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SISTEMAS DE

IMPERMEABILIZAÇÃO

2ª parte
Disciplina: Edificações II A
Prof.ª Cristiane Sardin
Classificação dos sistemas de
impermeabilização

⚫ Quanto à flexibilidade:

⚫ sistemas rígidos: não acompanham as


movimentações da estrutura (ex: argamassa
impermeável).
⚫ sistemas flexíveis (mantas e membranas):
absorvem fissurações adequadamente
especificadas.
Impermeabilizações rígidas
⚫ Seu desempenho é limitado à não existência de
deformações e movimentações térmicas
⚫ Indicação: estruturas em contato com solo.
Argamassa
impermeável

⚫ Sistema de impermeabilização por capeamento


com argamassa impermeável.
⚫ Argamassa impermeável: argamassa com aditivo
hidrófugo que reage com o cimento, durante o
processo de hidratação, dando origem a
substâncias minerais que bloqueiam a rede capilar,
proporcionando impermeabilidade.
Aditivo hidrófugo

Ensaio representando o
funcionamento do aditivo:
⚫ No prisma A, sem
aditivo, a umidade
atinge toda a peça.
⚫ Já no prisma B, com
aditivo hidrófugo,
mínima ascensão de
água.
Aditivo hidrófugo
Principais marcas comerciais:

⚫ Vedacit, Rebocol (Otto Baumgart)


⚫ SIKA 1 (Sika),
⚫ Masterseal® 302 (Degussa)

Aplicação:
Duas a três camadas de argamassa aditivada
(exemplo, para “Vedacit Aditivo Impermeabilizante”,
2 litros de aditivo por saco de cimento).
Argamassa impermeável
Uso: impermeabilização de fundações.

Uso: fundações ou paredes em contato com solo,


com “lençol freático distante”.
Argamassa impermeável
⚫ Terreno em áreas altas, distante de rios ou do
mar, é considerado “distante do lençol freático”.
Argamassa impermeável

⚫ Além da argamassa com hidrofugante, pode-se


aplicar uma demão de emulsão asfáltica,
completando o sistema.
Argamassas poliméricas

⚫ Argamassas compostas de cimentos especiais


e látex de polímeros, aplicados sobre a
superfície em camadas, formando uma película
impermeável, não flexível.
⚫ Uso: reservatórios enterrados (pressões
positivas), subsolo (pressões negativas), pisos
térreos, estações de tratamento.
⚫ Aceita revestimento direto.
Argamassas poliméricas:
exemplos

Weber: argamassa polimérica. Indicação: Viaplus: argamassa


“utilizada no tratamento da capilarização impermeabilizante
causada pelo lençol freático em pé de parede.” semiflexível.
Argamassa polimérica
⚫ Preparação do material bicomponente: mistura do
cimento com resinas poliméricas.
Argamassa polimérica
⚫ Preparação da argamassa
Argamassa polimérica
⚫ Execução da impermeabilização (fotos de ensaio
em laboratório de materiais):
Argamassa polimérica

Exemplo de aplicação
de argamassa
polimérica em obra.
Argamassa polimérica:
aplicada em camadas.
Deve-se aguardar a
cura entre as
aplicações.

Tempo de cura: conforme


informação fabricante.
Argamassa
polimérica: uso
⚫ Execução das
paredes de
concreto que
compõe o poço do
elevador: estrutura
geralmente de
menor cota da
edificação e
enterrada.
Argamassa polimérica:
poço de elevador
⚫ Impermeabilização de superfície sujeita a
pressão negativa, em contato com o solo
(pouca movimentação térmica).
⚫ Preparação:
Impermeabilização de superfície
sujeita a pressão negativa
⚫ Pressão negativa: a entrada da umidade
ocorreria pelo contato com o solo, da parte
externa das paredes para a área interna, também
da região inferior da laje de concreto de piso.
Argamassa polimérica:
poço de elevador

⚫ Sistema de impermeabilização concluído


Argamassa polimérica: uso

⚫ Impermeabilização de reservatório enterrado:


Cimentos cristalizantes
⚫ Sistema rígido aplicado sob forma de pintura
ou projeção, em superfícies saturadas.
⚫ Os componentes penetram nos poros do
material e, ao reagirem com a água, formam
um gel, que depois de solidificado, formam
cristais impermeabilizantes.
Cimentos cristalizantes
⚫ Uso: reservatórios enterrados (não altera a
potabilidade), estações de tratamento de água e
esgoto, estruturas de subsolo, pisos em contato
com solo, áreas sujeitas à umidade de terra, água
de percolação e/ou pressão hidrostática e para
estanqueamentos em presença de água corrente.
Cimentos
cristalizantes

⚫ Também indicado em
estruturas sob pressão
negativa, onde somente é
possível impermeabilizar
pelo lado interno. Ex:
muros de arrimo.
Classificação dos sistemas de
impermeabilização

⚫ Quanto à flexibilidade:

⚫ sistemas rígidos: não acompanham as


movimentações da estrutura (ex: argamassa
impermeável, argamassa polimérica, cimentos
cristalizantes).
⚫ sistemas flexíveis (mantas e membranas):
absorvem fissurações adequadamente
especificadas.
Classificação dos sistemas de
impermeabilização

Quanto à aderência ao suporte (base):

⚫ sistema aderente: a fissuração do suporte impõe


à impermeabilização tensões de deformação que
podem levar o sistema a fissurar (todos os
sistemas rígidos de impermeabilização,
membranas e mantas asfálticas).
⚫ sistema semi-independente: fixado de pontos em
pontos (ex: manta PVC).
Quanto à aderência ao
suporte:

⚫ Sistema independente ou não aderente: utiliza-


se uma camada de separação (ex: manta
elastomérica) ou o sistema não é aderido
(manta PEAD, manta PVC), gerando pequenas
tensões de deformação no sistema
impermeabilizante.

⚫ Desvantagem: dificulta a localização da falha,


caso ocorra deformações excessivas na base,
exigindo uma estrutura de suporte com maior
controle de qualidade.
Classificação dos sistemas de
impermeabilização

Quanto ao método de execução:

⚫ Sistemas moldados in-loco (ou membranas)

⚫ Sistemas pré-fabricados (ou mantas)


Membranas

⚫ Sistemas moldados in-loco (ou membranas):


obtidos pela aplicação de diversas camadas no
local, com ou sem armadura (ou estruturante),
formando um sistema monolítico e sem emendas.
⚫ Armadura (ou estruturante): tecido intercalado as
camadas do impermeabilizante, aumentando a
resistência à tração do conjunto.

⚫ Tipos de Membranas: asfálticas ou poliméricas


sintéticas
Membranas Asfálticas

⚫ Camadas moldadas a quente ou a frio.


⚫ A cada camada deve-se aguardar a completa
cura da camada anterior.
⚫ Continuar a aplicação até atingir o consumo pré-
estabelecido em projeto. Caso o projeto
contemple mais que um estruturante, a aplicação
deve ser de forma intercalada entre o asfalto e o
estruturante.
⚫ O deslocamento sobre cada camada deve ser
cuidadoso, sobre tábuas ou papelão.
Membranas Asfálticas
Tipos de membranas asfálticas a quente:
⚫ Asfalto e feltro asfáltico

⚫ Asfalto e véu de fibra de vidro ou tela de


poliéster (resistente ao calor)
⚫ solução asfáltica modificada com polímeros
(a quente ou a frio)

Tipos de membranas asfálticas a frio:


⚫ emulsão asfáltica (não recomendada)
Membranas asfálticas a quente
Membranas asfálticas a quente
⚫ Aplicação:

(1) solução asfáltica de imprimação,


(2) asfalto quente (aquecido em caldeiras
elétricas ou a gás, de 180ºC a 220ºC)
intercalando no mínimo 3 camadas de
estruturante (feltro asfáltico, véu de fibra de
vidro ou tela de poliéster),
(3) uma camada de proteção mecânica.
Membranas
asfálticas a
quente

⚫ Deve-se utilizar caldeiras especiais para evitar


temperaturas excessivas que degradam o
asfalto.
⚫ Temperatura alta: perde suas propriedades em
temperaturas > 250°C;
⚫ Temperatura baixa: <120°C, fica muito viscoso.
Membranas asfálticas a quente

⚫ Sistema 3
demãos + 1
estruturante
(feltro) ainda é
muito
empregado
devido a alta
confiabilidade.
Membranas asfálticas a quente

⚫ Posicionamento
do estruturante
Membranas asfálticas
⚫ Hoje usa-se solução asfáltica
modificada com polímeros
(melhor desempenho).
Membranas asfálticas
Membranas asfálticas

Aplicação de várias demãos


– 3 a 4, intercaladas com os
estruturantes.
Membranas asfálticas
⚫ Execução dos cantos e ralos, com reforço do
estruturante.
Membranas asfálticas
⚫ Posicionamento correto do estruturante para
impermeabilização de ralos.
Membranas asfálticas e véu de
fibra de vidro ou tela de poliéster:
Membrana de emulsão asfáltica:
não indicada
⚫ A emulsão é vendida em galões
hermeticamente fechados, após a
aplicação do produto a frio, ocorre a
ruptura da emulsão, com a evaporação
da água.
⚫ Depois que a água evapora, o asfalto
tende a formar um filme asfáltico pela
adesão das gotículas outrora
emulsionadas e que se unem umas as
outras.
Membrana de emulsão asfáltica:
não indicada
⚫ Problemas: caso a emulsão fique sem uma
camada de proteção e houver contato prolongado
com a água (empoçamento em lajes por exemplo),
o produto pode emulsionar novamente,
deteriorando o filme e permitido percolações.
Membranas poliméricas
sintéticas:
⚫ Moldadas a frio.

⚫ Tipos:
⚫ Membranas acrílicas

⚫ Argamassa polimérica flexível

⚫ Membranas elastoméricas:
Elastômeros sintéticos em solução
(neoprene e hypalon)
Membranas acrílicas
Membranas acrílicas

⚫ Camadas de emulsão
acrílica, intercaladas
com estruturantes.
⚫ Número de demãos e
tempo de secagem
conforme o tipo de
emulsão utilizada.
⚫ Devem receber
proteção mecânica.
Membranas acrílicas
Caso não recebam proteção mecânica,
apresentarão menor durabilidade.
Membranas acrílicas
Indicadas para superfícies
curvas e com muitos pontos
de interferência na área a
ser impermeabilizada.
Argamassa polimérica flexível

⚫ São mais flexíveis e resistentes do que as


argamassa poliméricas rígidas, devido a uma
maior proporção de emulsão adesiva (resina)
para a quantidade de cimento.
⚫ Também denominadas membrana cimentícia.
⚫ Apresenta teor maior de emulsão adesiva e
partículas maiores do que a argamassa
polimérica rígida, formando um filme
(membrana) flexível.
Argamassa polimérica flexível

⚫ Uso: estruturas sob pressões positivas (ex:


lajes em geral).
⚫ Não altera a potabilidade da água, indicadas
para reservatórios de água potável.
⚫ Indicadas para estruturas deformáveis:
reservatórios elevados, sobre pilares, em
formato de torre ou executados com anéis pré-
moldados.
⚫ Em tanques com líquidos que ataquem a
resina, seu uso é restrito.
Argamassa polimérica flexível
Aplicação:
(1) regularização da superfície, e caso a superfície
seja muito lisa (ex: superfície vertical executada
em concreto com forma lisa com aplicação de
desmoldante), deve-se executar um chapisco
com aditivo;
(2) preparar o material: misturar o componente
líquido (resina) com o componente pó (cimento
e aditivos) manual ou mecanicamente,
observando o tempo de utilização;
Argamassa polimérica flexível

(3) aplicar 3 a 4 demãos com intervalo de 2 a 6


horas. Se a demão anterior estiver seca, molhar
o local antes da nova aplicação;
(4) o sistema exige cura de 5 dias, pois a grande
quantidade de resina retarda a secagem e o
cimento precisa adquirir resistência mecânica
para que não ocorram fissuras quando for
realizado o carregamento da estrutura, inclusive
durante o teste de estanqueidade (ex:
reservatórios).
Argamassa polimérica flexível
• Exemplo de impermeabilização de box de
banheiro (laje de concreto) com argamassa
polimérica flexível com aplicação de tela de
poliéster (1mm) como reforço nas arestas e
tubulações:
Detalhe do posicionamento do
tecido estruturante
Argamassa polimérica flexível
Argamassa polimérica flexível

⚫ Teste hidrostático de
estanqueidade
Elastômeros sintéticos em
solução (neoprene e hypalon)

⚫ Utilizados principalmente em estruturas


(lajes, abóbodas, arcos, sheds) que ficarão
expostas sem proteção e sem rodapé de
arremate . A última camada de hypalon é
branca e não precisa de proteção mecânica,
desde que a área não seja transitável.
⚫ Sistema caro e atualmente pouco utilizado.
Elastômeros sintéticos em
solução (neoprene e hypalon)
⚫ Aplicação:
(1) a superfície a ser impermeabilizada deve
ser regularizada, limpa e seca, pois o
neoprene produz aquecimento e, com a
presença de umidade, formariam bolhas sob
a camada;
(2) sobre a superfície aplica-se uma camada
de primer (solução de neoprene);
Elastômeros sintéticos em
solução (neoprene e hypalon)
⚫ Aplicação:

(3) aplica-se 5 demãos de neoprene e


2 demãos de hypalon (cor branca), com
intervalo de 2 horas a 6 dias entre cada
camada;

(4) pode-se acrescentar uma camada de


tecido de fibra de vidro ou de nylon.
Elastômeros sintéticos em
solução (neoprene e hypalon)

Neoprene

Hypalon
Elastômeros sintéticos em
solução (neoprene e hypalon)
Elastômeros sintéticos em
solução (neoprene e hypalon)
Detalhes construtivos

Impermeabilização de laje de cobertura formada por


vigas invertidas: recomenda-se sistema de membrana.
Detalhes construtivos
Detalhes construtivos

Impermeabilização de marquises
sem rodapé (viga invertida ou
mureta de alvenaria): recomenda-
se sistema de membrana.

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