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Relatório 2 - Lab Materiais
Relatório 2 - Lab Materiais
BARREIRAS-BA
2022
1. INTRODUÇÃO
Antes mesmo de discorrer a respeito dos ensaios e seus respectivos procedimentos,
convém explanar teoricamente sobre as grandezas envolvidas no processo.
A massa específica está diretamente relacionada com a estrutura química, organização
molecular e eficiência de empacotamento que o material possui, em outras palavras, a massa
específica pode ser definida como a relação entre a massa e o volume do material, com
exceção dos poros internos, denominados vazios.
Em relação à massa unitária, a NBR 7810 define-a como massa da unidade de volume
aparente do agregado, ou seja, o volume ocupado pelos vazios não é desconsiderado. A
importância de conhecer a massa unitária e saber diferenciá-la da massa específica é algo
intrínseco para uma boa dosagem de concreto, visto que este conhecimento possibilita a
transformação de um traço em massa para volume e vice-versa.
2. OBJETIVO
Para este relatório temos como objetivo analisar os cálculos e os resultados das
densidades, volume de vazios e da massa específica dos agregados. Além disso, outro
objetivo é descrever o ensaio realizado para o cálculo de densidade e o volume de vazios de
agregados miúdos e graúdos, quando estes se encontram no estado solto e compactado. Para a
realização das atividades foi necessária consulta às normas NBR NM 45 (ABNT, 2006), NBR
NM 53 (ABNT, 2003), NBR NM 52 (ABNT, 2003) e NBR 9776 (ABNT, 1987).
3. REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo a NBR NM 52, a massa específica é a relação entre a massa do agregado
seco e seu volume, excluindo os poros permeáveis. Por outro lado, a NBR NM 45 (2006), a
massa específica é a relação entre a massa do agregado lançado no recipiente e o volume
desse recipiente.
A massa específica aparente, também chamada de massa unitária, é classificada pela
NBR NM 52 (2003) como a relação entre a massa do agregado seco e seu volume,
considerando, agora, os poros permeáveis.
Já o volume de vazios é definido pela NBR NM 45 (ABNT, 2006) como o espaço
entre os grãos de uma massa de agregados.
Em relação ao agregado saturado de superfície seca, a NBR NM 52 (2003) classifica-
os como sendo as partículas de agregado que culminaram suas possibilidades de absorver
água, e mantém a superfície seca.
4. METODOLOGIA
Para realizar este ensaio, o agregado graúdo deve estar peneirado, lavado e seco. É
retirado desse material uma amostra com uma massa mínima que é determinada de acordo
com a dimensão máxima característica do agregado, seguindo a NBR NM 53. A seguir,
deve-se submergir o agregado em água por um período de 24 horas, para que dê tempo da
água infiltrar os seus poros.
Após esse período é retirada a amostra da água e envolvida em um pano absorvente,
para enxugá-la ate que a água visível seja eliminada, ainda que a sua superfície apresente
úmida. Nessa fase é necessário evitar a evaporação da água dos poros do agregado. Com
isso, o material se apresenta no estado saturado superfície seca, o qual é pesado
imediatamente para obter a sua massa (Msss).
A amostra é novamente submergida em água para pesagem, obtendo, assim, a
massa saturada submersa (Mss). Apos isso, realiza-se a secagem da amostra em estufa por
24 horas para pesagem, determinando a massa seca da amostra (M - massa seca).
Para a determinação da massa específica, efetuamos cálculos que serão
apresentados, discutidos e analisados nos resultados deste relatório.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Assim como indicado pela norma, foi adicionado 200 cm3 ao frasco e logo após de ter
deixado o frasco em repouso, adicionou-se a massa do agregado miúdo de 509,7g.
A equação para o cálculo da massa específica, segundo a norma, é a seguinte:
M
γ=
L−200
Na qual:
γ : é a massa específica do agregado miúdo (em g/cm3);
M: é a massa do agregado miúdo pesado na balança (em g);
L: é o volume final no frasco após a adição do agregado miúdo (em cm3).
M
D=
Ms−Ma
Ms
Ds=
Ms−Ma
M
Da=
M −Ma
Em que:
D = Massa específica do agregado seco (em g/cm³);
Da = Massa específica do agregado em condição saturada superfície seca (em g/cm³);
Ds = Massa específica aparente (em g/cm³);
M = Massa da amostra seca (em g);
Ms = Massa da amostra em condição saturada superfície seca (em g);
Ma = Massa da amostra submersa em água (em g).
Ms 2353,1 3
Da= = =2,7041 g / c m
Ms−Ma 2353,1−1482,9
M 2341,9
Da= = =2,7291 g / c m3
M −Ma 2341,9−1482,9
Ms−M
A= x 100
M
Em que:
Ms−M 2353,1−2341,9
A= x 100= x 100=0,48 %
M 2341,9
Dados do Recipiente
Diâmetro 22 cm
Altura 27,5 cm
Massa 1052,2
A NBR NM 45, sugere a utilização dessa equação abaixo, para determinação da massa
unitária dos agregados:
M ar −M r
ρ=
V
Na qual:
p: é a massa unitária do agregado (em Kg/m³);
Mar: é a massa do recipiente mais o agregado (em Kg);
Mr: é a massa do recipiente vazio (em Kg);
V: é o volume interno do recipiente (em m³)
Para iniciar os cálculos somou a massa dos Agregados com a do recipiente para ser
substituído na fórmula, e obteve-se a seguinte tabela:
Massa do Agregado + Massa do Recipiente
Areia (solta) 16583,2 g
Areia (compactada) 18085,2 g
Brita (solta) 14992,2 g
Brita (compactada) 16501,2 g
Tabela 3: Massa dos agregados + massa do recipiente
Tendo as informações das tabelas acima, pode se fazer o cálculo das massas unitárias:
16,5832−1,0522 kg
ρ (areia solta)= =1550,000 3
0,01002 m
18,0852−1,0522 kg
ρ(areia compactada)= =1699,900 3
0,01002 m
14,9922−1,0522 kg
ρ(brita solta)= =1391,217 3
0,01002 m
16,5012−1,0522 kg
ρ(britacompactada )= =1541,816 3
0,01002 m
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Realizando uma análise com os resultados obtidos de massa unitária para agregados miúdos
e graúdos é notório a diferença entre o estado solto e o estado compactado do agregado, sendo a
massa unitária do composto compactado maior em relação ao seu estado solto. No agregado miúdo
a diferença se torna ainda maior, pois a compactação é maior por causa do seu tamanho. O
conhecimento da massa unitária é de extrema importância para a dosagem de concreto.
O índice de vazios se tem uma grande variação no ensaio dos agregados miúdos e graúdos,
para agregado miúdo foi de 5,7% e para agregado graúdo foi de 5,6%. Resultado esperado pelo fato
da areia ter melhor compactação do que a brita, pelo tamanho dos seus grãos e sua angulosidade.
A absorção de água pelo agregado graúdo para esse ensaio foi de 0,48% considerado baixa,
pois a secagem dos próprios grãos deveria ser feita mais rapidamente para se ter valores mais
precisos. Essa absorção se torna importante para se necessário corrigir a proporção de água no traço
do concreto. A partir dos dados obtidos no ensaio e utilizando a fórmula, obtemos que o valor da
massa específica foi de 2,641 g/cm³, o valor teórico varia de 2,5 a 2,7 g/cm³ sendo satisfatório o
valor encontrado.
7. REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 45: Agregados –
Determinação da massa unitária e do volume de vazios. 2006.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 52: Agregado miúdo -
Determinação da massa específica e massa específica aparente. 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 53: Agregado graúdo –
Determinação da massa específica, massa específica aparente e absorção de água. 2003.