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» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 19 DE ABRIL DE 1999

interessadas e pelo Estado, e na proporção que for abrangidos por esta lei, têm o prazo 60 dias contados a
acordada em protocolo. partir do anúncio feito pelo órgão de gestão da aber-
tura do processo de cessação do contrato de trabalho
2. As entidades empregadoras ficam ainda obriga- por mútuo acordo, para requerer a cessação do
das a comparticipar com as contribuições a seu cargo contrato de trabalho e a concessão da pensão anteci-
destinadas ao Instituto Nacional de Previdência Social pada de reforma, sob pena de caducidade.
e devidas em relação a cada trabalhador que beneficiar
da pensão antecipada de reforma. Artigo 12º

Artigo 6º (Proibição)

(Descontos) Os pensionistas beneficiários da reforma antecipada


não podem exercer funções remuneradas no Estado,
Da pensão antecipada de reforma concedida é des- nas Autarquias locais, nos Institutos Públicos e nas
contada a parte da contribuição dos trabalhadores Empresas Públicas, sendo nulos e de nenhum efeito os
para o financiamento do sistema de previdência. actos ou contratos praticados ou celebrados em viola-
ção do disposto no presente artigo.
Artigo 7º
Artigo 13º
(Intervenção do Instituto Nacional de Previdência Social)
(Entrada em vigor)
1. O Instituto Nacional de Previdência Social as-
sume a gestão e a administração do regime de pensão O presente diploma entra imediatamente em vigor.
antecipada de reforma.
Aprovada em 26 de Março de 1999.
O Instituto Nacional de Previdência Social recebe do
Estado e das entidades empregadoras os fundos neces- O Presidente da Assembleia Nacional, António do
sários para compensação da gestão e administração do Espírito Santo Fonseca
regime de pensão antecipada de reforma.
Promulgada em 6 de Abril de 1999.
Artigo 8º
Publique-se.
(Pagamento)
O Presidente da República, ANTÓNIO MANUEL
A pensão antecipada de reforma é processada e paga MASCARENHAS GOMES MONTEIRO
mensalmente pelo Instituto Nacional de Previdência
Social aos pensionistas beneficiários, nos termos da lei. Assinada em 7 de Abril de 1999.
Artigo 9º
O Presidente da Assembleia Nacional, António do
(Processo) Espírito Santo Fonseca

1. A cessação do contrato de trabalho e a concessão ————


da pensão antecipada de reforma pode ser da iniciativa
do trabalhador ou da entidade empregadora. Lei nº 102/V/99
de 19 de Abril
2. O pedido do trabalhador é dirigido aos órgãos di-
rigentes da entidade empregadora, acompanhado dos Por mandato do povo a Assembleia Nacional decreta,
documentos comprovativos do preenchimento das nos termos da alínea b) do artigo 186º e h) do artigo
condições estabelecidas nesta lei. 187º da Constituição, o seguinte:
3. A proposta da entidade empregadora será diri- CAPÍTULO I
gida a um ou a vários trabalhadores, contendo, em re-
lação a cada um, o montante da pensão oferecida. Título I

4. O acordo entre o trabalhador e a entidade empre- Disposições gerais


gadora será objecto de um contrato escrito, no qual se Artigo 1º
fixam todas as condições da sua cessação.
(Objecto)
Artigo 10º
A presente lei estabelece o regime jurídico dos parti-
(Extinção)
dos políticos.
A pensão antecipada de reforma extingue-se quando Artigo 2º
o trabalhador atingir a idade mínima de reforma por
velhice, data a partir da qual passa automaticamente (Noção)
a receber a pensão de velhice a que tiver direito, nos
termos da lei. São partidos políticos as associações de cidadãos, de
caracter permanente, âmbito nacional e constituídas
Artigo 11º com o objectivo fundamental específico de participar
democraticamente na vida política do país e de concor-
(Prazo)
rer, de acordo com as leis constitucionais e com os seus
Os trabalhadores das Empresas Públicas, Institutos estatutos e programas publicados, para a formação e
Públicos ou Sociedades Anónimas de Capitais Públicos expressão da vontade política do povo e para a organi-
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zação do poder político, intervindo no processo eleitoral 3. A denominação de um partido político não pode
mediante a apresentação ou o patrocínio de candidatu- identificar-se de qualquer forma, directa ou indirecta-
ras. mente, com qualquer parcela do território nacional ou
com igreja, religião ou confissão religiosa, nem evocar
Artigo 3º nome de pessoa ou instituição.
(Fins)
4. A sigla ou o símbolo de um partido não pode ser
Com vista ao prossecução dos seus objectivos, os parti- idíntico, confundir-se ou ter relação gráfica ou fonética
dos políticos poderão propor-se designadamente: com símbolos nacionais ou autárquicos, com símbolos
ou siglas dos órgãos ou serviços públicos ou com ima-
a) Contribuir para o exercício dos direitos políti- gem ou símbolos religiosos.
cos dos cidadãos e para a determinação da
política nacional, através de meios democrá- 5. Compete ao Presidente do Supremo Tribunal de
ticos; Justiça enquanto Tribunal Constitucional, com recurso
para o plenário deste, apreciar a legalidade das deno-
b) Definir programas de Governo e de administra- minações, siglas e símbolos dos partidos políticos, no
ção; âmbito dos respectivos processos de registo, anotação
ou depósito estabelecidos no presente diploma.
c) Participar na actividade dos órgãos do Estado e
Artigo 7º
das autarquias locais;
(Constituição)
d) Apreciar, livremente, os actos dos órgãos e ser-
viços do Estado e das autarquias locais; 1. É livre, não carecendo de autorização, a constitui-
ção de qualquer partido político.
e) Promover a educação cívica e o esclarecimento
político dos cidadãos, estimular a sua parti- 2. O partido político considera-se constituído na data
cipação na vida política e contribuir para a da aprovação dos seus estatutos por deliberação valida-
formação da opinião publica e da consciíncia mente tomada pela respectiva assembleia constituinte
nacional e política;
3. É proibida a constituição de partidos políticos de
f) Estudar e debater os problemas da vida nacio- âmbito regional ou local e de partidos que fomentem o
nal e internacional e tomar posições perante regionalismo, o racismo ou a discriminação ou se pro-
eles; ponham empregar meios subversivos ou violentos na
prossecução dos seus fins ou que tenha natureza para-
g) Em geral, contribuir para o desenvolvimento militar.
das instituições políticas democráticas.
Artigo 8º
Artigo 4º
(Preparação da assembleia constituinte)
(Personalidade e capacidade jurídicas)
1. A assembleia constituinte de um partido político
1. O partido político tem personalidade jurídica, que deve ser precedida de :
adquire com a publicação da decisão do Supremo Tri-
bunal de Justiça enquanto Tribunal Constitucional a) Aprovação na assembleia de delegados à as-
que deferir o requerimento do seu registo, nos termos sembleia constituinte de um regimento es-
da presente lei. crito;

2. O partido político tem capacidade jurídica nos ter- b) Eleição por sufrágio directo e secreto, dos dele-
mos da presente lei. gados à assembleia constituinte, nos termos
fixados pelo Regimento da respectiva assem-
3. O partido político não tem capacidade para nego- bleia;
ciar qualquer convenção colectiva de trabalho e nem
pode por ela ser abrangido. c) Realização de assembleias em, pelo menos, 12
concelhos do país, para eleição dos delegados
Artigo 5º à assembleia constituinte;
(Lei aplicável)
d) Elaboração de actas de cada processo eleitoral,
Os partidos políticos regem-se pela presente lei e, para eleição de delegados, contendo entre ou-
subsidiariamente, pelas normas legais aplicáveis às as- tros elementos o número, os nomes e as assi-
sociações. naturas dos membros presentes, os votos a
favor, contra, branco e nulos, bem como uma
Artigo 6º cópia do regimento aprovado.
(Denominação, sigla e símbolo) Artigo 9º

1. Cada partido político tem uma denominação, uma (Assembleia constituinte)


sigla e um símbolo que o identificam .
1. A assembleia constituinte decorre nos termos do
2. A denominação, a sigla e o símbolo de um partido respectivo regimento, o qual deve ser aprovado no iní-
não podem ser idênticos ou semelhantes às denomina- cio dos trabalhos por maioria absoluta dos delegados
ções, siglas e símbolos de partidos já registados. eleitos.
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2. O número dos delegados à assembleia consti- c) Cujos titulares não residam no concelho ou
tuinte residentes em Cabo Verde não pode ser inferio- país da situação do cartório notarial.
res a 70% do número total dos delegados.
5. Relativamente aos fundadores não residentes em
3. A assembleia constituinte deve aprovar os estatu- Cabo Verde, as funções notariais são exercidas pelos
tos, o programa, a denominação, a sigla e os símbolos serviços consulares de Cabo Verde com jurisdição no
do partido e proceder à eleição dos órgãos, de acordo país de residíncia do fundador.
com as normas estabelecidas no respectivo regimento.
Artigo 11º
4. Os estatutos, o programa, a denominação, a sigla (Liberdade de filiação)
e o símbolos do partido político são aprovadas por
maioria de dois terços do número total dos delegados à 1. A filiação num partido político é livre, ninguém
assembleia constituinte. podendo ser obrigado a ingressar ou nele permanecer.
5. Da assembleia constituinte é lavrada a compe- 2. Ninguém pode ser privado do exercício dos seus
tente acta, subscrita pelos membros da mesa que tiver direitos civis, políticos, profissionais ou outros, ou ne-
dirigido os trabalhos, contendo designadamente: les ser prejudicado, por estar ou não filiado em algum
partido político, salvo os casos expressamente previs-
a) O dia, a hora e o local da reunião; tos na lei.
b) A lista dos delegados presentes; Artigo 12º

c) A deliberação da comissão de verificação de (Registo do partido)


mandatos, acompanhada dos documentos de
1. O registo do partido terá de ser requerido, pelo
suporte;
menos, por 500 fundadores, maiores de 18 anos, inscri-
d) As deliberações relativas à aprovação do regi- tos no recenseamento eleitoral e em pleno gozo dos
mento, dos estatutos, do programa, da deno- seus direitos civis e políticos.
minação , da sigla e dos símbolos, com a vo- 2. Entre os fundadores devem figurar pelo menos 25
tação verificada em cada caso; residentes em cada um de doze dos concelhos do país.
e) As eleições dos órgãos do partido havidas e os 3. O requerimento de registo é dirigido ao Presi-
resultados de cada uma das respectivas vota- dente do Supremo Tribunal de Justiça, enquanto Tri-
ções; bunal Constitucional, assinado pelo primeiro responsá-
vel estatutário do partido e acompanhado dos
f) A lista dos titulares dos órgãos nacionais de
seguintes documentos:
partido nela eleitos.
Artigo 10º
a) Acta da assembleia constituinte, lavrada nos
termos do nº 5 do artigo 9º;
(Listas de fundadores)
b) Estatutos e programas aprovados na assem-
1. As listas de fundadores são feitas em duas vias bleia constituinte;
por cada concelho de Cabo Verde ou cada país de emi-
gração cabo-verdiana devendo conter, obrigatoria- c) Cópias das listas de subscritores, com as res-
mente : pectivas assinaturas reconhecidas gratuita-
mente por notário;
a) O fim a que se destinam;
d) Documento comprovativo de inscrição dos sub-
b) A denominação e a sigla do partido em forma- scritores em recenseamento eleitoral ;
ção, como cabeçalho de todas as folhas que
compõe cada lista; e) Fotocópias, autenticada gratuitamente, do cer-
tificado dos registros criminais dos subscrito-
c) O nome, a residência, o número do cartão do res;
eleitor e a assinatura do fundador.
f) Atestados de residência;
2. Cada fundador só pode assinar uma única lista de
fundadores. g) Declaração de cada um dos subscritores de que
não se encontram filiados noutros partidos
3. As assinaturas dos fundadores de cada lista são políticos.
reconhecidas gratuitamente pelo cartório notarial da
residíncia dos mesmos, por confronto das assinaturas 4. O requerimento de registo do partido deve dar en-
trada no Supremo Tribunal de Justiça enquanto Tribu-
constantes das duas vias. O notário indica o total das
nal Constitucional, no prazo máximo de setenta dias a
assinaturas reconhecidas, com exclusão das que consi-
contar da data da realização da assembleia consti-
derar irregulares.
tuinte sob pena de automática caducidade do acto da
4. São consideradas irregulares as assinaturas: constituição do partido político;

a) Que do confronto entre as duas vias resulta- 5. O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça en-
rem duvidosas; quanto Tribunal Constitucional decide sobre o requeri-
mento, ouvido o Procurador Geral da República, no
b) Que estejam repetidas na lista; prazo de 30 dias a contar da sua entrega no Tribunal;
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6. A decisão do Presidente do Supremo Tribunal de nado no seu direito de voto ao pagamento de contribui-
Justiça enquanto Tribunal Constitucional é sempre ções pecuniárias estatutáriamente previstas.
fundamentada e publicada na II Série do Boletim Ofi-
cial. Quando defira o requerimento do registo, a sua Artigo 18º
publica é feita conjuntamente com a do programa, dos (Juramento ou compromisso de fidelidade)
estatutos, da denominação, da sigla e dos símbolos,
bem como da lista dos titulares dos órgãos nacional do É proibido qualquer juramento ou compromisso de fi-
partido. delidade dos filiados do partido aos seus dirigentes.
7. Da decisão do presidente, cabe recurso para o ple- Artigo 19º
nário do Supremo Tribunal de justiça enquanto Tribu-
nal Constitucional, o qual pode ser interposto por par- (Disciplina partidária)
tido ou partidos interessados ou pelo Procurador Geral A disciplina a que ficam vinculados os filiados num
da República, no prazo de cinco dias úteis, a contar da partido político não pode afectar o exercício de direitos
publicação da decisão e deve ser decidido no prazo de e o cumprimento de deveres estabelecidos pela Consti-
cinco dias. tuição, por lei ou regulamento.
8. Quando a decisão de recusa de registo do partido Artigo 20º
político tiver sido fundamentada em violação das re-
gras legais e constitucionais sobre a denominação, si- (Princípio democrático)
gla e símbolos e o partido proceder , no prazo de dez
dias, à sua alteração ou substituição, em termos de vir A organização interna de cada partido político é li-
a ser ordenado o registo, este considera-se feito na data vre, devendo, porém, satisfazer as seguintes condições:
da publicação no Boletim Oficial da decisão inicial de
indeferimento. A decisão do Presidente do Supremo de a) Não poder ser negada a admissão ou fazer-se
Justiça enquanto Tribunal Constitucional sobre a alte- exclusão por motivo de raça, de sexo, de
ração ou substituição deve ser tomada no prazo de dois confissão religiosa ou de qualquer outro fac-
dias. tor de discriminação;

Artigo 13º b) Serem os estatutos e programas aprovados por


todos os filiados ou por uma assembleia ge-
(Filiação directa) ral deles representativa;
1. Só podem ser filiados em partidos políticos cida- c) Serem os titulares dos órgãos do partido eleitos
dãos cabo-verdianos maiores de dezoito anos no pleno periódica e directamente pelos filiados ou
gozo dos seus direitos políticos. por assembleia deles representativas.
2. Nas organizações a que se refere o artigo 39º es- Artigo 21º
pecialmente destinadas à juventude, podem, porém, fi-
liar-se cidadãos cabo-verdianos maiores de dezasseis (Principio de publicidade)
anos de idade.
1. Os partidos políticos devem prosseguir publica-
Artigo 14º mente os seus fins.
(Princípio da filiação única) 2. O programa de um partido deve incluir, no mí-
Ninguém pode estar filiado simultaneamente em nimo, os fins e objectivos, bem como a indicação sumá-
mais de um partido político. ria das acções políticas e administrativas que o partido
se propõe realizar.
Artigo 15º
3. Os estatutos do partido devem estabelecer, clara-
(Filiação automática) mente, os órgãos e processos competentes para a apre-
sentação de candidatos à órgãos do Estado e das au-
Consideram-se automaticamente filiados num par-
tarquias locais.
tido político, os respectivos fundadores e dirigentes.
Artigo 16º 4. A prossecução publica dos fins dos partidos políti-
cos implica a publicitação de:
(Direitos dos filiados)
a) Os estatutos e o programa do partido;
1. A filiação num partido político implica direitos de
carácter pessoal, mas não direitos de carácter patrimo- b) A identidade dos dirigentes do partido;
nial.
c) As contas e a proveniíncia e a utilização dos re-
2. Nos estatutos dos partidos políticos devem estar cursos financeiros do partido;
previstos meios de garantia dos direitos dos seus filia-
dos, nomeadamente a possibilidade de reclamação ou d) As actividades gerais do partido;
recurso para os órgãos internos competentes.
e) Associação do partido com partidos estrangei-
Artigo 17º ros ou sua filiação em organização interna-
(Igualdade de tratamento) cional de partidos.

Os filiados do partido político são iguais em direitos 5. O partido, para mero efeito de anotação e actuali-
e deveres, não podendo nenhum filiado ser condicio- zação do registo, comunica ao Supremo Tribunal de
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Justiça enquanto Tribunal Constitucional os nomes Artigo 25º


dos titulares dos seus órgãos nacionais, após a realiza- (Financiamentos proibidos)
ção dos respectivos actos eleitorais, e deposita no
mesmo tribunal o programa e os estatutos, uma vez es- 1. Os partidos políticos não podem receber, por qual-
tabelecidos ou modificados pelas instancias estatuta- quer título, contribuições de:
riamente competentes do partido.
a) Serviços simples ou autónomos do Estado,
Artigo 22º salvo o disposto no artigo 28º;
(Fontes de financiamento) b) Associações de direito publico, fundações publi-
cas, institutos públicos, empresas publicas
As fontes de financiamento de actividades dos parti- ou organismos públicos de qualquer natu-
dos políticos compreendem as suas receitas próprias e reza dirigidos, superintendidos ou tutelados
as subvenções concedidas pelo Estado. por órgãos do Estado;
Artigo 23º c) Autarquias locais e seus organismos autóno-
(Receitas próprias)
mos;

Constituem receitas próprias dos partidos políticos: d) Outras pessoas colectivas publicas;
e) Sociedades de capitais públicos, sociedades
a) As quotas e outras contribuições de filiados no
mistas com participação do Estado e empre-
partido; sas concessionários de serviços públicos ou
b) O produto de actividades de angariação de fun- obras públicas;
dos desenvolvidas por mandatários financei- f) Pessoas colectivas de utilidade pública adminis-
ros do partido; trativa ou que se dediquem a actividades de
beneficíncia ou de fim religioso;
c) Os donativos pecuniários recebidos de pessoas
singulares, nos termos da presente lei; g) Associações profissionais, sindicais ou empre-
sariais;
d) Os donativos pecuniários recebidos de pessoas
colectivos nos termos do Código Eleitoral; h) Fundações instituídas por lei e cujos recursos
provenham, total ou parcialmente, de órgãos
e) Os rendimentos de bens, valores, direitos, par- ou entidades publicas;
ticipações e serviços próprios;
i) Órgãos e instituições públicos estrangeiros,
f) O produto de empréstimos e outros créditos ob- bem como pessoas singulares ou colectivas
tidos em instituições de crédito instaladas no estrangeiras.
país;
2. São considerados ilícitos os recursos provenientes
g) O produto de heranças e legados; das entidades a que se refere o número anterior, bem
como aqueles cuja origem não puder ser claramente de-
h) Outras estabelecidas por lei. terminada.
Artigo 24º 3. A concessão e o recebimento de recursos ilícitos são
punidos com coima correspondente ao dobro desses re-
(Donativos admissíveis)
cursos.
1. Os partidos políticos podem receber donativos de Artigo 26º
natureza pecuniária ou em espécie de pessoas singula-
res ou colectivas nacionais residentes ou sediadas no (Subvenção do Estado)
país, ou de eleitores cabo-verdianos residentes no es- O Estado, para realização dos fins próprios dos parti-
trangeiro. dos, atribui:
2. Os donativos de natureza pecuniária concedidos a) Uma subvenção para o funcionamento dos par-
por pessoas colectivas devem ser deliberadas pelo ór- tidos políticos;
gão social competente e não podem exceder 10% do to-
tal anual das receitas do partido, nem, por cada doador b) Subvenções para financiamento das campan-
e por ano, 5% do seu capital social. has eleitorais.
Artigo 27º
3. Os donativos de natureza pecuniária concedidos
por pessoas singulares não podem exceder 500.000$00 (Subvenção estatal ao funcionamento dos partidos)
por cada doador.
1. O Orçamento de Estado deve incluir uma dotação
4. Os donativos anónimos não podem exceder 2% do específica para a atribuição de subsídios anuais de fun-
total das receitas anuais do partido, nem, por cada cionamento aos partidos políticos com representação
doador, o montante de 100.000$00. parlamentar, a ser distribuído de forma proporcional
ao número de votos obtidos nas ultimas eleições legis-
5. Os donativos admissíveis de valor superior a lativas.
10.000$00 devem ser entregues ou transferidos ao par-
tido em moeda escritural. 2. O subsidio anual é pago em duodécimos.
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Artigo 28º Artigo 33º

(Subvenções para campanhas eleitorais) (Regime contabilístico)

1. O Orçamento de Estado do ano em que deva ha- 1. Os partidos políticos devem possuir contabilidade
ver eleições deve prever subvenções para as respecti- organizada, que discrimine todas as receitas e despe-
vas campanhas eleitorais. sas efectuadas pelo partido, indicando de forma precisa
a origem daquelas e o objecto destas, bem como os do-
2. A subvenção do Estado para cada eleição consiste cumentos de suporte dos respectivos lançamentos e
na atribuição de quatrocentos escudos por cada voto permita verificar o cumprimento das normas e obriga-
validamente expresso, actualizados anualmente na lei ções previstas na presente lei.
do Orçamento do Estado, tendo em conta a inflação
prevista para o ano. 2. O produto de actividades de angariação de fundos
desenvolvidas por mandatários financeiros do partido é
3. A subvenção do Estado é atribuída no prazo comprovado por declaração destes sob compromisso de
máximo de dez meses a contar da data da respectiva honra, discriminando a origem dos fundos angariados
eleição, a requerimento de cada partido interessado, di- e os respectivos documentos de suporte.
rigido ao Primeiro Ministro, acompanhado do Boletim
Oficial em que tenham sido publicadas as contas elei- 3. Os donativos de pessoas singulares ou colectivas
torais do partido. são documentados por escrito assinado pelos doadores
e pelo administrador financeiro, referenciando a moeda
4. O Governo desenvolve e regulamenta o disposto escritural em que se concretizaram.
na presente lei sobre a subvenção do Estado para as
campanhas eleitorais. 4. Quando se trate de donativos anónimos, são docu-
mentados por mera declaração do administrador finan-
Artigo 29º ceiro sob compromisso de honra.
(Regulamento financeiro) 5. Quando se trate de donativo em espécie, o respec-
tivo documento comprovativo deve discriminar comple-
Cada partido político aprova o respectivo regula- tamente o seu número ou quantidade, o seu objecto e o
mento financeiro, estabelecendo as normas e procedi- valor a ele atribuído, que não pode ser inferior ao valor
mentos por que se rege, em matéria financeira. de mercado.
Artigo 30º
6. O produto de empréstimos e outros créditos obti-
(Administrador financeiro) dos em instituições de crédito instaladas no país são
comprovados por documentos bastantes das institui-
1. Cada partido político designa um administrador ções de crédito:
financeiro responsável pela mobilização de receitas,
pela organização da contabilidade e pela elaboração 7. O produto de heranças e legados é comprovado
das contas do partido. por documentos que titulem a sua atribuição.

2. O regulamento financeiro do partido estabelece as 8. As despesas são discriminadas por categoria, em


funções e competíncias do administrador financeiro. conformidade com o Plano Oficial de Contas, referen-
ciando-se e arquivando-se o correspondente documento
Artigo 31º justificativo em relação a cada acto de despesa.
(Mandatários financeiros) Artigo 34º

Cada partido político pode ter um ou mais mandatá- (Fiscalização de contas dos partidos)
rios financeiros, por ele credenciados como as únicas
1. Até 30 de Março de cada ano, os partidos políti-
pessoas autorizadas à angariação de donativos pecu-
cos são obrigados a enviar ao Tribunal de Contas as
niários para o partido.
suas contas para efeito de apreciação.
Artigo 32º
2. Os estatutos dos partidos políticos devem prever
(Processamento de receitas e despesas) os órgãos competentes para a aprovação interna das
contas e o seu envio ao Tribunal de Contas.
1. Todas as receitas de cada partido político são de-
positadas numa ou mais contas bancárias abertas, em 3. O Tribunal de Contas, aprecia, no prazo de 90
nome do partido, em qualquer instituição bancária in- dias, a legalidade das receitas e despesas e a regulari-
stalada no país, ou para elas transferidas. dade das contas dos partidos políticos.

2. Todas as despesas de cada partido político são 4. Se o Tribunal de Contas verificar qualquer irre-
realizadas pela movimentação a débito de uma das gularidade nas contas notifica o partido para apresen-
contas bancárias abertas em nome do partido. tar, no prazo de 30 dias, novas contas regularizadas,
sobre as quais se pronuncia no prazo de 20 dias.
3. As contas bancárias são movimentadas nos ter-
mos do regulamento financeiro do partido, nunca po- 5. As contas, acompanhadas da decisão do Tribunal
dendo sí-lo a débito sem a intervenção conjunta de pelo de Contas, são mandadas publicar, por este, a expen-
menos duas pessoas, incluindo, obrigatoriamente, o ad- sas dos partidos, no Boletim Oficial e em pelo menos
ministrador financeiro. um dos jornais mais lidos do país.
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6. Se, nos prazos estabelecidos no presente artigo, Artigo 36º


as contas do partido não forem apresentadas para (Relações laborais)
apreciação do Tribunal de Contas ou, tendo-o sido, não
forem consideradas regulares, ficam suspensos o paga- 1. Sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 4º nas
mento da subvenção do Estado para o funcionamento relações com os seus trabalhadores, os partidos estão
do partido e as isenções e benefícios concedidos nos ter- sujeitos às normas dos regimes jurídicos do contrato de
mos do artigo 35º até que a situação seja regularizada, trabalho e da segurança social.
sem prejuízo da aplicação, pelo referido tribunal, de
coima de 500.000$00 a 2.500.000$00 . 2. Nas relações laborais entre os partidos políticos e
os seus trabalhadores constitui também justa causa de
7. Em caso de reincidência na não apresentação de despedimento, por quebra de confiança o facto de o tra-
contas os partidos incorrem em multa de 5.000.000$00 balhador se filiar em partido diferente daquele que o
a 2500.000$00. emprega ou fazer campanha contra esse partido ou a
favor de outro partido com ele concorrente.
Artigo 35º
Artigo 37º
(Benefícios e isenções)
(Organizações associadas ou comparticipadas)
1. Aos partidos políticos que, nas ultimas eleições le-
gislativas, tenham feito eleger, pelo menos, um depu- 1. Os partidos políticos podem constituir ou associar
tado, são concedidas as seguintes isenções : à sua acção outras organizações privadas, que não se-
jam associações sindicais, empresariais ou profissio-
a) Do imposto único sobre o património, pelos nais, nem associações políticas.
rendimentos colectáveis de prédios ou parte
de prédios urbanos de sua propriedade onde 2. Os partidos políticos podem ter órgãos de im-
se encontrem instaladas a sede central, as prensa escrita e instituições de formação próprios, des-
delegações e os respectivos serviços e de uso tinados aos seus membros.
e fruição de veículos afectos exclusivamente
Artigo 38º
à actividade do partido;
(Colaboração com outras organizações)
b) Do imposto único sobre rendimentos;
Os partidos políticos e as demais organizações priva-
c) Do imposto de selo; das podem estabelecer formas de colaboração, sem in-
terferíncia nas respectivas vidas internas .
d) De taxas cobradas por serviços ou organismos
do Estado ou dos municípios, incluindo os Artigo 39º
serviços e fundos autónomos, os institutos
(Fusão e cisão)
públicos e as empresas publicas ;
1. É livre a fusão ou a cisão de partidos políticos,
e) De taxas e emolumentos de registo e notariado; nos termos da presente lei.
f) De preparos e custas judiciais. 2. A fusão de um partido com outros e a sua cisão são
deliberadas pelo órgão competente para a sua dissolu-
2. Os partidos políticos estão isentos do pagamento
ção e obedecem a idínticos requisitos de forma desta.
de direitos aduaneiros, imposto de consumo e emolu-
mentos gerais, pelos materiais e equipamentos impor- 3. A fusão e a cisão são reguladas nos estatutos do
tados para campanhas eleitorais, dentro dos seis meses partido, aplicando-se-lhe, nos casos omissos, as normas
anteriores da data das eleições a que respeitem, desde legais sobre a matéria relativa às sociedades comer-
que tais materiais e equipamentos não sejam produzi- ciais, com as necessárias adaptações.
dos no país e o seu valor não ultrapasse cinquenta por
cento do limite de despesas eleitorais legalmente Artigo 40º
fixado.
(Coligações)
3) Os partidos políticos que nas ultimas eleições le- 1. Os partidos políticos podem coligar-se livremente,
gislativas tenham obtido, pelo menos 3% dos votos va- observadas as seguintes condições:
lidamente expressos, têm ainda direito, nos termos es-
tabelecidos por Decreto-Lei, a: a) Aprovação pelos órgãos representativos compe-
tentes dos partidos;
a) Utilizar gratuitamente, quatro vezes por ano,
instalações do Estado ou dos municípios, b) Indicação precisa do âmbito e da finalidade es-
para a realização de reuniões estatutárias pecíficos da coligação;
dos seus órgãos de âmbito nacional;
c) Comunicação por escrito, para mero efeito de
b) Tarifas bonificadas pelo Estado na utilização anotação, ao Supremo Tribunal da Justiça
dos serviços públicos de correios, telecomuni- enquanto Tribunal Constitucional.
cações, transportes internos e distribuição de
energia. 2. As coligações para fins eleitorais regem-se pelo
disposto na lei eleitoral.
4. Todos os partidos políticos registados de acordo
com a lei, tím direito aos benefícios concedidos na alí- 3. As coligações não constituem individualidade dis-
nea a) do número anterior. tinta dos partidos coligados.
I SÉRIE— Nº 12 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 19 DE ABRIL DE 1999 367

Artigo 41º e) O seu fim real for ilícito ou contrário à moral


ou à ordem publicas;
(Federação e filiação internacional)
f) Os seus fins forem, reiteradamente, prossegui-
1. Os partidos políticos cabo-verdianos podem, livre-
dos por meios ilícitos, contrários à moral ou
mente, associar-se com partidos estrangeiros e filiar-se
à ordem publicas ou que perturbem a disci-
em organizações internacionais de partidos.
plina das forças armadas ou de segurança
2. A associação ou filiação não podem limitar a publica;
plena capacidade e autodeterminação dos partidos
g) For declarada a sua insolvência;
cabo-verdianos relativamente aos respectivos progra-
mas, estatutos e actos de intervenção politico- h) Não apresentar contas regulares em dois anos
constitucional, sendo proibida qualquer obediíncia a seguidos;
normas, ordens ou directrizes exteriores.
i) Nos demais casos previstos na lei.
3. Da associação ou filiação deve o partido dar
conhecimento ao Supremo Tribunal de Justiça en- 2. Têm legitimidade para requerer a extinção de
quanto Tribunal Constitucional, para efeito de anota- partidos políticos, nos termos do presente artigo :
ção.
a) O Ministério Público, oficiosamente ou a reque-
Artigo 42º rimento de cidadão eleitor;
(Dissolução) b) Outros partidos políticos;
1. O partido político pode dissolver-se por delibera- c) Presidente da Assembleia Nacional.
ção tomada por maioria de dois terços de votos dos fi-
liados reunidos em assembleia geral representativa es- 3. O trânsito em julgado da decisão judicial que de-
pecial e expressamente convocada para o efeito, nos cretar a extinção do partido implica, automaticamente,
termos estatutários. o cancelamento do registo do partido.

2. A deliberação que dissolver o partido deve desi- 4. O cancelamento do registo de um partido não in-
gnar os liquidatários e estatuir sobre o destino do seu valida os mandatos dos eleitos por esse partido.
património, que não pode ser distribuído pelos filiados. Artigo 44º

3. A deliberação de dissolução é comunicada pelos li- (Associações políticas)


quidatários ao Supremo Tribunal de Justiça enquanto
Tribunal Constitucional, com o pedido de cancela- 1. As meras associações políticas, constituídas nos
mento do registo do partido. termos da respectiva lei, não são partidos políticos e
não beneficiam do estatuto de partido político estabe-
4. Os estatutos regulam a demais condições de dis- lecido na presente lei, ainda que prossigam alguns dos
solução do partido. fins previstos no artigo 3º.
Artigo 43º 2. É vedado às associações políticas apresentar ou
patrocinar candidaturas a eleições de órgãos do Estado
(Extinção)
ou de autarquias locais, bem como prosseguir os fins
1. O partido político é extinto por acórdão do Su- previstos nas alíneas a) e c) do artigo 3º sob pena de ex-
premo Tribunal de Justiça enquanto Tribunal Consti- tinção por decisão judicial.
tucional quando: Artigo 45º

a) Número dos seus filiados se tornar inferior ao (Normas transitórias)


exigido para a sua constituição;
1. Os partidos políticos já registados à data da en-
b) Não participar, em oito anos seguidos, em trada em vigor da presente lei e que não tenham feito
qualquer eleição legislativa ou autárquica depósito dos estatutos, programa e listas de dirigentes
com programas e candidatos próprios; aprovados ou eleitos por uma assembleia representa-
tiva de filiado, devem faze-lo no prazo de 120 dias sob
c) For reincidente no recebimento de recursos ilí- pena de caducidade do respectivo registo.
citos que, pela sua gravidade, possa, objecti-
vamente, pôr em causa a integridade da so- 2. Os partidos políticos já constituídos, mas não re-
berania nacional, independência e gistados à data de entrada em vigor da presente lei de-
autonomia dos partidos em relação ao Es- vem proceder ao registo, nos termos nele previsto, num
tado; prazo de 90 dias.

d) Fomentar o regionalismo, o racismo e outras 3. Os partidos políticos já registados à data da en-


formas de discriminação em virtude de sexo, trada em vigor da presente lei devem no prazo de 180
raça, origem social ou territorial, bem como dias, adequar-se ao disposto nos artigos 27º 28º 30º e
atentar contra a independíncia e a unidade 39º nº 3 desta lei sob pena de coima nos termos dos nú-
nacionais; meros 6 e 7 do artigo 32º.
368 I SÉRIE— Nº 12 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 19 DE ABRIL DE 1999

Artigo 46º 2. São também extintas, na Direcção de Serviços de


(Revogação)
Administração:

É revogada a Lei nº 86/III/90, de 6 de Outubro e toda a) A Divisão de Organização, Recursos Humanos e


a legislação contrária ao disposto na presente lei. Expediente Geral;

Artigo 47º b) A Divisão de Recursos Financeiros, Materiais e


Patrimoniais.
(Entrada em vigor)
Artigo 3º
A presente lei entra imediatamente em vigor.
(Criação de Serviços)
Aprovada em 26 de Março de 1999.
1. Na Direcção-Geral de Defesa e Cooperação Mili-
O Presidente da Assembleia Nacional, António do tar, são criadas:
Espírito Santo Fonseca
a) A Direcção de Estudos e Análise Estratégica;
Promulgada em 6 de Abril de 1999.
b) A Direcção de Defesa, Informação e Segurança
Publique-se. Militar.
O Presidente da República, ANTÓNIO MANUEL
2. O Serviço Nacional de Protecção Civil.
MASCARENHAS GOMES MONTEIRO
Assinada em 7 de Abril de 1999. 3. E é também criado o Instituto de Estudos Milita-
res.
O Presidente da Assembleia Nacional, António do
Artigo 4º
Espírito Santo Fonseca
(Referência)
———o§o———
1.As referências feitas aos serviços extintos nos ter-
CONSELHO DE MINISTROS mos do artigo 2º , ponto 1 e aos respectivos dirigentes
em normas, contratos, actos ou quaisquer documentos
———— consideram-se feitas aos serviços criados para que fo-
ram transferidas as suas competíncias.
Decreto-Lei nº17/99
de 19 de Abril 2. As referíncias feitas aos serviços extintos nos ter-
mos do artigo 2º ponto 2 alínea a) e b) e aos respectivos
O Decreto-Lei nº 23/98, de 8 de Junho, que aprovou a dirigentes, em normas, actos, contratos ou quaisquer
nova estrutura orgânica do Governo, trouxe algumas documentos, consideram-se feitas a Direcção de Ser-
modificações à Orgânica do Ministério da Defesa Na- viço de Administração.
cional.
Artigo 5º
Importa ,assim, adequar o diploma orgânico do Mi-
(Encargos Financeiros)
nistério da Defesa Nacional ao diploma que dá nova
composição à estrutura do Governo, por forma a dar Os encargos financeiros resultantes da criação, bem
cumprimento às disposições nele contidas e, por conse- como da extinção dos serviços, pelo presente Diploma
guinte, defenir uma estrutura mais racional e consen- Orgânico, bem como do novo enquadramento do pes-
tânea com a realidade actual. soal, serão suportados por reafectação das verbas do
orçamento de Estado relativas aos serviços extintos e,
Assim,
supletivamente, pela verba provisional inscrita no Or-
No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 çamento do Estado para 1998.
do artigo 216º da Constituição, o Governo decreta o se- Artigo 6º
guinte:
(Quadros do MDN)
Artigo 1º

(Aprovação) O quadro de pessoal do Ministério da Defesa Nacio-


nal consta em anexo ao presente diploma.
É aprovado o Diploma Orgânico do Ministério da De-
fesa Nacional, que anexo ao presente Decreto-Lei de Artigo 7º
que faz parte integrante, baixa assinado pelo Ministro (Revogação)
Adjunto e da Defesa Nacional.
É revogado o Decreto-Lei nº 35/95, de 26 de Junho, e
Artigo 2º
toda a legislação que contrarie o disposto no Diploma
(Extinção de Serviços) Orgânico.

1. Na Direcção-Geral da Defesa e Cooperação Mili- Artigo 8º


tar, são extintos: (Entrada em Vigor)
a) A Direcção de Estudos de Defesa;
O presente Decreto-Lei entra imediatamente em vi-
b) A Divisão de Expediente; gor.

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