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Educação Ambiental em Museus

Museu do Amanhã
Museu do Eucalipto

DISCENTES: THYALE CAROLINA FERREIRA


DOCENTE: RENATA MARIA CARVALHO
DISCIPLINA: ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
MUSEU E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Além da gestão de áreas protegidas, como unidades de conservação, há órgãos


governamentais ligados à gestão do meio ambiente que são mantenedores de museus. É
recorrente que as pessoas associam museus a instituições que expõem obras de arte ou
artefatos históricos, mas os museus vão muito além disso. Eles podem também ser
importantes instrumentos para a guarda da memória ambiental de determinada região, e
assim ser um espaço de educação ambiental.
INTRODUÇÃO

Segundo o Conselho Internacional de Museus – ICOM, órgão ligado à UNESCO, um museu é


uma instituição permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu
desenvolvimento, aberto ao público, e que adquire, conserva, estuda, comunica e expõe
testemunhos materiais do homem e do seu meio ambiente, tendo em vista o estudo, a
educação e a fruição. Assim, eles também podem ter como temática principal o meio
ambiente.

Além da missão de conservar coleções, os museus também dedicam-se a apresentar


exposições e à comunicação e/ou educação, que pode ir desde a publicação de um catálogo
de sua coleção a programas complexos que envolvem educadores em atividades diretamente
com o público.
ACERVOS SÃO TESTEMUNHAS DA HISTÓRIA

Pelo fato de ter uma coleção sobre determinado assunto, o museu já concretiza uma de suas
missões: conservar a história e a memória daquele assunto. Um museu de ciências, por
exemplo, fala sobre a ciência de determinado período histórico, que pode ser passado ou
contemporâneo.

Os museus costumam ser classificados como de história natural (zoologia, biologia, botânica)
ou cultura material (história, arqueologia, artes). Mas, no geral, independente do tipo, as peças
que formam uma coleção de museu são registros não escritos das atividades humanas. No
solo, embaixo da terra, uma rocha é um recurso natural. Mas ao ser selecionada para integrar
uma pesquisa científica, e então ser levada para um acervo de museu, ela faz parte de nossa
cultura material pois traz testemunhos subjetivos sobre a atividade da pesquisa científica.
OBJETOS SÃO MEDIADORES DA MEMÓRIA

A memória é aquilo que é vivido e sua reconstrução intelectual é a história, baseada em metodologias
científicas. Tanto a história quanto a memória têm um objetivo comum: a representação do passado. A
memória não é um elemento desinteressado pelo presente. Ela é uma guardiã da relação
representativa do passado no presente e todas as suas problemáticas envolvidas.

A mesma relação ocorre numa exposição sobre as mudanças ambientais em determinada região ou
com um rio, por exemplo.Você não conseguirá expor o rio ou a paisagem, mas vai expor imagens e
objetos que remetem a um tempo daquele rio. Quem vivenciou aquele momento, se reconhecerá nas
imagens e objetos. Quem não vivenciou, buscará em suas próprias experiências os significados dos
objetos expostos e criará ali um elo entre a sua memória vivida e a não vivida.
EXPOSIÇÕES CONSTROEM NARRATIVAS

Geralmente, os museus constroem suas exposições com base em seu acervo. Às vezes
acontece o contrário – o museu começa adquirindo peças que acredita serem relevantes
para uma determinada exposição. De qualquer maneira, aquelas peças escolhidas para serem
exibidas constroem narrativas visuais.
Devido ao tempo em que ficam acessíveis ao público, as exposições de longa duração (antes
chamadas exposições permanentes) podem construir uma narrativa da própria identidade da
instituição – o que pode ser favorável ou não, a depender do quanto a instituição se vê
refletida naquela exposição.

Essa é uma estratégia usada por grandes museus nacionais ou pequenos museus municipais:
mostrar, através dos objetos expostos, a narrativa sobre a identidade daquele território.

Além da identidade, outras narrativas podem ser construídas.


EDUCAÇÃO POR MEIO DO DIÁLOGO

A partir da década de 1960, os museus sentiram a necessidade de se comunicar mais


ativamente com o público, para além da exposição. Ao lado de seu histórico compromisso
com a preservação de um dado “passado”, o museu deveria ser um canal de comunicação
capaz de transformar o objeto-testemunho em objeto-diálogo.

Se pensarmos o museu enquanto espaço de educação ambiental, este diálogo crítico


também estará amparado pela legislação, que prevê ações que fomentem e qualifiquem a
ampla participação da sociedade na formulação e execução de políticas públicas relacionadas
ao meio ambiente.

Dessa maneira, a ação educativa em um museu ambiental constrói elos entre narrativas
pessoais e institucionais. E, com isso, propõe reflexões sobre as ações do passado, criando
compromissos no presente com vistas a um futuro melhor.
FINS PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Podemos elencar uma série de funções do museu ambiental dentro de uma instituição que
opere políticas públicas de meio ambiente, como:

● Salvaguardar o registro material das pesquisas científicas relacionadas ao meio ambiente,


assim como da identidade cultural da população com o território;
● Produzir exposições com seu acervo, de modo a criar elos entre a instituição e a
população;
● Oferecer acesso ao seu acervo, que pode ser fonte para pesquisa científica, para a
gestão ambiental ou mesmo para comunicação institucional;
● Promover ações educativas em um espaço democratizante que atua para o diálogo
crítico, que fomentem e qualifiquem a ampla participação da sociedade na formulação e
execução de políticas públicas relacionadas ao meio ambiente;
● Ser espaço de referência e de diálogo permanente com a comunidade, onde é possível
olhar para o passado, compreender o presente e construir um futuro sonhado em
comum.
MUSEU DO AMANHÃ

O Museu do Amanhã é um museu de ciências aplicadas que explora as oportunidades e os


desafios que a humanidade terá de enfrentar nas próximas décadas a partir das perspectivas
da sustentabilidade e da convivência.

Orientado pelos valores éticos da Sustentabilidade e da Convivência, essenciais para a nossa


civilização, o Museu busca também promover a inovação, divulgar os avanços da ciência e
publicar os sinais vitais do planeta. Um museu para ampliar nosso conhecimento e
transformar nosso modo de pensar e agir.
PROGRAMAS EDUCATIVOS

O Programa de Educação do Museu do Amanhã tem capacidade para receber 40 mil


pessoas por ano, com o desafio de que cada uma das visitas seja um encontro para refletir
juntos sobre os amanhãs possíveis. Conta com uma equipe interdisciplinar para a realização
de visitas mediadas, ações educativas e propõe eixos temáticos para o debate dos
professores com os alunos, trazendo as questões abordadas na exposição principal do
Museu, sua arquitetura, a região histórica da Zona Portuária e a Baía de Guanabara.
As ações educativas foram concebidas para incluir e conectar pessoas de diferentes faixas
etárias, formações, regiões geográficas e contextos socioeconômicos.
PROGRAMAS EDUCATIVOS

Horta do Amanhã | Das várzeas para o mundo

o Programa de Educação do Museu do Amanhã propõe uma atividade na Horta do Amanhã a


partir do conhecimento da samaúma, árvore rainha da Amazônia que guarda e distribui água
para outras espécies pela capacidade de retirar o líquido das profundezas do solo.
Entendendo a Amazônia como um sistema florestal global e milenar que se relaciona com
todos os outros biomas, as árvores de grande porte têm um papel essencial na manutenção
desse bioma – como a samaúma. A partir dela pretende-se discutir com os visitantes a
importância que a biodiversidade local apresenta para a manutenção e regulação do clima em
nosso planeta por meio de seus processos naturais.
A atividade está comprometida com a Agenda 2030 da Organização das Nações
Unidas (ONU), que prevê 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS),
clique aqui para saber mais.

Objetivo 3: Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as
idades
Objetivo 10: Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles
Objetivo 12: Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis
Objetivo 15: Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas
terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter
a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade
MUSEU DO EUCALIPTO

O Museu do Eucalipto foi criado em 1916 com o objetivo de manter e expor os


resultados das várias pesquisas realizadas pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro no
Horto de Rio Claro, área atualmente categorizada como Unidade de Conservação de Uso
Sustentável sob a administração da Fundação Florestal e denominada Floresta Estadual
Edmundo Navarro de Andrade – FEENA.
Com área de 2.230 hectares, a FEENA possui um acervo científico, histórico e cultural de
grande importância, pois, além de abrigar durante anos um horto florestal difusor de
experiências e referência mundial na cultura do eucalipto, conserva edifícios que abrigaram
antigas fazendas de café adquiridas pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro para a
criação deste Horto. O acervo do Museu foi reunido ao longo de décadas de estudos em
silvicultura do gênero Eucaliptus, provenientes da Austrália e Oceania, inclui peças
confeccionadas em madeira de eucalipto, como mobiliário, painéis, utensílios e em vários
detalhes de construção do edifício, como nos pisos, forros e lustres.

MUSEU DO EUCALIPTO
O espaço expositivo está distribuído ao longo das 16
salas temáticas do museu, localizadas em um único
pavimento, com área construída de aproximadamente
800 m². Na sala nº 11 do Museu do Eucalipto são
expostos exemplares de madeiras nativas que Navarro
utilizava para tecer comparações em suas pesquisas.
Por sua importância natural, histórica e cultural, todo o conjunto da Floresta
Estadual foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo – CONDEPHAAT
em 1977, com base em encaminhamento e parecer do geógrafo Aziz
Ab´Saber.’
MUSEU DO EUCALIPTO

Localização: Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade


Endereço: Av. Navarro de Andrade, s/n,Vila Paulista, Rio Claro. CEP: 13506-820

Visitação:

De segunda a sexta-feira, das 9h00 às 16h00 (mediante agendamento prévio)

Aos domingos, o local é aberto ao público das 14h00 às 17h00

Entrada Gratuita

Contato:

Telefone: (19) 3525-7036, 3533-8694

E-mail: feenarioclaro@fflorestal.sp.gov.br
REFERÊNCIAS

https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/educacaoambiental/2021/06/pra-que-serve-um-museu-ambient
al/

https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/educacaoambiental/2021/05/18-de-maio-dia-internacional-de-
museus/
Thyyaale@gmail.com

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