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Beatriz Rebello Ottoni

Odontologia
09/09/2022

Anatomia:
1) Ossos do crânio: o crânio se divide em duas grandes porções
chamado neurocrânio e viscerocrânio
1.a) Neurocrânio: parte superior e posterior que abriga o encéfalo

1- Frontal: único osso que forma a testa, possui uma ligeira


depressão, é composto por duas porções: vertical (escama) e
horizontal (tectos das cavidades orbitais e nasais) e protege o
lobo frontal do cérebro.

2- Pariental: forma a maior parte do lado superior e lateral do


crânio responsável pela formação do teto craniano e proteção
do lobo pariental do cérebro. Os ossos parietais direito e
esquerdo se unem na parte superior do crânio formando a
sutura sagital e são delimitados anteriormente pela sutura
coronal, posteriormente pela sutura lambdóidea e inferiormente
pela sutura escamosa.
3- Esfenóide: osso único e complexo, localizado na região central
do crânio. Ele serve como um osso de “pedra angular”, pois se
junta a quase todos os outros ossos do crânio. É dividido em
corpo, asas menores, asas maiores e processos pterigoideos
tendo a função de permitir a passagem de estruturas
neurovasculares para dentro e fora do crânio, através dos seus
forames e canais.

4- Temporal: forma a região lateral inferior do crânio, é subdividido


em escamosa (porção superior achatada e inclui o processo
zigomático do osso temporal, que forma a porção posterior do
arco zigomático) timpânica (formato em ferradura, e contribui
para as paredes anterior, posterior e inferior do meato acústico
externo e para a parte posterior da fossa glenoidal), mastoide
(região está uma grande proeminência, o processo mastóide,
que serve como um local de fixação do músculo) e petrosa
(forma a crista petrosa proeminente, vertical, orientada
diagonalmente que se eleva da fossa craniana posterior até a
fossa craniana média). Sua função é circundar e protege o
canal auricular, o ouvido médio e o ouvido interno.

5- Occipital: é o único osso que forma o crânio posterior e a fossa


craniana posterior, há uma pequena protuberância chamada
protuberância occipital externa, que serve como local de fixação
para um ligamento da região posterior do pescoço. Possui as
linhas nucais, que representam o ponto mais superior no qual
os músculos do pescoço se fixam ao crânio e na base do
crânio, o osso occipital contém a grande abertura do forame

magno, que permite a passagem da medula espinhal conforme


ela sai do crânio.
6- Etmoide: osso único da linha média que forma o teto e as
paredes laterais da cavidade nasal superior, a porção superior
do septo nasal e contribui para a parede medial da órbita. No
interior do crânio, o etmoide também forma uma porção do
assoalho da cavidade craniana anterior. Uma de suas funções é
formar a cavidade craniana e algumas regiões comuns a face e
ao crânio.

1.b) Viscerocrânio: conhecido comumente com face


1- Osso maxilar: Ou maxila faz parte da formação das
seguintes estruturas: tecto da cavidade bucal, soalho e
parede lateral do nariz, soalho da órbita, seio maxilar e
forma a mandíbula superior. A margem inferior curva do
osso maxilar que forma a mandíbula superior e contém os
dentes superiores, processo alveolar da maxila, em que
dente é ancorado em uma cavidade profunda chamada
alvéolo. Na parte anterior da maxila, logo abaixo da órbita,
está o forame infraorbital (ponto de saída de um nervo
sensorial que supre o nariz, o lábio superior e a face
anterior). A maxila articula-se com os seguintes ossos:
frontal, etmoide, nasal, zigomático, concha nasal inferior,
lacrimal, palatino, vômer e maxila do lado oposto.

2- Osso palatino: se encontra entre a maxila e o osso esfenoide,


é par de ossos de formato irregular que contribuem com
pequenas áreas para as paredes laterais da cavidade nasal
e a parede medial de cada órbita. As placas dos ossos
palatinos direito e esquerdo unem-se na linha média para
formar o quarto posterior do palato duro.
3- Osso zigomático: ou osso malar, é a ponte entre o
neurocrânio e o viscerocrânio. Ele forma as proeminências
laterais da face (“maçãs do rosto”), onde o zigomático e as
porções temporais do arco zigomático se encontram. Dentro
da porção óssea da órbita ele se conecta ao osso frontal,
ao osso esfenoide e à maxila.

4- Osso nasal: É um dos dois pequenos ossos que se articulam


para formar a base óssea (ponte) do nariz e se encontra na
face e cria o contorno inicial do nariz, conhecido
como glabela. Eles também suportam as cartilagens que
formam as paredes laterais do nariz.

5- Osso lacrimal: encontrado na parede medial da órbita. Ele


abriga o saco lacrimal e sustenta o conteúdo da órbita. Ele é
cercado anteriormente pela maxila, superiormente pelo osso
frontal e posteriormente pelo osso etmoide.

6- Concha nasal inferior: as conchas direita e esquerda formam


uma placa óssea curva (concha) que se projeta para o
espaço da cavidade nasal a partir da parede lateral inferior,
é a maior das conchas nasais e pode ser facilmente vista
quando se olha para a abertura anterior da cavidade nasal.
7- Vômer: tem formato triangular e forma a parte posterior-
inferior do septo nasal criando uma divisão entre os dois
lados da cavidade nasal.

8- Mandíbula: o único osso móvel do crânio, forma o queixo, o


contorno inferior da face e permite que uma pessoa fale,
mastigue e abra a sua boca. A mandíbula não é uma parte do
crânio, mas um osso separado que se articula com ele
através da articulação temporomandibular (ATM).

9- A Órbita: Cavidade óssea que abriga o globo ocular e


contém os músculos que movem o globo ocular ou abrem a
pálpebra superior. As paredes de cada órbita incluem
contribuições de sete ossos do crânio. O osso frontal forma
o teto e o osso zigomático forma a parede lateral e o
assoalho lateral. O assoalho medial é formado
principalmente pela maxila, com pequena contribuição do
osso palatino. O osso etmóide e o osso lacrimal constituem
grande parte da parede medial e o osso esfenoide forma a
órbita posterior.

Além dos ossos, temos:


-O Septo Nasal e Concha Nasal: O septo nasal consiste em
componentes ósseos e cartilaginosos. A porção superior do septo é
formada pela placa perpendicular do osso etmóide. As partes inferior e
posterior do septo são formadas pelo osso vômer triangular. Ligadas à
parede lateral de cada lado da cavidade nasal estão as conchas nasais
superior, média e inferior, que são nomeadas por suas posições, são
placas ósseas que se curvam para baixo à medida que se projetam no
espaço da cavidade nasal servem para “girar” o ar que entra, o que ajuda
a aquecê-lo e hidratá-lo antes que o ar entre nas delicadas bolsas de ar
dos pulmões.
-Seios Paranasais: Os seios paranasais são espaços ocos e cheios de ar
localizados dentro de certos ossos do crânio. Todos os seios da face se
comunicam com a cavidade nasal e são revestidos pela mucosa nasal
contribuindo para reduzir a massa óssea.
2) Articulação Temporomandibular: A articulação
temporomandibular é o contato entre a mandíbula e o osso temporal na
base do crânio, um tipo de articulação sinovial que garante amplos
movimentos como exemplo a mastigação. A articulação abrange a área
participando da parte escamosa do osso temporal, juntamente com o
disco articular dentro da capsula articular, a cabeça da mandíbula e os
ligamentos circundantes.
2.a) Componentes da articulação temporomandibular: Fossa
mandibular, disco articular, líquido sinovial, eminência articular do osso
temporal, cabeça da mandíbula, cápsula articular e ligamentos.

2.a.1) Fossa mandibular: ou glenoide é a porção mais profunda do osso


temporal. Ela é formada por uma camada fina de osso compacto, que
também é revestida por uma camada de fibrocartilagem com função de
manter a cabeça da mandíbula e o disco articular contra a eminência
articular.
2.a.2) Disco Articular: formado por uma estrutura fibrocartilaginosa e é
bicôncava com função de amortecer os choques e regular os
movimentos, além de dividir a cavidade articular em dois compartimentos
separados:
-Compartimento superior: entre o osso temporal e o disco, responsável
pelo movimento de translação da articulação.
-Compartimento inferior: entre o disco e a cabeça da mandíbula,
responsável pelo movimento de rotação da articulação.
2.a.3) Líquido Sinovial: líquido viscoso nutritivo e lubrificante, é uma
solução aquosa de sais retirados do sangue, glicose e pequenas
quantidades de proteínas que, com esses elementos, penetra e nutre as
fibrocartilagens.
2.a.4) Eminência articular do osso temporal: saliência óssea constituída
pela raiz transversa do arco zigomático, colocada anteriormente na fossa
mandibular.
2.a.5) Cápsula Articular: Membrana fina, resistente que recobre toda a
articulação, inserindo-se na parte superior do osso temporal ao longo das
bordas das superfícies articulares da fossa mandibular e da eminência
articular, e na parte inferior, as fibras do ligamento capsular prendem-se
ao pescoço da mandíbula ao nível da fóvea pterigoide.
2.a.6) Ligamentos: proporcionam estabilidade a articulação feitos de
tecido conjuntivo colagenoso que não se esticam. Composto por três
ligamentos:
-Ligamento lateral: se estende do tubérculo da raiz do processo
zigomático à superfície lateral do colo da mandíbula
-Ligamento esfenomandibular: é medial, estende-se da espinha do osso
esfenoide à língua da mandíbula
-Ligamento estilomandibular: se estende do processo estiloide ao ângulo
e margem posterior do ramo da mandíbula
2.b) Vascularização: A ATM recebe o sangue de três artérias. O
suprimento principal vem da artéria auricular profunda (ramo da artéria
maxilar) e da artéria temporal superficial (um ramo terminal da artéria
carótida externa). Além disso, a articulação recebe sangue da artéria
timpânica anterior (também ramo da artéria maxilar). A drenagem venosa
se dá através da veia temporal superficial e da veia maxilar.

2.c) Inervação: Fornecida principalmente pelo nervo auriculotemporal,


massetérico, temporal profundo e pterigoideo e todos ramos da divisão
mandibular do trigêmeo. O nervo trigêmeo fornece o suprimento nervoso
principal da ATM, a inervação adicional vem do nervo massetérico e
nervos temporais profundos. Fibras parassimpáticas do gânglio ótico
estimulam a produção sinovial e neurônios simpáticos do gânglio cervical
superior atingem a articulação ao longo dos vasos e desempenham um
papel na recepção da dor e o acompanham o volume de sangue.
2.d) Posturas da ATM e da mandíbula:

 Relação cêntrica: côndilo-disco está mais superior e anterior na


fossa mandibular
 Máxima intercuspidação habitual: dentes superiores contatam
os inferiores
 Repouso: dentes não estão em oclusão
 Rotação: côndilos giram no seu longo eixo
 Translação: côndilo caminha anteriormente
 Abaixamento: abertura da boca
 Protrusão e retrusão: boca para frente e para trás.

2.e) Movimentos: Os movimentos mandibulares são criados por


combinações de rotação e deslizamento nas articulações superiores e
inferiores. Sendo controlados pela delicada interação de muitos
músculos.

2.e.1) Depressão mandibular (abertura da boca) e elevação mandibular


(fechamento da boca):
Na depressão o côndilo gira em relação ao disco e o disco gira em
relação à eminência. No final do movimento ocorre uma translação do
côndilo e do disco juntos ao longo da eminência o que resulta numa
abertura posterior no compartimento superior. Já na elevação da
mandíbula ocorre o inverso, primeiro há translação posterior seguida pelo
giro do côndilo posteriormente sobre o disco.

2.e.2) Protrusão mandibular (projeção do queixo para frente) e retrusão


mandibular (deslizamento dos dentes para trás):
Durante a protrusão e retrusão o movimento é de translação e ocorre na
articulação superior. O côndilo e o disco conjuntamente translacionam
anterior e inferiormente ao longo da eminência articular na protração e
posterior e superiormente na retração.
2.e.3)  Desvio lateral da mandíbula (deslizamento dos dentes para
ambos os lados).
No desvio lateral a mandíbula desloca-se em torno de um eixo vertical
onde um côndilo gira e o outro translaciona para frente.

3) Músculos da Mímica Facial: os músculos da mimica facial podem


ser agrupados em esfíncter palpebral, esfíncter das narinas e esfíncter da
boca.

3.a) Esfíncter Palpebral: o fechamento ativo das pálpebras é feito pelo m.


orbicular do olho, que possui duas partes: palpebral (na espessura das
pálpebras, e orbicular (com feixes concêntricos que controlam as
pálpebras. Quando se contraí a parte orbicular, as pálpebras cerram-se
rápida e fortemente e a secreção lacrimal drena por suas vias de
escoamento. A porção mais profunda da parte orbicular é responsável
pelo fechamento voluntário suave da rima palpebral e a abertura é feita
pelo m. levantador da pálpebra superior.

3.b) Esfíncter das Narinas: dois músculos são responsáveis pela abertura
das narinas: o abaixador do septo nasal e a parte alar do m. nasal. A
constrição das narinas é realizada pela outra parte do m. nasal, a parte
transversa.

3.c) Esfíncter da Boca: o conjunto muscular bucinador/orbicular da boca


forma o elemento contrátil ativo para os lábios e bochecha.  O m.
bucinador continua-se posteriormente com o m. constritor superior da
faringe e a junção dos dois se dá em uma interseção fibrosa, a rafe
pterigomandibular. O bucinador se prende, superior e inferiormente, na
maxila e mandíbula. Medialmente ele se funde com as fibras do m.
orbicular da boca que forma um esfincter elíptico em torno dos lábios. A
contração leve do orbicular da boca aproxima os lábios, e a total cerra-os
fortemente, comprimindo um contra o outro. Os bucinadores comprimem
as bochechas contra as maxilas e mandíbulas para manter os alimentos
entre os dentes e a língua, na mastigação.
3.d) Ações de alguns músculos da mimica facial:
BOCA:

-Risório:
Origem: Fáscia do masseter
Inserção: Pele no ângulo da boca
Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial
Ação: Retrai o ângulo da boca lateralmente
-Levantador do lábio superior e da asa do nariz:
Origem: Processo frontal da maxila
Inserção: Se divide em dois fascículos. Um se insere na cartilagem alar
maior e na pele do nariz e o outro se prolonga no lábio superior
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Dilata a narina e levanta o lábio superior
-Levantador do lábio superior:
Origem: Margem inferior da órbita acima do forame infra-orbital, maxila e
zigomático
Inserção: Lábio superior e asa do nariz
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Levanta o lábio superior e leva-o um pouco para frente
-Levantador do ângulo da boca:
Origem: Fossa canina (maxila)
Inserção: Ângulo da boca
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Eleva o ângulo da boca e acentua o sulco nasolabial
- Zigomático menor:
Origem: Superfície malar do osso zigomático
Inserção: Lábio superior (entre o levantador do lábio superior e o
zigomático maior)
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Auxilia na elevação do lábio superior e acentua o sulco nasolabial
-Zigomático maior:

Origem: Superfície malar do osso zigomático


Inserção: Ângulo da boca
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Traciona o ângulo da boca para trás e para cima (risada)

-Depressor do lábio inferior:

Origem: Linha oblíqua da mandíbula


Inserção: Tegumento do lábio inferior
Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial
Ação: Repuxa o lábio inferior diretamente para baixo e lateralmente
(expressão de ironia)

-Mentoniano:

Origem: Fossa incisiva da mandíbula


Inserção: Tegumento do queixo
Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial
Ação: Eleva e projeta para fora o lábio superior e enruga a pele do
queixo

-Transverso do Mento:

Não é encontrado em todos os corpos.


Origem: Linha mediana logo abaixo do queixo
Inserção: Fibras do depressor do ângulo da boca
Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial
Ação: Auxilia na depressão o ângulo da boca

-Depressor do ângulo da boca:

Origem: Linha oblíqua da mandíbula


Inserção: Ângulo da boca
Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial
Ação: Deprime o ângulo da boca (expressão de tristeza)

-Orbicular da boca:

Não é encontrado em todos os corpos.


Origem: Parte marginal e parte labial
Inserção: Rima da boca
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Fechamento direto dos lábios

-Bucinador:

Importante músculo acessório na mastigação, mantendo o alimento sob


a pressão direta dos dentes.
Origem: Superfície externa dos processos alveolares da maxila, acima
da mandíbula
Inserção: Ângulo da boca
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Deprime e comprime as bochechas contra a mandíbula e maxila.
Importante para assobiar e soprar

COURO CABELUDO:

-Epicrânio: O Epicrânio é uma vasta lâmina musculotendinosa que


reveste o vértice e as faces laterais do crânio, desde o osso occipital até
a sobrancelha. É formado pelo ventre occipital e pelo ventre frontal e
estes são reunidos por uma extensa aponeurose intermediária: a gálea
aponeurótica.
 Ventre Occipital
Origem: 2/3 laterais da linha nucal superior do osso occipital e processo
mastoide
Inserção: Gálea aponeurótica
Inervação: Ramo auricular posterior do nervo facial
Ação: Trabalhando com o ventre frontal traciona para trás o couro
cabeludo, elevando as sobrancelhas e enrugando a fronte.

 Ventre Frontal
Origem: Não possui inserções ósseas. Suas fibras são contínuas com as
do prócero, corrugador e orbicular do olho
Inserção: Gálea aponeurótica
Inervação: Ramos temporais
Ação: Trabalhando com o ventre occipital traciona para trás o couro
cabeludo, elevando as sobrancelhas e enrugando a fronte. Agindo
isoladamente, eleva as sobrancelhas de um ou de ambos os lados

-Temporopariental: O Temporoparietal é uma vasta lâmina muito


delgada.

Origem: Fáscia temporal


Inserção: Borda lateral da gálea aponeurótica
Inervação: Ramos temporais
Ação: Estica o couro cabeludo e traciona para trás a pele das têmporas.
Combina-se com o occipitofrontal para enrugar a fronte e ampliar os
olhos (expressão de medo e horror)

-Gálea Aponeurótica: A Gálea Aponeurótica reveste a parte superior do


crânio entre os ventres frontal e occipital do occipitofrontal.

Origem: Protuberância occipital externa e linha nucal suprema do osso


occipital
Inserção: Frontal. De cada lado recebe a inserção do temporoparietal
Inervação: O ventre frontal e temporoparietal são supridos pelos ramos
temporais, e o ventre occipital, pelo ramo auricular posterior do nervo
facial
Ação: Traciona para trás o couro cabeludo elevando a sobrancelha e
enrugando a fronte, como uma expressão de surpresa

PÁLPEBRAS:

-Orbicular do Olho: Este músculo contorna toda a circunferência da


órbita. Divide-se em três porções: palpebral, orbital e lacrimal.

Origem: Parte nasal do osso frontal (porção orbital), processo frontal da


maxila, crista lacrimal posterior (porção lacrimal) e da superfície anterior
e bordas do ligamento palpebral medial (porção palpebral)
Inserção: Circunda a órbita, como um esfíncter

Inervação: Ramos temporal e zigomáticas do nervo facial


Ação: Fechamento ativo das pálpebras

-Corrugador do Supercilio:

Origem: Extremidade medial do arco superciliar


Inserção: Superfície profunda da pele
Inervação: Ramos temporal e zigomáticas do nervo facial
Ação: Traciona a sobrancelha para baixo e medialmente, produzindo
rugas verticais na fronte. Músculos da expressão de sofrimento
Nariz

-Prócero:

Origem: Fáscia que reveste a parte mais inferior do osso nasal e a parte
superior da cartilagem nasal lateral
Inserção: Pele da parte mais inferior da fronte entre as duas
sobrancelhas
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Traciona para baixo o ângulo medial da sobrancelha e origina as
rugas transversais sobre a raiz do nariz

-Nasal (Transverso do nariz):

Origem:

* Porção Transversal – Maxila, acima e lateralmente à fossa incisiva


* Porção Alar – Asa do nariz
Inserção:
* Porção Transversal – Dorso do nariz
* Porção Alar – Imediações do ápice do nariz
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Dilatação do nariz

-Depressor do Septo:

Origem: Fossa incisiva da maxila


Inserção: Septo e na parte dorsal da asa do nariz
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Traciona para baixo as asas do nariz, estreitando as narinas

ORELHA:

-Auricular anterior:
Origem: Porção anterior da fáscia na zona temporal
Inserção: Saliência na frente da hélix
Inervação: Ramos temporais
Ação: Traciona o pavilhão da orelha para frente e para cima

-Auricular superior:

Origem: Fáscia da zona temporal


Inserção: Tendão plano na parte superior da superfície craniana do
pavilhão da orelha
Inervação: Ramos temporais
Ação: Traciona o pavilhão da orelha para cima

-Auricular posterior:

Origem: Processo mastoide


Inserção: Parte mais inferior da superfície craniana da concha
Inervação: Ramo auricular posterior do nervo facial
Ação: Traciona o pavilhão da orelha para trás

4) Músculos da Mastigação:
4.a) Temporal:

Origem: Face externa do temporal


Inserção: Processo coronoide da mandíbula e face anterior do ramo da
mandíbula
Inervação: Nervo temporal (Ramo mandibular do nervo Trigêmeo – V
Par Craniano)
Ação: Elevação (oclusão) e Retração da Mandíbula

4.b) Masseter:

Origem: Arco zigomático


Inserção:
Fascículo Superficial: Ângulo e ramo da mandíbula
Fascículo Profundo: Ramo e processo coronoide da mandíbula
Inervação: Nervo massetérico (Ramo mandibular do nervo Trigêmeo – V
Par Craniano)
Ação: Elevação (oclusão) da Mandíbula

4.c) Pterigoideo medial:


Origem: Face medial da lâmina lateral do processo pterigoideo do osso
esfenoide
Inserção: Face medial do ângulo e ramo da mandíbula
Inervação: Nervo do pterigoideo medial (Ramo mandibular do nervo
Trigêmeo – V par craniano)
Ação: Elevação (oclusão) da Mandíbula
4.d) Pterigoideo lateral:
Origem:
Cabeça Superior: Asa maior do esfenoide
Cabeça Inferior: Face lateral da lâmina lateral do processo pterigoide do
osso esfenoide
Inserção:
Cabeça Superior: Face anterior do disco articular
Cabeça Inferior: Côndilo da mandíbula
Inervação: Nervo do pterigoideo lateral (Ramo mandibular do nervo
Trigêmeo – V par craniano)
Ação: Abertura da Boca e Protrusão da Mandíbula. Move a mandíbula
de um lado para o outro

5) Conceitos gerais

5.1) Conceitos gerais do sistema nervoso:

Gânglios: grupamento de neurônios (corpos celulares) e células da glia


(células que auxiliam os neurônios a executarem suas funções) situados
fora do sistema nervoso central e envoltos por uma cápsula de tecido
conjuntivo.

Nervos: feixes de axônios periféricos com uma rota comum.

Trato: feixe de axônios com a mesma região de origem, destino e função.


Na denominação de um trato, geralmente, indica-se primeiro a origem,
depois o destino e, por vezes, sua posição relativa.

Comissura: cruzamento de axônios perpendicular ao plano sagital


mediano. As fibras provenientes de cada lado têm direção semelhante,
mas sentidos opostos.

Decussação: cruzamento oblíquo de axônios no plano sagital mediano.

Fascículo: feixe compacto de axônios.

Funículo: significa “cordão”. Utiliza-se para determinar regiões de


substância branca pelas quais navegam tratos e fascículos.
Lemnisco: significa “fita”, é um feixe achatado de axônios.

Fibra: axônio envolto pela célula glial.

6) Terminações Nervosas:

Existem na extremidade de fibras sensitivas e motoras (ex: botão sinático


que estabelece relação funcional com a placa motora). As fibras
sensitivas estabelecem contatos funcionais em suas extremidades
periféricas com os receptores que são estruturas especializadas para
receber estímulos físicos ou químicos na superfície ou no interior do
corpo. Quando os receptores são estimulados, originam impulsos
nervosos que caminham pelas fibras em direção ao Sistema Nervoso
Central.

7) Gânglios: Acúmulos de corpos celulares de neurônio dentro do


Sistema Nervoso Central são denominados núcleo, quando estes
acúmulos ocorrem foram do SNC são chamados de gânglios e se
apresentam, geralmente, como uma dilatação.

8) Nervos: São cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas


unidas por tecido conectivo e que têm como função levar (ou trazer)
impulsos do Sistema Nervoso Central. Distinguem-se em dois grupos:
Nervos cranianos e Nervos espinais.

8.a) Nervoso Espinais: os 31 pares de nervos espinais mantêm conexão


com a medula espinal e abandonam a coluna vertebral através de
forames intervertebrais. A coluna pode ser dividida em porções cervical,
torácica, lombar, sacral e coccígea, da mesma maneira, os nervos
espinais são cervicais, torácicos, lombares, sacrais e coccígeos.

8.b) Nervos Cranianos: São 12 pares de nervos que fazem conexão com
o encéfalo. A maioria deles se originam-se no tronco encefálico. Além do
seu nome, os nervos cranianos são também denominados por números
em sequência crânio-caudal. Há uma acentuada variação entre eles no
que se refere aos componentes funcionais, tornando-se mais complexos.
Alguns nervos cranianos possuem um gânglio, outros têm mais de um e
outros, nenhum.
I)Olfatório: Puramente sensitivo e ligado à olfação, inicia-se em
terminações nervosas situadas na mucosa nasal.

II) Óptico: Também sensitivo, origina-se na retina e está relacionado


com a percepção visual.

III) Oculomotor, IV) Troclear e VI) Abducente: inervam músculos que


movimentam o olho, e o terceiro par é também responsável pela
inervação de músculos chamados intrínsecos do olho, como o músculo
esfíncter da pupila e o músculo ciliar.

V) Trigêmeo: É predominantemente sensitivo, e é responsável pela


sensibilidade somática de quase toda a cabeça. Possui três divisões bem
definidas: o ramo oftálmico, o ramo maxilar e o ramo mandibular. Os
ramos oftálmico e maxilar contém apenas fibras sensitivas, enquanto o
ramo mandibular possui tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. Os
ramos do nervo trigêmeo inervam uma grande área, incluindo toda a
fronte, a face, as regiões laterais da cabeça e a porção mais superior
do pescoço, sendo integrantes importantes da neuroanatomia.

Os núcleos do nervo trigêmeo estão localizados no tronco encefálico e na


parte superior da medula espinhal.
. O núcleo mesencefálico do nervo trigêmeo é encontrado na região lateral
da substância cinzenta periaquedutal, no mesencéfalo. Ele contém os
primeiros neurônios responsáveis pela propriocepção da mandíbula e dos
músculos intrínsecos do olho, articulações temporomandibulares, dentes e
maxila.

. O núcleo principal do nervo trigêmeo está localizado no tegmento pontino


dorsolateral. Sua principal tarefa é a sensação táctil.

. O núcleo espinhal do nervo trigêmeo é um longo núcleo sensitivo,


estendendo-se desde a ponte até os três segmentos mais superiores do
corno dorsal da medula espinhal. Está relacionado primariamente com a
percepção da dor e da temperatura.

-Ramos:

Ramo oftálmico: O primeiro ramo do nervo trigêmeo é responsável


pela inervação da fronte, do nariz e das regiões oftálmicas da face. Ele
deixa o crânio através da fissura orbitária superior na parte óssea da
órbita. Tanto o ramo oftálmico quanto o ramo maxilar do nervo trigêmeo
(trigémeo) inervam a cartilagem nasal com ramos terminais.
-Ramo Maxilar: O segundo ramo fornece receptores nervosos para a face
abaixo dos olhos e para a região maxilar. Uma importante ramificação do
nervo maxilar é o nervo alveolar superior, que inerva os dentes da arcada
superior no interior da cavidade oral.

-Ramo Mandibular: O terceiro ramo do nervo trigêmeo é responsável


pela sensibilidade da porção mais inferior da face, a região da mandíbula
e o assoalho da cavidade oral. Além disso, ele fornece ramos
motores para todos os músculos mandibulares, incluindo os músculos
envolvidos na mastigação. Um importante ramo que inerva a língua é
o nervo lingual.

VII) Facial, IX) Glossofaríngeo e X) Vago: são altamente complexos no


que se refere aos componentes funcionais, e estão relacionados à
sensibilidade gustativa e das vísceras, além de inervar glândulas,
musculatura lisa e esquelética. O nervo vago é um dos nervos cranianos
mais importantes, pois inerva todas as vísceras torácicas e a maior parte
das vísceras abdominais.

VIII) Vestibulococlear: é puramente sensitivo constituído de duas


porções: a porção coclear (audição) e a porção vestibular (equilíbrio)

XI) Acessório: inerva músculos esqueléticos, porém parte de suas fibras


une-se ao vago.

XII) Hipoglosso: inerva os músculos que movimentam a língua e, por


isso, é considerado como o nervo motor da língua.

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