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Teste de Avaliação Sumativa – outubro de 2022

1. Caracterizar os vários agentes responsáveis pela transmissão das


características hereditárias
Os agentes responsá veis pela transmissã o de informaçã o hereditá ria sã o os
cromossomas, ADN e genes.

Os cromossomas ou segmentos de ADN constituem o suporte dos genes


(conjunto). Sã o responsá veis pela transmissã o da informaçã o hereditá ria de
geraçã o em geraçã o.

O gene é um segmento de um cromossoma a que corresponde um có digo


distinto, uma informaçã o para produzir uma determinada proteína ou controlar
uma dada característica.

ADN-ADN (á cido desoxirribonucleico): molécula complexa formada por


subestruturas de fosfatos, bases e açú cares, cuja sequência determina toda a
informaçã o genética transmitida pelos cromossomas.

2. Esclarecer o conceito de mitose

A junçã o do espermatozoide com o ovulo origina o ovo. Esta célula vai


dividir-se em duas partes, que, por sua vez, se subdividirã o até originar o
organismo.
Este processo designa-se mitose.
Também esta na base de produçã o de novas células que substituem as que
morrem. Esta subjacente ao crescimento e desenvolvimento do individuo ao
longo da sua vida.

3. Esclarecer o conceito de cariótipo


É o nú mero e a forma dos cromossomas característicos de cada espécie. Ser
humano- 46 cromossomas.
4. Identificar os vários elementos que constituem os cromossomas e
compreender a sua função

O gene é um segmento de um cromossoma a que corresponde um có digo


distinto, uma informaçã o para produzir uma determinada proteína ou
controlar uma dada característica.

5. Esclarecer o conceito de gene

O gene é um segmento de um cromossoma a que corresponde um có digo


distinto, uma informaçã o para produzir uma determinada proteína ou
controlar uma dada característica.
6. Dizer o que são genes de desenvolvimento
Os genes de desenvolvimento codificam a forma do organismo definindo, por
exemplo, a pertença a uma dada espécie. Sã o estes genes que desenham o plano,
o padrã o do organismo. É este tipo de genes que define as dimensõ es e as formas
dos diferentes ó rgã os determinando o nú mero, a forma e a localizaçã o das
células que os formam. Sã o, por isso, designados também por “genes arquitetos”,
dado que a sua expressã o permite construir o organismo do indivíduo.

O padrã o de desenvolvimento do organismo nã o está preestabelecido. Apesar de


a natureza das células nã o mudar, podem originar um ou outro ó rgã o como
consequência de mutaçõ es, de modificaçõ es no plano de organizaçã o, de
construçã o do organismo.
7. Distinguir hereditariedade específica de hereditariedade individual
Há dois tipos de características que se transmitem geneticamente de pais para
filhos: uns comuns a toda a espécie, manifestam-se em todos os indivíduos;
outras mais originais, sã o pró prias de cada um deles.

Hereditariedade específica: transmissã o à geraçã o de características comuns a


todos os indivíduos duma espécie e que os diferencia de todas as outras espécies.

Hereditariedade individual: conjunto ú nico de características herdadas por um


indivíduo e que o distingue de todos os que integram a sua espécie.

8. Distinguir e relacionar genótipo e fenótipo

 GENÓTIPO E FENÓTIPO

É a constituição genética de um
indivíduo; é a coleção de genes
É o conjunto das características O indivíduo é resultado da
observáveis num indivíduo e que combinação dos fatores
provenientes da mãe e do pai.
resultam da interação do
Pode, ou não, exprimir-se hereditários e dos fatores
genótipo e do meio.
conforme as características do ambientais.
meio em que se desenvolve.

A ação do meio (a barriga da mãe):


 Pessoal
 Cultural
 Afetivo
Genó tipo: coleçã o/conjunto de genes que constituem o patrimó nio hereditá rio
de cada indivíduo.

Fenó tipo: (aparência) conjunto de características fisioló gicas, psicoló gicas e


comportamentais que se manifestam como resultado do genó tipo em interaçã o
com o meio ambiente.
9. Distinguir gémeos falsos (ou heterozigóticos) de gémeos verdadeiros
(ou homozigóticos) e esclarecer a sua importância para a
compreensão da influência da hereditariedade e do meio no
desenvolvimento
 Os Gémeos
 Falsos – 2 óvulos + 2 espermatozoides (seres humanos diferentes)
 Verdadeiros – desdobramento do óvulo em 2 ovos + 1
espermatozoide (seres humanos iguais)

Gémeos verdadeiros (monozigó ticos) - têm origem num ú nico ovo que se divide
em dois, originando dois embriõ es idênticos.

Gémeos falsos (dizigó ticos) – provêm de dois ó vulos fecundados por dois
espermatozoides diferentes; possuem cada um a sua pró pria identidade.

Importâ ncia: investigar a influencia do meio no comportamento e


desenvolvimento humanos

10. Caracterizar o inacabamento biológico do ser humano, ligando essa


característica ao conceito de neotenia
o PREMATURIDADE
 O ser humano é um ser prematuro (não apresenta todas as suas capacidades
desenvolvidas);
 O ser humano nasce inacabado;

o NEOTENIA
 Designa o inacabamento biológico do ser humano ao nascer, o que implica que
a infância humana seja tão longa: o processo de desenvolvimento continua
após o nascimento;
 O ser humano é neoténico pois mantém em adulto as características juvenis
(cérebro e os seus componentes);

Em conclusão, o inacabamento biológico e a sua prematuridade implicam um prolongamento


da infância e da adolescência, condição necessária para o seu processo de adaptação e de
desenvolvimento. Permite assim, uma vantagem pois vai adquirindo uma maior capacidade
para aprender e transmitir a cultura de geração em geração.
Enquanto os animais sã o precoces na manifestaçã o de características pró prias de
“adultos”, o ser humano demora muitos anos a comportar-se como tal. Ao nascer,
apresenta-se prematuro, carecendo de capacidades desenvolvidas e, mesmo
chegando a adulto, continua a manifestar traços juvenis. Enquanto neoténico, o
ser humano manifesta, um certo retardamento na evoluçã o, no desenvolvimento
do cérebro, prolongando a sua morfologia juvenil até à idade adulta.

Neotenia: atraso no desenvolvimento que determina que as características


juvenis se mantenham na idade adulta.

O ser humano é um ser prematuro, nasce inacabado. A sua imaturidade explica


por que razã o a infâ ncia humana é tã o longa: é o período de acabamento do
processo de desenvolvimento que decorreu na vida intrauterina. O cará ter
embrioná rio do bebe torna-se uma vantagem, porque o longo período de
imaturidade é essencial para a sobrevivência e adaptaçã o da espécie.

11. Distinguir programa genético aberto de programa genético fechado

Programa fechado: sequência organizada de comportamentos rígidos,


predefinidos no patrimó nio genético da espécie e apenas atualizados por
mecanismos inaptos.

Todo o saber dos animais está inscrito na sua natureza, isto é, resulta do có digo
genético pró prio de cada espécie, o qual determina a conduta a efetuar pelos
indivíduos com vista à sobrevivência e à continuidade da espécie. Os animais
fazem o que devem fazer, através de condutas devidamente ajustadas à s
situaçõ es. Carecem de originalidade no modo como reagem à s situaçõ es
ambientais. As suas condutas sã o está veis e uniformes, nã o variando de
indivíduo para indivíduo dentro de cada espécie.

Programa aberto: sequência de comportamentos a definir pelo homem na


interaçã o do patrimó nio genético com o meio ambiente e com aquilo que
aprendeu.

O homem nã o é há bil nem especialista nas suas condutas como os animais, tendo
de aprender ou de inovar eternamente, em busca de uma forma mais adequada
para realizar as atividades a que se lança. Nã o tendo nascido com capacidades
fixas e definitivas para reagir, cada ser humano dispõ e de uma margem de
liberdade que lhe possibilita comportamentos originais.
12. Saber que, nos seres humanos, o programa genético é relativamente
aberto, ao passo que, nos outros animais, é mais ou menos fechado;

13. Compreender que o inacabamento biológico do ser humano é


compensado e superado pela ampla abertura à aprendizagem e
comportamentos inovadores
 Vantagens do inacabamento biológico
O conceito de neotenia afirma que o homem é “um ser aberto ao mundo”: o seu
inacabamento bioló gico, a sua prematuridade, explica a ausência de uma
programaçã o bioló gica tã o rígida como a que existe nos outros animais. A
aprendizagem irá cumprir as tarefas que nos animais sã o destinadas pela
hereditariedade: o ser humano tem de aprender o que a hereditariedade propicia
a outras espécies.

A sua natureza bioló gica torna mais flexível o processo de adaptaçã o ao meio.
Cria a necessidade de o Homem criar a sua pró pria adaptaçã o, a cultura, que
transmite de geraçã o em geraçã o. O estatuto humano só é atingido através da
aprendizagem. O cará ter inacabado confere ao cérebro humano plasticidade,
tornando-o apto para desenvolver uma multiplicidade de aprendizagens.

Em conclusã o, inacabamento bioló gico do ser humano e a sua prematuridade


implicam um prolongamento da infâ ncia e da adolescência, condiçã o necessá ria
para o seu processo de adaptaçã o e desenvolvimento. Esta aparente falta vai
constituir uma vantagem ao permitir a possibilidade de uma maior capacidade
para aprender no contexto do seu ambiente, da sua cultura.
14. Compreender que um programa genético aberto é próprio de seres
programados para aprender, superar as suas limitações e mudar quer
o meio quer a si próprios;

15. Identificar as unidades básicas da informação nervosa: os neurónios;

Os neuró nios sã o as células do sistema nervoso especializadas para receber e


transmitir sinais eletroquímicos. As células gliais facultam os nutrientes que
alimentam, isolam e protegem os neuró nios, controlam o desenvolvimento dos
neuró nios ao longo da vida, têm um papel fundamental no desenvolvimento do
cérebro no período fetal e na maturaçã o dos neuró nios, determinam quais os
neuró nios que estã o aptos a funcionar corretamente e, por fim, asseguram a
manutençã o do ambiente químico que rodeia os neuró nios.
16. Descrever a constituição do neurónio e as respetivas funções dos seus
constituintes

Os neuró nios sã o constituídos pelo corpo celular, pelas dendrites e pelo axó nio.

O corpo celular contém o nú cleo que é o armazém de energia da célula, fabrica


proteínas sob o controlo do ADN presente no nú cleo celular e é o centro
metabó lico do neuró nio.

As dendrites sã o extensõ es do corpo celular, é graças à s dendrites que o


neuró nio apresenta uma maior superfície de receçã o e emissã o de mensagens.
Também recebem e transmitem informaçã o de e para outras células com as
quais o neuró nio estabelece contactos.
O axó nio é o prolongamento mais extenso do neuró nio, transmite as mensagens
de um neuró nio a outro ou entre um neuró nio e uma célula, prolonga-se a partir
do corpo celular e termina num conjunto de ramificaçõ es, as telodendrites ou
terminais axó nicas.
17. Distinguir os diferentes tipos de neurónios e respetivas funções
Os neuró nios aferentes ou sensoriais sã o afetados pelas alteraçõ es ambientais,
sã o ativados pelos vá rios estímulos com origem no interior ou exterior do
organismo e recolhem e conduzem as mensagens da periferia para os centros
nervosos (espinal medula e encéfalo).

Os neuró nios eferentes ou motores transmitem as mensagens dos centros


nervosos para os ó rgã os efetores, isto é, para os ó rgã os responsá veis pelas
respostas, nomeadamente os mú sculos e as glâ ndulas. Uma das suas funçõ es é
que um mú sculo se contraia.

Os neuró nios de conexã o ou interneuró nios interpretam as informaçõ es e


elaboram as respostas. A atividade desses neuró nios torna possível a capacidade
intelectual, as emoçõ es e as capacidades comportamentais.
18. Descrever o processo de transmissão da informação nervosa

É através da sinapse que as mensagens sã o transmitidas. A sinapse é uma junçã o


funcional em que ocorre a transmissã o de informaçã o entre dois neuró nios ou
entre um neuró nio e uma outra célula.

Comunicaçã o nervosa: As dendrites captam o estímulo. Os sinais sã o integrados.


Gera-se um impulso nervoso. O impulso nervoso é transmitido ao axó nio e
conduzido à s ramificaçõ es axó nicas. As ramificaçõ es dos axó nios aproximam-se
das dendrites do neuró nio vizinho transmitindo o sinal através da sinapse.
19. Saber em que consiste o sistema nervoso central
O sistema nervoso é constituído pelo sistema nervoso central, que processa e
coordena as informaçõ es, e pelo sistema nervoso periférico, que conduz a
informaçã o da periferia para os centros nervosos e as respostas destes para a
periferia. O sistema nervoso central é constituído pela espinal medula e pelo
encéfalo.
20. Compreender a importância da medula espinal

A espinal medula encontra-se no interior da coluna vertebral, é constituída por


substâ ncia branca no exterior e cinzenta no seu interior. Tem a funçã o de
coordenaçã o e de conduçã o.

A funçã o de coordenaçã o remete para a responsabilidade em coordenar a


atividade reflexa.

A funçã o de conduçã o transmite mensagens do cérebro para o resto do corpo e


vice-versa. A dor, a temperatura, etc., recebidos pelos ó rgã os recetores, sã o
transportados pelos nervos sensoriais à espinal medula, que, por sua vez, os
conduz ao cérebro que processara estas informaçõ es em á reas específicas.
Depois, a espinal medula conduz as respostas processadas pelo cérebro para o
corpo.

Importâ ncia: torna-se mais evidente quando ocorre uma lesã o provocada por um
acidente ou por uma doença- os efeitos podem ir desde uma debilidade nas
extremidades do corpo ou até a paralisia total, a perda de reflexos e da
sensibilidade.
21. Reconhecer a dupla função da espinal medula: como centro de
atividade reflexa e como condutor de e para o encéfalo;
(Funçã o do encéfalo- é constituído por um conjunto de estruturas que funcionam
de forma integrada para assegurar unidade ao comportamento humano.

22. Saber em que consiste a especialização dos hemisférios cerebrais e


relacionar lateralidade e dominância
O cérebro é dividido em dois hemisférios em que cada um é especializado em
diversas funçõ es- lateralizaçã o hemisférica. O hemisfério direito controla a
formaçã o de imagens, as relaçõ es espaciais, a perceçã o das formas, das cores, das
tonalidades afetivas e o pensamento concreto. O hemisfério esquerdo é
responsá vel pelo pensamento ló gico, pela linguagem verbal, pelo discurso, pelo
cá lculo e pela memó ria. Desta forma, apesar de os dois hemisférios terem
funçõ es especializadas, o seu funcionamento é complementar. (Nos animais os
hemisférios desempenham funçõ es semelhantes).
23. Compreender que o cérebro é uma estrutura que funciona de forma
especializada e integrada

24. Descrever as funções de cada lobo cerebral


Os lobos occipitais estã o localizados na parte inferior do cérebro, processam os
estímulos visuais e há zonas especializadas em processar a visã o da cor, do
movimento, da distâ ncia, etc. Na á rea visual primá ria recebe-se a informaçã o
visual e na á rea visual secundá ria coordena-se os dados recebidos na á rea visual
primá ria permitindo reconhecer os objetos.

Os lobos temporais estã o localizados na zona por cima das orelhas e têm como
funçã o processar os estímulos auditivos. A á rea auditiva primá ria recebe os sons
elementares e a á rea auditiva secundá ria identifica e reconhece os sons
recebidos na á rea auditiva primá ria. A á rea de Wernicke está relacionada com a
produçã o do discurso, pois permite-nos compreender o que os outros dizem.

Os lobos parietais localizam-se na parte superior do cérebro e sã o constituídos


por duas subdivisõ es. A zona anterior designa-se por có rtex somatossensorial,
tem por funçã o receber as informaçõ es que têm origem na pele e nos mú sculos. A
á rea posterior é uma á rea secundá ria que coordena e integra as informaçõ es
sensoriais recebidas na á rea anterior.

Os lobos frontais localizam-se na parte da frente do cérebro e sã o responsá veis


pelas atividades cognitivas que requerem concentraçã o, pelos comportamentos
de antecipaçã o, planificaçã o de atividades, pelo pensamento abstrato, pela
memó ria de trabalho, pelo raciocínio complexo e intervêm também na regulaçã o
das emoçõ es.
25. Explicar por que razão o córtex pré-frontal tem um papel de especial
relevo no que respeita ao comportamento humano.

As á reas pré-frontais sã o muito importantes, porque sã o responsá veis pelas


principais funçõ es intelectuais, isto é, estã o relacionadas com a memó ria,
permitindo-nos recordar o passado, planear o futuro, resolver problemas,
antecipar acontecimentos, refletir, tomar decisõ es, organizam o pensamento e
envolvem complexas relaçõ es com as emoçõ es.

Páginas do Manual: 12-50.

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