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Teste de Filosofia
Teste de Filosofia
Se eu sei que Paris é a capital de França, então acredito nessa proposição. Não é
possível saber que Paris é a capital de França e ao mesmo tempo não acreditar
nisso, ou, inversamente, não é possível não acreditar ou duvidar de que Paris
seja a capital de França e ao mesmo tempo saber que Paris é a capital de
França. Imagine que o Paulo lhe diz: “Sei que 72 = 49 mas duvido disso”. Como
reagiria? Decerto pensando que o Paulo se contradiz por não perceber que
“saber que” já implica “acredito em”.
Assim, este aspeto subjetivo, a crença, é uma condição necessária para que
haja conhecimento. Na verdade, é largamente aceite entre os filósofos desta
área que o conhecimento é uma forma de crença, embora não baste acreditar
numa proposição para ter conhecimento
Argumentos:
- Os sentidos enganam sempre;
- Há pessoas que se enganam a raciocinar até na geometria;
- Rejeitou como falsas todas as razões que até então considera aceitáveis;
- Não conseguir distinguir (com clareza e distinção) o sonho dos pensamentos
acordados;
- Mas...para supor que tudo era falso, ou seja, para duvidar...tinha de estar a pensar
e ser alguma coisa;
- Chega a uma certeza/uma verdade inabalável - o cogito: PENSO, LOGO EXISTO!
- O cogito é o primeiro princípio da filosofia cartesiana.
B. “Assim, dado que temos em nós a ideia de Deus ou do ser supremo, com razão
podemos examinar a causa por que a temos; e encontraremos nela tanta
imensidade que por isso nos certificamos absolutamente de que ela só pode ter
sido posta em nós por um ser em que exista efectivamente a plenitude de todas
as perfeições, ou seja, por um Deus realmente existente. Com efeito, pela luz
natural é evidente não só que do nada nada se faz, mas também que não se
produz o que é mais perfeito pelo que é menos perfeito, como causa eficiente e
total; e, ainda, que não pode haver em nós a ideia ou imagem de alguma coisa
da qual não exista algures, seja em nós, seja fora de nós, algum arquétipo que
contenha a coisa e todas as suas perfeições. E porque de modo nenhum
encontramos em nós aquelas supremas perfeições cuja ideia possuímos, disso
concluímos correctamente que elas existem, ou certamente existiram alguma
vez, em algum ser diferente de nós, a saber, em Deus; do que se segue com
total evidência que elas ainda existem.”
Argumentos:
- Possuímos a ideia de Deus com tal imensidão que esta só pode ter sido posta em
nós por um ser plena e efectivamente existente;
- A ideia de Deus não brotou do nada;
- A ideia de Deus não pode ter sido criada por mim que sou imperfeito: a
imperfeição não gera a perfeição;
- não pode haver em nós a ideia de algo(neste caso de Deus) sem existir em nós ou
no exterior um modelo que contenha essa realidade e todas as suas perfeições;
- Nós que somos seres imperfeitos, que temos a ideia de perfeição...temos de
concluir que essa perfeição existe num ser diferente de nós - Deus.
- Se duvidamos somos seres imperfeitos pois é mais perfeição ter conhecimento do
que duvidar, logo não fomos nós que criamos a ideia de perfeição, mas sim um
ser perfeito que é Deus.
- Se eu penso em Deus ele existe pois se não existisse faltar-lhe-ía uma perfeição,
ou seja, a sua existência.