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MINISTERY OF HIGHER EDUCATION, SCIENCE AND INOVATION

UNIVERSITY OF CAPE VERDE

DEPARTAMENT OF SCIENCE AND TECHNOLOGY

English course

Group Work

Instructor: Hulda Levy

Author: Andreia Furtado


Liliana Costa

Júlio Freire

Risa Mendes

Praia, 2015
Introdução
No âmbito da cadeira de Inglês, propomo-nos a apresentar um trabalho de
investigação cujo tema é “ Poluição Atmosférica”.

Existe uma imensa relação entre o clima e as actividades humanas, pois o clima tem
sido afetado e, por vezes esquecemos que este determina todas as nossas actividades. A
finalidade é compreender até que ponto as acções antrópicas influenciam o clima,
pretendemos, assim, apresentar um trabalho de carácter científico que, além de
constituir um instrumento de consulta, será também mais um elemento de avaliação do
nosso desempenho nesta cadeira curricular.

Assim, nosso objectivo principal é caracterizar e analisar a poluição atmosférica em


Cabo Verde.

Traçamos, portanto, como tópicos para a elaboração deste trabalho, os objectivos


abaixo indicados.

Objectivos Geral
 Analisar o papel das actividades humanas relativamente ao problema da
poluição atmosférica.

Objectivos Específicos:
 Indicar os tipos, as causas e as consequências da poluição atmosférica:
 Compreender como os processos de urbanização e industrialização
contribuem para a poluição atmosférica;
 Analisar o seu impacto em Cabo Verde.

Problemática:

 Que papel as actividades humanas tem relativamente ao problema da


poluição atmosférica?

Hipótese:
Metodologia

Para a realização do nosso trabalho optamos pela metodologia de estudo a que


melhor nos permite recolher as informações necessárias para o desenvolvimento do
nosso tema, dai recorremos as seguintes metodologias:

 Pesquisas bibliográficas, consulta de alguns livros e documentos;


 Internet;
 Ainda para a realização desse trabalho, utilizamos o método dedutivo partindo
do geral para o particular, ou seja, propõe-se a partir da teoria para só depois
abordar a observação da realidade definindo os objectivos, levantando hipóteses
no conjunto das respostas apresentadas.
I-PARTE

1.1 Poluição

O termo poluição deriva do latim, “polure” que significa sujar, manchar.


Degradação Ambiental provocada pela acção de uma substância poluente, degradação
das condições de Vida (Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, Academia
das Ciências de Lisboa).

De uma forma mais ampla, pode ser definida como, inserção de agentes externos a
um ambiente ou ecossistema, prejudicando o equilíbrio dos mesmos. Isto é, introdução
de substâncias ou energia no ambiente, directa ou indirectamente causado pelo homem,
provocando um efeito negativo no seu equilíbrio, causando assim danos na saúde
humana, noutros seres vivos e no ecossistema.

Pode ser ainda entendida como introdução na atmosfera de quaisquer substâncias


diferentes dos seus constituintes naturais.

Os agentes de poluição, normalmente designados por poluentes (os que provocam a


poluição), podem assumir várias naturezas, nomeadamente  química, genética, ou ainda
sob a forma de energia, como nos casos de luz, calor ou radiação.

O admirável é que pode ainda ser considerado poluentes, produtos relativamente


benignos da actividade humana. Exemplo: Os óxidos de azoto (NO) produzidos pela
indústria.

Embora a própria substância libertada, por si só não seja prejudicial, são


frequentemente citados como poluentes, pois com a acção dos raios solares e
a humidade da atmosfera, esses compostos dão origem a poluentes como o smog
(situações em que elevados níveis de poluição atmosférica se combinam com fortes
nevoeiros).
1.2 Tipos de poluição

 Poluição do Solo            

A poluição do solo é causada pelos detritos (lixos) deixados no chão da casa, da


rua, do jardim, da cidade, do pinhal ou das matas quando se faz um piquenique, da
berma das estradas quando se anda de carro (atirando lixo pela janela), nas praias de
mar, enfim.

Fig.1-Detritos jogados no chão

Fonte: http//google.com

 Poluição Luminosa

A poluição luminosa é provocada pelo desperdício de luz noturna. Se repararmos à


noite numa cidade o céu fica menos estrelado do que numa aldeia. Isso deve-se à
iluminação artificial, muitas vezes utilizada de forma incorreta e que gera uma outra
forma de poluição, a poluição luminosa.

Em locais com muita luz noturna, o céu fica coberto por uma enorme bolha
luminosa, que nos impede de ver nitidamente as estrelas.
Fig.2 – Ilustra a Poluição luminosa Fig.3-A enorme bolha luminosa

Fonte: http//google.com

 Poluição Sonora

Vivemos rodeados de sons: pessoas que falam, máquinas e eletrodomésticos que


trabalham, a música de uma discoteca, automóveis que passam, crianças que
brincam,etc. É uma característica do nosso quotidiano.

O som é definido como a compressão mecânica ou onda mecânica que se propaga de


forma circuncêntrica em meios que tenham massa e elasticidade sejam eles sólidos,
líquidos ou gasoso. A poluição sonora ocorre quando num determinado ambiente o som
altera a condição normal de audição. O aumento de ruídos no ambiente que nos rodeia
tem provocado cada vez mais essa nova forma de poluição – a poluição sonora. O ruído
forte e incomodativo das perfuradoras mecânicas, o barulho dos aviões que passam no
ar, o funcionamento de motos, automóveis, e outros veículos.

Nos grandes centros urbanos, na proximidade dos aeroportos, dos caminho-de-ferros,


das autoestradas e de outras rodovias de intenso tráfego, pessoas são, diariamente,
confrontadas com ruídos e barulhos ensurdecedores produzidos pelos motores ou
buzinas dos automóveis, dos camiões, das motos e das motorizadas, dos transportes
públicos que circulam nas ruas e estradas, nisso a Cidade da Praia não foge a regra.

Embora não se acumule no meio ambiente, como outros tipos de poluição, causa
vários danos à saúde e à qualidade de vida das pessoas.
A poluição sonora atrapalha diferentes actividades humanas, independentemente dos
níveis sonoros serem potencialmente agressores aos ouvidos, ela pode em alguns
indivíduos, causar stress, e com isto, interferir na comunicação oral, base da
convivência humana, perturbar o sono, o descanso e o relaxamento, impedir a
concentração e aprendizagem, e o que é considerado mais grave, criar estado de cansaço

e tensão que podem afectar significativamente o sistema nervoso e cardiovascular.

Fig. 4 - O imenso barulho dos veículos Fig. 5 – O dia-a-dia das cidades


Fonte: Autoria do Grupo Fonte: http//google.com

 Poluição da Água

O planeta Terra é constituído em grande parte por água, no entanto, 97% são
salgadas e não adequadas ao consumo humano, irrigação e animais, dessa forma restam
somente 3% de água doce, mas desse percentual somente cerca de 0,8% estão
disponíveis, entretanto uma parte desse percentual encontra-se poluída e uma grande
parcela está nus polos congeladas.

Até pouco tempo acreditava-se que a água era um recurso infinito, mas já se sabe que
essa informação é errónea e é uma das grandes preocupações desse século, uma vez que
muitos países já enfrentam dificuldades para obter água. A poluição da água é
a contaminação de corpos de água por elementos que podem ser nocivos ou prejudiciais
aos organismos e plantas, assim como a actividade humana. O resultado
da contaminação traduz-se como água poluída.
Uma água está poluída quando as suas características físicas, químicas e biológicas
são alteradas de forma a impedir a sua utilização, tornando-a imprópria para os
diferentes usos a que se destina. A poluição hídrica resulta do desenvolvimento
descontrolado das actividades económicas e do crescimento demográfico, que não
foram acompanhados pela construção de infra-estruturas e de saneamento básico. A
água pode ser contaminada de muitas maneiras:

 Pela acumulação de lixos e detritos junto das fontes, poços e cursos de


água;
 Pelos esgotos domésticos de vilas e cidades lançando nos rios ou nos
mares;
 Pelos resíduos tóxicos que algumas fábricas lançam nos rios;
 Pelos produtos químicos que os agricultores utilizam para combater as
doenças das suas plantações, e que as águas das chuvas arrastam para os rios e
para os lençóis de água existentes no subsolo;
 Pela lavagem clandestina, ou seja, não autorizada, de barcos no alto mar,
que largam combustíveis;
 Pelos resíduos nucleares radioativos depositados no fundo do mar;
 Pelos naufrágios dos petroleiros, ou seja, acidentes que causam o
derrame de milhares de toneladas de petróleo, sujando as águas e a costa,
contaminando e/ou matando grande parte da vida marinha – as chamadas marés
negras.

O uso agrícola de fertilizantes causa o fenómeno designado por floração das águas,
pois os fertilizantes contêm fósforo e azoto que ao atingir os cursos de água, nutrem as
plantas aquática.

A água poluída pode causar diversos efeitos prejudiciais à saúde humana tais como:
febre tifoide, cólera, disenteria, meningite e hepatites A e B, pode ainda gerar ou
potenciar doenças como a lepra, tuberculose, tétano e difteria. Pode ser igualmente por
vectores de contaminação por doenças transportadas por mosquitos, como paludismo,
dengue, malária, doença do sono, febre-amarela.
Fig.6 – Poluição das águas causados pelos naufrágios Fig.7-Poluição das águas
petroleiros

Fig.8-Poluição da água causada pela acumulação dos lixos e detritos


Fonte: http//google.com

 Poluição Visual

Dá-se o nome de poluição visual ao excesso de elementos ligados à comunicação


visual, como cartazes, anúncios, propagandas, etc, dispostos em ambientes urbanos,
especialmente em centros comerciais.
Também é considerada poluição visual algumas actuações humanas sem estar
necessariamente ligada a publicidade, tais como, o grafite, pixações, fios de eletricidade
e telefónicas, e outros resíduos urbanos.

Uma das maiores preocupações sobre a poluição visual em vias públicas de intenso
tráfego, é que pode colaborar para acidentes automobilísticos e, ainda prejudica a
sinalização do trânsito, trazendo problemas de segurança aos cidadãos. Obstrui os
passeios trazendo grandes transtornos aos pedestres.

A poluição visual urbana causa graves males à saúde, agride a sensibilidade humana.
Alguns psicólogos afirmam que os prejuízos não se restringem à questão material mas
também a saúde mental dos usuários, na medida em que sobrecarrega o indivíduo de
informações desnecessárias.

Certos municípios, quando tentam revitalizarem regiões degradadas pela violência e


pelos diversos tipos de poluição, baixam normas contra a poluição visual, determinando
que as lojas e outros geradores desse tipo de poluição mudem suas fachadas a fim de
tornar a cidade mais harmónica e esteticamente agradável ao usuário. No entanto o
problema, não é a existência da propaganda, mas o seu descontrolo.

Fig.9-Grafite e pixações
Fig.10-Excesso de cartazes , propagandas, fios de electricidade
Fonte: http//google.com
1.3 Poluição do ar ou Atmosférica
Os problemas de poluição do ar têm assumido proporções cada vez maiores, à
medida que se intensifica a industrialização, a circulação de automóvel, a utilização de
equipamentos de ar condicionado.

Em suma, os níveis de poluição agravam-se com o aumento da quantidade de


poluentes lançados pelas diversas unidades industriais e com a intensificação do
consumo de combustíveis fósseis.

Fig.11-
Poluentes lançados pelas indústrias
Fonte: http//google.com

Fig.12-Incêndio florestal Fig.13-Escarpamento dos veículos


Fonte: http//google.com
A partir dos meados do século XIII, com a Revolução Industrial aumentou muito a
poluição do ar. Tonelada de poluentes foi despejada na atmosfera devido a queima do
carvão mineral. Tornou-se assim, frequente o convívio com o ar poluído e com todos os
prejuízos advindos deste “progresso”.

Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e Cidade do México estão na lista das
mais poluídas do mundo.

A poluição atmosférica refere-se a mudanças da atmosfera susceptíveis de causar


impacto a nível ambiental ou na saúde humana através da contaminação por gases,
partículas sólidas e líquidas em suspensão. Isto é, é o efeito provocado na atmosfera por
diferentes elementos sólidos, líquidos, ou gasosos, provenientes sobretudo da actividade
do homem.

 Tipos de Poluição Atmosférica

 Poluição biológica resulta da presença de microrganismos, bactérias, vírus,


protozoário e de vermes;

 Poluição térmica resulta da deposição, nos rios de grandes volumes de água


aquecida usada no arrefecimento de uma série de processos industriais;

 Poluição sedimentar resulta da acumulação de partículas em suspensão;

 Poluição química causada por produtos químicos nocivos ou indesejáveis:


fertilizantes agrícolas, compostos orgânicos sintéticos, petróleo, compostos
orgânicos e minerais e o esgoto.

 Causas da poluição atmosférica

A Poluição do ar é uma perigosa mistura de gases residuais, poeira e outras


pequenas partículas formadas na atmosfera. A poluição do ar tem muitas origens: os
meios de transporte, sejam eles terrestres, marinhos ou aéreos e as indústrias que são
fontes poluidoras das atmosferas. Frequente são os dias em que a poluição atinge
níveis críticos nomeadamente nos grandes centros urbanos e industrias.

Os escarpamentos dos veículos que emitem grandes quantidades de gases


poluentes como, o monóxido (CO) e o dióxido de carbono (CO 2), o óxido de
nitrogénio (NO), o dióxido de enxofre (SO 2) e os hidrocarbonetos; fumos industriais
e outros, os incêndios florestais e as pulverizações com pesticidas, são algumas
causas que explicam a poluição do ar. Outros factores também contribuem para a
poluição atmosférica nomeadamente: as características climáticas de cada região, a
posição geográfica e os ventos dominantes.

Locais afastados do litoral e regiões pouco ventosas são espaços propícios para a
concentração da poluição atmosférica, pois o ar não se movimenta e os gases
acumulam-se. As regiões litorais ou montanhosas, onde o ar é ascendente, são locais
onde a concentração da poluição é menor.

Existem na atmosfera vários agentes poluentes e, estes são responsáveis pela


poluição do ar. São eles:

 Dióxido de Enxofre: gás tóxico, incolor e denso. Produzido


principalmente por erupções vulcânicas, queima de diesel e alguns processos
industriais. Pode causar chuva ácida.
 Dióxido de Azoto: gás tóxico, com cheiro forte e irritante. Produzido
principalmente em veículos.
 Monóxido de Carbono: produzido na queima de combustíveis fósseis
e na combustão do carvão mineral, gás natural e da madeira. Também é incolor e
inodoro.
 Compostos Orgânicos Voláteis: metano, butano, propano.
 Partículas sólidas fina e inaláveis: pólen, poeira, fumaça e partículas
do solo.
 Poluentes tóxicos: cromo, cádmio, dioxinas, etc.
 Ozónio muito nocivo à saúde humana.

As consequências da poluição atmosférica


 As suas consequências nem sempre são observadas, medidas ou sentidas. Esses
problemas têm merecido atenção especial no mundo inteiro, por estarem se
multiplicando em curto tempo e principalmente pelo facto de que terão influência em
todos os seres vivos. Uma das suas consequências é o aparecimento de chuvas
ácidas.

 As Chuvas Ácidas

As chuvas ácidas são precipitações na forma de água e neblina que contêm ácido


nítrico e sulfúrico. Formam-se com a libertação de dióxido de enxofre e de óxido de
azoto (provenientes de fábricas e automóveis) para a atmosfera. Esses gases que
foram libertados para a atmosfera são levados pelos ventos para as nuvens.

A combinação destes gases com o oxigénio e o vapor de água contido nas nuvens
dá origem a ácido sulfúrico e ácido nítrico, ou seja, formam-se as chuvas ácidas.

Com a precipitação, as chuvas ácidas originam  a acidificação dos solos, que vai
prejudicar a agricultura e as espécies de árvores e plantas que vão nascer. Outra
consequência é a destruição da vegetação e a contaminação da água, que é muito
prejudicial para a vegetação assim como para os animais.

As chuvas ácidas embora afetem mais as regiões industrializadas da América do


Norte (EUA e Canadá) e da Europa (Alemanha, Áustria, Polónia, República Checa,
Escandinávia), devido à emissão de dióxido de enxofre e à queima de petróleo e
carvão, são um problema global visto que os ventos transportam as partículas
poluentes.
Fig.14- O ciclo das substâncias ácidas na Natureza

Fonte: http//google.com

No esquema da figura 14, podemos observar que os fumos das fábricas, a queima dos
resíduos e os gases dos escapes dos veículos automóveis lançam substâncias ácidas na
atmosfera que se misturam com o vapor de água. A circulação do ar transporta essas
nuvens carregadas de produtos ácidos para outras áreas, onde se formam chuvas e
neves, também elas com elevadas proporções de produtos ácidos que vão afectar a
população, a vegetação, a fauna e até as próprias construções, que sofrem a acção
corrosiva da água destas chuvas. As chuvas ácidas atingem regiões onde causam danos
apreciáveis, como se verifica nos países do Norte da Europa. A Europa é um dos
continentes mais atingidos pelo problema das chuvas ácidas e aquele em que as suas
consequências são mais nefastas. Isto deve-se à direcção dos ventos dominantes que
transportam toda essa poluição para as regiões do leste e principalmente, à grande
concentração industrial (Inglaterra, Nordeste de França, Bélgica, Holanda e
Alemanha).

 O smog

O Smog (Smoke=fumo e Fog= nevoeiro) define-se como uma combinação de


fumo e de nevoeiro em áreas urbano-industriais.Isto é, acontece em situações em que
elevados níveis de poluição atmosférica se combinam com fortes nevoeiros.
Portanto, surge em situações de nevoeiro, e a sua formação é favorecida pelos focos
de poluição, que aumentam o número de núcleos de condensação (poeiras ou
partículas diversas)
na atmosfera saturada
ou quase saturada.

Fig.15- O smong

Fonte: http//google.com

 As consequências do Smog

 A inversão térmica, ou seja, o aumento da temperatura durante o dia, e em


condições de grande arrefecimento noturno.
 Provoca directamente nas pessoas asma, bronquite, problemas respiratórios e
cardíacos.
 A concentração de fumos à superfície.

Los Angeles, é uma cidade que sofre grandes problemas de contaminação pelo smog.
Londres foi onde ocorreu a situação mais grave, no ano de 1952, devido à
conjugação de vários fenómenos meteorológicos. 

 O Efeito de Estufa

Uma outra consequência da poluição atmosférica é o Efeito de Estufa.


Fig.16
-Efeito de Estufa

Fonte: http//google.com

O sol emite 100% da radiação solar, mas nem todas chegam à superfície, devido
aos conhecidos acidentes de propagação da radiação solar, isto é, da absorção,
reflexão e da difusão.

A crescente emissão de dióxido de carbono é prejudicial, pois o CO 2 permite a


passagem da radiação solar para  a superfície terrestre mas funcionando depois como
uma barreira, não deixando o calor que é reflectido pela superfície terrestre sair,
então o calor fica concentrado formando o Efeito de Estufa.

É claro que este fenómeno atinge mais os países desenvolvidos, por serem os
maiores emissores de dióxido de carbono.

Mas, na actualidade as regiões menos desenvolvidas e industrializadas, também


são afectadas por este problema, devido à queima das florestas tropicais e fenómenos
naturais (erupções vulcânicas).

Este processo origina duas consequências:

 O aquecimento global do planeta, o que pode provocar a fusão do gelo das


regiões polares e a subida dos oceanos, com a submersão das regiões litorais.
 Alterações climáticas que poderão acelerar o processo da desertificação.
A destruição da camada de ozono

A existência de ozono na estratosfera é vital e indispensável para a Terra,


protegendo-nos do excesso de radiação ultravioleta. A progressiva destruição da
camada de ozono provocada fundamentalmente aos produtos químicos libertados
pelas actividades humanas, especialmente aos que contém cloro e, em particular, os
designados clorofluorcarboneto, são responsáveis pelas variações do clima
(aquecimento global) podendo destruir a vida na terra.

Tem-se assistido ao aumento do “buraco” na camada de ozono, e esta situação é


mais preocupante nos polos pois corre-se o risco de derreter os polos, aumentando
desta forma o nível médio das águas do mar.

Actualmente tenta-se substituir o CFC (muito prejudiciais para a camada de


ozono), por outros que não provoquem danos ambientais, pois será o fim da vida na
terra, se a camada de ozono for destruída.

Fig.17- O Buraco da Camada do Ozono

Fonte: http//google.com

 Alterações Climáticas

Uma outra consequência da poluição atmosférica é a alteração climática.

Durante as últimas décadas o homem tem transformado as paisagens e a própria


natureza. A poluição atmosférica está a conseguir alterar o clima do planeta. Ela é
responsável pelo efeito de estufa, que por sua vez provoca um aumento global das
temperaturas e, consequentemente uma subida do nível médio das águas do mar.
Esta cadeia de problemas põe em perigo o próprio homem, o planeta,
contribuindo para as alterações climáticas e para o avanço dos desertos
(desertificação).

 Efeitos na Saúde
Entre os gases emitidos pelos veículos, o monóxido de carbono é o mais
conhecido, pela quantidade produzida e pelos efeitos sobre a saúde humana. O
monóxido de carbono dificulta o transporte de oxigénio no organismo, prejudicando o
funcionamento do sistema nervoso, respiratório e cardiovascular. Aspirar monóxido de
carbono causa tonturas, vertigens e pode até matar por asfixia. O mais perigoso é que a
pessoa não percebe que está se intoxicando, porque o monóxido é incolor, não tem
cheiro nem gosto. A poluição torna o organismo vulnerável a resfriados e doenças
alérgicas de todo o tipo. Ardência nos olhos, náuseas e dificuldade de respirar podem
ser sinais de que o ar está poluído demais.

 Algumas consequências

 O monóxido de carbono é o mais nocivo, causando vómitos, tontura, redução dos


reflexos e da acuidade visual.
 Bronquite, pneumonia, enfisema, doenças cardiovasculares e alergias, alguns tipos
de câncer relacionados ao benzeno e, em casos extremos, anencefalia (ausência ou
atrofia do cérebro em recém-nascidos) em cidades com alta poluição do ar como
Cubatão (SP) e Araucária (PR), até recentemente.
 O dióxido de nitrogénio causa dores de garganta, tosse, falta de ar, enfisema e
alergias.
 O chumbo afecta o sistema nervoso (convulsões e redução do aprendizado em
crianças), renal, circulatório e reprodutor.
 As partículas mais grossas sujam ruas e telhados, reduzem a absorção de raios
solares, diminuem a visibilidade e provocam corrosão em metais. As partículas mais
finas, chamadas aerossóis, penetram no sistema respiratório, induzindo à asma e
doenças do coração.
 Quando chove, esta mistura de gases e partículas é levada ao solo, rios e lagos,
alterando a saúde das plantas e outros animais.
II PARTE

2.1 Poluição atmosférica pelos processos de urbanização e


industrialização

Os processos de urbanização e industrialização, ao mesmo tempo em que


constituem um excelente indicador do nível de desenvolvimento alcançado, também
comportam problemas relacionados com a deterioração geral do meio urbano e da sua
qualidade de vida.
É preciso ter-se uma visão ambiental nos processos técnicos, económicos, políticos
e de desenho que dão forma ao meio urbano. É necessário considerarem-se os processos
naturais que ocorrem na cidade e buscar-se sempre o desenvolvimento sustentável, uma
vez que essa sustentabilidade está directamente relacionada com mudanças radicais
relacionadas com as questões que envolvem a pobreza, a poluição, a tecnologia e os
estilos de vida. Deve-se ter em mente que, para se alcançar a sustentabilidade ambiental,
é necessário uma participação democrática de todos (PINHEIRO, 2008).

O crescimento excessivo das cidades e o gigantismo que caracteriza algumas


delas são, uma consequência do desenvolvimento dos meios de transporte, que
aumentaram a velocidade da circulação e a capacidade de carga. Deste modo, as
populações urbanas tendem a expandir-se para as periferias cada vez mais afastadas
do centro da cidade.

A existência de grandes áreas urbanizadas, que constituem enormes manchas de


construção, dá origem a um verdadeiro clima artificial – o clima urbano. Os
chamados “climas urbanos” resultam dos desequilíbrios que a urbanização introduz
nos sistemas naturais.

O aumento da poluição atmosférica nas áreas urbanas e industriais é devido


sobretudo aos seguintes factores:

 O tráfego de automóvel, através da queima de derivados de


combustíveis fósseis;
 O consumo de vários produtos químicos industria;
 A multiplicação das fontes de calor, quer através dos sistemas urbanos
de aquecimento quer das instalações de ar condicionado.

2.2 Poluição Atmosférica em Cabo Verde


A poluição do ar em Cabo Verde não constitui ainda uma grande preocupação,
pois se compararmos Cabo verde com outros países, principalmente os
industrializados, de facto chegaremos a essa conclusão. No entanto, merece atenção
o crescimento exponencial do parque automóvel, nos últimos anos, principalmente
na ilha de Santiago, o que tem contribuído para a diminuição da qualidade do ar,
sobretudo nos centros urbanos.

A principal fonte de poluição do ar e da atmosfera em Cabo Verde é a queima de


combustíveis fósseis. O carvão e a lenha são utilizados consideravelmente nas zonas
rurais, onde poluem o ar libertando partículas de fumo e poluentes químicos ricos em
monóxido de carbono e compostos de enxofre respectivamente. Considera-se ainda, os
gases provenientes da queima de resíduos sólidos nas lixeiras situadas em locais muito
próximos dos centros urbanos ou de estradas principais. Os gases que se escapam das
lixeiras podem constituir um risco devido à explosão de metano ou asfixiação pelo
dióxido de carbono.

Consideram-se ainda as formas naturais de poluição do ar: os aerossóis (geralmente


denominados “bruma seca”), provenientes do deserto de Sahara. Esta forma de poluição
provocada pelas poeiras provenientes do Sahara vem aumentando de intensidade e
duração nos últimos anos. Nos anos 80, este fenómeno resumia-se aos meses de
Dezembro e Janeiro. No entanto, desde a década 90, vem-se assistindo a um
prolongamento e agravamento graduais da bruma seca, estando este fenómeno a
arrastar-se presentemente até meados de Março, com forte incidência na saúde pública e
na economia do país através do tráfego aeroportuário. Trata-se de um problema
ambiental natural inerente à situação geográfica do país e cuja resolução ultrapassa a
capacidade humana, pelo que as medidas corretivas e preventivas deverão incidir sobre
as causas provocadas pela acção do homem na diminuição da qualidade do ar. Embora a
Lei Base do Ambiente em vigor, preveja penalizações para agentes poluidores da
atmosfera, os mecanismos de controlo das emissões de gases poluidores ainda não estão
a funcionar na sua plenitude. Uma das medidas tomadas nos recentes anos foi a
proibição da importação de gasolina com chumbo. Como medida legislativa para fazer
face a essa situação, realça-se a aprovação da Estratégia Nacional e Plano de Acção
sobre as Mudanças Climáticas em 2001.

Fig. 18 - Emissão de poluentes na Cidade Velha Fig. 19 - Poluição do solo na várzea


Fig.20-Emissão de poluentes na Terra Branca Fig.21-A queima de detritos na “Lixeira”

Fonte: Autoria do grupo

2.3 Soluções possiveis para estes problemas


Os cientistas têm vindo a apelar para a intervenção dos governantes e das
populações em geral, devido ao agravamento dos problemas relacionados com a
atmosfera.

Para combater o smog, as chuvas ácidas, o aumento do efeito de estufa, a


destruição da camada de ozono e alterações climáticas, foram adoptadas medidas
de preservação da Natureza, tais como:

 A redução das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera;


 A utilização de filtros nas chaminés das fábricas;
 A eliminação da utilização de CFC;
 A utilização de tecnologias “limpas”;
 A promoção da reciclagem;
 A reutilização de determinados produtos, por exemplo a utilização de
garrafas de vidro em substituição das de plásticos descartáveis;
 A redução na utilização de determinados produtos mais poluentes,
como o plástico;
 A promoção de energias alternativas, não poluentes.

Na procura de fontes energéticas tem-se destacado a realização de estudos em


Portugal sobre combustíveis alternativos, como os biocombustíveis.

Assim, há estudos para a produção de biogás ou de álcoois a partir da s actuais


gasolinas sem chumbo, substituem os componentes fósseis. Existem igualmente
pesquisas para a produção de biodiesel, obtido a partir de óleos vegetais, como o de
girassol.

Estas alternativas permitem reduzir a poluição atmosférica gerada pelo sector dos
transportes e substituir de uma maneira fácil os combustíveis fósseis, potenciando ao
mesmo tempo o desenvolvimento das áreas rurais.
Nas últimas décadas as medidas de preservação ambiental passaram a ser
consideradas em Cabo Verde de uma forma sistemática. Em 1995 foi
institucionalizado o processo de proteção ambiental.

Desde meados da década de 90 que as acções relacionadas com o sector ambiental


têm sido baseadas em Estratégias Nacionais e Planos de Acção Ambientais (NEPA)
que se traduziram em projectos e programas nas seguintes áreas: Natureza e
Biodiversidade, Planos de Acção Nacionais para a florestação, Programas da Acção
para o Combate à Desertificação, Criação de Parques Naturais do Parque natural.

A visão de Cabo Verde relativamente ao Ambiente e às políticas ambientais


alterou-se significadamente, sendo que aderiu e ratificou uma série de tratados e
acordos internacionais.

Hoje, os cabo-verdianos estão bem informados e conscientes dos problemas


ambientais.
Conclusão
Finalizando este trabalho, concluímos que foi de extrema importância
trabalhar este tema, visto que é um assunto que nos rodeia e que cada dia mais
nos preocupa e, é evidente que há que realçar que ficamos mais ricos de ideias a
cerca do mesmo.

A poluição tem sido um problema para a nossa sociedade, e é tempo de por


fim a todo o custo este assunto. Nestes últimos anos o governo tem tentado
sensibilizar a opinião pública para esta situação que tem vindo a agravar-se com o
passar do tempo.

Os impactos da poluição atmosférica vão além das fronteiras regionais, pois é


um problema que invade cada vez mais a nossa casa, o planeta. Entretanto, as
cidades com o crescimento cada vez mais rápido e desordenado sofrem
modificações radicais no seu ambiente urbano, afectando a saúde dos seres
humanos e animais, danificando a vegetação, deteriorando os materiais,
afectando o clima.

A poluição é um processo passivo, sendo assim altera as propriedades do


ambiente, ela tem um carácter selectivo.

Actualmente cerca de 250 toneladas de chumbo são atirados pelos EUA para
a atmosfera. O simples corte de uma árvore também é uma poluição uma vez que
cada árvore abatida significa menos oxigénio produzido e menos dióxido de
carbono removido.

Ela é ainda pior do que a poluição das águas, uma vez que todos podemos
evitar de beber uma água contaminada, todavia não podemos de ficar sem
respirar um ar poluído.
Bibliografia
RODRIGUES, Arinda e COELHO, João, Geografia, Texto Editores

GUALBERTO, Maria Helena e SOUSA, Figueira, Maria Lídia, Geografia, Editorial O


Livro

Introdução à Climatologia Para os Trópicos, Maria Juraci Zani dos Santos

BANDEIRA, Ronaldo, Poluição, a doença da Terra

BRANCO, Murgel Samuel, O meio ambiente em debate

Site consultados:

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 www.yahoo.com

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