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Capítulo Cidades+Sustentabilidade Versão 06.docx
Capítulo Cidades+Sustentabilidade Versão 06.docx
Resumo
Introdução
A cidade surge após a separação de funções em uma aldeia. Cada pessoa fica
com uma função específica. Esta transformação acontece há cerca de 5000
anos, nas planícies do Oriente Próximo (BENEVOLO, 2001). Em outras
palavras, com a produção de excedentes os produtores de alimentos propiciam
que especialistas – artesãos, mercadores, guerreiros e sacerdotes -
transformem aldeias em cidades.
Com esse aporte são estabelecidas as condições para a evolução das cidades,
que passa cada vez mais a se voltar a atender as funções que se desenvolvem
no cenário urbano e que são vitais ao ser humano, tais como: habitação,
trabalho, recreação e circulação.
Badiu et al., (2016), sustentam que o indicador quantitativo mais utilizado para
avaliar diferentes infraestruturas verdes urbanas é o espaço verde urbano (UGS,
em inglês: urban green space) per capita. Segundo os autores uma infraestrutura
verde urbana (26 m2 de UGS por habitante, em todas as cidades) é considerada
um elemento chave para melhorar a qualidade de vida e criar um quadro
apropriado para cidades sustentáveis. No entanto, em estudo de caso nas
cidades da Romênia, os autores identificaram resultados aquém do objetivo de
26 m2 de área verde por habitante em todas as cidades romenas. Concluíram
ainda, que para atingir os objetivos da sustentabilidade as características das
cidades devem ser consideradas, com o planejamento verde urbano se
concentrando mais no desenvolvimento de modelos de infraestruturas verdes
urbanas que sejam adaptados a cada tipo de área urbana.
✓ Dessalinização
De todo o exposto, com base nos estudos analisados que buscam efetivar os
critérios propostos no ODS 11, da Agenda 2030 são apresentadas formas de
tornar as cidades mais saudáveis e mais sustentáveis, além do investimento em
infraestrutura e saneamento básico para todos: 1) Reduzir e gerir os resíduos
alimentares: as pessoas nas áreas urbanas consomem até 70% da oferta
alimentar global. Prevê-se que o desperdício alimentar urbano terá aumentado
35 por cento entre 2007 e 2025. Embora as causas do desperdício alimentar
variem de uma região do mundo para outra, o planeamento alimentar geralmente
deficiente, embalagens inadequadas, armazenamento inadequado e práticas
culturais estão todos a contribuir para o problema; 2) Impulsionar espaços verdes
para obter ambientes mais saudáveis e melhores estilos de vida: à medida que
as áreas urbanas continuam a expandir, os espaços verdes estão
desaparecendo. Mais do que apenas para apelo estético, árvores e áreas verdes
são essenciais para melhorar a qualidade do ar, mitigar as temperaturas
urbanas, encorajar a atividade física e melhorar a saúde em geral. A poluição do
ar, o aumento da temperatura local e os estilos de vida sedentários podem
aumentar a probabilidade de doenças cardiovasculares e respiratórias,
obesidade e alimentar a propagação de novos agentes patogénicos; 3)
Reconectar as cidades com as zonas rurais circundantes: as cidades e as zonas
urbanas não podem existir, nem funcionar de forma isoladas das zonas rurais,
pois, são altamente dependentes das regiões rurais que as rodeiam. As cidades
dependem fortemente das zonas rurais vizinhas para a alimentação, mão-de-
obra, abastecimento de água e eliminação de resíduos alimentares. Isto ajuda a
assegurar o fornecimento de alimentos saudáveis, seguros e nutritivos, ao
mesmo tempo que promove o acesso ao mercado para os agricultores rurais e
a criação de empregos no âmbito do sistema alimentar.
Referências
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da sobrecarga e os limites da resiliência da Terra - Instituto Humanitas, Unisinos.
http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/591110-dia-da-sobrecarga-29-07-2019-e-
os-limites-da-resiliencia-da-terra
BADIU, D. L., Breuste, J., M. ARTMANN, M. R. NIȚĂ., S.R, GRĂDINARU., & C
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