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ATIVIDADE DE ESTUDO 1

ESTÁGIO SUPERVISIONADO POLÍTICAS PÚBLICAS


ANÁLISE INSTITUCIONAL

1. IDENTIFICAÇÃO

1.1 DA INSTITUIÇÃO
Nome da instituição: FASEPA (Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará)
Endereço: Rua Diogo Moía, 1101 Bairro Umarizal cidade :Belém
Contato telefônico: 3210- 3308
Horário de Funcionamento: Horário Comercial
Nome do(a) Supervisor(a) de Campo:
Número do CRESS/UF:

1.2 DO ESTAGIÁRIO
Nome completo: Patrícia Ferreira da Silva
RA: 21156591-5
Polo de apoio: Icoaraci
Disciplina: Políticas Públicas
Nome do(a) supervisor(a) acadêmico: Mara Roberta B. Santos
Número do CRESS/UF:39819 Regional - Pa

A Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (FASEPA), é a responsável


pela coordenação da Política Estadual de Atendimento Socioeducativo do Pará e
pela execução das Medidas Socioeducativas de privação de liberdade
(Semiliberdade e Internação) e pela medida cautelar (Custódia e Internação
Provisória) na Região Metropolitana de Belém e nos municípios de Santarém (Oeste
do Pará) e Marabá(Sudeste do Pará), possui 14 Unidades de Atendimento
Socioeducativo (UASES – entre as quais 03 feminina sendo: 01 de Internação
Provisória, Semiliberdade e Internação ,compreendida como privação de liberdade).
Trabalha no fortalecimento do sistema socioeducativo e na efetivação de direitos
negados e violados socialmente a seus usuários. Assim, a instituição lança-se no
desenvolvimento de um processo socioeducativo coerente e articulado e que
garanta novas e melhores oportunidades de educação, trabalho, vida e de existência
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para aos sócio educandos e seus familiares. Tal intencionalidade institucional


encontra motivações legais e históricas na busca por um projeto de atendimento
socioeducativo mais humanizado e consciente.
Os aspectos legais residem no Sistema de Proteção Integral que estão pautados
em um conjunto de legislações que fundamentam as ações abaixo relacionados:
Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/1990;
Política Nacional de Assistência Social/PNAS – Resolução CNAS nº 145/2004;
Sistema Único de Assistência Social/ SUAS – Lei 12.435/2011;
Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais – Resolução CNAS nº
109/2009;
Art. 4º, daLei12.594/12 (SINASE):
.
O estágio supervisionado está ocorrendo e uma das Unidades de Atendimento
socioeducativo (UASE) CEFIP: Centro Feminino Internação Provisória, localizado no
município de Ananindeua Pará que é ligado à Fundação de Atendimento
Socioeducativo do Pará (FASEPA) , esta unidade de Atendimento é aplicadora das
Medidas Socioeducativas de internação provisória feminina , cuja duração é de até
quarenta e cinco dias, destaque que se trata da única unidade de atendimento de
adolescentes do sexo feminino em cumprimento de medidas socioeducativas de
Internação Provisória no Estado do Pará, com capacidade para
atender .....adolescentes.

3. O SERVIÇO SOCIAL NA INSTITUIÇÃO 

Diante do contexto aqui exposto, compreende-se que, a partir do projeto ético-


político da profissão, o assistente social ocupa um papel fundamental na medida em
que contribui para mudança de valores que supõe a erradicação de processos
contrários à perspectiva da liberdade, da justiça social e do direito. A partir das
observações realizadas e nos atendimentos é observado nos primeiros
atendimentos se o sócio educando ou sócio educanda é usuário de drogas ou não,
para que sejam feitos os encaminhamentos necessários. Se é reincidente ou se tem
passagens pela delegacia de origem. Se já passou por casa de acolhimento, se este
adolescente possui um bom relacionamento com sua família (caso não tenha, o
Assistente Social trabalhará para resgatar os vínculos). Se é ameaçado no seu
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município de origem ou em outras UASE, atualizando seu relatório de atendimento


semanal e arquivado no prontuário do adolescente, caso o adolescente seja usuário
de drogas, ele será inserido no tratamento de “desdrogadição”, onde o Psicólogo o
acompanhará. Atualmente existem três unidades de atendimento sendo (CAPS-
Centro de Atendimento Psicossocial), CAPS I para Infanto-Juvenil, CAPS II e o
CAPS III que trabalha no tratamento de álcool e drogas.
O Serviço Social encontra-se inserido nas unidades de internação da FASEPA, e
atualmente a denominação para a função do assistente social na Fundação é:
Técnico/assistente social, sendo parte da equipe técnica multidisciplinar de cada
unidade composta por assistentes sociais e psicólogos e pedagogos.
O exercício da função de analista técnico/assistente social exige registro no
Conselho Regional de Serviço Social, e as atribuições do cargo incluem atribuições
específicas diferenciadas das do analista técnico/psicólogo. O ingresso é feito por
meio de concurso público e PSS Processo Seletivo organizado pela instituição
As equipes de trabalho das unidades, que atuam diretamente junto ao adolescente,
são organizadas da seguinte forma:

• Equipe de saúde
Composta por Profissional da Enfermagem além dos técnicos de enfermagem). É
importante esclarecer que os enfermeiros (auxiliares e técnicos) permanecem 12
horas na unidade
• Equipe de Educadores(Monitores)
Composta por monitores e coordenadores de equipe. Quase sempre é a maior
equipe que permanece nas unidades 24 horas em escala de 12 por 48h.
• Equipe técnica
Composta por assistentes sociais e psicólogos e pedagogo, é a responsável pelo
acompanhamento da situação processual do adolescente, bem como pela garantia
do atendimento integral. Permanece nas unidades apenas no horário comercial.
• Equipe pedagógica
Composta por pedagogos, professores da SEDUC, coordenador técnico e apoio
Pedagógico, com especializações diversas, e que são responsáveis pelas atividades
realizadas pelas adolescentes. Também fazem parte dessa equipe os parceiros que
realizam cursos dentro da UASE como SENAR e SENAC.
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Nos finais de semana as atividades são momentos recreativos sendo esporte,


cultura e lazer, além de equipe do eixo espiritualização parceiros da FASEPA, além
das visitas familiares.
Existem atribuições na Fasepa que são específicas do assistente social, como:
realizar estudo social, realizar visita familiar/comunitária, articular junto à rede sócio
assistencial pública e privada para a integração dos recursos existentes que
complementem o trabalho desenvolvido.
Cabe ao assistente social atuar de acordo com sua especificidade, garantindo o
diálogo interdisciplinar, sem perder de vista o que é particularidade do Serviço
Social.
Para a discussão a que se propõe este texto, é importante apresentar o trabalho
cotidiano do assistente social em unidades de internação. Para tanto, deve-se
utilizar como referência o adolescente na unidade, ou seja, sua entrada na
instituição, o acompanhamento da medida a ele imposta e a desinternação.
Destaca-se ainda que essas informações fazem referência às unidades de
internação por tempo indeterminado.
Para o Serviço Social o atendimento inicial é importante porque se constitui no
momento de acolhida do adolescente na Unidade de Internação. É nesse momento
que o profissional irá fazer o primeiro esclarecimento ao adolescente quanto a seus
direitos e deveres, orientando-o acerca do dia a dia na unidade e buscando
informações (uso de substâncias psicoativas, problemas de relacionamento,
familiares que realizarão visitas) que auxiliarão na melhor inserção do adolescente
na medida de internação.
Após a recepção, o profissional (assistente social ou psicólogo) entrará em contato
com a família, comunicando a internação do adolescente na unidade e esclarecendo
dúvidas quanto à aplicação da medida de internação, situação processual, bem
como a forma como se dará o acompanhamento familiar à medida de internação.
Mesmo que esses procedimentos pareçam simplesmente rotineiros, e não sejam
específicos do Serviço Social, é possível identificar já nessa entrada do adolescente
na unidade as possibilidades de trabalho na perspectiva da garantia de direitos.

É possível ao profissional de Serviço Social desenvolver trabalho pautado no


entendimento de que o adolescente e sua família são sujeitos de direitos
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Desde a entrada do adolescente na unidade é preciso que os objetivos


socioeducativos da medida estejam clarificados no entendimento do profissional,
pois isso permitirá a intervenção pautada na perspectiva de direitos, levando-se o
adolescente e sua família à percepção de que eles são sujeitos no processo
socioeducativo e a internação é mais uma etapa desse processo para o adolescente
que cometeu ato infracional, e não o fim de perspectivas de socialização,
escolarização e profissionalização.
Busca-se nesses espaços orientar o mesmo em relação a seus projetos de vida, à
necessidade de profissionalização, escolarização, além do atendimento individual, o
assistente social poderá desenvolver, com os adolescentes, ações grupais que
possibilitem a reflexão, a tomada de consciência e a socialização.
O assistente social poderá acompanhar as atividades elaboradas pelo setor
pedagógico.
No aspecto legal da medida de internação, o atendimento ao adolescente contempla
também a elaboração de relatórios técnicos que informem a autoridade judiciária
sobre o aproveitamento do adolescente em relação à medida socioeducativa,
oferecendo subsídios técnicos para a decisão judicial de extinguir ou manter a
medida de internação em outra UASE.

4. DESVELAMENTO DO OBJETO E POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO NO


ESPAÇO SÓCIO-INSTITUCIONAL

Acerca da reflexão sobre as estratégias de intervenção para o profissional da


Assistência Social neste contexto que é o das Medidas Socioeducativas e
especificamente na UASE CEFIP, percebe-se que o trabalho deve estar pautado
projeto ético-político profissional e nas Políticas Públicas destinadas a este público
alvo. A partir da realidade observada o profissional da Assistência, são orientados
por princípios éticos profundamente relacionadosna projeto político pedagógico já
estabelecidos na Instituição executora das Medidas Socioeducativas. Deste modo o
então é possível vincular esse projeto ético-político da profissão no contexto social
em que está inserido sendo pautados também com as políticas sociais introduzidas
nesse contexto.
Destarte o trabalho do Assistente Social é extremante relevante no que se refere a
garantia de direitos, levando-se em consideração que a legislação brasileira nesta
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perspectiva apresenta um avanço significativo. O Estatuto da Criança e do


Adolescente (ECA), promulgado em 1990, o marco da mudança de perspectiva em
relação ao adolescente autor de ato infracional.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a análise e reflexão sobre importância da presença do profissional de


Serviço Social nesses espaços de cumprimento de Medida Socioeducativa
constitui-se em esforços na garantia de direitos dos sujeitos atendidos, produzindo
assim conhecimentos para o fazer profissional e também percebemos que a
categoria tem condições de desenvolver um trabalho profissional comprometido com
os pressupostos do projeto ético-político profissional, mesmo em instituições que
trabalham com a execução de "sanções", como é o caso da instituição FASEPA .
Nesta perspectiva o Serviço Social está orientado na possibilidade de
ressocialização, reinserção social saudável, na medida em que os sócio educandos
ou sócio educandas tenham condições de tornar-se sujeito da própria história. A
partir das percepções apreendidas no decorrer desta analise percebo que é um
desafio de proporções assustadoras. Contudo, os profissionais que exercem suas
funções profissionais nesses espaços de privação de liberdade conseguem, a partir
do dia a dia nas UASES , desenvolver práticas que podem vir a proporcionar o
resgate dessa condição peculiar deste ou desta adolescente sujeito de direitos,
tendo o Sistema de garantia de Direitos , já expostos nesta análise .
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REFERÊNCIAS

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