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Universidade católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Tema:

Alterações e adaptações estruturais das plantas ao meio


Nome: Felizbela Azevedo Gonçalves Matola, Código: 708220962

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia

Disciplina: Botânica Geral


Ano de frequência: 1º Ano

Cuamba, Julho de 2022


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Universidade católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Tema:

Alterações e adaptações estruturais das plantas ao meio

Nome: Felizbela Azevedo Gonçalves Matola, Código: 708220962

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia

Disciplina: Botânica Geral

Ano de frequência: 1º Ano

Cuamba, Julho de 2022


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 Bibliografia 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Observação
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Docente:

Generoso Luís Muchanga

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Índice
1. Introdução.....................................................................................................................................3

1.2. Objectivos:.............................................................................................................................3

1.2.1. Geral:..................................................................................................................................3

1.2.2. Específicos:........................................................................................................................3

1.3. Metodologia..............................................................................................................................3

2. Alterações e adaptações estruturais das plantas ao meio..............................................................4

2.1. Contextualização.......................................................................................................................4

2.2. O factor água.........................................................................................................................4

2.3. Estruturas adaptadas ao excesso de água...............................................................................4

2.4. Estruturas adaptadas à aridez.................................................................................................5

2.5. Mecanismos para evitar os défices hídricos..........................................................................5

2.6. Adaptações Morfológicas......................................................................................................6

2.7. Adaptações histoanatómicas..................................................................................................6

2.8. Manutenção da absorção da água..........................................................................................6

2.9. Vias fotossintéticas alternativas como adaptação à secura....................................................6

2.10. O factor vento....................................................................................................................7

2.11. Adaptações das plantas aos meios salinos e dunares.........................................................8

2.12. Principais adaptações dos halófitos ao seu habitat............................................................8

2.12.1. Adaptações Fisiológicas.....................................................................................................8

2.12.2. Adaptações Morfológicas..................................................................................................9

2.12.3. Adaptações Fenológicas.....................................................................................................9

3. Conclusão....................................................................................................................................10

4. Referência bibliográfica..............................................................................................................11
1. Introdução

As plantas surgiram a partir de um grupo de algas verdes, mas as plantas verdadeiras se


diferenciam as algas por possuírem um embrião e a alternância de gerações. As plantas precisam de
luz do sol, água e ar para crescer. São incapazes de se locomover, e suas células têm paredes rígidas
constituídas de um material resistente, a celulose. Além disso, elas fabricam o próprio alimento
através de um processo denominado fotossíntese. Para isso, utilizam energia do sol, água e dióxido
de carbono.

1.2. Objectivos:

1.2.1. Geral:

 Descrever as diferentes formas de Alterações e adaptações estruturais dos órgãos vegetais.

1.2.2. Específicos:

 Identificar as diferentes formas de Alterações e adaptações estruturais dos órgãos vegetais;

 Analisar as diferentes formas de Alterações e adaptações estruturais dos órgãos vegetais.

1.3. Metodologia

Para a materialização deste trabalho, usou-se o método bibliográfico, em que segundo GIL
(2002), na pesquisa bibliográfica são utilizados livros, artigos científicos de onde serão subtraídos
os conceitos para ilustração do trabalho, isso porque a pesquisa bibliográfica tem o objectivo
conhecer as diferentes contribuições científicas sobre um determinado tema. A Pesquisa
bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado.

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2. Alterações e adaptações estruturais dos órgãos vegetais

2.1. Contextualização

De acordo com UCM- Modulo de Botânica Geral (s/n), Botânica (do grego "botáne": planta,
vegetal) é a parte da Biologia que estuda e classifica os vegetais considerando a forma, estrutura e
composição, agrupando-os em categorias de acordo com as suas características semelhantes.

As plantas precisam de luz do sol, água e ar para crescer. São incapazes de se locomovever, e suas
células têm paredes rígidas constituídas de um material resistente, a celulose. Além disso, elas
fabricam o próprio alimento através de um processo denominado fotossíntese. Para isso, utilizam
energia do sol, água e dióxido de carbono.

As plantas podemos encontrar quase em todos os lugares do planeta, quase todas as plantas crescem
no solo, onde retiram a água e os nutrientes de que precisam. Algumas plantas não necessitam de
terra, assim sendo crescem em superfícies duras como rochas, ou em cima de outras plantas,
obtendo a agua e nutrientes da chuva e do ar. Outras plantas bóiam em meios aquáticos, e algumas
como as parasitas, vivem sobre outras plantas, extraindo nutrientes delas.

2.2. O factor água

De acordo com LINDON (2001), A água é um factor básico na vida de todos os seres vivos, em
particular das plantas. Sendo a água a base química da vida, nas plantas determina a circulação de
nutrientes entre o solo-planta e em parte, a distribuição (ombro tipos) e fisionomia da vegetação. As
fontes de água para as plantas podem ser mensuráveis (chuva, neve e granizo), ocultas (nevoeiro,
água freática e água de escorrência) e compensatórias (humidade atmosférica, nebulosidade e
neblinas).

2.3. Estruturas adaptadas ao excesso de água

MOREIRA (2005), Em clima muito húmido, em solos muito encharcados ou elevada humidade
atmosférica as plantas têm que “forçar” a transpiração para absorverem os nutrientes. Nestas
situações as plantas desenvolveram adaptações anatómicas e/ou morfológicas, designadamente:

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 Aumento da superfície transpiratória;
 Aumento da superfície do limbo;
 Aumento do nº de estomas aeríferos;
 Aumento do nº de tricomas que transpiram activamente;
 Posição superficial dos estomas que podem inclusivé estar salientes;
 Folhas com superfície rugosa ou muito recortada (Monstera);
 Eliminação da água no estado líquido (gutação) através de hidátodos;
 Morfologia da folha que facilita a escorrência da água (Ficus religiosa),
 Dimorfismo folhear nas plantas aquáticas (Callitriche heterophylla).

2.4. Estruturas adaptadas à aridez

Conforme MOREIRA (2005), Consideram-se áridos os territórios ou períodos de tempo em que as


necessidades hídricas das plantas não estão asseguradas pelo meio. As plantas com alterações
estruturais e adaptações à secura denominam-se xerófitos.

Todavia, aquelas plantas que evitam os défices hídricos não são verdadeiros xerófitos, por exemplo,
as que são capazes de absorver água da toalha freática ou as que acumulam água – suculentas. Entre
os xerófitos podemos encontrar os seguintes tipos:

 Plantas cujas folhas murcham nos períodos de seca, podendo inclusivé cair;
 Plantas lenhosas de folhas pequenas, duras e com tecidos de suporte (escleritos), próprias de
clima mediterrâneo;
 Plantas capazes de fechar os estomas e não suspender a fotossíntese nos períodos secos, com
um metabolismo baixo até novas condições favoráveis.

Em suma, podemos encontrar dois tipos de plantas de sítios secos: as que evitam e as que toleram
os défices hídricos.

2.5. Mecanismos para evitar os défices hídricos

Estratégias para escapar à seca:

 No espaço – obtêm água da toalha freática


 No tempo – anuais (terófitos; geófitos)

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2.6. Adaptações Morfológicas

ANTUNES & SEVINATO (2006, s/p), morfologicamente as plantas se adaptam nas seguintes
condições:

 Folhas de forma arredondada (Hakea sericea; Ammophila arenaria);


 Diminuição do tamanho e do número de folhas (Thymbra capitata);
 Cor verde-clara ou brilhante reflexão da luz;
 Folhas enroladas permanentemente;
 Libertação de substâncias voláteis (Eucalyptus);
 Queda de folhas no período de seca- diminuição da área transpiratória;
 Ausência de folhas -caules clorofilinas (Lithops);
 Presença de tricomas (Olea europea; Quercus rotundifolia);
 Armazenamento de águas -suculentas.

2.7. Adaptações histoanatómicas

Conforme LINDON (2001), as plantas se adaptam nas seguintes condições:

 Estomas profundos (Pinus spp. Hakea sericea),


 Superfícies epidérmicas irregulares com os estomas nas cavidades formadas e muitas vezes
cobertos por tricomas (Nerium oleander),
 Fotossíntese C4, C3/C4, CAM (Cyperus spp. Panicum spp. Opuntia spp.),
 Fecho estomático rápido e completo.
 Cutícula espessa e impermeável (Pinus spp. Hakea sericea; Opuntia spp).

2.8. Manutenção da absorção da água

 Hipertrofia do sistema radicular – com raízes superficiais estendendo-se por grandes áreas,
adaptadas a chuvas torrenciais (O puntia camanchia),
 Raízes profundas – captam água da toalha freática
 Células xilémicas com paredes grossas

2.9. Vias fotossintéticas alternativas como adaptação à secura

Consumo de água para produzir 1 g de matéria seca:

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 C3 – 4 a 9 L de água
 C4 – 1 a 3 L de água
 CAM – 0,5 a 0,6 L de água

C4- duas carbonizações separadas no espaço, anatomia folhear em coroa, tipo Kranz, temperaturas
óptimas de crescimento mais elevadas, menor gasto de água, maior eficiência do uso de água
exemplo de alguma taxa: Cynodon dactylon (grama), Cyperus spp.

CAM- duas carboxilações separadas no tempo, ciclo estomático invertido (estomas abrem de noite
e fecham de dia), em geral suculentas com parênquima aquífero central incolor, mesofilo
fotossintético externo, formado por células grandes que deixam entre si grandes espaços
intercelulares, de paredes finas e com um grande vacúolo central, exemplo de alguns taxa:
Crassuláceas (Bryophyllum, Kalanchoë, Sedum), Welwitschia mirabilis, Isoetes storkii, ananás.

2.10. O factor vento

O vento tem importância principalmente nas zonas costeiras, planícies e cristas dos montes porque
influi na distribuição (transporte de diásporas) e na morfologia de plantas e da vegetação. A sua
acção sobre as plantas pode ser de diversos tipos:

 Acção fisiológica,
 Física,
 Anatómica e mecânica,
 Dissecação,
 Resfriamento,
 Nanismo,
 Deformação,
 Prostração (gramíneas),
 Erosão cutículas por fricção folhear e abrasão (poeiras, neve, sal, água salgada),
 Desenterramento ou cobertura por areia.

Quando a velocidade do vento a 10 m de altura é igual ou superior a 6m/s não se forma um bosque.

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Nas zonas costeiras, a maresia provoca a dissecação e plasmólise e interferências na absorção
radicular da água. Influi nos limites dos bosques ao dissecar os meristemas apicais caluniares nos
períodos frios.

2.11. Adaptações das plantas aos meios salinos e dunares

Para MOREIRA (2005), Nos meios salinos e dunares as plantas enfrentam diversos problemas,
designadamente:

 O efeito osmótico- Diminui o potencial hídrico do solo e consequentemente cria problemas


fisiológicos;
 A excessiva concentração de Na e Cl- Altera a germinação e crescimento; Os balanços
iónicos também se alteram; O solo desenvolve uma estrutura asfixiante.
 A deposição de areia sobre a planta- Aptidão e capacidade para formar entre nós ou
rizomas horizontais e verticais.

Na maior parte do ano apresentam as folhas reduzidas a uma roseta basilar só emitindo um escapo
floral num pequeno período do ano.

2.12. Principais adaptações dos halófitos ao seu habitat

2.12.1. Adaptações Fisiológicas

Segundo ANTUNES & SEVINATO (2006, s/p) fisiologicamente as plantas se adaptam nas
seguintes condições:

 Atraso na germinação e/ou maturação sob condições desfavoráveis;


 Estação de crescimento mais curta (anuais);
 Cutícula mais espessa para diminuir a transpiração;
 Selectividade a iões específicos para compensar desequilíbrios.
O acumulam sais nos tecidos (absorção em alto grau de certos iões, como potássio, na
presença de elevadas concentrações de sódio no meio exterior-algas marinhas
(Halobacteria), Arthrocnemum, Salicornia, Sarcocornia o armazenam sais em estruturas
especiais – Atriplex halimus, Salsola oppositifolia.

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2.12.2. Adaptações Morfológicas

Segundo ANTUNES & SEVINATO (2006, s/p) morfologicamente as plantas se adaptam nas
seguintes condições:

 Diminuição do tamanho da folha para reduzir a transpiração;


 Caules e/ou folhas carnudos (acumulam e expelem sais para evitar a toxicidade e compensar
diferenças de pressão osmótica com o solo) com presença de parênquima aquífero;
 Redução do número de nervuras;
 Redução do número de estomas;
 Tricomas e glândulas excretoras de sal - Atriplex spongiosa, Limonium, Tamarix.
 Raízes muito profundas para captar água em profundidade e/ou sistemas radiculares
superficiais de modo a recolher de imediato a água que chega ao solo e a condensação do
orvalho e neblinas nas épocas de maior secura; presença de microrrizas nas raízes que
ajudam a sobreviver as plântulas e posteriormente colonizar as dunas; forma prostrada ou
pulviniforme para resistir ao vento

2.12.3. Adaptações Fenológicas

 Atraso na floração.

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3. Conclusão

Terminado o presente estudo percebe-se que, no processo de Alterações e adaptações estruturais das
plantas ao meio, existem factores que se interferem como, a água, o solo, e o vento. A água é um
factor básico na vida de todos os seres vivos, em particular das plantas. Sendo a água a base
química da vida, nas plantas determina a circulação de nutrientes entre o solo-planta e em parte, a
distribuição (ombro tipos) e fisionomia da vegetação. O vento tem importância principalmente nas
zonas costeiras, planícies e cristas dos montes porque influi na distribuição (transporte de diásporas)
e na morfologia de plantas e da vegetação.

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4. Referência bibliográfica

ANTUNES T & SEVINATO Pinto I. (2006). Botânica. A Passagem à Vida Terrestre. Lidel.
Lisboa. (BISA) Campbell, N.A., Reece, J.B., & Mitchell, L.G. 2005. Biology. (7th ed.).

Consulta da internet:
Http://www.biolog1ie.unihamburg.de/bonline/library/onlinebio/BioBookPLANT

LINDON F, Gomes H & CAMPOS A (2001). Anatomia e Morfologia Externa das Plantas
Superiores. Lidel. Lisboa. (Comprar)

MOREIRA I. (2005). Histologia Vegetal. Didáctica. Lisboa (BISA). Raven PH, Evert RF &
Eichhorn SE 2005 Biology of plants. 7ª Edição. W.H. Freeman and Company Publishers. New
York.

UCM, botânica geral, Manual de Licenciatura em Ensino de Biologia, Universidade Católica de


Moçambique Centro de Ensino `a Distância.

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