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O que realmente aconteceu:

Leonardo trabalhava como faxineiro em uma empresa que o Antônio Casablanca era sócio, a
Shopee. No dia anterior a data das conversas vazadas, ele foi vítima de um assalto em que foi
levado sua carteira e celular. Um boletim de ocorrência confirma o caso. Portanto, seria impossível
que Leonardo tivesse trocado mensagens com Antônio Casablanca, visto que sem celular também
não teria acesso ao seu Whatsapp.

Mas por que justo Leonardo? Antônio já fora preso e precisava, de alguma forma, diminuir
sua pena. Como fazer isso? Por meio de delação premiada. Porém, se não há quem ele delatar, ele
prepara toda uma operação visando incriminar um mero funcionário de sua empresa. Faxineiro,
pouco conhecido, de família pobre e assalariado, Leonardo é a vítima perfeita para a situação.
Assim como ele, diversos outros poderiam ter sido escolhidos, porém o azarado foi justamente ele.

Com tudo preparado, o criminoso articula toda sua rede de contatos e contrata uma suposta
vítima (Henrique), seus supostos promotores (Mateus e Thiago) e as supostas testemunhas
(Gustavo, Eloise e Nana), além, é claro, de armar um assalto para conseguir o telefone de seu
funcionário.

Para comprovar que tudo isso não passa de um teatro, existem provas dizendo que todos os
envolvidos nessa acusação tem dívidas com Antônio Casablanca. Extremamente curioso, não é
mesmo? Não bastasse isso, a quadrilha ainda tentou subornar a juíza do caso. Uma foto comprova a
existência da conversa envolvendo os promotores, uma das testemunhas de acusação, a juíza e o
escrivão do caso. Muito suspeito.

A quadrilha, com todo dinheiro que possui, obviamente tentará armar provas contra
Leonardo, alinhará um discurso que será utilizado por todos e fará de tudo para incriminar o
faxineiro da Shopee.
Testemunhas

Silas: Amigo de Leonardo, também era faxineiro na Shopee. Estava junto quando ocorreu o assalto,
tendo inclusive seu celular furtado. Irá falar que Léo é uma boa pessoa, um pai de família e cidadão
de bem. Contará que se conhecem desde a infância, quando brincavam juntos no bairro em que
cresceram. A vida, cheia de coincidências, os uniu novamente no trabalho. Silas irá contar que,
como funcionário, eles nuncas tiveram contato com o dono da empresa em que trabalham, apenas
com seu gerente. Por ser dono de diversos empreendimentos, eram raras as visitas de Casablanca,
que só tinha contato com os funcionários do mais alto escalão da Shopee, como os gerentes. Por
fim, irá dizer que é impossível um faxineiro, que vive de aluguel e mal tem dinheiro para se
alimentar no final do mês, esteja envolvido com um crime deste tamanho.

Erick: Cunhado de Leonardo, ele é técnico de Informática e trabalha na Millenium. Certa vez
recebeu o notebook do gerente da Shopee para realizar um conserto. Como todo instrumento de
trabalho de um gerente, obviamente estava cheio de informações. A ética não permite que Erick leia
os arquivos de um cliente, mas algo lhe chamou atenção quando abriu a Área de Trabalho: um
documento chamado “Possíveis funcionários incriminados”. Sabendo que o irmão de sua esposa
trabalhava nessa empresa, resolveu ler o arquivo e acabou descobrindo coisas que não devia. Ao
devolver o notebook, já consertado, para seu cliente, ainda ouviu o mesmo falando ao telefone que
“o plano está pronto e será executado em breve”. 2 dias depois, Leonardo foi assaltado e não
demorou muito para que se tornasse acusado, injustamente, de tráfico humano.

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