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e glória de Deus
Revista de
■■K DOMINICAL Escola Bíblica Dominical
4° Trimestre de 2021 • Ano 31 • N° 121
Adultos Publicação Trimestral • ISSN 2448-184X
NOSSA CAPA:
EFÉSIOS
Homem adorando a Deus,
Uma exposição sobre as riquezas da graça, misericórdia privilégio que nosfoi
e glória de Deus concedido pela graça de Jesus,
descrita em Efésios por Paulo.
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 94
LIÇÃO
0 maravilhoso proposito da
salvação
S ASSISTA AO VÍDEO FOCO NA LIÇÃO DESTA AULA ATRAVÉS DO OR CODE ->
"Como também nos elegeu nele antes da fun Deus nos deixou essa epístola para revelar a
dação do mundo, para que fôssemos santos grandeza de Seu plano de salvação, um pro
e irrepreensíveis diante dele em caridade." jeto elaborado antes de tudo existir.
Efésios 1.4
[© OBJETIVOS DA LIÇÃO]
0 Ensinar acerca do conteú- Mostrar os benefícios da O' Explicar como nos tornamos
do da epístola aos Efésios. graça em Jesus Cristo. filhos de Deus pela adoção.
©TEXTOS DE REFERÊNCIA
EFÉSIOS 1 Cristo, o qual nos abençoou com todas as bên
1. Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade çãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo,
de Deus, aos santos que estão em Éfeso e fiéis 5. E nos predestinou para filhos de adoção por
em Cristo Jesus: Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplá
2. A vós graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, cito de sua vontade,
e do Senhor Jesus Cristo. 8. Para louvor da glória da sua graça, pela qual
3. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus nos fez agradáveis a si no Amado.
Ore agradecendo a Deus por tudo o que Ele 3. As grandiosas riquezas da graça
é e pelo benefício que nos tem dado. Conclusão
•d:- INTRODUÇÃO
A narrativa paulina da Epístola escrita aos Efésios nos revela o mara
vilhoso plano da salvação idealizado por Deus desde a fundação dos
tempos [Ef 2.8-9].
de Deus [Ef 1.8; 3.16], da misericórdia mente que Deus era a verdadeira fonte de
de Deus [Ef 2.4] e nas “insondáveis ri onde tudo se originava. Ele conhecia per-
quezas de Cristo” [Ef 3.8]. Nosso Pai feitamente o que a graça nos proporciona
celestial não é pobre; Ele é riquíssimo e como nos tornamos abençoados por meio
8 liçAo 1
ção de Sua vontade [Ef 1.5]. A adoção consequência dessa qualidade de vida
é o ato pelo qual Deus coloca os que era viver fugindo de Deus. Pela graça
nasceram de novo em uma posição de de Deus, em Cristo e através dEle, fo
filhos adultos dentro de sua família. Ele mos restaurados à filiação. Antes éra
age dessa maneira para que possamos mos apenas criaturas e não filhos [Mc
imediatamente nos apropriar de nossa 16.15; Jo 1.12], A adoção nos colocou
herança e a desfrutar nossas riquezas em uma posição privilegiada. O que
espirituais outorgadas pela graça. Um antes era medo e afastamento de Deus,
bebê não pode herdar legalmente uma com a adoção se tornou alegria, prazer
herança [G1 4.1-7]. Isso significa que e amor pelas coisas divinas.
não precisamos esperar até nos tornar
mos experientes na fé para nos apro CD EU ENSINEI QUE:
priarmos de nossas riquezas em Cristo. 0 apóstolo Paulo faz um relato das bênçãos re
■ Todos nós fomos criados para viver cebidas em Cristo Jesus. Ele apresenta os pro
em comunhão com Deus, como seus pósitos de nossa eleição em Deus, os efeitos da
filhos [Gn 1.26; At 17.28]. Porém, o pe redenção e como nos tornamos filhos de Deus.
cado roubou de nós esse privilégio, e a
© CONCLUSÃO
De acordo com o bom propósito de Sua vontade, Deus em Sua presci-
ência e adorável graça elaborou desde a eternidade uma poderosa re
denção para toda humanidade em Jesus Cristo. Ele nos resgatou e nos
adotou para nos tornar participantes das promessas em Cristo [Ef 3.6],
^ANOTAÇÕES
"Eis que Deus é a minha salvação; eu confia Desde a eternidade, Deus elaborou um pla
rei e não temerei, porque o Senhor Jeová é a no para salvação de todo aquele que crê
© OBJETIVOS DA LIÇÃO
©TEXTOS DE REFERÊNCIA
10
6Ô LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo3.16 QUINTA | 1Co 6.20
Deus amou o mundo de tal maneira. Fomos comprados por bom preço.
TERÇA | Jo 5.24 SEXTA | Ef 5.27
Jesus é o Filho de Deus. Para a apresentar a Si mesmo Igreja gloriosa.
QUARTA | Rm 8.32 SÁBADO ( Cl 1.12-14
Deus entregou Seu Filho por todos nós. Jesus Cristo: autor da nossa redenção.
15,351,430 Introdução
1. Eleitos antes da fundação dos tempos
® MOTIVO DE ORAÇÃO
2. Predestinados: uma vida de comunhão
Ore em agradecimento por tão grande 3. Os propósitos da soberana eleição
salvação. Conclusão
INTRODUÇÃO
O maior presente concedido à humanidade é a redenção. Somente um Deus
Onisciente, Onipotente e Onipresente poderia planejar e realizar a redenção
dos seres humanos.
FOCO NA aí— z- ■ ■ —
lição A salvaçao em Cristo Jesus nao trata somente
do livramento da ira vindoura, ela porta consigo bênçãos
preparadas por Deus para toda a humanidade...
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 13
Ele afirma que o Senhor nos destinou os eleitos em Cristo foram predesti
para uma dignidade mais alta do que nados para serem filhos de adoção,
a própria criação poderia nos outor conforme Seu propósito de sermos
gar. Pretendia “adotar-nos”, fazer- semelhantes a Cristo. Notemos que
-nos filhos e filhas da sua família [Jo em Romanos, e em Efésios, o apósto
1.12-13; Ef 2.19], William Barclay diz lo primeiro destaca a eleição do povo
que de acordo com a lei romana uma de Deus e a seguir o propósito, asso
pessoa adotada desfrutava na nova ciado com a predestinação - o pro
família de todos os direitos de um pósito é sermos filhos semelhantes a
filho legítimo e perdia todo direito Cristo. Para tanto, vemos que Deus
em sua família anterior. Perante a lei não apenas escolheu e predestinou,
era uma nova pessoa. Tão nova era, mas opera no Seu povo visando al
que até as dívidas e obrigações rela cançar Seu propósito - Romanos
cionadas com sua família anterior 8.28 (NAA - “Deus coordena todas
ficavam canceladas ou abolidas como as coisas de modo que cooperem pa
se jamais tivessem existido. ra o bem dos seus filhos”); Efésios
■ Estávamos longe de Deus, aquém a 1.11 (“faz todas as coisas”).
qualquer promessa, inteiramente sob o M Comentário de Romanos - Craig
poder do pecado e do mundo [Ef 2.11- S. Keener - Reflexão Editora - p.
12]. Mas, segundo o beneplácito de 193-194) discorre sobre o cuidado
sua vontade, Deus, por meio de Jesus que devemos ter para não restringir
Cristo, nos tirou deste poder para nos mos o entendimento quanto a ter
transladar ao dEle. Esta adoção apa mos como “escolher” e “predestinar”
ga e elimina o passado em tal medida [Rm 8.29-30], à luz da polarização
que somos feitos novos. Passamos da dos debates teológicos posteriores,
família do mundo e do mal à família tais como a defesa do livre-arbítrio
de Deus. Que grandioso privilégio. por um lado e a graça soberana de
Tornar-se um filho de Deus nos ga Deus por outro: “O próprio público
rantiu desfrutar do livre acesso ao Pai de Paulo pensaria em Israel como
e de todas as bênçãos da salvação nos o povo que Deus havia escolhido e
lugares celestiais. reconhecería que o argumento de
Paulo foi projetado para mostrar
2.3 Predestinados para sermos se que Deus era tão soberano que não
melhantes a Cristo. Muito impor era obrigado a escolher (com res
tante efetuarmos uma reflexão so peito à salvação) baseado na etnia
bre este assunto considerando os judaica. (...) aparentemente ele se
seguintes textos onde encontramos a refere à escolha de Deus principal
expressão “predestinados” - Efésios mente para enfatizar a iniciativa da
1.5,11 e Romanos 8.28-29. Assim, os graça de Deus ao invés das obras
textos expressam verdades preciosas: humanas [Rm 9.11].”
14 LIÇÃO 2
CV°L?ÇÃO Paulo ensina que Deus nos predestinou para
si mesmo, ou seja, para vivermos diante dEle, sermos Seu
tesouro particular.
de Seu eterno propósito em Cristo. Ele Cristo Jesus. Ele apresenta os propósitos de
não somente nos recebeu e nos recon nossa eleição em Deus, os efeitos da redenção
@CONCLUSÃO
Antes de tudo existir, inclusive nós mesmos, Deus elaborou um podero
so plano de salvação capaz de mudar a vida de todos os seres humanos
e, por Sua infinita vontade, graça e bondade, hoje temos o privilégio de
fazer parte de Sua grande família [Ef 2.19],
16 LIÇÃO 2
17 out 7 2021
LIÇAO
"Orando em todo tempo com toda a oração Pela oração nos comunicamos com Deus e
e súplica no Espírito, e vigiando nisto com cultivamos o necessário contato com Nos
toda a perseverança e súplica por todos os so Senhor, para nossa constante edificação.
© OBJETIVOS DA LIÇAO
ET Ensinar os fatores que nos ET Mostrar a importância de 0 Explicar os objetivos da
©TEXTOS DE REFERÊNCIA
15. Pelo que, ouvindo eu também a fé que entre mento o espírito de sabedoria e de revelação;
vós há no Senhor Jesus e a vossa caridade para 18. Tendo iluminados os olhos do vosso enten
com todos os santos, dimento, para que saibais qual seja a esperança
16. Não cesso de dar graças a Deus por vós, da sua vocação e quais as riquezas da glória da
lembrando-me de vós nas minhas orações, sua herança nos santos.
d:- INTRODUÇÃO
Embora tenhamos recebido de Deus a salvação pela graça, temos a obrigação
de orar em todo tempo para que sejamos fortalecidos na fé e prossigamos
vencendo as tentações e desfrutando as bênçãos da salvação [ITs 5.17],
D a orar
Por intermédio de Jesus Cristo,
seu amor. Paulo tinha sensibilidade
para separar as coisas espirituais das
Deus está formando um povo pa que eram carnais, e viu nos santos,
ra Si [At 15.14; Ef 2.14], inspiração para orar. Quan
Para tanto, a Igreja é en PONTO DE do nos ocupamos com o
viada ao mundo para PARTIDA que a graça de Deus opera
anunciar a mensagem na vida dos santos, temos
Orar é falar
de Cristo e do amor sempre muitos motivos pa
com Deus.
de Deus a todos os ho ra dar graças. A oração feita
mens. aqui vai além de devoção ou
1.1 A oração vinda de um coração ale compromisso, ela exprime a alegria de
gre. A fé e o amor que havia na vida um coração agradecido por ver um
dos santos de Éfeso foram o combus povo de bem com Deus.
tível para que Paulo intercedesse por N O apóstolo Paulo não somente
eles para que fossem ainda além [Ef fundou a igreja naquela região, ele
1.16-17], Sendo Cristo o objeto da sua também a acompanhava de perto.
18 LIÇÃO 3
Qual é o pai que não se sente feliz ao Igreja verdadeira: a fidelidade a Cristo
ouvir que seus filhos estão trilhando e o amor aos homens [Mt 22.37-40].
caminhos de sucesso? Assim como
todo bom pai, e como todo bom 1.3 0 testemunho dos santos. Esta
semeador, ele se alegrou com o de igreja destacou-se por sua fé e seu
senvolvimento e o progresso do que amor. O amor não era para essas pes
havia semeado. Essa motivação lhe soas simplesmente um lema ou um
conduziu a orar para que eles alcan rótulo. Os cristãos daquela congre
çassem altos níveis de vida espiritual gação expressaram um amor verda
[Ef 1.15-19], deiro, baseado em sua fé no Senhor
Jesus [Ef 1.15], Existe uma forma
1.2 A fé exercida pelos santos. A de lealdade a Cristo que não leva ao
igreja estava numa área estratégica. amor a nossos semelhantes, mas ao
Éfeso era uma cidade portuária que cumprimento religioso de certos há
atraía pessoas de várias culturas. A bitos e ritos que quase sempre isolam
cidade cultuava a deusa Ártemis ou o cristão dos demais. Um verdadei
Diana, a deusa da fertilidade, que era ro cristão deve amar Cristo e amar a
representada por uma figura femi seus semelhantes [IJo 4.20-21], Por
nina com muitos seios. Havia uma mais ortodoxa que seja uma igreja,
grande estátua de Ártemis, no grande por mais pura que seja sua teologia e
templo. A festa de Ártemis envolvia por mais nobre que seja sua liturgia,
orgias, libertinagem sexual e bebe ela não é uma igreja verdadeira no
deira. A vida religiosa e comercial sentido real do termo, a menos que
de Éfeso girava em torno da adora seja caracterizada pelo seu amor por
ção àquela divindade pagã. Mesmo seus semelhantes.
em meio a essa pressão idólatra, os H O verdadeiro cristão sabe que
crentes de Éfeso se mantinham ina não pode mostrar seu amor a Cristo
baláveis e fiéis ao evangelho que ha de nenhuma outra forma a não ser
viam recebido [Ef 1.15], manifestando-o a seus semelhantes.
U Quando Paulo escreveu essa epís A verdadeira Igreja é caracterizada
tola, ele estava na prisão. Quando por um duplo amor: amor a Cristo
ouviu tais notícias, ele ficou feliz e e amor ao próximo [Mt 22.37-40],
realizado. De acordo com o contexto John Stott: “O amor a Deus não
histórico dessa cidade, a fé demons somente se expressa em confiante
trada por esses cristãos era sólida e re atitude para com Ele, isenta de te
sistente. Paulo estava completo. Havia mor, mas num afetuoso interesse
chegado a seus ouvidos um relato da fé por nossos companheiros cristãos
e do amor que eles tinham para com [IJo 3.14], O perfeito amor que lan
todo o povo consagrado de Deus. Essas ça fora o medo, lança fora o ódio
são as duas coisas que caracterizam a também.”
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 19
Interceder é não orar para si, é con
[fl EU ENSINEI QUE: versar com Deus em favor de outros.
Por intermédio de Jesus Cristo, Deus está for É um dever de todos os cristãos [Rm
mando um povo para Si. Para tanto, a Igreja 15.30-33; Cl 4.2-4],
é enviada ao mundo para anunciar a mensa K O apóstolo Paulo agradece a
gem de Cristo e do amor de Deus a todos os Deus pela vida desses crentes, e in
homens. tercede por eles para que o Senhor
lhes descortine as riquezas de sua
herança na graça [Ef 1.14-18]. Ele
A disciplina da oração pede a Deus pela Igreja uma revela
Para vencer no mundo precisa ção e conhecimento mais completos.
mos de orientação divina a cada Para o cristão, o crescimento do co
passo da caminhada e a oração é nhecimento e da graça é essencial.
o meio pelo qual o Senhor e nós Importantes lições podemos extrair
interagimos para que recebamos da oração de Paulo: gratidão; pedi
essas coordenadas. A oração é do de sabedoria e revelação a fim de
a nossa respiração diária. Para que possam compreender e discer
exercê-la e sobrevivermos deve nir as bênçãos que lhes pertencem
mos ser responsáveis [Rm 12.12]. em Cristo. Tais pedidos nos fazem
2.1 A intercessão. Na maioria dos lembrar das palavras de Jesus para
casos, as circunstâncias que nos le a mulher samaritana: “Se você co
vam a orar são dificuldades, doen nhecesse o dom de Deus e quem é
ças, problemas conjugais ou crises. É que está (falando com você) ...você
triste que nossa oração tenha que ser pediria...” [Jo 4.10 - NAA], Interes
motivada por causas tão negativas. sante esta conexão: conhecimento e
Aqui temos um caso atípico, foram oração! Como se Jesus estivesse di
as coisas positivas que motivaram zendo: “Se você conhecesse, oraria”.
a oração de Paulo [Ef 1.15-16]. La
mentavelmente, em muitos casos, a 2.2 Gratidão e ações de graça. A ver
oração a Deus tem sido motivada dadeira oração intercessora não visa
pelo desejo de ter certas coisas e, somente conhecer a vontade de Deus
dessa forma, em vez de um víncu e vê-la realizada, mas vê-la se reali
lo de amizade e comunicação com zando, quer nos traga benefícios ou
Deus, torna-se uma lista de pedidos. não. Esse tipo de oração procura dar
como o apóstolo Paulo nos ensina. ção divina a cada passo da caminhada e a ora
A intercessão é uma forma de oração ção é o meio pelo qual o Senhor e nós intera
que precisamos muito exercitar em gimos para que recebamos essas coordenadas.
nossos dias.
lhores textos gregos, a palavra original serem alcançados. A finalidade era que eles re
traduzida por “entendimento” é “cora cebessem de Deus o espírito de sabedoria, es
ção”, que significa o homem interior, e pírito de revelação e que tivessem iluminados
@ CONCLUSÃO
O Senhor não somente ouve e responde as petições que fazemos em
favor de nossas necessidades, Ele também está pronto a ouvir as nossas
intercessões [Tg 5.16].
^ANOTAÇÕES
LIÇÃO
"Porque pela graça sois salvos, por meio da A salvação em Jesus Cristo nos tirou da condi
fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus." ção de mortos, nos vivificou e nos transportou
©OBJETIVOS DA LIÇÃO
©TEXTOS DE REFERENCIA
1. E vos vivificou, estando vós mortos em ofen zendo a vontade da carne e dos pensamentos;
o curso deste mundo, segundo o príncipe das 5. Estando nós ainda mortos em nossas ofen
potestades do ar, do espírito que agora opera sas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela
24
bà LEITURAS COMPLEMENTARES
26,116,296 Introdução
1. Quem nós éramos no passado
A MOTIVO DE ORAÇÃO
2. O que nos tornamos no presente
Ore a Deus agradecendo por efetuar em nos 3. O que seremos no futuro
sas vidas uma tão grande salvação. Conclusão
INTRODUÇÃO
A salvação produziu em todos os salvos um efeito muito poderoso. Ela
abrange nosso passado (quem éramos); o presente (quem somos agora); e
futuro (o que ainda iremos nos tornar).
que habilidade, Ele não somente re sado, presente e, também, futuro.
© CONCLUSÃO
Paulo explicou claramente que somos salvos pela graça e “não pelas obras,
para que ninguém se glorie” [Ef 2.9]. No entanto, a verdadeira salvação sem
pre produz frutos. Portanto, embora não sejamos salvos pelas obras, fomos
criados em Cristo Jesus para boas obras.
[> ANOTAÇÕES
30 LIÇÃO 4
Membros da família de Deus
"Assim que já não sois estrangeiros, nem 0 perfeito sacrifício de Jesus Cristo re
forasteiros, mas concidadãos dos santos e sultou em reconciliação com Deus e per
Sua família.
©OBJETIVOS DA LIÇÀO^
0 Apresentar a posição de Is- 0” Explicar como o sacrifício 0 Falar sobre como nos tor-
rael diante de Deus. de Cristo nos trouxe paz. namos a morada de Deus.
©TEXTOS DE REFERENCIA
EFÉSIOS 2 esperança e sem Deus no mundo.
11. Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro 13. Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que an
tempo, éreis gentios na carne e chamados in- tes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo
circuncisão feita pela mão dos homens; 14. Porque ele é a nossa paz, o qual de am
12. Que, naquele tempo, estáveis sem Cristo, bos os povos fez um; e, derribando a parede
5,111,370 Introdução
1. Um novo povo formado por Deus
Jç MOTIVO DE ORAÇÃO
2. A unidade do Corpo de Cristo
Ore para que sejamos um exemplo de vida 3. 0 edifício de Deus
para aqueles que nos observam. Conclusão
INTRODUÇÃO
Após sua brilhante exposição sobre a doutrina da salvação, Paulo
agora trata acerca da condição dos gentios antes de Cristo e revela
como Cristo desfez as barreiras que havia entre judeus e gentios na
quele tempo.
34 LIÇÃO 5
H Os gentios eram os de longe, os bém um ponto de encontro com o seu
judeus eram os de perto, mas ambos semelhante, quaisquer que tenham si
estavam distantes de Deus. Um por do anteriormente as divisões de raça,
que estava desprovido de tudo; o ou cor, posição social ou credo. Ele veio
tro porque pecava por desprezar seu com este propósito [Lc 2.14], para ser
propósito diante de Deus. Na verdade, o Príncipe da paz, e, de fato, foi assim
tanto gentios quanto judeus precisa que os profetas predisseram Sua vinda
vam ser iluminados. Não havia so [Is 9.6; 53.5; Mq 5.5; Ag 2.9; Zc 9.10].”
mente uma distância horizontal, havia
também uma vertical. A distância de 2.3 Éramos dois povos e nos tornamos
separação sucumbiu diante da gran um só povo. Elienai Cabral cita que a
deza do sacrifício de Cristo. Na cruz, cruz de Cristo serviu de elo de recon
judeus e gentios se reconciliaram com ciliação e também de destruição. Ela foi
Deus e se abraçaram [Ef 2.11-15]. o ímã para a reconciliação dos homens
com Deus [Rm 5.10; 2Co 5.18-20; Cl
2.2 Estávamos sem reconciliação e 1.20], e foi também o símbolo de morte
alcançamos a paz. Jesus Cristo em e destruição das inimizades existentes
seu anúncio de “boas novas” trouxe entre Deus e o homem. No templo an
a paz de Deus ao coração perturbado tigo havia uma parede que separava os
do homem. A paz que excede todo judeus dos gentios, onde um gentio era
entendimento [Fp 4.7], não a que o proibido de avançar. Agora, em Cristo,
mundo dá, mas a paz que transforma não existe mais parede, nem templo.
o homem ao se reconciliar com Deus Hoje somos todos iguais diante de
[Rm 5.1], A obra de Jesus Cristo na Deus. Pela graça, nos tornamos filhos
cruz do Calvário não apenas conce de Deus, herdeiros juntamente com
deu a paz entre Deus e nós, mas tam Cristo, povo santo de Deus e membros
bém estabeleceu a paz entre os dois de Sua grande família [Ef 2.14,19],
povos: “gentios e judeus”. Dessa ma H Comentário de R. N. Champlin
neira, e pelo Seu sangue, agora todos sobre Efésios 2.14: “Harmonia e união
os crentes são transformados em um foram conferidas “a judeus e a gentios”,
único povo, um único corpo [Ef2.15; que ficaram assim unidos dentro da
Cl 1.20-22]. “Pelo sangue de Cristo”, o comunidade superior da igreja, fican
pecado, poderoso separador, foi der do eliminadas as muitas barreiras e
rotado [Ef 2.13-15]. preconceitos inerentes ao sistema ju
■r Francis Foulkes comenta Efésios daico. Por conseguinte, em Cristo há
2.14: “Não é suficiente dizer que Cristo um só “corpo”, há união. Em contra
traz a paz. Ele é a nossa paz. À medida posição a isso, não há judeu ou gentio,
que os homens passam a estar nEle, e escravo ou livre, varão ou varoa, mas
continuam a viver nEle, encontram todos são um só em Cristo Jesus [G1
paz com Deus, e, dessa forma, tam 3.28; Jo 10.16].”
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 35
P)FOCO na
Agora em Cristo não existe mais parede,
LIÇÃO
3 O edifício de Deus
Já não somos mais estrangeiros em
da revelação divina, portadores desta
autoridade”. Importante notarmos que
terra distante. Cristo nos tornou Paulo menciona, em Efésios 3.5, que
cidadãos de Seu Reino e membros aos apóstolos e profetas a Palavra de
da família de Deus [Ef 2.19]. Paulo Deus em Cristo foi revelada de mo
compara a Igreja como um grande do único, pela ação do Espírito Santo.
edifício que cresce a cada dia, e a
cada dia é edificado. 3.2 Nossa posição no edifício de Deus.
3.1 O fundamento dos apóstolos e Para ilustrar nossa posição em Deus,
profetas. A obra de Jesus Cristo não Paulo usa a figura de um edifício. Pen
apenas reconciliou o homem com sa a Igreja como parte de um grande
Deus, mas, além de tornar os dois edifício e em cada cristão como uma
povos um, os reúne em um projeto, pedra viva no serviço da igreja [Ef
como um edifício, chamado “congre 2.21; IPe 2.5]. Paulo nos apresenta
gação dos santos” ou “congregação dos a Igreja como um edifício que cres
justos”, o que conhecemos hoje como ce dia a dia. Indicando, assim, uma
“Igreja” [Rm 5.10-11; 2Co 5.17,21]. É construção progressiva e contínua.
como uma casa santa, completamente Importante também notarmos que a
edificada na rocha, a “pedra angular”, figura do edifício aponta para o aspec
que é Cristo [IPe 2.7]. O fundamen to da coletividade, tão enfatizado nas
to dos apóstolos e dos profetas são as Escrituras e, às vezes, desprezado por
verdades reveladas pelo Espírito Santo alguns que dizem ser “igreja”, porém
acerca do plano de Deus e da pessoa não cultivam a necessária comunhão
de Jesus Cristo [Ef 2.20-21]. em uma igreja local [Ef 2.22 - notar
H Comentário de John Stott sobre a expressão - “vós juntamente”; 4.16;
Efésios 2.20: “Visto que tanto os após Hb 10.25], A Igreja, como resultado
tolos quanto os profetas eram grupos do sangue de Cristo derramado na
36 LIÇÃO s
cruz [Ef 2.13, 16], continua a crescer, próprio templo, Sua habitação através
constantemente edificada pela obra do de Seu Espírito Santo em nós. “Ou não
Espírito de Deus até “o aparecimento sabeis que o vosso corpo é o templo do
da glória do grande Deus e nosso Se Espírito Santo, que habita em vós, pro-
nhor Jesus Cristo” [Tt 2.13], venicente de Deus, e que não sois de
H Cristo, além de ser o princípio de vós mesmos?” [ 1 Co 6.19]. Tal verdade
estabilidade e direção da Igreja, tam revelada - que somos templo do Espí
bém é o começo de seu crescimento. rito Santo - deve despertar-nos para o
Todo o edifício está “crescendo” ou fato de que não devemos pensar acerca
“subindo” por causa de uma união de nós mesmos como independentes,
vital com Ele. Não há nada estático como se tivéssemos plenos direitos
nesse edifício. É uma construção viva sobre o que fazer com o nosso corpo,
formada por pedras vivas: crentes. E como muitos gostam de expressar.
como cada pedra viva faz sua própria K Esse novo templo não é uma cons
contribuição para o crescimento e a trução material, é um edifício espiri
beleza do edifício, a última é descrita tual, a família de Deus, uma comu
como “harmoniosamente ajustada”. nidade inter-racial que abrange tanto
Assim, o edifício está sempre sendo gentios quanto judeus, e tem alcance
aperfeiçoado como “um templo sagra mundial, ou seja, onde estiverem os
do no Senhor”. É santo, isto é, limpo e membros do povo de Deus, ali Deus
consagrado, por causa do sangue e do estará habitando na pessoa do Espí
Espírito de Cristo [IPe 2.5]. rito Santo. Deus não está vinculado a
edifícios sagrados, mas a pessoas san
3.3 Morada de Deus em Espírito. Nos tas, agora conhecidas como sua nova
sa posição em Deus é digna de nota. comunidade, onde Ele tanto reside
Recebemos uma salvação muito po quanto vive [ 1 Jo 4.13].
derosa em Jesus Cristo. Como gentios,
estávamos totalmente fora de qualquer IT] EU ENSINEI QUE:
promessa da parte de Deus, e de um Já não somos mais estrangeiros em terra dis
Salvador. Mas a expiação de Cristo tante. Cristo nos tornou cidadãos de Seu Reino
© CONCLUSÃO
Cristo morreu para reconciliar consigo mesmo toda a humanidade. O
resultado é que não somos mais estrangeiros, mas, sim, cidadãos do Rei
no sobre o qual o Senhor reina. Somos a família que Ele ama e o templo
em que Ele habita.
"E demonstrar a todos qual seja a dispensa- A Igreja de Cristo é a portadora da revela
ção do mistério, que desde os séculos esteve ção dos mistérios da graça divina a todos
[©OBJETIVOS DA LIÇÃO
E? Apresentar a nítida visão que EJ Explicar acerca do mistério O'Mostrar que o plano divino
©TEXTOS DE REFERENCIA
revelação como acima em pouco vos escrevi; pados e potestades nos céus,
5. O qual noutros séculos não foi manifestado 11. Segundo o eterno propósito que fez em
aos filhos dos homens, como agora tem sido Cristo Jesus, nosso Senhor,
revelado pelo Espírito aos seus santos após 12. No qual temos ousadia e acesso com con
tolos e profetas, fiança, pela nossa fé nele.
38
Gê LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Rm 16.25 QUINTA | Gl 5.2
A revelação do mistério que esteve oculto. Exortação a conservar a liberdade cristã.
d:- INTRODUÇÃO
Em Jesus Cristo, judeus e gentios se tornaram um só povo. Agora, Paulo
fala acerca do mistério que esteve oculto em Deus durante os séculos, a
igreja [Ef 3.9].
2 ção
Paulo, ministro da revela
divina
tá sendo revelado já existia, estava
guardado e oculto em Deus. No
Paulo recebe uma comissão es plano eterno o Senhor via tanto ju
pecial da parte de Deus, que de deus quanto gentios como membros
maneira clara e precisa lhe reve comuns do mesmo corpo e partici
la o mistério oculto que deveria pantes da mesma promessa. Como
compartilhar com os gentios, o frisou o pastor e teólogo Hernandes
mistério da Igreja [Ef 3.8-10]. Dias Lopes: “O mistério de Cristo
2,1. Entendendo o mistério que es é a união completa entre judeus e
teve oculto. Por três vezes nesse gentios, através da união de ambos
parágrafo Paulo faz uso da palavra com Cristo. É essa dupla união, com
“mistério” [Ef 3.3-4, 9]. Essa palavra Cristo e entre eles, a substância do
no grego não possui o mesmo sig mistério” [Ef 3.6].
dância, uma vida vitoriosa e cheia de de Deus, que, de maneira clara e precisa, lhe re
alegrias mesmo em meio às crises [Jo vela o mistério oculto que deveria compartilhar
42 LIÇÃO 6
FOCO NA
< liçAo 0 mistério era que gentios e judeus seriam
colocados na mesma base; pela fé em Cristo, eles seriam
incorporados a um novo corpo: a Igreja.
As riquezas do mistério com os judeus, cujo resultado único é
revelado a Igreja [ICo 12.13]. A Igreja é a união
A mensagem de Paulo era de boas de todos os crentes em Cristo, indepen
novas grandiosas para os gentios. dente de raça, língua ou nação. Ela é a
Consistia nas insondáveis riquezas constituição divina formando um só po
de Cristo, as riquezas que Cristo vo, uma só fé, um só Senhor [Ef 4.1-7],
possui em si mesmo e que outorga todos com os mesmos privilégios, cuja
àqueles que vêm a Ele. participação na filiação a Deus é direi
3.1. 0 mistério revelado no Novo Tes to comum a todos quantos receberem
tamento. Desde o princípio, os gentios a Cristo Jesus como Salvador [Jo 1.12].
faziam parte do plano de Deus, e Paulo
era o instrumento do Senhor para re 3.2 0 propósito pré-estabelecido por
velar à igreja em Éfeso a participação Deus. No entendimento de muitas
plena dos gentios na salvação efetua pessoas, os gentios entraram em cena
da na cruz. Sua grande preocupação porque os judeus recusaram a Jesus e
era desfazer o falso ensinamento que Seu Evangelho. Mas Paulo nos lem
havia sido disseminado por alguns bra aqui que a salvação dos gentios
judeus convertidos, como encontra (nossa própria salvação) não é uma
mos em Atos 15.1, 5 e Gálatas 5.1-4. ocorrência tardia de Deus; não é algo
Alguns judeus afirmavam que para que Deus aceitou como um bem se
poder fazer parte da herança prome cundário porque os judeus rechaça
tida a Israel, era necessário se subme ram sua mensagem e convite. Atrair
ter ao cumprimento de alguns ritos todos os homens a seu amor era parte
e cerimônias estritamente judaicas. do desígnio eterno de Deus. Tudo foi
Todavia, Deus revelou a Paulo que a elaborado por Deus antes mesmo de o
graça era suficiente e que esses ritos homem ser formado, nada aconteceu
judaicos não tinham validade alguma sem um propósito. Tudo foi criado
no Novo Pacto. Era com base nos mé para acontecer no seu devido tempo
ritos de Cristo que os gentios passaram sem margem de erros. O plano divino
a desfrutar de todas as bênçãos divinas não é desconexo, a igreja não nasceu
[ICo 12.13; Ef 2.13], acidentalmente [Ef 3.9-11],
N Elienai Cabral comenta que os gen N Em seu propósito eterno, Deus
tios são participantes das promessas de escolheu um povo para si mesmo, e
Cristo e formam um só corpo espiritual para reinar juntamente com Ele. E no
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 43
tempo certo enviou a Jesus Cristo pa a salvação, a libertação da escravidão
ra que nos reconciliasse com Ele e uns da carne, sua glória meritória na cruz
com os outros. Esse propósito eterno do Calvário. Da mesma forma que o
já tinha Jesus Cristo como a razão de mar se torna insondável por sua pro
tudo, pois tudo estava contido nEle fundidade, assim são essas riquezas.
[Ef 3.11-12]. Em obediência a esse Elas são todas nossas e estão à nossa
propósito, a Igreja segue para o seu disposição. Deus não poupou riquezas
destino eterno, onde cada crente em ao nos salvar [Ef 1.3].
Cristo, particularmente, como parte H Proclamar aos gentios as riquezas
da Igreja, tem ousadia (liberdade) em insondáveis de Cristo era apenas par
Cristo e acesso (livre entrada) ao Rei te da tarefa de Paulo. Essa missão era
no de Deus, e Cristo a única via desse mais ampla em dois aspectos: a) esta
acesso [Jo 14.6]. va relacionado não apenas aos gen
tios, mas também a todos os homens
3.3 As riquezas insondáveis de Cristo. [At 9.15]; b) estava relacionado não
Paulo já tinha feito uso da expressão apenas à proclamação do Evangelho,
“riquezas” (Ef 1.7,18; 2.7), mas, agora mas também à iluminação dos olhos
- 3.8 - ele acrescenta um adjetivo - in dos homens, para que pudessem ver
compreensíveis (gr. “anexichniaston”) como esse Evangelho, aceito pela fé,
ou insondáveis (NAA). John Stott diz operaria no coração de todos os ho
que significa, literalmente, “cuja pis mens. O Evangelho é tanto a verdade
ta não pode ser achada”, indicando da parte de Deus quanto riquezas para
tratar-se de algo que não é possível se a humanidade.
obter mediante esforços humanos. Na
versão grega de Jó 5.9 e 9.10 se refere 171 EU ENSINEI QUE:
às obras de Deus. Encontramos tam A mensagem de Paulo era de boas novas gran
bém este adjetivo em Romanos 11.33. diosas para os gentios. Consistia nas insondá
Mas, “agora tem sido revelado” (Ef 3.5) veis riquezas de Cristo, as riquezas que Cristo
e somos chamados a participar destas possui em si mesmo e que outorga àqueles que
@ CONCLUSÃO
Ao expor todo o mistério que lhe fora revelado e anunciar as riquezas in
sondáveis de Cristo, Paulo apresenta-lhes um intenso rogo para que seus
amigos não desanimassem. Que exemplo admirável e motivador [Ef 3.13],
44 LIÇÃO 6
A segunda oração intercessora
I 0 ASSISTA AO VÍDEO FOCO NA LICÃO DESTA AULA ATRAVÉS DO QR CODE ->
[ © OBJETIVOS DA LIÇÃO
ET Mostrar o modelo da ora 0" Explicar a razão pela qual 0 Ensinar acerca das dimen
ção feita por Paulo. Paulo ora pelos efésios. sões do amor de Deus.
© TEXTOS DE REFERENCIA
EFÉSIOS 3 corações, a fim de, estando arraigados e fun
te o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, 18. Poderdes perfeitamente compreender, com
15. Do qual toda a família nos céus e na terra todos os santos, qual seja a largura, e o compri
16. Para que, segundo as riquezas da sua glória, 19. E conhecer o amor de Cristo, que excede
vos conceda que sejais corroborados com poder todo o entendimento, para que sejais cheios de
d:- INTRODUÇÃO
Na primeira oração Paulo intercedeu pelos efésios, para que fossem ilu
minados pelo Espírito para uma revelação e conhecimento mais pleno de
Deus. Agora faz uma oração para que se apropriem dessas riquezas.
habilita a ficar firmes em Cristo, e a do-se a tudo que é completo, total e absoluto.
expressar a qualidade do amor que essa largura pode ser vista por todos
ansiava que florescesse, ele junta os relatos contidos nos evangelhos.
duas metáforas, uma botânica e O amor de Deus tem comprimento,
outra arquitetônica: “Arraigados e ele continua para todo o sempre, e
alicerçados”. Ele os compara a uma como tem altura, ele conduz o es
árvore bem arraigada e a uma casa pírito das pessoas para o alto até
bem edificada [SI 1.1-3; Mt 7.24]. a própria presença de Deus. Mas a
Sua oração é para que esses cristãos beleza desse amor se revela também
busquem alcançar “raízes e alicerces em sua profundidade, pois ela en
profundos”. Nos dois casos, a causa contra todos, até mesmo os que se
invisível da estabilidade é o amor. O encontram na mais terrível miséria
amor há de ser o solo em que a vida e depressão.
deles deverá ser plantada; e também ■ Em seu comentário da Epístola
há de ser o fundamento em que a aos Efésios, Elienai Cabral diz que
vida deles será edificada. as dimensões do amor de Deus são
■ Qual o significado da vida cris infinitas. Cita que a palavra “com
tã sem amor? Nenhuma. A única preender” não tem significado ab
resposta para a vinda de Cristo a soluto, exatamente porque essas
esse mundo para morrer pelos pe dimensões são infinitas. Diz que
cadores foi o amor incondicional de penetrar nessa dimensão é como
Deus [Jo 3.16]. A solidez da nossa empreender uma viagem no espaço
fé está fundamentada no amor. Ele sem fim, viajar por toda a eternida
é a base do crescimento e fortaleci de e nunca encontrar o seu limite. E
mento de nossas raízes em Cristo. A conclui: a Igreja está nessa viagem,
vida cristã não deve ser superficial e um dia aquilo que é em parte será
ou baseada em fundações quebra completo [ICo 13.10].
das [Mt 7.24-27].
3.3 0 amor de Cristo excede todo
As dimensões do infinito amor entendimento. O amor de Cristo
de Cristo. Paulo diz que, estando excede o entendimento humano
arraigados e fundamentados em porque palavras não podem defini-
amor, poderemos compreender as -lo ou explicá-lo. Porém, mesmo
poderosas dimensões desse misté sem saber como discerni-lo, ele não
rio. O amor de Deus tem largura; é um amor impossível. Através da
50 LIÇAO 7
experiência vivida, nós podemos amor ao enviar Jesus Cristo para
senti-lo de maneira multiforme. É morrer por nós e quitar de vez a nos
um amor que, na prática, pode ser sa dívida [Rm 5.8]. Um amor que é
provado no coração daqueles que capaz de dar a vida por alguém que
são salvos [2Co 5.17; Ef 3.19]. Não talvez nunca o entenda ou possa
existe ser humano algum que esteja reconhecer é realmente um amor
excluído do amor de Cristo. É um inexplicável.
amor que ultrapassa o conhecimen
to; um amor que, uma vez aceito, □3 EU ENSINEI QUE:
enche o homem com nada menos A oração se intensifica e Paulo destaca o
que a vida do próprio Deus. alicerce fundamental para que Cristo pos
© CONCLUSÃO
O segredo para se encher de toda a plenitude de Deus principia com o
amor. Firmemos nossas raízes e alicerces nesse amor que, mesmo sendo
inexplicável, pode ser alcançado [Ef 3.19],
^ANOTAÇÕES
"Assim nós, que somos muitos, somos um só A unidade do Corpo de Cristo é dom de
corpo em Cristo, mas individualmente somos Deus, que se tornou possível pela cruz de
membros uns dos outros." Romanos 12.5 Cristo e é efetivada pelo Espírito Santo.
©OBJETIVOS DA LIÇÃO
©TEXTOS DE REFERÊNCIA
1. Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que 4. Há um só corpo e um só Espírito, como tam
andeis como é digno da vocação com que fos bém fostes chamados em uma só esperança da
tes chamados, vossa vocação;
2. Com toda a humildade e mansidão, com 5. Um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
longanimidade, suportando-vos uns aos ou 6. Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre
tros em amor, todos, e por todos, e em todos.
52
Gê LEITURAS COMPLEMENTARES
5,18, 22 Introdução
1. Andando de acordo com a vocação
MOTIVO DE ORAÇÃO
2. Virtudes produzidas pelo Espírito Santo
Ore com toda igreja pela unidade do Corpo 3. As bases da unidade do Corpo de Cristo
de Cristo. Conclusão
dê INTRODUÇÃO
Na segunda parte da epístola de Efésios, Paulo expõe como cada membro tem que
ser para que a Igreja cumpra sua parte no plano e no propósito de Deus.
54 LIÇAO 8
Virtudes produzidas pelo igreja. A palavra traduzida em nos
Espírito Santo sas versões por “digno”, significa
Paulo destaca, agora, as virtudes literalmente “aquilo que equilibra”.
que são indispensáveis ao nos Ela mostra a ligação entre aquilo
so chamado. Essas virtudes são que aprendemos como ensinamento
produzidas pelo Espírito Santo e aquilo que praticamos em nosso
e devem ser cultivadas, a fim de viver diário. Ou seja, o Senhor de
que tenhamos êxito em nossa ca seja que andemos de um modo que
minhada [Ef 4.1-3]. corresponda ao que Ele tem feito
2.1 Mansidão e humildade. Nas por nós. Isso envolve um viver santo
palavras de João Crisóstomo, um e prático [Ef 4.1; Fp 1.27].
dos mais importantes patronos do
cristianismo primitivo: “ser manso 2.2 Longanimidade e paciência.
é você ter poder de vingar-se do ou Longanimidade, “de longo ânimo”,
tro e não o fazer”. Ou seja, é ter ple é a atitude de tolerar o desconforto
no controle de seus sentimentos. A sem nunca revidar. A palavra grega
mansidão é a maneira afável e gentil usada é “makrothymia” que signifi
com que tratamos os demais. Ela é ca: “aguentar com paciência pessoas
fruto do Espírito Santo, virtude que provocadoras”. É o estado de espírito
nos ajuda a agir com brandura em estendido ao máximo, fala de uma
tempos difíceis [G1 5.22], Mansidão tolerância mútua sem a qual nenhum
não é fraqueza, mas, sim, poder sob grupo de seres humanos poderá con
controle. Jesus era manso e humil viver em paz [Ef 4.2; Cl 3.12]. Paci
de, mas era poderoso [Mt 11.29]. A ência, a capacidade de suportar o
humildade pode ser definida como desconforto sem ser incomodado,
a completa ausência de orgulho. É é saber se conter, é uma atitude de
ter uma estimativa justa de si mes benevolência amorosa para com os
mo, sem orgulho ou arrogância em demais. Ser paciente é ter a capaci
relação aos irmãos. Ela estima os dade de suportar, sem contradição,
outros de igual valor e direito diante os vários inconvenientes ou testes
de Deus [Pv 18.12]. que surgem em nosso relacionamento
U* A união e a pureza são dois as com os outros. Paulo aqui se refere ao
pectos fundamentais de uma vida nosso relacionamento com os irmãos
digna do chamamento divino da da Igreja [2Pe 1.5-7; ITm 6.11].
a vida daqueles que se achegam a nós ser cultivadas, a fim de que tenhamos êxito em
é controlado por Deus, sustentado por ação das três pessoas da Santíssima Trindade.
@ CONCLUSÃO
Deus nos chamou para viver com Ele um relacionamento íntimo, onde o
Espírito Santo é o principal agente dessa unidade. Compete a nós a obedi
ência aos requisitos que “a unidade do Espírito” exige.
^ANOTAÇÕES
58 LIÇAO 8
28 Nov / 2021
LIÇÃO
9 .....M
Os dons de CrisW’para a
unidade do corpo
"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e Os dons ministeriais foram distribuídos pelo Se-
outros para profetas, e outros para evan- nhorvisando o aperfeiçoamento dos santos para
©OBJETIVOS DA LIÇAO
0" Apresentar Cristo como o 0 Ensinar como as habilidades 0 Explicar que o Corpo de
doador dos dons. dadas por Cristo funcionam. Cristo precisa crescer.
©TEXTOS DE REFERÊNCIA
o cativeiro e deu dons aos homens. 14. Para que não sejamos mais meninos in
12. Querendo o aperfeiçoamento dos santos, constantes, levados em roda por todo vento
para a obra do ministério, para edificação do de doutrina, pelo engano dos homens que,
cÇ]:- INTRODUÇÃO
As riquezas da graça contemplam os variados dons ministeriais concedidos
pelo Senhor, por intermédio do Espírito Santo, à Sua Igreja. Esses dons foram
dados para que cada membro seja aperfeiçoado, visando a edificação do corpo
até que cheguemos “à medida da estatura completa de Cristo” [Ef 4.11-13],
© CONCLUSÃO
A verdade revelada no Evangelho de Cristo, unida ao mais sublime dos sen
timentos, que é o amor, são os pilares essenciais pelos quais a Igreja, o Cor
po, pelo poder do Espírito Santo, se eleva e cresce em tudo, naquele que é a
cabeça, Jesus Cristo [Ef4.15],
\ LIÇÃO
. 10
" E vos revistais do novo homem, que segundo Nosso comportamento pode influenciar a fé
Deus é criado em verdadeira justiça e santi de nossos ouvintes, tanto de modo positivo,
©OBJETIVOS DA LIÇÃO]
O' Discorrer acerca da nova O' Ensinar acerca das coisas Ef Apresentar os cuidados
©TEXTOS DE REFERENCIA
os outros gentios, na vaidade do seu sentido, 20. Mas vós não aprendestes assim a Cristo,
18. Entenebrecidos no entendimento, separa 25. Pelo que deixai a mentira e falai a ver
dos da vida de Deus pela ignorância que há dade cada um com o seu próximo; porque
neles, pela dureza do seu coração, somos membros uns dos outros.
66
F&ô LEITURAS COMPLEMENTARES^
dé INTRODUÇÃO
A ênfase de Paulo agora é sobre a relevância da nossa conduta diante daqueles
que não são cristãos. A nova vida gerada pela habitação do Espírito Santo
deve produzir no cristão um novo comportamento.
Sempre cheio de artimanhas astutas demos nos irar, mas não devemos pecar. E não
3 vida
Neste ponto aprenderemos acerca
de alguns cuidados especiais que
das razões pelas quais não devemos
entristecê-Lo é porque fomos selados
por Ele para o dia da redenção e nos
devemos ter em nossa caminha tornamos Sua propriedade. Ele pôs em
da cristã, para que afastemos de nós não somente Sua marca, mas tam
nosso caminho atitudes e ações bém Suas características, portanto, tu
desagradáveis. do que é impróprio ao “novo homem”
3.1 Não entristecer o Espírito San entristece o Espírito Santo.
to. Com essa expressão, Paulo deseja
imprimir em nossa mente que fora 3.2, Removendo de si as manifestações
de Deus não podemos ser salvos; pecaminosas. A nova vida produzi
pois tudo aquilo que existe de bom da pelo Espírito Santo deve gerar no
em nossas vidas tem sua origem na crente novos hábitos. Todo amargor,
pessoa do Espírito Santo. É Ele que ira, cólera, gritaria, blasfêmias, e toda
transmite vida e, também, a sustenta. a malícia, devem ser tiradas de nosso
Ele faz com que ela se desenvolva e convívio. Quando essa classe de vida
chegue ao destino. Ele é, portanto, o avessa se evidencia na vida cristã, re
autor de toda a virtude cristã, de to vela que determinada pessoa ainda
do o bom fruto. Por isso, sempre que não experimentou uma conversão real.
o crente contamina sua alma, dando Se já nos despimos do velho homem,
origem a pensamentos enganosos por que ainda usar as vestes de mor
ou sugestões de vingança, ganância tos? [Rm 6.6; Ef 4.22,24-31; Cl 3.9], A
ou sujeira, ele está entristecendo o expressão “sejam tiradas dentre vós” é
Espírito Santo. Isso se torna ainda no grego um imperativo que requer
mais real, porque o Espírito habita uma ação única e decisiva para que o
no coração dos crentes, fazendo de Espírito Santo não seja entristecido.
les o seu santuário, o seu templo [Ef Ou seja, uma decisão concreta deve ser
2.22; ICo 3.16-17; 6.19], tomada para que todos esses pecados
U É preciso cuidado para não en sejam tirados de nossas vidas.
tristecermos o Espírito Santo. Afinal U Paulo nos apresenta uma série in
somos Sua habitação. Sendo assim, teira de atitudes e ações desagradáveis
qualquer ato físico que possa profanar que devem ser lançadas longe de nós.
o templo de Sua habitação, que é o nos Não é comum à nova vida um espírito
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 71
amargoso, furioso, hostil; que difama para fora, não para dentro, preocupa-
as pessoas, malicioso ou descompas -se dos pesares, lutas e problemas de
sado. Quando uma pessoa recebe a outros como dos próprios. Faz com
Cristo como seu Salvador, se espera que perdoemos a outros como Deus
ver mudanças tanto em sua forma de nos perdoou [Ef 4.32; Cl 3.12-15].
agir, quanto de falar. Como bons fi U Todo aquele que é gerado pelo
lhos, devemos permitir que o Espírito Espírito, também porta consigo Suas
Santo desenvolva Seu fruto em nossas mesmas qualidades. Benignidade, mi
vidas [G1 5.22]. sericórdia e perdão são indispensáveis
ao cultivo da vida nova em Cristo.
3. Benignos uns para com os outros. “Desta maneira e numa só sentença,
Aqui temos a cortesia cristã. Isso nos Paulo estabelece a lei de relação pes
fala de um afeto profundo e maduro. soal, que nos ensina que devemos tra
Todos nós conhecemos cristãos com tar a outros como Cristo nos tratou”
esse caráter que expressam seus sen (BARCLAY, 1984). Aprender a perdo
timentos com seus gestos e demons ar e a esquecer é um dos segredos da
trações de afeto. Misericórdia é o as vida cristã feliz [Cl 3.12-15].
pecto compassivo da pessoa gentil. Ser
benigno é ser: bondoso, útil, amoroso, 1T1 EU ENSINEI QUE:
gentil. Barclay escreve que “é a dispo Devemos ter alguns cuidados especiais em
sição mental que pensa nos interesses nossa caminhada cristã, para que afastemos de
do próximo, como faz com os seus nosso caminho atitudes e ações desagradáveis.
© CONCLUSÃO
Nosso discurso nada vale diante de um comportamento avesso. O pecador
não tem nada a ver com Deus, mas sabe perfeitamente quando também não
temos. A nova vida requer novas atitudes e comportamentos coerentes.
^ANOTAÇÕES
72 LIÇAO 10
12 DEZ / 2021
LIÇÃO
11
"E não vos embriagueis com vinho, em que Sermos cheios do Espírito Santo afeta o modo
há contenda, mas enchei-vos do Espírito." como nos comportamos em todas as áreas
Efésios 5.18 da nossa vida.
©OBJETIVOS DA LIÇÃO
0 Discorrer acerca da prática ET Ensinar sobre o propósito ET Explicar o que é uma vida
dos valores cristãos. divino para nossas vidas. cheia do Espírito Santo.
©TEXTOS DE REFERENCIA
EFÉSIOS 5 lhos da luz.
1. Sede, pois, imitadores de Deus, como fi 9. (Porque o fruto do Espírito está em toda
lhos amados; bondade, e justiça, e verdade),
2. E andai em amor, como também Cristo vos 10. Aprovando o que é agradável ao Senhor.
amou e se entregou a si mesmo por nós, em 15. Portanto, vede prudentemente como
oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. andais, não como néscios, mas como sábios,
8. Porque noutro tempo éreis trevas, mas 16. Remindo o tempo, porquanto os dias
agora sois luz no Senhor; andai como fi são maus.
•d:- INTRODUÇÃO
O capítulo 5 de Efésios traz uma continuação do estilo de conduta cristã ex
posto no capítulo 4. Aqui são relacionadas as práticas que a Palavra de Deus
reprova duramente e que todos nós também devemos condená-las, assim
como as que precisamos adotar e cultivar.
Imitando a Deus como fi nosso Pai Celestial fez por nós. Assim
verdade de Deus. Como um bom em doria, com consciência da posição que fomos
preiteiro que segue o projeto de cons colocados e buscando a cada dia conhecer o
trução, o cristão é chamado a realizar propósito para o qual o Senhor nos destinou.
um com o outro, devemos enfatizar as do Espírito Santo. Essa unidade percorre por
do em forma de louvor nosso senso de para que o crente tenha um testemunho pode
gratidão por tudo o que Ele nos conce roso neste mundo.
@ CONCLUSÃO
Recebemos de Deus uma nova vida e devemos vivê-la com sabedoria, na
plenitude do Espírito Santo, e regando-a através da Palavra de Deus e da
oração [Ef 5.18],
^ANOTAÇÕES
LIÇÃO
12
A conduta do cristão no
relacionamento familiar
S ASSISTA AO VÍDEO FOCO NA LIÇÃO DESTA AULA ATRAVÉS DO OR CODE ->
"Honra a teu pai e a tua mãe, que é o Praticar os princípios da Palavra de Deus no
[® OBJETIVOS DA LIÇÃO
©TEXTOS DE REFERENCIA
22. Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos 2. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o pri
maridos, como ao Senhor; meiro mandamento com promessa,
25. Vós, maridos, amai vossas mulheres, 3. Para que te vá bem, e vivas muito tempo
como também Cristo amou a igreja e a si sobre a terra.
mesmo se entregou por ela. 4. E vós, pais, não provoqueis à ira vossos
filhos, mas criai-os na doutrina e admoes-
80
Gê LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Gn 2.18 QUINTA Pv 22.15
A criação de uma adjutora. A importância da disciplina.
TERÇA | Dt 6.6-9 SEXTA Os 4.6
0 fim da lei é a obediência. Destruídos por falta de conhecimento.
124,150,186 Introdução
1. A submissão e a obediência a Deus
MOTIVO DE ORAÇÃO
2. Amando como Cristo amou a igreja
Ore pela unidade no seio familiar. 3.0 relacionamento entre pais e filhos
Conclusão
INTRODUÇÃO
Em Efésios 5.22-33 e 6.1-4, Paulo trata do comportamento cristão no lar, ci
tando a responsabilidade de cada componente, e destacando, respectivamen
te, os diferentes papéis exercidos conforme os princípios da Palavra de Deus.
A submissão e a obediên
D
princípios bíblicos estabelecidos
cia a Deus por Deus em Sua Palavra ainda são
A Igreja é formada por famílias, desconhecidos ou mal entendidos
ela é a grande família de Deus por muitas pessoas que contra
[Ef 2.19], E, tendo esse em o casamento. Devemos
conceito de igreja como PONTO DE compreender que as leis que
família, Paulo aproveita PARTIDA regem o casamento não são
para instruí-los sobre humanas, são divinas, por
A família é um
seus deveres nos dife que Deus é o idealizador da
presente do
rentes relacionamentos família [Gn 2.18; 21-24]. A
Senhor.
entre si. filosofia secular desconhe
A submissão como um ce totalmente ou não leva
princípio. Deus trabalha com princí em conta o propósito pelo qual Deus
pios e propósitos. Os princípios repre uniu homem e mulher. Eles ditam seu
sentam um conjunto de normas que próprios credos, leis e costumes, sem
devem ser seguidas para que se alcan se importar com os princípios divinos,
ce um determinado propósito. Alguns e, por falta de conhecimento, a socie
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 81
dade vive chafurdando no pecado e no prioritária dada àquele com quem se
engano a cada dia [Os 4.6], casa. Se for um casamento no Senhor
K O princípio da submissão está em (e não é permitido outro tipo de ca
tudo aquilo que foi criado por Deus. samento ao crente), deve-se entender,
Ele põe em destaque a autoridade de antes de se comprometer, que essa obe
Deus sobre as coisas criadas. Este prin diência que não tem nada a ver com
cípio também se aplica ao casamento, escravatura. É semelhante ao conceito
enquanto a esposa deve submeter-se que Cristo desenvolve em João 15.15.
ao marido da mesma forma que ao Essa é uma descrição muito bela da
Senhor (com espontaneidade, carinho, esposa submissa, que consagra a sua
amor e companheirismo), o marido vida a apoiar o marido dentro da mis
deve amá-la, e não somente isso, deve são dele.”
dar a sua vida por ela. Por outro lado,
a autoridade do marido não é indepen 1.3 A submissão como propósito di
dente, está sujeita à autoridade divina. vino. O Deus que criou todas as coi
E o mesmo acontece com os filhos, que sas conhece perfeitamente como elas
devem sujeitar-se à autoridade dos pais devem funcionar. Por esse motivo,
no temor do Senhor [Ef 6.1]. colocou cada coisa em seu devido lu
gar. Deus colocou a mulher ao lado
1.2. Uma submissão com consciência. do homem para ser sua companheira
A sujeição da qual Paulo se refere é e para que juntos completassem um ao
uma atitude espontânea, porque é uma outro [Gn 2.18], A razão da submissão
sujeição baseada no amor e no temor da esposa ao marido é baseada no fato
do Senhor; ela não é cega, é totalmente de que o marido é a cabeça da espo
consciente [Ef 5.22; Cl 3.18]. Esta clas sa, assim como Cristo é a cabeça da
se de sujeição encontra seu significado Igreja [Ef 5.23], Toda instituição tem
da mesma maneira que a esposa cren uma autoridade principal e, no caso
te se submete a Jesus Cristo como seu da família, o chefe é o marido, e sua
Senhor (no trato, no carinho, no com obrigação ou autoridade foi delegada
promisso e juntos na mesma missão). por Deus, e não pode ser substituída
Como é o marido que representa Deus ou eliminada por nada ou ninguém.
na frente da família, no nível humano, A sujeição da mulher ao marido tem
merece a consideração que a esposa dá um sentido espiritual, e deve ser vista
ao Senhor na área espiritual. Quando como uma bênção, nunca como sacri
marido e mulher estão sob o senho fício [Ef 5.24],
rio de Cristo, o resultado será sempre ■ Uma boa explicação disso assinala
a harmonia e a consistência [Ec 4.12]. que existem três condições para essa
■ Russell Shedd: “Como submissão submissão: o amor, a vontade e o dever.
significa colocar-se debaixo da missão O amor generoso do marido provê o
de outra pessoa, há uma importância ambiente que evoca e garante a sub
82 LIÇAO 12
missão da esposa. A boa vontade da mos falando de qualquer amor, não se
esposa é sua resposta à autoridade be trata de amor romântico ou platônico,
nigna que ele exerce sobre ela. A espo se trata de algo muito mais profundo,
sa cristã, consciente do relacionamen de muito mais peso e valor, é um amor
to que tem com Cristo como Senhor sacrificial, que sempre busca o bem
de sua vida, submete-se ao marido da esposa e se ocupa em cuidar dela e
em amor recíproco, reconhecendo-o agradá-la, em obediência à vontade de
como aquele que Deus lhe deu como Deus e seguindo o exemplo de Cristo
companheiro e protetor para que mu em relação à Sua Igreja [Ef 5.25-30].
tuamente se complementem. N Qualquer marido que tomar como
padrão o amor sacrificial de Cristo
n~l EU ENSINEI QUE: pela Igreja, amará também a sua es
Quando marido e mulher estão sob o senhorio posa de modo sacrificial [Ef 5.25]. Um
de Cristo, o resultado será sempre a harmonia grande exemplo de amor sacrificial é
e a consistência. Jacó. Ele amava tanto Raquel que se
sacrificou durante catorze anos tra
balhando para tê-la como esposa. O
Amando como Cristo amou verdadeiro amor cristão “não procura
a Igreja os seus interesses, não é egoísta” [ICo
Paulo agora se reporta aos mari 13.5], Um marido submisso a Cristo
dos cristãos, cujo padrão deter e cheio do Espírito Santo, com muito
minado a eles é extremamente bom grado fará o que for necessário
elevado. Eles devem amar suas es para que sua esposa possa servir e
posas da mesma forma que Cristo glorificar a Cristo no lar.
amou a Igreja e se entregou por
ela [Ef 5.25]. 2.2 Um amor protetor e purificador.
2.1. Um amor sacrificial. O relaciona Para ilustrar o tipo de amor que o ma
mento do marido com a esposa é des rido deve demonstrar por sua esposa,
crito aqui em um espaço muito mais o apóstolo nos apresenta as ações em
amplo, talvez precisamente por causa preendidas por Cristo como um sinal
de sua maior responsabilidade. Torna- de Seu amor pela Igreja: Ele a amou,
-se claro que, no papel da esposa, a pa se entregou, a santificou e a purificou
lavra-chave é sujeição, enquanto a do para que pudesse apresentar para Si
homem é amor. No entanto, não esta mesmo. Essas são as evidências da
Ele como marido tem com ela, e Ele ma forma que Cristo amou a Igreja e se entre
também porque essa atitude irá re peito e fazer por eles tudo que estiver
dundar em benefícios morais, físicos ao nosso alcance para lhes dar o que é
e espirituais. Devemos compreender melhor. Portanto, a honra aos pais im
que a admoestação feita por Paulo se plica respeito e consideração em amor,
dirige a todos que são filhos, mas prin que se manifesta através da obediência
cipalmente aos cristãos. A obediência e reconhecimento de sua autoridade
aos pais faz parte da lei natural que delegada de Deus. A Bíblia de Estudo
Deus escreveu em todos os corações NAA destaca que a obediência dos fi
humanos. lhos, nesse contexto bíblico, é uma das
H A obediência é um princípio que evidências de que conhecem a Deus e
deve ser ensinado, incutido na mente estão buscando agradá-Lo, resultando,
de nossos filhos para que no futuro assim, em bênçãos especiais de Deus
também seja repassado em suas novas para eles.
famílias. Esse é um princípio divino, ■ Paulo nos ensina que esse é o pri
e Deus o instituiu porque a natureza meiro mandamento com promessa.
humana é rebelde, independentemente Mas por que motivo Deus faria pro
da idade. A Bíblia ordena que os pais messas a esse mandamento? Simples
ensinem a seus filhos para que quan mente porque Deus conhece a natu
do forem mais velhos não se desviem reza humana e sujeição redunda em
dele, e tudo começa com a obediência benefícios no seio familiar. A família
e a honra aos pais. A observância des é a matriz da sociedade; quando existe
se princípio resultará em uma família um bom relacionamento entre pais e
mais sólida, vida com mais qualidade, filhos como a honra, o amor e o res
estabilidade na comunidade e uma so peito, a promessa se efetiva. Logo após
ciedade mais saudável [Ef 6.1-3], a obediência e a honra, Paulo escreve
duas coisas importantíssimas. A pri
A honra aos pais. A palavra “hon meira é “para que te vá bem”, a segun
ra”, do grego “timão” significa: valo da é “para que vivas muito tempo”. A
rizar, estimar, dar preço a. Honrar os promessa diz respeito a um presente e
pais é, acima de tudo, respeitá-los, um futuro [Ef 6.1-3].
reconhecendo sua autoridade como
dada por Deus, pela qual devemos 3.3 A responsabilidade dos pais dian
não apenas obedecê-los, mas também te dos filhos. Na época de Paulo, a lei
devemos dar-lhes nosso amor e res romana dava poder absoluto ao pai.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 85
Ele podería vender seus filhos como H A admoestação de Paulo é para
escravos, para fazê-los trabalhar em que os pais criem seus filhos na disci
seus campos acorrentados, podia até plina e na advertência do Senhor [Ef
mesmo submetê-los à pena de mor 6.4b], A advertência refere-se à instru
te. Essa exortação de Paulo traz um ção verbal, uma vez que cabe ao pai a
ingrediente importante para os re responsabilidade de instruir os filhos
lacionamentos entre pais e filhos. O no conhecimento da Palavra de Deus
que o apóstolo diz aos pais é para ter [Pv 22.6], Portanto, os pais cristãos
cuidado, não ser severo, não irritar os são obrigados a cumprir zelosamente
filhos, não levar os filhos ao extremo a instrução de seus filhos, porque é a
de ficarem zangados e cheios de raiva tarefa apropriada que Deus lhes deu,
[Ef 6.4], Isto posto, um dos problemas e nisso ninguém pode substituí-los de
mais sérios hoje em dia é o abuso físi maneira adequada ou completa.
co de pais para filhos. Um tratamento
abusivo e negligente por parte do pai fl! EU ENSINEI QUE:
confunde o filho, causa problemas Os filhos devem honrar seus pais porque, além
@CONCLUSÃO
Não existe melhor receita para a felicidade do que seguir os princípios que
a Bíblia nos ensina. Instruída pela Palavra de Deus, a família terá sempre
forças para vencer, além de paz e bem-estar.
^ANOTAÇÕES
86 LIÇÃO 12
Revestidos de toda a armadura
de Deus
"No demais, irmãos meus, fortalecei-vos Há uma batalha diária entre os filhos de
no Senhor e na força do seu poder." Deus e as hostes do mal. Precisamos estar
Efésios 6.10 conscientes e revestidos para enfrentá-la.
©OBJETIVOS DA LIÇÃO]
Discorrer acerca da bata- O' Ensinar acerca da forma de 0 Mostrar como um cristão
©TEXTOS DE REFERÊNCIA
10. No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no as potestades, contra os príncipes das trevas
Senhor e na força do seu poder. deste século, contra as hostes espirituais da
12. Porque não temos que lutar contra carne e feito tudo, ficar firmes.
INTRODUÇÃO
Paulo nos fala acerca da uma batalha espiritual e de todos os recursos disponí
veis que temos para nos revestirmos e, assim, podermos resistir e ficar firmes.
88 LIÇÃO 13
H Aceitando essa verdade ou não, Outro fator determinante na batalha
desde o dia em recebemos a Jesus é conhecer o inimigo, como age, que
Cristo como nosso Salvador, nos tor tipos de armas utiliza. Conhecendo
namos alvos das investidas de Satanás, essas coisas, poderemos não somente
mas não estamos sós e nem desampa detectá-lo, mas também combatê-lo
rados. Por esse motivo devemos nos exatamente no ponto em que a luta es
fortalecer em Deus e conhecer as ar teja realmente acontecendo: no campo
mas que nos dispôs para a batalha, que espiritual [Ef 6.12], O caminho para
não são carnais, poderosas em Deus a vitória sobre o diabo é obedecer à
para destruir as fortalezas do inimigo ordem de vestir toda a armadura de
[2Co 10.4]. Lutamos contra o mundo, Deus e resistir, conforme lemos no
a carne e o diabo, isso requer força es versículo 11.
piritual e muito esforço de nossa parte.
1.3 A luta não é contra a carne e
1.2. Revesti-vos de toda armadura. A o sangue. Devemos entender cla
Igreja de Cristo é como um quartel que ramente que não são as pessoas
recruta e treina seus soldados para a físicas que se opõem a nós (não é
batalha contra as hostes do mal. Como carne nem sangue). Toda ação que
bons soldados de Cristo precisamos outros empreendem contra nós pelo
estar bem treinados e fortes para en fato de estarmos em Cristo, a mão
frentar os ardis de nosso inimigo. Para do inimigo está presente, ainda que
esta luta contra o mundo das trevas, de forma sigilosa [Ef 6.12a], Ver
também precisamos nos vestir ade dadeiras estratégias de guerra não
quadamente, cobrindo todas as áre convencionais (Paulo as chama de
as onde o inimigo possa nos ferir [Ef astutas ciladas), que geralmente
6.11]. Isso nos indica que não se trata passam despercebidas. Por isso pre
de uma vestimenta comum, se trata cisamos estar em comunhão com o
de uma vestimenta especial fornecida Espírito e revestidos da armadura
por Deus, de uma série de elementos de Deus. O apóstolo Paulo assim
espirituais perfeitamente projetados nos ensinou em relação ao mundo
por Deus para cobrir Seu povo na lu das trevas: têm poder, são astutos e
ta diária contra os ataques do inimigo. maus. O mundo das trevas usa seu
Existe também uma razão pela qual poder para destruir e se deleita na
devemos estar revestidos: “para que falsidade e no pecado, odeiam a luz
possamos permanecer firmes contra e a verdade [Jo 3.20],
as armadilhas do diabo” [Ef 6.11b]. d Existe um mundo demoníaco ao
U Sendo a batalha espiritual, as armas nosso redor e está se manifestando
também devem ser espirituais [2Co em nosso tempo. Se tivéssemos dito
10.4]. Porém, tão importante quan isso em outros tempos, poderiamos
to ter armas é saber como utilizá-las. ser taxados como loucos e que tudo
BETEI DOMINICAL Revista do Professor 89
era fantasia. Atualmente, no entanto, continua operando e projetando su
o demonismo é um tópico popular as estratégias em uma dimensão fora
exposto abertamente na mídia. Há do mundo natural que vemos, para
pessoas que estão sendo atraídas e aplicá-las todos os dias, a qualquer
envolvidas em todos os tipos de ati momento, contra a Igreja de Jesus
vidades demoníacas. Existem forças Cristo, ou seja, contra os discípulos de
malignas agindo contra a igreja, elas Cristo, a fim de fazê-los cair e, assim,
estão trabalhando contra o crente, impedir o avanço do reino. Eles são
contra Deus e contra Cristo. Não po denominados de “principados, potes-
demos ignorar essa verdade, pois está tades, príncipes das trevas deste sécu
acontecendo e nós somos chamados lo, hostes espirituais da maldade” [Ef
a enfrentar e anunciar as verdades bí 6.12]. Observamos que cada termo
blicas [Ez 33.1 -9]. “Na batalha contra usado para descrever essa hierarquia
o mal, sê valente...” (HC 225). demoníaca é precedido pela palavra
“contra”, que implica que cada um
00 EU ENSINEI QUE: representa uma categoria ou nível de
Existe uma batalha inevitável entre aqueles autoridade diferente.
que servem a Cristo e as organizadas forças do ■ De acordo com o teólogo Elienai
mundo espiritual. Para vencer a batalha deve Cabral, essas hostes incluem várias
mos estar devidamente equipados. ordens ou classes de espíritos caídos.
O reino de Satanás é organizado em
hostes especiais. Aqui nos são apre
Conhecendo os inimigos sentadas três categorias de inimi
da batalha gos que são os escalões de Satanás:
O relato de Paulo é muito esclare “os principados e as potestades” são
cedor. Ele fala acerca da batalha, duas classes de ordens angelicais de
diz o local onde essa batalha está Satanás que designam espíritos que
sendo travada e revela quem são exercem atividades de comando so
os inimigos que devemos com bre outros demônios contra os remi
bater. dos. Os “governadores das trevas ou
2.1 A organização do exército ini dominadores mundiais das trevas”
migo. No versículo 12, temos uma são espíritos que comandam o ente-
descrição que revela a estrutura de nebrecimento espiritual (as trevas)
um reino espiritual organizado, que neste século [Ef 6.12].
Qfoco na
lição Para vencer a batalha devemos estar
devidamente equipados [Ef 6.11-12]
90 HÇAo 13
2.2 Mundo espiritual x mundo físi 2.3. Os inimigos que devemos enfren
co. Devemos ter em mente que tudo tar. O principal inimigo que devemos
o que acontece no mundo espiritu enfrentar é o diabo, mas ele não está só,
al tem influência no mundo físico, elevem com suas hostes [Ef 6.11-12].
e vice-versa. Podemos citar como Aqui vemos literalmente o paralelo da
exemplo a oração de Daniel, que batalha de dois reinos espirituais com
foi feita no mundo físico, mas re influências terrenas. Enquanto essas
percutiu no mundo espiritual [Dn hostes estão nas regiões celestiais, a
10.2-13; Ef 6.12b], Nesse capítulo Bíblia diz que Satanás “anda em derre-
Paulo revela a posição do inimigo, dor, buscando a quem possa tragar” [Jó
quem são e de onde partem seus 1.7; IPe 5.8-9], Fica claro que o ataque
ataques. Francis Foulkes comenta vem por todos os lados. Mas também
que os cristãos, estando em Cristo, devemos nos alegrar porque temos
são descritos como estando eleva um grande General que está por toda
dos acima deste mundo material, a parte, e habita pelo Espírito Santo
nos “lugares celestiais” [Ef 2.6], as dentro de cada um de nós, formando
sim também lá ocorre o seu conflito um grande exército e capacitando com
espiritual (...). armas poderosamente destrutíveis e
K Encontramos a expressão “luga insuportáveis ao inimigo [2Co 10.4],
res celestiais” ou “regiões celestiais” H Devemos ter a consciência de que
em Efésios 1.3 (bênçãos espiritu uma guerra espiritual está acontecen
ais), 1.20 (lugares celestiais - RA do e que as pessoas precisam estar
- Cristo à direita do Pai, 2.6 (as fundamentadas na Palavra de Deus.
sentados), 3.10 (regiões celestiais Há uma manifestação demoníaca que
- RA - pela igreja a multiforme é evidente no fato de que tantas pes
sabedoria de Deus seja conhecida), soas são varridas por todos os tipos de
6.12 (luta nos lugares celestiais). cultos e seitas com falsas crenças. Co
Assim, como comentou o Pr. Ese- mo resultado dessa situação confusa,
quias Soares, o sentido dessas pala a Palavra de Deus parece cair em um
vras depende do contexto onde elas nível de insignificância em alguns cír
aparecem. Contudo, seja qual for, o culos e organizações cristãs. A ordem
certo é que em todas os textos re é estar revestido de toda a armadura,
ferenciados acima a tônica é: esta só assim resistiremos às ciladas inimi
mos em Cristo, ressuscitado dentre gas [Ef 6.11].
os mortos e assentado à direita do
Pai; o plano de Deus com Sua Igre m EU ENSINEI QUE:
ja vai além deste mundo físico [Ef Paulo fala acerca da batalha, o local onde essa
3.10]; e nEle somos fortalecidos e batalha está sendo travada e quem são os ini
que surgem.
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 91
Of°L?ÇA0 ... temos um grande General que está por
toda a parte, e habita pelo Espírito Santo dentro de cada
um de nós, formando um grande exército...
pírito. Isso não apenas nos fala sobre adiante, deve estar preparado e equipado. Por
o momento, mas que às vezes nem sa isso, a ordem é estar revestido de toda a arma
@ CONCLUSÃO
Estamos em Cristo nos lugares celestiais, mas também ainda nesse mundo
[Jo 16.33], tendo, assim, que lidar com as investidas do maligno. Portanto, é
imprescindível sermos fortalecidos no Senhor e estarmos revestidos de toda a
Sua armadura para resistirmos e ficarmos firmes. Até que Ele venha!
^ANOTAÇÕES