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Ética de Pesquisa em Seres Humanos
Ética de Pesquisa em Seres Humanos
Universidade Rovuma
2022 1
Selemane Chale
Universidade Rovuma
2022
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Índice
Introdução..........................................................................................................................4
1.3.Código de Nuremberg.................................................................................................6
Conclusão........................................................................................................................11
Referências bibliográficas...............................................................................................12
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Introdução
O presente trabalho tem como tema Ética na pesquisa envolvendo seres Humanos e
Animais, no entanto sem dúvida que as experimentações com seres humanos e animais
é uma das questões de maior peso nas discussões atuais da bioética. De fato, podemos
dizer que a bioética é uma das áreas de maior estudo, de reflexão e de maior
crescimento no mundo nos últimos séculos. A experimentação científica com seres
humanos e animais, em nossa sociedade, é moralmente inadmissível que se utilize seres
humanos e animais como se fossem cobaias de laboratório. Mas, para que se possa
proteger ou promover a saúde da população, muitas vezes é moralmente necessário
realizar experimentos controlados com humanos e animais. É nesse dilema que se
baseia a discussão da ética em pesquisa: entre o respeito à dignidade humana e a
necessidade de experimentação imposta pelo desenvolvimento tecnocientífico, que
representa benefício para a humanidade, mas também tem sido fonte de maior
preocupação, daqueles atentos a preservação dos interesses da pessoa humana.
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
Metodologia
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1.Ética de pesquisa em Seres Humanos
A busca constante do conhecimento é uma das características do ser humano, e uma das
maneiras de atingir a meta é a observação e a experimentação. Experimentando e
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observando ou observando e experimentando o ser humano vem ampliando o
conhecimento sob vários prismas.
A partir do século XVI, quando Galileu (tido como um dos marcos iniciais da ciência)
defendeu o postulado de que a verdade dos fenômenos naturais não deveria ser aceita
simplesmente, porque os autores clássicos afirmaram ser esta a verdade, mas que a
verdade deveria ser obtida por meio da experimentação sistematizada e da observação
critica, fundou-se, segundo os historiadores, um dos alicerces do método cientifico – o
experimental. Nasciam as ciências experimentais, consideradas como berço dos demais
ramos da ciência.
1.3.Código de Nuremberg
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Muitos prisioneiros dos campos de Buchwald foram inoculados com febre
tifoide, com o objetivo de estudar a eficiência de diversas vacinas.
Experimentações abusivas ocorreram em campos de concentração ou de
asilados nos países aliados. Gestantes de origem japonesa, confinadas nos EUA,
por sua vez, foram submetidas a diferentes radiações, a fim de se estudar efeitos
sobre o feto (SEGRE, 2006).
No período de 1945 a 1947 foram também realizadas, nos EUA, pesquisas dentro do
projeto Manhattan com injeções de plutônio, para a analise dos efeitos sobre o ser
humano, conforme relato publicado em 1999. Entretanto, experimentos abusivos
praticados nos campos de concentração nazistas suscitaram maior atenção por sua
gravidade. Os médicos que os praticaram levados a julgamento no Tribunal de
Nuremberg, constituído para julgarem crimes de guerra denominados “crimes contra a
humanidade”.
Ao se buscar evidências sobre o uso de animais pelo Homem, percebe-se uma relação
antiga. Os animais têm sido usados como fonte de alimentos, de esporte, de lazer, na
religião e no transporte, visando ao conforto humano. Entretanto, as preocupações com
o bem-estar animal foram negligenciadas por muitos anos. No século XIII, por exemplo,
São Tomás de Aquino afirmava que os animais não possuíam alma e, portanto, de-
veriam receber o mesmo tratamento que objetos inanimados.
Para esse fim, Russel e Burch4, em 1959, propuseram uma filosofia denominada
“Princípio dos três R: replacement, reduction e refinement”. Segundo a mesma,
replacement significa trocar animais de desenvolvimento superior por formas de vida
mais primitivas; reduction sugere a maior redução possível do número de animais a
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serem utilizados em um experimento e refinement indica a redução do sofrimento dos
animais, visando ao maior conforto dos mesmos durante a execução do experimento.
A ciência biomédica está repleta de métodos que começaram a ser testados em animais.
Pode-se dizer que o uso de animais na ciência e no meio acadêmico se divide em três
áreas: ensino, pesquisa, e teste de produtos. Dentre essas práticas, está a vivisseção,
comum em faculdades biomédicas.
O uso frequente dos modelos animais em pesquisas biomédicas reflete sua validade
prática, isto é, sua capacidade de sugerir conclusões válidas com base nas informações
deles derivadas. Entretanto, conforme dito anteriormente, alguns argumentos
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consideram esta prática cientificamente pouco informativa e, de certa forma, imoral.
Alguns argumentos justificam essa ideia.
Acredita-se que a crescente legislação no Reino Unido tem melhorado a qualidade dos
projetos de pesquisa, e isso se deve principalmente à melhora da abordagem ética que a
melhoras na metodologia científica em si. Quando os cientistas são obrigados a refletir
sobre as práticas existentes e enfrentar implicações éticas de seu trabalho, ao mesmo
tempo são forçados a confrontar suposições com a necessidade de se buscar soluções
reais em um mundo de interesses conflitantes.
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nejadas, em conjunto com uma análise estatística adequada, permitem aos
investigadores aumentar a robustez e a validade de seus resultados experimentais, pois
maximizam o conhecimento adquirido enquanto que minimizam o número de animais
utilizados.
Apesar disso, apenas uma pequena parcela dos pesquisadores que foram
atingidos negativamente por tais protestos mudou sua direção. Pesquisas têm
mostrado que a reflexão pessoal sobre questões éticas tende a ser mais eficaz
que o ativismo em si na mudança de comportamento dos pesquisadores
(Siegford, 2010, p. 73-74).
Dentre outras atitudes, a comunicação com o público deveria ser aprimorada através de
programas de extensão que envolvam a população e expliquem a importância do
desenvolvimento das pesquisas. Além da conduta humana preconizada pelos três “R” e
o adequado tratamento dos animais, deve-se seguir, sem fanatismo, o que é direito dos
animais como seres vivos. Isso é o que deveríamos esperar das leis de regulamentação
da pesquisa animal, assim como da formação dos pesquisadores.
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Conclusão
Chegando a conclusão do trabalho, ao longo do mesmo, que se criou toda uma teoria a
respeito do processo de experimentação com seres humanos e animais, e com isso terá
que sempre ter o esclarecimento e consentimento, bem como da sua assinatura em um
documento escrito, com a finalidade de se resguardar a dignidade do ser humano,
enquanto sujeito da pesquisa, mediante o respeito à sua autonomia, mas que, na prática,
aquilo que é pregado pela teoria acaba não sendo seguido, evidenciando, portanto, uma
distância entre o mundo do "dever ser" e do "ser". Essa dissociação, em grande parte,
deve-se à falta de plena ciência, por parte dos agentes que lidam com a pesquisa, quanto
aos riscos a ela pode causar e o seu caráter invasivo, os quais por o sujeito da pesquisa e
a sociedade, ensejam a necessidade de proteção dos mesmos, a qual só se perfaz
mediante condutas estribadas na Ética. Parece faltar, portanto, um pouco de reflexão, de
cuidado, de bom senso, daqueles que intervêm nas pesquisas.
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Referências bibliográficas
Bottini AA, Hartung T. Food for Thought on the Economics of Animal Testing. ALTEX
2009;.
Croney CC, Anthony R. Engaging science in a climate of values: tools for animal
scientists tasked with addressing ethical problems. J Anim Sci 2010.
Freitas CBD, Hossne WS. Pesquisa em seres humanos. In: Campana AO, Padovani CR,
Iaria CT, Freitas CBD, Paiva SAR, Hossne WS. Investigação científica na área médica.
1ed. São Paulo: Manole;
Purchase IFH, Nedeva M. The impact of the introduction of the ethical review process
for research using animals in the UK: implementation of policy. Lab Anim 2002.
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