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15.

09 Sumario:

1- Referencias ao que se vai abordar na cadeira, adquirir conhecimentos


sobre os modelos, estratégias e recursos de intervenção com o luto.
2- Portanto, iremos conhecer contextos de intervenção no luto as abordagens
conhecer os processos de intervenção no luto, e também a promoção do
desenvolvimento e competências básicas, pra a intervenção em situações
de luto, algumas especificidades e alguns exemplos que serão dados
segundo a faixa etária.
3- Do paciente com quem estivermos a trabalhar desde crianças, jovens ou
adultos e idosos.
4- E depois isto acontece porque obviamente existem estratégias que são
mais adaptadas a uma faixa etária do que a outra.
5- No final o pretendido é que todos sejam capazes de entender os processos
de luto, o protocolo de intervenção no luto, e dentro das linhas de
intervenção percebermos aqui algumas potencialidades e limites.
6- Os limites que existem na nossa intervenção que é importante de refletir
mos sobre eles.
7- Queremos uma melhor intervenção e melhores resultados.
8- Do ponto de vista do luto vamos ter um enquadramento sociocultural da
perda em relação ao processo de luto, e a conceptualização do mesmo.
9- Depois temos a perda do luto ao longo do ciclo evolutivo seja pessoal seja
familiar, e depois existem dois conceitos importantes com caraterísticas
que os distinguem entre o luto normal e o luto patológico.
10- Modelos de colaboração no luto e especificidades na intervenção em
processos de luto com crianças e adolescentes e adultos onde se
subentende os idosos.
11- Depois temos o DSM com todos os critérios clínicos que nos ajudam a
entender certas situações mais especificas, por vezes o caso tem incluídas
as patologias, esta bem que nem todos, mas na área do luto é
imprescindível entenderem se certos sinais.
12- Muitas das vezes temos de ter bastante cuidado na forma como
entendemos as coisas por isso se diz que com jeitinho todos nos
enquadramos em coisas presentes la.
13- Portanto não se podem generalizar os casos a estas considerações.
14- Depois tem questões emocionais muito distintas inerentes ao luto e as
fases do luto.
15- O próprio ajustamento relativo ao processo.
16- Nas outras aulas iremos abordar as caraterísticas inerentes ao luto.
17- O luto tem de ser percebido como multidimensional, tem várias
dimensões e tem culturalmente enraizado muitas questões, incluindo se a
índole espiritual.
1. Entender o luto é complicado, mas então aconselho a que possam ler
LUTO: melhor intervenção e melhores resultados.
2. Vamos ter nesta cadeira um teste escrito e um trabalho de grupo.
3. Vejam sobre o grande manual do luto e sobre Worden.
4. O luto é um processo idiossincrático.
5. É fundamentalmente existencial, e é uma reação psicológica perante uma
perda que causa sofrimento (Parkes,1998).
6. A perda vai se subdividir em perda real perda de alguma coisa ou de
alguém, perda simbólica o significado que a pessoa tem o que simboliza
perde la, e a perda comum com a vivência transversal e perda única esta
com um significado específico.
7. Isto demonstra que é um evento de vida marcante, que tantas vezes vai ao
encontro de uma reconstrução e a um reaprender, um saber viver sem a
pessoa perdida.
8. Há tanta situação envolvida que mexe com sentimentos e emoções.
9. No processo de luto esta presente a complexidade, as fases do luto, a
negação a aceitação, o sofrimento que causa um enorme vazio, a tristeza e
a depressão, a desistência e a nostalgia as crenças e os rituais, a irritação a
raiva e a frustração, a RE vitimização e a culpabilização o apego versus
desafio que isso levanta.
10. E depois o sentido da não pertença.
11. As perdas relacionadas com as doenças o cancro por exemplo
12. O luto normal e o luto patológico.
13. Depois entramos na ideia do vosso trabalho com tudo o que foi
mencionado ate aqui ver a perspetiva do luto nos termos da intervenção.
14. Por isso será necessário estudo de caso que envolva luto como processo de
perda.
15. Se estamos a falar sobre luto isso obriga a cuidados nomeadamente pelas
caraterísticas do processo.
16. Todo um processo de reestruturação de significados.
17. Temos então todo um conjunto de caraterísticas do processo de luto
normal, como por exemplo as emoções envolvidas, tristeza raiva,
ansiedade, culpa e autocensura, solidão e fadiga e sentimento de
impotência sendo que é sentimento e não emoção, pois é mais pesado e
mais avassalador.
18. Depois inicialmente entra o choque na sua maioria das vezes, o anseio, o
desejo, a emancipação, um misto de tristeza ou em casos mais complexos
que tenham envolvido dor um alívio e em outros casos ainda uma espécie
de insensibilidade.
19. Pode manifestar se a catarse de alívio.
20. O choque surge de situações inesperadas em que de repente a pessoa vem
do hospital e no dia a seguir falece.
21. Depois temos as sensações físicas inerentes:
1. Vazio no estômago.
2. Aperto no peito.
3. No na garganta.
4. Hipersensibilidade ao ruído.
5. Sensação de falta de ar.
6. Fadiga.
7. Fraqueza muscular.
8. Fadiga em falta de energia.
9. Boca seca.
22. Da vivência que é sempre idiossincrática surge:
1. Tipos de cognição diferentes.
2. Uma descrença.
3. Confusão.
4. Sensação de presença.
5. Sensação de despersonalização em que nada parece real incluindo o
próprio.
6. De fases passa a estados e tudo se complica.
7. São tão acentuados os sentimentos ideias e pensamentos, que os momentos
vividos, viram estado de vida e tomam conta da pessoa.
23. A nível comportamental: Impacto muito acentuado na situação do sono -
menos horas e qualidade comprometida.
1. Perturbação que causa - distúrbios do sono.
2. Comportamentos de distração constante.
3. O isolamento social.
4. O sonhar com a pessoa falecida.
5. O não conseguir desenvencilhar se e libertar se de pensamentos negativos.
6. O revisitar dos locais e dos vários sítios ou o transportar consigo objetos da
pessoa falecida.
7. O chorar intensamente.
8. A hiperatividade e a agitação.
9. A composição do processo: a validação referente as pessoas que nos
rodeiam, o validar o sentimento psicológico.
10. A normalização, ver a questão do ciclo o nascer e o morrer.
11. A frustração, quantos casos nos chegam de pessoas frustradas.
12. Autores a referir aqui: Allport (1957) - “cada homem é como todos os
outros homens...ver citações”. Bowlby - ver - luto por fases.
24. O processo pode ser considerado de conservador e reorientado na questão
do psíquico do individuo.
25. Intrapsíquico em oposição subdivide se em social, e relacional.
26. E depois ver a referência a que o processo possa ser estandardizado, e a
questão da desvinculação.
27. Sem esquecer que em termos de culpa convêm ver antecedentes - causa -
processo atual e efeito.
28. Quanto à fuga pode ser dos outros ou dos próprios.
22.09 Sumario:

1- Temos de ter em atenção que não existe praticamente ninguém que não
tenha passado ainda pela experiência do luto e isso leva a que temos de
entender o luto como um processo com várias significações no referente as
populações distintas a criança não sente o luto como o adulto e como o
adolescente e nem como um idoso.
2- Percebermos que o luto patológico existe talvez nem tanto com este nome,
mas acima de tudo que existe um luto normal que faz com que nos
psicólogos nos transformemos em elementos facilitadores e mediadores na
intervenção para com o processo do luto.
3- O atuar no luto normal temos de ver isto como uma condição que implica
muitas vezes o aqui e o agora, há um sofrimento daquela pessoa particular,
com tempos e insights a serem respeitados.
4- Vamos ver os autores que falam das várias fases em relação a todo o
processo de luto.
5- Esta envolvente efetivamente todo um processo de reconstrução na
questão da perda.

29.09 Sumario:

1- Em relação aos autores e estamos aqui a referir-mo nos ao luto, com as


versões mais atualizadas, o mais consensual é o Worden.
2- Temos então aqui o Bowlby que veio pela primeira vez falar das respostas
emocionais aos estados do luto, e depois mais tarde Ross fala em estádios,
aqui entra a ideia de sentido circular, como um processo de aprendizagem
de vivermos com a perda, que pode ir desde a negação, à negociação
repressão e aceitação, e então, qual a perspetiva epicrítica desta
abordagem, é o de apresentar a perda como um fenómeno transcultural e
universal e como um fenómeno também ele objetivo, o que não é de todo
uma verdade, pois como já se entendeu trata-se de uma vivencia universal
mas também única, idiossincrática e tem muitas questões culturais
envolvidas.
3- Depois sugerem que todos os indivíduos vivem e idealizam e realizam o
luto de forma semelhante, e aqui esta algo incoerente pois retiram toda a
parte da idiossincrasia, as índoles pessoais, a vivencia pessoal, e,
consideram os indivíduos passivos e como observadores de todo o
processo, e a ausência de estudos que comprovem uma sequência ou
conjunto de fases e de estádios que ilustrem a conceção de uma perda,
assim como o seu respetivo processo de adaptação.
4- Esta parte, é relevante para fundamentação e termos uma base teórica.
5- Portanto não permitem compreender a capacidade de resposta perante a
perda de outro significativo.
6- Perdem se aqui as questões de ordem mais compreensiva e também de
idiossincrasia.
7- E, temos depois de ver quais os vários autores que o referiram.
8- Já temos outros autores que por sua vez referem o luto como um processo
de transições psicossociais, aqui tem a ver com o conjunto de autores que
vieram a acrescentar ao longo do tempo questões para nos fazer pensar
sobre isso, não deixando de fazer alusões às limitações que ainda hoje
estão presentes na maioria dos estudos.
9- Onde encontramos ainda limitações acerca do processo das áreas
envolvidas e no referente a própria evolução.
10- Se olharmos a Parks ele veio a argumentar que para se perceber o processo
se tem de entender as perdas que estão a dar se no individuo em
particular, é importante a valorização da influencia e que fatores sociais e
culturais, podem estar a exercer no processo de luto, aqui o autor, dando
aqui este toque de reformulação, onde se vê o processo de luto como
processo de crenças, que ao longo do decorrer do mesmo processo vão
sendo construídas ideologias.
11- Neste sentido, é, portanto, um conjunto de transições psicossociais, e
depois qual é a organização destas transições, primeiro, a compreensão
dos pensamentos da pessoa perdida, e depois repetição dolorosa da
experiência de perda e a atribuição de significado á perda, o que vai ter de
ser único e não global e universal, isto porque temos o sentido de acordar
esta nova experiência com o conjunto de crenças que já existam.
12- Tudo isto engloba também a própria percepção que a pessoa faz do
mundo, e o objetivo passa por edifica las, mas acima de tudo reedifica la
uma vez que falamos de experiências habitualmente dolorosas, que, depois
temos de reparar no sentido da mudança positiva.
13- Depois queremos o conseguir adquirir uma nova identidade, novos papeis,
novo sentido para a vida.
14- Então de forma sucinta o que temos aqui em quatro modelos coaduna com
irmos vendo as diferentes ideias a casarem e a culminarem em pontos
mais recentes, desde Freud até Bowlby, e de Ross a Parks, vai existindo
uma maior valorização, em crescendo dos valores sociais e culturais que
influenciam o processo de luto, o entende lo como um fenómeno.
15- A perspetiva bio ecológica se dermos atenção a Brofen Brenner, e,
portanto, ao limite de compreensão Macro sistémica, que também começa
a fazer se mais presente na sequência.
16- O contexto socio cultural entra com toda a sua influência no contexto
adaptativo do individuo.
17- A nossa realidade e as nossas crenças culturais.
18- E o nunca esquecer de respeitar todos os rituais que estejam relacionados.
19- O luto é também uma construção social, o que se torna algo de
fundamental a ter em consideração.
20- Da PERDA, MORTE E LUTO, as pessoas experimentam perda quando
outra pessoa, propriedade, parte do corpo, ambiente familiar ou senso
próprio de mudanças já não estão presentes.
21- Cada pessoa responde a perda de uma maneira diferente pois o luto é uma
resposta emocional a uma perda (período de lamento.
22- Dos Tipos de luto: temos o Luto normal (não complicado): é quando as
pessoas estão enlutadas, estão no processo de enfrentamento da morte de
um ente querido e o Luto complicado: a pessoa enlutada tem um tempo
prolongado e difícil para seguir depois de uma perda.
23- Problema de aceitar a morte e confiar nos outros, saudade crônica
e perturbadora.
24- O Luto antecipado: processo inconsciente de desvincular ou “tirar da
cabeça” antes de ocorrer a perda/morte real.
25- Existe a provação do direito de sentir luto ou luto não reconhecido, que é
um luto mínimo ou sem apoio, quando seu relacionamento com a pessoa
falecida não é socialmente sancionado, por exemplo: mãe que perde um
filho que era ladrão.
26- Portanto depois ainda entro destas questões que sejam culturais e que
parecem tao simples e tao consensuais, ao querermos ver o lado de apoio
de querermos ser simpáticos, mas depois por outro lado temos casos onde
pode ocorrer uma rutura de identidade do próprio, ou ate mesmo da
pessoa com quem este se relaciona.
27- Caso: Há uns anos e desta parte acompanhei uma senhora uma jovem com
32 anos, em processo de luto, cujo marido morreu muito novo, esta
senhora tinha três crianças, era uma pessoa que era de etnia cigana e que
tinha uma família nuclear muito forte e consistente, amava muito o seu
marido.
28- Porem a dinâmica entre eles dentro de casa, não fazia e não andava de
acordo com a cultura cigana com os seus costumes, ora quando o marido
faleceu tudo se complicou mais, porque, ate tinham uma relação funcional
próxima com a família alargada, porem ela e seu marido apesar de serem
ciganos, mantinham uma grande coesão dentro das quatro paredes em
relação a uma família nuclear não cumprindo com as questões culturais, e
depois da morte do marido ficava difícil a exposição destes factos que
acabavam por ser incompreendidos, pelo resto da família.
29- Eles de facto enquanto casal respeitavam as tradições, mas já tinham um
sentido critico mais apurado sobre algumas questões, entravam em relação
aos próprios filhos e com relação as atividades profissionais, a visão do
papel da mulher portanto, para se ter ideia quando o marido ajudava em
casa os pais não poderiam saber, pois quem trata da casa é unicamente a
mulher, um funcionamento nuclear bastante funcional mas, que, quando
alargado a família mais direta poderia vira a causar muitos
constrangimentos, e ruturas culturais e mesmo relacionais.
30- Depois a morte de seu marido também foi abrupta ele morre com os seus
32 anos com uma paragem respiratória, e, veja se a moça com três filhos
que se vê de repente viúva.
31- Uma pessoa que fica sozinha, mas que tinha um funcionamento familiar
enquadrado e feliz e que de repente se vê inserida nestas condições cheias
de dilemas.
32- Os avos maternos não podiam ajudar viviam mais distantes, em termos
geográficos, mas foram eles próprios que já tinham educado esta jovem
mulher com estas perspetivas diferentes e visões um tanto diferentes das
praticadas pelo povo de etnia cigana, a importância também ela da
escolaridade e da autonomia, e os avos paternos não aceitavam muito que
tivessem existido estas diferenças culturais e estas dinâmicas entre o seu
filho que vinha de uma família cigana mais tradicional, com esta mulher.
33- Portanto em síntese esta mulher para alem de todo o processo de luto que
já é doloroso por si só ainda tinha este assunto pendente a resolver que era
e agora tenho três crianças habituadas assim como é que vou ter a ajuda
da restante família do meu marido.
34- Alem da dor que tem, ainda comporta o facto de ter de enfrentar a família
e explicar a situação, para manter os hábitos de vida dos filhos, de modo a
salvaguarda los de muitas destas tradições e costumes como por exemplo o
deixarem de estudar precocemente, os filhos vistos como uma fonte de
rendimento, e forma de sustento posteriormente.
35- Depois para termos a ideia a mulher cigana nunca mais poderá largar o
luto, o luto também inclui uma espécie de burca o respeito ao marido ter
de andar de cara coberta, e mesmo de verão não poderá ter nada de pele à
mostra.
36- O filho mais velho durante um ano não pode nem cortar a barba bem
como o cabelo.
37- E outra situação era o das carpideiras ter de ir muitas vezes ao cemitério
para chorar e gritar etc…
38- Isto serve de enquadramento para vocês percebem como o assunto do luto
também pode estar aqui a envolver todas estas questões culturais.
06.09 Sumario:

1. Respeitar da ideia de um luto organizado por tarefas, Worden (2009).

2. O individuo em luto deve de participar ativamente nesta construção do


processo.

3. E existem quatro tarefas de adaptação que são pertinentes na maioria


dos casos, sempre relativamente a perda e à elaboração do processo de
luto - destaca se:

A. Aceitar a realidade da perda.


B. Processar o sofrimento da perda.
C. Adaptar se a um mundo sem a pessoa perdida.
D. Encontrar uma ligação duradoura com a pessoa perdida.

4. Do ponto A: a perda é irreversível e inalterável sendo assim impossível de


voltar a rever a pessoa perdida, o falar mais uma vez com ela, o dizer o que
não foi dito, o dizer de mais alguma coisa que não pode ser dita o
chamado fechar o círculo, a pessoa não disse tudo o que haveria de ter
sido dito.

5. Do ponto B: ressalva se um processamento do conjunto de vivências


anteriores e posteriores à perda, e bem sabemos o quanto custa este
processar, o conseguir integrar as emoções as cognições e significados que
inevitavelmente se vão associar ao sofrimento.

6. Do ponto C: menciona se efetivamente que, o individuo em luto procure


construir o significado da perda e refletir sobre as circunstâncias dela
recorrentes, visando assim readquirir algum grau de controle sobre a sua
vida, onde residem pelo menos duas questões essenciais, uma adaptação
externa, e depois adaptações internas principalmente no referente ao self e
ao sentido de identidade.

7. Ponto C PARTE DOIS: Alega se o ter de se adaptar a novas tarefas, e


podemos estar a falar em termos de contexto social, nas relações e depois
o redefinir de uma serie de situações que se colam com o nível ocupacional
.nunca abdicar de se perceber as adaptações espirituais, sem julgamentos,
ressalva da ética, sabemos que as adaptações espirituais tem influencia nos
nossos valores e educação, portanto a questão da autoeficácia estará
sempre presente, uma vez que é um preditor positivo face às adversidades.
Exemplo: face a desafios como este de enfrentar, mas também ter de
integrar o luto, ameaças aos nossos valores fundamentais sobre a vida, vão
mexer com a construção acerca da família e amigos, e deixara de ser uma
situação reparadora, para enegrecer ainda mais o quadro emocional e
cognitivo.

8. Do ponto D: entra nesta ideia o conceito de vínculo continuo o de manter


a pessoa presente, mas ainda assim o de se ter de adaptar a uma nova vida,
uma reconstrução de significado a despeito do familiar perdido, que,
produza uma ressignificaçao da relação de significado, um efeito em
cascata que pode levar o familiar perdido a encontrar se no plano da
espiritualidade e transferência, aquela ideia de que partiu e esta num lugar
melhor.

9. A espiritualidade é um tema que tem de ser entendido:

1. Espiritualidade em relação ao luto, não confundir e nem generalizar.


2. O Ver como uma transcendência do self, do eu. Os cuidados a ter.
3. Ter em atenção o posicionamento global do individuo.
4. Aceitar a vivência do próprio, como a mais significativa para si.
5. De que forma é que mais frequentemente as pessoas em luto presenciam o
vínculo com a pessoa que perderam.
6. Isso inclui: utilizar de objetos que pertenciam à pessoa perdida, o sentir a
presença da pessoa perdida, o conversar e ter aquele diálogo interno com a
pessoa perdida, e os seguir os valores da pessoa perdida.
7. A Falar por vezes não é só o diálogo interno, já que faz parte do processo o
de dirigir se, enquanto processo de dirigir estas emoções, pronuncia se
como uma catarse, muitas das vezes ate pela escrita o ato de escreverem
sobre o que querem da pessoa, ajuda, e é ótimo escrever, pois é uma das
formas que existem de se ventilar as sensações, o de dar aos outros uma
dimensão construtiva.
8. Outro momento essencial a respeitar é a crença de que o outro continua e
existir noutra dimensão.
9. Das tarefas conclui se que: estas podem ser revistas e adaptadas
repetidamente ao longo do tempo, é possível a elaboração de várias tarefas
em simultâneo, isto porque o luto é entendido como um processo fluido
que é influenciado por vários processos mediadores, e isso traduz a
realização de atividades que eram também realizadas pela pessoa perdida.
10. O processo é então fluido e não estanque , por isso deve se ter em atenção
às reações iniciais que nos vão entregando e constatar que se deve de dar
mais importância de como o processo terapêutico esta a decorrer, isso
ajuda nos a nos profissionais também relativo ao distanciar mo nos da
tecnocracia e do termo sessão, a fugir ao juízo critico e ao invés disso
ajudar mos a pessoa a ultrapassar as suas dificuldades.
Suma:

Ver as diferenças entre os vários autores que estudaram o luto.

1. As diferenças entre a ótica de Ross e Bowlby o segundo considera as fases o


primeiro considera os estágios.

2. ver o fenómeno do luto como objetivo, universal e transcultural na ótica de


certos autores.

3. Parkers, autor que sublinha a ideia de um luto organizado como um


conjunto de transições psicossociais.

4. Perceber as nuances entre cultura crenças e rituais versus próprias.

5. O que se pode perceber do caso, para se decretar existência de


desequilíbrio.

6. Ver prós e contras na questão do equilíbrio.

7. Falou se na questão da etnia cigana e no respeito aos seus costumes, o


exemplo do carpidar o de ir para o cemitério dar gritos e manifestações de
dor, em homenagem ao falecido.

8. Falou se numa família cigana, um caso particular em que os costumes eram


respeitados, mas dentro de casa o casal fugia da norma e dos
padrões/costumes/tradições.

9. Depois perceber bem o modelo dos quatro componentes.

10. O contexto da perda: um continuo de significados associados à perda.

11. A modificação que se complementa e integra através das estratégias de


copyng.

12. A regulação emocional que engloba o ter de processar emoções


negativas e por isso a necessidade de reforço de emoções positivas.

13. A perspetiva do antes e do depois.


14. E a ideia inerente ao modelo processo duplo - que enfatiza os fatores de
stress e as respetivas estratégias de copyng acentua se em processo
dinâmico, com oscilação entre o copyng orientado para a tarefa e o copyng
orientado para o restabelecimento de novos papeis e respetivo
desenvolvimento de uma nova identidade.

13.10

O que se vai falar nesta aula:

A. Do trabalho iremos ponderar ter um caso clínico - uma hipótese - só


entrega e sem apresentação oral.
B. Falaremos de mediadores do processo de luto - luto prolongado versus luto
apropriado.
C. Estado de depressão que é diferente de luto.
D. A forma de como cada pessoa lida com o luto, de novo a influencia dos
mediadores.
E. A relação com o falecido.
F. A natureza do vínculo.
G. Forma como o falecido morreu.
H. Antecedentes históricos sobre outras perdas.
I. Variáveis da personalidade como o exemplo do temperamento.
J. Variáveis sociais como o contexto social.
K. Acontecimentos que são stressantes e concomitantes, acontecem todos ao
mesmo tempo.
L. Depois outras situações, o da pessoa que morreu ter deixado dividas,
multas por pagar, e toda a questão de dependência que existia em vida,
com o falecido.
M. A situação particular do “Não ter tempo para”.
N. O processo Não iniciar sequer, da se a negação e a recusa.
O. A intensidade do vínculo, e a ligação emocional.
P. O dar a notícia.
Q. O Não ter acesso ao falecido não podendo assim começar o processo.
R. Os rituais fúnebres.
S. O ciclo de vida incongruente, os filhos que partem antes dos pais.
T. A deterioração do corpo da pessoa falecida.
U. A questão dos cuidadores informais.
V. Os domínios físico, psicológico, social, espiritual e existencial.

Começo:
1. Então, em relação ao luto, já demos as diferentes fases e tarefas, portanto,
isto é, sempre a dar referências outra vez desta cadeira do luto, como um
processo.
2. E agora há que entender que há aqui esta parte mais concreta, ou seja,
estamos a falar em termos intervenção.
3. E, vamos assim tentar perceber o luto caso a caso.
4. Vamos também falar aqui da referência das variáveis moderadoras que
vocês já devem ter ouvido falar noutras cadeiras.
5. Durante a licenciatura toda, vocês já ouviram falar das variáveis
mediadoras e também em métodos quantitativos e qualitativos.
6. Depois, mesmo que já tenham ouvido falar destes termos na clínica, nós
vamos ter que pegar neles de novo, porque efetivamente na clínica
também estão envolvidas estas variáveis. Pelo meio, estão variáveis que, de
algum modo, vão influenciar a forma como as pessoas pensam. E como as
pessoas vivem o luto.
7. Depois iremos então aglutinar todas as outras teorias, porque estas teorias
vão estar no fundo todas juntas para se perceberem os casos.
8. Vamos também fazer aqui algumas distinções entre o luto apropriado
versus prolongado.
9. Vamos ver então que tipo de critérios temos para definir uma coisa e
definir outra.
10. Temos de perceber também as variáveis diferenciadoras entre um Estado
de depressão e o estado de luto.
11. Por vezes é difícil de encontrarmos este diferencial e, portanto, há aqui
uns desafios que temos de ver, porque não é fácil de entender.
12. Portanto, há estas características a ter em conta.
13. É sobre esta temática, que incide o estudar, porque o luto não é algo fácil
de entender e precisa pelo meio de se entender todas estas contradições,
contrastes e até as teorias que possam definir o que é o patológico do
normal, por exemplo.
14. Em termos de objetivos, temos de adquirir competências para diagnosticar
o processo do luto.
15. Agora vamos olhar para estas 2 imagens que estão a ser apresentadas e
vamos ver o que é que isto pode suscitar a cada um de vocês.
16. Vamos tentar perceber o que é que está aqui como panóplia de fundo, o
que é que isto pode indicar?
17. O que é que estas imagens uma mais conhecida do que as outras podem
trazer de novo? O que é que é isto de ultrapassar o luto e que pode ser de
bom de transmitir para vocês em termos de perceção e de interpretação
sobre o luto e ate na intervenção.
18. Temos aqui estas imagens com o seu historial já assim de famosas. Mas
aquilo que é importante é perceber o que é que elas transmitem, o que é
que elas podem traduzir em relação ao luto em relação ao processo de
luto.
19. Tivemos também já a ver aqui nas outras semanas, as questões dos
Estádios, as questões de vários autores, e teorias e agora vamos fazer aqui
uma compilação, mas como espécie de imagens, o que é que vocês vêm e
que palavras é que elas vos suscitam?
20. Onde entra a importância das tarefas das fases, das questões envolventes,
da questão da riqueza destas situações e da tristeza e de serem vistas como
um processo dinâmico, não serem estanques, de haver aqui uma certa
continuidade.
21. Depois temos também as dimensões, este Tema é muito importante, em
todas as questões, porque são idiossincráticas. Temos muitas situações
diferentes, mas todas elas complexas e vividas de forma intensamente
diferente.
22. São muito individuais também na referência das crenças, dos preconceitos,
dos estereótipos e com a espiritualidade que também tem todos os seus
mitos e questões associadas.
23. Com uma dimensão gigante em que tem sido efetivamente sobre isto da
ressignificaçao, que nos temos debruçado nas últimas aulas. Pensando
aqui num passo à frente. Na questão da intervenção e na mediação do
luto, o que é que estas imagens podem acabar por vos sugerir ou podem
acabar por apelar? As 2 em conjunto ou até uma e outra separadas? Na
questão do processo de luto. Ideias. Partilhem.
24. Então, disseram já 3 coisas, a partida. A saudade. O peso da separação.
Digam mais.
25. Aqui parece que estão 2 imagens diferentes, uma representativa mais de
um peso e de dor a outra de leveza e de uma boa separação. Ou seja, há
aqui uma mais escura e cinzenta que imprime a tristeza e a dor outra
menos escura e mais simples de entender em que há uma aceitação, da
separação por exemplo. Isto aqui parecem 2 estádios até pelas próprias
imagens, não é?
26. Estamos perante uma mais escura outra mais clara. Portanto, aqui há uma
espécie de processo, claro que um mais próximo e mais choroso. E outro
mais leve, mais no estilo de saudade, mas não tão pesado. Ou seja, uma
questão de Memórias que transportam para uma leveza e uma resolução.
27. A professora disse nas 2 imagens, no entanto, na segunda, pode não ser.
Então aquilo que se pode constatar é que na primeira aqui, existe uma
maior proximidade da situação, certo? Professora sim, mas sem olharmos
na segunda.
28. Na segunda imagem há o contraste, vamos então especular que haja aqui
ela a libertar-se a deixar ir, não é? Vemos esse balão a ir pelo ar fora em
forma de coração. Dá a sensação de mais leveza que a pessoa se está até
sentir mais leve.
29. Na segunda a então a aceitação, talvez.
30. Na primeira há aqui uma tristeza vincada até pela própria postura da
imagem. E a criança debruçada a olhar para o fundo para a cova. A criança
olha para baixo, olha como se tivesse derrotada.
31. E depois é aquele buraco que de certeza que representa um vazio. Ficou
por preencher, não é?
32. Se olharmos para as 2 imagens, podemos fazer uma ponte entre elas.
Realmente a ideia de que há um dar e um receber nós perdemos as
pessoas, mas também ganhamos outras pessoas, não é? Perdemos uma
pessoa, mas ganhamos outras. Isso é importante aqui porque dá a
entender que há uma resolução de uma imagem para outra.
33. A presença de um processo longitudinal, onde muitas vezes ficamos até
mais fracos, no início porque perdemos uma pessoa tao querida para nós,
e ficamos mais fragilizados, mas com o tempo a passar, ganhamos em
termos de dimensão interna.
34. Porque acabamos por nos tornar mais Fortes com o passar do tempo, sim
ou não, mas na situação em que sim, então passamos para a segunda
imagem e é como o deixarmos ir a pessoa, afinal, aceitamos que aquela
pessoa partiu, mas que deixou presença na mesma.
35. E depois analisar este o meu contraste. Que é um nascer e morrer. Ou seja,
temos o início e o fim. Obviamente que sim, que faz parte do ciclo da vida.
E depois se formos ler sobre acontecimentos marcantes. Em termos de
dimensão psicológica e emocional. Com certeza vamos lá encontrar os
nascimentos e as mortes.
36. Vamos ouvir falar das perdas ou os lutos por perda de afastamento.
37. Pode não ser por morte especificamente e, portanto, são 2 acontecimentos
de vida marcantes. E, considerados, assim como fatores stressores, ou seja,
fator de stress.
38. A verdade é que podem ser vivenciados de forma mais ou menos intensa.
39. E acaba por se envolver aqui várias questões, podemos ter efetivamente a
sensação de leveza e de deixar ir de liberdade.

40. Ou, aquela questão que fui partilhando durante as aulas sobre o processo,
até por vezes relacionados com as doenças prolongadas. Onde existe quase
efetivamente uma libertação. No fundo, a pessoa está a sofrer, os
familiares estão tristes porque vêm a pessoa sofrer.

41. A certa altura, quase que estão preparados para ver a pessoa partir, porque
sabem que a pessoa não pode ficar a sofrer. Ou seja, eles não deixam de
sentir a dor de perder a pessoa, só que tem de levar com essa preparação
com eles, para que possam entender a partida.

42. E, depois a questão da dor que se prolonga no tempo e já vem connosco


algum tempo. O processo de luto até já começou um quanto antes, e ainda
aparece depois aquela sensação de que, pelo menos está ali naquele lugar
melhor, já partiu, já deixou de sofrer.
43. Cada um de nós tem as suas crenças e tem que ser respeitadas. E há
dimensões que têm de ser respeitadas pois são as nossas dimensões.

44. O mais comum é as pessoas falarem que vai estar num lugar melhor, seja
lá espiritualmente o que isso possa significar. Temos religiões, e fala-se
muito na questão do céu e da paz.

45. E de facto, é isto que é preciso nós irmos referindo e percebendo que há
um processo e há um processo que envolve vida, duração da vida e
também a duração da dor, ou seja, já em vida a dor quando as pessoas
estão doentes.

46. As que estão acamadas e tem que ser tratadas, e enfim, há uma série de
aspetos aqui a serem considerados.

47. E, portanto, é efetivamente esta a ideia de ter escolhido estas imagens, que
é, vocês entenderem que há estas diferenças que há estes processos e estes
estádios e que dentro destes já também se constatam dores sentidas de
formas diferentes e perceções que são dadas às pessoas de forma diferente.

48. E, portanto, cada pessoa irá viver o luto com a sua circunstância, com o
seu parecer, com a sua vida, com aquilo que foi sofrendo.

49. Foi vivendo e foi experimentando, que foi vendo ao longo do tempo.

50. As imagens que se juntam, sim, há de facto aqui um trajeto onde podemos
considerar essa maneira. Podemos considerar o início da perda como o da
constatação da derrota do vazio, do sentimento amargo, da tristeza
avassaladora, que parece nos invadir o ser de forma holística, de estarem
sem chão e enfim, muita coisa pode acontecer quando olhamos uma
imagem e vemos realmente que há ali imagem escura o cinzento e a dor.

51. Há ali algo que perturba aquela pessoa que é a separação. A pessoa ter
partido e nunca mais a vou ver, e depois há aqui um confronto com a dor
imediata, efetivamente.

52. Depois há aqui aquela questão de voltarmos a viver, voltarmos a ter uma
vida, voltarmos a ter uma rotina, voltarmos a dar significado às pessoas
que nos rodeiam outra vez, voltarmos a fazer tudo, para cuidar daqueles
que amamos. Como muitas vezes há pessoas que começam do zero.

53. No fundo é viver toda esta situação repetidamente e se não se sair de um


ciclo aí começa a dor, e muitas vezes isso obriga a termos que nos
reinventar.
54. Temos que encontrar soluções para podermos ir vivendo com aquela dor,
porque é uma dor que não desaparece.

55. É uma dor que vai permanecendo, que se vai desvanecendo aos poucos,
mas que não desaparece totalmente.

56. Envolve aqui a questão dos papéis e temos que ver a questão de nos
redimensionar mos.

57. E o de saber fazer isso na nossa vida, na nossa rotina, sem aquela pessoa.

58. Por outro lado, é importante também esta questão, estarmos no fundo a
falar do mesmo, esta ideia de haver desenvolvimento e a perda, mas depois
conseguirmos ver os ganhos.

59. Na proximidade do evento, isto falando um pouco metaforicamente há ali


uma fase de negação de entrar em choque.

60. O Choque inicial. Mas depois, quando começa a haver alguma reatividade
emocional alguma reação ai já vemos muito mais o copo meio vazio. Mas,
efetivamente, ao longo do tempo, já conseguimos ir ver um copo meio
cheio.

61. A mágoa é efetivamente a mesma há sempre tristeza, mas o conseguimos


ver alguma evolução em nós também nos ajuda a superar essa dificuldade
de perda, a de não estar lá, de ter desaparecido, mas ficar lá ainda alguma
coisa dentro de nós. Em todas as trajetórias em todas as perdas, portanto,
há aqui uma nuance entre ganho e perdas.

62. Ou seja, o que é que é isto dos mediadores no processo de luto?

63. O de vermos depois os papéis especiais nesta questão do luto e nesta


transferência que vamos fazendo em relação a esta situação de perdermos
alguém, mas depois utilizamos essa perca como algo de bom para nós, no
sentido de que perdemos essa pessoa, mas ela continua presente nas
nossas mentes e corações.

64. E, não querendo repetir, mas perdemos pessoas, para depois ganhar mos
outras dimensões e é isto que há a referir. O que é a perda?
65. E, temos de ver que mesmo as transições mais positivas da vida não estão
isentas de perdas: a da promoção do emprego, que envolve a perda do
emprego anterior, até a de se tornar pai ou mãe, quando uma vida com
menos responsabilidades deve ser deixada para trás. Em geral, as perdas
humanas na sociedade atual podem ser classificadas da seguinte forma:
66. Perdas devido à morte de um ente querido.
67. Diminuição da funcionalidade. Traduzida como perdas relacionadas à
saúde física e/ou mental
68. Perdas relacionadas ao posto de trabalho e, portanto, perdas relacionadas
a uma das funções que eram exercidas no dia a dia.
69. Danos causados por guerras e/ou desastres naturais.
70. Roubo de objetos preciosos.
71. Separações de casais, divórcios.
72. Então, vamos la ver O que é o luto de facto?
73. O luto é um processo inerente que envolve a transição para uma nova
etapa sem o objeto que foi perdido (neste caso, será feita referência da
perda de um ente querido). O luto gera uma série de reações biológicas,
emocionais e comportamentais que facilitam a adaptação ao ambiente e o
desenvolvimento de novos papéis na vida sem a presença da pessoa
falecida.

74. Vários autores se concentraram no estudo do luto e na sua organização


por estágios ou fases. Nesse caso, William Worden desenvolve uma série
de tarefas para pessoas que precisam passar por esse processo. Esse papel
ativo da pessoa não é contrário à ideia de que o luto é um processo
demorado.

75. As 4 tarefas do luto de William Worden

76. As tarefas do luto de William Worden vão desde aceitar a realidade da


perda até se ajustar a um ambiente sem aquilo que perdemos. Uma vez
que o luto é um processo e não um estado, as tarefas do luto envolvem um
processamento cognitivo que se prepara para enfrentar certas
circunstâncias e aceitar a experiência da perda: a adaptação a um mundo
diferente e menos desejado que o anterior.

77. Tarefas do luto: aceitar a realidade da perda

78. Quando alguém morre, mesmo de causas naturais, há uma sensação de


irrealidade. A primeira tarefa do luto seria enfrentar a morte dessa pessoa
e entender que reencontrá-la será impossível, pelo menos nesta vida.

79. Este último ponto se refere ao fato de que, após a perda, é comum que
aqueles que ficaram confundam o falecido com outras pessoas na rua, ou
até mesmo reservem um lugar a mais para ele em um evento familiar. Da
mesma forma, alguns têm dificuldade de realizar a primeira tarefa devido a
pensamentos sobre a reversibilidade da morte.

80. Tarefas do luto: elaboração do luto após a perda

81. A dor física, emocional e comportamental no processo de luto é real. Se


essa dor não for reconhecida, ela se manifestará de outras maneiras,
resultando em comportamentos anormais e problemas físicos e
psicológicos.

82. Nem todo mundo sente dor com a mesma intensidade, mas é raro perder
alguém de quem você era muito próximo e não sentir dor. A pessoa não
costuma estar preparada para o turbilhão de emoções que a abalará neste
processo.

83. Porém, manter a negação da perda, a longo prazo, impede a superação do


luto. Pessoas que conscientemente evitam a dor também não a deixam ir
embora. O aconselhamento psicológico é de vital importância nos casos
em que essa tarefa fica travada.

84. Tarefas do luto: adaptar-se ao ambiente sem a pessoa amada

85. Adaptar-se ao ambiente sem a pessoa amada envolve tarefas externas e


internas. Ou seja, adaptações sobre como aquela morte influencia a
imagem que a pessoa tem de si mesma, seus valores, crenças, etc., e
adaptações externas relacionadas às tarefas da vida diária da pessoa
falecida.

86. Com relação às adaptações internas, os ilutados devem adaptar a sua


própria identidade pessoal no processo de luto. Não significa apenas que
se considerem viúvos, pais que perderam um filho, etc. Este ponto refere
se às influências das suas crenças espirituais e sistema de valores após a
perda. A competência pessoal após a perda também é importante. Por
exemplo, responsabilidades anteriormente assumidas pela pessoa que
partiu agora precisam de ser assumidas pela pessoa que enfrenta o
processo de luto. Tarefas do luto: encontrar uma conexão com o falecido e
continuara a viver. Esta é a última das tarefas do luto propostas por
William Worden. Esse ponto descreve a necessidade de encontrar um
vínculo duradouro com o ente querido falecido, para que, ao mesmo
tempo, possam ser estabelecidos outros repertórios de comportamento
adaptados ao ambiente sem aquela pessoa. Pode haver vários vínculos com
a pessoa amada. Dentre eles, destacam-se:

 Alguma peça de roupa da pessoa amada que a torna especial.


 Uma fotografia.
 Um álbum de família com fotos.
 Um vídeo curto.

 Esta é uma das tarefas mais difíceis, pois as consequências do não


cumprimento traduzir se iam em ficar preso à época em que a pessoa
estava viva, perdendo a demanda do contexto no momento presente.
 Quando a pessoa se torna tão apegada à relação que mantinha com o ente
querido em que não permite estabelecer outras relações no momento
presente, pode-se dizer que é necessária uma intervenção psicológica.

 O luto é, essencialmente, uma necessidade por adaptação, então,


encontrar certas dificuldades em conectar se com o ambiente é normal. O
problema é quando esses processos se tornam crônicos e não permitem
que o indivíduo se desenvolva pessoalmente, levando a certos problemas
psicológicos.

87. E depois a questão do ciclo da vida pois é de facto um ciclo diversificado, e


muitas das vezes é aceitar que existe este ciclo e estarmos preparados
previamente.

88. Muitas vezes estamos outras vezes até nem estamos, mas depende de
situação para situação de contexto, para contexto.

89. O que aqui ganhamos é em termos de pessoa e em termos de dimensão


interna, em termos de papéis especiais, não é, porque somos todos
diferentes, mas também todos iguais no sentido em que todos choramos,
todos perdemos alguém e também todos sentimos de formas diferentes e
também todos fazemos o luto de forma diferente.

90. Isso é extremamente importante. Aqui pode se demonstrar a


transformação, não é? aquilo que fazemos no nosso período de perdas, e é
esta transformação que se da em termos de luto, num crescendo se tudo
correr bem e em termos de processo de luto, no estarmos mal até estarmos
mais calmos e resolvidos com aquela situação este espectro, e assim o
aceitarmos aquela situação.

91. E depois isto faz tudo parte de uma questão de evolução da evolução da
pessoa e do processo da vida não é fácil, sabemos, mas também não
podemos restringir as pessoas todas dentro da mesma questão que é, todas
sofrem da mesma forma, não. Elas sofrem de formas diferentes, mas faz
parte da evolução.

92. Cada uma destas pessoas vai ter uma evolução diferente. E, sem dúvida
nenhuma que aqui se encontra a viver sempre um processo, estamos
sempre a falar do ciclo de vida.

93. É importante o processo de vida e é importante apreender sobre o que esta


inerente a estas fases, estas diferentes fases que a luta pela resolução
envolve, e são muito importantes pois trazem momentos e diferentes
significados.

94. E, depois ver isto como a única certeza que temos. Nascemos e um dia
temos de partir. É doloroso. Muitas vezes é angustiante pensar mos que
realmente estamos perto de falecer, ou que aquele ser que tanto amamos
afinal deixou nos.

95. Mas tudo faz parte do ciclo da vida e integrar este choque é doloroso.
Portanto, tem de ser visto como um processo de vida que encaixa em
qualquer teoria ou dimensão nesta realidade, porque é isto mesmo, é o
nascer e o viver e o partir que juntos formam o ciclo.

96. Comunica nos que deixou boas ações, bons pensamentos, boas obras. Fica
aquilo que ela deixou de bom. Há aquilo que ela deixou de agradável pelas
suas boas ações. Então, em termos deste processo evolutivo, e muito
complexo que mediadores é que vão estar ou vamos encontrar?

97. E, afinal, o que é que é isto dos mediadores do processo de luto?

98. A forma como se liga um processo há experiência de perda envolve, como


já percebemos múltiplos fatores.

99. Os quais depois podem estar relacionados, quer com aspetos prévios ao
aparecimento, por exemplo, se for uma situação de doença.

100. Quer pela experiência de cuidar. Ou depois outros fatores que


necessitamos considerar.

101. Portanto, fatores mediadores, segundo Worden.

102. E não se esqueçam, que é de facto este autor que se veio a centrar
nesta temática.
103. E onde quer que possa ir ler acaba por ser sempre o mais
consensual.
104. E também mais completo, por assim dizer.
105. Fatores mediadores.
106. São eles:
107. O primeiro é a relação com o falecido.
108. A natureza do vínculo, há o vínculo emocional que relação tinha
mos que o falecido.
109. A forma como sucedeu o aconteceu a perda, a morte.
110. Antecedentes históricos sobre outras perdas.
111. Como já fui partilhando convosco nestes momentos que temos
estado juntos e nesta unidade curricular, as experiências de morte as
primeiras experiências de luto vão em muito impactar com as seguintes.
112. E, portanto, à lutos que às vezes nos chegam em estados mais
difíceis.
113. E que percebemos após algumas consultas ou conseguimos
perceber é que um dos fatores é que há um lamento reativado por grupos
de assuntos anteriores que não foram resolvidos ou que foram dificilmente
geridos e também vivenciados.
114. Também não menos importante, temos as chamadas de variáveis da
personalidade que já falámos de uma idade adulta.
115. Estão, eventualmente, também sempre presentes nas crianças e nos
adolescentes esses fatores.
116. Depois temos as variáveis sociais. O contexto social e alguns
acontecimentos stressantes. Que possam acontecer ao mesmo tempo que.
117. O luto é um fenómeno bem estudado. William Worden, especialista
no assunto, propõe um modelo de tarefas, e não de etapas, no qual a
pessoa é responsável pelo seu próprio processo e relega a um segundo
plano os efeitos derivados da passagem do tempo.
118. No fundo o que aqui falamos é que isso vai impactar com a
qualidade de vida.
119. As tarefas do luto de William Worden estabelecem uma renovação
no campo dos processos de luto. O luto foi concebido como um processo
dividido em etapas pelas quais a pessoa envolvida em algum tipo de perda
teve que passar. A conceção do luto em etapas confere aos ilutados um
papel passivo. Esse posicionamento possui importantes consequências
para o desenvolvimento de lutos mais difíceis.
120. Muitas vezes, um processo de perda está associado a um período de
luto. O fato de se referir ao luto como um processo em etapas e não em
tarefas reduz o envolvimento da pessoa, que de alguma forma entende que
os resultados do processo são, em grande parte, decorrentes da própria
passagem do tempo.
121. Diante dessa ideia, William Worden, um dos mais reconhecidos
especialistas nos processos de luto e perda, elabora uma série de etapas
pelas quais os indivíduos passam como agentes ativos do seu próprio
processo. Isso leva ao desenvolvimento de lutos saudáveis e à prevenção da
cronificação do processo de luto.
122. E depois, o que é que é isto do luto apropriado versus Complicado.
Ou Luto normal Versus Patológico.

123. Como é que o luto depois se poderá tornar complicado, o que é que
vos parece?
124. Quando esse processo nem sequer inicia. Quase como se
estacionasse ali na recusa. Exatamente na negação.

125. A questão da libertação e do vínculo, certo, mas em que é que o


vínculo pode aqui tornar o luto complicado?

126. Uma coisa poderá ser entre um pai uma mãe ou um filho outra
coisa é ser um primo. Dependerá do grau de dependência e da relação.

127. E, aqui entra mais a intensidade do vínculo, a ligação emocional, do


que propriamente a ligação familiar.

128. E, aqui não há respostas certas ou erradas estamos no construto


ideal para questões individualizadas.

129. Depois vem dai a ideia de ser tão complexo e mais dinâmico.

130. É importante perceber que se fala muito no luto e no conceito das


novas famílias, isto é, a vivência e formas de percecionar são distintas. As
famílias e as pessoas não cabem dentro de uma caixa, o conceito não é de
facto estanque. E para a mesma situação de morte de um familiar existem
milhentos olhares e sentimentos.

131. Por exemplo essa situação, disse que tinha de dizer algo sobre uma
pessoa que tinha falecido, ao seu irmão, mas que a pessoa que tinha
morrido não era de família, no entanto o melhor amigo do seu irmão para
ele era considerado como família, e isso tem a ver com elos e significados
formas de sentir e de estar no mundo diferentes, com elos sentimentais.

132. Esta expressão de, para mim esta pessoa é família, ou para mim esta
pessoa é paz e conforto é casa é lar.

133. Outra questão complicada e pertinente e não quer dizer que vá


complicar o luto prende se com o dar a notícia.

Em suma:

Mediadores de processo de luto

Luto apropriado Vs. Prolongado


Tristeza, dor Partida Aceitação

insegurança lembranças Resolução conflito interno.

Proximidade Perda Libertação, Leveza, deixar ir.

Derrota Saudade Memoria e saudade resolvida.

Vazio nostalgia Ganhos internos - robustez


emocional e intelectual.

Perdas Memorias boas e, mas Pessoa e situação resolvida.

----------------------------------------------------> Início, Desenvolvimento, evolução.

Há na interpretação um processo de desenvolvimento, em que há a perda, uma fase de


choque, mas depois começa-se a ver “o copo meio cheio “

Mediadores de processo de luto

Fatores Mediadores do Processo de Luto (Worden,2009)

1. Relação com o falecido

2. Natureza do vínculo

3. Forma como o falecido morreu

4. Antecedentes históricos sobre outras perdas

5.Variáveis da personalidade- temperamento

6. Variáveis sociais-

7.Acontecimentos stressantes concomitantes- e isso tudo que vai impactar com a pessoa

Luto apropriado VS complicado


Como é que o luto se tornar complicado?

 Não iniciar
 Negação /Recusa
 Vínculo
o Intensidade
o Ligação Emocional
o Não ter acesso ao falecido
o Ciclo de vida dos filhos
o Rituais Fúnebres, estado de deterioração

Processo de Luto

O luto é um processo complexo, multidimensional.

Luto é um processo complexo, multidimensional, que envolve o domínio físico, psicológico,


social e espiritual (Sanders, 2008).

É também um processo

profundamente existencial (Frankl,1984).

O Processo de Luto - O Luto Complicado

Luto que não se desenvolve no curso de um processo normal (Barreto, vI & Soler; 2008).

Complicações no processo de Luto que necessitam de atenção clínica especializada

(Worden,2009)

 A diferença entre Luto Adaptativo e Luto Complicado não é quantitativa ou


qualitativa- as respostas ao luto representam, sempre, um esforço adaptativo -
mas sim a sua intensidade (Barreto et al., 2008).
 O Processo de Luto Adaptativo pode, em alguns casos, evoluir para um
processo desadaptativo, quer pelo desenvolvimento de novos sintomas, quer
pelo aumento na frequência, intensidade e/ou duração dos mesmos (Barreto et
al., 2008).

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