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(Aula 4) Agostinho de Hipona
(Aula 4) Agostinho de Hipona
TAGASTE
NORTE DA ÁFRICA
SOLK ARAHS
A FAMÍLIA DE AGOSTINHO
Primeiro filho de Patrício, um oficial romano do escalão
inferior pagão e Mônica, uma mulher cristã.
Teve um irmão, Navígio, que morreu jovem e uma irmã que,
tendo ficado viúva, dirigiu um mosteiro feminino.
A ADOLESCÊNCIA DE AGOSTINHO
Em 365, com 11 anos, Agostinho foi enviado para estudar em
Madaura (hoje M'Daourouch).
Agostinho volta para Tagaste em 369.
Com a ajuda de Romaniano, um amigo rico de seu pai,
Agostinho vai para Catargo estudar Retórica e Artes Liberais
em 370.
M'Daourouc Cartago
h
Solk Ahras
OS ESTUDOS E A CONTURBADA JUVENTUDE DE
AGOSTINHO
Era conhecido por não ser um bom aluno e cabulava muita
das aulas.
Agostinho costumava roubar pêras dos quintais de vizinhos e
já se considerava entregue a lascívia.
Tinha uma enorme paixão por teatro.
Patrício falece em 371 e em 372, Agostinho começa a se
relacionar com uma concubina, relacionamento que durou
cerca de 15 anos.
OS ESTUDOS E A CONTURBADA JUVENTUDE DE
AGOSTINHO
Agostinho dominava a língua latina (lingua materna) mas
odiava a língua grega.
Hortensius, por Cícero, fez Agostinho se interessar por
filosofia.
Agostinho resolveu se aplicar às Sagradas Escrituras, já que
as rejeitava desde que sua mãe tentava fazê-lo ler.
Chegou, então, a conclusão de que elas não chegavam aos
pés da “sabedoria de Cícero”.
OS ESTUDOS E A CONTURBADA JUVENTUDE DE
AGOSTINHO
Porém, Agostinho ainda estava angustiado por não ter sua
dúvida solucionada: o problema do mal
AGOSTINHO E O MANIQUEÍSMO
Maniqueísmo é uma doutrina que afirma a existência de um
conflito cósmico entre o reino da luz (o bem) e o das sombras
(o mal).
A matéria é ruim e o espírito é bom.
Agostinho torna-se maniqueísta em 373.
Em 374, nasce seu filho Aeodato, larga o maniqueísmo e
retorna a Tagaste como professor de gramática, aos 20 anos.
O maniqueísmo também não tirou as dúvidas de Agostinho.
AGOSTINHO: O PROFESSOR
Novamente em Tagaste, Agostinho passa a cuidar de sua
mãe, mulher e filho.
Agostinho abre uma escola em Tagaste.
Retorna a Catargo para ocupar o cargo de professor da
cadeira municipal de retórica.
AGOSTINHO EM ROMA
Agostinho se muda para Roma em 383, cansado dos jovens
de Catargo e procurando alunos mais tranquilos.
Uma outra motivação para a mudança foi o incentivo de seus
amigos, que diziam que em Roma teria mais lucros e
consideração em sua vocação.
Agostinho também estava cansado de sua mãe, deixando-a
para trás.
AGOSTINHO EM MILÃO
No ano seguinte, Agostinho muda-se para a residência
imperial, em Milão, para ser professor de retórica.
Longe do maniqueísmo e entregue por um tempo ao
ceticismo, logo se deixou levar às influências neoplatônicas.
AGOSTINHO E O NEOPLATONISMO
Segundo Plotino (principal filósofo por trás desse movimento
filosófico), o neoplatonismo afirma que “existe mesmo um
Deus ou o Uno, de onde emana a fonte divina que irradia por
toda a criação. As sombras nada mais são que a carência de
luz, a qual não conseguia atingi-las; mas não se podia dizer
que elas tinham uma real existência.”
Com isso, Agostinho teve uma nova compreensão sobre o
problema do mal.
E satisfeito com essa novidade...
Até conhecer o bispo Ambrósio.
ENQUANTO ISSO...
Não durou muito tempo que Agostinho ficara longe de sua
mãe e ela logo tratou de visitá-lo em Milão.
Mônica tentou convencer Agostinho a se casar
legitimamente, e então, em 385, ele se separa de sua
concubina, que volta para a África.
Mônica arranja um noivado para Agostinho com uma menina
de dez anos. Quando a menina faz 11, Agostinho desiste do
casamento, por não querer esperar dois anos.
Agostinho procura uma nova concubina.
Tanto Agostinho como Mônica são fortemente influenciados
por Ambrósio.
AGOSTINHO E AMBRÓSIO
Ambrósio era bispo em Milão.
Por meio de Ambrósio, compreendeu que o Antigo
Testamento é um caminho rumo a Cristo.
Essa nova compreensão, a leitura do livro Vida e Conduta de
Santo Antão, de Atanásio, e das próprias ideias
neoplatônicas, Agostinho chegou a seguinte conclusão:
“Preciso renunciar a carreira de professor e toda essa vida de
sensualidade…
...caso me torne um crente”
AGOSTINHO E AMBRÓSIO
“Dá-me o dom da castidade, mas ainda não”.
Querer ou não querer: eis a questão!
A CONVERSÃO DE AGOSTINHO
15 de agosto de 386, 31 anos
Agostinho lia, no jardim de uma casa que alugava com alguns
amigos, a carta aos Romanos, com Nebrídio e seu fiel
companheiro, Alípio.
Não tolerando mais a companhia de seus amigos, decidiu
sentar-se no outro lado do jardim, embaixo de uma figueira.
A CONVERSÃO DE AGOSTINHO
15 de agosto de 386, 31 anos
“Deixei-me, não sei como, cair debaixo de uma figueira e dei
livre curso às lágrimas, que jorravam de meus olhos aos
borbotões, como sacrifício agradável a ti. E muitas coisas eu
te disse, não exatamente nesses termos, mas com o seguinte
sentido:“E tu, Senhor, até quando? Até quando continuarás
irritado? Não te lembres de nossas culpas passadas!”
Sentia-me ainda preso ao passado, e por isso gritava
desesperadamente: “Por quanto tempo, porquanto tempo
direi ainda: amanhã, amanhã? Por que não agora? Porque não
pôr fim agora à minha indignidade?” Assim falava e chorava,
oprimido pela mais amarga dor do coração.”
A CONVERSÃO DE AGOSTINHO
15 de agosto de 386, 31 anos
“Tolle, lege, tolle, lege”
“Toma e lê, toma e lê”
“Andemos honestamente, como de dia; não em glutonarias,
nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em
dissoluções, nem em contendas e inveja. Mas revesti-vos do
Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas
concupiscências.”
Romanos 13:13,14
A CONVERSÃO DE AGOSTINHO
15 de agosto de 386, 31 anos
“Não quis ler mais, nem era necessário. Mal terminara a
leitura dessa frase, dissiparam-se em mim todas as trevas da
dúvida, como penetrasse em meu coração uma luz da certeza.
Marcando a passagem com o dedo ou com outro sinal
qualquer, fechei o livro e, de semblante já tranquilo, o mostrei
a Alípio.”
“Em seguida, fomos procurar minha mãe. Contamos-lhe o que
acontecera. Ela se rejubilou.”
LINHA DO TEMPO
386 - Após a conversão, Agostinho se demite do cargo de
professor e escreve Contra Acadêmicos
387 - Agostinho é batizado juntamente com Alípio e
Adeodato, no dia de Páscoa. Mônica vem a falecer.
388 - Volta para Tagaste para viver em um monastério
389 - Morte de Adeodato (16 anos)
391 - Agostinho torna-se presbítero em Hipona (hoje
Annaba).
Projeto Sola