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Estudo Da Pessoa - MJ
Estudo Da Pessoa - MJ
MOURÃO NOGUEIRA
Coimbra,2021
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CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
Coimbra,2021
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ABREVIATURAS E SIGLAS
Sr.- Senhor
TA- Tensão Arterial
V.H . -Virgínia Henderson
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................11
1-ENQUADRAMENTO TEÓRICO...........................................................................13
1.1. PROCESSO DE ENFERMAGEM..........................................................................13
1.2. MODELO CONCEPTUAL DE VIRGÍNIA HENDERSON...................................14
2-AVALIAÇÃO DA PESSOA.....................................................................................14
2.1. AVALIAÇÃO DE SAÚDE ....................................................................................15
2.1.1. Identificação do utente.......................................................................................15
2.1.2. Avaliação do estado de Saúde Atual.................................................................15
2.1.3. Antecedentes de Saúde Pessoais e Familiares..................................................16
2.2. AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES HUMANAS
FUNDAMENTAIS SEGUNDO O MODELO CONCEPTUAL DE VIRGÍNIA
HENDERSON.................................................................................................................16
2.2.1. Necessidade humana fundamental de respirar.................................................16
2.2.2 Necessidade humana fundamental de beber e comer ......................................17
2.2.3. Necessidade humana fundamental de eliminar................................................18
2.2.4. Necessidade humana fundamental de movimentar-se e manter uma postura
adequada........................................................................................................................18
2.2.5. Necessidade humana fundamental de dormir e repousar...............................20
2.2.6. Necessidade humana fundamental de se vestir e despir..................................20
2.2.7. Necessidade humana fundamental de manter a temperatura corporal ........21
2.2.8. Necessidade humana fundamental de estar limpo e proteger os
tegumentos......................................................................................................................21
2.2.9. Necessidade humana fundamental de evitar perigos.......................................22
2.2.10. Necessidade humana fundamental de comunicar..........................................22
2.2.11. Necessidade humana fundamental de agir segundo crenças e valores.........22
2.2.12. Necessidade humana fundamental de ocupar-se com vista a realizar-se.....23
2.2.13. Necessidade humana fundamental de recrear-se e divertir-se......................23
2.2.14. Necessidade humana fundamental de aprender.............................................23
3- PLANO DE CUIDADOS .........................................................................................24
CONCLUSÃO................................................................................................................28
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................30
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ANEXOS
ANEXO VI- Tabela com Valores de Referência para a Ingestão de Água Proveniente
de Bebidas (Litro/ dia)
9
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APÊNDICES
10
INTRODUÇÃO
11
O presente estudo foi elaborado através de diversos métodos sendo que recorri à
observação direta do indivíduo, a uma entrevista informal que teve por base o guião
de colheita de dados (APÊNDICE I), a pesquisas bibliográficas em livros e em sites
fidedignos, o Guia Orientador do Ensino Clínico de Fundamentos de Enfermagem e o
Guia de Elaboração de Trabalhos Escritos, ambos disponibilizados pela ESEnfC.
Este trabalho consta de uma introdução, seguida de um desenvolvimento que se
encontra dividido por 4 capítulos, posteriormente uma conclusão e bibliografia. O
primeiro capítulo corresponde ao Enquadramento Teórico, este aborda o Processo de
Enfermageme e o Modelo Conceptual de Virgínia Henderson. No segundo capítulo é
feita uma apresentação da pessoa escolhida, a sua história de saúde, os antecedentes
de saúde pessoais e familiares, os fatores socioeconómicos. No terceiro capítulo são
abordadas ascatorze Necessidades Humanas Fundamentais (NHF), seguindo o Modelo
Concetual de Virgínia Henderson, para efetuar uma avaliação completa da pessoa
escolhida identificando dados ou indicadores que contribuem para a realização de
diagnósticos; comportamentos a manter e fatores de risco/vulnerabilidades e
alterações presentes. O quarto e último capítulo encontra-se o Plano de Cuidados onde
se formularam diagnósticos e se elaboraram intervenções que contribuem para uma
melhoria do estado de saúde da pessoa em estudo. O trabalho é finalizado por uma
breve conclusão seguida dos elementos pós-textuais, Bibliografia e Apêndices que
constituem material utilizado para uma avaliação completa da pessoa.
12
1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
É pertinente fazer uma breve abordagem ao Processo Enfermagem e o Modelo
Conceptual de Virgínia Henderson visto que foram a base deste estudo.
13
sobre a qualidade dos cuidados (Nóbrega & Silva, 2008). Neste estudo o PE foi aplicado,
o que depreendeu o aprimoramento das “capacidades de observação, de intuição, de
raciocínio indutivo e dedutivo, de tomada de decisões e auto-afirmação numa perspetiva
de responsabilidade e de autonomia” (Phaneuf, 2001, p.108).
2. AVALIAÇÃO DA PESSOA
A pessoa sob a qual irá incidir esta colheita de dados é o Sr. J.M., do sexo masculino, tem
70 anos, nasceu a 23-11-1950 e é de raça caucasiana. O utente sendo natural de Oliveira
do Hospital, tem nacionalidade portuguesa. O utente é divorciado e atualmente vive com
uma parceira e tem 3 filhos, duas filhas e um filho, sendo o seu filho o contacto de
referência.
O Sr. J.M. foi admitido no Hospital CUF no dia 22 de Junho de 2021 sendo o modo de
admissão internamento programado para a realização de uma artoplastia total da anca
esquerda. Após a alta o Sr. J.M. tem como destino a sua residência sendo esta, um
apartamento no Rés do Chão em Oliveira do Hospital. O Sr. J.M. deambula com o auxilio
de canadianas. O utente tem como referência o centro de saúde de Oliveira do Hospital,
a distância do domicilio ao centro de Saúde são cerca de 2 Quilómetros e o utente refere
que se desloca de carro ou caso seja necessário tem o acompanhamento do filho. O Sr.
J.M. tem acesso a saneamento básico, água potável, eletricidade e gás, não usufruindo de
internet. Atualmente a fonte de rendimento do utente é a reforma e subsidio de
complemento de mobilidade reduzida. O Sr. J.M. também referiu ter apoio social do lar
de Oliveira do Hospital para entrega de refeições ao domicílio. O tratamento
farmacológico a ser cumprido no internamento consiste em Metamizol (2g/5ml),
Pantoprazol (40 mg), Paracetamol (1000mg), Ondansetrom (8mg/ 4ml), Cefazolina
(1000mg) e Enoxaparina (40mg/0.4ml). A posologia, via de administração e o grupo
15
farmacológico que dizem respeito à medicação anterior encontram-se numa tabela
(APÊNDICE II).O Sr. J.M. afirma ter o boletim de vacinas atualizado e não apresentar
alergias a nenhum medicamento ou alimento. Para controlo das suas patologias, o mesmo
refere que cumpre toda a prescrição terapêutica no domicílio. A medicação habitual no
domicílio encontra-se numa tabela (APÊNDICE III).
O Sr. J.M., no que diz respeito aos seus antecedentes de saúde pessoais, apresenta
hipertensão arterial (HTA) e arritmia. Ao longo da sua vida, O Sr. J.M. refere ter sido
submetido a uma cirurgia para varizes há 20 anos, uma cirurgia de oftalmologia há 12
anos e um cateterismo há 2 anos. No acompanhamento ao utente, durante o período de
internamento, este refere ter duas filhas, um filho e uma neta, refere serem saudáveis. No
que concerne aos seus pais, refere apenas que ambos já faleceram e que a mãe também
tinha antecedentes de HTA.
O Sr. J.M. tem um nariz centrado, sem deformidades, sem a presença de desvio do septo
nasal ou adejo nasal e as suas narinas são simétricas e permeáveis bilateralmente. As
mucosas nasais, por sua vez, encontram-se húmidas e rosadas. O tórax apresenta pele
íntegra, com coloração semelhante ao restante do corpo, é simétrico e não apresenta
qualquer tipo de lesão. Os leitos ungueais apresentam- se rosados, com extremidades
translúcidas e com um preenchimento capilar de 2 a 3 segundos. Apresenta um reflexo de
tosse presente e eficaz, com ausência de expetoração. O utente em questão apresentou,
aquando da colheita de dados, uma frequência respiratória (FR) de 17 ciclos por minuto
em repouso, sendo possível afirmar que se encontrava eupneico (ANEXO IV). A sua
respiração é predominantemente diafragmática, superficial, com um ritmo regular e com
a ausência de ruídos respiratórios adventícios, sem o recurso à utilização de estetoscópio.
Quanto à simetria, verificou-se que a expansibilidade torácica se mantinha bilateralmente.
Apresentou, também, uma saturação periférica de oxigénio (SpO2) a 98% em ar
16
ambiente. Após a avaliação do pulso radial posso concluir que este apresenta uma
frequência cardíaca de 66 batimentos por minuto (bpm), sendo arrítmico, cheio, simétrico
e profundo considerando-se assim normocárdico, segundo os valores de referência
(ANEXO V). O Sr. J.M. não apresenta hábitos tabágicos, sendo este um comportamento
a elogiar e a manter, nem possui qualquer alergia do trato respiratório, nem patologias
respiratórias .O utente refere cansaço e falta de ar após a realização de algumas atividades
diárias. Os idosos apresentam um decréscimo no pico do fluxo expiratório, ao longo da
sua vida, como é o caso da pessoa em estudo. A capacidade pulmonar total diminui ao
longo da vida, havendo declínios da capacidade vital (Mayor & Mayor, 2004). A dispneia
de esforço presente encontra-se expectável na decorrência do envelhecimento, contudo
há a necessidade de intervir no controlo do esforço realizado durante as suas atividades,
de maneira a melhorar a função respiratória.
A mucosa oral deste senhor encontra-se íntegra, rosada, húmida e limpa e os seus lábios
são simétricos e apresentam uma tonalidade rosada. O utente possui uma dentição
incompleta, não apresentando nenhuma prótese dentária. O abdómen é simétrico, sem
cicatrizes, com coloração semelhante ao restante do corpo e com o umbigo centrado e
limpo. Realiza a sua alimentação por via oral e apresenta coordenação motora para
conduzir os alimentos até a boca. No entanto, a sua mastigação encontra-se comprometida
devido à sua dentição incompleta, sendo esta uma vulnerabilidade.
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No domicilio o utente referiu que realiza 4 refeições diárias, e as mesmas são
confecionadas pela sua parceira e na ausência da mesma, o Sr. J.M. recorre ao apoio do
lar que realiza entrega ao domicílio. O utente realiza uma alimentação com frutas,
hortícolas (nomeadamente em sopas) e lacticínios e que faz um consumo moderado de
sal e de hidratos de carbono de absorção rápida ou lenta devido ao seu antecedente de
HTA, sendo este um hábito a manter e elogiar. O Sr. J.M. refere não haver alterações do
apetite ou peso. Não apresenta alergias ou intolerâncias alimentares. Relativamente à
ingestão hídrica o utente refere beber mais de 1,5L diariamente (ANEXO VI) , não possui
o hábito de ingerir bebidas alcoólicas nem cafeína, sendo estes comportamentos a elogiar
e a manter.
O pénis e os testículos não apresentam lesões, bem como a região perineal, perianal e
ânus. Os pelos púbicos, por sua vez, encontram-se distribuídos uniformemente. A região
perineal, perianal e o ânus não apresentam lesões nem fissuras. O Sr. J.M., apresenta um
padrão moderado de sudorese, sem odor e variável de acordo com as atividades e
condições ambientais. Relativamente à eliminação vesical, o utente refere urinar pelo
menos 4 vezes ao dia, apresentando uma urina de cor amarela clara, límpida, com cheiro
adocicado, sem presença de sedimentos ou hematúria. O Sr. J.M. refere não possuir dor,
ardor ou qualquer dificuldade em iniciar a micção.
No internamento o utente apresentava uma sonda vesical pós - operatória de latex calibre
18 colocada a 22 de Junho tendo como data de remoção prevista, o dia 24 de Junho. O
saco coletor apresentava uma capacidade de 2000 mililitro (ml) e no momento da colheita
o utente tinha um débito urinário de 600 ml. A urina apresentava-se límpida, com uma
coloração amarela clara. O Sr. J.M. mais tarde apresentou uma micção espontânea no
WC. Quanto à eliminação intestinal, o utente refere defecar pelo menos, uma vez por dia,
tem controlo do esfíncter anal e refere não ter alterações intestinais. Segundo o utente, no
internamento não se revelaram alterações do padrão desta NHF.
O Sr. J.M. apresentou uma tensão arterial (TA) sistólica de 132 milímetros de mercúrio
(mmHg) e uma tensão arterial diastólica de 77 mmHg, após da toma do fármaco
18
prednisolona que se realiza todos os dias ao pequeno almoço, a sua TA encontra-se
normal alta ( ANEXO VII). Posto isto, não havia impedimentos na realização do seu
levante face à sua condição clínica. O pescoço do Sr. J.M. consegue efetuar movimentos
de flexão, extensão e rotação, e ainda elevação e abaixamento dos ombros. O tórax não
apresenta alterações.
19
os ensinos e cumpre. Tendo por base os itens da Escala de Morse, o Sr. J.M. apresenta
um score de 50 , o que indica um Baixo Risco de Queda (ANEXO IX ).
No domicílio, o Sr. J.M. menciona deitar-se por volta das 21h30min, acordando por volta
das 7h00min, dormindo cerca de 9h e 30min, sentindo que o sono foi reparador. O utente
menciona ter um sono profundo não tendo dificuldade em adormecer, não tendo insónias,
e não necessitando de recorrer a técnicas para satisfazer esta necessidade. Em casa o
utente em estudo privilegia um ambiente calmo, escuro e sem barulho, facilitando o seu
sono, comportamento que foi incentivado a manter. O Sr. J.M. refere que ocasionalmente
adormece no sofá após o jantar.
O padrão de sono mantém-se, deitando-se por volta das 21h30min e acordando por volta
das 7h00min.Não tem quaisquer dificuldades em adormecer e por isso não recorre a
técnicas não farmacológicas nem farmacológicas para tal. Questionado relativamente à
qualidade do sono sentida no internamento, este afirma que é percetível a diferença para
o domicilio, sendo que, o repouso no domicílio é, sem dúvida, de qualidade superior, mas
continua a ser um sono reparador. O utente refere não realizar sestas durante o
internamento. Atualmente o utente tem indicação médica para dormir e repousar com uma
almofada entre os membros inferiores, de modo a evitar o hábito de cruzar as pernas, o
utente compreende o ensino realizado e cumpre as indicações.
Quando questionado acerca da influência da escolha no seu vestuário no seu bem estar o
Sr. J.M. mencionou ser importante e ser um momento prazeroso pois mantém a sua
independência e a sua autonomia.
20
No internamento o utente utilizava a roupa disponibilizada pelo Hospital CUF. No que
toca ao vestir-se e despir-se o utente necessita de auxilio a calçar meias e sapatos devido
à intervenção a que foi submetido, nesses momentos seria pertinente incentivar a
autonomia da utente e através do uso de recursos alternativos
21
e pasta de dentes todos os dias após o banho, sendo assim um fator de risco uma vez que
a higiene oral deve ser realizada no mínimo duas vezes por dia (CUF, 2021).
No internamento o Sr. J.M. é capaz de lavar, enxaguar e secar todo o seu corpo, tendo
alguma dificuldade em realizar os cuidados de higiene nos membros inferiores, sendo
então necessário auxiliar o mesmo ou fornecer uma esponja de cabo longo ao utente de
modo a promover a sua autonomia. Consegue, também, realizar a higiene do pavilhão
auricular com o auxílio de uma toalha, sendo este um fator a manter.
O Sr. J.M. apresentou-se orientado, tanto a nível temporal como espacial. Evidenciava
estabilidade a nível emocional e sensorial, demonstrando-se calmo, simpático, receptivo
e com evidente capacidade de memória e raciocínio. É um utente que adere ao regime
terapêutico, refere ter o boletim de vacinas atualizado, e que cumpre e gere
autonomamente a terapêutica prescrita para o domicílio. No internamento mostrou-se
sempre colaborante. Salientando-se assim a importância de manter os comportamentos
referidos. O utente tem como antecedente de saúde HTA e realiza a vigilância da tensão
arterial autonomamente no domicilio sendo este um comportamento a manter. O utente
conhece o médico e enfermeiro de família e recorre frequentemente ao seu centro de
saúde.
O J.M. afirma ser católico praticante, tendo por hábito rezar e ir à missa. O utente refere
que tem gosto em rezar no seu veículo, e que apesar de não ter conhecimento de uma sala
de culto no Hospital CUF, este reza no quarto antes de se deitar e, confessa que as suas
22
crenças não interferem nos cuidados de saúde. Demonstra vontade em melhorar e
confiança nos profissionais de saúde. O utente é capaz de tomar decisões e seguir a sua
vontade e agir de acordo com as suas crenças e valores e primazia a humildade, a
humanidade e a amizade, o mesmo afirma que durante o internamento manteve esta
capacidade e os valores acima referidos.
Atualmente o Sr. J.M. encontra-se reformado mas referiu que ao longo da sua vida,
exerceu a sua profissão sendo que esta o faz sentir realizado, pois empenhou-se até
conseguir e sente-se satisfeito. O utente tem o apoio da parceira e afirma ter uma boa
relação com a mesma, sendo este um comportamento a elogiar e a manter de modo a que
o utente mantenha este vínculo forte. O utente refere que tem como objetivo de vida “sair
deste mundo feliz” e sente que aos poucos o cumpre. No domicilio o Sr. J.M. menciona
ocupar os seus tempos livros em chamada com amigos e pessoas que necessitem de uma
palavra amiga, destacando um sentimento de gratificação, este comportamento manteve-
se no internamento.
O Sr. J.M. tem capacidade e motivação para se divertir. O utente refere que nos seus
tempos livres gosta de usufruir da companhia dos seus colegas, e caso não seja possível
gosta de comunicar com os mesmos por telemóvel. Para além de ocupar o seu tempo livre
a confecionar chouriços e a conviver com os amigos e familiares, refere que também
participa em atividades da comunidade. Como por exemplo nos eventos católicos da sua
área de residência.
O Sr. J.M. tem a 4º classe sendo que não continuou os seus estudos para trabalhar como
comerciante. O utente sabe ler e escrever em português, sendo este o seu idioma materno.
O utente não apresenta distúrbios mentais/ psicológicos ou alterações cognitivas. O Sr.
J.M. encontra-se motivado para aprender e costuma adquirir conhecimento através de
diálogo ou jornais. A pessoa em estudo apenas apresenta uma visão monocular (perda
visual irreversível do olho direito) e diminuição da acuidade visual, sendo então uma
vulnerabilidade. Apresenta capacidade de atenção, compreensão de informação e
23
retenção da mesma. Apresenta conhecimento sobre o seu estado de saúde e vontade de se
manter atualizado sobre o mesmo, sobre o seu regime terapêutico e ensinos para a alta.
3. PLANO DE CUIDADOS
24
NHF de se mover Deambulação Reforçar ensinos acerca dos Que o utente tenha
e manter uma boa comprometida em cuidados a ter com a prótese conhecimento dos
postura grau moderao total da anca ( avançar com as cuidados a ter com a PTA
canadianas e a perna operada e na deambulação
somente após avançar a não
operada)
Vigiar e supervisionar o utente
na deambulação. Manter a sua
Gerir o ambiente (atender à independência na
segurança do utente)
Transferir -se satisfação do autocuidado
dependente em de se transferir.
grau moderado
Reforçar ensinos acerca dos
cuidados a ter com a prótese
total da anca nas transferências
(Na cama- sair/entrar na cama
pelo lado do membro inferior
operado e ao virar na cama
colocar uma almofada entre as
pernas)
Gerir o ambiente (atender à
segurança do utente)
25
NHF de estar Autocuidado Avaliar conhecimento sobre Utente adquire
higiene: autocuidado higiene conhecimento sobre os
limpo e proteger
comprometido em cuidados a ter com a
os tegumentos grau moderado Ensinar sobre autocuidado prótese total da anca
higiene (Não realizar flexão nos cuidados de
de tronco superior a 90o, não higiente
elevar joelho acima do nível
da anca, não fazer rotação do Utente colabora na
tronco sobre a anca) prestação de cuidados
de higiene,
Incentivar o uso de higienizando os
dispositivo auxiliar para membros e regiões que
é capaz
autocuidado higiene (esponja
de cabo longo)
Manter integridade da pele
Lavar e Secar os membros e
regiões corporais que ao Que o utente se encontre
utente não alcança
motivado para realizar a
higiene oral: Reforçar a importância da higiene oral
higiene oral
comprometida em Adquirir conhecimentos
acerca da importância de
grau moderado Motivar para a realização da frequentar o dentista; de
higiene oral uma higiene oral adequada
26
NHF de evitar Adesão ao regime Elogiar o comportamento de Manutenção da adesão
medicamentoso. adesão medicamentosa. medicamentosa.
perigos
Reforçar a importância da
adesão medicamentosa.
Supervisionar a manutenção
do comportamento.
27
CONCLUSÃO
Com este estudo, foi possível obter um desenvolvimento crescente de instrumentos, tais
como a observação, a comunicação intencional e a entrevista. Aprendi a importância da
análise, sintetização e priorização da informação recolhida, assim como, o destaque que
avaliação das 14 Necessidades Humanas Fundamentais tem para a consecução de
diagnósticos de enfermagem, e consequente planeamento de intervenções. A meu ver os
objetivos estabelecidos ao longo da Introdução foram exequíveis. Este estudo permiti-me
compreender de que modo a insatisfação de uma necessidade humana fundamental
compromete a satisfação das restantes, comprometendo o bem-estar e o equilíbrio
biopsicossocial da pessoa. Através da realização deste trabalho foi possível desenvolver
consciencialização da importância das intervenções autónomas de enfermagem, bem
como do papel do enfermeiro nas intervenções interdependentes. Assim sendo, considero
que os objetivos delineados para a consecução do referido estudo foram alcançados.
O Sr. J.M. comprovou ser uma boa escolha para a realização deste estudo pois foi possível
criar e manter uma relação de confiança. O utente sempre demonstrou ser compreensivo,
respeitador e colaborador de forma a ser possível realizar este trabalho. Consegui, com
estratégias aconselhadas pelas professoras e através de pesquisa autónoma, formular
perguntas abertas que me fizeram obter as informações que necessitava. Ao longo do
trabalho senti dificuldades na recolha dos dados assim como na planificação de um plano
de cuidados individualizados. Considero que ao longo deste estudo algumas dificuldades
foram ultrapassadas devido a pesquisa realizada, ao empenho depositado e aos
esclarecimentos por parte das professoras durante as 3 semanas que tivemos previamente
por ZOOM.
Em suma, percebi a importância que a elaboração deste trabalho tem para o meu
desenvolvimento e enriquecimento tanto pessoal, como profissional. Este estudo
permitiu-me compreender a relevância do uso de instrumentos de avaliação,
proporcionando-me uma nova perspetiva sobre a dimensão de termos técnicos de saúde,
e preparando-me para todo o meu percurso profissional. O estudo de uma pessoa
internada foi considerado um desafio que permitiu o desenvolvimento de capacidades
enriquecedoras e promotoras para a construção da minha identidade profissional, bem
28
como possibilitou a realização de uma abordagem crítica e reflexiva à pessoa num
contexto hospitalar.
29
BIBLIOGRAFIA
30
Fernandes, A. (2014). Aula Teórica da Unidade Curricular de Fundamentos e
XXProcedimentos de Enfermagem II: Necessidade humana fundamental: respirar.
XXCoimbra, Portugal: Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.
Henderson, V. (1966). The nature of Nursing: A Definition and its Implications for
Practice, Reaserch and Education. ISBN 9780887374944
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hh153-160. Obtido de: https://dx.doi.org/10.12707/RIII125777
31
32
ANEXOS
33
ANEXO I – Artigo 105.o do Código Deontológico do Enfermeiro
34
ANEXO II – Artigo 106.o do Código Deontológico do Enfermeiro
35
ANEXO III – Artigo 107.o do Código Deontológico do Enfermeiro
36
ANEXO IV- Tabela com valores de referência de FR por idade
37
ANEXO V- Tabela com valores de referência de FC por idade
3
6
38
ANEXO VI- Tabela com Valores de Referência para a Ingestão de Água Proveniente
de Bebidas (Litro/ dia)
3
39
7
ANEXO VII -Tabela com Valores de Referência da TA por idade
FONTE:
Saúde, DGS. d. (31 de 03 de 2014). Diagnóstico, Tratamento e Controlo da
Hipertensão Arterial. Obtido de dgs.pt: https://www.dgs.pt/directrizes-da-
dgs/normas-e-circulares-normativas/circular-normativa-n-2dgcg-de-31032004-
pdf.aspx
3
9
40
ANEXO VIII- Escala de Council
41
ANEXO IX- Escala de Morse
Pontuação:
Baixo risco (≥ 25 e ≤ 50
pontos)
43
ANEXO XI-Escalas Numérica Linear da Dor
44
APÊNDICES
45
APÊNDICE I
DOS SANTOSMARIA
JOÃO MOURÃO
NOGUEIRA MARIANA
TORRES SANTIAGO
Coimbra, 2021
46
47
48
IDENTIFICAÇÃO PESSOAL
Nome:
Sexo:
Género:
Profissão:
Nacionalidade:
Naturalidade:
Estado civil:
Habilitações literárias:
Data de admissão: / /
Modo de admissão
Consulta □
Serviço de urgência □
Internamento programado □
Motivo do internamento:
49
Destino após a alta: Domicílio □ Casa de familiares □ Instituição □ Não sabe ☐
Distância do domicílio:
Meio de Transporte:
Bombeiros □
GNR □
CTT □
Farmácias □
Locais de culto □
Comércio □
Outro(s)
Agregado familiar
Grau de parentesco:
50
Observações:
Tipo de Residência
Acesso
Escadas □
Elevadores □
Número de quartos □
Casa(s) de banho □
Número:
Saneamento Básico □
Água Potável □
Eletricidade □
Gás □
Aquecimento □
Tipo:
Internet □
Telemóvel □
51
Tem Apoios Sociais? Sim □ Não □
Se sim, qual/quais?
Antecedentes de Saúde
Pessoais
Doenças Anteriores:
Administração
52
Alergias ou sensibilidades:
Se sim, qual/quais?
Familiares
Se sim, qual/quais?
53
NECESSIDADES HUMANAS FUNDAMENTAIS SEGUNDO O MODELO
CONCEPTUAL DE VIRGINIA HENDERSON
Data: / / Hora:
Dispositivo de O2:
Cateter/Cânula nasal □
Máscara simples □
Máscara de Venturi □
54
Se sim, Roncos □ Sibilos □ Crepitações □ Estridor □ Atrito Pleural □
Observações:
Se sim, quais?
55
Observações:
Avaliação da NHF:
Data: / / Hora:
Avaliação Estato-Ponderal:
Motivo:
Quais?
Se sim, quais?
56
Suplementos alimentares no domicílio: Sim □ Não □
Se sim, quais?
Frequência e quantidade:
Se sim, quais?
Se sim, quais?
57
Dieta de internamento:
Hipoglucídica □ Hipossalina □
Outra(s)
Diabetes
Paladar
Calibre:
Tipo de sonda:
58
Motivo da Colocação: Drenagem □ Alimentação □ Lavagem □ Descompressão□
Língua:
Simetria:
Cor:
Textura:
Observações:
Avaliação da NHF:
ELIMINAÇÃO VESICAL
Data: / / Hora:
No domicílio
59
Padrão de micção (domicílio): vez(es)/dia. À noite: vez(es)
Características da urina:
Calibre:
Data de colocação: /_ /
Motivo:
No internamento
60
Características da urina:
Calibre:
Data de colocação: /_ /
Data de remoção/substituição: / /
Motivo:
Débito urinário: cc
61
Infeção urinária: Sim □ Não □
ELIMINAÇÃO INTESTINAL
No domicílio
Horário usual:
Odor:
Tipo de dispositivo:
62
Uso de estratégias para defecar? Sim □ Não □
Se sim, quais?
No internamento
Horário usual:
Odor:
Tipo de dispositivo:
63
Uso de estratégias para defecar? Sim □ Não □
Se sim, quais?
ELIMINAÇÃO MENSTRUAL
Menstruação
Duração: dias
Intensidade da dor:
Se sim, quais?
Medicação:
Recursos:
Copo Menstrual □
Tampões □
Pensos Higiénicos □
Cueca Menstrual □
64
Características das secreções vaginais:
Características:
Em que situações?
Observações:
Avaliação da NHF:
Data: / / Hora:
Pulso (localização):
Características do pulso:
Volume: Forte □ Filiforme
65
Ritmo: Rítmico □ Arrítmico □ Simetria/Assimetria:
Simétrico □ Asimétrico □
Localização:
66
Alinhamento corporal: Sim □ Não □
Tipo e frequência:
67
Doenças Incapacitantes: Sim □ Não □
Se sim, qual/quais?
Se presente(s), qual/quais?
Se sim, qual/quais?
68
Incapacidade: Paresia □ Plegia □ Amputação □
Se sim,
Intensidade:
Localização:
Frequência:
Localização:
Observações:
Avaliação da NHF:
Data: / / Hora:
Quais são os seus hábitos antes de se deitar para dormir (Rituais para adormecer)?
69
Costuma acordar de noite? Sim □ Não □
Características do Sono:
Agitado □ Outro:
Qualidade do sono:
Se sim, qual/quais?
Para além das suas horas de sono normais, costuma descansar ao longo do dia? Sim □
Não □
Considera as condições do seu quarto propícias para o seu descanso? (Sem ruído,
Temperatura e Luminosidade ajustada) Sim □ Não □
70
Se não, porquê? Que condições considera propícias?
Observações:
Avaliação da NHF:
Data: / / Hora:
Se sim,
Observações:
71
Motivação para se vestir todas as manhãs? Sim □ Não □
Sente que a escolha da roupa é importante para a sua autoimagem? Sim □ Não □
Se sim, porquê?
Observações:
Avaliação da NHF:
72
1. NECESSIDADE HUMANA FUNDAMENTAL DE MANTER A
TEMPERATURA CORPORAL
Data: / / Hora:
Temperatura: ºC
Local de avaliação:
Antecedentes
Duração:
No domicílio
73
O domicílio tem condições para manter uma temperatura adequada? Sim□ Não □
Observações:
Avaliação da NHF:
Autocuidado de Higiene:
Nível de dependência:
Total □
Se não, porquê?
Frequência:
Duração:
Horário:
74
Higiene oral: Sozinho □ Com ajuda □
Frequência:
Duração:
Horário(s):
Elixir □
Escova de dentes □
Pasta de dentes □
Fio dentário □
Causas da halitose:
Periodontite □
Refluxo gastro-esofágico □
Diabetes □
Hábitos tabágicos □
Outra(s)
75
Se sim, que produtos utiliza
Apresentação geral
Coloração:
Descuidada □ Cuidada □
Frequência da tricotomia: _
Total □ Parcial □
Axilas:
Se presente, características:
Coloração:
76
(Palpação) Nódulos: Ausente □ Presente □
Se presente:
Localização:
Tamanho (cm):
Mamas:
Simétrico □ Assimétrico □
Características da pele:
Íntegra □
Lisa □
Rubor □
Inflamação □
Mamilos
Tamanho:
Cor:
Nódulos
77
Se presente:
Localização:
Tamanho (cm):
Alterações:
Drenos:
Tipo de Dreno:
Dreno de Ruberdam □
Dreno canelado □
Dreno multitubular □
Vácuo dreno □
Dreno tubular □
Dreno de Shiley □
Dreno torácico □
78
Dreno de Kherr ou T □
Localização:
Calibre:
Capacidade:
Categoria:
Localização:
Localização:
Data de colocação: / _/
Localização:
Calibre:
Data de colocação: / _/
Localização:
Calibre:
79
Hábitos do utente no domicílio:
Observações:
Avaliação da NHF:
Data: / / Hora:
Orientação :
80
Dor: Ausente □ Presente □
Localização:
Escala: Score:
Causa da dor:
Início da dor:
Qual/quais?
Se sim, quais?
Se não, porquê? _
Se sim, quais?:
Se sim, o quê?
Se sim, quais?
Observações:
Avaliação da NHF:
Data: / / Hora:
Idioma:
83
Recorre a outras formas de comunicação? Sim □ Não □
Se sim, qual/quais?
Coordenado □ Descoordenado □
Apropriado □ Inapropriado □
Gaguez □
Grave □ Agudo □
Rouquidão □
84
Afasias □ Disartrias □ Alucinações □ Mudez □
Se sim, quais?
Observações:
Avaliação da NHF:
Se sim, qual?
Se sim, quais?
Se sim, porquê?
85
Aceita outras religiões/crenças? Sim □ Não □
Se sim, quais?
Se sim, quais?
As suas crenças e valores são bem aceites dentro da instituição? Sim □ Não □
Se sim, porquê?
Se sim, qual/quais?
Se possuí, o quê?
Prefere que a prestação de cuidados seja feita por alguém do mesmo sexo? Sim □ Não □
O que espera dos profissionais de saúde e dos cuidados que vai receber?
Se presente:
86
Localização:
Tamanho (cm):
Alterações:
Drenos:
Tipo de Dreno:
Dreno de Ruberdam □
Dreno canelado □
Dreno multitubular □
Vácuo dreno □
Dreno tubular □
Dreno de Shiley □
Dreno torácico □
87
Dreno de Kherr ou T □
Localização:
Calibre:
Capacidade:
Categoria:
Localização:
Localização:
Data de colocação: / _/
Localização:
Calibre:
Data de colocação: / _/
Localização:
Calibre:
88
Hábitos do utente no domicílio:
Observações:
Avaliação da NHF:
Data: / / Hora:
Orientação :
89
Dor: Ausente □ Presente □
Localização:
Escala: Score:
Causa da dor:
Início da dor:
Qual/quais?
Se sim, quais?
Se não, porquê? _
Se sim, quais?:
Se sim, o quê?
Se sim, quais?
Observações:
Avaliação da NHF:
Data: / / Hora:
Idioma:
92
Recorre a outras formas de comunicação? Sim □ Não □
Se sim, qual/quais?
Coordenado □ Descoordenado □
Apropriado □ Inapropriado □
Gaguez □
Grave □ Agudo □
Rouquidão □
93
Afasias □ Disartrias □ Alucinações □ Mudez □
Se sim, quais?
Observações:
Avaliação da NHF:
Se sim, qual?
Se sim, quais?
Se sim, porquê?
94
Aceita outras religiões/crenças? Sim □ Não □
Se sim, quais?
Se sim, quais?
As suas crenças e valores são bem aceites dentro da instituição? Sim □ Não □
Se sim, porquê?
Se sim, qual/quais?
Se possuí, o quê?
Prefere que a prestação de cuidados seja feita por alguém do mesmo sexo? Sim □ Não □
O que espera dos profissionais de saúde e dos cuidados que vai receber?
95
APÊNDICE I - TABELA DE TERAPÊUTICA NO DOMICÍLIO
½ id ao jantar
96
APÊNDICE II - TABELA DE TERAPÊUTICA NO INTERNAMENTO
(Inibidor da bomba
de protões)
Enoxaparina Anticoagulante Subcutânea 40mg/0,4ml 09:00h
Cefazolina antibacteriano Endovenosa 1g 09:00h (8/8h)
[cefalosporina de
1a geração;
betalactâmico]
Paracetamol Analgésico + Oral 1g 09:00h (8/8h)
Antipirético
97
98