Professional Documents
Culture Documents
3.4efólio Ahes
3.4efólio Ahes
CÓDIGO: 41071
DOCENTE: Professor Bernardo Henriques
A preencher pelo estudante
NOME: Cláudia de Jesus Alves
N.º DE ESTUDANTE: 2003128
CURSO: Licenciatura em Ciências Sociais
DATA DE ENTREGA: 11/04/2022
Página 1 de 4
TRABALHO / RESOLUÇÃO:
Página 2 de 4
capitalistas, através de reformas tanto políticas, como sociais e económicas.. A
ingerência do Estado tanto na área económica, como na social leva a que o mesmo
assuma um papel relevante, muito superior ao que possuía no período anterior à guerra.
É imprescindível estimular a economia, assim como diversas áreas fundamentais
(transporte, segurança, saúde, serviços sociais e educação), através da criação de
empresas estatais em setores-chave tais como energias, comunicações, bancos, mas
também promover o bem-estar social da população, quer pela regulação dos salários,
mas também pela firmação da segurança social , serviços sociais, acesso à educação e
cuidados de saúde. Dessa forma deu-se início ao chamado ““Estado-Providência”
(Welfare State)” (Pimenta,F,2022,p.5), seguindo os modelos já adotados por países
como a Noruega, Dinamarca e Suécia.
De forma a afastar uma nova crise económica, realizou-se a Conferência de Bretton
Woods, em Nova Hampshire, EUA, em 1944, com a presença de 44 delegados,
representantes dos países interessados, tendo como objetivo principal a regulação da
atividade do mercado mundial e o estabelecimento de condições indispensáveis para a
reconstrução das economias. Conforme referido por Neal e Cameron (2019) o acordo
assinado na referida conferência define assim: a criação do Fundo Monetário
Internacional (FMI), responsável por gerir taxas de cambio, sendo também da sua
responsabilidade o financiamento (a curto prazo) dos países de forma a permitir aos
mesmos o equilíbrio da balança de pagamentos; e do Banco Internacional para a
Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), mais conhecido como Banco Mundial,
responsável por conceder empréstimos a longo prazo, não só aos países destruídos pela
guerra, mas também a países mais pobres.
Em 1947, quase todos os países da Europa Ocidental encontravam-se recuperados,
embora o nível de recuperação não fosse o desejado. Para piorar a situação já existente,
o inverno rigoroso de 1946-1947, causou enormes prejuízos nas colheitas agrícolas.
Com a “guerra fria” entre os EUA e URSS e instabilidade social vivida em diversos
países da Europa Ocidental, aumenta a popularidade dos partidos comunistas,
especialmente em França, Itália e Grécia. Os Estados Unidos da América, preocupados
com a possibilidade de desenvolvimento de ideias comunistas, anuncia através de um
discurso proferido pelo general George C.Marshall, a possibilidade de obtenção de
ajuda financeira, com avultados empréstimos em dólares, tendo por finalidade alavancar
a economia dos países afetados, com a “recuperação de forças produtivas”
(Pimenta,F,2022,p.4) , aos países da europa que assim o desejassem, desde fosse
Página 3 de 4
apresentado, conforme referido por Neal e Cameron (2019) “um pedido unificado e
coerente de ajuda” (Neal e Cameron,2019,p.520). Surge assim o Plano Marshall, da
qual Portugal também foi beneficiário. Reuniu-se assim um comité, constituído por
representantes dos países democráticos europeus (Portugal também faria parte, embora
fosse um país não democrático) para discutir os pormenores do acordo, tendo sido
denominado de Comité de Cooperação Económica Europeia (CCEE).Tornava-se porém
necessário convencer tanto o povo americano, como o próprio Congresso, da
importância de tal ajuda e dos benefícios que uma Europa reconstruída traria aos
Estados Unidos da América. Assim sendo, em 1948 é aprovada a Lei de Ajuda Externa,
que origina o Programa de Reconstrução Europeia (PRE) (tendo também sido incluída
nesse programa a recuperação da Alemanha Ocidental), administrado pela ACE-
Administração de Cooperação Económica, tendo o CCEE dado origem à Organização
Europeia de Cooperação Económica (OECE).
Bibliografia:
NEAL, Larry; CAMERON, Rondo, História Económica do Mundo. Do Paleolítico ao
Presente. Forte da Casa: Escolar Editora.
Página 4 de 4