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GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE


SECRETARIA DE ESTADO, DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA – SEEC
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN
CAMPUS AVANÇADO “PROFª. MARIA ELISA DE A. MAIA” – CAMEAM
NÚCLEO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR DE UMARIZAL - NAESU
DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS– DLV

WANDESON ALVES DE OLIVEIRA

O LEITOR NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A RELEVÂNCIA DO


PROGRAMA BALE NA FORMAÇÃO LEITORA DE ALUNOS DA ESCOLA
ESTADUAL IVONETE CARLOS

UMARIZAL
2014
2

WANDESON ALVES DE OLIVEIRA

O LEITOR NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A RELEVÂNCIA DO


PROGRAMA BALE NA FORMAÇÃO LEITORA DE ALUNOS DA ESCOLA
ESTADUAL IVONETE CARLOS

Monografia apresentada ao Departamento de


Letras – DL, da Universidade do Estado do
Rio Grande do Norte – UERN, Campus
Avançado “Profª. Maria Elisa de Albuquerque
Maia” – CAMEAM, como requisito para
obtenção do título de graduado em Letras e
suas respectivas Literaturas.

ORIENTADOR (A): Prof.Ma. Lucineide da


Silva Carneiro.

CO-ORIENTADOR (A): Prof.(a). Ma. Maria


Gorete Paulo Torres

UMARIZAL
2014
Catalogação da Publicação na Fonte.
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

Oliveira, Wandeson Alves de.

O leitor no ensino médio: reflexões sobre a relevância do programa BALE na formação


leitora de alunos da Escola Estadual Ivonete Carlos. / Wandeson Alves de Oliveira. -
Umarizal, RN, 2014.

66 f.

Orientador(a): Prof. Ma. Lucineide da Silva Carneiro.

Monografia (Graduação em Letras). Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.


Departamento de Letras Vernáculas. Núcleo Avançado de Ensino Superior de Umarizal

1. Leitura - Monografia. 2. Formação de leitores. 3. Ensino médio. I. Carneiro, Lucineide da


Silva. II. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. III.Título.

UERN/ BC CDD 372.4

Bibliotecária: Elaine Paiva de Assunção – CRB - 15/492


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WANDESON ALVES DE OLIVEIRA

TERMO DE APROVAÇÃO

O LEITOR NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A RELEVÂNCIA DO


PROGRAMA BALE NA FORMAÇÃO LEITORA DE ALUNOS DA ESCOLA
ESTADUAL IVONETE CARLOS

Monografia apresentada ao Departamento de


Letras – DL, da Universidade do Estado do
Rio Grande do Norte – UERN, Campus
Avançado “Profª. Maria Elisa de Albuquerque
Maia” – CAMEAM, como requisito para
obtenção do título de graduado em Letras e
suas respectivas Literaturas.

Aprovada em Umarizal, em __/___/ 2014.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________________
Prof (a). Ma. Lucineide da Silva Carneiro.
DLV/CAMEAM/UERN.
Orientadora

__________________________________________________________________________
Prof. Me. José Carlos Redson
DL/CAMEAM/UERN
Examinador

___________________________________________________________________________
Prof.(a). Ma. Maria Gorete Paulo Torres
DE/CAP/UERN
Examinadora
4

A todos que contribuíram direta ou indiretamente em minha formação como pessoa ecomo
acadêmicoaté aqui, de modo especial à minha família e amigos.
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AGRADECIMENTOS

Encerra-se mais um ciclo da vida. Antes e depois de entrar na universidade


conhecemos tantas pessoas que nos ajudaram, nos apoiaram nos momentos difíceis, nos
proporcionaram momentos de alegria, reflexão. É chegada a hora de agradecer, dizer muito
obrigado a todos a aqueles que fizeram parte da nossa formação como pessoa e como futuro
profissional até aqui.
Antes de tudo agradeço a DEUS, que sempre esteve comigo, em todas as horas.
Obrigado pai pela infinita misericórdia, pela sabedoria que tens mim dado para enfrentar os
obstáculos que apareceram em meu caminho, por ter colocado todas essas pessoas na minha
vida, pela minha vida por aprender cada dia mais, agradeço.
Agradeço a minha família pelo apoio, paciência que tiveram comigo. Meus pais
Lucineide Alves da Costa, Severino Fernandes de Oliveira (pai) e Raimundo Clemento
da Silva (padrasto), que sempre mim incentivaram a estudar para ser a pessoa que sou hoje. A
Meus irmãos Wellington Alves da Costa, Wdebeson Alves de Oliveira, Wigno Alves de
Oliveira e principalmente a Wellisson Alves da Costa, este último agradeço de modo
especial, pois tem sido como um pai para mim com os seus concelhos.
Dentre os meus amigos gostaria de agradecer a Neiva Maria, Andison Araújo,
Vanessa Fernandes e Lindalice Carlos e a sua família por estarem comigo mim dando força
para não desistir, e por serem as pessoas com as quais compartilho a minha vida, alegrias,
tristezas.
Aos meus colgas de faculdade da turma de português, Ana Fábia, Simone Dias,
Edilene Alves, Maria Macivânia, Manoela Barros, Sergio Rubens, Gizeilton Moura,
Daniele, Deígna Souza e Maria Josivânia que estiveram comigo enfrentando os obstáculos
que apareciam a cada período. Também agradeço aos meus colegas da turma de inglês Da
Paz, Sílvia, Charles, Diego e Simplício, com os quais compartilhei muitos momentos bons
nos primeiros períodos. A todos vocês, por cada momento de alegria, tristeza, desespero,
pelas palavras, concelhos, gesto de carinho e gratidão, agradeço e saibam que vocês moram
no meu coração sem pagar aluguel!
A todos que fazem parte do Programa BALE, coordenadores, bolsistas e voluntários,
agradeço por ter contribuído para que essa pesquisa pudesse ser realizada, e também por tudo
o que vivemos. Agradeço de modo especial à equipe do BALE UMARIZAL/FRUTUOSO
GOMES: Magna Karol, Flavianny, Gilva, Marcio, Madeline, Thiago, Zaira, Vanessa
Gomes, Antonny Jean, Pedro Marcondes, Pedro Bezerra, Matheus Amaral, Karem
6

Giselly, Taiz, Jorge, Izac, Gilvan, Sergio, Ana Fábia e Charles. Às BALEanas Claudia
Pessoa e Winajara, por sua valiosa amizade e também pela documentação que precisava para
realizar essa pesquisa.
Não poderia esquecer-se de agradecer, e parabenizar Maria Lucia Pessoa Sampaio
que idealizou e coordena esse lindo programa de incentivo a leitura o Programa BALE. A sua
atenção e o seu carinho foram fundamentais para que essa pesquisa pudesse ser realizada.
Desejo sucesso ao Programa BALE.
Um paragrafo, que merecia um livro para Manu Medeiros, essa BALEana com a qual
aprendi e vivi uma linda história a ser recontada com a Turnê: Tem História Hoje? Tem Sim
Sinhô!.
Agradeço de modo muito especial à coordenadora do BALE MARIZAL/FRUTUOSO
GOMES, minha co-orientadora e também examinadora Maria Gorete Paulo Torres, a sua
orientação foi de suma importância, faltam-me palavras para expressar o quanto você foi
importante para que essa pesquisa se efetivasse. Sua dedicação e determinação refletem no
sucesso do seu trabalho com o BALE que vem crescendo cada dia mais, parabéns.
Agradecer também a minha orientadora Lucineide da Silva Carneiro, que também
contribui nesse trabalho monográfico no empréstimo de materiais de estudo, nas palavras de
apoio e a atenção dada. Ao Prof. Me. José Carlos Redson por ter aceitado o convite de
participar da minha mesa e a sua importante contribuição. Ao professor Me. Gevildo Viana,
sempre presente e desposto a ajudar no que foi preciso, meu muito obrigado. A todos os
professores, sejam eles universitários ou não que passaram por mim e deixaram seus
ensinamentos valiosos agradeço.
Por fim a todos que contribuíram direta ou indiretamente na minha formação como
pessoa e como acadêmico até aqui. De modo especial a minha avó Ozelita Alves da Costa,
que apesar de não está mais entre nós, sempre mim incentivou seguir esse caminho que
escolhi pra mim.
Muito obrigado a todos!
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OLIVEIRA, Wandeson Alves.O LEITOR NO ENSINO MÉDIO: Reflexões sobre a


relevância do Programa BALE na formação leitora de alunos da Escola Estadual Ivonete
Carlos. Pau dos Ferros, 2014. 66 p. Monografia (Graduação Letras – Habilitação em Língua
Portuguesa e suas respectivas literaturas). Departamento de letras Vernáculas – Núcleo
Avançados de Ensino Superior de Umarizal – Campus Avançados “Prof. (a) Maria
Albuquerque Maia NAESU/CAMEAM. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
Pau dos Ferros, 2014.

RESUMO

A presente pesquisa, de caráter qualitativa, foca a formação de leitores do ensino médio da


Escola Estadual Ivonete Carlos em Frutuoso Gomes - RN, através do Programa Biblioteca
Ambulante e Literatura nas Escolas - BALE. O objetivo geral é compreender o trabalho
realizado pelo Programa BALE, na referida instituição de ensino, no tocante a leitura e sua
relevância para a formação leitora dos alunos bolsista e voluntários envolvidos no Programa
BALE. Para tanto utilizemos como ferramenta de pesquisa um questionário, o qual foi
aplicado a algumas pessoas da equipe BALEana, em Frutuoso Gomes, em sua 7ª edição.Com
isso, procurou-se entender como os pesquisados compreendem a leitura, levando em
consideração as suas experiências antes e depois de entrar no Programa BALE; analisa o
trabalho com o texto literário na 7ª edição do Programa BALE para a formação desses leitores
e o seu envolvimento com as atividades das leituras propostas. Tomamos como base teórica
para a realização deste trabalho o estudo de autores como: Freire (2008), Martins (2003),
Sampaio e Mascarenhas (2007), Torres (2012), dentre outros, além de documentos que
orientam a prática de leitura no ensino Médio como os PCNs (2001), OCNs (2008). Ao
analisarmos as respostas dos pesquisados percebemos que as ações realizadas durante 7ª
edição do Programa BALE foram fundamentais na formação leitora dos partícipes. Tendo em
vista que os BALEanos vivenciaram diversas experiências de leitura, desde a contação de
histórias, até as discussões em rodas de debate de obras literárias. Através dessas ações,
segundo os pesquisados o seu gosto pela leitura aumentou, melhoraram a interpretação e a
escrita de textos, enriqueceram o vocabulário entre outros pontos positivo.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura.BALE.Formação de leitores.Ensino Médio.


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OLIVEIRA, Wandeson Alves. THE READER IN SECONDARY EDUCATION:


Reflections on the relevance of the program in BALE reader training of students from State
School Ivonete Carlos. Pau dos Ferros, 2014 66 p. Monografia (Graduação Letras –
Habilitação em Língua Portuguesa e suas respectivas literaturas). Departamento de letras
Vernáculas – Núcleo Avançados de Ensino Superior de Umarizal – Campus Avançados “Prof.
(a) Maria Albuquerque Maia NAESU/CAMEAM. Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte. Pau dos Ferros, 2014.

ABSTRECT

This research focuses on the qualitative character of formation of readers of high school at the
State School in Fertile Ivonete Carlos Gomes - RN through the Library Program Walking and
Literature in Schools - BALE. The overall goal is to understand the work done by BALE
Program, in that educational institution, regarding reading and its relevance to the reader of
scholarship and training volunteers involved in BALE Program students. For this we use as a
research tool, a questionnaire, which was applied to some of the people BALEana team in
Fertile Gomes, in its 7th edition. with this, we sought to understand how respondents
understand reading, taking into account their experiences before and after entering the
program BALE; The work examines the literary text in the 7th edition of BALE Program for
the formation of these readers and their involvement with the activities of the proposed
readings. We take as theoretical basis for this work the study authors base as Freire (2008),
Martins (2003), Sampaio and Mascarenhas (2007), Torres (2012), among others, as well as
documents that guide the practice of reading High school as the PCNs (2001), OCNS (2008).
By analyzing the responses of respondents perceive that the actions taken during the 7th
edition of BALE program were instrumental in the formation of reader participants. Given
that BALEanos experienced various reading experiences, from storytelling, to discussions on
wheels for discussion of literary works. Through these actions, according to those surveyed
his taste for reading increased, improved interpretation and writing of texts, enriched the
vocabulary among other positive points.

KEYWORDS: Reading. BALE.Formation of readers.Secondaryschool.


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LISTA DE FIGURAS

Figura1: Encontro da Turnê no Rotary Clube em Pau dos Ferros.............................. 28

Figura 2: Banner da Turnê......................................................................................... 28

Figura 3: Apresentação da Turnê em Marcelino Vieira.............................................. 29

Figura 4: Apresentação da Turnê em Marcelino Vieira.............................................. 29

Figura 5: Apresentação do Programa BALE E. M. Tancredo Neves em Umarizal.... 31

Figura 6: Apresentação do Programa BALE E. M. Tancredo Neves em Umarizal.... 31

Figura 7: Natal BALE em Frutuoso Gomes................................................................ 33

Figura 8: Apresentação do Programa BALE na Escola Educandário Alegria do 33


Aprender em Frutuoso Gomes.....................................................................

Figura 9: Oficinas: Esaú e Jacó – personalidades opostas ...……….………............. 38

Figura 10: Oficinas: O Horto – Reação da vidacom a literatura ...……….….......... 38


10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Respostas da questão 1, do questionário aplicado aos pesquisados........... 43

Quadro 2: Respostas da questão 2, do questionário aplicado aos pesquisados........... 47

Quadro 3: Respostas da questão 3, do questionário aplicado aos pesquisados........... 49

Quadro 4: Respostas da questão 4, do questionário aplicado aos pesquisados........... 54

Quadro 5: Respostas da questão 5, do questionário aplicado aos pesquisados........... 57


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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 Atendimento da Turnê durante o seu período de atuação........................... 30


Atendimentos do Programa BALE em Frutuoso Gomes durante a
Tabela 02 semana de estudos das obras literárias indicadas para o PSV 2014 da 39
UERN.........................................................................................................
Atuações do Programa BALE FRUTUOSO GOMES/UMARIZAL
Tabela 03 40
durante a 7ª edição......................................................................................
12

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 Atendimentos do Programa BALE entre 2007 e 2013............................... 28

Gráfico 02 Atendimentos da 7ª edição do Programa BALE em Pau dos Ferros e 34


Frutuoso Gomes/Umarizal..........................................................................

Gráfico 03 Produção textual dos alunos do ensino médio e superior da equipe do 36


BALE UMARIZAL/RUTUOSO GOMES...............................................

Gráfico 04 Atendimentos do Programa BALE durante a Semana CTI-EB em 37


Frutuoso Gomes.........................................................................................

Gráfico 05 Partícipes que tiveram dificuldades no uso de redes sociais no programa 45


BALE..........................................................................................................

Gráfico 06 Obras preferidas ente os pesquisados......................................................... 52

Gráfico 07 dificuldades enfrentadas peso pesquisados durante as apresentações no 59


Programa BALE.......................................................................................
13

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 14

2 A LEITURA NO ENSINO MÉDIO E A FORMAÇÃO DO LEITOR............... 16


2.1 Afinal, o que é leitura?............................................................................................... 16
2.2 O leitor: do ABC ao mundo, descobrindo e reinventado o seu meio e suas leituras 18
2.3 2.1 Uma reflexão acerca da leitura no Ensino Médio................................................ 20

3 PROGRAMA BALE: PLANTANDO HISTÓRIAS E COLHENDO


25
LEITORES POR ESSE SERTÃO.......................................................................
3.1 Programa BALE: Uma história de muitos leitores.................................................... 25
3.2 As estratégias BALEanas........................................................................................... 32
3.3 BALEFRUTUOSO GOMES/ UMARIZAL: Leitores formando outros leitores...... 35

4 O LEITOR NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A RELEVÂNCIA


DO PROGRAMA NA FORMAÇÃO LEITORA DE ALUNOS DA ESCOLA
ESTADUAL IVONETE CARLOS 43
4.1 A leitura: antes e depois do Programa BALE............................................................ 43
4.2 4.3 O trabalho com o texto literário na 7ª edição do Programa BALE para a
formação do leitor com alunos bolsistas e voluntários do Ensino Médio................. 46

4.3 A atuação: O envolver-se dos bolsistas nas atividades propostas pelo Programa 56
BALE........................................................................................................................

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 62

6 REFERÊNCIAS.................................................................................................... 64

7 ANEXOS................................................................................................................. 66
14

1 INTRODUÇÃO
Lemos para nos informar, entreter, interagir. É praticamente impossível separar a
prática da leitura do ser humano, pois a mesma está presente diariamente em nossas vidas,
desde as situações mais complexas de relação, até as mais simples. Compreender essas
leituras se torna necessário para se inserirmos nos mais diferentes espaços sociais.
Reconhecemos que a leitura, literária ou não, é importante na formação do sujeito
leitor e social, principalmente para os alunos do ensino médio que irão ingressar no mercado
de trabalho, é nessa fase escolar que o aluno está se preparando para ingressas, seja no ensino
superior ou/e no mercado de trabalho. Assim, um dos papeis da escola é formar cidadãos
capazes de entender as múltiplas leituras.
A presente pesquisa foca a formação de leitores do Ensino Médio da Escola Estadual
Ivonete Carlos em Frutuoso Gomes - RN, através do Programa Biblioteca Ambulante e
Literatura nas Escolas - BALE. De modo geral, objetivamos compreender o trabalho realizado
pelo Programa BALE, na referida instituição de ensino, no tocante a leitura e sua relevância
para a formação leitora dos alunos bolsista e voluntários envolvidos no Programa.
Especificamente sondar o que os pesquisados entendem por leitura, tomando como base as
suas experiências antes e depois de entrar no Programa BALE; analisar a relevância dos
textos lidos pelos alunos bolsistas da 7ª edição do Programa BALE para o processo de
formação desses leitores e verificar o nível de envolvimento dos bolsistas e voluntários
participantes do programa com as atividades das leituras propostas.
Caracteriza-se como sendo qualitativa, pois segundo Neves (1996) nesse tipo de
pesquisa opesquisador frequentemente procura entender os fenômenos, tomando como base a
perspectiva dos participantes da situação estudada e, a partir daí, interpreta os fenômenos
estudados. A ferramenta usada para a coleta de dados foi um questionário, constituído por seis
perguntas abertas. Através dele buscamos atender aos objetivos dessa pesquisa.
O questionário foi aplicado à equipe do Programa BALE, em Frutuoso Gomes,
durante a sua 7ª edição. Constituída por uma coordenadora, cinco bolsistas do ensino superior,
oito bolsistas do ensino médio e onze voluntários, ao todo a equipe BALEana era formada por
vinte e cinco pessoas. Dentre elas foi aplicado um questionário a oito pessoas, escolhidas
pelos seguintes critérios: (i) ser estudante do ensino médio; (ii) ter participado das atividades
propostas pelo Programa BALE durante a 7ª edição, seja como voluntário, ou como bolsista.
Para uma melhor compreensão dos dados analisados primeiramente codificamos os
questionários, ocultando os nomes reais dos entrevistados, que serão identificados pelas
15

codificações: A1, A2, A3, A4, A5, A6, A7 e A8. Depois lemos suas respostas para poder
compreender e sequentemente interpreta-las tomando como embasamento teórico o
pensamento dos estudiosos: Freire (2008), Martins (2003), Sampaio e Mascarenhas (2007),
Sampaio (2012), Torres (2012), dentre outros, além de documentos que orientam a prática de
leitura no ensino Médio como os PCNs (2001), OCNs (2008).
Os estudos aqui apresentados são justificáveis. Tendo em vista que estamos tratando
da formação do leitor no ensino médio, sendo um assunto bastante discutido no meio
acadêmico, e por tanto estamos contribuindo para ampliar o debate acerca da leitura. Vale
salientar que além de servir para a conclusão do curso de Letras com habilitação em Língua
Portuguesa, o presente trabalho também partiu da inquietação particular do pesquisador dessa
monografia, em querer compreender como o Programa BALE atua para garantir o acesso ao
livro e assim como na formação de leitores.
A presente pesquisa está dividida em três capítulos: O primeiro, A leitura no ensino
médio e a formação do leitor, realizará uma breve discussão a cerca da leitura, tomando como
foco a leitura no ensino médio. O segundo, Programa BALE: plantando histórias e colhendo
leitores por esse sertão, apresentará a trajetória do Programa BALE, desde a sua primeira
edição a até a 7ª edição. O terceiro, OBALE no ensino médio: reflexões sobre a relevância do
programa na formação leitora de alunos da Escola Estadual Ivonete Carlostrará os dados e a
análise da presente pesquisa.
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2 A LEITURA NO ENSINO MÉDIO E A FORMAÇÃO DO LEITOR

"O papel tem mais paciência do que as pessoas"


(Anne Frank)

No presente capítulo faremos uma reflexão acerca da leitura, o que é, como acontece,
além de discutir como se dá o incentivo a leitura no Ensino Médio, qual a sua finalidade e
como é trabalhada. Estaremos fundamentados teoricamente nos estudos de Freire (2018),
Colomer & Campos (2002), Jouve (2002), Dodó (2008), Torres (2012) entre outros, além de
documentos oficiais como a LDBe PCNs.

2.1Afinal, o que é leitura?

Ler é algo necessário e fundamental, pois é por meio da leitura que compreendemos
tudo ao nosso redor. A sua importância é ressaltada através das muitas pesquisas e teorias que
buscam dar uma resposta a pergunta “O que é leitura?”. Listas de artigos, teses, monografias,
projetos, livros entre uma infinidade de trabalhos científicos se perdem na conta.
Pela leitura nos constituímos como seres humanos, ela forma e informa sujeitos, nos
diverte, emociona e envolve tão sutilmente que nem percebemos todo um processo por traz
dessa ação tão bem arquitetada. Nós somos, antes de tudo, seres curiosos à procura de
entender e construir o nosso espaço social. Codificamos o nosso meio, vivemos de normas e
regras. A ação humana é construída de códigos, basta observarmos uma conversa cotidiana
com alguém, aparentemente simples, e nessa atividade iremos perceber que é bem mais
complexa que pensamos, pois para que isso aconteça é preciso ter um contexto, uma
mensagem e os possíveis interlocutores.
Ler é compreender o mundo ao redor com todas as suas infinitas formas de
interpretação. De acordo como Colomer & Campos (2002, p.31) “[...] ler, mais do que um
simples ato mecânico de decifração de signos gráficos, é antes de tudo um ato de raciocínio,
[...]”, não adianta ter somente o domínio dos códigos é necessário pensar sobre a sua
funcionalidade, a leitura só se completa quando se dialoga os saberes, buscando descobrir as
suas infinitas forma de interpretação.
A leitura antecede acompreensãodos códigos escritos, para Freire (2008, p.20) “[...] a
leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a leitura
daquela.” Assim ao lermos estabelecemos uma relação entre os conhecimentos de mundo,
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adquiridos ao observar o nosso cotidiano, e os enciclopédicos, absorvidos nas escolas, nos


livros entre outros meios nos quais s estamos inseridos.
De modo geral, podemos dizer que qualquer pessoa é capaz de ler e como uma ação
natural do ser humano, realizar inúmeras leituras mesmo sem ter consciência disso, porém
nem sempre tudo que lemos serve para garantir a nossa inserção no meio social. Sabemos que
para viver no mundo atual, e poder usufruir o que ele oferece é necessário ter conhecimentos
para lidar com as pessoas, as tecnologias que vem tomando cada vez mais o espaço do homem
entre uma infinita lista de obstáculos que necessitamos superar para sobreviver.
O nosso saber é a chave de acesso às oportunidades. Com ele negociamos, trocamos
experiências, criamos relações, buscamos soluções para os nossos problemas, refletimos sobre
a nossa existência. Mas como adquirir esse conhecimento tão necessário? Segundo Antunes
(2009, p.195) “pela leitura promovemos nossa entrada nesse grande e ininterrupto dialogo
empreendido pelo homem, agora e desde que o mundo é mundo.” É essa leitura que nos
forma, informa e nos faz existir. Debruçar em um texto é permitir o acesso ao que nos faz
existir, a informação nos move e nos guia, daí a importância de que a leitura dos mais
diversos tipos de textos deve ser viabilizada ao todos.
Há também que se destacar que além do caráter informativo, a leitura é também uma
forma de buscar prazer. O contato com textos literários como contos, romances, crônicas ou
poesias nos provoca diferentes reações como risos, raiva, choro, curiosidade, medo. Essas
peculiaridades imaginárias despertadas por cada leitor em seu momento de introspecção
literária são formas de prazer indispensáveis para a auto compreensão existencial do leitor.
Segundo Antunes (2009, p.200)

Ler textos literários possibilita-nos o contato com a arte da palavra, com o


prazer estético da criação artística, com a beleza gratuita da ficção, da
fantasia e do sonho, expressos por um jeito de falar tão carregado de
originalidade e beleza. Leitura que deve acontecer simplesmente pelo prazer
de fazê-lo. Pelo prazer de apreciação, e mais nada. Para entrar no mistério,
na transcendência, em mundos de ficção, em cenários de outras imagens,
criadas pela polivalência de sentido das palavras.

Como mostra Antunes (2009), esse prazer único proporcionado pelo contato com o
texto literário difere dos outras formas de satisfação humana. As palavras encantam de modo
particular, para poder senti-las é necessário entender o que querem repassar, ter um
conhecimento a ser assimilado. A estética, a beleza, a fantasia e tudo que está expresso em um
livro reque um pouco de atenção e aprofundamento do leitor. Villardi (1999) diz que além de
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acharmos bonito ese emocionar como texto literário,se formos capazes de apreciar a sua
beleza advinda do modo de fazer, se aprendermos os seus múltiplos sentidos, observando a
sua riqueza de detalhes, entendendo a função de cada um e ainda assim conseguirmos
relacionar o que lemos com a nossa história de vida, seus valores, as coisas que acreditamos o
prazer pelo que lemos será redobrado.
Assim, a leitura se manifesta de diversas formas em nosso cotidiano exerce inúmeras
funções em nossas vidas, sejam elas para entreter, ou informar. Falamos sobre o texto
literário, esse que se apresenta como um meio de entender a nossa realidade de forma menos
direta, usando a imaginação para compreender os diversos aspectos do nosso cotidiano.Ainda
acrescentamos que não só a informação completa o sentido de um texto literário. Não adianta
somente saber, tem que se envolver na leitura, deixar-se levar pela narrativa, encontrar-se nos
personagens, viver as fantasias que só a literatura pode oferecer, pois a sua intenção primeira
é envolver quem ler.

2.2 O leitor: do ABC ao mundo, descobrindo e reinventado o seu meio e suas leituras

É visível notar como a leitura ganhou um lugar de destaque nas discussões do meio
acadêmico, dentro das mais diversas áreas do conhecimento humano. Em curso como
Pedagogia e Letras, Enfermagem, Medicina, Matemática entre outros demostram a
sensibilidade em desenvolver projetos de incentivo a leitura.
Não obstante, a preocupação com o incentivo a leitura também vai além do ambiente
universitário. É possível ver claramente que tem havido em ONGs, Associações, empresas,
escolas, como também entre as próprias pessoas, por meio das inciativas pessoais, um
interesse maior em desenvolver projetos de acesso e incentivo a leitura. Diante dessa
realidade, a qual caminha para que todos possam ter acesso aos livros de forma igualitária,
cabe-nos fazer uma reflexão sobre a leitura, sua relevância para a vida das pessoas e, as mais
variadas formas como ela se realiza no meio em que vivemos.
Sabe-se que o contato com a leitura acontece antes de entrarmos na escola, mas é
nesse lugar onde aprendemos a compreendê-la melhor e usá-la nas diferentes situações de
comunicação. Ao promover ações como rodas de leituras, contações de histórias,
apresentação de peças de teatro, às diferentes modalidades de ensino a escola contribui
bastante no desenvolvimento da aprendizagem dos educandos.
O texto literário deve fazer parte da vida dos discentes, e cabe também à escola
mostrar a sua importância, procurando sempre renovar as suas ações de incentivo. É
19

necessário desenvolver no aluno não só o hábito pela leitura e sim o gosto por ela, como diz
Villardi (1999, p.10)

Se a leitura for vista não como o cumprimento de um dever, mas como um


espaço privilegiado, a partir do qual tanto é possível refletir o mundo, quanto
afastar-se dele, buscando na literatura aquilo que a vida nos nega, quer sob a
perspectiva da realidade, quer sob a da fantasia. Para que isso ocorra, o
hábito, por si só, não chega. Há que se desenvolver o gosto pela leitura, a
afim de que possamos formar um leitor para toda a vida.

O tipo de trabalho com a leitura realizado em sala de aula vai refletir na forma como
o aluno a ver. Dada ai a importância de se fazer uma reflexão a cerca das concepções de
leitura concebida pelos professores, Martins (2003) aponta duas concepções de leitura
caracterizando-as da seguinte forma: A primeira vai de encontro à perspectiva Behaviorista-
skiniana, nessa visão ler é decodificar mecanicamente os códigos linguísticos traves do
estimulo-resposta, em que o discente aprende por meio da repetição. A segunda relaciona-se
com a perspectiva cognitiva-sociológica, trata-se de uma forma mais ampla de conceber a
leitura, pois envolve componentes sensoriais, emocionais, intelectuais fisiológicos, bem como
econômicos e políticos.
Sob o nosso ponto de vista, a segunda concepção apresenta-se como a mais adequada
ao ensino de leitura, pois o trabalho com o texto literário requer reflexão, interação. Ao
concebê-la em sua totalidade como algo que envolve fatores psicológicos e sociais
compreende o sujeito como o fruto do meio e que a escola deve considerar esses fatores para
em sua prática pedagógica.
O professor também deve ser sensível à forma como o aluno se relaciona como o
livro, observando os porquês da procura de um determinado texto literário. A relação de
intimidade de um leitor com uma determinada obra pode se dar das mais diversas formas,
desde ver um livro em um estante, ou até mesmo por meio de um comentário feito por outra
pessoa a respeito de um livro.
Sobre a relação leitor/livro, Martins (2003) aponta para três níveis de leitura:
Sensorial, Emocional e Racional. São inter-relacionados, ou senão simultâneos, apesar de um
ou outro ser mais privilegiado, isso por que o ato de ler é dinâmico e circunstanciado,
variando de acordo com as experiências, expectativas, necessidades e interesses do leitor e o
contexto em que está inserido.
20

O nível sensorial ocorre quando o livro, como objeto, desperta o desejo do leitor
através de aspectos como: volume, textura das paginas, capa, cheiro, tamanho, fonte do texto.
“Não se trata de uma leitura elaborada; é antes uma resposta imediata às exigências e ofertas
que esse mundo apresenta; relaciona com as primeiras escolhas e motiva as primeiras
revelações” (MARTINS 2003, p. 40). Desse modo, trata-se de uma leiturasem muito a
aprofundamento, pois chama a atenção do leitor, não pelo conteúdo expresso no livro, mas
pela forma como se apresenta.
No nível emocional o leitor tende viver, ou sentir uma situação como se estivesse na
pele de outra pessoa, animal, objeto, ou personagem de ficção.“Implica necessariamente
disponibilidade, ou seja, predisposição para aceitar o que vem do mundo exterior, mesmo se
depois venhamos a rechaça-lo” (MARTINS 2003, p. 40). Assim sendo, a leitura emocional
cria um laço afetivo entre o texto e o leitor, em que o sujeito pode viver situações nas quais se
colocam no lugar daquilo que se ler.
O nível de leitura denominado como Leitura Racional difere dos dois citados
anteriormente (sensorial e emocional), não sendo o mais importante, mas o que exige maior
atenção e cuidado diante de um texto como diz Martins (2003, p.66)

Em síntese, a leitura racional acrescenta à sensorial e à emocional o fato de


estabelecer uma ponte entre o leitor e o conhecimento, a reflexão, a
reordenação do mundo objetivo, possibilitando-lhe, no ato de ler, dar sentido
ao texto e questionar tanto a própria individualidade como o universo das
relações sociais.

Dessa forma,no nível de Leitura Racional o leitor tem que está apto a dialogar com o
as ideias do texto, confrontando suas impressões pessoais com as textuais. O texto só ganhará
sentido se o leitor puder trazer para a sua leitura suas experiências pessoais, os seus
conhecimentos, sejam de mundo, ou enciclopédicos. Assim, entender como acontecem essas
formas de relação entre o livro e o leitor é o primeiro passo para podermos formar leitores
competentes capazes de ler, compreender e sentir os mais diversos tipos de textos.

2.3 Uma reflexão acerca da leitura no Ensino Médio

No ensino médio os alunos passam a ter contato com leituras mais complexas
comparadas às do ensino fundamental. É comum nessa fase da vida escolar, o contato com os
clássicos da literatura, comumente indicados para as provas de vestibular das universidades. O
21

entendimento desses textos literários requer conhecimentos em relação a sua linguagem,


contexto histórico no qual foi produzido entre outros aspectos textuais extratextuais presentes
na obra.
Há também que se pensar no interesse e curiosidade do aluno pela leitura, é necessário
trabalhar o texto literário de forma que o discente se sinta atraído pelos livros. Para Torres
(2012, p. 38) “Ler não pode ser uma atividade de uma etapa única e acabada, mas como um
processo constante, em que o indivíduo passa por algumas fases, cumprindo um estágio que
deve levá-lo a ser um constante e eficaz leitor.” Seguindo esse pensamento, despertar o gosto
pela leitura é um trabalho constante, que passa por etapas, a sua formação leitora acontece
diariamente a partir das experiências vividas com outros leitores e com as suas leituras. Um
bom leitor passa por dificuldades, aprende a superá-las e é justamente a forma como ele as
enfrenta que o vai distinguir dos demais leitores.
É notório observar nos alunos, principalmente do ensino médio, o desinteresse pela
leitura de livros literários. Esses textos requerem um pouco mais de atenção e conhecimento
para serem compreendidos, e até certa criatividade por parte do professor em incentivar a
leitura dessas obras aos alunos, de forma prazerosa, como diz Dodó (2008, p. 107)

[...] cabe ao professor buscar meios de viabilizar essa delicada tarefa, que
não se esgota com a mera apresentação de textos literários ao aluno, mas
consiste em despertar nele a compreensão e o gosto por essas leituras, de
modo que, independente de exigências curriculares, ele passe a buscar
sozinho, e com prazer, a literatura.

Desse modo cabe ao docente instigar no aluno à vontade, a curiosidade em conhecer


o complexo e encantado mundo dos livros, ser sensível e ajudar nos momentos de dificuldade
dos discentes quando não entenderem alguns dos aspectos da obra que só são possíveis de
compreender depois de ter adquirido certo conhecimento.
Ensinar é uma tarefa bastante árdua para o professor. Tendo em vista que o além dos
conhecimentos necessários para transmitir os conteúdos de cada disciplina, o docente deve
adequar-se à realidade do aluno, o qual vive em um contexto onde predominam o uso das
novas tecnologias como internet, celulares, computadores, redes sociais entre outros. Segundo
Silva (2008, p.46)

Por analogia, caberá aos professores e alunos estarem conscientes de que a


literatura existe em função da vida e não da escola, apesar de ser, neste
espaço, que se tem a oportunidade de promoção das mais diversas práticas
22

de leitura, sobretudo a literária. Acredita-se que a ausência desta consciência


mais ampla acerca do fenômeno literário tem contribuído para o desinteresse
de muitos alunos em relação à função social e humanizadora da literatura.

Como frisa Silva (2008), a literatura deve ser vista, tanto pelos professores, quanto
pelos alunos como algo que existe em função da vida e não da escola, embora seja no espaço
escolar onde o discente tem a oportunidade de ter acesso aos mais diversos tipos de textos
literários. Assim, a leitura incentivada na escola deve ser vista como algo que vai além do
espaço escolar.
Depois de ter passado pelo ensino fundamental, tem-se a ideia de que o aluno
quechega ao ensino médio é capaz de ler textos mais complexos. Fazendo reflexões
aprofundadas sobre as suas leituras, realizar debates, dentro e fora da sala de aula, a respeito
de assuntos relevantes, pois as experiências, que deveria ter passado entes de chegar a esse
nível da educação, deveriam ter lhe proporcionado momentos em que pudesse desenvolver
certas habilidades. De acordo como o Lei de Diretrizes e Bases Nacional -LDBN (1996) no
artigo 23, o ensino médio, cuja duração mínima é três anos, tem as seguintes finalidades:

I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no


ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para


continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a
novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a


formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico;

IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos


produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

Como podemos perceber, uma das finalidades do ensino médio é fazer como que o
aluno consolide e aprofunde os conhecimentos adquiridos nas séries anteriores, e partir disso
poder alcançar outros fins, como se preparar para o mercado de trabalho, e/ou, dependendo
dos objetivos pessoais do discente, continuar na vida estudantil ingressando em uma
instituição de ensino superior. Segundo Antunes (2009, p.194), “[...] a leitura acaba
promovendo a inclusão social, acaba sendo uma condição do exercício pleno da cidadania”.
Nesse sentido, a leitura é uma das condições mínimas para o sujeito poder ingressar na vida
social.
23

É importante também ressaltar a formação humana do discente, a qual antecede até


mesmo a inserção do aluno na vida escolar. Esse processo inicia-se dentro de casa com a
família, ou nos grupos sociais que esse participa, como igreja, amigos, entre outros, mas é no
ambiente escolar, como prega a LDBN (1996), que o conhecimento é aprimorado. O que
aluno adquire durante o período escolar deve contribuir para sua ética, autonomia intelectual,
e nos seus pensamentos críticos.
Não é possível criticar, ter um posicionamento sobre determinado assunto se não
tiver uma base teoria advinda da leitura. O pensamento autônomo só acontece depois de muita
reflexão e conhecimento sobre o que se defende. O papel da leitura, principalmente a literária,
nesse sentido, é de nortear e nutrir o pensamento, servindo como base argumentativa para as
mais diversas discursões. Quando a escola levar o discente a ter essa consciência, estará
desenvolvendo o seu papel de formadora, pois como afirma Torres (2012, p. 46) “[...] é na
escola, e/ou nos programas de leituras que essa formação tem mais chances de ser
sistematizada, consolidada, melhor dizendo, cabe às instituições educacionais a tarefa de criar
possibilidades para concretizar a formação leitora.”
Outra finalidade apontada pela LDBN (1996) concilia a teoria à prática, ou seja, os
conteúdos estudados pelos alunos em sala de aula devem ter uma relação com a sua vida
cotidiana. O discente deve perceber que aquilo que ele estuda tem um proposito nas suas
vidas, para isso é que surge a necessidade da pesquisa no ensino médio, ela facilita a
compreensão, e fornece meios nos quais o discente pode estabelecer uma relação entre o que
ele estuda e o que acontece na prática. Segundo Silva (2008. p.46)

Independente das perspectivas de futuro que se apresenta para os alunos no


ensino médio e os objetivos que os mantem na escola, cabe a essa instituição
concretizar o objetivo acima exposto, visando a atender tanto àqueles que
intencionam ingressar nas universidades, como àqueles que buscarão, de
imediato, o mercado de trabalho, sem qualificação acadêmica. A escola,
desta forma, existe para atender aos desejos e necessidades de seus alunos.

Pensando nisso podemos ver a leitura como uma atividade que perpassa cada
finalidade das finalidades apontadas pela LDB (1996), pois a partir dela o sujeito pode
adquirir conhecimentos, analisar e discutir. Quanto maior for o repertório de leitura de um
sujeito, maiores são as suas possibilidades de reflexão. Concordando com o pensamento de
Silva (2008), ressaltamos que a escola dever procurar meios para instigar o gosto pela a leitura
24

nos alunos, assim ela estará contribuindo para o futuro desses discentes independente das suas
perspectivas de futuro.
25

3 PROGRAMA BALE: PLANTANDO HISTÓRIAS E COLHENDO


LEITORES POR ESSE SERTÃO

Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos pelas suas
paginas, seu espírito cresce e a pessoa se fortalece

(Carlos Ruiz Zafón)

3.1 Programa BALE: Uma história de muitos leitores

Ao falarmos sobre o incentivo à leitura, principalmente a literária, algumas das


imagens que vem em nossa mente são as de pessoas alegres com caras pintadas, contadores de
histórias, baús repletos de livros. Lembranças como essas aguçam a nossa mente e nos faz
sentir chamados à participar do misterioso e intrigante mundo dos livros. O fantástico
universo da leitura nos leva a viver além da nossa realidade, conhecendo outras culturas,
outras pessoas, trocando experiências e refletindo sobre a nossa existência.
Com o proposito de despertar o prazer pela leitura de forma lúdica, e poder contribuir
para a democratização do acesso aos livros àqueles marginalizados pela sociedade, em que
bens preciosos como educação, cultura, esporte, lazer, lhes são faltosos, nasceu o Programa
BALE que serve como uma porta ao mundo das histórias encantadas do universo dos livros.
O Programa Biblioteca Ambulante e Literatura nas Escolas – BALE vem atuando há
sete anos na região do alto oeste potiguar, mais especificamente nas cidades de Pau dos
Ferros, Umarizal e Frutuosos Gomes, com atividades que objetivam o incentivo a leitura e
formação de leitores, haja vista a necessidade de democratizar o contato com o livro literário
nesses locais escassos de projetos voltados ao incentivo às praticas leitoras como bem afirma
a professora Doutora Maria Lucia Pessoa Sampaio, a idealizadora do Programa.

O BALE surgiu de uma inquietação pessoal que veio imbuída do dever


social e profissional de se fazer algo pela leitura, já que ao retornar da
pesquisa de políticas voltadas para o livro e a leitura em Pau dos Ferros. Em
2006, juntamente com a colega professora Renata Mascarenhas, do
departamento de Letras elaboramos a proposta do BALE para o edital
Programa BNB de Cultura/200. A partir de então as atividades foram
institucionalizadas na PROEX,como uma das ações de extensão da UERN.
(Sampaio, 2012)

Como se pode ver através da fala de Sampaio (2012), o desprovimento de políticas


públicas de acesso aos livros e consequentemente à leitura, bem como cultura e lazer, no
sertão nordestino, é algo preocupante, tendo em vista que é por meio da leitura que o sujeito
26

ascende socialmente, ingressando no mercado de trabalho, entre outros benefícios pessoais e


sociais que a pessoa pode obter por meio da leitura. Segundo Saldanha (2013, p. 118).

Levar a leitura a comunidades distantes desprovidas desse bem cultural é


primar pela garantia de um direito de todo cidadão, é conceber que a leitura
como prática social ocorre nos mais diversos contextos, e convidar a pessoa
para fazer parte de um mundo que pertence a ele e é necessário para
compreender as desigualdades sociais e agir para transformá-las.

Em meio a esse contexto, o Programa BALE apresenta-se como uma iniciativa que
engloba um trabalho sistemático com a literatura nos municípios de Pau dos Ferros e
circunvizinhos desde 2007. Recentemente, a partir de 2012, o Programa BALE se expandiu
para Umarizal, e Frutuoso Gomes em 2013. Trata-se de uma ação extencionista do Campus
Avançados Prof.ª Maria Albuquerque Maia da Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte – CAMEAM/UERN, como bem frisa Sampaio (2008) ressaltando a seriedade e o
compromisso com o público que o BALE atende.
O Programa desenvolve suas ações contando com apoios financeiros externos
conquistados por meio de editais. O Programa BNB Cultura/BNDES financiou as edições
2007, 2008, 2010 e 2011. A Fundação de Apoio a Pesquisa no Rio Grande do Norte -
FAPERN viabilizou um significativo acervo bibliográfico.
O BALE está inserido no Plano Nacional do Livro – PNLL e na Rede de Biblioteca
Viva. Em sua 7ª edição o Programa BALE ganhou o edital da FAPERN (2012) através do
Programa de Integração da Ciência, Tecnologia e Inovação com a Educação Básica - Pontos
de CTI-EB, em parceria com o Cnpq/CAPES desenvolveu a iniciativa “Ponto BALE – CTI
(Ciência, Tecnologia e Inovação): entre canteiros da leitura e produção”.
É importante também ressaltar que pesquisas, de caráter cientifico, são realizadas
divulgadas em eventos acadêmicos. No decorrer de sua trajetória, ao que se refere a pesquisa
e extensão universitária, o Programa BALE é reconhecimento local, nacional e internacional
com a publicações de trabalhos científicos em países e eventos como: França e IV Foro
Internacional De Pedagogia – IV FIPED, na Cidade do México.
O Programa BALE ganhou Várias premiações. Em 2008:o Troféu “VIVA
LEITURA”; Prêmio da Bolsa FUNARTE de Circulação Literária, no ano de 2010. É
reconhecido pelo Ministério da Cultura – MinC; “PONTO DE LEITURA – Edição Machado
de Assis”. Suas ações são vinculadas ao Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), sendo
colocado na primeira página desse programa à Comunidade Biblioteca Viva – MinC, entre
outros.
27

A inquietação que deu origem ao Programa BALE, (democratizar o acesso à leitura


literária), foi e é fundamental para o seu desenvolvimento. Um dos grandes passos para o
avanço do Programa BALE foi quando a inciativa, a princípio um projeto idealizado pelas
professoras Renata Mascarenhas e Lucia Sampaio dos Departamentos de Letras e Pedagogia
do Campus Avançados Profª. Maria Albuquerque Maia – CAMEAM/UERN passou
recentemente, em 2012, a ser um programa com o apoio da PROEX/UERN. De acordo com
Sampaio (2012) “[...] A ideia de torná-lo Programa advém da grande proporção que o Projeto
alcançou, ganhando espaço, reconhecimento e aceitação da comunidade acadêmica, bem
como do público atendido [...]”. Essa mudança possibilitou ampliar, fortalecer e organizar
melhor as ações do BALE. Em 2012, o Programa contava com as seguintes ações:

a) BALE – PONTO DE LEITURA/MinC Com vinculação a entidades como


o MinC, sendo deste Ponto de Leitura – Edição Machado de Assis,
desde 2008, e como patrocinado pelo BNB/BNDES, o BALE conta
com acervo de livros, revistas, periódicos e CDs, atendendo a
comunidade em geral; b) BALE – EM CENA atende à convites da
comunidade para desenvolver atividades diversas como feira de
ciências, semanas pedagógicas e comemorações promovendo a
acessibilidade e a formação de leitores de todas as idades; c) BALE –
FORMAÇÃO que desenvolve um trabalho de formação e/ou
aperfeiçoamento profissional com a própria equipe e com profissionais
da comunidade; d) CINE – BALE – MUSICAL , criado desde 2007,
com a primeira edição, possibilita a leitura de obras através do cinema; e)
BALE – NET , a implantação da proposta de um blog que divulga as
atividades do projeto, tendo este recebido manifestações de pessoas dos
mais diferentes locais do mundo que acessam a página das atividades do
projeto. (SALDANHA 2013, p. 113)

Com essas a ações, aumentaram as possibilidades de se trabalhar com a leitura dentro


do Programa BALE. O teatro, a contação de histórias, as brincadeiras de roda, a amostra de
filmes através do cinema itinerante agem como ferramentasfundamentais para despertar o
gosto pela leitura em seu público, pois a ludicidade presente nessas atividades atrai a
atençãodas pessoas que se sentem instigados a conhecer o fantástico universo presente nos
livros.
28

Gráfico 01 - Atendimentos do Programa BALE entre 2007 e 2013

20148

4005 4325
2308 3098 2823
1736 1853
1ª Edição 2ª Edição 3ª Edição 4 ª Edição 5 ª Edição 6ª Edição 7ª Edição GERAL
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Fonte:Arquivos do Programa BALE.

Como visto no gráfico, o Programa vem crescendo a cada edição, logrando êxito em
atendimento ao público, despertando o gosto pela leitura por esse sertão. Dentre as muitas
reconhecidas ações desenvolvidas pelo BALE, uma das que teve um destaque e certo brilho
especial, aconteceu em 2013. Em sua 6ª edição o Programa BALE foi contemplado com o
Prêmio Agente Jovem De Cultura, do MinC realizando a Turnê: Tem História Hoje? Tem Sim
Sinhô!

Figura1 - Encontro da Turnê no Rotary Figura2 - Banner da Turnê


Clube em Pau dos Ferros

Fonte -Arquivos do Programa BALE Fonte - Arquivos do Programa BALE


29

A iniciativa resgatou a figura do contador de histórias, através do palhaço


PiruliBALE para mediar a contação de histórias de forma lúdica em ambiente como hospitais,
praças, escolas, grupos de idosos entre outros.

O personagem do palhaço PiruliBALE foi idealizado para mediar às


atividades de leitura, tornando-se uma excelente alternativa de medição entre
os livros e o público atendido. Diante repercussão do personagem
estendemos a ação para essa iniciativa que teve duração de seis meses,
tornando possível o acesso à leitura literária em lugares onde o seu acesso é
limitado ou pouco explorado. (QUEIROZ, OLIVEIRA, BEZERRA 2013, p.
222)

Com uma mala cheia de livros, o PiruliBALE saía a contar histórias por esse sertão,
despertado a curiosidade de crianças, jovens e adultos em conhecer o fantástico mundo dos
livros. É importante acrescentar que as contações feitas pelo PiruliBALE, contava com uma
equipe que atuava ativamente nos bastidores e na produção de maquiagem, figurinos,
preparação do espaço de apresentação. Os encontros não se resumiam somente em uma
contação de histórias, também eram realizadas outras atividades como brincadeiras de roda,
recital de poesias, algumas em pernas de pau, entre outras.

Figura3 - Apresentação da Turnê em Figura4: Apresentação da


Marcelino Vieira Turnê em Marcelino Vieira

Fonte -Arquivos do Programa BALE Fonte -Arquivos do Programa BALE

A turnê realizada entre os meses de fevereiro a julho visitou os mais diversos lugares,
tais como em hospitais, praças, bairros carentes, escolas, entre outros, por meio da contação
de histórias mediada pelo palhaço PiruliBALE. Nesse período, (seis meses) a turnê andou
30

pelas cidades de Pau dos Ferros, Umarizal, Doutor Severiano, Marcelino Vieira e Carnaubais.
Como mostra a tabla:

Tabela 01 - Atendimento da Turnê durante o seu período de atuação


Data Histórias contadas Local
atendido

22/02/2013 A Galinha Xadrez- Rogério Trezza Rotary Clube (Pau dos Ferros) 74
27/02/2013 A Galinha Xadrez- Rogério Trezza Hospital Centenário (Pau dos Ferros) 13
Esc. Mun. Dr. Torquato Figueiredo (sitio
A Festa no céu – Ângela Lago 72
15/03/2013 Perímetro-Pau dos Ferros)
Esc. Mun. João Escolástico (Riacho do
22/03/2013 A Festa no céu – Ângela Lago 58
Meio)
O Gigante Egoísta –Oscar Wild,
22/05/2013 História da Tigela Achada-Tatiana Esc. Mun. Tancredo Neves (Umarizal) 244
Belinky
O Gigante Egoísta – Oscar Wild
23/05/2013 Carnaubais 192
História da Tigela Achada-
31/05/2013 Marcelino Vieira 100
Tatiana Belinky
O Gigante Egoísta – Oscar Wild Escola Estadual Antônio Fernandes
20/06/2013 13
(PDF)

Pedro Malasartes e a Sopa de Pedra-


20/06/2013 CRAS (Dr. Severiano)
Ana Maria Machado 25

Total Geral de atendimentos durante os 6 meses de realização da turnê 791

Fonte: Arquivos do Programa BALE

Outro momento de suma importância na história do Programa BALE também


aconteceu durante a sua 6ª edição em 2012. Neste ano o BALE passou também a desenvolver
atividades de incentivo a leitura na cidade de Umarizal e região, através do Núcleo Avançado
de Ensino Superior – NAESU, quando a Professora Mestre Maria Gorete Paulo Torres, a qual
atende um convite de sua então orientadora a Professora Doutora Maria Lúcia Pessoa
Sampaio.
Essa edição do BALE abriu portas para que os alunos do NAESU pudessem
ingressar em atividades de pesquisa e extensão voltadas para a área da leitura. Nessa época, a
equipe do BALEana em Umarizal era formada por uma coordenadora, um bolsista e dezoito
voluntários do meio acadêmico e da comunidade.
O Programa atendia principalmente a Escola Municipal Tancredo Neves, onde
funciona o Núcleo Avançado de Ensino Superior – NAESU, mas também recebia outros
convites da comunidade Umarizalense. Apesar do BALE desenvolver atividades para os mais
31

variados públicos, nessa edição o alvo era o infantil, tendo em vista que as atividades eram
voltadas para o ensino fundamental I da referida escola.

Figura 5 - Apresentação do Programa BALE Figura 6: Apresentação do Programa BALE E. M.


E. M. Tancredo Neves em Umarizal Tancredo Neves em Umarizal

Fonte: Arquivos do Programa BALE Fonte: Arquivos do Programa BALE

Não obstante o êxito do trabalho realizado em Umarizal, assim como durante todo o
sucesso da 6ª edição, o Programa BALE durante o ano de 2013 e início de 2014, começou
uma nova edição, coma iniciativa “Ponto BALE – CTI (Ciência, Tecnologia e Inovação):
entre canteiros da leitura e produção” através do Programa de Integração da Ciência,
Tecnologia e Inovação com a Educação Básica - Pontos de CTI-EB, com a parceria
doCNPq/CAPES. O seu propósito, como previsto no projeto do Programa BALE (2013), era

Desenvolver ações inovadoras, envolvendo as ferramentas CTI – EB, por


meio do Programa BALE, tendo como estratégia os cinco “Canteiros”:
Formação, Informação, Encenação, Contação e Ficção, articulados ao
desenvolvimento de habilidades de leitura (oral/escrita) e produção textual
(oral/escrita).

Assim, com as ferramentas CTI-EB, buscou-se inovar e fortalecer as ações que o


Programa já vinha desenvolvendo em edições anteriores. Ainda de acordo como o Projeto do
Programa BALE (2013), os trabalhos eram desenvolvidos juntamente com as XIV e XV
Diretorias Regionais de Educação - DIREDs. Tendo como estratégia os cinco canteiros
mencionados, buscou desenvolver habilidades de leitura (oral/escrita) e produção textual
(oral/escrita), com alunos do ensino médio da Escola Estadual Dr. Jose Fernandes de Melo e a
E.E. Professora Maria Edilma de Freitas do município de Pau dos Ferros, e na Escola
Estadual Ivonete Carlos, de Frutuosos Gomes. De forma mais especifica objetivou-se:
32

 Proporcionar a capacitação de sua equipe executora, composta por professores


supervisores, estudantes de licenciaturas, alunos da Iniciação Científica Júnior e
bibliotecários, através do Canteiro Formação, ou, BALE_Formação. Buscando naArte
Educação estratégias de disseminação para novos multiplicadores da proposta através
de atividades como oficinas de formação.
 Através das Artes Digitais como o site do Programa: http://programabale.com.br, além
das redes sociais e outros meios virtuais, realizar a divulgação das atividades
desenvolvidas pelo Programa BALE, sob o comandodo Canteiro Informação
(BALE.Net).
 Ler e organizar peças teatrais de obras literárias, adotando como estratégia as Artes
Cênicas e Circenses, para possibilitaro contato do mundo da literatura, através do
Canteiro Encenação, e/ou BALE_Em_Cena.
 Trabalhar a produção textual, via reconto oral/escrito, propiciando o contato com a
leitura através de obras literárias, utilizando-se como estratégia o Canteiro Contação
(BALE_Ponto_de_Leitura).
 Aumentar a acessibilidade à leitura e à escrita provocando ointeresse dos leitores por
obras literárias, com o Canteiro Ficção (Cine_BALE_Musical), mediante articulação
entre Cinema, Música e a Escrita como Artes privilegiadas.

A iniciativa, que teve duração de dez meses, gerou muitos frutos positivos. Dentre
eles podemos citar que nesse espaço de tempo os alunos do Ensino Superior e Médio puderam
trocar conhecimentos, vivenciar experiências que contribuíram para o seu desenvolvimento
pessoal e social.

3.2 As estratégias BALEanas

O Programa BALE funciona como um incentivador da leitura, de forma lúdica e


prazerosa, dentro e fora do espaço escolar, servindo como um importante mediador entre o
livro e o leitor. Segundo Delmanto (2007, p. 27):

O mediador de leitura é um sujeito que exerce as funções de aproximar os


leitores menos experientes dos livros, seduzir e orientar os leitores e
compartilhar saberes, mediante a organização de espaços de leitura
aconchegantes. Ele utiliza-se ainda de argumentos que convençam os
leitores do prazer da leitura e da beleza do texto, instiga o pensamento na
busca de outros significados dentro do texto, favorece o contato com
33

diversos textos e, especialmente, ajuda os leitores a construir sentidos para o


texto a partir de seus entendimentos, por meio de um processo dialógico.

Assim, como um mediador o Programa BALE aproxima, orienta seduz e compartilha


saberes entre os leitores menos experientes, por meio de estratégias que vão desde a
organização dos espaços das apresentações, preparados de modo que o público possa se sentir
instigado a está naquele ambiente, até a caracterização da equipe. Como mostram as imagens.

Figura 8 -Apresentação do Programa BALE


Figura 7 -Natal BALE em Frutuoso Gomes na Escola Educandário Alegria d o Aprender
em Frutuoso Gomes

Fonte: Arquivos do Programa BALE Fonte: Arquivos do Programa BALE

Em suas apresentações o Programa BALE busca seduzir o público das mais diversas
formas. Os BALEanos trajados de figurinos e maquiagens, lembram os personagens das
histórias infantis, o espaço das encenações conta com pufes, almofadas, banner do Programa,
casa de fantoches, tapete, malas repleto de livros. A chegada aos lugares de apresentação é
marcado com a alegria e a curiosidade do público que se sente envolvido e instigado a assistir
e participar daquele encontro com o mundo da literatura. No desenrolar do espetáculo
BALEano entram em cena a contação de histórias, declamações de poesias, brincadeiras, e
danças de roda e, como não podia faltar, muitos livros para o ler.
O Programa BALE atende a todos os públicos, idosos, jovens, adultos. Já visitou
escolas municipais, estaduais e privadas, hospitais, praças, Centros de Referencia a
Assistência Social - CRAS, instituições filantrópicas entre outros locais. Segundo Saldanha
(2013,p. 41)

Ao levar a leitura aos diversos locais por onde passa, o programa cumpre a
função social de possibilitar o acesso à diversidadede textospara crianças,
jovens e adultos que não dispõem de bibliotecas e acervo suficiente para
34

efetivar esse contato. Sendo assim, o programa alcança os estudantes de


graduação e a comunidade, priorizando as localidades periféricas, o que
proporciona disseminar a ideia de leitura enquanto prática social porque
ocorre de várias formas através de contação de histórias, roda de leitura,
interação com o público e nos mais diversos ambientes como nas escolas,
nas praças, nas ruas.

Antes das apresentações a equipe realizava reuniões para planejar e ensaiar as


histórias contadas. Esses momentos de planejamento e organização das atuações são
fundamentais para o crescimento e desenvolvimento do Programa BALE. Conforme Haidt
(1995, p. 94) “planejar é analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições existentes,
e prever as formas alternativas de ação para superar as dificuldades e alcançar os objetivos
desejados”.
Com essa edição, mais pessoas puderam ter acesso ao texto literário através das
contações de história realizadas pelo Programa BALE em espaços escolares e não escolares.
Suas as ações, divididas em duas equipes, uma em Pau dos Ferros e outras em Frutuoso
Gomes, contribuíram para o seu sucesso. Como mostra o gráfico seguinte.

Gráfico 02 - Atendimentos da 7ª edição do Programa BALE em Pau dos Ferros e


Frutuoso Gomes/Umarizal

4043

2675

1368

BALE - PAU DOS FERROS BALE - UMARIZAL/FRUTUOSO GERAL


GOMES

Fonte:Arquivos do Programa BALE.

Ao que tange a formação leitora dos participantes da equipe BALEana, o Programa


BALE em sua 7ª edição adotou como estratégia um trabalho sistemático que envolve cinco
canteiros (POGRAMA BALE, 2013), cada um contribuiu de forma especial para o
35

desenvolvimento dos envolvidos, seja disponibilizando obras, divulgando ações por meio das
artes virtuais, ou promovendo rodas de debates sobre livros.
O foco na formação de leitores do Ensino Médio foi o diferencial da 7ª edição. Além
de inserir os alunos em atividades extraescolares, como as citadas anteriormente, o Programa
BALE, por meio dos canteiros, também incentivou a leitura e a produção de textos orais e
escritos. Tiveram a oportunidade de analisar, discutir e produzir textos escritos sobre as obras
literárias como: O Auto da compadecida de Ariano Suassuna; Alicie no País das Maravilhas,
de Lewis Carroll; A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, Meu pé de laranja Lima, de José
Mauro de Vasconcelos e O Diário de Anny Frank, da Anny Frank.
Os alunos do ensino médio participaram de oficinas de formação preparadas pelos
discentes do ensino superior abordando temas como: literatura e cinema, teatralização de
histórias, editoração do currículo lattes, mediação de leitura na biblioteca. Os discentes do
ensino médio tiveram a oportunidade de ministrar oficinas sobre as obras: O Horto de Auta de
Souza; A Rosa do Povo de Carlos Drummond de Andrade; Esaú e Jacó de Machado de Assis
e Fogo Morto de José Lins do Rego,indicadas para o PSV 2014 da UERN.
Sobre a atuação, ambas as equipesdesenvolveram o mesmo tipo de trabalho em suas
cidades. Em Pau dos Ferros cada canteiro foi coordenado por um Professor do Campus
Avançado Professora Maria Albuquerque Maia – CAMEAM/UERN, já em Frutuoso Gomes
os cinco canteiros eram coordenados por uma professora. Em relação à atuação do Programa
BALE FRUTUOSO GOMES/UMARIZAL veremos melhor como se deu a atuação dessa
equipe a seguir.

3.3 BALE Frutuoso Gomes/ Umarizal: Leitores formando outros leitores

O BALE Frutuoso Gomes/ Umarizal é coordenado e supervisionado pela Professora


Ma. Maria Gorete Paulo Torres. As ações da 7ª edição do Programa BALE iniciaram em julho
de 2013, na Escola Estadual Ivonete Carlos em Frutuoso Gomes, onde atuou durante dez
meses. A equipe contava com uma coordenadora, já citada anteriormente, cinco bolsistas do
ensino superior, alunos de graduação do curso de Letras do Núcleo Avançado de Ensino
Superior de Umarizal – NAESU do Campus Avançado Maria Eliza Albuquerque Maia –
CAMEAM/UERN, oito bolsistas do ensino médio da referida escola, e dez voluntários, tanto
do ensino médio como do superior e também da comunidade frutuosogomense e vizinhas.
Nos primeiros meses de atuação da 7ª edição do programa BALE foram realizados
estudos e a produção de textos escritos, entre os alunos do ensino médio e superior, das obras:
O Auto da compadecida de Ariano Suassuna; Alicie no País das Maravilhas de Lewis Carroll;
36

A Hora da Estrela de Clarice Lispector, Meu pé de laranja lima de José Mauro de


Vasconcelos e O Diário de Anne Frank de Anne Frank.

Gráfico 03 - Produção textual dos alunos do ensino médio e superior da equipe do BALE
UMARIZAL/RUTUOSO GOMES

143

99

44

ENSINO SUPERIOR ENSINO MÉDIO TOTAL GERAL

Fonte: Arquivos do Programa BALE

Como visto no gráfico, foram produzidos mais de 90 textos entre os alunos do ensino
médio e do superior. A dinâmica de estudos acontecia da seguinte forma: Um livro era
indicado pelo Programa BALE e disponibilizado em formato PDF no grupo “ESCRITAS DE
SI: Entre Canteiros de Leitura e Produção”, no Facebook para ser lido pela equipe.
Semanalmente, nas quartas-feiras, pelo turno matutino na Escola Estadual Ivonete Carlos, a
equipe BALEana reunia-se para assistir um filme sobre a obra indicada, durante esses
encontros debatiam sobre o livro e a sua adaptação cinematográfica, refletindo e expondo suas
impressões.
Depois de realizadas a discussão, os BALEanos produziam um texto escrito e
postavam no grupo do Programa BALE. A produção escrita dosdiscentes do ensino médio era
avaliada pelos graduandos, já os textos dos alunos do ensino superior eram analisados pela
equipe de coordenadores. Essa dinâmica de correção de textos contribuiu para a formação
mutua dos participantes, pois a partir do momento em que o outro avalia o que escrevemos
este colabora significantemente para o nosso crescimento, mostrando o que poderia ser
acrescentado, desvios gramaticais que muitas vezes não percebemos. Tudo isso possibilitou a
troca de conhecimentos, e uma reflexão mais a profundada a cerca da escrita.
O uso das redes sociais nessa 7ª edição contribuiu bastante no desenvolvimento das
atividades propostas, além de ter sido um ótimo meio para propagar informação, seja a
37

respeito do Programa BALE, na divulgação das atividades ocorridas nas comunidades


visitadas, ou para manter a equipe atualizada sobre reuniões e ensaios. O uso das ferramentas
do mundo digital, como sites, blogs, redes sociais para fins pedagógicos nos faz refletir que
acesso a leitura pode se dá das mais diversas formas, e “[...] que a literatura não está
unicamente nos livros, mas se encontra nas telas dos computadores a disposição desses
leitores multimídiais, desses (hiper) leitores.” (RETTENMAIER, p.79 2009). Utilizá-las nas
praticas de ensino se torna necessário nos dias atuais, contribuindo na formação de leitores
jovens.
Visando a preparação desses futuros profissionais, na atuação do Programa BALE, as
equipes foram instigadas à participar e promover oficinas em suas cidades. Foram
desenvolvidas a Semana de Ciências, Tecnologias e Inovações com a Educação Básica – CTI
- EB e a semana de oficinas dedicadas ao estudo das obras indicadas no Processo Seletivo
Vocacionado – PSV 2014 da UERN. Objetivando contribuir para que osalunos do ensino
médio e/ou os demais interessados ingressassem em uma universidade e no mercado de
trabalho.
A Semana CTI-EB iniciou no dia 22 de outubro de 2013, com um recital de poesias,
às 19:00 horas no Campus Avançados Maria Albuquerque Maia CAMEAM/UERN. As
oficinas aconteceram entre os dias 23 e 24 desse mesmo mês. Na Escola Estadual Ivonete
Carlos, em Frutuoso Gomes RN, funcionaram pela manhã, a partir das 07:00 horas. As
oficinas: Literatura e Cinema e Teatralização de História ocorreram no primeiro, e no
segundo: Editando o seu LATTES e Mediação da Leitura de Textos na Biblioteca.

Gráfico 04: Atendimentos do Programa BALE durante a Semana CTI-EB em Frutuoso


Gomes

66

18 18 15 15

LITERATURA E TEATRALIZAÇÃO EDITANDO O MEDIAÇÃO DE TOTAL


CINEMA DE HISTÓRIAS SEU LATTES LEITURA NA
BIBLIOTECA

Fonte: Arquivos da 7ª edição do Programa BALE


38

De acordo com o gráfico, Semana de Ciências, Tecnologias e Inovações com a


Educação Básica – CTI - EB atendeu mais de 60 pessoas durante a sua realização, um número
bastante significativo. Profissionais da educação, como professores e bibliotecários, além de
alunos e pessoas da comunidade frutuosogomense e circunvizinhas participaram das oficinas
ministradas pela equipe BALEana em Frutuoso Gomes.
Visto o sucesso alcançado com a Semana CTI – EB, o Programa BALE realizou do
dia 27 a 31 de janeiro de 2014 a semana de oficinas dedicadas ao estudo das cinco obras
literárias indicadas pelo PSV 2014. O objetivo desse evento era poder contribuir, através de
um estudo sobre esses livros, para que os alunos do ensino médio pudessem ingressar na
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN.

Figura 09:Oficinas: Esaú e Jacó – Figura 10: Oficinas: O Horto – Reação da


personalidades opostas vida com a literatura

Fonte: Arquivos do Programa BALE. Fonte:Arquivos do Programa BALE.

Com essa iniciativa o Programa BALE criou situações em que os alunos puderam
interagir e trocar conhecimentos. Ações como essas se tornam necessário, para aprofundar o
conhecimento e ampliar o repertório de leitura dos discentes envolvidos com as ações do
Programa. As oficinas foram preparadas pelos alunos do ensino médio e do ensino superior
realizaram o estudo e o debate de livros como: O Horto de Auta de Souza; A Rosa do Povo de
Carlos Drummond de Andrade; Esaú e Jacó de Machado de Assis e Fogo Morto de José Lins
do Rego.
39

Tabela 02: Atendimentos do Programa BALE em Frutuoso Gomes durante a semana de


estudos das obras literárias indicadas para o PSV 2014 da UERN

Nº DE
DATA OFICINAS LOCAL
ATENDIDOS
Oficina: “O Horto – relação
Escola Estadual Ivonete
Da vida com a literatura”
27/01/14 Carlos 13
Coordenação: Maria Gorete Torres, BALE
(Frutuoso Gomes)
todos os canteiros
Oficina: “As faces da mulher
na obra de Clarice Escola Estadual Ivonete
28/01/14 Lispector Laços de Família” Carlos 14
Coordenação: Maria Gorete Torres, BALE (Frutuoso Gomes)
todos os canteiros
Oficina: “Esaú e Jacó –
Escola Estadual Ivonete
personalidades opostas”
29/01/14 Carlos 17
Coordenação: Maria Gorete Torres, BALE
(Frutuoso Gomes)
todos os canteiros
Oficina: “Uma hora e mais
outra – o homem das
Escola Estadual Ivonete
várias faces em A Rosa do
30/01/14 Carlos 18
Povo”
(Frutuoso Gomes)
Coordenação: Maria Gorete Torres, BALE
todos os canteiros
Oficina: Uma questão e
discussão em meio a obra Escola Estadual Ivonete
31/01/14 Fogo Morto” Carlos 16
Coordenação: Maria Gorete Torres, BALE (Frutuoso Gomes)
todos os canteiros
TOTAL GERALATENDIMENTOS NA SEMANA DE ESTUDOS DAS OBRAS
64
LITERÁRIAS DO PSV 2014 DA UERN

Fonte: Arquivos da 7ª Edição do Programa BALE

Os resultados alcançados foram fruto de bastante estudo, dedicação e planejamento


da equipe BALEana. Os alunos do ensino médio e superior liam as obras literárias propostas,
discutiam e planejavam as atividades. Os BALEanos tinha a liberdade para usarem a
criatividade na produção das oficinas, desde o nome da oficina até os recursos utilizados para
prender a atenção do público.
Além das atividades anteriormente citadas em que a equipe BALEana participou, vale
destacar também o trabalho de incentivo a leitura desenvolvido nos mais diversos lugares na
cidade de Frutuoso Gomes e outras vizinhas. O Programa BALE atuou em escolas
municipais, estaduais e partículas, CRAS entre ouros locais, levando literatura, teatro,
contação de histórias, poesias e muitas outras atividades de incentivo a leitura como mostra
tabela.
40

Tabela 03: Atuações do Programa BALEFRUTUOSO GOMES/UMARIZAL durante a


7ª edição

ATIVIDADES REALIZADAS
Nº DE
DATA PELO PROGRAMA BALE– LOCAL
ATENDIDOS
NAESU
Encenação da peça “A vida é uma
caixinha de surpresas”, da Companhia Escola Estadual
17/08/13 de Teatro Os Melhores do Mundo. Ivonete Carlos 75
Coordenação: Maria Gorete Torres, (Frutuoso Gomes)
BALE todos os canteiros.
Comemoração dos 10 anos de
aniversário do NAESU com a
apresentação do monólogo “Entrevista
19/08/13 para uma vaga de emprego” e um saral NAESU (Umarizal) 115
de poesias.
Coordenação: Maria Gorete Torres,
BALE todos os canteiros.
Encenação da história “A formiguinha
e a Neve” do autor João de Barro.
Recitação das poesias: “O peru” de Escola Municipal
21/08/13 Vinício de Morais, “viajar pela leitura” Ernesto Ferreira 155
de Clarisse Pacheco. (Frutuoso Gomes)
Coordenação: Maria Gorete Torres,
BALE todos os canteiros.
Encenação das histórias “A
formiguinha e a Neve” do autor João
Escola Estadual
de Barro, e“A Casa Sonolenta” do
04/09/13 Frutuoso Gomes 56
escritos Wood Audrey.
(Frutuoso Gomes)
Coordenação: Maria Gorete Torres,
BALE todos os canteiros.
Encenação das histórias “A Galinha
Xadrez”, do Rogério Trezza, e “A
Escola Municipal
Festa no Céu”, de Angela Lago, e
11/09/13 Santa 53
recital de poesias.
Filomena (Umarizal)
Coordenadora: Maria Gorete Paulo
Torres, BALE todos os Canteiros.
Recepção aos Calouros 2013.2, Com
um recital de poesias.
14/10/13 Coordenadora: Maria Gorete Paulo NAESU (Umarizal) 110
Torres, BALE todos os
Canteiros.
Apresentação da Campanha Natal
Escola Estadual
BALE com Poesias recitadas.
11/11/13 Ivonete Carlos 64
Coordenação: Maria Gorete Torres,
(Frutuoso Gomes)
BALE todos os canteiros.
I Seminário interno de Avaliação
Escola Estadual
“Avaliação geral do Programa BALE”
20/11/13 Ivonete Carlos 40
Coordenação: Maria Gorete Torres,
(Frutuoso Gomes)
BALE todos os canteiros.
Encenação da história “A Casa Escola Educandário
06/12/13 Sonolenta” de Wood Audrey, recitação Alegria de Aprender 80
da poesia: “A Foca” do poeta Vinícius (Frutuoso Gomes)
41

de Morais.
Coordenadora: Maria Gorete Paulo
Torres, BALE todos os Canteiros.

Natal BALE Escola Estadual


20/12/2013 Coordenação Maria Gorete Paulo Ivonete Carlos 238
Torres, BALE Todos os Canteiros. (Frutuoso Gomes)

Adaptação da história “Dona


Baratinha”, da Ana Maria Machado e o
filme “O Gigante Egoísta”, do Oscar
Escola Estadual
Wilde. Momento de interação com:
07/02/14 Ernesto Ferreira 113
músicas, danças, rodas de leitura e
(Frutuoso Gomes)
reconto de histórias.
Coordenação Maria Gorete Paulo
Torres, BALE Todos os Canteiros.
Adaptação em peça de teatro da
crônica: “Como Pedir uma Pizza em
25/02/14 2020”, autor Luiz Fernando Veríssimo. NAESU (Umarizal) 98
Coordenação Maria Gorete Paulo
Torres, BALE Todos os Canteiros.
Adaptação em peça de teatro da
crônica: “Como Pedir uma Pizza em Escola Estadual
07/03/14 2020”,do Luiz Fernando Veríssimo. Ernesto Ferreira 98
Coordenação Maria Gorete Paulo (Frutuoso Gomes)
Torres, BALE Todos os Canteiros.
Adaptação em peça de teatro dos
textos: “Crônica de Páscoa”do Luiz
Escola Estadual
Fernando Veríssimo, “O Verdadeiro
16/04/2014 Ivonete Carlos 150
Sentido da Páscoa” de Minéia Pacheco
(Frutuoso Gomes)
Coordenação Maria Gorete Paulo
Torres, BALE Todos os Canteiros.

Centro de
Recital de poemas, quadro de palhaços.
Atendimento de
07/05/2014 Coordenação Maria Gorete Paulo 28
Atenção Psicossocial
Torres, BALE Todos os Canteiros.
CAPS (PATU).

Recital de poemas. Escola Estadual


10//05/2014 Coordenação Maria Gorete Paulo Ivonete Carlos 55
Torres, BALE Todos os Canteiros. (Frutuoso Gomes)
42

Abertura da III SELLN com um recital


de poemas.
02/06/2014 NAESU (Umarizal) 78
Coordenação Maria Gorete Paulo
Torres, BALE Todos os Canteiros.

TOTAL GERAL DE ATENDIMENTOS DOPROGRAMA BALE


DURANTE A 7ª EDIÇÃO PELA EQUIPE UMARIZAL/FRUTUOSO 1446
GOMES

Fonte: Arquivos da 7ª edição do Programa BALE

Ao visitar tanto ambientes escolares como não escolares o Programa mostra que em
qualquer lugar é possívelde se incentivar a leitura, apesar de ser na escola onde aprendemos a
ler e temos contato com os mais diversos tipos de livros, fora desse lugar também aprendemos
das mais diversas formas, com os nossos pais, grupos de amigos, igrejas entre outros.
Como mostram os dados da tabela, a equipe BALE UMARIZAL/FRUTUOSO
GOMES, em sua 7ª edição contribuiu para que mais de 1400 pessoas tivesse acesso à leitura
literária. Os números apresentados são gratificantes, pois foi fruto de um trabalho feito com
dedicação que contribuiu para que mais pessoas pudessem ter acesso à leitura literária de
forma lúdica e prazerosa.
43

4 O LEITOR NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A


RELEVÂNCIA DO PROGRAMA BALE NA FORMAÇÃO LEITORA DE
ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL IVONETE CARLOS

Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós
ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.

(Paulo Freire)

4.1 A leitura: antes e depois do Programa BALE

A fim de saber como os pesquisados veem a leitura discutiremos nesse tópico a visão
de leitura dos partícipes levando em consideração as suas experiências de leitura antes e
depois de entrar no Programa BALE. Para tanto, no questionário aplicado fizemos a seguinte
pergunta: Tomando como base as suas experiências de leitura vividas antes e durante o
Programa BALE conte-nos como você vê a leitura em sua vida. Os entrevistados deram as
seguintes respostas da tabela:

Quadro 1 – Respostas da questão 1, do questionário aplicado aos pesquisados

A leitura na minha vida é indispensável, ler é algo que faço todos os dias, tenho que
sempre ler um livro, um texto, ler me traz prazer, além de varias descobertas, viajar em
A1 um mundo diferente sem sair do lugar, além de melhorar o vocabulário, a cada dia mais
me apaixono pela leitura.
A leitura em minha vida é algo essencial e de bastante importância. Com ela, pude
avançar em varias coisas, como, numa melhor interpretação de textos, o gosto pela
A2
leitura aumentou e melhor desempenho em minha vida escolar.
A leitura em minha vida é uma atividade de lazer que me traz bastante aprendizado e
conhecimento, algo que uso para aprender me divertindo e essa maior inserção da
A3 leitura em minha vida me trouxe uma enorme melhora na interpretação e construção de
texto.
A leitura é muito importante para mim, pois com ela viajamos por lugares nunca vistos,
sentimos como se estivéssemos dentro da história, transmitimos o nosso conhecimento
por meio dela, tiramos dúvidas, melhoramos a nossa grafia e a forma de se comunicar.
A4 Sem deixar de frisar que o hábito de ler facilita muito na interpretação de textos.
Percebi que através do Programa BALE o gosto pela leitura aumentou, pois eu não lia
frequentemente, com isso vejo o resultado desses meses vivenciados no programa a
44

cada dia.
A leitura é algo que, felizmente, faz parte do meu cotidiano, apesar de antes das minhas
experiências com o BALE já me considerar uma leitura assídua, após o contato com o
A5 programa tive acesso a um maior acervo literário e uma considerável melhora na minha
capacidade de interpretação.
Eu vejo a leitura como algo maravilhoso e importante, por que através dos livros
viajamos em outro mundo, aprendemos e descobrimos coisas novas. Não posso deixar
A6
de falar que além de aprendermos, ler é muito prazeroso e um ótimo passado tempo.
A leitura era algo que eu realizava constantemente, e durante o Programa BALE isso se
tornou hábito mais frequente, pois houve um incentivo maior e nele pude perceber
como a leitura se tornou importante e prazerosa. A partir daí comecei a ter contato com
obras literárias maravilhosas que deixaram suas marcas positivas e que contribuíram
A7
para o meu desenvolvimento como leitor e escritor. Vejo que a leitura nos motiva a
refletir e pensar melhor sobre as coisas e o BALE se propôs a nos mostrar o quanto é
importante ler e conhecer o mundo mágico das palavras.
A leitura sempre teve papel fundamental em minha vida, antes do BALE eu já tinha o
habito de ler, mas depois que o BALE entrou em minha vida eu descobri o quanto a
leitura é importante para todas as pessoas e o quanto ela é capaz de transformar a
A8
realidade em que a sociedade contemporânea se encontra, amparando aqueles que estão
perdidos e os levando para um novo mundo sem fronteiras, que é o mundo da leitura.

Durante o período de atuação da 7ª edição do Programa BALE em Frutuosos Gomes


os alunos, sejam do ensino médio, ou do superior tiveram a oportunidade de vivenciar
diversas experiências de leitura, que vão desde a contação de histórias, até as discussões em
rodas de debate de obras literárias, como havíamos exposto no capítulo anterior, e como
mostram as respostas dos pesquisados. Toda essa vivência com a literatura espera-se
contribuir para despertar o gosto pela leitura nos pesquisados, assim como os demais
componentes da equipe BALEana, e aprofundar seus conhecimentos aprimorando habilidades
como escrita e interpretação de textos.
De acordo com as respostas dos pesquisados os trabalhos realizados pelo Programa
BALE de forma positiva para a sua formação como leitor. A4 e A7 contam que o gosto pela
leitura aumentou relatando que não liam com frequência ante de entrar no Programa.
A5, A7 e A8 já gostavam de ler antes do Programa BALE, mas através dele puderam
ver a leitura de outra forma. A5 teve um maior acesso ao texto literário melhorando a sua
capacidade de interpretação. A7 percebeu como a leitura é importante e prazerosa, pois nos
45

faz refletir sobre as “coisas”, ajudando no desenvolvimento da escrita e da leitura. A8


percebeu que com a leitura podemos mudar a nossa realidade, “amparando aqueles que estão
perdidos e os levando para um novo mundo sem fronteiras, que é o mundo da leitura”. O
participe ressalta caráter inclusivo e modificador social proporcionado pelo conhecimento
advindo das leituras feitas no decorrer de nossas vidas. Os outros pesquisados falaram de
funções que a litura desempenha em suas vidas. Dividimos alguns dos que se destacam mais
nas respostas através no gráfico.

Gráfico 05: visão de leitura para os pesquisados

4 4

2
1 1

Forma de prazer Ajuda na Melhora a Enriquece o Auxilia na


interpretação de produção textual Vocabulário comuicação
textos

De acordo como o gráfico quatro dos partícipes veem a leitura como uma forma de
prazer. Expressando em suas respostas através de adjetivações como: “Indispensável”,
“essencial”, “importante”, “maravilhoso” e “fundamental.” Para A3, ler é uma atividade
prazerosa que traz bastante aprendizado e conhecimento, por meio da leitura aprendemos se
divertindo. Segundo A4 a leitura é um meio no qual “transmitimos o nosso conhecimento”,
“tiramos dúvidas”. Os pesquisados A2, A3, A4 e A5, dizem que a leitura ajuda na
interpretação de textos. Essas formas de caracterizar o ato de leratribuem o caráter imaginário,
envolvente ereflexivo proporcionado pelos textos literários.
Segundo A1 ler enriquece o vocabulário, enquanto A4 diz que auxilia na
comunicação. Ter um bom vocabulário e saber usá-lo faz parte de uma boa comunicação.
Quando lemos aumentamos as nossa forma ler a nossa realidade, assim quanto maior for o
nosso repertorio de leitura, maiores são as possibilidades de interpretação do meio onde
vivemos e as possibilidades de interagir e compreender os outros.
46

4.3 O trabalho envolvendo o texto literário na 7ª edição do Programa BALE para a


formação do leitor com alunos bolsistas e voluntários do Ensino Médio.
O Programa BALE utilizou o texto literário de diversas formas em seu trabalho de
incentivo e formaçãode leitores durante a sua 7ª edição. Entre a equipe foram realizadas rodas
de discussões sobre livros como: O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna; Alicie no
País das Maravilhas, de Lewis Carroll; A Hora da Estrela, de Clarice Lispector; Meu pé de
laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos e O Diário de Anne Frank, da própria Anne
Frank. Os BALEanos prepararam oficinas de obras indicadas ao vestibular da UERN, como:
O Horto de Auta de Sousa, A Rosa do Povo de Carlos Drummond de Andrade, Fogo Morto
de José Lins do Rego, Esaú e Jacó do Machado de Assis e Laços de Família da Clarisse
Lispector. Para o público promoveu eventos e encontros nos quais aconteciam contação de
histórias, recital de poesias, brincadeiras entre outras atividades.
Sobre os momentos de discussão aconteciam da seguinte forma:o Programa BALE
indicava e disponibilizava o livro digital para baixar na rede social Facebook, nos dois grupos
fechados “ESCRITAS DE SI: Entre Canteiros de Leitura e Produção - CAMEAM” e
“ESCRITAS DE SI: Entre Canteiros de Leitura e Produção – NAESU”. Depois os alunos, do
ensino médio e do superior, faziam a leitura dos livros, discutiam com os demais BALEanos
em seguida postavam um texto sobre a obra no grupo fechado.
Hoje em dia qualquer pessoa pode ter acesso aos livros que desejar, seja de forma
gratuita ou paga, basta está conectado a internet, fazer o download da obra e ler no
computador, celular, tablete ou qualquer outro meio digital. Contudo, a facilidade que se
apresenta, não agrada ou não é a cessível a todos a todos. Embora o texto virtual tenha seus
atrativos, para algumas pessoas ainda não é capaz de substituir o toque, o cheiro, o prazer de
ver um livro posto como um troféu em uma estante depois de lido, alcançar o nível sensorial
(MARTINS 2003), no qual o gosto pela leitura acontece por meio das sensações que sentimos
ao manusear o livro.
Sobre o uso de redes sociais para fins pedagógicos dentro do Programa BALE
fizemos a seguinte pergunta aos pesquisandos: O Programa BALE, nesta 7ª edição fez uso de
redes sociais como o Facebook para divulgar as ações e manter informado os BALEanos
sobre os bastidores de cada atuação, foi criado o grupo privado “Escritas de si: Entre
canteiros de leitura” dessa rede para que vocês pudessem postar textos sobre obras que
eram indicadas pelo programa. Gostaríamos de saber como você avalia o uso dessas redes
sociais dentro da finalidade do BALE, tornar útil o uso dessas ferramentas digitais para o
47

desenvolvimento do aprendizado do aluno. Relate-nos também se houve dificuldades, como


conseguiu superá-las, os pontos positivos.

Quadro 2 – Respostas da questão 2, do questionário aplicado aos pesquisados

O uso das redes sociais foi muito bom, porque utilizamos a tecnologia para formação
com o BALE. No inicio a dificuldade que tive foi a postagem de textos no grupo, mas
em relação a ler na tela do computador, não tive, pois sempre gostei muito de ler.
A1 Tiveram muitos pontos positivos, a interligação das redes sociais com alguns bolsistas
do ensino médio que nos ajudou a melhorar no desenvolvimento com a tecnologia, a
melhoria na produção dos textos.
O uso das redes sociais para a comunicação da equipe foi algo ótimo para o
desenvolvimento da referida edição. No inicio senti um pouco de difilcudade na leitura
em tela, pois ainda não era de costume fazer uma leitura desse tipo, porém com o
A2 tempo fui me adaptando com essa tecnologia. Os pontos positivos do uso da tecnologia
no programa BALE, é que podemos nos comunicar de forma rápida de lugares
distantes.
Acredito que o uso das redes sociais engrandeceu essa edição, possibilitando, mesmo
estando distante, manter o contato e participar mais ativamente das atividades. Minha
maior dificuldade foi a distancia, que me impossibilitou de participar de muitas
A3 atividades, mas que foi suprida em partes pela redes sociais. Um ponto positivo do uso
das redes sociais foi a possibilidade de compartilhar nossos trabalhos de maneira mais
ampla.
Foi uma ótima iniciativa para todos os membros do BALE se comunicarem e ficarem
por dentro de todas as ações desenvolvidas em Frutuoso Gomes e nos demais
municípios do Auto Oeste e reuniões na Escola Estadual Ivonete Carlos. Com este
A4 grupo privado postavam os textos de cada obra lida e tiravam as suas dúvidas. Não tive
nenhuma dificuldade em relação a utilizar essa ferramenta na internet, apenas no início
ficava um pouco presa a fazer os textos e publicar no grupo.
A utilização de redes sociais para facilitar a comunicação entre os BALEanos foi algo
de grande importância, de forma que as informações passaram a ser realizadas de uma
forma bem mais simples e ágil. No tocante as postagens de texto, por ser uma
A5
voluntária que não reside nas cidades pólos, por motivos escolares não realizei a
postagem da maioria dos textos.
Essa foi uma ótima ideia, pois tornava o trabalho do BALE mais ágil e eficiente na
questão de apresentar os textos ao programa e também para que todos do grupo
A6
ficassem por dentro de tudo que estava acontecendo e do que ainda ia acontecer.
48

O uso das redes sociais foi sem dúvida muito importante para o desenvolvimento do
programa, pois o meio digital garantiu maior comunicação entre os participantes, as
informações importantes que pudemos saber e também o uso de um ambiente virtual
interativo, onde todos postavam seus textos e comunicados e com isso foi possível
desenvolver de maneira satisfatória as atividades do Programa. Porém, estar sempre em
contato com o mundo digital foi um grande desafio, pois como as tecnologias
proporcionam progresso também é necessário ter um conhecimento maior a respeito
A7
das mesmas e eu não dispunha de tal conhecimento, por isso das dificuldades em postar
textos, ter acesso aos livros pela tela do computador e acessar ao grupo. Mas, agora
vejo que essas dificuldades foram superadas, pude me aperfeiçoar no meio tecnológico
e adquiri experiências e conhecimentos que serão necessários profissionalmente eno
meio acadêmico e o BALE me ajudou nessa grande conquista que trouxe muitos
pontos positivos.
O uso das redes sociais facilitou bastante a discussão de opiniões e o programa utilizou
esse método como uma inovação para o crescimento da leitura. Como bolsista de
ensino médio do programa BALE encontrei varias dificuldades tais como: morar na
zona rural, não ter acesso a internet e nem a computador, tudo isso fez com que
ocorressem algumas falhas no desenvolvimento das atividades previstas dentro do
programa, como por exemplo, atrasos nas publicações dos textos. Outra dificuldade
encontrada foi publicar tais textos devido ao não acesso a internet no grupo “Escritas
A8 de Si” criado nas redes sociais mais especificamente no Facebook. Sendo assim, era
necessário deslocamento para uma lanhouse para realizar as publicações dos textos.
Portanto, as dificuldades enfrentadas fortaleceram cada vez mais o meu
desenvolvimento no programa, afinal, nada que tem valor é conquistado com
facilidade, tudo que é valioso tem seu preço, e os obstáculos enfrentados nos fez
melhorar de maneira positiva contribuindo para nossa formação leitora enquanto ser
humano social capaz de mudar o mundo através da leitura.

Como mostram as respostas, os pesquisados passaram por algum tipo de dificuldade


em realizar as atividades de leitura e escrita que exigiam o uso de redes sociais. A2 relatam
que realizar a leitura na tela do computador foi um dos problemas enfrentados, diferentemente
de A1 que diz que isso não foi problema, pois sempre gostou muito de ler, porém confessa ter
sentido dificuldades no início para posar os textos.
A falta de acesso ao computador com internet foi outro fator apontado entre os
pesquisados que dificultou a realização das atividades. Os participes A7 e A8, são
provenientes da zona rural e não possuíam computadores conectados a internet. A7 conta que
49

para postar os textos era necessário usar uma lanhouse. A8 não tinha muita habilidade para
usar o computador, e enfatiza, em sua resposta, que o mundo digital traz muitos benefícios,
porém é necessário ter certo conhecimento e habilidades para poder usufruir das vantagens do
universo tecnológico.
A3 e A5 não puderam participar de todas as discussões sobre obras, por não
residirem em Frutuoso Gomes. Afirmam, assim como os demais pesquisados, que ao utilizar
as redes sociais, o Programa BALE contribuiu para que a equipe estivesse informada sobre
reuniões, apresentação entre outros, servindo como um a aliado no compartilhamento de
informações internas (reuniões, apresentações e ensaios), e externas, (divulgação de
encontros, entre outros). Os alunos se reuniam geralmente às quartas-feiras pelo horário
matutino.
A equipe realizava semanalmente um debate sobre a leitura proposta pelo Programa
BALE. Depois de feita as leituras indicadas, em encontros, que aconteciam geralmente nas
quartas-feiras, assistiam a adaptação cinematográfica da obra e debatiam com os demais
BALEanos expressando suas opiniões sobre o que tinha lido fazendo comparações entre o
livro e filme. Sobre esses momentos fizemos a seguinte pergunta: Durante a sua participação
no Programa você leu e discutiu algumas obras literárias que foram indicadas pelo
Programa. Fale da sua experiência dos momentos em que as obras eram discutidas em grupo
e, se possível, nos fale sobre algum dos livros que mais te chamou atenção e por quê?

Quadro 3 – Respostas da questão 3, do questionário aplicado aos pesquisados

A minha experiência foi muito boa nas discussões sobre as obras literárias, debatíamos
sobre a diferença ente obra e filme, os aspectos semelhantes, era bastante proveitoso.
As cinco obras tiveram algo que me chamaram atenção. Mas a que me tocou mais foi
O Diário de Anne Frank, se tratava da segunda guerra mundial, e eu sempre gostei
A1
muito de tudo que se trava de história. Além de ela contar todo o seu sofrimento,
angustia, solidão aprisionada com medo, junto com sua família, ela tinha um prazer
insaciável por ler, lia sempre e estudava.
Durante a sétima edição do programa BALE, lemos os livros: O auto da compadecida,
Alice no país das maravilhas, Meu pé de laranja lima, A hora da estrela e O diário de
Anne Frank. No momento em que havia as discursões das mesmas, era um momento
A2 bastante proveitoso, pois cada um de nós dizíamos o que achavam mais interessante e a
parte da obra que mais te chamava atenção. Assim aumentávamos ainda mais o nosso
entendimento sobre o livro. Uma das obras que mais me chamou atenção foi O diário
50

de Anne Frank, pois ao mesmo tempo em que retratava sobre a Segunda Guerra
Mundial, retratava a historia de uma pequena escritora que em meio a tantas
dificuldades e sofrimentos escreveu o seu diário com uma linguagem complexa, que
ficou na historia mundial.
As discursões das obras me possibilitou conhecer obras novas e aprofundar a já
conhecidas, vendo-as com novos olhos, olhos dos nossos colegas de equipe. Desta
A3 forma aprofundávamos o que sabíamos e muitas vezes passávamos a observar detalhes
que nos tinha passado desconhecido.
Avalio como uma ótima ideia a discussão das obras lidas durante as reuniões, onde
todos do grupo interagiam entre si, transmitindo os seus conhecimentos e tirando suas
dúvidas. Achei muito interessante essa interação, pois quando um membro não falava o
que estava presente na obra, algo que para ele estava implícito, o outro que havia
percebido algum aspecto diferente frisava o que mais lhe chamou atenção, deixando
claro todos os aspectos contidos naquela obra literária. Com isso facilitava na hora da
A4 produção dos textos, relembrando toda a discussão. A obra que me chamou bastante
atenção foi “Meu Pé de Laranja Lima” por ser uma história tão piedosa, que ao ler eu
imaginava cada imagem e criava toda aquela cena na minha mente, onde teve alguns
momentos que eu me segurei para não chorar. Quero frisar outra obra que me fez
aprofundar mais sobre o assunto da Segunda Guerra Mundial “O diário de Anne
Frank” por ser um dos assuntos mais comentados na História.
Nesta edição do programa, por motivos já relatados anteriormente, não estive presente
em alguns encontros pessoais da equipe, entretanto realizei a leitura dos livros e o que
mais me chamou atenção foi Alice no País das Maravilhas, pois apesar de antes de
A5 conhecer a obra escrita já ter tido contato com a longa metragem, pude perceber que a
escrita nos mostra detalhes que são importantes para capacitar a nossa interpretação
pessoal e individual.

Era muito bom quando nos reuníamos pra discutir as obras, essas servia como troca de
conhecimento, todos podiam expressar suas opiniões e entendimento sobre os livros,
tinha coisas que alguns percebiam ao ler que outros não percebiam e visse e versa. Um
dos livros que me chamou mais atenção foi o Diário de Anne Frank, por se tratar de
uma obra real e por ter sido escrita no período da Segunda Guerra Mundial, época que
A6
foi marcada por preconceito contra os judeus, que eram presos e mortos nos campos de
concentrações, não importava a qual classe financeira pertencia, pois até médicos eram
presos também. Em seu diário Anne escrevia coisas do seu cotidiano, sobre a guerra e
o sofrimento que passavam no esconderijo, e tudo o sentia, pois sabia que o diário
guardaria segredo. A forma de Anne escrever, no inicio do diário, era típica de uma
51

criança, mas com o passar do tempo percebemos um amadurecimento na escrita, isso


foi resulta de muita prática na escrita e de muita leitura, pois a mesma lia bastante, sem
contar que ela era muito inteligente. Depois de dois anos de angustia, sofrimento e
medo, todos os refugiados foram presos pelos oficias e levados para os campos de
concentrações, onde foram mortos exceto o pai de Anne, que morreu depois da guerra,
mas antes de sua morte publicou o livro, realizando o desejo de Anne.
Os momentos de interação e discussão era muito proveitoso e colaborativo, todos
expunham seus pontos de vista e comentários acerca das obras destacando seus vários
aspectos. Em umas das obras a que mais chamou a minha atenção foi sobre o livro
“Meu Pé de Laranja Lima” de José Mauros de Vasconcelos, nele me encantei com a
A7
triste história de Zezé e que mesmo em meio às dificuldades mantém um laço de
afetividade com um Pé de Laranja Lima que se torna seu confidente e seu grande
amigo.
A leitura e discussão das obras com a equipe foram um dos momentos mais prazerosos,
pois era muito gratificante você ler a obra e depois ter a oportunidade de expressar suas
opiniões e dizer o que entendeu sobre determinada leitura. Uma das obras que me
A8 chamou mais atenção foi o Diário de Anne Frank pelo fato de passar o sofrimento da
Segunda Guerra Mundial e por ter tido a oportunidade de ter lido a obra de um grande
fato histórico.

Os pesquisados avaliam a iniciativa do Programa BALE de promover a discussão de


livros de literatura como: “Muito boa”, “ótimo”, “colaborativo” e “prazeroso”. A5 não se
posicionou, pois não pode acompanhar esses momentos por não estar residindo na cidade de
Frutuosos Gomes durante o período de leitura e estudo dos livros.
Como podemos perceber, através das respostas dos partícipes, os momentos que o
Programa BALE realizava para a discussão e análise em grupo sobre textos literários foram
bastante proveitosos. A6 conta que esses momentos serviam “como troca de conhecimento,
todos podiam expressar suas opiniões e entendimento sobre os livros, tinha coisas que alguns
percebiam ao ler que outros não percebiam e visse e versa.” Assim, a interação entre a
coordenadora, os discentes do ensino médio, e os do ensino superior, contribuiu para a
aprendizagem dos envolvidos.
É interessante observar na fala de A8 quando diz que “era muito gratificante você ler
a obra e depois ter a oportunidade de expressar suas opiniões e dizer o que entendeu sobre
determinada leitura” expressando a necessidade que sentimos em falar sobreo que lemos,
poiso diálogo ajuda a compreender detalhes, dos quais, muitas vezes são passados por
52

despercebidos. Para A4 “isso facilitava na hora da produção dos textos, relembrando toda a
discussão”, desse modo esses momentos ajudaram na produção dos textos dos BALEanos.
As respostas dos pesquisados nos faz refletir que o conhecimento não se constrói de
forma individual e separada, mas que aprendemos com a interação entre os outros. Os
encontros realizados foram propícios para aumentar o gosta pela leitura dos partícipes através
da aproximação entre os livros e o leitor e também aprimorar a sua escrita. Assim, a
contribuição para o aprendizado da equipe se deu devido a essa troca de experiências leitoras.
O propósito dessas atividades era, por meio das discussões realizadas em grupo,
despertar o prazer pela leitura literária, criar um laço afetivo entre os alunos e os livros,
levando os discentes a serem críticos diante do que liam, tendo como objetivo principal
contribuir na formação leitora desses jovens. Sabendo do presente objetivo a pergunta
questionava também qual a obra que mais chamou a atenção do pesquisados, dentre as
primeiras descultivas em grupo.
Gráfico 06 - Obras preferidas ente os pesquisados

2
1

Alice no País das Meu Pé de Laranja Lima O Diário de Anne Frank Total de Informantes
Maravilhas

Os livros preferidos entre os pesquisados foram: O Diário de Anne Frank em


primeiro lugar que conquistou cinco entre os oito informantes, seguido de Meu Pé de Laranja
Lima com dois e Alice no País das Maravilhas com um.
A1, A2, A6 e A8 disseram se identificar com O Diário de Anne Frank por se tratar
de um livro que retrata 2ª Guerra Mundial. A6 reconta em sua resposta o que se passa nessa
obra, falando sobre aspectos históricos daquela épocadifícile fazendo uma analise sobre a
escrita da protagonista, segundo o participe “no inicio do diário, era típica de uma criança,
mas com o passar do tempo percebemos um amadurecimento na escrita, isso foi resultado de
53

muita prática na escrita e de muita leitura, pois a mesma lia bastante.” É interessante observar
nessa resposta o fato do pesquisado observar detalhes que vão desde o contexto histórico até o
desenvolvimento da escrita da personagem Anne, demostrando está bem envolvimento com a
leitura.
O livro Meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos conquistou os
pesquisados A4 e A7 por se tratar de uma história emocionante com cenas tristes. A7 se
encantou “[...] com a triste história de Zezé e que mesmo em meio às dificuldades mantém um
laço de afetividade com um Pé de Laranja Lima que se torna seu confidente e seu grande
amigo.” A4 “[...] imaginava cada imagem e criava toda aquela cena na minha mente, onde
teve alguns momentos que eu me segurei para não chorar.” Os partícipes realizaram uma
leitura bem aprofundada da obra, como mostram as respostas. Enquanto A7 faz um reconto da
leitura mostrando que é uma história triste, A4 recria em sua imaginação as cenas chegando a
se emocionar quando diz que “eu mim seguirei para não chorar”.
A obra Alicie no País das Maravilhas, de Lewis Carroll chamou a atenção de A5. O
participe teve contato com a longa metragemantes de ler o livro, mesmo percebeu que o livro
tem muitas informações das quais o filme não mostra. É importante a observação do participe,
pois sabemos que o filme é apenas mais uma visão do que está escrito, uma das múltiplas
leituras possíveis ser feita sobre a obra, daí a necessidade de se ler o livro para poder criar o
leitor criar o seu próprio ponto de vista.
A fim de preparar, tanto os alunos que participaram do Programa BALE, quanto os
demais interessados para ingressar em uma universidade, foram realizadas oficinas usando os
livros de literatura indicado para o Processo Seletivo Vocacionado – PSV 2014 da UERN. A
semana de preparação para o PSV 2014 da UERN aconteceu dos dias 27 a 31 de janeiro de
2014. A equipe BALEana preparou oficinas sobre as obras: O Horto, de Auta de Sousa, A
Rosa do Povo,de Carlos Drummond de Andrade, Fogo Morto,de José Lins do Rego, Esaú e
Jacó,do Machado de Assis e Laços de Família,da Clarisse Lispector.
Sobre a preparação das oficinas e a participação dos entrevistados nessa ação do
Programa BALE fizemos o seguinte questionamento aos partícipes: O Programa BALE
promoveu a semana de estudos das obras literárias do PSV da UERN, e você ministrou uma
oficina. Fazendo uma auto avaliação: Como foi ministrar uma oficina? Quais as suas
maiores dificuldades? Dadas as seguintes respostas no quadro a seguir.
54

Quadro 4 – Respostas da questão 4, do questionário aplicado aos pesquisados

Ministrar uma oficina foi muito bom, além de aprimorar o meu desenvolvimento a falar
em público, aprendi mais sobre a literatura e a obra estudada, além de servir para o
vestibular que iria prestar. As dificuldades que tive foram só o medo de falar em
A1
público, mas depois consegui contornar e acho que o meu desempenho foi bom como
ministrante.
Na semana de estudos sobre as obras literárias do PSV ministrei a oficina sobre o livro
"O horto" de Auta de Souza. Para mim ministrar essa oficina foi algo de bastante
aprendizado, pois aumentei o conhecimento não só da obra de Auta de Souza, mas
também sobre a vida da autora, sobre o período literário da obra e sobre os demais textos
A2
literários. Nessa oficina senti um pouco de dificuldade no entendimento e no
relacionamento com a obra, pois a mesma trazia uma linguagemde difícil entendimento,
porém com o estudo grupal e individual consegui superar essas dificuldades.
Ministrar uma oficina nos possibilita um enorme aprendizado da obra trabalhada, da
vida do autor e o tempo literário desta obra. Participar dessa semana de estudos das
A3 obras literárias, nos trouxe aprendizado de todos as obras que o PSV da UERN utilizou.
A maior dificuldade é adaptar-se com as linguagens utilizadas nas obras.
Foi uma nova experiência, pois nunca tinha participado de uma oficina como
ministrante. No início foi um pouco difícil, até porque a obra que fiquei para ministrar
era complexa, “O Horto” de Auta de Souza, para isso me aprofundei sobre a vida da
escritora passando a compreender o que Auta transmitia nas suas poesias já que a
mesma vivia uma vida de amargura, tristeza, sofreu bastante com a morte de seus
familiares, angústia e era doente de tuberculose uma doença que na época era bastante
A4 frequente e perigosa. Com toda essa análise passei a decifrar os aspectos contidos nas
suas poesias, conduzindo para o público os meus conhecimentos deixando clara a
bibliografia da escritora e quais os aspectos presentes na obra, com o intuito de ajudar ao
público que iria prestar o vestibular. Sem deixar de frisar que me ajudou muito, pois
também prestei vestibular e na hora da prova tudo que eu havia aprendido e transmitido
passou na minha mente e obtive um sucesso na prova de literatura.
Infelizmente, durante essa semana não fui capaz de me fazer presente nas oficinas pelo
A5 motivo já relatado anteriormente.
Ministrar uma oficina foi uma ótima experiência para mim, onde adquiri conhecimento e
me serviu como um teste e preparação, ou seja, me fez ter uma noção de como vai ser
futuramente em uma faculdade. Minhas maiores dificuldades foi entender a obra (A
A6
Rosa do Povo de Carlos Drummond de Andrade), pois se trata de um livro de poesias
complexo e de difícil compreensão, e principalmente a minha timidez.
55

Ministrar uma oficina foi algo novo paramim, e por isso talvez surgiu as incertezas de
como fazer com que o público se sinta à vontade e atento à discussão e para que
compreendesse o que foi exposto. Para obter maior progresso foi preciso me adequar e
A7 tentar falar de maneira clara, demonstrar confiança e domínio do assunto. Mesmo com a
inexperiência e as dificuldades tenho certeza que o empenho de todos foi grande e que
com isso pudemos alcançar os objetivos esperados.
A oportunidade de ministrar uma das oficinas das obras propostas pelo PSV da UERN
foi muito gratificante, pois além de passar conhecimento para os que estavam ali eu
aprendi juntamente com todos eles sem contar que eu também prestei o vestibular da
A8
UERN e os resultados foram grandiosos. Confesso que não tive muitas dificuldades
como ministrante, pois sempre tive grande facilidade de apresentar trabalhos como estes.

Como mostra no quadro de respostas Quatro, dos pesquisados A2, A3, A4 e A6


disseram que as obras lidas eram complexas e sentiram dificuldades ao entendê-las. Segundo
Martins (2006) “A carência de noções teóricas e a escassez de práticas de leituras literárias
são fatores que contribuem para que o aluno encare a literatura como objeto artístico de difícil
compreensão.” Assim podemos dizer que as dificuldades enfrentadas pelos discentes advêm
da falta do contato com o texto literário, que tem uma linguagem própria, a qual o aluno
precisa ter domínio maior para poder entender.
Os pesquisados A1, A6 e A7 sentiam dificuldades ao falar em público. A1 e A6
responderam que é por que eram tímidos. A1 disse que soube “contornar” esse problema e
considera como boa a sua participação como ministrante sendo boa.
Para A7 ministrar uma oficina foi algo novo, e completa afirmando que “por isso
talvez surgiu as incertezas de como fazer com que o público se sinta à vontade e atento à
discussão e para que compreendesse o que foi exposto.” As incertezas que os alunos sentem,
as suas dúvidas, seja a aceitação dos outros colegas em relação ao que ele sabe, ou sobre
aquilo que não conseguiu absorver nos estudos de algum assunto ou matéria, são muitas vezes
um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento do seu aprendizado. Oferecer
oportunidades em que o aluno possa expressar suas dúvidas, tornam-se necessárias para
desenvolver a aprendizagem dos discentes.
As oficinas eram planejadas pela equipe BALEana antes da sua realização. As
reuniões de planejamento serviam para que os BALEanos estudassem e juntamente com os
graduandos poderem tirar suas dúvidas. Vale ressaltar que nesses encontros além de estudar,
também havia a preocupação de buscar formas para que os alunos conseguissem superar
alguns problemas como a timidez, o medo entre outros.
56

Como mostram as respostas, as oficinas ajudaram bastante para que os pesquisados


pudessem obter sucesso na parte da prova de literatura do PSV da UERN. A4 conta que
obteve sucesso na prova de literatura. A6 considera que ministrar uma oficina foi uma ótima
experiência, e completa dizendo: “adquiri conhecimento e me serviu como um teste e
preparação, ou seja, me fez ter uma noção de como vai ser futuramente em uma faculdade.”
Podemos dizer que através das respostas dos colaboradores, essa ação conseguiu
alcançar o seu propósito. Tendo em vista que alguns dos objetivos dessa edição que
eraproporcionar o acesso à leitura literária e também preparar os alunos para ingressar em
uma universidade ou para o mercado de trabalho, além de desenvolver a oralidade dos
discentes do ensino médio.

4.3 A atuação: O envolver-se dos bolsistas nas atividades propostas pelo Programa
BALE.

No tocante ao trabalho de incentivo a leitura às comunidades pausferrense,


umarizalense, frutuosogomense e outras vizinhas, o Programa BALE proporcionou momento
de diversão com contação de histórias, brincadeiras entre outras atividades em bairros
carentes, escolas municipais, estaduais e privadas, universidades, Centro de Referência de
Assistência Social – CRAS, e Centro de Atenção Psicossocial– CAPS. Assim em sua 7ªedição
a equipe do BALE de Frutuoso Gomes atendeu mais de 1000 pessoas, como visto nos
capítulos a anteriores desse trabalho cientifico.
Esses encontros além de proporcionar o contado do público com o texto literário de
forma prazerosa, também contribuíram bastante para o desenvolvimento dos BALEanos. A
fim de sondar os benefícios para a equipe com essas ações fizemos a seguinte pergunta: Como
sabemos o Programa BALE também trabalha com ações de incentivo à leitura em espaços
escolares e não escolares e atendeu a convites de varias instituições além de promover
eventos como o Natal BALE. Agora você é um escritor, gostaríamos de ler a sua história no
BALE, conte-nos como foram as suas primeiras apresentações, o que você sentiu que
melhorou em você depois de ter realizado tal trabalho, comente algo que o marcou nessa 7ª
edição. Dadas as seguintes respostas:
57

Quadro 5 – Respostas da questão 5, do questionário aplicado aos pesquisados

Nas minhas primeiras apresentações eu sempre tinha bastante medo de errar, de fazer
algo contrario, mas depois eu fui melhorando cada vez mais, gostava muito das
apresentações de recitar poesia e peças teatrais, contar as histórias com personagens
para crianças era muito proveitoso. Ver as crianças falando que já sabia das histórias
A1 encenadas, que já tinha lido mais vezes, é sempre prazeroso. Eu melhorei bastante em
relação a trabalhar em grupo, e o vinculo de amizade que criamos com esse grupo da 7ª
edição foi muito forte, creio que foi o que me marcou, a amizade o companheirismo,
para dar o melhor e proporcionar um trabalho proveitoso e satisfeito.
Na sétima edição do programa BALE, vivenciamos bastantes apresentações em
espaços escolares e não escolares, desde a escola parceira do programa em Frutuoso
Gomes, até à participação em eventos municipais. Nas minhas primeiras apresentações
senti um pouco de dificuldade na interação com o público e na superação da timidez,
A2 porém com o tempo fui me adaptando e superando os meus desafios. O que mais me
marcou nesta edição do programa foi o evento Natal BALE. Neste evento teve como
atrações asapresentações de historias, recitações de poemas, brincadeiras e entrega de
presentes.
As primeiras apresentações foram as mais difíceis, tive que driblar a vergonha, a
timidez e principalmente o nervosismo de se apresentar em público. O evento que mais
me marcou foi o natal BALE, pois me trouxe muita satisfação, fazer a felicidade de
A3
tantas crianças, além de ver o projeto que trabalhamos dias se concretizar de forma tão
bela.
No início foi muito difícil essa vivencia com o público, era muito tímida, nunca tinha
me apresentado e a dificuldade era enorme, ficava muito nervosa e com medo de errar,
pois ensaiávamos e saia tudo bem, já que eu era acostumada com os bolsistas, mas na
hora das apresentações sentia aquele receio, mas sempre me saia bem. Com o passar do
tempo, fui ficando mais hábil e perdendo todo aquele temor nas apresentações, gostava
muito de recitar poesias, literatura de cordel, fazer parte das contações e tudo isso me
contribuiu muito para o meu aprendizado, a cada apresentação sentia algo diferente e
A4 fui me apaixonando cada vez mais por esse trabalho. O que me marcou bastante foi o
recital em Pau dos Ferros, que recitei uma literatura de cordel feita por Helena Bezerra,
conterrânea, para mim foi uma responsabilidade muito grande, pois a mesma estava
presente naquela ocasião, sem contar que obtinha uma grande quantidade de pessoas no
público, fiquei muito nervosa, mas não deixei de recitar o cordel e fiquei muito feliz
por não ter esquecido, pois esse era o meu maior medo. Essa foi das apresentações que
mais gostei, uma noite maravilhosa que eu nunca esquecerei.
58

Conheci o programa BALE na sexta edição, através da coordenadora Gorete Torres, o


mesmo ainda não atuava em Frutuoso Gomes, a partir daí comecei a participar de
algumas apresentações, mas apenas coletando assinaturas e registrando, continuei no
programa durante a sétima edição, só que desta vez venci a timidez e passei também a
A5
recitar alguns poemas. Acho que o mais marcante foi o Natal BALE, foi muito bonito
ver o desempenho de toda a equipe, mas principalmente a felicidades das crianças ao
receber os brinquedos arrecadados e assistir as brincadeiras.
Bem, as primeiras apresentações foram difíceis, não me sentia confortável devido a
minha timidez, mas a cada atividade que se passava eu ia superando um pouco esse
desafio. Varias coisas me marcaram, como o recital de poesias realizado em Pau Dos
A6
Ferros onde estavam presentes muitas pessoas presentes que ao final do recital nos
aplaudiram de pé. E também o sorriso das crianças a cada apresentação nossa.
A princípio quando decidi me inscrever no programa tinha a consciência que deveria
me dedicar por completo ao BALE e sabia que ele seria uma experiência riquíssima
que muito me somaria. Quando comecei as atividades de leitura e produção de texto
não tinha muito contato com obras literárias de grandes autores e muito menos escrever
sobre esses livros, mas com o tempo fui me acostumando e adquirindo conhecimento.
Logo depois começaram as apresentações em públicos nas escolas e mais uma vez a
timidez me preocupava. Lembro-me das leituras de poesias cantigas e encenações de
peças infantis que me fizeram voltar a ser criança. Com muitas apresentações fui me
A7
aperfeiçoando e desenvolvendo habilidades de apresentação e interagindo mais com o
grupo, sempre pedindo conselhos e ajudando - nos uns aos outros. A cada trabalho
realizada tinha mais certeza que o BALE tinha um propósito de incentivar e levar
leitura ao cotidiano das crianças e do público em geral. O que me marcou nesses meses
do programa foi o entusiasmo e empenho de todos da grande família BALE em levar
alegria, imaginação, momentos de prazer, aprendizado a crianças e jovens que
futuramente serão os novos protagonistas na luta por um mundo melhor.
As primeiras apresentações foram muito emocionantes, no momento em que nós
chegávamos nas escolas e éramos acolhidos com todo carinho e a participação das
crianças na hora de contar histórias não tinha preço. Esse trabalho influenciou bastante
A8 na minha desenvoltura com o publico e pude perder um pouco da mina timidez. E o
que mais me marcou nesta edição do BALE foram as amizades que pude fazer com o
pessoal da equipe, o aprendizado que adquiri e as apresentações para o publico infantil.
59

Atividades orais como contação de histórias, requer muita determinação para os


iniciantes, é comum sofrerem com problemas como a vergonha, o medo de errar e se
apresentar em público. Elenquemos as dificuldades encontradas pelos participes na realização
dessas atividades no gráfico a seguir.

Gráfico7: DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS PARTICIPES DURANTE


AS APRESENTAÇÕES NO PROGRAMA BALE

2 2 2

Timidez Medo de Errar Falar em Público Nervosismo

De acordo com o gráfico 7 dos partícipes sentiram dificuldades nas primeiras


apresentações devido a timidez, 2 tinham medo de errar, 2 de falar em publico e 2 sentiam
nervosismo. Os obstáculos mostrados nas respostas pesquisados são normais que apareçam,
principalmente para os partícipes, que em sua maioria passaram a ter contato atividades de
apresentação em público depois do Programa BALE.
A2, por causa da sua timidez sentia-se inconfortável ao se apresentar em público,
mas a cada atividade ele ia superando esse medo, ou como o próprio pesquisado coloca esse
“desafio.” A5 vinha participando desde a 6ª edição do Programa BALE, porém tímido não se
apresentava em público, preferindo realizar atividades como colher assinatura, na 7ª edição
resolveu enfrentar esse problema e como conseguiu vencer a timidez passando a recitar
poemas.
Para quem é tímido se apresentar em público é desconfortável, como mostra A2 por
não se sentir a vontade para falar, se expressar acabam se retraindo. Superar a timidez é como
um “desafio” no qual devemos aos poucos ir perdendo alguns medos que nos bloqueiam na
hora de se expressar, se não se sentirmos preparados para atuar podemos começar como A5,
60

acompanhando o trabalho de outras pessoas, fazendo outras atividades no grupo. Vale


ressaltar a importância de manter pessoas assim envolvidas no trabalho da equipe para que se
sintam como peças fundamentais daquele grupo, isso ajuda no processo de superação.
O medo de errar é outro problema comum encontrado nas respostas dos pesquisados.
A4 nunca tinha se apresentado, o partícipe diz que a dificuldade era enorme, por causa do
nervosismo e o medo de errar, mas os ensaios e a ajuda da equipe ajudaram muito a perder
“todo aquele temor nas apresentações”. O pesquisado foi se “apaixonando” cada vez mais
pelo trabalho desenvolvido no Programa BALE e em “cada apresentação sentia algo
diferente”, para ele era muito bom recitar poesias, literatura de cordel, fazer parte das
contações, porque tudo isso contribuíano desenvolvimento do seu aprendizado.
Para A1 e A7 a forma como as atividades eram desenvolvidas pelo Programa BALE
ajudaram àqueles que tinham dificuldades de se relacionar em grupo. A7 respondeu que
“Com muitas apresentações fui me aperfeiçoando e desenvolvendo habilidades de
apresentação e interagindo mais com o grupo, sempre pedindo conselhos e ajudando - nos uns
aos outros”. A troca de conhecimentos, e a colaboração mutua entre os membros para realizar
um trabalho bem feito fortaleceu a equipe e ajudou para que os componentes pudessem se
relacionar melhor, tanto como os demais integrantes, quanto com as outras pessoas do meio
onde vivem.
No decorre da 7ª edição do Programa BALE a equipe BALEana passou por diversas
experiências de leitura e pessoais, que ajudaram na sua formação pessoal e social. Na questão,
já citada anteriormente, pedimos para que os pesquisados dissessem o que marcou durante
essa edição do Programa BALE, alguns falaram dos eventos realizados, outros de lições que
aprendera durante o tempo de convivência o grupo.
Três dos partícipes falaram que Natal BALE, acontecido no dia 20 de dezembro de
2013 na Escola Estadual Ivonete Carlos, marcou essa edição. O que chamou a atenção de A2
porque “Neste evento teve como atrações asapresentações de historias, recitações de poemas,
brincadeiras e entrega de presentes.” A3 se sentiu satisfeito com essas ações do Programa por
“fazer a felicidade de tantas crianças, além de ver o projeto que trabalhamos dias se
concretizar de forma tão bela.” A5 completa dizendo que “foi muito bonito ver o desempenho
de toda a equipe, mas principalmente a felicidades das crianças ao receber os brinquedos
arrecadados e assistir as brincadeiras.”
Outro evento que ficou marcado foi a Semana CTI, dois do pesquisados destacam o
primeiro dia desse evento, em que foram levados a recitar poemas para o público. A6 fala que
estavam presentes muitas pessoas as quais o aplaudiram de pé ao termino do recital. A4 viveu
61

uma experiência única que foi recitar uma poesia para a sua própria autora e para plateia com
bastante gente assistindo.
Enquanto alguns falaram dos eventos outro frisaram na relação entre o grupo. Para
A1 “[...] o vinculo de amizade que criamos com esse grupo da 7ª edição foi muito forte, creio
que foi o que me marcou, a amizade o companheirismo, para dar o melhor e proporcionar um
trabalho proveitoso e satisfeito.” A7 ao destacar entusiasmo e empenho da equipe ao usar a
adjetivação “grande família BALE” demostrando o laço criado pela equipe. Assim, apesar dos
obstáculos vividos pela equipe BALEana de Frutuoso Gomes conseguiu desenvolver um belo
trabalho de incentivo a leitura e formação de leitores.
62

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa focou a formação de leitores do Ensino Médio da Escola
Estadual Ivonete Carlos em Frutuoso Gomes - RN, através do Programa Biblioteca
Ambulante e Literatura nas Escolas - BALE. O objetivo geral era compreender o trabalho
realizado pelo Programa BALE, na referida instituição de ensino, no tocante a leitura e sua
relevância para a formação leitora dos alunos bolsista e voluntários envolvidos no Programa.
Especificamente sondemos o que os pesquisados entendiam por leitura, tomando como base
as suas experiências antes e depois de entrar no Programa BALE; analisemos a relevância dos
textos lidos pelos alunos bolsistas da 7ª edição do Programa BALE para o processo de
formação desses leitores e verifiquemos o nível de envolvimento dos bolsistas e voluntários
participantes do programa com as atividades das leituras propostas.
Optamos por realizar uma pesquisa de caráter qualitativo, usando como ferramenta
para a coleta de dados, um questionário. Aplicado à equipe do Programa BALE, em Frutuoso
Gomes, durante a sua 7ª edição que era constituída por uma coordenadora, cinco bolsistas do
ensino superior, oito bolsistas do ensino médio e onze voluntários, totalizando assim, vinte e
cinco pessoas. Oito entre elas responderam o questionário. Os partícipes foram escolhidos de
acordo com os seguintes critérios: (i) ser estudante do ensino médio; (ii) ter participado das
atividades propostas pelo Programa BALE durante a 7ª edição, seja como voluntário, ou como
bolsista.
Por meio do questionário podemos investigar sobre a atuação da 7ª edição do
Programa BALE aspetos como: metodologia utilizada pelo Programa BALE no incentivo a
leitura e a formação de leitores; experiências leitoras dos pesquisados, o seu envolvimento
com as atividades proposta pelo Programa BALE, assim como a sua relevância para a
formação leitora desses sujeitos.
Para a análise dos dados analisados, primeiramente decodifiquemos os questionários,
ocultando os nomes reais dos pesquisados, sendo identificados com as codificações: A1, A2,
A3, A4, A5, A6, A7 e A8. Interpretamos as respostas dos mesmos tomando como
embasamento teórico o pensamento dos estudiosos: Freire (2008), Martins (2003), Sampaio e
Mascarenhas (2007), Sampaio (2012), Torres (2012), dentre outros, além de documentos que
orientam a prática de leitura no ensino médio como os PCNs (2001), OCNs (2008).
Através da análise dos questionários podemos perceber o quanto as ações da 7ª
edição do Programa BALE foram fundamentais na formação leitora dos pesquisados. Os
BALEanos vivenciaram diversas experiências de leitura, que vão desde a contação de
63

histórias, até as discussões em rodas de debate de obras literárias. Com essas ações os
pesquisados passaram a gostar de ler, melhoraram a interpretação e a escrita de textos,
enriqueceram o vocabulário entre outros pontos positivo que os partícipes apontaram com a
sua participação no BALE.
As respostas dos entrevistados nos faz refletir que o conhecimento não se constrói de
forma individual e separada, mas que aprendemos com a interação entre os outros. Os
encontros realizados foram propícios para aumentar o gosta pela leitura dos participantes
através da aproximação entre os livros e o leitor e também aprimorar a sua escrita. Assim, a
contribuição para o aprendizado da equipe se deu devido a essa troca de experiências leitoras.
Talvez ainda esteja um pouco distante de se tornar real o sonho de fazer um mundo
onde todos tenham acesso de forma igual à cultura, diversão e arte proporcionada através do
mundo literário. Mas acreditamos que através de pequenas atitudes como contar uma história
para uma criança, emprestar um livro um livro a alguém, podemos fazer com que esse sonho
se tornar realidade.
Por fim, não podemos dar como concluída a pesquisa aqui realizada, tendo em vista
que poderemos ainda dar continuidade em outros trabalhos futuramente que poderão abordar
outros aspectos, e/ou aprofundar os conhecimentos dos que aqui foram adquiridos. Contudo, a
pesquisa realizada, apesar das dificuldades enfrentadas para a sua execução, foi de suma
importância para nossa formação, como sujeitos e como profissional. Esperamos que a
seguinte pesquisa provoque novas indagações, debates e discussões sobre a temática e com
isso contribua nos estudos relacionados ao tema abordado.
64

REFERÊNCIAS
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Editorial, 2009.

BRASIL,Secretaria de Educação. ParâmetrosCurriculares Nacionais para o


Ensino Médio – Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEB, 2001

____________. Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Linguagens,


Códigos e suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, secretária da Educação Básica,
2008.

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professor. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.

DELMANTO, D. (2007). A mediação da leitura à luz da concepção de aprendizado


socialmente elaborado. In: Prazer em ler: registros esparsos da emoção do caminhante nas
lidas com a mediação da leitura. São Paulo: Instituto C&A e CENPEC. p. 16-30.

DODÓ, Marlúcia Nogueira. O Lugar da fantasia na escola; em busca de horizontes. In:


PINHEIRO, Helder; ARISTIDES, Jaquelânia; ARAÚJO, Miguel Leocádio. Literatura e
Formação de Leitores. Campina Grande: Bagagem, 2008. p. 107-116.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática educativa.São


Paulo, Paz e Terra, 1996.

____________.Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São


Paulo: Cortez, 2008.

JOUVE, Vicente. A leitura. (trad. Brigitte Hervor). São Paulo: Editora UNESP, 2002.

MARTINS, Maria Holanda. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 2006.

NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa – características, usos e possibilidades. Caderno de


pesquisa em administração, São Paulo, v.1, n.3, p. 103 – 113, 1996.

OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a
teoria e a prática.São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

QUEIROS, Emanuela Carla Medeiros de; OLIVEIRA, Wandeson Alves de; BEZERRA,
Sandra Sinara. A Fascinante Arte De Contar E Recontar Histórias Com A Turnê: Tem
História Hoje? Tem Sim Sinhô. In: OLIVEIRA,Auris Martins de; LOPES, Rosa Maria
Rodrigues; MENEZES,Suzaneide Ferreira da Silva (Orgs.). Extensão universitária:
diálogos e praticas.Mossoró, RN: Edições UERN, 2013.p. 220-231.
65

RETTENMAIER, Miguel. (HIPER) MEDIAÇÃO LEITORA: DO BLOG AO LIVRO. In:


SANTOS, Fabiano dos; NETO, José Castilho Marques; RÖSIN, Tânia M. K. (org.).
Mediação de leituras: discussões e alternativas para a formação de leitores.São Paulo,
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SAMPAIO, Maria Lucia Pessoa; MASCARENHAS, Renata de Oliveira. Projeto BALE –


Biblioteca Ambulante e Literatura nas Escolas: ação conjunta entre o BNB, o GEPPE e a
comunidade pauferrense. Pau dos Ferros: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte,
2007.

SAMPAIO, Maria Lucia Pessoa; MASCARENHAS, Renata de Oliveira. Projeto Biblioteca


Ambulante eLiteratura nas Escolas (BALE): ação conjunta entre a universidade e a
comunidade pauferrense. Projeto de extensão. Pau dos Ferros, 2007.

SAMPAIO, Maria Lucia Pessoa.Programa Biblioteca Ambulante e Literatura nas Escolas


– BALE. Pau dos Ferros, 2012.

____________.Programa Biblioteca Ambulante e Literatura nas Escolas – BALE. Pau


dos Ferros, 2013.

SALDANHA, Diana Maria Leite Lopes. A Formação Leitora E De Mediadores De


Leitura: Uma Experiência No Programa Bale. Dissertação de mestrado. Programa dePós-
Graduação em Educação - POSEDUC, da Universidade do Estado do Rio Grande do
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ARISTIDES, Jaquelânia; ARAÚJO, Miguel Leocádio. Literatura e Formação de Leitores.
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SOUZA, Ana Lucia Silva. Letramento no Ensino Médio. São Paulo: Parábola Editorial,
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Programa de Pós- Graduação em Letras (PPGL) da Universidade do Estado do Rio Grande do
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VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler e formando leitores para a vida inteira.
Rio de Janeiro: QualitymarkyDunya Editora, 1999.
66

ANEXOS
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
Secretaria de Estado da Educação, da Cultura - SEC
UNIVERCIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE-UERN
NÚCLEO AVANÇADO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE UMARIZAL-NAESU

O BALE NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A RELEVÂNCIA DO


PROGRAMA NA FORMAÇÃO LEITORA DE ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL
IVONETE CARLOS

QUESTIONÁRIO

Codificação: A1

1. Tomando como base as suas experiências de leitura vividas antes e durante o Programa BALE
conte-nos como você vê a leitura em sua vida.
A leitura na minha vida é indispensável, ler é algo que faço todos os dias, tenho que sempre ler um livro, um texto,
ler me traz prazer, além de varias descobertas, viajar em um mundo diferente sem sair do lugar, além de melhorar o
vocabulário, a cada dia mais me apaixono pela leitura.

2. O Programa BALE, nesta 7ª edição fez uso de redes sociais como o Facebook para divulgar as
ações e manter informado os BALEanos sobre os bastidores de cada atuação, foi criado o grupo
privado “Escritas de si: Entre canteiros de leitura” dessa rede para que vocês pudessem postar
textos sobre obras que eram indicadas pelo programa. Gostaríamos de saber como você avalia o
uso dessas redes sociais dentro da finalidade do BALE, tornar útil o uso dessas ferramentas
digitais para o desenvolvimento do aprendizado do aluno. Relate-nos também se houve
dificuldades, como conseguiu superá-las, os pontos positivos.
O uso das redes sociais foi muito bom, porque utilizamos a tecnologia para formação com o BALE. No inicio a
dificuldade que tive foi a postagem de textos no grupo, mas em relação a ler na tela do computador, não tive, pois
sempre gostei muito de ler. Tiveram muitos pontos positivos, a interligação das redes sociais com alguns bolsistas
do ensino médio que nos ajudou a melhorar no desenvolvimento com a tecnologia, a melhoria na produção dos
textos.

3. Durante a sua participação no Programa você leu e discutiu algumas obras literárias que foram
indicadas pelo Programa. Fale da sua experiência dos momentos em que as obras eram discutidas
em grupo e, se possível, nos fale sobre algum dos livros que mais te chamou atenção e por quê?
A minha experiência foi muito boa nas discussões sobre as obras literárias, debatíamos sobre a diferença ente obra e
filme, os aspectos semelhantes, era bastante proveitoso. As cinco obras tiveram algo que me chamaram atenção.
Mas a que me tocou mais foi O Diário de Anne Frank, se tratava da segunda guerra mundial, e eu sempre gostei
muito de tudo que se trava de história. Além de ela contar todo o seu sofrimento, angustia, solidão aprisionada com
medo, junto com sua família, ela tinha um prazer insaciável por ler, lia sempre e estudava.

4. O Programa BALE promoveu a semana de estudos das obras literárias do PSV da UERN, e você
ministrou uma oficina. Fazendo uma auto avaliação: Como foi ministrar uma oficina? Quais as
suas maiores dificuldades?
Ministrar uma oficina foi muito bom, além de aprimorar o meu desenvolvimento a falar em público, aprendi mais
sobre a literatura e a obra estudada, além de servir para o vestibular que iria prestar. As dificuldades que tive foram
só o medo de falar em público, mas depois consegui contornar e acho que o meu desempenho foi bom como
ministrante.

5. Como sabemos o Programa BALE também trabalha com ações de incentivo à leitura em espaços
escolares e não escolares e atendeu a convites de varias instituições além de promover eventos
como o Natal BALE. Agora você é um escritor, gostaríamos de ler a sua história no BALE,
conte-nos como foram as suas primeiras apresentações, o que você sentiu que melhorou em você
depois de ter realizado tal trabalho, comente algo que o marcou nessa 7ª edição.
Nas minhas primeiras apresentações eu sempre tinha bastante medo de errar, de fazer algo contrario, mas depois eu
fui melhorando cada vez mais, gostava muito das apresentações de recitar poesia e peças teatrais, contar as histórias
com personagens para crianças era muito proveitoso. Ver as crianças falando que já sabia das histórias encenadas,
que já tinha lido mais vezes, é sempre prazeroso. Eu melhorei bastante em relação a trabalhar em grupo, e o vinculo
de amizade que criamos com esse grupo da 7ª edição foi muito forte, creio que foi o que me marcou, a amizade o
companheirismo, para dar o melhor e proporcionar um trabalho proveitoso e satisfeito.

6. A sua opinião é muito importante para o crescimento e desenvolvimento do Programa BALE,


por isso pedimos para que o avalie.
O BALE é de muita importância para as escolas, e todos os meios que querem usá-lo de forma lúdica para as
crianças. Avalio o Bale como forte incentivador a leitura em ambientes escolares, ou não escolares, a toda a
população de todas as idades. Além da formação para graduandos e alunos de ensino médio, que saem com um
currículo bastante abrangente.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
Secretaria de Estado da Educação, da Cultura - SEC
UNIVERCIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE-UERN
NÚCLEO AVANÇADO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE UMARIZAL-NAESU

O BALE NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A RELEVÂNCIA DO


PROGRAMA NA FORMAÇÃO LEITORA DE ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL
IVONETE CARLOS

QUESTIONÁRIO

Codificação: A2

1. Tomando como base as suas experiências de leitura vividas antes e durante o Programa
BALE conte-nos como você vê a leitura em sua vida.
A leitura em minha vida é algo essencial e de bastante importância. Com ela, pude avançar em
varias coisas, como, numa melhor interpretação de textos, o gosto pela leitura aumentou e
melhor desempenho em minha vida escolar.
2. O Programa BALE, nesta 7ª edição fez uso de redes sociais como o Facebook para divulgar
as ações e manter informado os BALEanos sobre os bastidores de cada atuação, foi criado
o grupo privado “Escritas de si: Entre canteiros de leitura” dessa rede para que vocês
pudessem postar textos sobre obras que eram indicadas pelo programa. Gostaríamos de
saber como você avalia o uso dessas redes sociais dentro da finalidade do BALE, tornar útil
o uso dessas ferramentas digitais para o desenvolvimento do aprendizado do aluno. Relate-
nos também se houve dificuldades, como conseguiu superá-las, os pontos positivos.
O uso das redes sociais para a comunicação da equipe foi algo ótimo para o desenvolvimento da
referida edição. No inicio senti um pouco de difilcudade na leitura em tela, pois ainda não era de
costume fazer uma leitura desse tipo, porém com o tempo fui me adaptando com essa tecnologia.
Os pontos positivos do uso da tecnologia no programa BALE, é que podemos nos comunicar de
forma rápida de lugares distantes.
3. Durante a sua participação no Programa você leu e discutiu algumas obras literárias que
foram indicadas pelo Programa. Fale da sua experiência dos momentos em que as obras
eram discutidas em grupo e, se possível, nos fale sobre algum dos livros que mais te
chamou atenção e por quê?
Durante a sétima edição do programa BALE, lemos os livros: O auto da compadecida, Alice no país
das maravilhas, Meu pé de laranja lima, A hora da estrela e O diário de Anne Frank. No
momento em que havia as discurções das mesmas, era um momento bastante proveitoso, pois
cada um de nós dizíamos o que achavam mais interessante e a parte da obra que mais te chamava
atenção. Assim aumentavamos ainda mais o nosso entendimento sobre o livro. Uma das obras
que mais me chamou atenção foi O diário de Anne Frank, pois ao mesmo tempo em que
retratava sobre a Segunda Guerra Mundial, retratava a historia de uma pequena escritora que em
meio a tantas dificuldades e sofrimentos escreveu o seu diário com uma linguagem complexa,
que ficou na historia mundial.
4. O Programa BALE promoveu a semana de estudos das obras literárias do PSV da UERN,
e você ministrou uma oficina. Fazendo uma auto avaliação: Como foi ministrar uma
oficina? Quais as suas maiores dificuldades?
Na semana de estudos sobre as obras literárias do PSV ministrei a oficina sobre o livro "O horto" de
Auta de Souza. Para mim ministrar essa oficina foi algo de bastante aprendizado, pois aumentei
o conhecimento não só da obra de Auta de Souza, mas também sobre a vida da autora, sobre o
período literário da obra e sobre os demais textos literários. Nessa oficina senti um pouco de
dificuldade no entendimento e no relacionamento com a obra, pois a mesma trazia uma
linguagem de difícil entendimento, porém com o estudo grupal e individual consegui superar
essas dificuldades.
5. Como sabemos o Programa BALE também trabalha com ações de incentivo à leitura em
espaços escolares e não escolares e atendeu a convites de varias instituições além de
promover eventos como o Natal BALE. Agora você é um escritor, gostaríamos de ler a sua
história no BALE, conte-nos como foram as suas primeiras apresentações, o que você
sentiu que melhorou em você depois de ter realizado tal trabalho, comente algo que o
marcou nessa 7ª edição.
Na sétima edição do programa BALE, vivenciamos bastantes apresentações em espaços escolares e
não escolares, desde a escola parceira do programa em Frutuoso Gomes, até à participação em
eventos municipais. Nas minhas primeiras apresentações senti um pouco de dificuldade na
interação com o público e na superação da timidez, porém com o tempo fui me adaptando e
superando os meus desafios. O que mais me marcou nesta edição do programa foi o evento Natal
BALE. Neste evento teve como atrações as apresentações de historias, recitações de poemas,
brincadeiras e entrega de presentes.
6. A sua opinião é muito importante para o crescimento e desenvolvimento do Programa
BALE, por isso pedimos para que o avalie.
Avalio o programa BALE de bastante importância para o crescimento do gosto pela leitura, tanto
por crianças, quanto por jovens e por adultos. Por atuar de forma dinâmica usando fantasias,
maquiagens, perucas e varias outras coisas, deixando a criança encantada com as apresentações e
proporcionando maior gosto pela leitura.
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O BALE NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A RELEVÂNCIA DO


PROGRAMA NA FORMAÇÃO LEITORA DE ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL
IVONETE CARLOS

QUESTIONÁRIO

Codificação: A3

1. Tomando como base as suas experiências de leitura vividas antes e durante o Programa BALE
conte-nos como você vê a leitura em sua vida. A leitura em minha vida é uma atividade de lazer
que me traz bastante aprendizado e conhecimento, algo que uso para aprender me divertindo e
essa maior inserção da leitura em minha vida me trouxe uma enorme melhora na interpretação e
construção de texto.

2. O Programa BALE, nesta 7ª edição fez uso de redes sociais como o Facebook para divulgar as
ações e manter informado os BALEanos sobre os bastidores de cada atuação, foi criado o grupo
privado “Escritas de si: Entre canteiros de leitura” dessa rede para que vocês pudessem postar
textos sobre obras que eram indicadas pelo programa. Gostaríamos de saber como você avalia o
uso dessas redes sociais dentro da finalidade do BALE, tornar útil o uso dessas ferramentas
digitais para o desenvolvimento do aprendizado do aluno. Relate-nos também se houve
dificuldades, como conseguiu superá-las, os pontos positivos. Acredito que o uso das redes
sociais engrandeceu essa edição, possibilitando, mesmo estando distante, manter o contato e
participar mais ativamente das atividades. Minha maior dificuldade foi a distancia, que me
impossibilitou de participar de muitas atividades, mas que foi suprida em partes pela redes
sociais. Um ponto positivo do uso das redes sociais foi a possibilidade de compartilhar nossos
trabalhos de maneira mais ampla.

3. Durante a sua participação no Programa você leu e discutiu algumas obras literárias que foram
indicadas pelo Programa. Fale da sua experiência dos momentos em que as obras eram discutidas
em grupo e, se possível, nos fale sobre algum dos livros que mais te chamou atenção e por quê?

As discursões das obras me possibilitou conhecer obras novas e aprofundar a já conhecidas,


vendo-as com novos olhos, olhos dos nossos colegas de equipe. Desta forma aprofundávamos o
que sabíamos e muitas vezes passávamos a observar detalhes que nos tinha passado
desconhecido.
4. O Programa BALE promoveu a semana de estudos das obras literárias do PSV da UERN, e
você ministrou uma oficina. Fazendo uma auto avaliação: Como foi ministrar uma oficina?
Quais as suas maiores dificuldades?

Ministrar uma oficina nos possibilita um enorme aprendizado da obra trabalhada, da vida do
autor e o tempo literário desta obra. Participar dessa semana de estudos das obras literárias, nos
trouxe aprendizado de todos as obras que o PSV da UERN utilizou. A maior dificuldade é
adaptar-se com as linguagens utilizadas nas obras.

5. Como sabemos o Programa BALE também trabalha com ações de incentivo à leitura em
espaços escolares e não escolares e atendeu a convites de varias instituições além de promover
eventos como o Natal BALE. Agora você é um escritor, gostaríamos de ler a sua história no
BALE, conte-nos como foram as suas primeiras apresentações, o que você sentiu que melhorou
em você depois de ter realizado tal trabalho, comente algo que o marcou nessa 7ª edição.

As primeiras apresentações foram as mais difíceis, tive que driblar a vergonha, a timidez e
principalmente o nervosismo de se apresentar em público. O evento que mais me marcou foi o
natal BALE, pois me trouxe muita satisfação, fazer a felicidade de tantas crianças, além de ver o
projeto que trabalhamos dias se concretizar de forma tão bela.

6. A sua opinião é muito importante para o crescimento e desenvolvimento do Programa BALE,


por isso pedimos para que o avalie. Gosto muito de dizer que é a melhor maneira de estimular a
leitura de uma criança é ler para ela, mas mais interessante é contar a história para ela de uma
maneira inusitada, e é exatamente isso que o BALE proporciona, pois utiliza-se de artefatos
inusitados para a contação de histórias, como rostos pintados, perucas e a caracterização mais
parecida possível com os personagens da história. Espero que nossas atuações proporcione bons
frutos, muitos leitores e uma sociedade “leitora” em um futuro próximo.
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O BALE NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A RELEVÂNCIA DO


PROGRAMA NA FORMAÇÃO LEITORA DE ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL
IVONETE CARLOS

QUESTIONÁRIO

Codificação: A4

1. Tomando como base as suas experiências de leitura vividas antes e durante o Programa BALE
conte-nos como você vê a leitura em sua vida.
A leitura é muito importante para mim, pois com ela viajamos por lugares nunca vistos, sentimos
como se estivéssemos dentro da história, transmitimos o nosso conhecimento por meio dela,
tiramos dúvidas, melhoramos a nossa grafia e a forma de se comunicar. Sem deixar de frisar que
o hábito de ler facilita muito na interpretação de textos. Percebi que através do Programa BALE
o gosto pela leitura aumentou, pois eu não lia frequentemente, com isso vejo o resultado desses
meses vivenciados no programa a cada dia.

2. O Programa BALE, nesta 7ª edição fez uso de redes sociais como o Facebook para divulgar as
ações e manter informado os BALEanos sobre os bastidores de cada atuação, foi criado o grupo
privado “Escritas de si: Entre canteiros de leitura” dessa rede para que vocês pudessem postar
textos sobre obras que eram indicadas pelo programa. Gostaríamos de saber como você avalia o
uso dessas redes sociais dentro da finalidade do BALE, tornar útil o uso dessas ferramentas
digitais para o desenvolvimento do aprendizado do aluno. Relate-nos também se houve
dificuldades, como conseguiu superá-las, os pontos positivos.
Foi uma ótima iniciativa para todos os membros do BALE se comunicarem e ficarem por dentro
de todas as ações desenvolvidas em Frutuoso Gomes e nos demais municípios do Auto Oeste e
reuniões na Escola Estadual Ivonete Carlos. Com este grupo privado postavam os textos de cada
obra lida e tiravam as suas dúvidas. Não tive nenhuma dificuldade em relação a utilizar essa
ferramenta na internet, apenas no início ficava um pouco presa a fazer os textos e publicar no
grupo.

3. Durante a sua participação no Programa você leu e discutiu algumas obras literárias que foram
indicadas pelo Programa. Fale da sua experiência dos momentos em que as obras eram discutidas
em grupo e, se possível, nos fale sobre algum dos livros que mais te chamou atenção e por quê?

Avalio como uma ótima ideia a discussão das obras lidas durante as reuniões, onde todos do
grupo interagiam entre si, transmitindo os seus conhecimentos e tirando suas dúvidas. Achei
muito interessante essa interação, pois quando um membro não falava o que estava presente na
obra, algo que para ele estava implícito, o outro que havia percebido algum aspecto diferente
frisava o que mais lhe chamou atenção, deixando claro todos os aspectos contidos naquela obra
literária. Com isso facilitava na hora da produção dos textos, relembrando toda a discussão. A
obra que me chamou bastante atenção foi “Meu Pé de Laranja Lima” por ser uma história tão
piedosa, que ao ler eu imaginava cada imagem e criava toda aquela cena na minha mente, onde
teve alguns momentos que eu me segurei para não chorar. Quero frisar outra obra que me fez
aprofundar mais sobre o assunto da Segunda Guerra Mundial “O diário de Anne Frank” por ser
um dos assuntos mais comentados na História.

4. O Programa BALE promoveu a semana de estudos das obras literárias do PSV da UERN, e você
ministrou uma oficina. Fazendo uma auto avaliação: Como foi ministrar uma oficina? Quais as
suas maiores dificuldades?
Foi uma nova experiência, pois nunca tinha participado de uma oficina como ministrante. No
início foi um pouco difícil, até porque a obra que fiquei para ministrar era complexa, “O Horto”
de Auta de Souza, para isso me aprofundei sobre a vida da escritora passando a compreender o
que Auta transmitia nas suas poesias já que a mesma vivia uma vida de amargura, tristeza, sofreu
bastante com a morte de seus familiares, angústia e era doente de tuberculose uma doença que na
época era bastante frequente e perigosa. Com toda essa análise passei a decifrar os aspectos
contidos nas suas poesias, conduzindo para o público os meus conhecimentos deixando clara a
bibliografia da escritora e quais os aspectos presentes na obra, com o intuito de ajudar ao público
que iria prestar o vestibular. Sem deixar de frisar que me ajudou muito, pois também prestei
vestibular e na hora da prova tudo que eu havia aprendido e transmitido passou na minha mente e
obtive um sucesso na prova de literatura.

5. Como sabemos o Programa BALE também trabalha com ações de incentivo à leitura em espaços
escolares e não escolares e atendeu a convites de varias instituições além de promover eventos
como o Natal BALE. Agora você é um escritor, gostaríamos de ler a sua história no BALE,
conte-nos como foram as suas primeiras apresentações, o que você sentiu que melhorou em você
depois de ter realizado tal trabalho, comente algo que o marcou nessa 7ª edição.

No início foi muito difícil essa vivencia com o público, era muito tímida, nunca tinha me
apresentado e a dificuldade era enorme, ficava muito nervosa e com medo de errar, pois
ensaiávamos e saia tudo bem, já que eu era acostumada com os bolsistas, mas na hora das
apresentações sentia aquele receio, mas sempre me saia bem. Com o passar do tempo, fui
ficando mais hábil e perdendo todo aquele temor nas apresentações, gostava muito de recitar
poesias, literatura de cordel, fazer parte das contações e tudo isso me contribuiu muito para o
meu aprendizado, a cada apresentação sentia algo diferente e fui me apaixonando cada vez mais
por esse trabalho. O que me marcou bastante foi o recital em Pau dos Ferros, que recitei uma
literatura de cordel feita por Helena Bezerra, conterrânea, para mim foi uma responsabilidade
muito grande, pois a mesma estava presente naquela ocasião, sem contar que obtinha uma grande
quantidade de pessoas no público, fiquei muito nervosa, mas não deixei de recitar o cordel e
fiquei muito feliz por não ter esquecido, pois esse era o meu maior medo. Essa foi das
apresentações que mais gostei, uma noite maravilhosa que eu nunca esquecerei.
6. A sua opinião é muito importante para o crescimento e desenvolvimento do Programa BALE,
por isso pedimos para que o avalie.

O programa BALE surgiu com o propósito de incentivar o contato com a leitura nas escolas, mas
também em municípios, por meio de apresentações. Com este programa sendo apresentado nas
escolas, incentivamos a leitura de um modo mais prazeroso, divertido e não monótono, assim as
crianças e adultos terão uma nova visão e uma nova ideia de que ler, não é só pegar um livro,
revista, um texto e folhear, mas na verdade ler é uma forma de conhecer e se divertir, deixar a
sua imaginação fluir e perceber o quanto é importante você ter o hábito de ler, então esse é o
foco do programa e por isso onde passa contagia todas as pessoas com o modo de transmitir a
leitura de forma prazerosa. Creio que o BALE alcançou todo o objetivo que esperava obter, os
alunos do ensino médio e os de nível superior não vão ter as mesmas visões do mundo de quando
entrou no programa e o vocabulário não será o mesmo, a forma de transmitir os conhecimentos
serão outros, ou seja, como nós aprendemos no programa, sem deixar de frisar que o currículo
será mais abrangente.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
Secretaria de Estado da Educação, da Cultura - SEC
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O BALE NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A RELEVÂNCIA DO


PROGRAMA NA FORMAÇÃO LEITORA DE ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL
IVONETE CARLOS

QUESTIONÁRIO

Codificação: A5

1. Tomando como base as suas experiências de leitura vividas antes e durante o Programa
BALE conte-nos como você vê a leitura em sua vida.
A leitura é algo que, felizmente, faz parte do meu cotidiano, apesar de antes das minhas
experiências com o BALE já me considerar uma leitura assídua, após o contato com o programa
tive acesso a um maior acervo literário e uma considerável melhora na minha capacidade de
interpretação.

O Programa BALE, nesta 7ª edição fez uso de redes sociais como o Facebook para divulgar as
ações e manter informado os BALEanos sobre os bastidores de cada atuação, foi criado o
grupo privado “Escritas de si: Entre canteiros de leitura” dessa rede para que vocês
pudessem postar textos sobre obras que eram indicadas pelo programa. Gostaríamos de
saber como você avalia o uso dessas redes sociais dentro da finalidade do BALE, tornar útil
o uso dessas ferramentas digitais para o desenvolvimento do aprendizado do aluno. Relate-
nos também se houve dificuldades, como conseguiu superá-las, os pontos positivos.
A utilização de redes sociais para facilitar a comunicação entre os BALEanos foi algo de grande
importância, de forma que as informações passaram a ser realizadas de uma forma bem mais
simples e ágil. No tocante as postagens de texto, por ser uma voluntária que não reside nas
cidades pólos, por motivos escolares não realizei a postagem da maioria dos textos.
2. Durante a sua participação no Programa você leu e discutiu algumas obras literárias que
foram indicadas pelo Programa. Fale da sua experiência dos momentos em que as obras
eram discutidas em grupo e, se possível, nos fale sobre algum dos livros que mais te
chamou atenção e por quê?
Nesta edição do programa, por motivos já relatados anteriormente, não estive presente em alguns
encontros pessoais da equipe, entretanto realizei a leitura dos livros e o que mais me chamou
atenção foi Alice no País das Maravilhas, pois apesar de antes de conhecer a obra escrita já ter
tido contato com a longa metragem, pude perceber que a escrita nos mostra detalhes que são
importantes para capacitar a nossa interpretação pessoal e individual.
3. O Programa BALE promoveu a semana de estudos das obras literárias do PSV da UERN,
e você ministrou uma oficina. Fazendo uma auto avaliação: Como foi ministrar uma
oficina? Quais as suas maiores dificuldades?
Infelizmente, durante essa semana não fui capaz de me fazer presente nas oficinas pelo motivo já
relatado anteriormente.
4. Como sabemos o Programa BALE também trabalha com ações de incentivo à leitura em
espaços escolares e não escolares e atendeu a convites de varias instituições além de
promover eventos como o Natal BALE. Agora você é um escritor, gostaríamos de ler a sua
história no BALE, conte-nos como foram as suas primeiras apresentações, o que você
sentiu que melhorou em você depois de ter realizado tal trabalho, comente algo que o
marcou nessa 7ª edição.
Conheci o programa BALE na sexta edição, através da coordenadora Gorete Torres, o mesmo
ainda não atuava em Frutuoso Gomes, a partir daí comecei a participar de algumas
apresentações, mas apenas coletando assinaturas e registrando, continuei no programa durante a
sétima edição, só que desta vez venci a timidez e passei também a recitar alguns poemas. Acho
que o mais marcante foi o Natal BALE, foi muito bonito ver o desempenho de toda a equipe,
mas principalmente a felicidades das crianças ao receber os brinquedos arrecadados e assistir as
brincadeiras.

5. A sua opinião é muito importante para o crescimento e desenvolvimento do Programa


BALE, por isso pedimos para que o avalie.
Avalio o BALE como algo maravilhoso, pois o mesmo com sua simplicidade envolve a todos e
mostra o que realmente é a leitura, encanto, ele nos mostra que ela não é algo chato e monótono,
mas sim divertido e inovador, ajudando-nos a sermos pessoas melhores, que através de um
trabalho simples somos capazes de levar felicidade a todos os corações, sejam a crianças, jovens,
ou até mesmo idosos.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
Secretaria de Estado da Educação, da Cultura - SEC
UNIVERCIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE-UERN
NÚCLEO AVANÇADO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE UMARIZAL-NAESU

O BALE NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A RELEVÂNCIA DO


PROGRAMA NA FORMAÇÃO LEITORA DE ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL
IVONETE CARLOS

QUESTIONÁRIO

Codificação: A6

1. Tomando como base as suas experiências de leitura vividas antes e durante o Programa BALE
conte-nos como você vê a leitura em sua vida.

Eu vejo a leitura como algo maravilhoso e importante, por que através dos livros viajamos em
outro mundo, aprendemos e descobrimos coisas novas. Não posso deixar de falar que além de
aprendermos, ler é muito prazeroso e um ótimo passado tempo.

2. O Programa BALE, nesta 7ª edição fez uso de redes sociais como o Facebook para divulgar as
ações e manter informado os BALEanos sobre os bastidores de cada atuação, foi criado o grupo
privado “Escritas de si: Entre canteiros de leitura” dessa rede para que vocês pudessem postar
textos sobre obras que eram indicadas pelo programa. Gostaríamos de saber como você avalia o
uso dessas redes sociais dentro da finalidade do BALE, tornar útil o uso dessas ferramentas
digitais para o desenvolvimento do aprendizado do aluno. Relate-nos também se houve
dificuldades, como conseguiu superá-las, os pontos positivos.

Essa foi uma ótima ideia, pois tornava o trabalho do BALE mais ágil e eficiente na questão de
apresentar os textos ao programa e também para que todos do grupo ficassem por dentro de tudo
que estava acontecendo e do que ainda ia acontecer.

3. Durante a sua participação no Programa você leu e discutiu algumas obras literárias que foram
indicadas pelo Programa. Fale da sua experiência dos momentos em que as obras eram discutidas
em grupo e, se possível, nos fale sobre algum dos livros que mais te chamou atenção e por quê?

Era muito bom quando nos reuníamos pra discutir as obras, essas servia como troca de
conhecimento, todos podiam expressar suas opiniões e entendimento sobre os livros, tinha coisas
que alguns percebiam ao ler que outros não percebiam e visse e versa. Um dos livros que me
chamou mais atenção foi o Diário de Anne Frank, por se tratar de uma obra real e por ter sido
escrita no período da Segunda Guerra Mundial, época que foi marcada por preconceito contra os
judeus, que eram presos e mortos nos campos de concentrações, não importava a qual classe
financeira pertencia, pois até médicos eram presos também. Em seu diário Anne escrevia coisas
do seu cotidiano, sobre a guerra e o sofrimento que passavam no esconderijo, e tudo o sentia,
pois sabia que o diário guardaria segredo. A forma de Anne escrever, no inicio do diário, era
típica de uma criança, mas com o passar do tempo percebemos um amadurecimento na escrita,
isso foi resulta de muita prática na escrita e de muita leitura, pois a mesma lia bastante, sem
contar que ela era muito inteligente.
Depois de dois anos de angustia, sofrimento e medo, todos os refugiados foram presos pelos
oficias e levados para os campos de concentrações, onde foram mortos exceto o pai de Anne, que
morreu depois da guerra, mas antes de sua morte publicou o livro, realizando o desejo de Anne.

4. O Programa BALE promoveu a semana de estudos das obras literárias do PSV da UERN, e você
ministrou uma oficina. Fazendo uma auto avaliação: Como foi ministrar uma oficina? Quais as
suas maiores dificuldades?

Ministrar uma oficina foi uma ótima experiência para mim, onde adquiri conhecimento e me
serviu como um teste e preparação, ou seja, me fez ter uma noção de como vai ser futuramente
em uma faculdade. Minhas maiores dificuldades foi entender a obra ( A Rosa do Povo de Carlos
Drummond de Andrade), pois se trata de um livro de poesias complexo e de difícil compreensão,
e principalmente a minha timidez.

5. Como sabemos o Programa BALE também trabalha com ações de incentivo à leitura em espaços
escolares e não escolares e atendeu a convites de varias instituições além de promover eventos
como o Natal BALE. Agora você é um escritor, gostaríamos de ler a sua história no BALE,
conte-nos como foram as suas primeiras apresentações, o que você sentiu que melhorou em você
depois de ter realizado tal trabalho, comente algo que o marcou nessa 7ª edição.

Bem, as primeiras apresentações foram difíceis, não me sentia confortável devido a minha
timidez, mas a cada atividade que se passava eu ia superando um pouco esse desafio. Varias
coisas me marcaram, como o recital de poesias realizado em Pau Dos Ferros onde estavam
presentes muitas pessoas presentes que ao final do recital nos aplaudiram de pé. E também o
sorriso das crianças a cada apresentação nossa.

6. A sua opinião é muito importante para o crescimento e desenvolvimento do Programa BALE,


por isso pedimos para que o avalie.

O programa BALE é uma ótima ferramenta de incentivo a leitura, pois utiliza uma diferenciada, ou
seja, divertida, sem ser do jeito cansativo, só lendo as palavras, tal estratégia desperta mais o interesse
das crianças em relação a leitura. Sem deixar de falar também que aprendemos muito em relação a
interpretação e produção de textos e encenação de história.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
Secretaria de Estado da Educação, da Cultura - SEC
UNIVERCIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE-UERN
NÚCLEO AVANÇADO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE UMARIZAL-NAESU

O BALE NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A RELEVÂNCIA DO


PROGRAMA NA FORMAÇÃO LEITORA DE ALUNOS DA ESCOLA
ESTADUAL IVONETE CARLOS

QUESTIONÁRIO

Codificação: A7

1. Tomando como base as suas experiências de leitura vividas antes e durante o Programa
BALE conte-nos como você vê a leitura em sua vida.

A leitura era algo que eu realizava constantemente, e durante o Programa BALE isso se
tornou hábito mais frequente, pois houve um incentivo maior e nele pude perceber
como a leitura se tornou importante e prazerosa. A partir daí comecei a ter contato
com obras literárias maravilhosas que deixaram suas marcas positivas e que
contribuíram para o meu desenvolvimento como leitor e escritor. Vejo que a leitura nos
motiva a refletir e pensar melhor sobre as coisas e o BALE se propôs a nos mostrar o
quanto é importante ler e conhecer o mundo mágico das palavras.

2. O Programa BALE, nesta 7ª edição fez uso de redes sociais como o Facebook para
divulgar as ações e manter informado os BALEanos sobre os bastidores de cada
atuação, foi criado o grupo privado “Escritas de si: Entre canteiros de leitura” dessa rede
para que vocês pudessem postar textos sobre obras que eram indicadas pelo programa.
Gostaríamos de saber como você avalia o uso dessas redes sociais dentro da finalidade
do BALE, tornar útil o uso dessas ferramentas digitais para o desenvolvimento do
aprendizado do aluno. Relate-nos também se houve dificuldades, como conseguiu
superá-las, os pontos positivos.

O uso das redes sociais foi sem dúvida muito importante para o desenvolvimento do
programa, pois o meio digital garantiu maior comunicação entre os participantes, as
informações importantes que pudemos saber e também o uso de um ambiente virtual
interativo, onde todos postavam seus textos e comunicados e com isso foi possível
desenvolver de maneira satisfatória as atividades do Programa. Porém, estar sempre
em contato com o mundo digital foi um grande desafio, pois como as tecnologias
proporcionam progresso também é necessário ter um conhecimento maior a respeito
das mesmas e eu não dispunha de tal conhecimento, por isso das dificuldades em postar
textos, ter acesso aos livros pela tela do computador e acessar ao grupo. Mas, agora
vejo que essas dificuldades foram superadas, pude me aperfeiçoar no meio tecnológico
e adquiri experiências e conhecimentos que serão necessários profissionalmente e no
meio acadêmico e o BALE me ajudou nessa grande conquista que trouxe muitos pontos
positivos

3. Durante a sua participação no Programa você leu e discutiu algumas obras literárias que
foram indicadas pelo Programa. Fale da sua experiência dos momentos em que as obras
eram discutidas em grupo e, se possível, nos fale sobre algum dos livros que mais te
chamou atenção e por quê?

Os momentos de interação e discussão era muito proveitoso e colaborativo, todos


expunham seus pontos de vista e comentários acerca das obras destacando seus vários
aspectos. Em umas das obras a que mais chamou a minha atenção foi sobre o livro
“Meu Pé de Laranja Lima” de José Mauros de Vasconcelos, nele me encantei com a
triste história de Zezé e que mesmo em meio às dificuldades mantém um laço de
afetividade com um Pé de Laranja Lima que se torna seu confidente e seu grande
amigo.

4. O Programa BALE promoveu a semana de estudos das obras literárias do PSV da


UERN, e você ministrou uma oficina. Fazendo uma auto avaliação: Como foi ministrar
uma oficina? Quais as suas maiores dificuldades?

Ministrar uma oficina foi algo novo para mim, e por isso talvez surgiu as incertezas de
como fazer com que o público se sinta à vontade e atento à discussão e para que
compreendesse o que foi exposto. Para obter maior progresso foi preciso me adequar e
tentar falar de maneira clara, demonstrar confiança e domínio do assunto. Mesmo com
a inexperiência e as dificuldades tenho certeza que o empenho de todos foi grande e
que com isso pudemos alcançar os objetivos esperados.

5. Como sabemos o Programa BALE também trabalha com ações de incentivo à leitura em
espaços escolares e não escolares e atendeu a convites de varias instituições além de
promover eventos como o Natal BALE. Agora você é um escritor, gostaríamos de ler a
sua história no BALE, conte-nos como foram as suas primeiras apresentações, o que
você sentiu que melhorou em você depois de ter realizado tal trabalho, comente algo
que o marcou nessa 7ª edição.

A princípio quando decidi me inscrever no programa tinha a consciência que deveria


me dedicar por completo ao BALE e sabia que ele seria uma experiência riquíssima
que muito me somaria. Quando comecei as atividades de leitura e produção de texto
não tinha muito contato com obras literárias de grandes autores e muito menos
escrever sobre esses livros, mas com o tempo fui me acostumando e adquirindo
conhecimento. Logo depois começaram as apresentações em públicos nas escolas e
mais uma vez a timidez me preocupava. Lembro-me das leituras de poesias cantigas e
encenações de peças infantis que me fizeram voltar a ser criança. Com muitas
apresentações fui me aperfeiçoando e desenvolvendo habilidades de apresentação e
interagindo mais com o grupo, sempre pedindo conselhos e ajudando - nos uns aos
outros. A cada trabalho realizada tinha mais certeza que o BALE tinha um propósito de
incentivar e levar leitura ao cotidiano das crianças e do público em geral. O que me
marcou nesses meses do programa foi o entusiasmo e empenho de todos da grande
família BALE em levar alegria, imaginação, momentos de prazer, aprendizado a
crianças e jovens que futuramente serão os novos protagonistas na luta por um mundo
melhor.

6. A sua opinião é muito importante para o crescimento e desenvolvimento do


Programa BALE, por isso pedimos para que o avalie.

O BALE é uma grande iniciativa e uma poderosa ferramenta para inserção da leitura
na vida de muitas pessoas. O Programa realiza um trabalho especial que promove o
desenvolvimento dos envolvidos em vários aspectos, e o trabalho realizado tem
demonstrado que está cumprindo sua missão de transformar mentes através dos livros e
do mundo mágico da leitura que tanto está sendo esquecido e o BALE ajudou a
resgatá-lo
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Secretaria de Estado da Educação, da Cultura - SEC
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1.

O BALE NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A RELEVÂNCIA DO


PROGRAMA NA FORMAÇÃO LEITORA DE ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL
IVONETE CARLOS

QUESTIONÁRIO

Codificação: A8

2. Tomando como base as suas experiências de leitura vividas antes e durante o Programa BALE
conte-nos como você vê a leitura em sua vida.

3. O Programa BALE, nesta 7ª edição fez uso de redes sociais como o Facebook para divulgar as
ações e manter informado os BALEanos sobre os bastidores de cada atuação, foi criado o grupo
privado “Escritas de si: Entre canteiros de leitura” dessa rede para que vocês pudessem postar
textos sobre obras que eram indicadas pelo programa. Gostaríamos de saber como você avalia o
uso dessas redes sociais dentro da finalidade do BALE, tornar útil o uso dessas ferramentas
digitais para o desenvolvimento do aprendizado do aluno. Relate-nos também se houve
dificuldades, como conseguiu superá-las, os pontos positivos.

4. Durante a sua participação no Programa você leu e discutiu algumas obras literárias que foram
indicadas pelo Programa. Fale da sua experiência dos momentos em que as obras eram discutidas
em grupo e, se possível, nos fale sobre algum dos livros que mais te chamou atenção e por quê?

5. O Programa BALE promoveu a semana de estudos das obras literárias do PSV da UERN, e você
ministrou uma oficina. Fazendo uma auto avaliação: Como foi ministrar uma oficina? Quais as
suas maiores dificuldades?

6. Como sabemos o Programa BALE também trabalha com ações de incentivo à leitura em espaços
escolares e não escolares e atendeu a convites de varias instituições além de promover eventos
como o Natal BALE. Agora você é um escritor, gostaríamos de ler a sua história no BALE,
conte-nos como foram as suas primeiras apresentações, o que você sentiu que melhorou em você
depois de ter realizado tal trabalho, comente algo que o marcou nessa 7ª edição.

7. A sua opinião é muito importante para o crescimento e desenvolvimento do Programa BALE,


por isso pedimos para que o avalie.

RESPOSTAS
1-A leitura sempre teve papel fundamental em minha vida, antes do BALE eu já tinha o
habito de ler, mas depois que o BALE entrou em minha vida eu descobri o quanto a leitura é
importante para todas as pessoas e o quanto ela é capaz de transformar a realidade em que a
sociedade contemporânea se encontra, amparando aqueles que estão perdidos e os levando
para um novo mundo sem fronteiras, que é o mundo da leitura.

2- O uso das redes sociais facilitou bastante a discussão de opiniões e o programa utilizou
esse método como uma inovação para o crescimento da leitura. Como bolsista de ensino
médio do programa BALE encontrei varias dificuldades tais como: morar na zona rural, não
ter acesso a internet e nem a computador, tudo isso fez com que ocorressem algumas falhas no
desenvolvimento das atividades previstas dentro do programa, como por exemplo, atrasos nas
publicações dos textos. Outra dificuldade encontrada foi publicar tais textos devido ao não
acesso a internet no grupo “Escritas de Si” criado nas redes sociais mais especificamente no
Facebook. Sendo assim, era necessário deslocamento para uma lanhouse para realizar as
publicações dos textos.
Portanto, as dificuldades enfrentadas fortaleceram cada vez mais o meu
desenvolvimento no programa, afinal, nada que tem valor é conquistado com facilidade, tudo
que é valioso tem seu preço, e os obstáculos enfrentados nos fez melhorar de maneira positiva
contribuindo para nossa formação leitora enquanto ser humano social capaz de mudar o
mundo através da leitura.

3- A leitura e discussão das obras com a equipe foram um dos momentos mais prazerosos,
pois era muito gratificante você ler a obra e depois ter a oportunidade de expressar suas
opiniões e dizer o que entendeu sobre determinada leitura. Uma das obras que me chamou
mais atenção foi o Diário de Anne Frank pelo fato de passar o sofrimento da Segunda Guerra
Mundial e por ter tido a oportunidade de ter lido a obra de um grande fato histórico.

4- A oportunidade de ministrar uma das oficinas das obras propostas pelo PSV da UERN foi
muito gratificante, pois além de passar conhecimento para os que estavam ali eu aprendi
juntamente com todos eles sem contar que eu também prestei o vestibular da UERN e os
resultados foram grandiosos. Confesso que não tive muitas dificuldades como ministrante,
pois sempre tive grande facilidade de apresentar trabalhos como estes.

5-As primeiras apresentações foram muito emocionantes, no momento em que nós


chegávamos nas escolas e éramos acolhidos com todo carinho e a participação das crianças na
hora de contar histórias não tinha preço. Esse trabalho influenciou bastante na minha
desenvoltura com o publico e pude perder um pouco da mina timidez. E o que mais me
marcou nesta edição do BALE foram as amizades que pude fazer com o pessoal da equipe, o
aprendizado que adquiri e as apresentações para o publico infantil.
6- Para ser bem realista eu não encontro palavras que possam avaliar algo tão grandioso como
o Programa BALE, pois este programa tem uma imensidão de riquezas para o aprendizado e
conhecimento de qualquer individuo sem falar nas experiências que o BALE proporciona, e
como sempre falo, o BALE é um meio em que podemos encontrar mudanças para a nossa
sociedade.

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