlei; que não a ssistiu à mutilação do cadá;rer/
do Sd Monção, digo , Sd Vanderlei; ••• " (fls.617/618 , ;
4
'
somente
\1~-
regressando ao Quartel no dia 13 pela manha.
Até êste dia 12, quase que diàriamente os présionei-
ros eram bastante espancados pela equtpe, que u sava/
,
cano de ferro, prensa, palmatoria, choque, fios, cig
to NA, cinto de couro, tudo visando obter, através I
do castigo fisico as informa ~ Ões desejadas. Nestas I
ocasiões, o Cap N: 3BUS e o Cb CRUZ destavavam-se pe-
la maneira brutal como batiam nas suas vitimas, o 1-
,
Cap com o cano de ferro e a palmatoria e o Cb CRUZ I
com a luva pr~ta na mão esquerda. O Cap batia em -/
"
todas as partes do corpo e era frequente fazer comen
tários de satisfação enquanto batia. De inicio o de
poente disse que batia com as mãos, mas apÓs tê-las/
machucado, resolver usar a palmatoria. , , I
Usou tambem
cinto de couro, o cinto NA, 1eu alguns choques, usou
A • ,
a prensa uma vez e deu um banho de agua salgada , jun
tamente com Ten KIRANDA, por ordem do Cap NI3BUS,nos
ferim~ntos dos prisioneiros. Disse ainda Q depoente
que alguns prisioneiros gritavam, mas nunca pensou I
,
na possibilidade de alguem vir a saber o que estava
se passando, pois estavam ali com ordens do Capitão/
S/2, e portanto aquilo deveria ser do conhecimento I
dos demais oficiais da Unidade; tanto que certa vez,
o Ten PAULO CESAR, Cmt da 2ª Cia, estava no Arquivo/
e viu um soldado apanhando do Cb CRUZ. Outra vêz o/
Ten CALICHIO levou um prisioneiro para o Arquivo e I
deu-lhe uns tapas, entregando-o em seguida ao Ten Ml
RANDA, que não quiz que o referido Tenente permanece~
se no local. Na manhão do dia 12 de Jane i ro, estavam
prêsos os soldados GEOMAR, UICZNTE, MONÇF-0 e VANDER-
L3I. Disse ainda o depoehte que o soldado GEOMA~ e~
tava bastante machucado, mal podendo se levantar, o
soldado VICENTS estava aparentemente bem, o soldado/
MONÇ~O nesta ocasião apaP~ou bastante, tendo inclusi
ve fingido um desmaio para não apanhar mais, o Sd VAN
DERLEI tinha apanhado pouco , tendo inclusive saido I
do Arquivo para apanhar uma lata no Pelotão Especial,
4
a mando do Cap NIEBUS, lata esta que serviria para I
colocar a cabeça dos prisioneiros dentro d'água, o I
qne foi feito no sol.i ado 1'\.Fl~AAREC IDO pelo depoente e
pelo Sgt ~TEL. Jeclarou ainda o depoente, que apÓs /
..
a tortura com a lata d'água, o Cap NI~BUS e o Ten HI _
r maneira
para dar choques. Disse o ocasião
. ~~
, , A
•
espancamento; que o Cabo Cruz usou o cano de ferro
\ff
contra o Sd Aparecido, assim como o Cap Niebus, pQ
rém não pode precisar contra quem, porquanto o re-
ferido Capitão usava contra vários soldados presos;
que o Ten Miranda tambem , usou o cano de ferro, nao-
podendo se lembrar cont ra quem foi usado; que o Sgt
Rubens usou a Prensa para apertar o pé de um solda
do, porém antes de o fazer testou no seu frÓprio I
, ,
pe a fim de evitar a fratura do pe do soldado; que
o apare lho de choques foi usado entre outras,digo,
foi usado por , entre outras pessoas que não se re-
corda, pelo Cb Cruz; que o declarante participou I
,
do espancamento de ~~uns soldados, porem tem cert~
za de que nã_o p~r_ticipou do espancamento do Sd GeQ
I. mar, Sd Vicente, Sd Vanderlei e Sd Monção; ••• "
" ••• que- a a cu saçã o é verdadeira, e m pa r te , pois -I
participou do e s pancame nto de a l guns soldados; que
a acusação deixa de ser verdadeira quando afirma I
que o declarante participou, digo, o declarante e2
J pancou o Sd Geomar, pois tal fato não ocorreu; ••• "
" ••• que embora não possa afirmar com certeza, no I
dia 12 de janeiro, pela manhã, os Sds Nonção, VandeL
lei, Vicente encontravam- se numa sala sendo i nter -
rogados pelo Cap Nie bus, Ten 1'-1i randa e Sgt Etel e
Sgt Rubens e Cb Cruz; que o declarante se encontra-
va numa sala ao lado com o Sd Soares, o qual foi in
terrogado sem uso de viol~ncia; ••• '' (f~s .672/6 73).
11
que, devidamente autorizado pelo Ca.p NIEBUS foi
•••
\#j(j)
que lhe foi mostrada , inclu sive o Ca.p deu-lhe uma "
"seção" pequena porém violenta; que foi o declarant e
quem retirou os Sds Honçã o e VE..nderlei da sala onde
se encontravam, reanimando-os , mesmo antes da chegada
do enfermeiro; que participou dos espancamentos ocoK
ridos no Arquivo , inclusive batendo em três e l ementos,
de nomes Aparecido, Gonzaga e Evaldo; que fazia os
espancamentos ,ocorridos no Arqu~vo, digo , que fazia
os espancamentos com a mã o, com exce ção do pratica-
do contra o Sd Apare cido, que o declarante se utili
zou, por ordem do ca~ Niebus, do cano de ferro, com
o qual lhe aplicou duas batidas no _eito; que usou/
apenas uma luga na mão esquerda para socar o Sd Gon
zaga e 3:valdo; que com a 11orte do Sd I·~onção e Sd -/
Vanderlei, foi tomada providência de simular uma fuga
de presos para se dar sumiço ao cadáver, isto é, p~
ra retirar os cadáveres de dentro da Unilade; que I
tanto o Cap Niebus como o Ten Miranda disseram ao I
declarante que haviam partici~ado ao Cel Gladstone/
o
,.. , -
a morte dos soldados; que o Cel Gladstone teria di to
que esses dois cadaveres nao poderiam "a:;;.arecer"; que
tudo isso foi tido, digo, foi dito ao declarante p~
los referidos oficiais; que o declarante se encontr~
va dentro da camionete que saiu com os corpos dos
'
Sds Honção e Vanderlei; que não assistiu a mutilação
,
do cadaver de um dos soldados , porquanto permaneceu
-
na estrada, assim não pode afirmar quem foi o autor
~ ,
da referida mutilaçao; ••• " " •• • que a denuncia e ver-
dadeira no que se refere a espancamentos de alguns I
, ....,
soldados , porem nao e verdadeira quanto a morte dos
soldados, que apenas presenciou; que a;enas se enco~
,
trava na viatura que transportou os cadaveres ••• 11
(fls. 644/645 dos autos).
,4 .
\~@
Oficial de que teriam que se deslocar para RIO CLA~O
e que o Tenente não tinha Carteira de Habilitação; I
que, d1..: rante a viagem o Ten ~!IRAND-· lhe dissera, digo
lhe perguntara se conhecia alguém na Policia de RIO/
CLARO, pois teria o depoente que perguntar naquela I
Delegacia se havia~arecido por lá algum cadáver;que,
em RIO CLARO o deJ:..oente avistou-se em uma praça em I
...
frente a Delegacia com um elemento conhecido, da Po-
,
licia local, ao qual perguntou se havia existido ap~
recimento de algum corpo naquela região; que, o cita
do elemento informou ao depoente que nada de anormal
..
nesse sentido havia sido constatado; que, apos , essa I
resposta o depoente em companhia do Ten HIRANDA re-/
tornaram à ~strada para ANGRA DOS ~IS sendo, nessa/
ocasião, sido cientificado pe lo referido oficial da/
realidade da missão que lhe fÔra i mposta , isto é, o/
Ten MIRANDA dissera ao de;oente que, na realidade , I
existia um cadáver na Estrada _I.:ara ANGRA DOS REIS o
qual não poderia aparecer de jeito nenhum }:Ois êsse/
o fato, caso constatado, iria dar uma tremenda confu-/
são; que, o de~oente se recorda ter o Ten MI~~ND I
ter feito referência a uma violenta luta corporal - /
que teria tido lugar no Quartel do 10 BIB entre macQ
nheiros que se achavam prêsos 1=ara averiguações; que
em determinado local da Estrada , indicado pelo Ten.
MIRANDA, o de~oente constatou a existência de um ca-
,
daver de um cidadão moreno vestido apenas com um cal
ção e que apresentava inÚmeras contusões e ferimen-/
, ,
tos por todo o corpo; que, o cadaver estava em decu-
bito dorsal com os pulsos atados com uma gaze e num/
barranco com cêrca de um metro e meio de desnível do
leito da 3strada; que , o de_I.:oente desceu do carro p~
ra olhar de perto e pÔde, nessa ocasião, perceber -/
que se tratava de um militar pelas caracteristicas I
do corte de cabelo; que, nessa ocasião o Ten MI 5ANDA
disse que aquele individuo havia falecido em conse-/
quência "do pau" e que por essa razão não poderia -/
4
aparecer; que, o Ten MI~NDA perguntou ao de poent e o
, ,
que aconteceria caso a Policia encontrasse o cadaver
ao que o depoente respondeu dizendo que seria o mesmo
fotografado, iriam tirar as impressões digitais e - /
4
&brirem inquérito para determinar a identidade do - /
/1
morto e as circunstâncias de seu faleci~ · to; que, I
com essa in:Çormação o Ten ~IR--NDA d~ que se tor-
nava necessario voltar a BA~'!i.t.. :t-11~Nsjl}(, consultar o I
' ~/
- -----------------------------------------------~--------~~----------------~--
..
"CHEFE"; que, no regres s o a B.•RRA M-\NSA o Ten MI RJ N
DA lhe confessara já terem naquela madrugada, deixa
do um outro cadáver prÓximo a RE?3ESA DE SÃO JOÃO I
~ ,
MARCOS ao que o depoente disse que esse tambem iria
ser encontrado e identific ado; que, o Ten MI RANDA I
disse que isso não iria acontecer uma vez que o ci-
,
tado cadaver havia sido decapitado e tivera seus d~
dos amputados para dificultar ~ma possivel identifi
cação; que, chegando ~ BA::ffi.A MANSA o Ten MirtANDA -/
propÔs torcarem de carro , deixando o seu Volkswagen
na oficina mecânica do Sr JOS3 e retirando de lá - /
por empr~stimo, uma Rural 'ilillis, o que de fato foi
feito; que, em seguida dirigiu-se ao Quartel do lQI
BIB com o depoente ao volante; que, a Rural foi a-/
bastecida na bomba de gasolina daquela Unidade, en-
quanto o Ten MilANDA se dirigia para consultar o -I
,
"C:F:BFE"; que, apos uns dez minutos, aproximadamente
o Ten MI 3AND.b. regressou à viatura. informando que o/
o "CHZFE" estava em reunião e que êles mesmos teriam/
que re s olver o probl ema; que, em seguida o Ten MI-/
'-=t~NDA foi buscar uma metralhadora I NA e emba rcou na
RURAL; que, dirigiram-se para um bar prÓximo à Dele
gacia onde estacionaram e tomaram, o Ten MI3ANDii. -/
uma cerveja e o depoente uma água mineral, despe sa /
essa que foi paga pelo depoente uma vêz que o Ten I
Mi qANDA não tinha diP~eir o na ocasião tendo, inclu-
sige, trocado com o dono do bar um cheque no valôrl
de Cr$100,00 (cem cruzeiros); que, nessa ocasião -1
apa receu no bar o civil I rtANI DES FERB3IRA, vulgo I
"LOCA", que f oi convidado pelo depoente e pelo Ten/
M I~ANDA para au~iliar na futura empreitada; que, -/
tendo em vista a gravidade da situação e dos f a tos/
narrados pelo Ten MIRANDA surgiu a idéia de retira-
rem o corpo daquele local, t ransportarem para um o,g
tro mais escondido e fazer desaparecer dêle quais-/
quer possib~lidades de identificação, sendo que fi-
cou assentado que o melhor seria a des truição, sen-
do que, destruição pelo fogo; que, em seguida o de-
poente apanhou na dàlegacia um camburão vazio e um/
saco de aniagem que seriam necessarios" para a execg
ção do plano; que, em seguida o depoente, ai~ na ..
direção da Rural seguiu, juntamente com o J~n-1-HRAN
DA e I~NIDES para a rodovia que liga a 31 CLARO,/
tendo no percUPso parado."-em u.m â
fim de comprarem cinco litros de gasolina que foram
colocados no camburão; que, ao chegarem ao local on
de se encontrava o cadáver o depoente juntamente -/
com IRANI JES envolve ram o corpo com o saco de ania-
gem e carregaram o corpo, ajudados pelo Ten MI RANDA
deJ.•Osi tando-o no porta malas de Rural; que, o depo-
ente lembra-se de ter o Ten MIRANDA se utilizado de
uma toalha azul, de banho, para cobrir o corpo que/
fÔra depositado na Rural; que, além dos ferimentos/
já citados o depoente afi rma não t er notado qual- I
quer vestÍgio de castração do cadáver, nem mesmo -/
qualquer outro feriment o que tivesse sido produzido
por ins trumento perfurante ou cortante; que , em se-
guida deslocaram-se pela rodovia até uma estrada -/
não pavimentada que conduz à BANANAL; que, em um de
terminado ponto o de poente estacionou a viatura deZ
onde foi reti rado o corpo e conduzido para um bambJ:!
al prÓximo onde foi del-'Osi tado a uma distância de I
aproxi madamente dez metros da Est rada; que, nês se I
o momento o depoente despejou o conteÚdo do camburão/
no cadáver e retirou-se para a Rural onde ficou - I
agua:ard.ando o regresso de seus companheiros; que, I
dessa forma, não pode afirmar s e foi o Ten till=\..~NDA/
ou IRüNI DZS quem acendeu o fogo; que, com a volta I
do Ten MI "3.ANDA e do I RAN IJES regressaram à BARRA -· I
Hf' NSA , diri gindo-se ao bar vizinho à Jelegacia onde,
o Oficial e o "LOCA" permaneceram t omando uma cerv~
ja , enquanto o de poente se diri gia a sua repartição;
minutos mais tarde o de . ~·o
. ente , digo, que, cêrca de/
quarenta mi nutos mais tarde, o depoente f oi chamado
para conduzi r a :::tural de volta a ofi cina do Sr JOSÉ
o que f oi feito em companhia s omente do Ten IV:IRANDA;
que, apos a entrega da Rural regressa r am outra vez I
, h
-v
de uma fuga de presos da Unidade (lQ BIB), que se
\~
~irigiram para Rio Claro; que nessa localidade in
' ,
" ••• que a epoca se encontrava na Delegacia de ~oll.-
,
cia de Barra Mansa; que foi chamado pelo Ten Miran-
da que se encontrava num Bar, ao l ado da Delegacia,
que convidou o declarante para fazer um serviço,não
explicando em que consistia ê sse serviço; que entrou
na camionete com o Ten Miranda que mandou que o Sr/
Nelson a dirig isse; que nomeio do caminho o Ten Mi-
randa que portava u~a metra l hadora INA disse o ser-
, ... ,
viço e este: temos que apanhar um cadaver na estra-
da e levá-lo para outro local e destrui -lo para que
não possa ser iden· ificado , e mais que não podiam~
is recuar ~ois era ordem do Chefe; que não disse -/
,
quem era o Chefe à quem se referia; que apos apan~a
r em o cadáver na estrada de Rio Claro , o mesmo foi/
transportado }.;ara a estrada de Bananal e colocado I
em determinado local, escol hi do pelo Tenente; o ca -
dáver foi retirado do carro e colocado no meio do I
bambual, onde o Sr Nelson colocou gasolina em cima/
do cadáver , tendo o Ten !1ira.nda , que ;ortava ainda/
,
a metralhadora, isto e, que conservava a me t ralhadQ
ra. na mão, di to parél. o declarante: "ateia fog o", -1
tendo o fogo envolvido o cadáver; que o de~oente -/
não co~hecia a ;essoa, cujo cadáver foi cremado;que
se tratava de Ul!la pessoa , que segundo o Ten Niranda,
não ~oderia ser i dentificado, porque iria i m?licar/
, ,
o Exercito Bras ileiro; que se t ratava de ~ cadaver
'"·
de pessoa escura que a:t=-re sentava sir~ai s de violência,
,
equ.imoses e que ja se encontrava em e tado de decom
c,rn
I ) - NecrÓpsias:
~
~- --~ - --~----------------------------------------~~~----~~~~~~~----~---
,(
Fls. \~ r
Data venia, labora em equ1voco o ilustre defensor de
\~· ~
bos.
A defesa do T~n
Cel GLADSTOffii.: e a do policial NELSON RI
,
BEIRO DE HOlf-1A esta mui t o bem re:presentada pelo mesmo advogado.
dat.a v~e~L~l~
E , --~-~~ · a , da forma a mais vista pelo -/
')
Fls. " termina ele justificando que o;tou pela queima do
ver:
11
certo que tenha escolhido a forma mais hum~
••• é
na , uma vez que a cremação está se tornando , até/
,
mesmo entre nos brasile~ros, UD costu~e, pela in-
trodução recente da crenação no Estado de São Pa~
lo" (fls. 1846) .
,
Sem comentarias, Senhores Hinistros do SUJ:erior Trib~
nal Hi:.itar.
'\
Fls. "
Senhores Hi ni s tros:
26-Sábado ~ ,
27-domingo _~
DevÔ. -ido · o/J5173.
~
'
..
JUNT~DA
,.
DU. O. S~. D': . JUIZ AUD I TO:; DA 2a. AUD I TC21 A DO E XE~~ I TO DA I a. C JL.
pe s prev ist E!s nos artiso s 2C5: ~Q~ 2C9 J JQ ,- 25( ~ 12 e 35~ c / c.,
, '
urtº 53 do ~ ':l,..l i Sl"l Pen '"'' ; i I i tnr, ve::,, a ;:>rescnçC" de . .'.Ex a. , contr ~pon-
' I N
pc i .:Jpc I <1nte;
'2.
,
recorrente, na trejet'"'ria tortuosa por carinhos dantes pc~c-rridcs ,
cr.1 su..:J in i c i .::; cor.1 r i ~uez.:J -!c de ta: hcs 'n "~~ntr de
. . , ,
1 .prcss 1 ncp s obre. c-ne 1r a o :::r-. c:: i- Conse! h 1 e rJc cspcl... ~r-~e ':'-IC nt_•.
A N
. r~c .~ e acurcclo c~tudn na instanc i a od ~ueb , h.::o de rcf!~tir-sc .:::~s
3.
nnur u c na,., ~enhu· o cun he da ''Crcss i il i I h .,.,ç,., R& L'S r a j uVrus -c :. Ex
..
BELLARMINDO MIRANDA FILHO
(ADVOGADO )
Avenida Amaral Peixoto, 370 - sala 323 Niterói - R.J. - Tel : 722-6835
M"
. . . ernos em que,
:;:::spera DEFERI MENTO .
1.969- R.J.
BELLARMINDO MIRANDA FILHO
(ADVOG A DO)
Avenida Amaral Peixoto, 370 • sala 323 Niterói • R.J. · Tel : 122·6835
RAZÕES DO APELADO.
Colendo Tribunal.
Avenida Amaral Peixoto, 37D • sala 323 Niterói · R.J. • Tel : 122·6835
-II-
~ue ~uatrocentos e setenta e três anos de prisão, deseja I
mais o Representante do Ministério PÚblico, muito mais e /
mais ainda ! ...
E, por ~ue ?
Avenida Amaral Peixoto, 370 · sala 323 Niterõi • R.J. • Tel: 722·6835
-III-
Não foi portanto nosso desejo invalidar
todo um processado, estribando-nos para isso, no odio, que
natura~ente as vítimas nutriam pelos acusados. Não 1 • • •
Senhores Ministros.
Vejamos:
l
Logo, onde a barbaridade, ~crueldade ,
senão nas mentes doentias das vítimas e na mentalidade con.:.
taminada do Ministério PÚblico ?
Avenida Amaral Peixoto, 370 · sala 323 Niterói • R.J. · Tel : 722-6835
-IV-
cessário quaisquer conentários a respeito, poi s em sã /
con sciênci a, jamais poderiem ser l evados em consideração,
d2.do ao estado que seus corpos f oram encontrados, o:pós vá
rios dias da morte.
Avenida Amaral Peixoto, 370 · sala 323 Niterói • R.J. • Tel: 722-6835
-V-
Repita-se. Prêso, incomunicável, tran~
ferido a todos os instantes de um para o outro quartél, al
gemada, olhado pelos seus inquiridores como um verdadeiro/
monstro, além da emoção que se encontrava possuído, têve a
perturbar-lhe o espírito e a inteligência todos êsses fat~
res, afirmando o que fizera e o que não fizera. Eis, a pr2_
va:
senhores Ministros.
J Q: ~ T I Q A. ..
~o da Guanaba~ 8/6/973.
~i8fr~'&aruho- dvo
ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA
AUGUSTO SÜSSEKIND DE MORAESHEGO
AV. ALMIRANTE BARROS O 90- 12 !ANDAR SALAS 1214/1 6
TE L S. 2 5 2-0 913 • 222-4812·242- 9954
RIO DE ..JANEIRO-B RAS IL
PELO APELADO
EGR t GI O
S UP E R I OR
T R I B U :~ A L
~1 I L I T A R
J u s T I ç A
TITO LÍVIO DE FIGUEIREDO JR .
ADVOGADO
Avenida Rio Branco, 185 - sala 701
Telefone 2 32 -7253
R lO DE .JANELRO
lf.xm.o. Sr. Pr. J u iz J.,u(:.i tor Ü~! 2 ~•. Aud i tol' i:: do E -
xúrcito
c io.s.
rv- Assim sondo, nodu tontlo sido v leP1.> do co u tr:J
• I 4
JU<1Tin TAR
Jf~ yy :J
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..d: T, er.. \.,e,._ _of'..e ()erJU!4 eA--
_;'-<..C!.C./.J,. J..t..{.. -1 é: LX.e.{/l.(l
.. e Q..t.
UA./W/.J
e::o.-1 au.1:.o.<J : l(,Uaa.do /.o;l. •~t..Lado, de.ai:.i..r..a- /.Je ex.cl•!4Lva..:zen.f..e a' diA;&t.i..bui..çao
- I
1
...
e ?.-'Úl.e o/.J i...ú.v.Ji:.r..e.<J j»J.n~ll.e/.J d2 .ae~u.nd.C! .i..n/.J.tarz.ci..c..
,
é, memt.Jil.i..a..l_ e ne.<Jrno açu.ela peça, 9ruandD /.Je
apel.c.~_;;_o a/.J-.1 Ü'": i....:tconlor.lT!a.d..o C:.Jm a ll.o /.Jerd:.e,:..ça., <í(U€1'... da me.1r.za ape Lcuz. 1
.Alo .......,_,v
,.,. "·' ;.v1.e~erL-ce1 ' o ' '":JJ'.A.4.<.e/VJJ
. . J. , • v '..._
.,,', '-. ,.co ruJ.;.J
, I' ____ _/ 1 J. , .
e~:t::::.. .i..;<.co nt? mnac..o ~a .a enJ:.e nç.a. . o co n..-..IUJ.ll.-!..01 co •v.J o a.rti:. e
''O /117> e o/.J -;. ;uA c.I .Jel..c..~an d::... 14 .ac-.,éen.':l1 -' 1
pSf-ócmrlo o , ~~~ü.,e iA:J a ru.l/.J.-I:I'..GA. c. /'w ce -
..fe,..,_ci....r ric 11.. .ae.1.-f:.tzn:;c. ~20Jh.ll....i.;Jr:_1 JL Ji;;'?.-
'o-o
rt "nDI' '',.,.. ~.!.• } ~ le'~"C' _i,. ,..,~.. ~.·",r,_.
(..f..J../1 __ .....·~ f,..~ -·-
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ten/;o, c..4m.. d-_ mc/.Jma. c.?ela.rul.Dtl t, i:.c.rLto ~ c.1/.Ji.m ~..... e, •
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v~ni..a/z., ,-J./..4 WAtJ ..a.- -: ·.J./..J:/:.: e-n ,..,,wce/.J/.Ja ,rJe.na.l.: ou /.le oJn.;f_vl'".mc. com. a.
.... ".J e...:!...zrt-;..c. e c' ela ,.;;_;; ~..:.,-e '.r:., ou, COIT'.O rw ,011..€/.J en..te. CG.4o1 e.r:-> 'r-'·.. c. o/.J
nao e 1 '0-:.~ :_ve!.. e CJ"l/J:C..:t.!'..L ve,._/a.c'e.U..a h::. .. .:z/.J.U... >U....!~ca., c a.1•e !_ai'.., -1em.
No
, ~
me4. Jam.al..A m;..;llmOu a~u.el.e Capi..i;;; - ou 7JU.:r..l.(i,Uell. ot.d,;...c. pe4AOC.. IW4 a:.:.
..to/.J - C! exi.4i.;"l.CÚ. de dv w 40 J.dcc!.o-1 f1UJ,..f.o4.
'
'aiA ad.i..a.ni:.eJ M ,t..LJ 199Lt, a.f-uuna o nll. fi)~'...ciC::
~ta.d:;tt tp.e ":..r...a:t.ou o 7er. Ce.l ~J.ad4i.on.e de 4~7'l'..i...:::A u.rn .? 0·'~ l...nc.l.u.4i_ve ,!..a-
11
;;e.d.t:J c.. :-el..o-ó pel..o/.J a..:._to - ,"a.lan,te4 de f!CJ'JU! ,tJa..'?Aa1 1
'X:./l.a. '"ei.or..rw do4 Sol-
c.do.-J '1__ ,.,.tfett..le.;. e ftbn.~" a de-ó 1eilo de. h.rye.~ d.e:tetuni..r..aci.JO c de-1fAu.Ld!.o
CJ .:~ I J
do4 ex'~v e ·'i..e4 da't:.:..el.e-1 .~ol.do..do.,.J1 co n/n,;.r'e ....'ecla..r..a';_;e-d elo Cap 1'1i_ebU/.J e
_, - -
Q1J I en 1 r!
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• ,
C!.(.i.A:''~?.a:t.i...va e -v i..c!u4a1 cl..c, ..1 c.I e ru:.;
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coll.ll..e.4100Mell.. a
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-~e CJL:.€1 i..:vJ.tc.WI.Ou o ~f'FA11 e .6 uem c!.ei.ei1J7li..n.ou a cLi v'J.rra~ de i.zxi:.o-11 pel.a.-ó
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C ~ 0 /l.Oc.wtad.olz. ch.c.'.a ai:..c ao exce440 de, ex.-
"
i.n.ex.,~ucdveL co~&c. o l'pEl.ak, men.o41"Jtte;;wz. 11o4 ~-
rneM4 avtAo4 ,-elio.d pe.l.o 11..e(.e ~ acu...óc.do, ru:L vi..c!a. ci..vi..l", aCAe4 cent~
do, e.n(-a:I:.J... CI):r..e~-:.e : "lfena <6-ue o T et1. C,el ';Lar'4:lone ~ h.ouve4/.1e apll..eruli..-
do a comc.nd.QA." (;U..4 1995). ,u.e atd.o1z.i kde i:..ern um 'J~tUHnoi.ott, de4p11.e,'~C!.Il.C!-
I .. ..._~(VJ
d.o 1::K!JUI.. C!.-~ ..Le.l.a4 f-'-'·" ~ I
eL:J OI!€
T
ai:.~ a,LaP'!ad.U!t da. h.on/UJ. de !1f'l mi.J.Lfu/L
"7
pa/'..a ri.J.jj~.'Z. cue o 1,-.ela.d.o nao teJw. apt..eru!i..do a co~? o~ el..o;;i...o4, C,..j
ri !.Ati.n._-:;;e4, 04 :tf..:tul.o4 e ~ C:Jrl... .eCO/l.IJ.Ç0€41 po!t e,li..ci..; nc.U:z. de co nan..do e
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P - - -· I r- - -
na i..n' _e/UUV_ J .
4al..a cw •
a11..co u.i..vo 'f
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nc.o e, ver-da-
d<>L..a, 1
ow o . 1 "'~€ l..m:io ~o C.Oê.A.eci.c.. c...,u.ela c:....7..ev..r.4i:..;1.ci...a - da c.~..-!..;n.ci..a.
de clou ,f.e_-•J...d.o4 rw 1s:..J.C.II..i:.el. - o CJc.le vei...o a 4aÓett 4vrnervf:.e ru:::... f'l!.a..l?ft.;. /.Jer'.t.i..n
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1 :a.i./.J arli...xn;te1 ch.e;a.. o !Jr... ~>wCl.J../l..aCLor,_ a. um ou-
hw exce4/.JO odi..o4o1 a mo4f:.JUJ..It ..-1eu de..dpr...e;o..r.JJ 1--wz.a. {.un~;;e4 n.o /~i~ wi..o
>~li_co 1!1i.....Li...tve ~ evuar.do M4.i..m 4f..IA.te-d.a: 11
~i../.J.. je., rw..11u..ele C,J7zo..r"...dn1 CtJm.
1
o ~c/.J,IltJ r e1wc~o com <;:..Le 4e e,ji:.Jz.ebuch.a. en 4ua d.e/-e4a., c, po,... cetti.o, qi.I..CdA.o
4ul.d..fo4 .;;o ie!Úalr.. 4i..do c.-ó4M~ i.ft..ad.J..d Óa;..ba./uJ.rLen..te" (,'IA 1995). !IaLe a-
..
""'u.i.. "' .Le~lbll.al1.t;...a ele .,~.~..e fe.U;; ~ ~ue e4.-f:A.eóuch.a.1 na lw,u.... en ~ue ~ 4CJI~
A , ,
do. A i:..oi:.c..~ c....v.Je.n.c:.C. de "'!e/.J,7!0 c!.e -''1.€41 e.i..:to luunarw~ da a rwi:..a .i.Jl...i4i.e de
fis. . . .Cn;/:..o ,x,de de4C(!It um L-uLi...vf.d...:.Q, I'Y.I.JUJ.. ad.c;;ui..lti..tt rw:fu ued.ad.e, 4,UC ul.o Lh.e
f.c...:.-:.0...-z 0..-1 a/:.ll..i...~u..ic4 /Xl..ll...C!., de Ott.f.ll.n mt,rlo, nrlnt.lA:..-.l".
/o enceiLUUt.. .1u.a. "a.pe.!.ar~", cheç.a a .óer.. pa-
.t;ii.co o DIL 0McL!.l!l:JMII. : c..l..rvw q;t..:.e a i:.o11..twz.a 1Le1 ;~n.a J~ e~rJ./'»..r.M /
, ,
bem ,lor11:->.ado~ e o J1pel..ado iambern. na.o a c 1lWVa e j..ar.zai.A a?Mvou. .fll.Lrli.-
cd..o, po,~.,;m, /.Je :t.orJW. o OIL ~Mcwr.:::.rl::Jil, na::_,;uel..a p<ML;.;_o .~'a.l.óa de d.orw
da v~ ~c.c'.e e de crl.ffo5- l.e9-cl., de~~lo i:.oda /.Jua mal.d.ad.e i..n.cL~:!:.J..n;ta.-
,
me vte1 aie ~ob11..e o pelado ~u.e rw.da ieve c: V(?lt c.om M t.o.-z.:f:.u./'L.C~ e M
m~. M..ie~ a çu.e aJ.ud.e e )J-U€ ~;;..; de.1cn.i.2M 'W/.J C'..i.d.t ..óo
,tc.~w, e..ór er..a. o . .1 -:.l.ad.J <w:ue n.c.o .1ej.a ~eq.u.e1:.
.2C''I~U:!a a "
a1Jel.c..J-:co
- 11
do f)n l - - _/
Mc...vw.a.OIZ, -
nc..o ~e CJnlt'2.Ce~lo ria ne~f?'la e1
c.oniu:.ci..d.o o ltecu/'i./.JO i..rv"f..eP..1JV/.Jio pe.W o-..c. . .pel..ar1o1 .1e )_},_e cl; pMviJne;?..i:J
pan.a., ll..ef.o/t7~'' er.z pa;"..:te, a ~erde"l.ça p-wl_a.:!:.cAa1 ..óe/.c o . ,nel..at:!v a.b-
4vl.v..i.d.o, como de cli.Aedo e r/.e
PP•
..
Pelo direi to dos apelados:
,
EG~SGIO SUP~RIO~ TRIBUNAL MILITAR;
11 ......... /DSJ
'G .J.A ri .A.. -...u::.fus ILP E'I I.ADO I 1.A•. I D 8$ 1'""' El ... .L~J~ I .:.<. fYA. ?r.l S::)S - - --
1
0., • .I.. CC.c'I'A Grn L4.~.,:1.F~S DL:' - S ·cr-:r1' !\_·, I '\ ST1••
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Dias 9 e 10/6/73 - sábado e domingo.
CE R T I DÃO
A ~~~
Es~
\
CONCLUSAO
A•ilttiae ao mes de ~ do atte mo '9?3
faço oe preeentea aut~~ &e Dr. Aa..cMtot
/-1~
oo
s~~-- - ---------·--- ------· --
que para constar lavre'
~ --
-·~-~-- ---!-\----..,.._-~
~ -S>-__.. ~~ ~
;;;$;/~~ 'C,LJ k~ ~
~~~ '
~
(
)~
--
· · · ·- ~~~·
Superior Tribund fvi:litar
lavre i · ta -..têrmo.
Escriv2.o.
- ···----- --·---
'
. .»
o2L) ll-
(
l_l'*_f':_s_r: R V :\ ~
JUSTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÂRIA MILITAR
2.' AUDITORIA DO EXÉRCITO
::.C')
a::::
,__
·='l: c.o
Q) Dr.
-.
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(V)
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-:{ C) •
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· --~ .~:·-'" (.:)
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· ·?:~~... EL l"'~~..
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·-··-·-.}
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w.:::-= (1";1 c.:.J
·•.,.]1
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• c:;:) 0:::
-.l.....,J
~
(L
r.-:·...._
:::::::::.
<:.t:l
=
--;,
co
........
;)_,
C)\
~
~ /Íl:>
1'1 I'
Mod. 257 ja ..
--~-
- I
I
---
------------- - - - - - - -----
- ------- ---------------
------- ------ -
SER VI ÇO PÚBL I CO FEDERAL
N~ 445/73 9 7 3
(
AP E L AÇ ~ O
N~ 39.872
ESTADO DA GUANABARA
I
reclusão, incursos nos arts 205, § 2~, I I I; 209, §
I •
. ................ ..
M. .;. - FRocuRAooRJA- G E RAL oA .;usTiçA MILI T AR Ape I ação n2 39.872 2.
dade.
Além desses, foram denunciados o então SubCrnt Ten
Cel Gladstone, que teria, ao saber do fato, autorizado que a
..
M. .J. - FF>ocuRAooRIA-GERAL oA JusTIÇA MILI TARApe I ação nº 39.872
I itos praticados.
Entrementes, se a nossa legislação adotou, dentre
os sistemas pun i t ivos a plicáveis ao concurso real, o da acumu-
l ação ma t er i al, determinou o legislador expressamente, a limi-
tação da pena unificada e consequente. Fixou, pois, para a dur~
jv0
----~-------------------------------------------------------~--- ~----
to, em earte , aos apelos dos acusados, para o fim de: I) fi-
• xar o guantum pun i t ivo em 30 anos de reclusão, ex VI do dis-
posto no art. 81 do CPM, quanto a condenação de: Capitão Oalgio
Mi randa Ni ebus , 22 Ten R/2 Paulo Reynaud Miranda da Silva,Sar-
M. J. - FRocuRAooRIA- GERAL oA JusTiçA MILITAR Ape 1ação nº 39.872 7.
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RIO DE JANEIRO -BR AS IL
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f Exmo. Sr. Mi nistro Relator da Apelação n9 39.872 - Es tado da
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2ª .::ntrância da Justiça Ivíili tar, com exercício na 2~ Audi-
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tor i z do ~xerc i t= da 1~ Ç.J,H. -nomeado defensor dos 3ar-
ger.Lt-..s SID3.~I ~tdD!!:S e I'.,.lr ET.::L D:::: -LIV ...JIRA e de Cb. JJS -
i:..UfJ.USTO CRUZ, condenados _:1cr sentença ·o ..;g. Consel-10 <>sp.§.
c i.al de Z"ustiça da .: cima r·er:.c::.ona.da Auãi tor l a e sendo ape-
la..n.te s e apelados - que::-·endo sustentar :)raLuente suas ra.-
z;es d9 apelar:'ão perante esse Cclendo Tr ibunal, re(j_ue r a
Vossa ~xcelêncie, com funaPmento no art. 153, § l 5 ,da Con~
ti tuição Federal e na. co:-formidade de di.spc s tc no art. 47,
al.[~ea 'ª'
da .Lei de Orzar_.:.. zação Judiciá r ia Eilitar (D.C. n,.
l.CC2/69), :rue se à.ig!le ~rossa · ~xcelencia de rn~ndar not i i'i -
car o üefensor q_ue es-ca s:.1bscreve, por te l egrama ou comun~
caç ~o telefÔnica e com a ó.ev:..da an-ceceõ:inci.::: ~art. 228 e
3et. s §~,do c.P • .P.J'.'.l.) da Jes:..g::.~.-.3o d.:; ..:lia eu1 que ser: jul
~ada por esse Cclendo Tribu~al c referido recurso de apel~
çao.
Termos en que pede e esper3. deferimento.
to de 1.973.
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Observação:· A validade deste da~t.:mento é. trzr.~itoria ( Art. 135 • Dec. 11.610 lb
26.2.1965 ) e só será plena co:r: a aresenlã~ã~ simultanea de documento de
tdenlidada onde conste ldentico 11° de f,egistrc Geral,
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EM 6" de ~ de 19..2!{
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JUSTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2.• AUDITORIA DO EXÊRCITO
·. .
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~
1
3) Por proposta deste Juízo, a instrução cr1.m1.na
correu em segredo de justiça e o julgamento, a requerimen-
to da defesa dos acusados - contra o meu voto - também foi
realizado em segredo de justiça;
4) A leitura da Sentença foi feita, como determi-
na a lei, em sessão pública, porém dada a discreção com
que foi realizada, muitos dias ap6s a sessão de julgamen-
to, sua repercussão foi nenhuma, e a ela s6 estavam pre-
sentes alguns dos procuradores dos acusados, embora todos
estivessem devidamente notificados.
Finalmente, esclareço que somente foram
dadas c6pias da Sentença aos Exm2 s Srs. Ministros da Jus-
tiça e do Exército, que a requereram, e alguns dos procu-
radores dos acusados, apesar de inúmeros pedidos da Im-
prensa nacional e estrangeira os quais foram sistematica-
mente negados.
são estas as consideraçÕes que, com a
devida venia, transmito a V. Exª, no momento em que os
autos do processo nº 17/72 são entregues à guarda dessa
Corte de Justiça, na certeza de que, assim procedendo, es-
tou colaborando com os elevados prop6sitos das autoridades
encarregadas pela segurança nacional.
Renovo a V.Exª meus protestos de respei-
tosa estima e elevado apreço •
•
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OFfCIO Nl:? 1-'f /OPJ-Pres. B~ASfLIA - DISTRITO FEDERAL
14 do junho da 197A
SENHOR MINISTROs
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Mi nistro-Relator
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ree:un:.. o cujo
jnlg22r.ento o relator possa prevê q_ne se j 2. realizado
dentro d o prazo reg1..üc.r ou, pelo ;··1 eno s 1 dentro de
espr:.qo razo á\rol e nÊ!o qyüJldo se não sa.be ~ es f e e: e
da com~lexidnde da matéria discut ide, coreo no c eso
da in5.igit8.08. apC! laÇQO S1.rJ.~-39.E':72/72, q_Ue O ~X2.D.e e
o j1..üga.mento dema.."1d8.m tempo lonr:; í cuo e iL'l}Jrcvisto, a
ronto de, como ocorreu com o paciente , o recorrente
vir H terJL.iner~ tot2.ln~ ents , 2. p ene. irr:::~osta. en pri-
mei·co tSran, pe l a. jJlstê.nc i a 11 a q1.w 11 , e per.r.'~:::_ecer_ig
defi:r:.id2.rr.2ntr; ne.. ~Jrisf::o , sem s~n t8n.ç~t::_1J.r.~)::-~r, co-
mo se estivesse sob élcc~eto de ~~ i s~o 'reve~tiv~ ou
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-orisã.o decor~ente de f12r-rârlcÜ]
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0 ...lJ::_; c · O rprl·1-,,.,....,.,l
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III e VI, art. 209 § 1º, art. 264, inciso I, e art. 352 C/c o art.
,
53, do Codigo Penal Mili~ar; 39 Sgt. SIDENI GUEDES e o Cabo CELSO GO
MES DE FREITAS FILHO, como incursos nos arts. 205, § 2º, incisos III
e VI e 209 § lQ c/c o art. 53, do mesmo C6digo; Ten~Cel. GLADSTONE
Mod. 12
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jtth (3 fls.
PERNASETTI TEIXEIRA, como incurso nos arts. 264 inciso 1 I e 352 c/c
~ art. 53 do dito :6di~o e, finalmente, os civis NELSON RIBEIRO DE
t10URA e IRANIDES FERREIRA, como incursos no art. 352 c/c o art. 53,
do mencionado c6digo.
A denÚncia foi oferecida com base no Inquérito Polici-
al Militar instaurado para apurar os ' fatos delituosos descritos na
denÚncia, sendo dele encarregado inicialmente o denunciado Ten.Cel.
Gladstone Pernasetti Teixeira, que foi substituído pelo Cel. Mario
Orlando Ribeiro Sampaio, tendo sido ouvidos os denunciados e proce-
didas várias acareaçÕes, ouvidos grande nÚmero de testemunhas, sen-
d~ de assinalar que estio juntos aos autos a necr6psia do soldado
Geomar Ribeiro da Silva, fls. 42, necr6psia do soldado Wanderley de
Oliveira, fls. 355, aut6p si a do soldado Roberto Vi c ente da Silva ,fls.
424 e fotografias dos restos mortais queimados do soldado Juarez
Monçio Virote, fls. 483/484.
Também foram juntados aos autos os exames de corpo de
delito dos soldados Evaldo Luiz Lima, fls.246, soldado Luiz Gonza-
~a Pereira, fls. 247, soldado Nelson Senhorinha Marcato, fls. 248,
soldado llalter Soares de Matos, fls.249, soldadoç~osé Getulio Novo
P~uferro, fls. 250, soldado Sergio Amorim Vieira, fls. 251, soldado
José Rodrigues Alves, fls. 252, soldado Celio Ferreira, fls. 253,
soldado Pery Silvares Henrique, fls. 254, soldado Aparecido Dias Ma
chado, fls. 255, e soldado Helio Botelho Luiz, fls. 548.
Às fls. 288 se encontra o auto de apreensio do materi-
. ,
al encontrado sob a ponte "Nilo Peçanha", no rio Para~ba, o auto
-
de apreensao de material de fls. 289, o laudo de arrombamento de
fls. 296 e o laudo de avaliação dos danos sofridos na sala de Ins-
trução e Arquivo da Unidade, sendo o dano avaliado em ~ 46,80, bem
como, foram traz~das aos autos as alteraçÕes militares de todos os
denunciados.
,
A denuncia foi recebida pelo despacho do Dr. Auditor
de fls. 573, que acolhendo representaçio do Dr. Procurador Militar
decretou a prisio preventiva dos denunciados, pelo despacho de fls.
568/571 e, sendo os mesmos devidamente citados, foram qualificados
e interrogados: Ten. Cel. Gladstone Pernasetti Teixeira, fls. 609,
Capitio Dálgio Miranda Niebus, fls. 612, 2º Ten. R/2 Paulo Reynaud
Miranda da Silva, fls. 614, 3º Sgt. Ivan Etel de Oliveira, fls.617,
3 Sgt. Rub ens Martins de Souza, fls. 619, 39 Sgt. Sideni Guedes,
fls. 637, civil Ne lson Ribeiro de Moura, fls. 639, civil Iranides
4
Ferreira, fls. 642, Cabo José Augusto Cruz, fls. 644 e o Cabo Cel-
·so Gomes de Freitas Filho, fls. 672.
Ofereceu o Ministério PÚbli co o aditamento a denÚncia
de fls. 878, sem apontar, no entanto, outros denunciados, _aditamen-
to que foi recebido pelo despacho de fls. 886.
Procedeu-se a instrução criminal ouvindo-se as testemu
nhas arroladas pelo Ministério PÚblico ou sejam, CAP. AMIN ELIAS,
fls 3
fls. 710, 3º Sgt. Francisco Leonardo Neto, fls. 713, Càbo Eugenio
Gonzaga Tomaz, fls. 717, soldado Luiz Antonio Garcia Novais, fls.
721, Geralselia Ribeiro da Silva, fls. 839, soldado Aparecido Dias
Machado, fls. 844, soldado José Getulio Novo Pauferro, fls. 847 e
1º Sgt. Coriolano José Monteiro, fls. 849.
Também foram ouvidas testemunhas de defesa apresenta-
das pelos denunciados Cap. Dalgio Miranda Niebus, Ten.Cel.Gladsta-
ne Pernasetti Teixeira, Sgt. Ivan Etel de Oliveira, Sgt.Sideni Gu~
des e Cabo José Augusto Cruz, depoimentos que se encontram de fls •
....
1.019 as fls. 1 . 053.
O denunciado Ten.Cel. Gladstone Pernasetti Teixeira
pediu a juntada aos autos de vários documentos, que se encontram~
fls. 1.077 às fls. 1.152.
Encerrada a formação da culpa, ofereceram as partes ~
legaçÕes finais, requereu, fls. 1.466, o patrono do denunciado Dal
gio Miranda Niebus que fÔsse trazido aos autos o exame de sanidade
a que fora submetido par· determinação do Conselho de Justiça,o que
foi deferido pelo despacho de fls. 1.471, encontrando-se às fls •••
1.495, do 4º volume, o exame de sanidade mental do referido denun-
ciado.
Oferecendo alegaçÕes finais, o Dr. Procurador Militar
depois de longo exame da prova do processa, fls. 1.346 às fls.l441,
concluindo por pedir a condenação de todos os denunciados nos ter-
mos da den~ncia e ~o aditamento de fls. 878, nos quais estão indi-
cados os dispositivos da lei penal militar que foram infringidas.
A defesa dos. denunciados ofereceram alegaçÕes finais,
,
sendo, em s~ntese, os seus fundamentos por ordem das juntadas das
mesmas aos autos:
Fls. 1.455 - Civil Nelson Ribeiro de Moura - Nega a
autoria do delito que lhe é imputado, reservando-se para a plená-
rio de julgamento;
F.ls. 1.456 - Ten.Cel. Gladstone Pernasetti Teixeira·-
Diz que não resultou provada a acusação, protestando sustentar as
-
razoes de defesa, por ocasião da audiência de julgamento, pedindo
a absolvição;
Fls. 1.457 - 2º Ten. R/2 - Paulo Reynaud Miranda da
S~lva - A den~ncia não ficou provada em sua totalidade, não tendo
tido a intenção de "ceifar a vida de quem quer que fÔsse 11
e que a
4
• melhor solução seria a absolvição, pelas razÕes que seriam expos-
tas quando da realização dos debates orais;
Fls. 1.459 - Civil Iranides Ferreira - A den~ncia não
ficou provada, tendo agido por irrestÍvel coação, reservando-se p~ ..
ra sustentar a tese por ocasião da sessão de julgamento;
Fls. 1.460 - 3Q Sgt. Ivan Etel de Oliveir a, 3Q Sgt .S i
deni Guedes e Cabo José Augusto Cruz - Inexistência de co-autoria
-
e muito embora houvessem reconhecido que a acusaçao era
nb
}i ~
fls.4
,verdadeira
em parte sim, em parte não, agiram por ordem do denunciado Cap. Ni~
bus, em estrita obediência a ordem direta de superior hierárquico,
não tendo, portanto, a denÚncia, procedência;
Fls. 1.463 - 3Q Sgt Rub ens Martins de Souza - A denÚn-
cia é inepta, pois agiu em cumprimento de determinaçÕes superiores,
sendo a narração dos fatos vaga, imprecisa. Inexiste~provas como
infrator do preceito legal que lhe é imputado, concluindo por pedir
a absolvição .
Fls. 1.515 - Capitão Dalgio Miranda Niebus - Ofereceu
suas alegaçÕes finais, por seu patrono, depois de junto aos autos
o exame de sanidade mental -, alegando falta de provas de ter inci-
tado ou mandado matar, estando tudo nebuloso e confuso; se houves-
se responsabilidade de sua parte, el~ estaria dividida com toda a
Unidade, não tendo ficado provada autoria das mortes. Cumpriu or-
dens de seu superior, reservando-se para o plenário de julgamento,
concluindo por pedir a absolvição.
Fls. 1.454 - Cabo Celso Gomes de Freitas Filho - A de-
fesa se reservou para o plenário, quando demonstraria não ter sido
culpado pela prática dos crimes nos quais foi denunciado.
S~bmetidos os denunciados a julgamento, na sessão de
17 de janeiro de 1973, requereu o Dr. Mora es Rego , patrono do de-
nunciado Cap. Dalgio Mir anda Niebus fÔsse o julgamento realizado em
sessão secreta, o que foi deferido pela maioria do Conselho de Jus-
tiça, contra o voto do Dr. Auditor e com a concord~ncia do Mini sté-
rio PÚblico, como se vê da ata de fls. 1.567, em cuja assentada fo -
ram r ealizados os debates, proferindo o Conselho Especial de Justi-
ça o seu veredictum e cuja sentença que se encontra às fls.l . 645 às
fls. 1.676, proferido por unanimidade de votos, havendo divergência
apenas quanto a natureza do delito e quanto as providências determi
nadas pemo Conselho de Justiça, na parte final da sentença, assim
decidindo:
~ a) CONDENA R:
o Capitão Dalgio Mi randa Niebus à pena de 84 (oite~
ta e quatro) anos de reclusão; 2º Tenente R/2 Paulo Reynaud Miranda
da Silva a pena de 77 (set enta e sete) anos de reclusão; 3º Sargen-
to Rubens Martins de Souza, 3º Sargento Ivan Et e l de Oliveira e Ca -
b~ José Augusto Cruz, todos a pena de 62 (sessenta e dois) anos de
' reclusão, como incursos nos arts. 205 § 2º, III, 209 § 1º, 264 nº I
e 352, c/c os arts. 53 e 79; 3Q Sargento Sideni Guedes e Cabo Cel -
so Gomes de Freitas Filho ambos as penas de 58 (cinquenta e oito) ~
nos de reciusão, como incursos nas sançÕes previstas nos arts •••
205 § 2º, III, 209 § 1º, c/c os arts. 53 e 79; Tenente Coronel Gla-
dstone Pernasetti Teixeira a pena de 7 (sete) anos de reclusão, co -
mo incurso nos arts. 264 nº I e no art. 352, c/c o art. 53; e os ci
vis Nelson Ribeiro de Moura e Iranides Ferreira, respectivamente,
as penas de 2 (dois) e 1 (um) ano de reclusão, como inc~rso
) r:l-!W
~~
Fls.5
no
art. 352 c/c 0 art. 53, tudo do C~digo Penal Militar. Tendo para
tanto, considerado o disposto no art. 69 do CPM, fixado a pena ba-
se para os Oficiais subalternos acima do minimo legal:
Pelo art. 205 § 22, nº III, 16 x 4; art. 209 § lQ, 1
ano e 4 meses x 11 (14a. e 8ms.); art. 264 nº I, 2 anos e 4 meses;
e art.352, 3 anos: total 84 a n os de reclusão, pena esta definitiva
para o Cap. Niebus, Chefe da 11 Equipe" do S/2;
Considerando ser o Ten. Miranda um Oficial R/2, subo~
dinado direto do Cap. Niebus, e a existência entre os acusados t am
bém de um Oficial Superior, resolveu o Conselho reduzir de 7 anos
a pena imposta ao referido Tenente, tornando-a definitiva em 77 a-
nos de reclusão;
Sgt. Ru b eas, Sgt. Ivan Etel e Cabo Cruz: art. 205 §
2º III, l2x4 (48 anos); art. 209 § 1º, 1 ano x 11 (11 anos);art~~
n. I, 2 anos; art.352, 1 ano, total: 62 anos;
Sgt Sideni Guedes e Cabo Freitas: art.205 § 22, III,
12 x 4 (48anos); art.209 § lQ, 1 ano x 11 (11 anos); total 59 ano~
reduzido de 12 meses por terem apresentado os réus indicias de ar-
rependimento, ap~s a prática dos crimes;
Ten.Cel. Gladstone, Oficial Comandan te, pela intensi-
dade do dolo, teve a pena base fixada acima do minimo legal; art.
264 I, 4 anos; art.352, máxima 3 anos; total: 7 anos;
Civil Nelson exercia função de chefia e mando sobre o
Réu Iranides, funcionário subalterno e despersonalizado; art. 352,
Nelson 2 anos de detenção, e Iranides 1 ano de detenção, negando-
se a ambos o beneficio da Suspensão Condicional da pena pela gravi
dade do crime, intensidade do dolo e o modo de execução, fatos es-
tes que não autorizam a presunção de que não tornarão a delinquir.
Resolveu, ainda, o Conselho, por unanimidade de votos
quanto ao Ten.Cel. Gladstone Pernasetti Teixeira, 3º Sgt Geraldo
José Ferreira, 3Q Sgt. Nival Amaro da Silva e por maioria quanto
ao Cel. Ariosvaldo Tavares da Silva e 1º Ten. Médico Eurico Augus-
to Lopes, considerar que existem nos autos sob exame, indicias de
outros crimes pelos mesmos praticados, remetendo-se, em consequên -
cia, na forma do disposto no art. 442 do C~digo de Processo Penal
M~ litar, peças dos autos ao Ministério PÚblico, para os devidos /
fins de direito.
Da sentença apelaram os condenados Ten.Cel. Gladstone
Pernasetti Teixeira, fls. 1.680, Nelson Ribeiro de Mour·a, fls.lb8l,
Celso Gomes de Freitas Filho, fls.l.717, Cap. Dalgio Miranda Nie-
..
bus, fls. 1.719, 3º Sgt Rubens Martins de Souza, fls. 1.720,3º Sgt.
Ivan Etel de Oliveira, fls. 1.721, 3º Sgt Sideni Guedes, fls.l.722,
Cabo José Augusto Cruz, fls. 1.723, o Dr. Procurador Militar, fls.
1.725, 2º Ten. Paulo Reynaud Mi ran d a d a s ilva, fls. 1.727,Civil I -
~
ranides Ferreira, flso 1.728.
- !
PJt
o Dr. Procurador Militar, nas longas razoes do
Fls. 6
recurso
de fls. 1.880 as fls. 1.998, conclui: "Recorreu o t-1P, para devolver
a essa Alta Corte, integralmente, o presente processo, certo de que
sua decisão espelhará o horror, a tristeza e a repugnância que a
tortura causam nos espiritos bem formados".
As razÕes dos recursos de apelação dos condenados, sus-
tentam, em sintese, na ordem de apresentação, o seguinte:
l) Iranides Ferreira, fls. 1.730, alega, preliminarmen
te a nulidade da sentença, uma vez que lhe foi aplicada a pena de 1
ano de reclusão, quando é de detenção; não existe tipicidade no cri
me que lhe é atribuido, art. 352, quando o caso teria com mais ace~
to, enquadrado no art. 350 do CPM. Espero provimento ao recurso,p~
ra absolvê-lo;
2) Cabo Celso Gomes de Freitas, fls. 1.733, alega como
preliminar a nulidade da instrução criminal, pela inobservância do
art. 403 do CPPM, in-fine, que determina a presença do acusado pre-
so ao sorteio do Conselho de Justiça e, no mérito, agiu com amparo
no art . 38, alinea ~do CPM, ou seja, sob coação irresistivel, . res
pendendo pelo crime o agente coator, no caso, o Cap. Niebus .
Pede a reforma da sentença, para absolvê-lo.
3) 2º Ten. R/2 - Paulo Reynaud Miranda da Silva, fls ••
1.738, sustenta a) agiu em obediência a ordem superior, estrita obe
diência que não caracteriza crime; b) os crimes são culposos e não
dolosos; conclui por pedir a absolvição pela excludente do estrito
cumprimento do dever legal ou o reconhecimento de homicidio culposo
e lesÕes culposas e não dolosas e, se repudiadas as teses, se impÕe
a unificação das penas.
4) 3º Sgt. Rubens Martins de Souza, fls. 1.777, susten-
ta a inépcia da denÚncia pelo errôneo enquadramento penal ou seja,
falta de tipicidade e também que agiu no cumprimento de ordens sup~
,
riores . Falta de provas, que levam a duvida quanto a responsabili-
dade do apelante e na dÚvida, deve ser aplicado o velho brocardo -
indubio ~ ~' esperando, assim, a reforma da sentença;
5) Ten. Cel. Gladstone Pernasetti Teixeira, fls. 1.787,
assinalando que os fatos o~orreram durante os 17 dias em que exer-
ceu o Comando da Unidade. Não estão tipificados os crimes que lhe
-
·ao
,
atribu1dos e nos quais veio a ser condenado, sendo o crime de
dano, no caso, crime meio. Que a pena foi mal individualizada e
4
que a condenação não pode subsistir, pois está baseada apenas na p~
lavra de co-réus, juntando para abonar as suas teses parecer de i-
lustre professor de direito, concluindo por pedir a absolvição;
6) Nelson Ribeiro de Moura, fls. 1.843, sustenta que se
crime houvesse seria o do art. 211 do CÓdigo Penal Comum, inexis-
tente na Lei Penal Militar . Quanto ao art. 352 em que foi condena
do, não existe tipicidade e no mérito agiu - . . ,
por coaçao 1rres1st1vel;
cfl ~
Fls. 7
7) Cap. Dalgio Miranda Niebus, fls. 1848, /sust~nta o
seu patrono, a existência de crimes culposos e não dol~sos; crime
continuado; ausência de prova válida para uma condenação; crime con
tinuado; inimputabilidade do apelante e, afinal, que as penas que
foram impostas ao apelante sejam unificadas na forma do art. 81 do
CPM, com aplicação de seu § l~ ou seja, com a .diminuição da pena de
l/6 a 1/4.
Desenvolve longas consideraçÕes em favor das tes e s ofe
recidas, conclue por pedir o provimento do apelo;
8) 3Q Sgt. Sideni Guedes, 3Q Sgt. Ivan Etel de Olivei -
ra e Cabo José Augusto Cruz, fls. 1.873, arg~em a e xistência de cri
me culposo e não doloso; que falta tipicidade do art . 352, do CPM e
que agiram em virtude de coação moral irresist{vel, esperando o pr~
vimento do apêlo.
As fls. 2.000, 2.001, 2 o003, 2 . 008, 2 . 009, 2 . 010 e
2.014 se encontram as contra-razÕes dos acusados, como apelados.
A Procuradoria Geral da Justiça Militar, repres e ntada
pelo Dr. Milton Menezes da Costa Filho, ass i nala que a sentença ap~
-
inexistência de qualquer tipicidade , tendo em vista
~
tuosos que lhes sao atribuLdos na denuncia;
,
,
os fatos d e li -
cl1 s2.o, cano incu:::-sos nos arts. 205 § 2º , inciso III, e art . 209 "ca
p'..!t", c/c os arts. 53 e 79, todos do CÓdigo Penal r1 ili tar;
- _y
A pena ar~~a i~posta foi assin individualizada : pena ba-
se para os 4 ho~~cÍoics - 12 anos, temos 48 anos de reclus ão e 6
neses pena ~ase para 11 delitos de les Ões corporais ou sejam, 66
~ eses, is~~ 5 anos e 6 ~eses, que se aplica pela metade face
é, a
re;}ra do ar:. . 79 do CPfl , 2 anos e 8 meses , totalizando 50 anos e 9
~ese2 de recl-san.
Aplica= ao Capitão ~algio ~i=anda Niebus e 2º Ten. oj2 ,
Paulo Reynaud '1i~arda da Silva , a ~ena acessÓria da perda do posto
e pa.l;en~e , nos termos do art . 98 , inciso I, c/c o art . 99 do co:1 ..
Aplicar aos 39s . Sgts . Rubens Martins de Souza, Ivan Et el
oa Oliveira, Sideni Guedes e aos Cabos Jocé Augusto Cr~z e Celso Go
Me- de Freit2s ~ilha, a pene acessÓria de exclusão do serviço do ~-
, .
xerc1~n, nos te~nos do art. 102 , do CP~ ••
Da:-, eíil parte, provii;lento aos apelos dos civis 'Jelson Ri-
bsi:-o de r•cura e Iranides Fa:-reira para, .:eformando a se'lter.ça a-
pe:ad~, coílde'lar, =ada ~~, a pena de 4 meses de dete'lção, ~OíilO in
cursos no art. 35~, do C6di:o Penal ~ilitar.
Qua'lto a unir-icação das pe~as, deverá ser apreciada na fa
se de execução, face ao que dispÕe o art. 516, letra Q, do CPP rl ,
per maioria de votos;
Tornar se~ efeito, a providência determinada na parte fi-
~al da sentença, no sentid: de serem remetidas peças dos autos ao
~i'lisL~rio =~~lico, na corma do disposto ro art. 442, do C8~ ~ .
'\iegar provimerto ao apelo do f'inistério r~blico, por -~"a2.
ta de objeto.
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"1-in.
rhn. Or.
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f·~ i ~ ilha, no imp~m3nto do
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Procuracor-:eral. ·~
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Declaro, • dnlo e~m Dett:I=J do Tri~unal
lomada em e ·1 11ão cle 10 "• )un!ro "- 1070
f Ata dá as.•
Sess5o) .• de ac6r.~!} Cf'J art. 58
c1o R. L .que oi•) s:-~ f-.7~n~~~ror-t> ..r.~.:~T
~(. a..~~~ ·---~-?.J.:~-/=d:k..........···········---~-
fc,tQfft votoi vencea~r~ Q GUD, e3 ~:... (,:-) Ml-
....
~·-· ··--·····----- -·--·-·-·--·-···· ·· ····· - ---~-------- -···-· ····-- · -"'·"' · ····· · · · ···· · · --- · ··
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nlatro (s) ·--·· ______
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S U P E R I O R T R I B U N A L M I L!l TA R
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...-.·. .·.... ,.
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.. •
1. O presente Processo encerra, sem dÚvida, fatos singulares,
jamais ocorridos, em qualquer F or~a Armada, some n te poss!veis pelas
violentas distorç~es no comportamento dos seus autores, face ~s rea
.....
lidades do momento vivido, desenvo l vendo uma verdadeira perversao
ideolÓgica de suas atitudes, evidenciando pe r sonalidades com acen
. ·•
tuados traços de sadi~mo. Ineg~vel ~ a ~ua repe r cuss~o, pois, nas
Forças Armadas, no que concerne. a sua din~mica funcional ou ~ sua
"P-·. .
estrutura disciplinar, ou ainda na salvaguar~a . . dos objetivos revol~
I .. • ·:.l .....,... f.- . ' .. \.... .J • • ·- ,. .. ' • • - I - ,..,
S TM 13
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- 3 -
S U P E R I O R T R I B U N A L M I L!l TA R
Mais ainda, apavorado com o desenlace que ce r tame nte nao pr~
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~~
/fiJ
... 4 -
a) COMANDANTE
Art 76 - O Comandante do Cor po é resp onsável pela sua
administração, instrução e disciplina; cum
pre- lhe, além dos encargos que lhe são taxa
tivamente atribuÍdos pelos diversos regula
mentos, quer quanto à instrução e disciplina,
,
quer quanto às relaçÕes com os diversos or
~
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g
- 5 -
S U P E R I O R T R I B U N A L M I Lll TA R
b) SUBCOMANDANTE
Art. 77 - O Subcomandante é o auxiliar e substituto ime
diato do Comandante do Corpo, seu intermediá-
rio na expedição de todas as ordens relativas
à disciplina, instrução e serviços gerais, cu
ja execução cumpre-lhe fiscalizar.
t o Chefe do Estado-Maior do Corpd e o res
ponsável pela coordenação dos seus elementos ,
a fim de poder informar seu Comandante, quanto
a execução de suas decisÕes.
Art. 78 - ••••o•••••••o•••••o•••••••••••••••••••••••••••
c) MtDICO
Art 113 - O médico Chefe da Formação Sanitária Regimen -
tal dirige o Serviço de SaÚde do Corpo, secun
, , .
dado pelos auxiliares respectivos, e e o un~co
responsável, perante o Comandante, pelo estado
sanitário do pessoal do Corpo e condiçÕes hi
giênicas do Quartel.
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- 6 -
S U P E R I O R T R I B U N A L M I L!l TA R
SERVIÇO DE SA~DE
SERVIÇO INTERNO
Art. 375 Ao médico de serviço compete, além das suas a -
tribuiçÕes normais e outras que lhe forem dadas
pelo médico-chefe, o seguinte :
1) permanecer no quartel, depois de encerrado o
expediente do Corpo, sempre gue o serviço e-
xigir, ou por motivo de forç a mai or, a juízo
do comandante;
" c ia
2) prestar os socorros médicos de urgen aos
4 militares do Corpo;
3) atender aos casos urgentes, fora das horas
de expediente;
4) providenciar sobre a assistência indispen sá-
vel exigida pelos doentes em estado grave ,
seja no quartel, seja durante o seu transpor
te para o hospital;
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- 7 -
SUPERIOR TRIBUNAL M IL!ITAR
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S U P E R I O R T R I B U N A L 1\1 I L!l TA R
e) DO OFICIAL - DE-DIA
Art. 236 - O oficial-de - dia é um representante do Coman-
dante e · tem como principal atribuiç~es, além
de outras previstas no R-3;
•••••••o•o•••••o•••••••••••••••••••••••••••••
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fdf '
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o • o • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• ••••••••••••••
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~
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- ll -
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guintes acusaçoes:
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S U P E R I O R T R I 8 U N A L M I L!l TA R
guintes acusaçoes:
, .
5. Isso posto, a se r~e horripilante dos crimes mencionados susci
ta, a lé m de um aspecto sÓcio -polÍtico, pela s ua repercussão, na s For
ças Armadas e na Sociedade Brasileira, dado o se u espÍrito tradicion~
li ta cristão e a o brigato riedade constituciona l do Serviço Militar
(Art 92 da Constituição Federal de 67, mod ificada pela Emenda nº 1 de
17 Out 69 ), uma conotação j urÍdica par ticu lar em face do que di spÕe o
art 79 do CPM, com a figura do concurso de c rime s , reper c utin do nas
alegaçÕes da defesa ao solicitar a un i ficação das pena s e a sua maxi
mi zação em face ainda da disposição dos art 58 e 81 do CPM, e do pará
grafo 11 do art 1 53 da Constituição da RepÚblica Federativa do Brasil ,
ratificada pela Emenda Constitucional nº 1 de 17 Out 69, além da im
perfeita definição jurÍdica de a l g umas das imputaçÕes criminais, esp~
cifica dos na Denúncia de fls 2 e 7 .
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- 15 -
S U P E R I O R T R I B U N A L M I L!l TA R
Realmente:
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S U P E R I O R T R I 8 U N A L M I Lll TA R
y
Finalmente, quanto ao aspecto considerado é de ressalvar
\)
- 16 -
que, ·
embora o CPM silencie sobre a perfeita definição jurÍdica do crime
de profanação e destruição de cadáveres, o certo é que a figura p~
nal prevista no CÓdigo Penal Comum, foi cometida por militares que
por esta condição particular não deixam de ser cidadãos e por isso
estar enquadrados neste Último CÓdigo, por infração de delitos nele
constantes e não considerados crimes militares. Assim é notÓrio que
a infringência dos art 211 e 212 do CÓdigo Penal Comum é meridiana e
por isso mesmo não pode deixar de ser ignorada, cabendo à Justiça Co
mum a sua apreciaçao.
sao.
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# - 17 -
S U P E R I O R T R I 8 U N A L M I L!l TA R
a interpretação do CÓdigo Penal (art 51), como Lei Geral ao ser apll
cada na penalização de delitos sucessivos, nas condiçÕes acima meneio
nadas, tipificando um concurso de crimes, o mesmo ocorrendo interpre -
tativamente com o CPM - legislação especial - ao dizer em seu parágra
fo Único do art 79:
"Não há c~ime continuado quando se trata de fatos o -
fensivos de bens jurÍdicos inerentes à pessoa, salvo
se as açÕes são dirigidas contra a mesma vÍtima".
Evidentemente, no caso considerado, em cada vÍtima se consumou o
crime continuado, ainda que persista, no todo, a figura de crime per -
manente pois a execução foi incessante, por um perÍodo mais ou menos
dilatado, em que se verificou a consumaçao. Na verdade nesse perÍodo,
a ação do agente ou agentes foi constante, criando um estado ininter
rupto de deliqu~ncia na sucessão do tempo contra a totalidade das ví
timas.
Aliás tal é também o conceito firmado pelo ilustre Des. Batista
de Oliveira, exarado no AcÓrdão de 13 Mar 53, ao julgar Habeas Cor-
pus impetrado ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, quando diz:
"Crime permanente é o de execução incessante, ininter
rupta e contínua, como é o delito de cárcere privado
ou o de rapto violento que exigem da parte do age~
te, ação constante, necessária para a duração carac
terística de sua existência".
Há como se vê a habitualidade criminosa e permanente do momento
consumativo, sem solução de continuidade.
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~ 18 -
SUPERIOR TRIBUNAL MIL!ITAR
pode, a meu juÍzo caracterizar uma exceção, pre vista somente na Lei
de Segurança Nacional (Dec - Lei nº 898/69) para enfrentar situação de
emergência, de natureza excepcional, visando ao resguardo das Ins
tituiçÕes, com a criação das penas de morte e prisao perpétua. Seria
inÓcua, portanto, a injurÍdica a condenação superior a 30 anos, nas
circunstâncias ocorridas no caso em julgamento, uma vez que a dura
ção não pode ultrapassar este perÍodo.
- , . ~
Acredito nao ser, assim, poss1vel procurar sobrepor- se a Lei Ge
ral uma Lei Especial (CPM) dando - se interpretaçÕes diversas à maximi
zação de pe _n as em seu guantum , punitivo e muito menos ainda, pela
flagrante inconstitucionalidade, por contrariar dispositivos da Lei
Magna (§ 11 do art 153) no referente à inBdmissibilidade, " da pena
de morte, de prisão perpétua, de banimento ou confisco, salvo nos c~
sos de guerra externa, psicolÓgica adve r sa, ou re v oluc i onária, nos
termos que a Lei determina".
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S U P E R I O R T R I B U N A L M I L!l TA R
* - 19 -
- do art 352 e 264 para os art 196, 315, 322 e 324 do CPM
combinado com o § 2º do art 29, do Ten Cel GLADSTONE PER -
NASETTI TEIXEIRA, por s ua evidente omissao e c onsequente
tolerância e negligência no exercicio do Comando, sem a
qual não se poderiam ter ver i f i cados os r esultados crimi-
nosos levados a efeito pela ação do Cap NIE BUS e seus su
bordinados, sem exacerbação da penalização imposta pel a
Sentença do CJ.
6. Isto posto:
Considerando que ficaram devidamente comprovadas as mortes,
por violência, dos soldados JUAREZ MONÇÃO VIROTE, GEOMAR RIBEIRO
DA SILVA, ROBERTO VICENTE DA SILVA e VANDERLEI DE OLIVEIRA, do 1 º
BIB com torturas praticadas diretamente pelo Capitão DALGIO MIRANDA
NIEBUS, 2º Ten R/2 PAULO REYNAUD MIRANDA DA SILVA, 3º Sgt IVAN ETEL
DE OLIVEIRA, RUB ENS MARTINS DE SOUZA e Cb JOS l AUGUSTO CRUZ e com a ...
responsabilidade imediata ou mediata do Ten Cel GLADSTONE PERNASET-
TI TEIXEIRA, Comandante da Unidade;
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;J~
./V)_v 20 -
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--~-
~ --~-~- ~ = -- -- -- -~-- - - --
~ - -- ~
- ~~=
~ - 21 -
S U P E R I O R T R I B U N A L M I L~l T A R
sar para ~ue sempre lhes fosse feita a devida justiça, consoante dis
positivos regulamentares vigentes;
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~2-
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f): 23 -
S UP E RI O R TR I BU N AL MILJI TAR
I
dolosa, com torturas, das sol dadas GEOMAR RIBEIRO DA
SILVA, JUAREZ MONÇÃO VIROTE, VANDERLEI DE OLIVEIRA e
ROBERTO VICENTE DA SILVA e art 209 , § 1 9 - sevícias
continuadas contra as saldadas H ~LIO BOTELHO LU I Z, NI~SON
SENHORINHO MARCATO, JOS~ GETdLIO NOVO PAUFERRO, StRGIO
AMORIM VIEIRA, CÉLIO FERR EIRA , EVALDO LUIZ LIMA, PE RY
SILVARES HENRIQUE, LUIZ GONZAGA PEREIRA, JOSÉ RODRIGUES
ALVES, VALTER SOARES DE MATOS e APARECIDO DIAS MACHADO ,
STM 13
\_
~
;:lf/r- 24 -
--
de reclusão, como incurso nos art 205, § 2º, inci-
sos III e IV - homicÍdio doloso, com torturas, dos
soldados GEOMAR RIBEIRO DA SILVA, JUAREZ MONÇÃO VI -
ROTE, VANDERLEI DE OLIVEIRA e ROBERTO VI CENTE DA
SILVA e art 209, § 1º - sev{cias conti nuadas contra
os soldados HtL IO BOTELHO LUIZ , NILSON SENHOR I NHO
MAR CATO, JOSl GET~LIO NO VO PAUFERRO, StRGIO AMORIM
VIE IRA, CtLIO FERREIRA, EVALDO LUIZ LI MA , PERY Sih
VARES HENRIQUE, LUIZ GONZAGA PER EI RA, JOSt RODR I-
GUES ALVES, VALTER SOARES DE MA TOS e APARECIDO DIAS
MACHADO, c/c art 79 e 80, tudo do CPM, fixadas as pe-
nas bases da seguinte forma:
Art 205, § 2º, incisos
III e IV •.••... 12 a x 4 = 48a
Art 209, § 1º ••••..... .. 6 m x 11 = 5a 6 m
= 53a 6 meses
- "Ex vi'' do art 81 do CPM, fixar em definitivo a pena
unificada em 30 anos de reclusão.
= 14a 3 meses
, .
7 .2.8 - Aplicar penas acessorlas:
a) Nos termos do art 98, inciso I, c/cart 99 do CPM, ao
Ten Cel GLADSTONE PERNASETTI TEIXEIRA, Cap D~ L GIO MIRAN
DA NI EBUS e 2º Ten R/2 PAULO REYNAUD MIRANDA DA SIL VA ,
da perda do posto e patente.
b) Nos termos do art 102 do CPM aos 3 º Sgt RUBENS MAR TINS
DE SOUZA, ~VAN ETEL DE OLIVEIRA, SIDENI GUEDES e aos
Cabos JOSl AUGUSTO CRUZ e CELSO GOMES FREITAS FILHO,
de exclusão do Serviço do Exército.
7.2.10 - Em face dos crimes previstos nos art 211 e 212 do CÓdigo
... Penal, cometidos pelo Te n Cel GLADSTONE PERNASETTI TEIXEl
RA, civis IRANIDES FERRE I RA e NE LSON RIBEIRO DE MOURA ,
remeter ao Ministério PÚblico, na forma do art 40, inciso
.
XXI da Lei de Organização Judiciária Militar , as peças
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f - 26 -
l o VO TO.
JO RDAO RAMO S
...
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APELAÇÃO Nº 39.872
A N E X O 1
* * * *
4
(
Q..~- i .
APELAÇÃO Nº JS.
i
~
. "
Ten Coronel Cap NIEBUS (IPM) To mou conheci mento da morte d o Sd MONÇÃO e IFl s 132 ,
GLA DSTON E VAN~ERLEI, tendo concordado com a idéi~ de e
su mlr com os corpos e que recomendou Sl mu- 1 85 136
PERNASE TT I lar a fuga dos mesmos pois seriam dados co
TEIXEI RA mo fo~agidos.
C~p NIEBUS (Aud) Declarou ter recebido ordem do acusado para
decap i tar os dois soldados mortos, visando
a não identificação dos mortos e deixar os
cadaveres em lugar distante. I Fls 613
Ca p NI EBUS (Aud) Dec l arou que t odos os atos p raticados pmr
ele f oram com consentimento e determinação
ou do Ce l ARIOSVALDO ou Ten Cel GLADSTONE IFls 613
Ten MIRANDA ( I PM) Tomou conhecimento da morte do Sd MONÇÃO e IFl 132
VANDERLEI, tendo concordado com a idéia de s e
sumir com os corpos. 185
Ten MIRANDA (Aud) Dec l arou ter recebido ordens do ac u sado pa
ra dar fim aos corpos dos soldados mortos- r 1 s 615
Ten MI RANDA (IPM) Dec l arou que o acusado sabedor que o corpo
de um do s so l dados mortos não havia sido
bem esco n dido, ma n dou que o depoente( Ten
Mira nda) f osse escondê-lo be m, Fls 239
3º Sgt FR ANCISCO Di sse q ue f o i chamado pelo Cap NIEBUS para
LEONARDO NETO datilog r afar a l g un s depoimentos qu e esta-
vam em r ascunho e que serv i riam para rn IPM
~
do qual o Ten Ce l Gladstone era o Encarre-
gado. Posteriorme n te ident i ficou o texto
das declaraçÕes co mo sendo o mes mo do exis
tente no referido I PM, apenas sen d o dati l o ~
gra f o por o u tra pe ssoa Fls 175
Ca bo CRUZ Cap NIEBUS disse que não gaveria prob l ema
~
no s um iço dos cor pos porque o Ten Cel Gla-
dstone ser i a o Enca r regado do IPM; disse
aue 2 ofic i a i s e 2 sara e ntos da " Equipe "
• APELAÇÃO Nº 39,
!
~/
.- Fl s 2
\.
ACUSADO _r TESTEMUNHA VÍTIMA ( NATUR EZA DO DEL ITO i, 085 :
.
v ~
~
~~
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..
APELAÇ~O Nº 39.q· G.-2
--·
,.,
...!..,.... • ':. "
Capitão DÁLGIO Ten Miranda (Aud) Sd VANDERLEI - Morte Mutilação do cadáver Fls 615
Ten MIRANDA (IPM) Sd VANDERLEI - Morte Esquartejamento do cadáver Fls 127/132
MIRANDA NIEBUS Cb CRUZ (Aud) Sd VANDERLEI - Morte Espancamento Fls 644/646
Cb CRUZ (IPM) Sd VANDERLEI - Morte Espanca mento Fl s 1 68/224
Sgt RUBENS (IPM) Sd VANDERLEI - Morte Esquartejame nto do ca dáver Fl s 83/86
Sgt ETEL (I PM) Sd VANDERLE I - Morte Ocu l tame nt o do cadáver Fl s 89/92
Sd APARECIDO(Aud) Sd VANDERLEI - Morte Espanca mento Fls 843
Cap NIEBUS (IPM) Sd VANDERLEI - Morte Esquartejamento do cadáver Fls 136
Sd APARECIDO (Aud) Sd APARE CIDO Espa ncamento c/ cano de ferro, palmatória Fl s 843/844
Sd APARECIDO(IPM) Sd APARECIDO Idem Fls 77/81
Sgt RUBENS (IPM) Sd APARECIDO Espa nca mento Fls 83/86
Sot ETEL ( I PM) Sd APARECIDO Esoancamento e chooue Fls 8_9/92 \
~~
~
...
APELAÇÃO Nº 7
- ~
~
,
__,...., _, .- F1s 2
~~~
..
APEL AÇÃO Nº 3 r
I F1 s 3
- - \
~
~~ /~ ~ .~
6
APELAÇÃO Nº 39 : nr
G.-3
'-------~----------------------------~~------------------------------~-
I '
.o t
2º Ten R/2 Cap NIEBU S (Aud) Sd VANDER LEI - Morte Esquartejamento Fls 61 3
PAULO REYNAUD Cap NIEBUS (IPM) Sd VANDER LEI - Morte Esquartejamento Fl s 136
Cb CR UZ (Aud) Sd VANDER LEI - Mor t e Espancame nto Fl s 644/646
MIRANDA DA SIL Cb CRU Z (IPM) Sd VANDERLEI - Morte Espa ncamento com palmatÓria Fls 168
VA Sd APARECIDO (Aud) Sd VANDERLE I - Morte Espancamento Fls 843
Sgt RUBENS (IPM Sd VAND ERLE I - Morte Esquar t e j a men to do cadáver Fls 83/86
Ten MIRANDA (IPM) Sd VANDERLEI - Morte Confirmou o esquartej amento Fls 127/132
Sgt ETE L (IPM) Sd VANDERLEI - Morte Ocu l tamento do cadáver Fls 89/92
Cap NIE BUS (Aud) Sd MONÇÃO - Morte Ocultamento do cadáver Fls 613
Ca p NIEBUS (IPM) Sd MONÇÃO - Morte Ocultamento do cadáver Fls 136
Civ NE LS ON (Aud) Sd MONÇÃO - Morte Determinou e auxi lio u a cremação da vÍtima Fls 639/641
Ci v NELSON (IPM) Sd MONÇÃO - Morte O d eclaran te em co mpanhia do civi l IRANI-
DES e acusado atearam fogo na vÍtima Fl s 382
Civ IR ANI DES (Aud)ISd MONÇÃO- Morte Determinou e a uxiliou na cremaçao da vÍtim~ " 642/6 43
Ci v IRANIDES (IPM) Sd MONÇÃO - Morte O declarante em compa nhia do acusa do e do
civil Nelso n atearam fogo no cadáver do Sd iFls 382
Cb TOM AZ (Aud) Sd MONÇÃO - Morte Espancame nto Fls 716
Cb TOMAZ (IPM) Sd MONÇÃO - Morte Espanca mento Fls 180
Cb CR UZ ( I PM) Sd MONÇÃO - Morte Cremação do c adáver Fl s 170/224
Ten MI RANDA ( I PM) Sd MONÇÃO - Morte Con firm a ter cremado o cadáver da vÍtima Fls 127/132
e 241
Sg t ETEL (IPM) Sd MONÇÃ O - Morte Ocu l tamen to do cadáver Fls 89/92
• Cb TOMA Z (Aud) Sd GEOMAR - Morte Espancamento Fls 716
Sd APARECIDO (Aud ) Sd GEOMAR - Morte Espancame nto Fls 843
Sd AMORIM (I PM) Sd GE OMAR - Mor te Espancamento Fls 102/103
Sd EVA LDO ( IP M Sd GEOMAR - Morte Espancamento c/ socos , cinto NA,palmatÓria Fl s 106/10 7
Sd GON ZAGA ( IPM ) Sd GEOMAR - Morte Es pancamento c/ cano de ferro, socos Fls 114/115
Sgt ETE L (IPM) Sd GEOMAR - Mo r te Es pa ncamento c/ choq ue e cinto NA Fls 89/92
Sd APARECIDO (Aud) Sd APAR ECI DO Espanca me nto c/ ca no de f erro, pal matÓria IFls
844
Sd APARECIDO (IPM) Sd APARECIDO Espa n ca me nt o c/ soco s, ponta-pé Fls
77/81
Ten MIR ANDA (Au d ) Sd APARECIDO Espancame nto Fls
614
Sd AMORIM (IPM) Sd APARECIDO Espanca ment o com feri mentos IFls
102/103
Sd EVALDO (IPM) Sd APAR ECIDO Espanca me nto c/ ta pas, cinto NA, palmatÓri~Fl s 106/107
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..
APELAÇÃO Nº 39 n
Fls 2
- '
__.,
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( {
ACUSADO TESTE MUNH A V!TIMA NA TUREZ A DO DELI TO c OBS:
\
2º Ten R/2 Sgt RU BENS ( I PM) Sd APA RECIDO Espa nca ment o c/ t a pas , socos, pal matória Fl s 83/86
SGT ETEL (IPM) Sd APAREC I DO Espa nca me nto c/ ch oq u e, socos, c i nto NA Fls 89/92
PAU LO REYNA UD
MIRAN DA DA Sd AMOR I M ( I PM) Sd AMORIM Espanca mento co m l esÕes cor porais Fls 1 02/1 03
SILVA S d EVALDO (IPM) Sd AM OR IM Espa nca men t o c/ socos, cinto NA,palmatÓria Fls 1 06/lOí
Sd GONZAGA (IPM) Sd AMDRIM Es pa nc a mento c/ cano de fer r o, c ho qu e. Fls 11 4/11 5
Te n MIRANDA (Aud) Sd AMO RIM Es pa ncame nt o Fls 61 4
Sd APARECIDO(Au d ) Sd AMORI M Es pa nca men t o Fls 843
Sd AMORIM (IPM) Sd GETÚL I O Es panca mento Fls 102/1 03
Sd SENHOR I NHD(IPM) Sd GE TÚLIO Es panca mento, pre nsa , ci n to NA, palmatÓria Fls 108/lOS
Sd GONZ AGA ( I PM) Sd GE TÚLIO Es pa nca men to , cano de f erro, c i nto NA Fl s 114/115
Te n MIRANDA (A ud ) Sd GETÚLI O Espa nca ment o Fls 614
Sd AMORIM (IPM) Sd GONZAGA Es pa nca men t o Fls 1 02/103
Sd SENHOR I NHO (IPM )Sd GONZA GA Es pa nca me nt o , prensa, c i nt o NA, pal matória F1 s 108/10 C:
Sd GONZAGA (IPM) Sd GONZAG A Es panca mento c/ ferime nto, ca no de f erro F1 s 114/115
Te n MIRANDA ( Au d ) Sd GONZAGA Es pa ncamen t o Fl s 61 4
6
Sd AMORIM ( I PM ) Sd EVA LD O Es pan c a ment o c/ f eri mentos pernas, braços F1 s '1 0 2/1 0 ~
Sd APAREC I DO(Aud) Sd EVA LDO Es pancame nto Fls 8 43
Sd AM ORIM ( IP M) Sd LUIZ Es panca me nt o F1s 102/10:
Sd EVALDO ( I PM) Sd LU I Z Es pancam en to c/ c i nto NA, socos, pa1 matÓria F1 s 106/1 0í
Sd APA REC I DO(Au d ) S d LUIZ Es pa nca me nt o Fls 8 43
Sd FER REI RA (IPM) Sd FERREIRA Es pa nca me nto c om fe r i men t os F1 s 1 04/10:
Sd SENHORIN HO(lP M) Sd FERRE I RA Espancamento , pre ns a , c i nto NA, pal matÓria F1s 1 08/loc
Sd GO NZAGA (IPM) Sd FERREIRA . Es pancam e nto c/ c a no f e r r o , c in to NA F1 s 114/11:
Sgt"RU BEN S (IPM)
Cb FR EI TAS (IP M)
Sd
Sd
FERREIRA
FE RRE I RA
. ' Es panca ment o c/ ta pas e socos
Ficou de castig o s ob re 2 l atas de E .Tom a t E
F1 s
Fls
83/86
1 39/14~
Sd BOTELHO (IPM) Sd FERRE I RA Es panca mento co m c an o de f e r r o F1s 441
Sd AMO RIM (IPM) S d PE RI Espa ncamen t o co m fe r i me ntos F1s 1 02/10
Sd GONZ AGA (IPM) Sd SENHORINH O Espancame nto c7 ca no de f e rro, c hoque F1s 11 4/115
-sD lrOT EL HD Cf PM )_ :i d BOT ELHO Espa nca me nto co m ca no de fer r o Fls 44~/ 44
So t NIVALDO lPM) Sd BOT ELHO Chi nel ada no rost o Fls 54 0 ..,
~~ 11
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APELAÇÃO Nº 39.87~
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APELAÇÃO Nº :! ~
I Fls 2
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ACUSADO r TESTEMU NHA V!TIMA i . NATUREZA DO DELITO OBS:
'
3º Sgt RUBENS Sgt NIVALDO (IPM) Sd AMORIM Espancamento Fls 398
Sd AMORIM (IPM) Sd AMORIM Espancamento com lesÕes corporais Fls 1 02/103
MARTINS DE Sd EVA LDO (IPM) Sd AMORIM Espancamento c/ cinto NA, socos,palmatÓria Fl s 106/107
SOUZA Sd GETlJLIO (IPM) Sd AMORIM Espancamento c/ cinto NA, socos , ponta-pé Fls 11 0/11 1
Sd PERI (IPM) Sd AMORIM Espancamento c/ ferimento na cabeça Fls 112/113
Sd GONZAGA (IPM) Sd AMORIM Es pancamento c/ choque e cano de ferro F1s 114/115
Sd APARE CIDO (Aud) Sd AMORIM Espancamento F1 s 843
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6
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APELAÇÃO Nº .;. t
3 g _.:,,_ . -
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3º Sgt IVAN Ten Med lRICO(Aud) Sd CEOMAR - Morte A vÍtima antes de falecer declarou ao de -
poente ter sido espancado pelo acusado Fls 101 7
ETEL DE OLI- Te n Med 'rico(IPM) Sd CEOMAR - Morte Idem Fls 216
VEIRA Sgt ETEL (Aud) Sd CEOMAR - Morte Espancamento Fls 617
Sgt ETEL (IPM) Sd CEOMAR - Morte Espancamento e palmatÓria Fls 89/92
Cb TOMAZ (Au d) Sd CEOMAR - Morte Espanca mento com cinto NA Fls 716/719
Cb TOMAZ (IPM) Sd GEOMAR - Morte Espancamento c/ socos e cinto NA Fls 179
Sd APARECIDO (Aud) Sd CEOMAR - Morte Espancamento Fls 843
Sd SOARES (Aud) Sd GEOMAR - Morte Espancamento Fls 1019
Sd AMORIM (IPM) Sd GEOMAR - Morte Espancamento violento Fls 102/103
Sd EVALDO (IPM) Sd GEOMAR - Morte Espancamento Fl s 106/107
S d CE TL1 L I O (I P M) Sd GEOMAR - Morte Espancamento com socos Fls 110/111
Sd PERI (IPM) Sd GEOMAR - Morte Espancamento c/ cinto NA, cano de ferro Fl s 112/113
Sd CONZACA (IPM) Sd GEOMAR - Morte Espancamento c/ oano de ferro, choque Fls 114/115
Cb TOMAZ (Aud) Sd MONÇÃO - Morte Espa ncamento com cinto NA Fls 716
Cb TOMAZ (IPM$ Sd MONÇÃO - Morte Espancamento Fls 180
Sgt RUB ENS (IPM) Sd MONÇÃO - Morte Ocultamento do cadáver no mato Fls 83/86
Sgt ETE L (IPM$ Sd MONÇÃO - Morte Idem Fls 89/92
Cap NIEBUS (IPM) Sd MONÇÃO - Morte Idem Fls 136
Cb CRUZ (8ud) Sd VANDERLEI - Morte Espancamento Fl s 644/646
Cb CRUZ (IPM) Sd VANDERLEI - Morte Espancamento com palmatÓria Fls 168
Sgt RUBENS (IPM) Sd VANDERLEI - Morte Aux ili ou a enterrar o cadáver Fl s 83/86
Sgt ETEL (IPM) Sd VANDERL EI - Morte Ocultamento do cadáver Fls 89/92
Cap NIEBUS (IPM) Sd VANDERLEI - Morte Idem Fls 136
Sd APARECIDO (Aud) Sd VANDERLEI - Morte Espancamento Fls 843
..
~~ :
APELAÇ~O Nº 39.ri
F1s 2
"-
I
'
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ACUSAD O TESTEMUNHA VÍTIMA NATUREZA DO DELITO OBS:
'
3º Sgt IVAN Sgt RUBENS (IPM) Sd APARECIDO Espancamento Fls 83/86
Sgt ETEL (IPM) Sd APARECIDO Espancamento e conque Fls 89/92
ETEL DE OLI - Cb FREITAS (IPM) Sd APARECIDO Espancamento Fls 139/143
VEIRA
Sd GETÚLIO (Aud) Sd GETÚLIO Espancamento Fls 847
Sd GETÚLIO (IPM) Sd GETÚLIO Espancamento c/ cano de ferro , choqu e ,soco Fl s 110/111
Sd AMORIM ( I PM) Sd GETÚLIO Espancamento Fls 102/103
Sd SENHORINHO(IPM) Sd GETÚ LIO Espancamento c/ cano de ferro, choque, soco Fls 108/109
Sd GONZAGA (IPM) Sd GETÚLIO Espancamento c/ cano de ferro , c i nto NA Fls 114/115
Sd AMORIM (IPM) Sd AMORIM Espancamento com l esÕes corporais Fls 102/103
Sd EVALDO (IPM) Sd AMORI M Espancamento c/ cinto NA, soco , palmatória F1s 106/107
Sd GETÚLIO ( I PM) Sd AMORIM Es pa ncamento com socos Fls 110/ 111
Sd PERI (IPM) Sd AMORIM Espancamento c/ cint o NA, cano de ferro Fl s 112/113
Sd GONZAGA (IPM) Sd AMORIM Idem Fls 114/115
Sd APAREC I DO(Aud) Sd AMORIM Espancamento Fls 843
Sd AMORIM (IPM) Sd GONZAGA Espancamento F1s 102/103
Sd SENHOR I NHO (IPM) Sd GONZAGA Espancamento c/ cano de ferro, choque, soco Fls 108/ 1 09
Sd GETÚLIO (IPM) Sd GONZAGA Espancamento com socos Fls 110/111
Sd GONZAGA (IPM) Sd GONZAGA Espancamento c/ cinto NA , cano de ferro Fls 11 4/115
Sd EVALDO ( I PM) Sd EVALDO Espancamento c/ cinto NA e pa l matÓria ' Fls 106/107
Sd APARECIDO(Aud) Sd EVALDO Espancamento Fls 843
Sd FERREIRA (IPM) Sd FERREIRA Espancamento c/ cano de ferro , c hoqu e Fls 104/105
Sd SENHORINHO(IPM) Sd FERBEIRA Idem Fls 108/109
Sd GETÚLIO ( I PM) Sd FERREIRA '
Espancame nto com socos Fls 110/111
Sd GONZAGA ( I PM~ Sd FERRE I RA Espancament o c/ cano de ferro e ci nto NA Fls 114/115
Sgt RUBENS (IPM Sd FERREIRA Espancame nto I Fls 83/86
Sd AMORIM (IPM) Sd LUIZ Espancame nto Fls 102/103
Sd EVALDO (IPM) Sd LUIZ Espancamento c/ cinto NA, soco, palmatÓric Fls 106/107.
Sd PERI (IPM) Sd LUIZ Espancamento c/ cinto NA, choque, C ferro Fls 112/113
Sd APARECIDO (Au d) Sd LUIZ Bspancamento Fls 843
Sd AMOR I M \IPM) Sd PERI E ~pancamento com fer i me ntos Fls :J2!1~
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~
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~
APELAÇÃO Nº J ':1-.,, 2
-
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39 Sgt IVAN Sd PERI ( I PM) Sd PERI Espancamento com socos, prensa, chque
'· F1s 112/11 3
ETE L DE OLI- Sd SEN HORINHO(IPM) Sd SEN HORINHO Espancamento c/ cano de ferro, choque, soco F1 s 108/1 09
VEIRA Sd GETÚ LI O (IPM) Sd SENHOR I NHO Espancamento com socos F1s 112/113
Sd GONZAGA (IPM Sd SEN HORINHO Espancamento c/ cano de ferro, ci n to NA F1s 114/115
Sd ALVES (IPM) Sd ALVES Espancamento c/ cano de ferro, prensa F1s 11 6/117
Sd SOARES (Aud) Sd SOARE S Espancamento F1s 1019
//.
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Q.-6 ~·-
APELAÇÃO Nº 3' .__:!. __
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- - ~----------------~------------------~ ~
~~ 1:
APE LAl,ÁO Nº 39 ~·
Fl s 2
-
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ACUSADO TESTEMUNHA ViTIMA NATUREZA DO DELITO OSS:
Cabo JOS~ AU- Sd AMORIM (IPM) Sd APARECIDO Es panca mento co m fe rimentos Fls 102/103
Sd EVALDO (IPM) Sd APAR ECIDO Es panca me nto c/ t apas, s o cos , pa l matÓria Fls 106/1 07
GUSTO CRUZ
Sd PER! (IPM) Sd AP AREC I DO Es pa nca men to c/ ferime nto na cabeça Fls 112/113
Sgt RUBENS (IPM) Sd AP AREC I DO Es panc a men to Fl s 83/86
Sgt ETEL (IP M) Sd AP ARECIDO Es panca men to c/ socos e c hoq u e Fls· 89/92
•
Cb CRUZ (f\u d ~ Sd GONZAGA Es pan ca me nto Fls 644/646
Cb CR UZ (IP.M Sd GONZ AGA Espa nca ment o co m tapas Fl s 87/88
Sd AMOR I M (IPM) Sd GO NZAGA Es pa nca men t o Fls 102/1 03
Sd SENHOR I NHO(IPM) Sd GONZAGA Espa ncamen t o, prensa, cinto NA , pal matÓria Fls 1 08/109
Sd GETÚLIO PPM~ Sd GONZAGA Es pancamen t o c/ cano de ferro , c hoques Fls 110/111
Sd GONZAGA IPM Sd GONZAGA Espanca me nt o c/ cano de ferro , ci nto NA Fls 114/115
Cb CRUZ
Cb CRUZ
~Aud~
IPM
Sd EVALDO
Sd EVALDO
Espanca me nto
Espancam e nto c/ tapas
Fls 644/646
Fls 87/88 e
1 68
Sd APARECIDO(Au d ) Sd EVALDO Es pa ncam e nto Fls 843
Sd AMOR I M ( I PM) Sd EVALDO Es pan c a me nt o c/ f eri me nto b raç os e pernas Fls 102/1 03
Sd EVALDO ( I PM) Sd EVALDO Es pan c a mento c/ cinto NA, ta pas, palm a t Ór ia Fls 1 06/10 7
Sd GETÚLIO ~ Au d ) Sd GET ÚLI O Espan camento Fls 84 7
Sd GET ÚL IO IPM) Sd GETÚLIO Es pa nc a ment o, ch oq u e, pon t a -p é , c hu t e Fls 11 0/ 111
Sd AMORIM ( IPM) Sd GE TÚ LI O Espa nca me nt o Fls 1 02/103
Sd SENHORINHO(IPM) Sd GET ÚLI O Es pa nc a men t o , prensa, socos , pa l matÓria Fls 1 08/1 09
Sd GO NZAGA (IPM) Sd GET ÚLIO Es pa nca ment o c/ cano de ferro , s oco s F1s 114/11 5
Sd BOTELHO (IPM) Sd GE TÚLIO Espanca me nt o Fls 441
Sd AMORIM (IPM) Sd AMORIM Es panca men t o co m lesÕes corporais Fls 102/103
Sd EVALDO (IPM) Sd AMORIM Espancamento c/ cinto NA, tapas, pa l matÓria Fls 1 06/107
Sd GETÚLIO (IPM) Sd AMORIM Es panca mento c/ cano de fe r ro, cinto•NA Fls 110/11 1
Sd PER! (IPM) Sd AMORIM Feri me n to na cabeça Fls 112/11 3
Sd GONZAGA ( I PM) Sd AMORIM Espanca mento c/ cano de ferro, soco , ch o q u e Fl s 114/1 1 5
Sgt NIVALDO (IPM) Sd AMORIM Espa nca men t o Fls 398
Sd APARECIDO (Au d ) Sd AMORIM Espa nc a mento Fls 843
. Sd AMORIM ~IPM~
Sd EVAL DO IPM
S d LU IZ
Sd LU I Z
Es pa nc a ment o
Es oa nca me nto . c i nto NA socos pal ma t Ór i a
Fls 1 02/1 03 1
Fl s 106/#07
~~
APELAÇÃO Nº 3 S' ,n
-- Fls 3
..
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ACUSADO TESTEMUNH A VfTIMA NATURE ZA DO DELITO OBS:
Sd GONZAGA (I PM) Sd SENHORINH O Es panc a me nto c/ cano de ferro, c hoque F1s 114/115
Sd AMORIM (I PM) Sd PERI Es pan ca mento co m fe rimentos Fls 102/103
S d PERI ( IP M) Sd PERI Espancamento c/ ca no ferro, c hoq ue, s,ocos Fls 112/113
'
Sgt ETEL ( I PM) Sd BOTELHO Espancamento, socos com luvas F1s 89/92
Cb FREITAS (IPM) Sd BO TE LHO Espa ncame n to Fls 139/143
Cb CRUZ ( I PM) Sd BOTE LH O Espancame nto socos Fl s 222
Sgt RUBENS (IPM) Sd BOTELHO Espa ncamento ' Fls 271
Sd BO TE LHO (IPM) Sd BOTELH O Espancamento com soc o s F1s 440/447
Sd ALVES (IPM) Sd AL.VE S Espancamento c/ tor tura s, choq ues Fl s 116/117
Sd SOARES (A ud ) Sd SOAR ES Espanca mento Fl s l 01 9
//
.c.--~ .h'
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..........
G--7
APELAÇ~O Nº 39~ct : 2
-
I
i
.
' I "
ACUSADO TESTEMUNHA VÍTIMA NATUREZA DO DELITO OBS:
Cabo CELSO GOME S Cb CRUZ (IPM) Sd MONÇÃO - mor te Espancamento F1s 167/1 71
DE FREITAS FI- Cb TOMAZ (IPM) Sd MONÇÃO - mor te Idem 11
1 77/181
LH O Cb TOMAZ (Auditoria) Sd MONÇÃO - mor t e Id em 11
717/720
Cb CRUZ (IPM) Sd VANDER LEI - mort e Espancamento Fls 167/171
Sd APARECIDO (Aud) Sd VANDERLEI - morte Idem 11
843/846
Sgt ETEL (IPM) Sd GEOMAR - mo rte Espancamento na cabeça , ombro, Fls 89/92
costas e coxa
. Sd EVALDO (IPM Sd GEOMAR - morte Idem 11
106/107
Sd AMORIM (IPM) Sd GE OMAR - mort e Espancamento com ca no d e ferro 11
102/ 103
e ci nto NA
Sd GONZAGA (I PM) Sd Geomar - morte Idem 11
114/115
Cb TOMAZ (I PM Sd GEO MAR - morte Espancamento com sÓcos e cinto 11
177/181
NA
Sd APARECIDO (A u d) Sd GEO MA R - morte Idem 11
843/846
Cb CRUZ (IPM Sd VI CENTE - mo rt e Espancamento F1s 167/ 171
Sgt ETEL (IPM Sd APARE CID O Socos e ch oqu es elét r icos - le
~ - F1s 89/92
soes corporais
Sd EVALDO (IPM) Sd APARECIDO Idem 11
106/107
Cb TOMAZ (IPM) Sd APARECIDO Idem 11
177/181
Sd AMORIM (IPM Sd APARECIDO Ide m 11
102/103
O prÓprio (IPM) Sd APARECIDO I dem 11
77/82
- - --
~~
..
. ~
Sd EVA LDO (IPM) Sd GONZAGA Espancamento com palmatÓria Fls 1 06/ 107
Sd APARECIDO (Aud) Sq GONZAGA Espancamento 11
843/ 846
Sd AMORI M (I PM) Sd GONZAGA I dem 11
1 02/ 103
O p r Óprio (IPM) Sd GONZAGA Idem 11
114/ 115
'
Sd AMORIM (IPM) Sd GETÚLIO Espancamento Fls 102/103
Sd GO NZAGA ( IPM) Sd GE TÚ LIO Idem 11
11 4/115
Sd BOTELHO (IPM) Sd GE TÚLIO Idem 11
44 0/4 47
O pr Óprio (IPM) Sd GETÚ LIO Idem 11
110/ 111
O pr Óprio (Audito r ia) Sd GETÚLIO Idem 11
84 7/ 848
Sd GONZAGA (IPM) Sd SENHORINHO Espancamento F1s 114/ 11 5
O prÓprio (IPM) Sd BO TELHO Espancamento Fls 44 0/4 4 7
//
~~
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AP.EL AÇÃO Nc .'J . ·"' r'2
- -.. . -
I
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ACUSADO TESTEMUNHA VfTIMA NATUREZA DO DELITO 0851
3Q Sgt SIDENI I Sgt RUBENS (IPM ) Sd GEOMAR - Morte Auxiliar aper t a r os pés c om pre nsa Fl s 83/86
GUE DES f-Cb CR UZ (IPM) Sd MONÇAO - Mor te Espancamentos Fl s 16 8
I
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--
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!3.: : . ~
APELAÇÃO Nº 3~.e/2
r
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-
c '
ACUSADO TESTEMUNHA VÍTIMA NATUREZA DO DELITO OBS:
Civil NELSON Ten MIRANDA (IPM) Sd MONÇÃO - Morte Auxiliar na cremação da vÍti ma Fls 241
RIB EIRO DE MOU Ten MIRANDA(Aud) Sd MONÇÃO - Morte Auxiliou na cre mação da vít i ma Fls 615
RA Civ IRANIDES (IPM Sd MONÇÃO - Morte O declara nt e, em co mpanhia do ac u sado, e
referido soldado.
.
do Ten Miranda, atearam fogo no cadaver do
Fl s 315
Civ IRANIDES(Aud) Sd MONÇÃ O - Mor t e Auxiliou na cremação da vÍtima Fls 642/643
Civ NE LSON (A u d) Sd MONÇÃO - Morte Co nfessa que a u xiliou na cr e mação da vÍtim Fls 642/643
. .
I
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6
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APE LAÇÃO N º ~ 2::._ .:..L.,. , ,G.-10
-··
~
- ~
c -
ACUSADO TESTEMUN HA VÍTIMA NATUREZA DO DEL ITO OBS:
Civil IRANIDES Ten MIRANDA (IPM) Sd MONÇÃO - Morte Auxiliou na cremação da vÍtima Fls 170/224
FERREIRA (NOCA Ten MIRANDA (Aud) Sd MONÇÃO - Morte Colocou gasolina sobre o cadaver e coloco u
fogo Fls 615
Civ NELSON (IPM) Sd MONÇÃO - Morte O declarante, em companh i a do acusado e
Ten Miranda colocaram fogo no cadaver da
vÍtima Fl s 382
Civ NELSON (Aud) Sd MONÇÃO - Morte Auxiliou na c r emação do cadaver da vÍtima Fl s 639/641
Civ IRANIDES (Aud) Sd MONÇÃO - Morte Ateou fogo no cadaver da vÍtima Fls 642/643
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APELA ÇAO 1\
0
372
Gl-11
------.-----~=-=-~====--
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ACUSADO TESTEMUNHA VÍTIMA NATUREZA DO DELITO OB s:
~
o acusado lhe dito que tinha conhecim~nto
dessas acusaçÕes; mas que por estar em
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APELA ÇÃO Nº . J~.87 ~·
Fls 2
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-
APELAÇAD Nº o
3~ lJ - I
G..-12
'
I -
I ACUSADO TESTEMUNHA VÍTIMA NATUREZA DO DELITO r• 085 :
. '
Ca p VOLTAIRE Sd FE RREI RA (IPM) Sd GETÚLIO Espancamento, at ing indo-o na cabeça F1s 104/105
ANTONIO DE CAR Sd SENHDRINHO (IPM) Sd GETÚLIO Espancame nto Fls 108/109
VALHO Sd GETÚLIO (IPM) Sd GETÚLIO Espancamento na boca Fls 11 0/111
Sd FERREIRA · ( IP M, Sd SENHORINHO Espancamento, at i ngindo - o a boca Fls 104/105
Sd SENHDRINHO (IPM) Sd SENHOR I NHO Espancamento Fls 108/109
Sd GE TÚLIO (IPM) Sd SENHORINHO Espancamento Fls 1 10/111
Sgt ETEL (I PM) Sd SENHORINHO E5 fregou as mãos nos láb io s da ' Ítima Fls 438
Sd SENHDR INHO (IPM) Sd GONZAGA Esp ancam ento Fls 108/10 9
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APELA Ç ~ O N ~ 3 9.8 .
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ACUSAD O TESTEMUNH A VÍTIMA NA TUR EZ A DO DELITO OBS :
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2Q Ten PEDRO Cb FREITAS ( I PM9 Um sol dado Deu umas tapa s F1 s 140
MIGUEL CA-
LI CCH I O
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A p EL A ç Ao N º 3 9 • &. I ~ ' . G_ ·- 15
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lº Sgt GERALDO Sgt PER EIRA Sd BOTELHO Deu uma tapa. Fls 536
JOS L PEREIRA
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APELAÇÃO Nº •.J9.872 ..
Gl-16
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APE LAÇÃO Nº •;;9 . 872 ~
Q_-16
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3º Sgt NIVALDO Sd AMORIM (IPM) Sd AMORIM Espancame nto com lesÕes cor porais Fls 102/1 03
AMARO DA SILVA Sd BO TELHO (IPM) Sd FERREIRA Espancame nt o Fls 440/447
'
Sd BOTELHO (IPM) Sd BOTELHO Espancamen t o com c u te l adas Fls 440/447
Sgt ETEL (IMP) Sd BOTELHO Espancamento Fls 449
Cb CRUZ (IPM) Sd BOTELHO Espancamento Fls 450
Sgt NIVALDO (IPM) Sd BOTELHO Espancame nto Fls 539
Sgt GUED ES (IPM) Sd BOTELHO Espancamento com soc os Fls 541
~
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APELAÇÃO Nº . tU2
G.-17
- .
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-
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ACUSADO TESTEMUNHA VfTIMA NATUREZA DO DELITO OBS:
!
:
Cabo TOMAZ Cb TOMAZ ((IPM) Sd MONÇÃO - Morte Dec l arou ter dado umas vo l tas no magneto
que estava ligado aos pés da vÍtima 8ls 375
Cb TOMAZ (Aud) Sd MONÇÃO - Mort e Idem Fls 718
~
~
S U PERIOR TRI B UNAL MI LITAR
.. -
Trata-se de redação que alterou a do Codi go Penal Militar
de 19kl que r~c· co&itava de fiY-ar o limite maximo d~ pena UD~fica-
da.
filiàs, es~a redação não encontra s~ilar, nem no Codigo Pe
n2.1 e 1940, nem no afrovado pelo D.L. n2 1004 de 21/10/69 cam as
~ mo(=~ ações da Lei n2 6.016 de 31/12/973.
ReaJnente, o Codigo Penal de 1940, pelo art i go 51 estabe-
: , ci~- a. aplicação cumulativa das pena~ ral ativas a nais de -um cri-
In€, recome!'~.ando, porem, que pri oeiro a execução de. pn~ de recl u-
...._ z~o ~ C.epois a de detenç2.o, quando não eram identicas.
E quanto à r1.u ração , d5.spun.'1a no artigo 55 que a r:z .s~a fl..ão
T _
podia , em caso al~ ~er superior ~ ;~ ar~s.
O Cod~go_ Penal, ob~eto co D. L. 1004 e Lei 6.016 õB~be le ce
:-...0 f,i~tigo G7 Q.Ue ''as penas priv&.J._,i:vas de li~erdade, aplicadas CU!!!"~
1~ t i:•.ra::::e!lte un!.fj.cam-se do modo seguinte:
I - se si~ ~~ ~csma e specie a pena Única t a soma
c.e toda s.
I l - se je espec i 3S ~ifzrer-tes , a pe1m Úni ca é a de
reclusão , aumentada ds >netade da pena de detenção, ou se ~1ouver I
mais de U!lla, da metade C.a soné. das renas de detenção.''
Corno o r&z~a o Codigo Penal anter i or no ar t igo 55, o ~ovo
Co digo Pe r.z.l e e ~1t~'ll' em v~gor, no § Único do art;igo 67 estabelece
M o d . 12 4
S UPERIOR TRIBUNAL M ILITAR
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•
•
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M od. 12 ..
------~-~ _. __. . . ..-.....-.~--- . .----"!• _,----r--·
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- ------------
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- Aos .!U_dhs d~mês - de \0(".1.--:::-v::::-- de .
197 fJ nesta "Secr"et :. : ' , ;· • J: ) a r-~mf'ssa · dá ·
Có;Jia do acór,~ã), (:C .; ..................c.:."? ;._,;,_ j Orca~ -
~-~~&. ~...F.1.:q.rl~.-~~~-~. . . . .
~~~.:;){~.?J.P.~~----=-- -7 ==·----·---:..-:..-:.~-----------
doe,~o J :,~: o õ3te ter;n.>. ~·\.: . ..~ ------- ---~
-~--------............
Diretor de Serviço escrevi:- v
-------- -
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E.:....: OR TRIBUHAL.-Mud~-Afit------·_·_'·_ _ _ _ __
R.:..::.I
J lJ N T.A DA
JUSTIÇA MILITAR
1.• CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILIT AR
2 .• AUD ITORIA DO EXÉRCITO
N. 0
499............ .
•••
Do Audito r
M od. 2 57
APELAÇKO Nº 3~ .872 -
,. n/.1~~
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JJt:H~~ASê:TTI
TEIXEI HA, como incurso nos arts. 264 inciso e
I 152 cff'~(
0 art. 53 do dica CÓdigo e, fin almente, os civis NELSON RIBEIRO
MOUHA e I :<AN IDCS fEi1HEIHA, como incursos no art. 352 c/c o art. 5J,
do mencionado CÓdigo. .
A den~ncia foi oferecida com base no lnqu~rito Polici-
al ~li li ta r instaurado para a purar os fatos dali tuosos desc·rt tos na
denÚncia, sendo dela encarregado inicialmente. o denunciado Ten.Cel.
Gladstone Pernasatti Toixeira, que foi substituído pelo Cal. Mario
Orlando Ribeiro Sampaio, · tendo sido ouvido~ os denunciados e proce-
. ,
didas várias acareaçÕes, ouvidos grande numero de testemunhas, ean-
do de assinalar que estão juntos aos autos a necrÓpsia do soldado
Caomar nibeiro da Silva, f ls. 42, necrÓpsia do soldado Wanderley de
Oliveira, fls. 355, autÓpsia do soldado Roberto Vicente da ·~lve,l'ls.
424 e fotografias dos restos mortais queimados do soldado Juarez
Monção Virote, fls. 483/484.
Também foram juntados aos au t os os exames de corpo de
delito do s soldados Evaldo Luiz lima, fls.246, soldado luiz Gonza-
ga Pereira, fls. 247, soldado Nelson Senhorinha Marcato, fls. 248,
soldado Walter Soares de Matos, fls.249, soldado ·José Getulio · Novo
Paufarro, fls. 250, soldado Sorgio Amorim Vieira, fls. 251, soldado
J c : Rodrig ues Alves, fls. 252, soldado Celio ferreira, fla. 253,
soldado Pery Silvares Henrique, fls. 254, soldado A.parecido Oias MJ!
chado, fls. 2~5, e GOldado Holio Botelho Luiz, fls. 548 • .
. '
As fls. ' 288 se' encontrão auto de apreensão . do. materi-
al encontrado sob a ponte "rJilo . . Peçanha"
. , no rio Paraiba, o auto
de apreensão de material ds· fÍs. 2B9~ o laud·o de arrombamento de
fls. 296 e o laudo da avaliação dos danos sofridos na sala de Ins..
truçio e Arquiv o da Unidade, sendo o dano avaliado em €~ 46,80, bem
como, foram trazidas aos autos as alteraçÕes militares de todos os
denunciados.
, -
A denuncia foi recebida pe lo despacho do Dr. Auditor
de fls. 51J, que acolhendo rep resentação do Dr. P~ocuredor Militar
decretou a prisão pr eventiva dos denunciados, pelo despacho de fla,
~~/571 o , sendo os mesmos devidamente citados, foram qualificados
e interrogados: Ton. Cal. Gladstone Pernasstti Teixeira, fla. 6ú9,
Capitão O~lgio Mi randa Nie bus , fls. 612, 2º Ten. H/2 Paulo Reynaud
Mi~Qnda da Silva, f~s . 614, 39 Sgt. Ivan Etel de Oliveira, fls.617,
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e muito embora houvessem reconhecido que a acuaaçao era
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em parte sim, em parte não, agiram por ordem do denunciado Cap. Ni~
bus, em estrita obediência a ordem direta de superior hierárquico,
não tendo, portanto, a denÚncia, procedência;
. ,
fls. 1.463 - 3S Sgt Rubens Martins da S~uza - A denun-
cia é inepta, pois agiu em cumprimento de determinaçÕes superioras,
sendo a narração dos fatos vaga, improcisa. lna~m. proves como
infrator do precsito legal que lhe é imputado, concluindo por pedir
a absolvição.
fls. 1.515 - Capitio Dalgio Miranda Niebus - Ofereceu
suas alagaçÕes finaisJ por seu patrono, depois de junto aos autos
o exame de sanidade mental -, alegando fal~a de provas de ter inci-
tado ou nandado matar, estando tudo nebuloso e confuso; se houves-
, se responsabilidade de sua parta, ela estaria dividida com toda a
Unidade, não tenda ficado pro.vada autoria das mortes·. Cumpriu or-
dens de seu superior, reserv~ndo-se para o plenário da · julgamento,
concluindo por pedir a absolvição.
fls. 1.454 - Cabo Celso Gomes de rraitas rilho - A de-
,
fesa sa reservou para o plenario, quando demonstrar~a nao ter eido
. -
-~~pado pela prática dos crimes nos quais foi denunciado.
Submat,idos os denunciados a julgamento, na sessão de
17 de janeiro dp 1~73, requereu o Dr. Moraes Rego, patrono do de-
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nunciado Ca{J. Õal'l;}'í'õ r<lir'ah~h N~e.b.U.s- 1 fÔsse o julgamento realizado em
sessão secreta, o qua foi deferido pela ma~oria do Conselho de Jus.
tiçe, contra. o vota dó Dr. Auài to r a com a concordância do f-tinisté.-
rio PÚblico, como s e vê da ata da fls. 1.567, em cuja aasentede fo-
ram realizados os debates, proferindo o Conselho Especial de Justi-
ça o seu veradictum e cuja sentença que sa encontra às fls.l.645 à•
fls. 1.676, proferido por unanimidade de votos~ havendo divergência
apenas qu.a nto a natureza do dali to a quanto as providências dete:rmi
nadas pelo Conselho de Justiça, na parte final da sentença~ assim
-
decidindo:
a) CONDENAR:
o Capitão Dalgio f'liranda Uiebus à pana da 84 (oi te!!.
ta e quatro) anos de reclusão; 29 Tenénte R/2 Paulo Reynaud Miranda
da Silva a pena de 77 (sat.enta e sete) anos de roclusãoJ JQ Sargen-
to !f•Jbens Martins da Souza, JQ Sargento Ivan Etel de Oliveira e ta-
bt' .osé Augusto Cruz, todos a pena de 62 (sessenta· e dois) anca da
reclusão, come incursos nos arts.----20.5 § 2~, III, 209 § lg, 264 no I
e J52, c/c os arts. 53 e 79; }Q Sargento Sideni Guedes e Cabo Cel-
..
so Gomas de Freitas filho amboo aa penas de 58 (cinquenta e oito) a
nos de reclusão, como incursos nas sançÕes previstas nos e.rts •••
-
205 § 20, III, 205 ; 1º, c/c os arts. 5J e 79; Tenente Coronel Gla-
dstone Pernasotti T~ix e ira a pana de 7 (sete) anos de reclusão, co-
mo incur s o nos at t s. 264 nu ! e no ~rt. 352, c/c ~ art. 53; e os c!
vis Nelson Riboiro de Moura e Iranides ferreira, respectivamente;
•
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u c..,_.S.\' \
as penes de 2 (dois) e l (um) ano de reclusão, como incursos
art. 352 c/c o art. 53, tudo do CÓdigo Penal Militar. Tendo
tanto, considerado o disposto no art. 69 do CPM, fixado a pena ba-
se pera os Oficiais subalternos acima do m!nimo legal:
Pele art. 205 § 22, nº !II, 16 x 4; art. 209. § 1º, 1
~
Cabo Jose A~gusto Cruz, fls . 1.723 , o Dr~ Procurador Militar, fls.
1.725, 2a Tan. Paulo Reynaud Miranda da Silva, fls. 1 .727,Civil 1-
•
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nlf/:
ranides Ferreira, fls. 1.728.
O Dr. ~rocurador Militar, nas longas razOas do rec4f
de fls. 1.80C as fls. 1 . 998, conclui: ".-1ecorreu o f1P, para devolver
a assa Alta Corte, integralmente, o prosente procGsso, certo de que
sua decisão espelhará o horror, a tristoza e a ro~ugnância que a
tortura causam nos espÍritos bem formados".
As razÕes uos recursos de apelação dos condenados, sus-
,
tentam, em s1ntese, -
na ordem de apresentaçao, . t e;
o segu1n
1) Iranides Ferreira, fls. 1 . 73G, alega, preliminarmen
te a nulidade da sentença, uma vez que lhe foi aplicada a pena de 1
ano de reclusão, quando é ée detenção; não existe tipicidade no cri
me que lhe é atripu!do, art. 352, quando o caso teria com mais ace~
to, enquadrado no arto 350 do CPM. Espero provimento ao recurso,p~
ra absolvê-lo;
2) Cabo Celso Gomes de Freitas, fls. 1.733, alega como
preliminar a nulidade da instrução criminal, pela inobservância do
art. 403 do :PPM, in-fine: que determina a presenç~ do acusado pre-
' -, so ao sorteio do Conselho de Jus tiça e, no mérito, agiu com amparo
no art. 38, al!noa ~de CPM, ou seja, sob coação irresistivel , re~
pendendo pelo crime o agente coator, no caso, o Cap. Niebus.
Pede a reforma da sentença, para absolv~-lo.
3) 2a Ten. R/2 - Paulo Reyn aud Miranda da Silva, fls ••
1.733, sustenta -a) agiu em obediência a ordc~ superior, estrita ob~
..
diência que nã~ 9~a~t,er.~~~ ,rr~~~-~ ~~) ~os crimes são culposos e não
dolosos; conclui por pedi~ a aõsclviçao ~ela excludente do estrito
cumprimento do do~er legal ou o reconhecimento de homic!dio culposo
e lesÕes culposas e não dolosas e, se repudiadas as teses, se impÕa
a unificação das penas.
4) 3Q Sgt. Rubens Martins de Souza, fls. 1.777, susten-
ta a inépcia da denÚncia pelo errônso enquadramento penal ou seja,
falta de tipicidade e també~ que agiu no cumprimento de ordens sup~
riores. falta de provas, que levam a dÚvida quanto a responsabili-
dade do apelante a na dÚvida, deve ser aplicado o valho brocardo -
indubio ~ ~, espe~ando, assim, a reforma da sentença;
5) Ten. Cel ." Gladstone Pernasetti Teixeira, fls. 1.787,
assinalando que os fatos ocorreram dur ante os 17 dias em que exer-
ceu o Comando da Unidade. Não estão t ipi f icadO$ os crimes que lhe
- . ,
_ sao atr1bu1doo e nos quais veio a ser condenado, sendo o crime de
L o, no casa, crime meio . Que a pena foi mal individualizada e
que a condenação não pode subsisti~, pois está baseada apenas na pa
lavra de co-r~us, juntando para abonar as suas tese$ parecer de i-
-
lustre professor de direito, concluindo · por pedir a absolvição;
6 ) Nel son Ribeiro de Moura, fls. 1.843, sustenta que se 4
..
..
•
-
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. L~ ~::..,V.V-
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seu patrono, a existência de crimes culposos e não dolosos; crime
continuado; ausência de pro va válida par a uma condenação; crime con
•
tinuado; inimputabilidade do apelante e, af inal, que as penas que
foram impostas ao apelante sejam unificadas na f orma do art. 81 do
~r:M, com aplicação de seu § lll- ou seja, com a di minuição da pena de
1/6 a 1/4.
Desenvolve longas con sideraçÕe s em favor das teses ofe
• recidas, conclue por pedir o provimento do apelo;
8) 3º Sgt. Sideni Guedes, 3º Sgt. Ivan Etel de Olivei-
o ra e Cabo José Augusto Cruz, fl s. 1. 873, arg~em ·a existência de cri
me culposo e não doi oso; que falta tipicidads do ar t. 352, do CPM e
que agiram em virtude de coação moral irresistível, esperando o pr~
vimento do apêlc.
As fls. 2.000, 2.001, 2. 003, 2. 008, 2.009, 2.010 e
o
2.014 se encont ram as contra-razÕes dos ac usados , como apelados.
A Procuradoria Geral da Justi ç a Mili tar, represen t ada
pela Or. Milton Menez e s da Costa filho, assinala que a sentença ap~
nas merece um reparo, atendendo a existência do concurso material ou
real no que tange as condenaçÕes ·impostas aos apelantes Cap. Niebus,
Ten. Miranda, Sgt. Rubens, Ivan e Sideni e Cabo Cr uz e freitas, é a
01 nuiçio da dosagem puniti v a para tririta anos de reclus;o, ex-vi
do di$posto ~ art. 81, do CPM, lamentando, po rém, que todos venham ,
-"." \ p.D'is,
a ter penas iguaJes, ' ' ~ ' ' , ,
ig !).ate~s , ef1!~ 3tl anos, nporem , e o
, .
max1.mo
pa ss!vel pelo reconhecimento do concurso ' ~aterial~·
q·uanto aós apelantes Ten. Cel. Gladstone Pernasetti Tei
xeira e os c iv is Nelson Ribeiro de Moura e Iranidss Ferreira, ente~
de não tipif i cados os crimes dos arts. 264 , inciso I, e 352, do CPM,
estando provado, porém, nos fatos a eles atribuídos o favorecimento
pessoal e, como tal, devem ser apenados com base no art. 350 do ci-
, .
tado Codl.go.
Concluindo o parecer, opina pelo provimento, em parte,
dos a pelos dos acusados, para o fim: 1) fixar o "quantum" punitivo
em 30 anos de reclusão, ex-vi do disposto no art. 81, do CPM, quan-
to a condenação do Cap. Dalgio fUranda Niebus, 2º Ten. R/2 Pau lo Rst.
naud Mi randa da Silva, Sgt. Rubens Marti n s de Souza e Ivan Etel de
Oliveira, Sideni Guedes, Cabos José Augusto Cruz e Celso Gomes de
Freitas Filho; 2 ) desclassificar para o crime previsto no art. 350
do f , , com a diminuiç ã o da respectiva pena, a condenação imposta
1
•
o
~~~~: ~~
...,., C.:. ,;;,._. :l .,.. ·-'
o
- ·. fls.e,
(oiten~
fundidade a prova dos autos, assim decidiu~
"C O :J D E N ~ R
---~----
• 0 Capit~o DALG I O MI~ANDC ~ IEB US ~ pena de 84
quatro) ano s de reclus8o; 2º Temente R/2 PA ULO REnJAU D
Ml~ANDA DA SILVA ~ pe na de 77 (setenta e set e) anos de
. '
=eclusio; }2 Sar~ento 1U9E NS ~A~ TI ~S DE SOUZA, 39 Sar-
0ento I V.O.~~ ETEL DE OLIVEI Rf\ e Cabo JOS{ .~UGUS TO CRUZ,t.E,
" dos à pena do 62 ( so soenta o dois ) anos de reclusão,c~
mo incursos nos arts . 20 5 § 2~, III, 209 § lQ, 264 n2 I
e 352, c/c os arts. 53 G 79 ; 39 Sargento 5IDENI GUEDES
• e Cabo CE LSO GOt-1ES DE FiiEITAS FILHO arilbos às penas de
58 {ciriquenta e oi~o) anos de raclus;o, como incursos
nas ssnçÕee ~re vi st as noG a=ts. 2G 5, ~ 2º, III, 209 §
1º• c/c os arts. 53 e 79; TEnente Coronel GLADSTONE PER
• NA SETTI TEIXEIRA à pena de 7 (sete) anos da reclusão ,c~
mo i ncurso no s arts. 264 nu I e nJ 352, c / c o art . 53;
e os civis M EL SO~ RIBEI~O ~E MOU~A e IRA NIDES fE RnEI RA ,
respectivamentat às penas da 2 (doiE) anos e 1 (um) ano
de reclusão, como incursos no art. 352 c/ c o art. 53,t~
do do CÓdi go Penal Mi l itar. Tendo p ara tanto, conside-
rado o disposto no art. 69 do CPM, fixada a pena base
para os Oficiais subalternos acima do m! nimo l egal:
Pelo
., Art. 205 § 2a, n2 III , 16 x 4 (64); Art.209 § 1~
1
1 ano · !!,' 4,mGsês ...~'\,.J.l (1{1-!Ç\. ~8r.1.); art. 264 n O I, 2 anos
' - . ' l '( . •
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• .v_; S!:.tW1C..
~ }.f)
fls. t~
Civis, Nelson exe rcia função de chefia e mando sobrr- ~§1 .
o réu I AANIDES, funcionário s~balte rno e despersonaliz I
..
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t~~c,_~~
~ .!..i- S ~nV 1(.
(J
;J ..
cusados assumiram o risco do resultado morte;
CotJSIDERAND_O que, quanto as ala gad as teses argfHdas pela
defesa dos apelantes, "coaçio irresistível" e "estrita obedi;ncia a
ordem direta da superior hierárquico", são repelidas pelo que dis-
p~e os arts. 38 § 2º e 40 do C6digo Penal Militar e, no que tange a
- -alegada inimputabilidade do Cap. Niebus, o exame de sanidade de fl~
1.871/1872,a afasta;
CONSIDERANDO que, quanto aos apelantes Cap. Dalgio Mira!!
da Ni ebus , 2º Ten. R/2 Paulo Reynaud Mirand a da Silva, Sgt. Rubens
Martins de Souza, Sgt. Ivan Etel de Oliveira e Cabo José Augusto
Cruz, não estão tipificados os crimes dos arts. 264, I e 352 do CP~
.
sendo que quanto ao crime de dano do art.264, I, resultante do ar-
rombamento do· teto do "Arquivo 1' , onde eram levados a efeitos os de-
litos, arrombamento feito para simular a fuga das vitimas soldados
Monçao ~ Wanderley , tal infraçio constituiu crime meio para o fim
almejado, de se desfazer dos cadáveres dos referidos soldados;
CONSIDERANDO que, nãe é possfvel atribuir ao Tan.Cel.Gla
dstone Pernasetti Teixeira o crime do art. 264, I, do CPM, para o
qual não concorreu de qualquer modo (art.53 do CPM) e, quanto ao
crime do art. 352, basta a sua simples leitura para se verificar a
inexistincia de qualquer tipicidade, tendo em vista os fatos deli-
tuosos que lhes são atribufdos na denÚncia;
CONSIDERANDO, porém, que o Ten.Cel.Gladstone Pernasetti
Teixeira, que"\-exercia o 1 Çqm~nq_Ç2 . d~ , Unidade, por ocasião dos gravÍJ!
. -(., """ ,.
simos fatos delituosos que os autos nos dao not~cia, teve um com-
portamento eivado de omissÕes que permitiram O retardamento dos SE_
clarecimentos dos delitos ocorridos na Unid ade, face ao qu e diap~e
o § 29 do art.29 do CPM, caracterizando-se, assim, o crime defini-
do no art. 350 do dito CÓdigo;
CONSIDERANDO, ainda, que o Ten.Cel. Gladstone, no exer-
c{cio do Comando da Unidade, por f5rça do que dispÕe o art. 241 do
CÓdigo de Processo Penal Militar, era o responsável pela custÓdia
doa presos e, em consequincia, pela integridade f{sica e moral dos
detidos que vieram a ser vitimados, fugindo por esse comportamento
ao cumprimento do seu dever, infringindo o art. 324 do CÓdigo Pe-
nal Militar;
CONSIDERANDO que, os civis Nelson Ribeiro da Moura e I-
ranides ferreira, foram denunciados como incursos no art.352 do c.
~.M., sendo clara a falta de tipicidade deste delito, diante dos
fatos delituosos que lhe foram imputados e da prov a dos autos,sen-
I.
do, certo, por~m, a existincia do crime do art.350 do aludido CÓdi
go, favorecimento pessoal, como sustenta a Procuradoria Geral; ..
CONSIDERANDO que, as .penas a serem aplicadas têem que a
tender aos arts. 79, concurso material de infraç~es e ao art.$9 do
CÓdigo Penal Militar, dada a gravidade dos crimes, a intensidade
do dolo e o modo de sua execução revelada pela prática de torturas
•
..
·•'-•. AR
.
'
que levaram as v!tiDas a mo~te;
n.f t ~.
CONSIDERANDO, afinal, que os responsáveis pelos grav!s _
mos fatos delituosos descritos na denú ncia já estão pu nidos, não se
jus ti ficando novo Inqusri to Policial f1ili tar para apurar fatos que
t~riam sido praticados pelo Cel.Ariosvaldo Tavares da Silva,Terr.CeL
Gladstono Per nasetti Teixeira, !9 Ten. M ~dico Eurico Aug usto Lopes,
,
}Q Sgt. Garaldo Jose ferreira e 3U Sgt. nival do Amaro da Silva, co-
m~ entendeu a sentença, som por~m os indicar;
ACORDA~ os Ministros do Superior Tribunal Militar, por
maio ria de votos, dar proviment~ , em par te, aos ap elos do Cap. DAL-
GIO r-HRANDA NIEBU5 e 2Q Ten . R/2 PAULO REYi'JAUO HIHANDt1 DA SILVA, P.!l
,
· ra, reformandc a sentença apolada, condena-los, cada um, a pena de
61 anos e 8 meses de reclus~o, como incursos n~s arts. 205 § 29 in-
ciso 111 e 209 , "caput " , c/c o art. 79, todos do CÓdigo Penal f·'1ili-
tar.
A pena imposta foi assim individualizada: para os 4 ho-
micldios fixada a pena buse em 16 anos, temos 64 anos de reclusão,
acrescida d e J anos e 8 meses, metade da· p ona fixada para os 11 de-
litos de lesÕes corporais, totalizando 67 anos e O meses de reclu-
sao.
Dar, em pa rte, provimento aos apelos dos 3Ds.Sgts.Aubens
Martins de Souza, Ivan Etel de Oliveira , Sideni Guedes e Cabos José
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·.ato.
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Dar, em parte, provimento aos apelos dos civis
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Ribeiro de·Moura e Iranides ferreira para, reformando a sentenç~ u1 ·
apelada, condenar, cada um, a pena de 4 meses de detençio, como
incursos no art. 35C, do C6digo Penal ~i litar.
Quanto a unificação das penas, deverá ser apreciada
na fase de sxecuçãc, face ac que dispÕe o art . 516, letra Q, do
CPPM, por maioria de votos;
Tornar se~ efeito, a providênci a determinada na parte
final da sentença, ~o sentido de serem remetidas peças dos autos
ao Mtnistério PÚblica, na fo~~a do disposto no a~t. 442 , do CPPM.
Negar. provimen to ao apelo do M inist~rio PÚblico, por
falta de objeto.
Superior Tribunal ~ lilitsr , 21 ce jwnho do 1974.
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APELAÇÃO Nº 39.872
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pre-lhe, além dos encargos que lhe s ão
tivamente at r ib uÍdos pelos diversos
(Tlento,. p. ~ d-uer ,~·L,I~n.~o ·à i nstrução e
taxa
regula
disciplin~,
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28) comunicar imediatame~te 'à autoridade supt:l
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rior qua lq u er fato g r ave ~corrid~ no Cor po,
' so l icitando-lhe intervençao s e nao estive r
em suas atribuiçÕes providenciar a respei
to;
b) SUBCOMANDANTE
o
t
o Chefe do Estado - Maior do Corpd e o res
po nsável pela coordenação dos s eus elementos ,
a fim de poder in f o r mar seu Co manda nte, qu an to
a execuç ã o de suas dec i sÕes.
Art. 78 -
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o 4) visitar
auxiliar, uma v e z por semana, no mÍnimo, os
oficiais e praças do Corpo, em tratamento no
hospital, quando na mesma Guarnição~
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e) DO OFICIAL-D E- DIA
Art. 236 - O oficial-de-dia é um representant e do
• dante e tem como pri ncipal atribuiçÕ es , além
de outras prev is tas no R- 3 ;
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637/638, 644/646 , 1015/1017 e 1019/1020) pa
ra sua elucidação, caracter i zando se for o
caso, a sua cu l pabilidade penal.
•
no IPM e na In str uçã o Crimin al) ;
• . -.... Por ter sido, conforme exub eranteme nte provado
• nos Autos, o principal responsável pe l a encena
ção f alsa da fuga dos Soldad o s MONÇ~O ~ VANDER
LEI, já as sas sinados, com a anue" ncl. a eventual
do Ten Cel GLADS TONE, confo r me assinalam os de
poimentos de fls 52, 57, 60 , 62, 85, 91, 130 ,
136 e 1 69 do I PM e fls 613 , 645 e 738 da Audito
: ria. No sentido de fazer desaparecer os resp eE
tivos cadáveres, mandou arrombar o teto e telha
do de dependência do quartel, denomi nado AROUl
VO, onde as v!timas haviam s ido sev i ciadas tam
bém pelos Ten MIRANDA, Sgt RUBENS, ETEL e Cabo
CRUZ e Sgt GUEDES e Cb FREITAS, estes dois Últi
mos quanto ao Sd MON Ç~O, conduzindo - as em campa
nhia do s Sgt RUBENS, ETE L e Cb CRUZ pa r a fora
) - ' do mesmo, depositando o co rp o do Sd VANDERLEI,
após esqua r tejá-lo , na área do Rio Claro e do
Sd MONÇ~O, á margem da estrada que liga Ba rr a
··... Mansa a Angr a dos Re is, tendo antes sido prov i
~~~ciado , a\oficia~ i~asão de suas aus ên c i as para
·, · · -' ~ •• :t<t :r'l ~· (
justificar pos ~pàri'nr m~nte a d ese r ça o Depoi men-
_to de fls 40) .
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S U P E R I O R T R I 8 U N A L M l L!l TA R
guintes acusaçoes:
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5. Isso posto, a ser1e horripil a nte dos crimes mencionados susci
t~, além de um aspecto sÓcio -polÍtico, pela sua repercussão, nas For
ças Armadas e na Soc i edade Brasileira, dado o seu espÍrito tradicion~
lista cristão e a obrigatori e dade constit uc ional do Serviço Militar
(Art 92 da Co ns ti tuição Federal de 67, modificada pela Emenda nº 1 de
i ? Ou t ~ 9 ) , uma conotação jurÍdica particular em face do qu e dispÕe o
'
I
~~~ 79 do CPM, com a f i gura do concurso de crimes, repercutindo nas
gaçÕes da defesa ao so li c itar a un ificação das penas e a s ua max i
m_ ... ação em face a ind a da disposição dos art 58 e 81 do CPM, e do par.§.
~rafo 11 do art 1 53 da Cons t ituição da RepÚblica Federativa do Bra si l, ...
ratificada pela Emenda Constit ucional nº 1 de 17 Out 69, a lém da im
perfeita definição jurÍdica de alg um as das imputaçÕes criminais, esp~
cificados na Denúncia de fls 2 e 7.
STM 13
\
S U P E R I O R T R I B U N A L M I L:l TA R
''
Realmente:
r '· . 5.1 - "Ex vi legis", nao é possível imputar a qualquer dos acu
sados a infração pena l do art 352 do CP M, tal a di versi
dade de tipicidade de que se reveste a sua expressão li
teral, no que concerne aos delitos consu mados: v i lipên
c dio e destruição de cad á ver e s. ImpÕe-se assim a desclas
sif i cação para cominaçÕes que me lhor tipifiquem os ilÍ
citas penais verific a dos •
.
Aliás, outro não foi o proceder do ilustre Relator, com a anuên
cia do eminente Revisor, ao adot a r o procedimento acima mencionado ,
isto é, desclassificar o crime do Ten Cel Gladstone Pernasetti Tei
o xeira dos a r t 264 e 352 para os art 324 e 350, tudo do CPM. Não há
também como negar a sua coautoria nos c r imes de vilipêndio e destrui
c ção de cadáveres, já reconhecidas na Sentença de 1ª instância, bem
como da sua omissão continuada , negligência e tolersncia permanen-
tes em seus deveres funcionais, descumprindo a sua missão de coman
do - a causa principal dos eventos ocorridos fazendo-o por esses
mr ~ ivos incorrer, pelos menos, nos art 196, 322 e 324, al~m do art
•·. ·' citado, tudo do CPM.
35ú, Ja
vem sendo adotada por este Egrsc}i ~ T r~buna l , por conv i cçao firmada
• I
da tipicidade do qelito, nos c_rimes do De cclei n º 898/69 cuja pr..e_
cessualÍstica deva . ser · f~i fa pelo CPPM, sem agravação da pena, para
não ferir o princÍpio b as i lar do contradit Ório proce s sual. Podem
ser citadas:
Sem embargo do art 29 e 437 do CPPM , nao vejo como l egar a esta
Suprema Instância de crimes militares no uso da mesma faculdade de
..
Suprema Corte no que concerne aos crimes de segurança nacional, ado
tar i dêntico procedimento em se tratando daqueles crimes.
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\
S U P E R I O R T R I B U N A L M I L!l T 1\ 11
man ent e pois a execuÇão foi inces sante, por um perÍodo mais ou menos
dilatado, em que se verificou a consumaçao. Na verdade nesse perÍodo,
a ação do agente OLI agentes fo i con~tante, criando um es tado inin to r
rupto de deliqu~ncia na s ucessã o do tempo contra a t otalidade das vi
o
t imas.
A li ~s tal ~ t am b~ m o conceito fir mad o pelo ilustre Oes. Batista
' \ de Olivei~a, exarado no Ac 6rcião de 13 Mar 53, ao julgar Habeas Cor-
pus i mpetra do ao Trihunal de Justiça cl8 Minas Ge r ais, quando diz :
;- °Cri me perman e nte é o de ex ecuç ão i ncessan te , ininter
rurta e contí nua , como é o de l ito de cárcere priva do
o u o d e r 8 p t o 11 i o l c n t o q LI o e >e i g mn cl a p n -r t e d o a g e _Q
te, ação const ante, necessária para a duraçã o carac
tcn Í s t:L c a de sua O)<is t Ônci8".
Há como se \tê a ,t-Jabi tual i rlade crim.J_noéR e permanente do mom ento
~. ' - - ' ' ' '" ~ \ t•
c o n s u ma t i v o , s em s o lu ç ã ll cl e c o n t i n u i d c:t rl El •
'·· ·-~
S U P E fl I O rl T R I B U N A L M ll'l T fi R
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6. Isto posto:
Conside rando ~u e ficaram devi damonte comprovadas as mor te s ,
~ v i o 1 ê i1 c i a , d o s s o 1 da d o s J lJ A 1\ E Z MONÇAO \/I ROTE , _Gl.Q MA_B_ RI BEI ll O
DA SILVA, ROr3ERTO VIr:E NTE DA SI L\JA e 1/AI\IIIE_BLEI DE OLIVE IRA, do 1º
BIB com torturas rra tic ad a s dire ta mente pelo Capi t~o D~LGIO MIRANDA
NlEBUS, 2º Ten R/2 1'1/l.ULO REYNAUO MIR/\NDA DA SILVA, 39 Sgt IVA N ETEL
DE OLIVEiflA, RUBENS MAilTINS OE SOUZA e Cb JOSÉ AUGUS TO CRUZ e com a ..
responsabilidacie imediata ou mediatft el o Ten Cel GLADS TONE PER NASET -
TI TEIXEI RA, Coma n dante dn llniciado;
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s- U P E 11 I O R T R I 8 U N At r.11 L~l T t. fl \ .·
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3.present.am
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SUP E RI O R T RI BU N AL M I L!J T A R
sar para ~ue sempre lhes fosse feita a devida justiça, consoa nte dis
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positivos regul am en ta~es vigent~s;
1 .·
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Considerando que ·a açao do grupo crimi~o so em açao coletiva, se
dive rsifica , não só pe~p ~rau de responsabilidade de cada um, con
soante a sua posição hierárquic~ e funcion a l, como também na exec u
r---' ~ ,
çao flsica dos delitos, atingindo a totalidade ou apenas alguns dos
pacien tes, consoante as provas dos Autos, não podendo ass i m deixar
de ser considerado o § 1º do art 53 do CPM, na fixação da cu l pabil~
dade de cada réu;
na o
--
,.1 ~ . •• tr8~~dan~o, para isso, em cometer crime.
tue a tortura brutal e perma nente, em busca de confissÕes que permi
mais grave como se consti-
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S UP r:: P. : O P. T I< I B U ~J A L C\i 11.~1 T 1\ n
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7ol - ~~~l~m~n<'\rmonte, por fal tn do essencialiclade jurfd i ca, co n
side_~C"l-::- sor1 ohjoto o ror:urso. ~o ~1inistério PÚhlico r-1ili tar,
. 0 \ ' 1\ •-- "'
Ja que 'r~~:0!:' C:'JII· c.~n-~ (lec;J-;:l_,.rF.\ r\~i'sanrlo a devoluç;ao intcgrnl
rv
Art 35 0 5 moses.
SlL~t::l
SUPEr. I O r. T nI8 U ~J fi I. f.lllil T 1\ r!
continllarlas
Nr i.S m l ---
SEN-·-----
HORHIH..ll
_. f'1i\f<Cf\TO.~ JOSÉ -GFTlÍLIO
- - - . NOVO PAUFER
RO, S[RGIO I:.~_!líl_~-~ 1/IEIRI\, r.[LiO f_f~J3§:.0}fl, Flif\LQ_f"!__
u::;:z LHíl\, DF.f3.I SILiiAPES HENI,H)I JE , _q~IZ [;OI\IZ/\G/\ PE-
ilE Tf1A, .lCSl FWDf<tC' 'JE '-l ~~~ :~_CS. \/{\L TER SO/\,lES DE r l~ TOS
o Dr{}_ RE c I[) o_ DI 1\ s f\1/\ c f 1/\ Dn ·- c I r 1\ r t 7 9 8 oo' t LI cl n ri :J
Cf!r J, fi)(:::IQSS <18 pon?IS ba se s r ia SGÇ]LJ.Ínte fOL'ffi:?l :
7621 E1 10m
rln r ln r.rr1, f.l.X :-Lrinf; <1s [Jt'n<ls ll <tc;o;> ch SElQl l i nte form il:
1\rt 205, § 2 !1, inciso
III 8 IV •••• • ••• ft. 13a x f~ = 52 anos
Art 20?, § 1º .•••• . ..•. • •.• la x 11 = 11 an os
G3 etnos
f L~~r~~.Q.fj.n it i\/o a
11
- Ex 11i " rJo art 0 1 r.lo CfJ M, pena
unificorl a om 3 0 onns cio rAclus~o.
. I
i n c li r s o n o s C\ r t 2 n5 , ~ 2 º, i n r, i s n :C I I o IV - h o mí c Í ri i o
doloso, corn to"Ct li i'Z"~s, dos so1d:v-Jos r, EQ~1 A_fl RIEJEIRO Dl\
S I L V1\ , J lJ f\ 11 E Z MCl ~ L:~ f"!. \I I 11 OTE , ~J~_fl_l_DE f<!_! .l DE OL I VE I R1\ e
ROn Ern O VT C f NTE Df\ SI l. \//\ e a r t 2 O? , § 1 !1 - s e 11 { c i as
~ILLIO .Q_OT EL_HO L_lJIZ,
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cont inuorlr-'lr:; contrz.1 os s o1rlacin s NILSON
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-SOffJOfFfiiHO
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r1f\11 C:/\IO, .lOSF -CETlÍL.IO
- -- --·- NOVO iliHJFERf<O, SÉnr,IO
_AJ"lDr. ·~ ~1. \f1EIF1/\, Ctl..IO f.~.fl.QfiF1A_, f:l{~b.flQ. LUIZ LHi f\, flEf1V
S 1 L 1/ {\ n! r; ll E ~In I CllJ E , UJ f~ r, ONZ {I[~ f\ f1 E íl E I Rf\ , J OS É· nO DRi: r; l J E S
~-LJ'~~' 1/f\LT r==l1 f~IJ/\íiÇ~ DE ~11\Tos e '\rf\11ECIDO nJ.As JVI.f\C:Hf\Dn,
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= 56 8 3 meses
- "Ex vi" cio Drt 81 do CPM , fixRr em definitivo a
..
penR unificnrln om 30 a'lns de roc lusão a cada um •
V I fl OTE 8 S:..
~ QNfi RL E :f_ DF: OL I \I r I fl !\ e a r t ~ n9 , § 1Q - s o v :L
cias continuArias r.ontrR os so.l.r:laclos HÉU:O GOT_ELHQ. LU
/
IZ, JOSl _GET0 t.:_I_Q N0\/0 fJAliFEfmn, SÊRGICl _0~DRH1 VIEJ:ílA,
ClLIO fE~REIJL~, bg~~ GONZAGA rEREJflA e AP~flCCID~ DIAS
MA CHi\ DO 9 c/ c <L r t 7 9 o OO, t lJCI o do Cfl M , f i )~a da s 21 s p e-
nEls baso s da so~uintFJ forma:
= 37a 6 mesas
STr.11::l
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'\ .J.--' 8~ - ~
S UI"' F. R lO 11 T f! I D li N 11 L r11 L11 TA r.
'··,., ~( ;?
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"Ex 11i do nrt. fH do ['f1M, fixnr em definitivo a pena u n i
ficad~ em 30 anoF de rocJus~o.
X 3 = 2a 3m
= lL~CI 3 mEJses
\, " .
7.2.0 - Ap l icar [l8nas ar:ossor1as:
b) ~Jns te:;;mos cio ~ut 102 éiCJ C[l~1 r~os 3Q Sgt RLJOENS r1ARTHIS
DE SOUZI\, II/MJ ETEL DE Oli:\IEH.f'. , SI DE NI r,ur::DFS t: aos
Cabos JOSl f\LJCLJSTO Cf\UZ G CELSO GOfviES Fr.CI Tf\S FILHO,
de e~clus~o do Sorviço do Ex6rcitn.
STf.~ 13
:resrertivas dos Autos para as medi das .legrüs cabÍveis .
Deixo cl'J aciot.s:r iguo.l rroceriirre'lto em r2 lnção ao Cap DÂL
I . G10 r·1IIl/HID!\ NIEBlJS, 2º Ton R/ 2 P/\lJLO RF.:Yr·J'I llll /"1 IRA ND0. D!\
SILVA e 3Q Sgt RUDENS MAR T I NS DE SOUZA, IVAN ETE L DE OL I
VEHIA o Cabo JOE'l f\LJGUSTO CRUZ , rnr j:i tf::rom si clo arena -
elos no m-'iximo leq<ü cie rP. clusão rrevisto no a rt 81 el o
CPM o não t. e r as s i m o h j 8 {·.o q u R 1 q · 1e r p ~-o c e E' s o c o n t r a e 1 e s
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AP EL.1ÇAO Nº :~5'_& 2
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AC US ADO
I
I TE ST EMUN HA
I
VfTIMA
-~ r--I
'---j NATUREZA DO DELITO
,J, I
I 085:
. ,
~----------------
Te n Co r ont:~ Cap NIEBUS ( I PI"!) Tomou con hecim e nto da morte do Sd ~o~ç~o e IFls 132 ,
VANDERLEI , tendo concordado com a Ldela de 185 e 13 6
CLADSTONE
s u mir c om os c or po s e que r e comendo u simu -
PERNAS ETTI lar a fuga dos mesmos pois seri am dados co
mo foTagidos .
TEIXEIRA
Cap NIEBUS (Aud) Declar o u ter recebido ordem do ccusad o para
·'" decapitar os dois soldados murtos, visa~do
a nã~ ident if icação dos mortos e deixc r os
cadaveres em lugar di s. tante. I Fls 613
Cap NIEBUS (Aud) Declarou que todos os atos prat lcad o s PIDE
I' , . !ele foram corr: consentimento e de termln2çao
1
o u ~o Ce l AR I OS VALDO ou Ten Cel CLADSTUNE fls 613
- -- -<---------!
Ten MI RANDA (IP M) Tomou conhecimento da morte do Sd MO~ÇAO e ~ 1 ~ 1 ~ 2
VAN~EflLEI, tendo co ncordado co m a i déia de r _v ~5 e
1'/ sum1r com os corp o s.
1
Ten MIRANDA (Aud) Declar ou ter recebido ordens do acu sa do pa
r2. dar _fim 3os corpos dos soldados morto::>- !Fls 6 1 5
j_
~
Ca b o CRUZ Cap NICBUS diss e que não gaveri a prob l e ma
l
!
·
_., no sumiço d os corpos porque o Ten Cel Cla-
d s to n e s e r i a o E n c a r re g a do do I P i"I ; . di s se
__g_u§__2_ of ic ia i s e 2 saroantos da 11 Eouipe"
~~
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APELHx ~O NQ 3~ . 3 7 ~
' -
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ACUS /-\0 0
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Nr.ruR;;:zr. oo DEu: r o
!
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J. ,, .
Fls 2
--~'-__o_s_s_~--~
Te n Co r onel Cb CRUZ já leva ra m a s d ec laraçÕ e s p ront a s, con -
CLA DS TONE feccio nadas pelo Cap Nieb us e Te n Mi ra n-
da, as q uais eram da t ilografad a s p el o Te n
PEHNA SETT I
Felix IFls 170/171
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ACU SAD O
Capitão DÁ IO
I TESTEr-1UN HA
Sd EVALDO (IPM) Sd APARE CIDO Espancamento c/ cinto NA, socos,palmat6ria F1s 106/107
MIRANDA NIEBUS
Sd GETÚLIO (Au d ) Sd GETÚLIO Es pancamento ·. F1s 847
Sd GETÚ LIO ( I PM) Sd GETÚLIO Espancamento c/ cano de ferro, choque, soco F1s 110/111
S d !\[~ ORI fVl ( I Pr~ ) Sd GETÚLIO Espancame nto F1s 102/103
Sd SENHORINHO(IPM) Sd GETÚ LIO Espancamento c/ cinto NA, soco, ·choque F1s 108/109
Sd GONZACA ( I PM) Sd GETÚLIO Espancamento c/ canc de ferro, cinto NA F1s 114/11~
Sgt PEREIRA (I~ Sd G~·~ÚLIO Espancamento cem cano de ferro F1s 409
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Sd
Sd
APARECIDO(Aud) ISd
AMORIM (IPM) Sd
A~GRIM
Ar(CRII'~
Espancamento
Espancamento cc~ 1esces corporais
F1 s
F1s
I 843
102/103
I Sd EVALDO (IPM) Sd At"(CRII"1 Espancame~to c/ cinto NA, socos,pa1mat6ria j F1s 106/1071
I Sd GE TÚLIO (IP~'l) Sd Ar·lOfHM Espancamento c/ cano de ferro, ponta-pé Fls 110/1111
Sd
Sd
Sd
Sd
GONZAGA (IP M)
.0. I' 1ORHl ( I P jv1 )
SENHORINHO(IPf1)i Sd
GETÚLI O ( I P ~n
Sd
~ Sd
Sd
AMORIM
CG1\l L ACA
GÓfJZAGA
C~N Z ACA
_j Espar.camento c/ ca no ce ferro, cinto NA
ls pa,<camento
Espancamento com cinto NA, soco, choque
Espancamento c/ cano de ferre, por.ta-p6
F1 s
1
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F1s
F1s
114/11~
102jlu31
108/1091
110/111
Sd GONZAGA(IPM) 1Sd
,I
GONZAGA Ide~ , F1s 114/1151
Sd SENH9RINHD(IPM)I sd ·sOJHORINHO Espancamento c/ cano de ferro, choque, socai Fls 108/1091
Sd GETÚLIO (IPM) Sd SENHORINHO Idem · F1s 110/1111
Sd GONZAGA ( I PM) Sd SEMHORINHO · Espancamento, c/ cano de ferro , cho q ue F1s 114/1 15 1
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1
Sd FERREIRA (IPM) Sd FE RRE IRA Espancamento c/ c ~no de fer~c, c hoque, tapa F1 s l04/1CJ5i
Sd SENHOR I NHD(IPM) Sd FERREIRA Idem F1s 108/109;
Sd GETÚLIO ( I P r-1) Sd FERRCIRA Espar.camento c/ cano de fe~ro, soco, F1s 110/111
Sd GONZt~GA (IPM) Sd FERREIRA Id e m F1s 114/115
Sgt RUBENS (I p ~1) 5d FERREIRA Espancamento F1s 83/86
Sd BOTELHO ( I P r~) Sd FERREIRA Espancamento Fls 4L(1
S d· M10R IM (I PM) Sd LUI Z Espancamento . F1s 102/103 j
Sd EVALDO (I P~l) Sd LUI Z Espanca mento co m c into NA;socos,pa1mat6ria F1s 106/107
S g t RU6 ENS ( I P r-1 ) Sd BOTELHO I
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F1 s 271
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Espancamento
Sd BOTELHO (IPM) Sd BOTELHO Espan c amento com socos F1s L!.40/44
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N~TUA:zn CO DEL~TO ,~~~1 UBS~]
,Ca pitão DÁLCIO ! SrJ SOARES (Aud) ___l S d
I S OP, F. E S J E s p a n c a rr. e n to !i-1 s 1019 !
MIRANDA NIEBUS , Sd AMOR IM (I PM )
I S d PERI I Espancamen to com fe rim8ntos !F 1s 102/1D3j_
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S d Ar~ ORH 1 ( I P M) Sd EVALDO _j ~spancamento c/ fe~imentos
ora ço s
nas pernas e I
IFls 1C2/103
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Sd ALVES (I PM) j Sd A~ VES I E~p~ilcamen pransa
to c/ c ano da f er:-o,
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ACUSADO -~ TESTE·MUNHA VÍTIMA r NATURECA DO OELITD OBS:
2º Ten R/L. Cap NIEBUS (Aud) r:;d VAND ERLEI
~~
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- Morte Esquartejamento Fls 613
PAU LO REYNAUD Cap NIEBUS (IPM) ~~d VAND ERLEI Morta :=squ a rtejamento Fls 136
Cb CRUZ (/\ud) !S d VAND ERLEI - Mor te Espancament o Fls 64 4/646
~1I RANDA DA S I L Cb CRUZ (IPM ) Sd VANDERLE I - Mo rte Espancamento com pa lm a tÓria F1s 168
VA Sd APAR ECI DO (Aud) !I Sd VAf~:J E ,~LEI - Mo r te Cspancament ::~ F1s 843
Sgt RUa EN S (IPM Sd VAND ER LEI - M ~rte Esquartejame~to d o ca dáver
Te n f1 I RANDA ( I f3 ~1 ) j S d VA~~D E F< LE I
Fls 83/86
- Mo rLe Confirmou o G3qua r tejamont o Fls 127/ l32
Sgt ET EL (!PM) Sd VA~DE R LEI - Mo rt9 Ocultamento do cadáver Fls 89/9 2
1 - - - - - - - - - ---, ;)' I -------
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Cap NIE8US (Aud) lsd~JNC~ O- Mo~te I Ocu1ta~ento do ca~~ve ~· lrls 613
Cap NI EBUS (IPf'l) 1 S-1 ·~1, N(:;s:o - ~·lorte Oc u lta~e~to do ca~aver
Civ NE LSO N (Aud) ' I - Fls 13 6
S d Jl~ J NÇ ·1 O - ~I o r te
Ci. v NE LSO N ( IP M) II
S d ~fi(O N!~ ÃO - 1\'; o r te
D 9t a r~in ou a aux il io~ a cremaç;o da v Í t i. ~a Fls
O dec la rant e em som~a ~ hia do civil I~Afli
639/641
I F ls
F'1s
180
170/224
1:27/13 2
S g t CTE L ( I P f'1 ) ISd ·-~J[I~'ÇÃO
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APEL" 1o NQ,~J.B~2
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2º Te n R/2
ACUSADO
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TESTEr1UNHA
RUBENS (IPM)
l Sd APARECIDO
VfTHlA NATUREZA DO DELITO
Es pa ncamento c/ t a pas, socos, palmatÓ ria
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Fls 83/;J6
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Es o a n c ame n to
F1 s 614
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Fls 11.4/1151
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S d AI"! OR I ~1 ( I P M) S d; 'LU I 2 . E s p a n c ame n t o F l s 1 O2/ 1 C3l
1
Sd E\J ,'l,L DO (IiJíi) Sd LUIZ' !! Espc:ncamento c/ cinto fJA, sccos,pa1rr:sLÓri:::.j F1s 1 Có/1Díl
' Sd APARECIDO(Aud) Sd LUIZ Espance.mento I ~-ls 8 43 ·
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Sd FERREIRA (IP ~l) I Sd FERREihA Esp2 n c~men to com ferimentos Fls 104/10~
Sd SENHOR!NHD(lPM) Sd FERREIRA Espanc2mento, prensa ? cinto NA,pa 1matéria F 1 s 1 o8 I 1 oS;
Sd GONZAGA (IPM) Sd FERREIRA Espancamento c/ cano fe~~o, cinto NA F1s 114/11,~
Sgt'RUBENS (IPM)
Cb FREITAS (IP M)
Sd
Sd
FERREIRA
FERREIRA
.. Esp a ncam e nto c/ tapas e socos
Ficou de castigo sobke 2 1a~as de _E.Toma t el'
Fl s 83/86
Fls 139/14
Sd BDTELiiD (IPM) Sd FERREIRA Espancamento com canc de fer~o F1s 441
_Sd AMORIM (IPM) ! Sd PERI I Esr:Jancamento c om ferimentos I ~-ls lDlllD~
~d GONZAGA (IPilll _j~~~hDRHlHfJ ) Fls lld~Z ~
::id on I Hl 1 1'1) I .:!0 801 ELHU
S o t ~I I If ALDO ( I P r~ ) S d 8 OTE LHO
) Esoancamenco
J Espancc:mcnr.o
Ch i n 81 s da no
c/ cano de 1-e:L ro, c hoque
com Cena de fE.:!:'rO
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APELAÇÃO Nº . 9 . pl'"' ....
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ACUSAD O .
NATUREZ A DO DE LITO OBS :
3º Sgt R U BEI~ S Es pancament o F1s 102/103
MARTINS DE SOU Es pancamento c/ socos, cinto NA, palmatÓritF1s 106/107
• ,I Espancamen t o c/ socos, p 8nta - pé~ cinto N,; Fls 110/111
ZA Es panca ment o c/ choque e letr i co, cinto NA F1s
I 112/11 3
Espancamen t o, aperto de pé Fls 83/86
I Esp anc a ment o F1s 619
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uLu•-•n•l - •·•uL·u:!
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1, Espancamento c/ cbaoue e létrico, socos IFls 114/115
Espancamento Fls 8 L~3
Auxil i ou enterrar o cadáver F1s 83/86
Ocultamento do cadáver Fls 89/92
Oc ultament o do c adáver Fls 136
Cap NI EBUS (IPM) Sd.MONÇAO - M8rt e ~cultament o do cadáver Fls 13 6
, Sot ET EL (IPM) Sd"MONÇAO - Morte Oc ultament o do cadáver Fls 89/92
i S gt RUBENS (A u d) Sd"f\;JJ1RECIDO Espancamento lls 619
Sgt nUBENS (IPM)1 Sd ~APAnECIDO Es pancamento c/ 38cos e tapas Fls
S d AP ARE CI DO ( Au' d ) S d/ AP ARECI DO 83/86
espancamento com cinto NA Fls 845
Sd APARECIDO (IPM) Sd APARECIDO Espancamen t o com socos e ponta - pé Fls
Sgt ETEL (IPM ) . Sd APAR ECID O 77/8 1
Espanca ment o c/ cho'q ue elétrico e socos Fls 89/92
S d AMO RH1 ( I P M) S d_J P1\ RECI DO Espancamento com feriment8s F1s
Sd EVALDO (IPM) Sd APARECIDO. 102/10 3
Espancamen t o c/ cinto NA , palmatÓria,socos,Fls 106/107
Sd PERI (IPM ) gd~ ÁPARECIDO Espancamento c/ ferimentos na cabeça Fls 112/11 3
Sgt RUBC:NS (Aud) Sd EVALDO Espa ncamento
Sgt RUBEN S (IPM) Sd EVALDO Fls 619
Es pancamento com tapas IFls 83/86
Sd APARECIDO (Aud) Sd EVALDO Es pan c a mento
So 'AM ORI M ( I PM) F1s 843
Sd EVALDO Espancament o c/ fer i mentos nas pernas/braço,F1s 102/10 3
·s d EVALDO 'ér P M) Sd EVALDO Espancamento c/ socos, cinto NA,palmatÓria F1s 106/107
Sd GETÚLIO (Aud) Sd GETÚLIO Espancamen t o
Sd GETÚLIO (IPM) Sd GETÚLIO Fls 847
Espancamento c/ choque el é tri co, chute Fls 110/111
Sd AMOR I M (IPM ) Sd GETÚLIO Es pancament o
Sd SENHORINHO( I PM) Sd GETÚ LIO Fls 102/1 03
Espancam e nto c/ pr ensa, ch8 q ue, palmatÓ r ia Fls 108/109
Sd GONZAG A (IPM) Sd GETÚ LI O Espancame nt o c/ choque , cano de ferr o
S gt RUB E~l S ( I P M) Sd GETÚ LIO 11s 114/115
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Espancamen t o com cinto NA Fls 83/86
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13º Sgt RUBEN;- Sgt NIVALD O (IPM ) Sd AMORIM 'Espancame nt o Fls 398
Sd AMORIM (IPM) Sd P.MORIM Espancame nt o c om l es~es corporais Fls 102/1 03
MARTINS DE Sd EVALDO (IPM) Sd P.MORIM Espa nca ment o c/ cinto NA, socos,palmatÓria F1s 106/107
SOUZA Sd GETÚLIO (IPr1) Sd AMO RIM Espanca ment o c/ cinto NA, socos,ponta- pé F1s 110/111
Sd PER ! (IPM) Sd AMOR IM Espancamento c/ ferimento na cabeça F1s 112/113
Sd GO~J?ACA (IP M) Sd AMO~H1 Espancamento c/ c h oque e cano de f e r ro Fls 114/ 115
Sd AP AR EC I DO (Aud) s.c1 AMO!\ IM [sp ancamento Fls 843
Sd AMORIM (IPM) Sd ~ONZAGA Esparocarnento . . IFls 102/1 03
~ d S E NHO~INHO (IPM) Sd GONZAG A Espancamento c/ prensa , choque, palmatÓria F1s 108/10 9
Sd GETd LIO (IPM) Sd GONZAGA Es pan cament o c/ cinto NA, soc os,ponla-pé 11s 110/111
Sd GONZAGA ( I P~ ) Sd GONZAGA Espancamen to c/ cano de ferro, ch que, socos Fls 114/1 15
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C b TOf1A Z (Aud) Sd M O NÇ~O - Morte Esp a nc2mento com cinto NA : FJs 716
Cb Tm1AZ (IP r1 $ S d f-lnJ~~~~O - ~l arLe E s p a n c ;:_Hn e n t o ' Fl s l:JO
S g t RUGEr~ S ( I Pí"l ) Sd MONÇ 3 0 - MorLe C! c u 1 la me n Lo do c a dá v e r o ma to
11 1 r ls 83/86
Sg t ETEL (IP~1$ S d f'l CNÇ~O - 1'1 o r t e Idem : Fls 89/92
Cap NIEGUS (IP~l) Sd ~10NÇAO - ~1o rte Idem : r ls 13.6
~ CGUZ (-~-~d) Sd VAND ERL EI - Marte Esp an c a ment o Fls 644/646
Cb CRUL (IP~1) Sd VANDERL EI - Morle Es~ancamento com palrna t6ri a Fl:::: 1 69
.-.ÇJ t RU GEN:J (IPIVJ) S d VA~j';lRI. EI - r1orLd Auxiliou ~ e nter r ar o cadáv er Fls 83/86
Sg t ETEL (I[J~1) Sd VAflf)ERL EI- r·- 1arte Oc ultamen te· do cad~ve r
Cc.p NIE BUS ( I PM) Fl s 89 /9 2
Sd V.:\NDERl. EI - r1o r Le Ide m Fls 1..56
Sd APAR ECIDO (Aud) Sd VAND ERLEI - Morte Esp a nc ame nto r ls 843
-
=- gt ElEL (IPM) I Sd VICEN TE - Morte Espan ca ment o Fls 89/92
Sd APARECIDO (IPM) Sd VI CE NTE - Ma rte Espa ncamento com pa lmatÓria Fls 77/81
Sd APAREC ID O(Aud) Sd APARECIDO Espancame nto
Sd APARECIDO (Ir1P) , Fl s 843
Sd APARE CIDO Espancamento c/ palrnato r ia , c ho que 1
Fls 77/81
Sd AMORIM ( IPM ) Sd APARECIDO Espanca mento com feri men t os Fls 102/103
Sd EVALDO (IflM) Sd APAR ECI DO Espancamen t o c/ cinlo NA , palmat Óri a Fls 106/l 7
Sd PERI (IP~1) Sd ,'\ PARECIDO Espancamento c/ cin t o NA , ca no d e ferra Fls 112/1 1
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ACUSADO ... . _ TESTE'MU NHA VfTI MA t~ NATUREZA 00 DELITO
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3º Sgt I VAf\1 Sgt RUBENS (IPM) Sd APAR ECIDO Espancame nto Fls 83/86
Sgt ETEL ( I PM) Sd APARECIDO E~pancamento e conq ue Fls 89/92
ETEL DE OLI-
Cb FREITAS ( IPM) Sd APAREC I DO e spancament o Fls 139/143
VEIRA
Sd GEfÚLIO (Aud) Sd GETÚ LI O Espanca mento F1s 847
Sd GE TÚLIO ( I PM) Sd GETÚ LI O Espancam e nt o c/ cano de ferr o , choq u e, soco F1 s 11 0/11 1
Sd AMOH I M (IPM) Sd GET ÚLIO Espancam en t o F1s 102/103
Sd SENHORINHO(IPM ) Sd GETÚLIO Espanca ment o c/ cano de ferro, c hoque, soco F1s 108/109
Sd GONZAGA (I P r1) Sd GETÚ LIO Espancam en t o c/ cano de ferro , c i nto NA lls 114/115
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Sd Ar10RH1 ( I P i'1 ) Sd f\ r•l ~ RI M fspancame nto com lesÕes corporais I 1s 102/103
Sd lVALDO (IPM) Sd AI\1ÚR I M Espancame nto c/ cinto ~A, soco, pa1m::1tÓria F1 s 1 06/1Cl7
Sd ClTÚIIO ( I P ~1) Sd AHURI M Espanccmento com socos F1s 110/111
Sd PERI (IPM) Sd Ai'-10 RH1 espancamento c/ cinto NA, cano de ferro f'1s 112/113
Sd GONZAGA (IP~1) Sd fl.1~1 QRH1 Idem r1s 114/115
Sd APAREC IDO(Aud) Sd A1"1eRH1 Espancamen t o r1s 84 3
•,
Sd AI'IORH'I (I Pf'-1) Sd CO~-~ Z,'\ CA Espancamento lls 1 02/10 3
Sd 'j[NHCRINHO ( I P f'-1) Sd GO,NZ.D.C A Espancamento c/ cano de ferro , choqu e , s oc c Fls 1 08/109
Sd GETÚL ID (IPn) 'S d CCINLACA lspancamen t o com soéos F1s 110/111
Sd GOfJZACA (IPM) Sd GOOZP.G A Espa nca ment o c/ cinto NA, can o de f e rro Fls 11 4/115
Sd E1JALDO (Iflr1) Sd EVÀ LDO Espancamen t o c/ cinto NA e pa1maL6ria 11s 106/107
Sd A~ARECiüO (f\ud) Sd E'JALDO Esp2n cu~e nt o F1s 8 43
Sd FERREIRA (IPM) Sd FlRREIRA fspancamento c/ cano de ferro, choque F1s 104/105
Sd SENHORINHO( I PM) Sd FERHEIRI\ Idem Fls 108/109
Sd GETÚLIO (IP~1 ) Sd FERREIRA Espancament o com socos Fls 110/111
Sd GO NZl\G A (IPM) Sd FERREIRA Espancamento c/ cano de ferro e cinto NA Fls 11li/115
I Sgt RUBENS (IPM) Sd FERREIRA Espancamento F1s ~D/86
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Fls 83/86
I Sd BOTELHO (IPM)
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FERRtiRA Espancamento Fls 441
S d A1'-1ORH-1 ( I PM) Sd PERI Esp ancam ento com ferimento s Fls 102/ 103
Sd PERI (IPM) ,sd PE RI Espancamento c/ ca no ferro, choque, socos Fls 112/113
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I-
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Sgt ETE L (IPM) · , {Jd BOT ELHO Espancamento , sacos c om luvas Fl s 89/92
Cb FREITAS (IPM) Sd BOTELHO Espancamento · F1s 139/ 143
Cb CRUZ (IPM) Sd BOTELHO Espancamento , socos Fls 222
Sgt RUBENS (IPM) Sd BOTELHO Espancamento Fls 27 1
Sd BOTELHO (IPM) ~ Sd BO TELHO Espan c amento com socos Fls 440/447
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_.. APE LAÇÃO Nº 39 . 8 72
I
ACUSA DO T ESTU~ UNHA VÍ TIM A NATU REZA DO DELI TO
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I
e cinto NA
Sd GO NZAGA (I PM) ''-:é' Sd Ge omar - morte Idem
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Cb T Dr~AZ (I PM .;-_ · " S d GEOMAR - mo r t e Espancamento com sÓcos e cinto
.
. ~ -4 .
NA
Sd APARECIDO (Aud) iSd GEO MAR- morie Idem
Cb CRU Z (I P f~ Sd VICENTE - mo rte Espancamento
Sgt ETEL (IP M Sd APARECIDO S~cos e choques elétricos - 1~
soes corporais
Sd EVALDO (IPM) Sd APAR ECIDO Idem
Cb TOMAZ (IP~) s ·d APAREC I DO Idem
Sd AMORIM (IPM Sd APARECIDO Idem.
Ó prÓprio ( I PM) Sd APAREC I DO Idem
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APELACAO ~J 3'
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ACUSADO
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I . TESTEMUNHA VÍTIMA
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OBS:
I
I
Cabo CELSO GOMES Sd GONZAGA (IPM) Sd FERREIRA Violentamente espancado Fls 114/115
DE FREITAS O prÓprio (IPM) Sd FERREIRA Idem 11
104/105
-
FILHO Sd BOTELHO (IPM) Sd FER RE IRA I dem li
440/447
'
' Sgt RUBENS (IPM) ; Sd FERREI RA Idem 11
83/86
I
Sd APARECIDO (Àud) S,d
., EVALDO Espancamento Fls 843/846
Sd AMORIM (IPM) 9d EVALDO [spancamento com cano de ferro 11
102/103
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Sd EVALDO (I I-M) Sd M10 RIM Espancamento com palmatÓria F1s 106/ 107
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Sd GONZ.AGA (IPM) Sd AMORIM Espancamento 11
114/115
Sd APARECIDO (Aud Sd MWRIM Idem " 84 3/8 46
Sd GETÚLIO (I P~1 Sd MWRIM Idem " 110/111
O própr io (IPM) 5'd AMORIM ldam 11
102/103
Sd EVALDO (IPM) Sd
. GOrJZAGA Espancamento com palmatÓria Fls 106/107
Sd APARECIDO (Aud) Sq GONZAGA Espa:-~camento
11
843/846
S d At'l ORIM ( I P ~1 ) Stl GONZAGA Idem " 102/103
O prÓprio (IPM)
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Sd
Sd
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GETÚLIO
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Idem
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11 4/115
440/447
O prÓprio ( I PM) Sd GETÚLIO Idem ti
110/111
- O prÓprio (Auditoria) Sd GETÚLIO Idem 11
84 7/848
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Sd GONZAGA (IPM) Sd SE NHORINHO Espancamento F1s 114/115
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O prÓprio (IPM) Sd BOTELHO Espancamento Fl s 440/44 7 '~l
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Se 81JTELt"'LJ (IPi"') Sd l3CiTCLh0 !Espenc2me~t~ cc~ c ~telEd3~ IFls ~4 C/44t
Sgt Elt.L (HiP) Sd 8Ll1 eLh U j Espancawsnto Fls 449
Cb CRUZ (IPf~) Sd 8C1 T~LHO Esp ~r.came~ to Fls 45C
Is 9t rHIJ ALDO. (Ii=lH) i S.:: ,'I
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que est av a ligad o aos p8s da vÍt i ~a EJls 375
Cb Tm'lAZ (Au d) Sd MON ÇÃ O - Morte Idem Fls 718
-------~ ~:---------------------------------
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1t. ias, essa. redaçao neo enco~tra sinilar, nem no Co<!igo P!t
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nal rie 1940, nem no .: q:rovado .::elo D.L. nº 1.00/..j. de 2J./l0/69 C(lm e.s
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n;.OV.l. ...
.. ).C"açoes d e. L e:~.• n~
n / A1~
":1.v ~
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Re~lr>:ente, o Codigo Pen::~l de 1940, )eJo ar!;i€0 51 estabe-
lecia a. a.p1it.:at;ãc c"..--.mu1a t.i~:~ ~ias :·;;n2..~ ;~.=.Jr.. :~i"!'13 a t!!e.is à.e 11m cri-
de reclu-
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, . ,
a I'ena u ~·u~~s e a s:>ma
C.e todas.
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, . ,
e a
...-::: ~ - l·o c ("'T''"'l.," "l"1C .... d·~
• II - .::>-... .• <::: •::-· _,_ .... __ • .L-~ ... ···~·~) , .......... ~........ _ ·.:.. ~
- ~ cu se ho:1ver
reclusão, aumentao ·.1 :h:. 'iletade d:::. -·iJen.a C..e rl•.::. 7-c:r..ç-Üo . I
mais de uma, da metade Ja son:;. d.~s ~ ~~~nas d~ detenção.''
Come o fs.zi:J. o Co 8:~..;:o Penal .:-.nt.srl:)r z;..:: crtigc 55, o no ...To
Co digo Pcr..al a. cnt=-a1· em "'l :.:cr, 11c § Único co ar:.~ zo 67 estn'belcce
que
":salvo o easo d'~ crille ~:-.::. ticacl.o depois de inicia-
não porlerá
ultre.passar de 30 aniiS e a à.a d~tenc_;ão ne 15 a.nos"
Como se vê, o a -'::'.lal C F H nS:o re f'r<.H·1 uzi:l a- redação do novo
C,P . mas, ao inves à.c "d.:trélcâo" da r:-·en.a"'' reft::!:ri;.~ -se?.. pena unificQ.
~
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Com isso cri~u. a duvida qu..e assaJto-..: a Eninonte mai0ria, I
quand8 não apli~ou o ~r t.i go 81 do C.? .:-1., cc::no se e-.;id.enc~_:·, ~~ n Ve-
Mod. 12
SUPER IOR TRIBUNAL MI LIT A R
., c;: 7C
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_,
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11 c8.ç~ãr:> ,j_a s _t)€ n:-:1 s ~~-c A·) J:n~r.:.1 '1lle Ge ~ia. t~ J. ~j- a sc;,w::. c1 e t;~)::lo. s.
S·?.ja. ê:s outro mo dc interpretado o t.rt:tbo I
81 do C .i'.,
ou Tribv..nal
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c om o b el1.3U(!:::.=·
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_ _ ..f"
gozar do l::.vr&n:e:Jt~" -:>')~(j_c ior:::l l 1>:)2"\jl.·,~ } segundo ;.~ § 1º ·"5o i te"T: l.l..L
d o art~co G~ do C.F.~.
11
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su:pe::'ior a t.rint:.:'\ ,,no s".
Torna-s~,
O 1)0"'TG Cni;j g:o F':ll~:.~.l e. s~r ~)osJ:0 er, "'.7i §:or t0rr..a. ms.is claro I
es.~ e:1tendimento c._,_.._ando no § -...,. r-.i·~;o (l-:· :?I'-(~i('O G7 f i xa qt:.'::: "31;Jxo
o caso de crir.J.e pTs. t.ic.:tr~- > (e:_;oj s d·:: ,i }1 i ciae.•J r: cn;-;lp:":!.men~o da :;Jcna,
d<:·
Mod. 12
"SUPERIOR TR IBU NAL M ILITAR
nal, l:JD.B. vez q_ue, C'Y'PO a~-:;sir~.R 1.;:1.do (; c ·::m!f•J'0 1 t Bdo do s auto s , fo i D.ot2.-
c~Ilel"'
Q.Ç a...0
. ~~ U.e
.::~ fe Se, ,,~ · -r·
..c-, ta' ~ -~ .... r, ,.
V
0 ~;.c'J.
..!!.-
. La. r, 0 q_~.c: J •••m:-./-
l..c<:L• .. ...:.H\ 6 '--"..~.,-~0
no vo t 0 vencido
do Eminente Nini s ·i;ro Cf.:!~·Jel'al l~cd1~~-PJ Oc ta v 5.o . .
--~~é:~,;;·· · · · · · · · · · · · · · · - I
lb=~(/~~
i=~:::.:=::=====:=::· ·.·· ·: .-=:-:~: :. .
rv.c:p. 12 '
"'•
c •
4
I
r •
JUSTIÇA MILITAR
1. a CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2.a AUDITORIA DO EXERCITO
-
J:2R.~J::'IJO,
do eo5r..:;ao, .
fil:al-en~e, ç_ue ·"Emdo cucpri -1ento ao veneran-
; nti-: ei os Drs. Advogados ' rllà..RIO :MATTOS, \NI WTON /
LO:BO ~ TITO LIYIO DE F!GUE!H.EDO JU~TlOR, 'LOUR!VJ.. L NOQUEIRA LIN'A
"AUC'rUSTO SUSSE!fiND DE ~TOR.A IS REGO e' LUIZ CORREIA DE 1TIRAND/ ;
ficando tod os berr ciênte do inteiro têor do presente acórdão,
coY"..fOl"' e se 'rê de S'l:~s ass::n.e.. ture.s. O referido é vsrdaâ.e e /
dou
•
1 Eu, .de !·:~~~ de1 ! · ~:~:t:~:~:·~:-~;;_=·-
Mod, 258
..
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
CERTIFiCO -q:,;e, pat:a os fins cte dirtito, foi expedid~cópia
.. do apórcfl-:> proferido nos pnss:1tes autos à autoridade
judiciária competente, com Oficio n.o g O} _D J, desta data
-d~ _que lavro o presente termo.
ia. 28 de
"
CE R T I DÃ O
Certifico para os devido~iBB ~ue,__so~ n~t~e~n~e~s~t~aL________________
m~e~
-----~-------------------------------- - --
- - - ----------'
--..------ - - - -
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
JUrJTAD- A
J
.·
Deferimento.
Adv. i nsc.
81PEBIOI TIIIIIIIL .-Jl111 ..
ESCRITÓRIO DE ADVOCACLA.
AUGUSTO SÜSSEKIND DE MORAES HEGO
AV. ALMIRANTE BARROSO 90-12•ANDAR SALAS 1214/16
TELS . 252-0913•222-4812 242-9954
RIO DE JANEIRO-BRASIL
P O R E M B A R G OS de Nulidade e Infringentes ao
~ e nerando Acórdão de 21 de junho de 1974 .
Com~ E M B A R G A N T E,
D I z
o Capitão de Infantaria, Reformado, do Exerci
to Brasilei~o, DALGIO MI RANDA NIEBUS, neste
e no s melhores termos de direito,
E. s. N.
P R O V A R A
11
IV
v
Que, ass im, esse e o único ponto divergente I
que autori za a interposição dos presentes EMBARGOS, uma vez
que os ilustres Drs. AMARrLIO LOPES SALGADO e WALDEMAR TORRES
DA COSTA e General do Exercito RODRIGO OCTAVIO JORD~O RAMOS,os
quais sustentavam que ê irrespondivel que a UNIFICAÇ~O DAS PE-
NAS ê taxativa na lei penal militar e que o próprio mencionado
art. 516, letra Q, do C.P.P.M., dando direito ao reexame pelo
Tribunal em caso de UNIFICAÇ~O, jamais poderia relegar ã ins -
tância inferior o que ela, Instância Superior, irã apreciar em
re curso .
VI
4
Que, por todos esses motivos e de ~cordo com
os brilhantes VOTOS VENCIDOS, sustentando PERMISSA MAXIMA VE-
NIA, transcrevendo as considerações finais" do conciso, objeti-
vo e lógico VOTO do ilustre Ministro WALDEMAR TORRES DA COSTA: 4
EscRITÓRio DE .ADvocACIA
AUGUS TO SÜSSEKIND DE MORAES HEGO
AV. AL MI RANTE BARROSO 90-122 ANDAR SALAS 1214/ 16
T ELS . 2 5 2 -0913•222-4812·242-9954
R IO DE .JANE I RO-BRASIL
PROTOMlLO N."----
f'la. N."_ _ __
Em_•.____• •_
13ellacmin.do Oveicanda 8ilho
Avenida A maral Peixoto, 370 - Sala 416
I
j N i te r 6 i - R . J . - Te I : 71 8 - 7 71 9
e razoes seguintes:
3. No julgamento ·da -
~pelaçao
A ,
por este Bgreg.io ..
/
!J3ellarmindo .:Jvíiranda {filho
Avenida Amaral Peixoto, 370- Sala 416
Niterói - R . J . - Te I : 77 8- 7 77 9
I
E X P OS I T I S
Têrmos em que,
Espera Deferimento.
JUSTJCf\ MJUTAR
~\ 1.• CIRCU,.~:~:1:Çl~
~"JDjCJA~ MLif'IB __
~j~ COCUMENTO tt• _ __ Y r /_~L-
~---------f-1110-.TOCOI.ADO E ~)
I I _L· ,J
) _o;........;;..
..,c'- s_,_;,;.._.;n;.;.l_f r i n s e n t c s d o J u 9 a d ®, pelos segu 1n -
tes motivos e fun<Jar,;ent os , C"ue , a segu~r·, expoe :
, ,
n:E:-: I TO ;--::ES I DEl'ln::, ~ me;~ i tor i a serten<s:a de Pf" I -
,.. . .
mcJPa 1nstanc1a , concessa ven i o ,
n~o pode prosperar , quando se apura a inaplicabi lidado e a i lesa ll
" .
. ~
dado intcrpretattva, quan to as sonçocs pun1 t1 vas coninadas co nos -
-
,
mo , ea carl:lter doloso , CUJa r.>ena i >;1posta, atin se o absur·do ue 63 a
nos .:!c reclus;;o.
-- A i'I:Jor , accn t uc -s e ,~pe s ar das circunstanc i as
A
de
d1~ ast i c i dade do ;;onentos0 caso co\: suas n~d:;ura i s repePcuss;:;es den -
tro !as forças ar~adas , era de esperar-se , no entanto , rue , ac 1 i "é!
,
sangu1nar1a c doent i a , inpfantando a li, verdadeiro t emor a os seus
co .• andados e;n sues r· e i tet~ udas u\'a I anchcs tcPt"or i stas .
=~=
nc·:' i 'a i t rePÍosa, bcn da ~ustiça , ;:; uni·~ i caç~o da~ penas nos pP~
<1
•
C ISOS
...._
cC!'' lJO S
'
CiOS ur~s •
.J 7r..; C I • O uPt •.() I CC
I \.;•"1
... O",• • C0'0 , u I .luS
, i.:enCI2_
.
1 1
nado no lucido
, ~~~--------~-
::lurcccr do c inen ..ce :.in. ','aldcr.lar~ Tori•es ela .:osta ,
e SCLI voto vcnc i do , 'c ·::-1 s . , pot• sup,•euo r.1ed i cla de dire ito , cs;>c-
r un .'o- se , ass i ... , soj ar.. , os ?r>cscntcs tr.1bar:,os, roce~ i dos e pr-eces -
::~rio ::a-ttos \.
= 1209(') J
8JPERIOI TRIBitWA1 ~1Uil
..
~~~~~~~~~~-------------~-~~-~·~-~- ·
-~ -- -~- -- -- --- -----
d
EXM2 SR. MINISTRO PRESIDENTE DO E GR ~GIO SUPERiOR TRIBUNAL MILITAR.
o
-
nomeado dos Apelantes 32 Sgt' SIDENI GUEDES, 32 Sgt ' IVAN ETEL DE
1\ OLIVEIRA e Cabo ' JOSt AUGUSTO CRUZ - nos autos da Apelação n2 •••
n2 39.782-Estado da Guanabara - inconformado, data ve nia com
os termos e conclusÕes do V.AcÓrd~o desse Egrégio Tribunal que,
I
I
por maioria de votos, deu provimento, em parte, ao seu apelo I
,
vem, no pra%o legal e fundado nos artigos 538, 539 parágrafo u-
'
nico e 540, do CÓdigo de Processo Penal Militar, oferecer EM-
BARGOS INFRINGENTES DO JULGADO, pelos motivos e fundamentos a
seguir expostos:
•
midade de votos a Sentença condenatória de I ª instância - tive-
ram suas penas redu%idas, indistintamente, para cinquenta (50)
anos e nove (9) mêses de reclusão, além da pena aces sÓria de ex-
------·
clusão do serviço do Exército, ~-ll do disposto no artigo 102,
do CPM, deixando, todavia, essa Colenda Superior Instância
ainda por maioria de votos - de apreciar o seu pedido de unifi-
...
caçao das penas, ~-~ legis, mantido, como foi, o veredictum
condenatÓrio, fundando-se o V. AcÓrdão (sic) "face ao que dispÕe
o art. 516, letra 2r do CPPM";
2
•
I
Pelos motivos expostos, confiam e esperam os EM-
BARGANTES que sejam seus EMBARGOS recebidos, admitidos e julga-
dos provados para o fim de serem unificadas~ penas que lhes
vr foram impostas, bem como reduzida seja a do Sgt SIDENI GUEDES, ./
'
Em...l_• 94.-.J
-
• • .:b---
•
ADVOGADOS
,··
P. Deferimento.
Rio 24 de 1975.
..
ADVOGADOS
EM DEFESA DO JOVEM
CELSO GOMES DE FREITAS FILHO
Egrégio Tribunal
• 2 •
•
ADVOGADOS
• 3 •
..
- -- ~~-- ----~--~------------------------~
ADVOGADOS
. 4 .
ADVOGADOS
• 5 •
4
.·
Qabos e· Sd
Func • .Civis
Civis
..... ~ ...--
~'l!I-Hd~: ·:·:O :..·~-:; .PUN:1·ç~f; -r/: PTTi~h.m
-
.. ,~- .....-·.~-----· - ·--- ... ·--····....
~ ~;: +. ,,
I:'.,, ........
L
PROCURAÇÃO « AD-JUDICIA»
~
J
.... ç~~$.9. ...GQ~$....P..:{!;... f.~. ;:J:.';I;'.b.~ ...f.l.L.H.O.,.... b.r.as.i.l.e ir.o.,....s.oJ..teir.o.#o................
.. ÇêJ:?.9... 9.9.... ~~-~_;-_çJt.9.., .... ª.t"tJ.ª.+.m~.nt~... ~~Ç.9.}:..l:l.~ªº···ªº···~.+.g§J:.gJ.9...ªº· ··E·~-~f: ...............
..~~.:t::.~.!. ........................................................................................................................................................................
a quem conf ................ amplos poderes para o fôro em geral, com a cláusula ad-judícia,
em qualquer Juizo, Instância ou Tribunal, podendo propor contra quem de díreito
as ações competentes e defende-.......... ...... nas contrárias, seguindo umas e outras, até
final decisão, usando os recursos legais e acompanhando-os, conferindo-Ih ............, ainda,
poderes especiais para confessar, desistir, transigir, firmar compromissos ou acôrdos,
receber e dar quitação, agindo em conjunto ou separadamente, podendo ainda substa-
belecer esta em outrem, com ou sem reservas de iguais poder.es, dando tudo por
bom, firme e valioso.. ~ .t.. ..~.~.I?.~.9.!ê:l:m~.P..t~.'- .P.g.+.-ª. .. 9.P9.+.....:rgç)..u;:s.o.s ....cab.iv.e.i.s......... .
~~...Y..:....~~§;-.4.ª9. ... Pf9.f.~.~ .:h99. ...P..?~·... ll.P~Jê:Ç.ª-9....n9. ... ~.~..,.8.7..2.,.... p.e.lo... E.•....S ...T... M•..•........
DJVJ-o~
(CELSO~
M fwJM &~
SOE FREITAS FILHO
~FfCIO
I . Ore. C ARMEH CO ~ l "
t A it EL IA O
Df NOTAS
A u ro~ IZ Aoo s
Ll:J!Z C\t !~OS .''I:SE1RO
' . ;~:__ ~fr'i/1 ····n.t~:.-.. :,J:·ri3
t r''fnt::,..- ..
"$ ~,..· • t;· · -, ... ~.. \ :J -. 3 S~\i\ i'O~ :.
0cs~ :~ ..c~ :·. ~;.. ~.:_·r-:a ;
~ ') rftl ' ~- -..·.. ..'-:..'""-
~(...
' . i'"
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r- .:; i
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"~Q ..,. "1,;. • .. .... .•-;:,• .
~vj~ ·
'! ~~ ~ ·J•• :-..:~;<>.;)
- _S_U P ER I O R T R fB U N A L M I L I TA R
c ··.: ·:~
L MILIT~R -----
CRFTA~_!A
R E C E 8 I M E iJ T O
AosQ_~---···dias do mês d~ ..... ~ -- .... . ....................... de 19}S
- - -nesta S e c r e t a r i a , r e c e b i Cbs prê:=: e n te s aut o s com o
------~----h~::::: ........ .. ~ .................... d_o_ q;.J_e _ __
lavro êtte !armo Eu· ~'"""' _. -~ -- ··::?!?.d:z:,...~-
Téc~erv. Jud., pelv C !--to.r-de-S3rVIço escr-ev1. - - ~ --
___ J
- ----+---
lEm__j_J..de................~~---···.......................de 191.~j-·
PRO.CURAD.O~IA GERAL-DA JUSTIÇA MlbHAR
V I 5 T A
I
•
------ --- -
~ - ~~·=-~::::::::~::~~~~:~J:~~:7~~~:=~~~':=
-- -<:HEFE-IlA SEÇÃO JUDICIARIA
. .. _
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_.
-
l ~YK ..
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- -- - - -- - - --~- - ---------
--------
------- ---------------------
------ ------------------------
__ __ - - - - - -
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- -------------------------
1- - - - - ---------------------------------------
1
.. _?'_
Q( - JU NTADA
4
t
•• ,_
.
BRASJLIA , O F
N9 411/75
--------
E MB A A G O S
N9 39 8?2
sos nos arts 205, § 22, inciso III, e 209, caput, c/c
#
o art. ?9, com a pena acessaria de parda do post o e P,!
----
um, a cinquenta anos e nove meses de reclusão, incursos
..
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
Embergos nR 39 8?2
de 1974.
EGU!GIO TRIB.JNAL
com fundement.o no art. 538, do CPPM e baseados nos votos vencidos dos
os Embargantes;
da
.,--
Procuradoria Geral, data venia do seu anterior pronunciamento
-
es
Com efeito.
. ...
Ao examinar-se a pos1çao individual de cada um dos E!
bargantes resulta o seguinta l -
sos nos artigos 205 1 § 29, item III, 209, § 1º, 264, I e 352, c/c os
reclusão.
ção, dos artigos 205, § 29, inciso In e 209, " caput ", c/c o art.
,-
( 9 ) meses de reclusão.
aplicadas a:
e 3 meses;
•
SERVIÇO PÚ BLICO FEDERAL
Embargos n2 ~ 872
5 •
çB.o, não merecem data vania, prosperar, porque decidiu bem o PretÓria
u o ", do CPFM •
•I
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Embargas n2 39 8?2
pensamento do legislador.
81, do CPM, quanto ao fato de não poder ultrapassar a pena uni fi-
,
cada o limite de 30 anos, se é de reclusão, ou de 15 anos, se e
--
de crimes manda uni ficar ~ pe'!_as privativas de liberdade.
..
SERVIÇO P0BLICO fEDERAL
Embargos ne 33 8?2
das penas privativas de liberdade não pede, em caso algum, ser su~
Único do art. 67, quando declara que " salvo o caso de crime praticado
..
~---------------~~--~~-~- ~-~-- ~-~-~--~~-
se.
ves, ora atendendo à acumulação material das penas. ( Ob. cit. pág .....
388 - Exposição de Motivos do Min ALFREDO BUZAID - que deu origem à Lei
n9 6.016/73 ) •
in verbis:
condicional, no seu art. 89, § 15!, que o juiz deve ter " an conta
apreço ( art. 89 ) •
11
nificaçãa das penas, do que se valeu o R. ACÓrdão a quo " para
detenção.
•
I
daquele prazo al! fixado. ( grifanos ) •
..
SERVIÇO POBLICO FEDERAL
Embargos n Q 33 872
. ..
Dessa fonna, agiu com acerto o R. Acordao, ora
que, se a lei diz que a duração não pode ultrapassar dos 3J anos,
~ o parecer.
~~~~
DE~ PESSOA I
j
MS/
..
PROCURADORIA G~_RAL.. DA_ J .-
.'
~ .
,,
r> .•
'• . ... · - .. . .; 1
Aos_..~~~--dias-d~..;-:...· ~---'~··"=~~~::.~v!:~
ç."""",
,.;_ç
, .J?L>~--~=~dJ.eP.L...J..;::l
t9!..........J-~IJ-r_ _
necta SecretJ.ri&, Lç ·: ; ·· ...;~ ' ·"'·~ pre~ent<=>s .· ·b '3, d :·{ ~)
~--------------------------------------- ..
OF!CIO NA ) O 2 S /DPJ B R A S I L I A - DF
TROS .
A~roveito a oportunidade para apresentar a
Vossa x~elência os prot o3tos de estima e consideração .
,.
eonsidera~o.
-.
r:,... :: L
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• J
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f - c, j
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o 1 íjal ísb , sj b sje9a , aup o~lll~sv
oje~u ~ aoj3s1 oi~& ,sm1J s~lSU80-
•
•
Ç\ I 9 orf
J
• o !:
4
CERTIDÃO
Cf.dTIDÃO
4
I
...
Clflario cJJ'lattos e /1ires da fl?.osa
ADVOGADOS
..
CJ':)
c:._ ~
~
c:::::
r-- ---c:-.l
,_
I.J :;.._
->
.)J ~J· =
(./) :;:;-:;:,
o w
-1
o
......
75
fT1
(J ---i
.,.._
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-n..::<e.:J
2-:2
\) J:r -_.._
.-"'"':'
CJ ....
:::1 r--
r--
,.
o J-... -
-
.J w .--
co ~r-
v-' ;;:;(:)
........
•
----- - --------------------------------------~----~~~~"~~--~~~~----~~----~~--
cidos,com base no : voto venc ido daquele eminente Mini stro, qu e a dosa-
gem da pena, fora mal aplicada pelo juizo a guo,tanto que mereceu, por
parte de alguns, melhor adequaç~o no quantum da pena, que, jamais, po-
deria ultrapassar aquele teto.
U S T Ç A
Rio
,
Mario
.
N
N c.r::J
c-
,.. ,
~
\.... ?'-~
=
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EsCPJTÓRIO DE .ADvocACIA
AUGUSTO SÜSSEKIND DE MORAESP~GO
AV. ALMIRANTE BARROSO 90· 12•ANDAR SALAS 1214/16
TEL S. 252-0913 • 222-4812 · 242-9954
RIO DE JANEIRO - BRAS I L
J u s T I ç A
REGO
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P,ellarmindo O!Ciranda 3ilho
Avenida Amaral Peixoto, 370- Sala 4 76
. Niter6i- R . J . - Te/ : 718 - 7719
~~emais, é
se convir que tao frágil/ ~e -
é a argumentação ~a impugnação, que seu ilustre autor a I
procura robustecer no nôvo có~igo Penal Comum, o qual nem
-
siquer entrou em execuçao, como se a lei puAesse retroagir
em prejuízo ~o acusaAo.
Justiça.
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SUPERIOR T RIB UNAL MILITAR
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CERTIDÃO
e~~ilfiiC'O...! pari OI devidos fms. que os presentes auto!_ P!fi
ffiãfl~@@fâff\ tl@(iih~ Diratorla de Serviço Judiciário durante o
·~Nu~ ~~ ~
fl§rrªª~ dê~"!;(.,;;:.";;,.=,,,,,...~...........-.~·-·····-·······································-··-··-·---
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eraiU~ ~ de q,r
., do que. para constar. lavrei a presente~
de 197 t>- -
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S U P lo.:.
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------------,
-- - - - - - - - - - -
ADVOGADOS
I
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EXMO. SR. MINISTRO DOUTOR JACY GUIMARÃES PINHEIRO
DD. MINISTRO-RELATOR DOS EMBARGOS N9 39.872
r~~.
l(
~{L..&~ t0; .A-Lé?UU. ~ rvta~ f&~
~ --G /~ ~~/}-e XL-e
J-/~12-4----
FILHO, por
seu Advogado abaixo assinado, nos autos dos
Embargos em epígrafe, vem dizer a V.Exa. que por
um equívoco da 2a . Auditoria do Exército da la.
C. J .M. deixou de ser intimado para ciência do P~
recer da dout~ Procuradoria Geral da Justiça
Militar , razão porque ficou impedido, contra a
sua vontade, de sustentar os Embargos oferecidos,
na conformidade da lei processual penal militar.
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l
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-t:.;.
ditoria do Exército da la. C.J .M., no sentido de
.:=:'J
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o, ser complementada a providência faltante.
-
Deferimento.
..
l ADVOGADOS
..
-- - --- --------
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• :~d., fJ . .~iC"· L':r~tcr- . . !j ... ~ :Js-vJ~~o e~cre ·.'l .
c2tJ~í~
- - - - - - --
------
·- - - - - ----------- - - - - - - - - - - - - - -- - --
ADVOGADOS
2/
--------
cintamente, opinou pelo nao proviment o.
- ra
Finalmente, o Embargante reporta-se as
zões dos embargos e às do Parecer de f l s. 2019/2025, a fim
de que seja o mesmo provido, nos termos do douto voto venci -
do que fixou a pena a ser-lhe aplicada em doze (12) anos e
Ln
crfl ove( 9) meses que, por si só, já é excessiva.
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SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
---- -- SECRErAR-tA
CONCLUSÃO
-
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~
- ~Yh ()~~
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- IJ,....,;~ ;- g_] {u.~v4~ ~4...) Á
'
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l.r_ ~_
U ~E R I O R T R f B_U NA L MIL l-f A-R- -
s ,E C !-'t E T ~ f.! I A
_____,___-_ . -- - R-E·. ~ 6 I ~ €-:4 T O - - -- r-
_o_s __JOj__ dias do m':)s de --~~~~-.... ~j.;,_ srt.:~ .;c-. , -:~ -}s_ _
- + -A
I n:t.~eor~~~"·'• 0 3
~r"•~n~c • -~~t;;-;
-:-----_--r·-- _-- -- _do q1:1.-. lavro
te termo. Eu --~u.-c?<.4 ~ ...~t::J~---~·.--JV"-
Otioi&l Judiciário . pelo J"-.r ;~i rato r - <?.er(l.l, escVevi .
I. r .
. -
SUPERIOR- TRIBUNAL MILITAR
_ _ _ _ 11 - - v s l f-=
1 'ú- l--
Em, ~q de ~- de 19~
vis·.~ ~50~~
4
~·
. .. J .. -
PROCUIAOORIA GER-Al OA J IJ ~T I:;~IlJT~
- - - s_tçAO: J.U [)..! C-LÍ-._LL A r: •. ,.. f·
-~ I • I') •
RE c 1: ! I m EN T o
Recebi da Secreteria doSup~rlor
Trltiünef
-
1 ~-~ ~
c.HeFEi>Asi.cÀo:~ .
-~~~--~~~~----~~~·J UN~A-6-A~---~~~~~~~---------~
PROCU RADOR IA GERAL DA JUSTIÇA MILITAR
Nº 411/75 BRASfLIA, O F
Nº 39 B72
ES~ )~ DO Rir !P JAN2I~O
...
..
Emoargos nº 39 872
..
'Embargos nQ 39 872
-
pois, atender a pretensão dos Embargantes.
E' o parecer.
, DF 30 de se~bro de 1975
41nr:;do-:-;
aã.or-Geral da Justiça I·:ili tar
MS/
-....
~-------------1-::{ · ..~.!2.........f:'-_çe:~i·rf·t~;.~x-õ~!i:"~;r.;/
l': - '-.itr~
.. ...-...-...-t-- - - - - - - - - -.
'h-
C C N ,; L U S .:. O
:---:-............,..--.....,._....--·~~:.:.. . .~s-~
- - ...s ~~ f__1__M,.k..._ _d_t!-:$.J2..é.___ _
,~·-z ·In· - ~ /J . A~ ~- -~ - . ~ (,1'7:[
- - -- ~l.J'~ c~ ,U!$...U.._
o~ I . ~----=--
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' tú.-b........__
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SUPE-R ~ 9-R
- - "R. ·1::: C
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st:c ~-< .-:. TP.r<.l
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....
i\li-t-ti-T-A R- __;:_.----
-------"----
T R I B u_N A_1.'----'-!....!..
M I L I T A._._R_ _
S ~ .(_; ~~ [' I /', .. I A
n s ta Se~ .J.:L_ 2.3 r .... ..: ~-~::· ... -~- . 1 ~ .. ..:3 D~·!l-.~1 :z :; s e." Exm. 0
.. 1-~i
--s- L-- ~ ~~ .. t~=:=.. . .... ... ._
ào q U<l :a v~, -.::; -..:::.......:.._ r.h . ~_piO.$ Sú-vfr; ~~v;.l(~~:...=:-------------
Téc. Se r-v. Jud. I pelo Sr. ú ir etor- ... _!· a :t es c,.e • · O
---------------------- - . \ . -- -- - - - - - - -
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SUPERIOR TRIBUNAb MILITAR _ ,/ 1
AT Ac-~ A_ . 9 ; ~ ~ ~ ~ [ S ~ '" [' ( c- XT rl fi. Orl DI f,J.\ R I .'J ) 1 0'1 .ll Dc= ~JO\_!:: r•18 R.o:·; ,9E/ l 975
- T! _1 "··.C,... t t. .L " 1:1 • • / -: I · .-
PRESIUL['JC~t.\ ?~. i":~ ;\LLSTRO TOJEf\JTE-1:3RIQjíV 1 Ri 8~8 -~~ ~b§~
TO HU[ T Dr. OL. :. 1}::.: l R,'-\ S M1 PAI O• . I _
.-·:tl·/-'-- -----
PROCURAD OP. GU\ AL. DO Ml1\j:srtR IO PÚBLICO DA UfHÂO, /JW ~ !' O À JUS-
TI ÇA MI LIT AR: QR RUY DC LI MA-PE SSOA. I jV
SECRETÁRIO DO TRIBUNAL PLENO: DR CLfiUDIO ROSIE:RE~j
Compareceram os Ministros Alcides Vi eira Carnsiro, Sylvio M o~
teirc Moutinho, Waldema r Torres da Cesta, Jurandyr de Bi zarri
a Mamede , f~ fllarfli o Lo pes Salgad o, ~Jelson Ba;sb'Jsa Sarr.p=:::tj c,, Sy-:
seno Sarmento, Augusto Fragoso, Jacy Guimaraes P i n heirc 1 rl ~lio
Ramos de Azeve dcJ L~ite, Rodrigo Oct~vio Jord~n Ramos, Hun6rio
Pinto Pereira de Magalh~Es Neto, Faber Cintra e Oct~vio Jos~
Sampaio Fernandes.
Às 13.30 horas , havendo nÚmero legal, foi aberta a Sessno.
~ ~da e sem debat e, foi aprovada a Ata da Sess~o anterior4
,I
..
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
Sessão_____2J.~----- de_ O( .... ~~---P:9.Y..~-~E.~2____________________________ de 19 .7..5..~..
Embargos
································------·--------------··-····-····························
º 39.872
"···············- - - ---- 75)
1to no
Voto vencido dos Snrs. Ministros. - pa-
RAf~ DA
os ofereci dos por DALGIO MI- .VA ,
RANDA NI EBUS, PAULO REYNAUD l>'IIRANDA DA SILVA , :L DE
GDr-'lES
IVAN ETEL DE OLIVEIRA, RUBENS MARTINS DE SOUZA e t ) anos,
~ I CPM;
----------~---+-
J_OS_~__A
_U
_G
_U
_S_TO CRUZ que pretendem a unificaçao t 14 a
I ·
d as penas, P or ~nca b ~ve~s
' · · ~ .go com
en_ f ace d o que dispoe nQ
I<in. N.B • .Sa-rnpaid o art.519 e seu parágrafo único do CPPM , ressal- 2 99 .'
Cel1o
vado aos embargantes o direito de requererem pe-lTEL HO
ts pe-
--------------+r ~an
~ t~
e~o~J~
uiz~ da execução a uni ficação das penas \
Recebeu, em parte, os embargos oferecidos por ~ a ~ os
SIDENI GUEDES E C:8LSO GOMES DE FREITAS FILHO pa-~ses
I
--~------------------------------------- -------~'~- meses
l ra reduzir a pena cue lhes foi imposta para 22 l5d.
l anos e 7 meses de reclusão. .l..51I..."
' RU -
/ acolhiam os Embar os para unificaçã o de pe n a s deVE I RA,
CRUZ e
..in. a. Salgado DALGIO NIAAN.JA NJ3BUS, PAULO REYNAUD Iv1Ifu.NDA DA do Ser
11 ·,L T. Costa SILVA, IVAN ETEL DE OLIVEIRA , RUBENS 11A...iiT INS DE
ci os
tBouzA.e JOS~ AUGUSTO c::.=mz. J LTAI RE
'\ J OS ~ fJ E-
- ~-
..
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR EMBARGOS N9 39.872-EST.R.DE JANEIRO.
Mod. 12
...
SUPERIOR TRIBUNAL MILI TAR (EMBARGOS N9 39.872 - Cont.) -2-
Mod. 12
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR (EMBARGOS N9 39.872 .- Cont .) -3-
t: o que se quer.
Quanto à diminuição das penas impostas aos embar
g a ntes SIDENI GUEDES e CELSO GOMES DE FREITAS FILHO, impÕe-se
pela s u a menor participação no drama shakespeariano, macabro,
infernal, que teve , por palco, uma das Unidades do nosso Exér-
cito , cuja crueldade e frieza de sentimentos, ultrapassaram,de
muito , a sentença , "ad terrorem", de Da. Maria I a Louca , de
Portugal, no processo conhecido dos Inconfidentes !
Não há mais o que se argüir nem se lamentar.
Basta !
GAB/MP / CRK.
Mod. 12 ..
SUPERIOR TRIBU N AL MILITAR (EMBARGOS N9 39.872 - Cont.) -4-
r~ A~~ ..
MIN. TE~~G . DO AR CARLO HUET DE OLI
VEIRA SAMPAIO-PRESIDENTE.
r- ~;:;;;, ~_,~v
MIN. DR. JACY GUIMARÃES NHEIRO - ~~·. r \
/~. . . /
~t6-<Jc~~
MIN. ALM. ESQ. s1ivio MONTEIRo MOUTINHO.
MIN.DR.~
C/-7 1~ ·
'
Mod. 12 ..
SUPERIOR TRI BUNAL M ILIT AR (EMBARGOS N9 39 . 872 - Cont .) -5-
MI N. ALM.
MIN.
cioo? 'N
4-. RAMOS - VEN-
-:JF~ floa.R4f!._~
MI N. T~N. BRIG. DO AR H~RIO PINTO PEREIRA DE
MAGALHAES NETO . .
_c:;-ak~
(
MI N. ~· DO AR FABER CINTRA .
"FUI PRESENTE"
Mod. 12 ..
SUPERIOR TRI BUNAL MILIT AR
Mod . 12
~---------------------===~----~~~==~---=------------------~-----------~
II
Mod. 12
IV
t o VOTO.
. w~JORDllo RAMOS
Mod. i 2 ..
- - -~------------------
------~R_ ~_M
_E 5 S A
-----
---------.....··-------··········-·- ..------- /""
--:;:;---- - - - - - - - - - - - - - -- - --------------- --
~Gt: ~~~J'B.'t.li\Lf\'L MtUTAR
SE~~trll:· ~SSQ-JUf)ICIARJO -------
--=-=-----=-=-
R --==~c___:C=E~B t M E N T O _ __
~os_!i__ctJOS do mês ce CiÚ.~I!UA.d-r-0 de 19) .t"'
- - - - - -rresto Seaêtano, receb1 n presentes autos JfJ)JI .•
----------~:?' ~~e t~rmo. Eo, ~~
--.::::....;.~-~~~-L--~, Ttc. Jud••
-------~ --~-~--------
..
-----
------
.~
/
t/
-------
·---~--SI::JPERIGR TRIBUf\I-Af:-t\.I\H1IL-+fTJ?A~RL__-----------
SECRETARIA - DIVISÃO LE f.~OCESSO. Jl)DJCIARiOJ
- - - - - - -- - - - - - - -
- ~ ------------------- - - - - - - ------ - - - - -
-----------------
--- --------'
•
I
- --- - -------
JUSTIÇA MILITAR
l.a CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
2 .• AUDITORIA DO EXÉRCITO
consideração e estima.
~ ~
1- ,..
. . . . .i. . "-"'
r ~, 1 ~ r:,; (-
"l.: 1.-- . ..... " ;.
~~- /
DR ALFREDO DUQUE mmfÁRí!ES
.Juiz Auditor
MOD. 257
SRC1l
4
I
...
9 3 • 72 - Cont.)
-o t cab nto do
argante , corao j ... ntu do n-
t io ente, re 1 ndo-s aqui
pr rva o rt. 80,
único do CP!, quando qu :
-Nao há crime continua o do ae
r t d f to of n ivo d b
jurídico in rente 1-
o s aço ou - uc
iv ão dirigida eontr
v!tim (f. 2.282).
Or , tá, n o s tr t d
lo qu ficção j~
ri ia , t enio nte chama "delictur.l continu c u, ou
ja, qu o plur li aço s fo -
õ todo t~juris-
tisch cri ( n\lr in
rb to ü col , pai
contr v io
o 19, rt. 'l, do
cion do c .. iq a unificação, c o u lvl r
ult o (r duç o tiV ) 1 0 V .. hipót • l i .. ,
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I
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SUPE RIOR TRIBUNAL MILITAR
GOS NQ 39.872
i ~?Di~~r-!lo.'-t.!:h~:".'"
CONFE ;,E COM O O i:IGINAL
~ ·___
..
li
0 ~--. ~~ ~ ~
~ Diretor de Di'fi.aão
4
I
..
III
-/~·····~·····~·
'$! Diretor de Divisão --
I
IV
\~ ,{
SU?C:RIOR TRI B UNAL MILITAR
..
-
v
t o VOTO.
ll~f/J_/~ -
Ministr'e~ -r.ft~ O ~érir?JORDAO RAf10S
...,
__
..
..· . .. . .
,.
•
\
~-'_;,__ ~Di~~·., .
•
I
..
I ' ..JUSTIÇA MILITAR
1 .a CIRCUNSCRIÇÃO ..JUDICIÁRIA MILITAR
2,a AUGUTORIA DO EX~RCITO
•I
Mod. 258
0E1~IFICO, para os devidos fD1s, que decorreu o prazo
l!ie;al ser.1 c;_ue os defensores do Sargento SID!:.IJ.~I G1.T.!!ID1S e Cabo C'87SO GO-
In<.S DE F'l..JITAS interpuzesse q_ualc.c<.:.er recfurso. Do que, ,P,.,ra constar, la-
vrei a presente certidão.-
Ri c de Je.neiro; 28 de mai:~
.. ""'
..
Aviso n9 de 1976
_
1.":.1·.::::
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'' ~f.a.t
CiC .:r, !L oJ-- Ministro da Justiça
....... o Cf')
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~
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~ ~= ...::":
O-
::=:> _,_
~ _. :·.!,':'
t:.r.) A Sua Excelência o Senhor
L.'")
r . Ten. Brig. CARLOS ALBERTO HUET DE OLIVEIRA SAMPAIO
Ministro-Presidente do Superior Tribunal---Militar
~
BRASÍLIA,DF.~
CONSULTORIA JURÍDICA
PAP~CER NQ 29/76
PROCESSO MJ .. 57 685/75
CJ . 204/75
Interessado . Superior Tribunal IIili
tar.
Objeto .. Graça requerida em fé:vor
de Paulo Reynaud Miranda
da Silva.
..
2/
, .
Recorreu dessa decisão para o egreg1o
Superior Tribunal Militar, que a manteve por maiorià
de votos (fls. 1), ensejando ao réu recurso de emba~
gos, que se encontram pendentes de julgamento por
aquela alta Corte.
4
do ou não o pedido de vista feito por aquele ,
orgao,-
I
que nos pertencia.
..
~------------~~--------------------------------------~- -- -~-~~--~~----~-----------
3/
II
I
Esse , a nosso ver, o equ1voco origin~
ti-I
O indulto e a comutaçãc de penas, p~
4/
ali
será emitido.
IV
ção ordinária.
' '\\ - 4
6/
• A • ~
Outra c1rcunstanc1a nao cogitada pelos
Órgãos citados deste Hinistério, . atendidas as pec:!:!
liaridades da legislação castrense, é de que o inte
ressado está recolhido a um presÍdio militar (docum~
to de fls. 23), o que exclui desde logo qualquer ing~
j+-__r_,ê.n-_c~1-·a__d_o_M_,i,....n_1_·s--;;te-::-'-::r:-i-:o:--d-a-:-J-:-u-:s_t_i-:::ç-;a:-::-:n:-~-- assunto,
tendo em
\ \QSta o artigo 646 do citado CÓdigo de Processo Penal
Militar :
..
7/
~
Em suma: o pedido de indulto foi as si
( ------=,._
nado por quem não tinha qualidade para fazê-lo; é in
ou tribunais federais.
8/
VI
CO N CLUSÃO
A •
Em vista do exposto, pedimos venJ.a pa-
ra s ugerir as seguintes providências no presente prQ
--'
cesso , na hipÓtese de este parecer obter aprovação s~
perior:
S .m. j.
rffiLIO FONSECA
12 Curador do Ministério PÚblico
do Distrito Federal
Servindo na Consultoria JurÍdica
nas.
"'
. .. .
I
,
~~ ~ ~~~~Jf~
;;:::~ y~~ - ?<-V
~k~~~· ~
· ~:k· .· · · .·
/t?· P~- .~/
Tfisa./_L_--
·· '
. '
.
4
I
I
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
- - - - - - - - - - - -S'E€RRARIA • DIVIS.AO-DE-PR::CESSO_ J_U=D=IC=IA..::..R::....:IO:::.___ _ _ _ _ _ _ .
_ _C E R T I D A O_ ~__):_ _ _ _ __
CERTIFICO, pcrro O$ fins de direito, QUe no 010 -· - -
------------------~~~ , t~ansltou ~"' J.;ic:::~é;-·::'1:__________.:....
o acórdão prok;!Ço nos presentes outos,A f $6a.-
- '~ /Ja, r<. -tJ-/~.·~ •7l0VT-C-.rç PÇs ~
-~~--------~~fif&-_~~U:..~FI'~.S F?
r-------------------~euc~o'.'.!m~u~n~ic:.:a;d;;:o:........::à:.._:_A.:..:.u:.:c:..:.!it:...:o:..:.r_::_
ia com;:-e:-tente com o Cf:~i ·.:> n.
0
Ir-., 1.",
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"lT-n~-,.,
.... ~- t.;~'·------------------ - - - - - - - - - - - -
e qu2 os
, ,.... .._
ua ..;Up:..'Ef.!g_
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'vC:~ue; s que
.E SOUZA ep.e-
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L
le gisl<:.ção en vigo::·, :re -
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SENHOR AUDITOR1
A BARRETO,
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ap .-.~~do . nou f6.
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OF!CIO 1s-u1 11189 /DPJ BRAS:tLIA - DF
EM 11 JUN '19
SEBHOR CHEFE
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I~/ FERREIRABARRETO
DIRETOR-GERAL
AO o•. SR.
GEH. DIV. S~GIO DE ARY PIRE9
• CHEF.t!! DE GABINETE DO EXMO. SR . MINISTRO DE ESTADO DO
CITO.
INISTiRIO DO EXtRCITO -
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22.11.77
A C 6 R D Ã O
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OF!CIO c) f-o f' /l 326/DPJ BRASÍLIA - DF t
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EM 20 DE JU1m0 1979o J
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SENHOR JUIZ AUDITOR:
EXM2 ;;JR.
RIO DE J MJ EI RO • fiJ •
AnG xa D not35 t ~Gui~r~ficoa o oc6rd; o da STf •
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EM/ t.mam .
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SUPERIOR
DIVI.':.~O nE P~2 . ,-~·.~r 1~ 7 LJ :.:.: i '·? 'O
C13- ·: j, i. c d q 'e G )' ." ,j::: ·'·" ·. e J o .. c c óp i a f>
re prcr)·· ··,; u 1 ~ .,J c,CJ c r it:,.Ltcd , q ·l a me f oi
apr e:::~o:Lh<:!c.:c . l'c 'l 1 é .
SENHOR Dm.ErORa
FERREIAA BARRETO
DIRETOR-GERAL
e s/ ...
SUPERIOR TRIBUNAL fvílllTAR
DIVISÃO DE PROCESSO JUDlCIÁlUO
Certifico que a presente totooôpia é
r•produção f i e l do original. que me foi
&presenta~ o . Dou fé.
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TIECORRIDA ! JTTSf"ITÇJ·
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- PEITA - A
I\A JUSTIÇA I.:ILI T.iill - ?EDI:JO DI: ffiHl'ICli.
ÇÃO CO~'.-: DASE HO Ar~T . 58 :DO CP:.: •
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nega vigencia ao art . 53 do
C:?l:~ a decisão que rele ga para a f ase
à.e execução pedido de unificação de pQ
nas [ unJaclo neste dispositivo legal.
Razoabilià.o.à.e da i nterpret<:;.çÕ.o da-
da pelo Trib"Lmal "a quo' ' aos arts . 58
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'"' Li e ç;l6
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, l e1:;ra "O·'! , do c:.JF!.í .
:rri:Cr. não conheci cio.
A C ÓR DÃO
con!lecer do
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apresen taC:o -
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e me foi
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D.i. r pf.or d~-·-·:-·u:-~··---~~
DlVlseo "'-·~---.....
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SENHOR DIRETOR:
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CERTIDÃO
I--------~~~~2~13BJ~P~, -que_o_Aco~'~~d~a~-uo~pLr~o~f~e~P~j~d~o~nuousL-_ _ __ _ _ _ _ __
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lqço reme5so dos pr~tS.;nr"" ' cutos ao Arquivo.
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AD V OCACIA
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j -fo~Vk-- /Y ~-:
Pede deferimento.
BrasÍlia,
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SUPERIOR TRIBUNAL .ViLITAR
Em .. Q~_de...~...... del~~...\_
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LSCS " E OIF. SERRA D OURAD A o SALA 111 c F ONES 25-5558 o 25-5233 c CEP 7 0.0 0 0 o SRA S i LI A
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P R O C U R A Ç Ã O
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MINISTÉRIO DO EXÉRCITq
GABINETE DO M I NIST~o
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SUPERIOR T RI B UNAL M I L I TAR
SENHOR DIRETQq:
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