DESCRIMINAÇÃ O

À S DOENÇAS
PSICOLÓ GICAS

Ana Rita Garça, nº4

Catarina Baptista, nº8

daniela neves, nº10

 INTRODUÇÃ O

◦ Atualmente, cada vez mais, a população que é diagnosticada com algum tipo de
doença psicológica tem mais possibilidades de encontrar tratamento ou melhoria do seu
estado mental, porém, apoio familiar ou apenas social não é tão comum quando estes
infelizes casos têm um enorme histórico de descriminação, onde alguns até não acreditam
que os mesmos sejam reais.

◦ Esta escolha deve-se à frequência destes incidentes na vida de quem sofre com este
tema e em honra de muitos familiares e conhecidos que passam por várias situações de
descriminação nos dias em que não escondem a sua necessidade de auxílio. Não podemos
ignorar a angústia e a tristeza que sentimos com algo tão grave como a inferiorização de
outro ser humano e, por isso, escolhemos fazer a nossa pesquisa e trazer o nosso
conhecimento e senso comum para quem não o tem.

1. Federação Nacional de entidades de

Reabilitação de Doenças Mentais
 DESCRIMINAÇÃ O À S DOENÇAS PSICOLÓ GICAS

◦ Doenças psicológicas, também regularmente tratadas como transtornos, distúrbios ou

doenças mentais, são comportamentos, sofrimento ou padrões anormais psicológicos que
causa um vigoroso enfraquecimento do funcionamento pessoal e variadas consequências,
dependendo da doença de que se trata; Estas podem manifestar-se persistentemente como,
por exemplo, a psicopatia e a esquizofrenia, que pode afetar a perceção da realidade, forma e
conteúdo do pensamento, comportamento motor e afetividade; ou ocorrer em diversos
episódios, como a ansiedade ou algo mais “simples” como distúrbios do sono, causadores de
insónias ou sonambulismo.

◦ Psicofobia é o título que muitos dão ao famoso preconceito contra as pessoas que têm
transtornos e deficiências mentais e é o tema geral deste trabalho, sendo o nosso maior foco
mostrar o quão importante é que estejamos cientes dos atos deste tal preconceito e do quão
incorretos são

◦ Não é de hoje a ignorância e o preconceito com doentes mentais, por inúmeros anos
os problemas destes foram ignorados e até mesmo quem teve coragem de procurar ou
apenas pedir assistência foi negado devido ao julgamento de credibilidade destas mesmas
doenças;

◦ Um estudo realizado em 2016 indicou que uma de apenas quatro pessoas irá
experienciar um transtorno psicológico a um certo ponto da sua vida e, também, que 15,5
% da população mundial – que são, estimativamente, 450 milhões de pessoas - sofre de
algum tipo de doença mental, tendo esta aumentado desde o início da pesquisa e apenas
tido em conta quem foi devidamente diagnosticado.

◦ A situação portuguesa também não é das melhores, sendo que foi indicado que
22,8% da nossa população sofre com este tipo de doenças, o que não é, de todo, falado entre
membros das instituições onde somos inseridos desde muito novos – o tempo onde somos
influenciados pelo meio onde vivemos e por quem nos rodeia, quando estamos prestes a
criar as nossas próprias opiniões, porém, apenas com os assuntos familiares aos nossos
ouvidos - como as nossas famílias e estabelecimentos educativos.

Porque um tema claramente comum e corrente estaria tão escondido da nossa atenção e
preocupação?
 REFLEXÃ O E ARGUMENTAÇÃ O

◦ Hoje em dia, mesmo após muita evolução, a visão da sociedade para com as
doenças mentais continua seriamente distorcida, continua a haver quem descrimine ou/e
desacredite sobre a existência das doenças mentais.

◦ Existe, também, quem considere quem sofre destas não merecedoras da

própria vida ou até que são prejudiciais à sociedade e ao ambiente onde vivem e até que
deveriam ser presos, porém, este cruel ponto de vista, a nosso ver, é desumano e
respetivamente incorreto.

◦ Apesar de todas os olhos de quem está por fora, estudos demonstram que, de
crimes realizados, apenas 7% são cometidos por indivíduos com algum tipo de
perturbação. Isto mostra que pacientes, não só têm de lidar com o pesadelo que é lidar com
a luta com a sua própria mente (capaz de os causar, por exemplo, vozes, alucinações,
insónias, inquietações e entre muitas, muitas outras), mas também o facto de viverem numa
sociedade que vê estas pessoas como o inimigo, demonstrando medo das mesmas.

◦ A Ordem de Psicólogos afirmou que cerca de 65% de quem tem doenças

mentais moderadas e 33,6% da população que sofre de doenças psicológicas graves não
recebem o devido os cuidados médicos adequados e que esta situação pode acontecer
devido à inferiorização destes casos pela sociedade, sendo um dos maiores argumentos de
defesa ao apoio aos distúrbios mentais.

◦ Auxílio é algo quase que inalcançável para menores de idade se estes não
tiverem o apoio familiar para tal o receberem, o que, certamente, evita a melhoria destes.
Em casos como depressão e esquizofrenia e entre outras doenças que causam ao indivíduo
uma sensação de sufocamento e incapacidade, é possível que estes criem pensamentos
suicidas e/ou até mesmo cometer suicídio.

◦ Não é só a sociedade que é discriminatória, mas também a justiça, que em

muitos países, não dá o apoio necessário aos criminosos com estas condições, colocando-
os em celas sem qualquer tipo de ajuda psicológica, e até por vezes, condenando-os à
morte.

◦ 10% das pessoas condenadas à morte por todo o mundo, sofrem de algum
tipo de distúrbio mental, o que é errado, não só pelo facto de todos os seres humanos terem
o direito à vida e à redenção independentemente dos seus crimes, como também não terem
culpa daquilo que fizeram durante um estado de psicose.
 ◦ Uma grave situação é a atribuição de pena de morte a psicopatas e sociopatas
homicidas. Há uma enorme ignorância em volta destas duas doenças e em quais as
diferenças das mesmas, sendo que já é usado como calão social e não levado como um
transtorno, mesmo sendo dos mais graves. Tanto sociopatia como psicopatia é um distúrbio
de personalidade, onde o indivíduo contém características como extrema falta de empatia e
remorso para com o próximo e às vezes até consigo mesmo, comportamento antissocial e
exagerados “traços” de amargura e egoísmo; Porém, enquanto a sociopatia é algo que
nasce com a pessoa e que a acompanha desde a nascença, a psicopatia é desenvolvida
devido a um acontecimento traumático maioritariamente durante a infância, como abuso
quer seja físico como psicológico. Este lado das coisas não costuma ser refletido sobre
quando os juízes decidem cortar a cabeça destes indivíduos em vez de receberem o devido
auxílio, pondo em alta as chances de mais crimes se repetirem devido à ignorância de
como acompanhar estas doenças ou até mesmo apenas identificá-las.

◦ Esta discriminação é, na maioria das vezes, um enorme fator para que o

estado de pacientes piore, sendo que estes já contam com a sua própria destruição
emocional, somar a falta de apoio e credibilidade usualmente necessária para contribuir ao
seu bem-estar cria uma grande possibilidade para a pioria do seu registo.

◦ As doenças mentais, pelo menos a maioria, não podem ser “evitadas” ou

previamente avisas, podem aparecer por acontecimentos da nossa vida, traumas ou até a
velhice. É triste para mim pensar que mesmo que faça “tudo certo” na minha vida haverá
sempre uma percentagem de chance de vir a ter uma doença deste tipo, ou para quem me é
chegado.

◦ Apesar de tantas pessoas serem afetadas, há uma forte desaprovação social

ligado à saúde mental, e as pessoas com problemas de saúde mental sofrem descriminações
em todos os aspetos das suas vidas, como por exemplo, arranjar emprego, ter um
relacionamento estável, etc. Pesquisas feitas mostram que a melhor maneira de desafiar
esses estereótipos é através do contacto direto com pessoas com experiência em problemas
de saúde mental, o que é raramente feito.

◦ Pior que sofrer de uma doença, seja ela qual for, será sempre pior ver as
pessoas que amamos sofrer com elas, pois somos incapazes de fazer algo para a parar ou
melhorar, (Relato de um caso pessoal) Eu tenho um caso como este na minha família, que
é a minha avó paterna. É a última dos meus avós vivos, e sofre de Alzheimer (doença que
afeta tanto a capacidade de raciocínio como a de recordar de eventos recentes, e até, em
casos mais graves perda de memória a longo prazo). É pessoalmente difícil para quem
convive com um doente, não só a nível social, mas também físico e psicológico. Antes não
ligava às doenças psicológicas, para além de não as entender, não sentia necessidade de
saber sobre elas, e a verdade é que só nos interessamos por essas coisas quando nos
acontecem a nós ou às pessoas que nos rodeiam, e apesar de o ter feito, isso está errado.
Devemos interessar nos sobre o bem-estar de qualquer pessoa e ajuda-las pelo dever de
ajudar o próximo.
 CONCLUSÃ O

◦ Concluímos que, as doenças mentais nã o devem ser desvalorizadas quanto ao

sofrimento do doente, ou à capacidade de melhoria do mesmo, e nã o devem ser
associadas à prá tica de atos violentos ou criminosos, o que contribui para perpetuar
conceitos errados sobre o assunto e, assim, promover a descriminaçã o.

◦ Nenhuma doença, especialmente as mentais, deve ser rebaixada ou ignorada

principalmente para aqueles que tem a sorte de não a carregar. Todos os seres humanos
devem ter o direito de poder viver as vidas que querem, tendo ou não doenças mentais.
 BIBLIOGRAFIA

PESQUISA FÍSICA:

Livro “O ABC da Mente Humana”

PESQUISA DIGITAL:

http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/a-discriminacao-do-doente-mental

http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/336-dos-doentes-com-perturbacoes-
mentais-graves-nao-recebe-cuidados-adequados

https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_mental

https://en.wikipedia.org/wiki/Mental_disorder

https://en.wikipedia.org/wiki/Causes_of_mental_disorders

https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicofobia

https://en.wikipedia.org/wiki/Psychopathy - Sociopathy

https://en.wikipedia.org/wiki/Antisocial_personality_disorder

https://obsessivamente.wordpress.com/2014/11/19/a-discriminacao-das-doencas-
psiquiatricas/

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2015-02-13/brasileiro-na-indonesia-10-dos-
condenados-a-morte-tem-transtorno-mental.html

https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/05/15/noticias-saude,192424/estudos-
mostram-que-pessoas-com-transtornos-mentais-cometem-menos-crim.shtml

https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_mental

https://www.mentalhealth.org.uk/a-to-z/s/stigma-and-discrimination