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Exmo.

Senhor Presidente da
Autoridade Nacional de Segurança
Rodoviária

Auto Nº 935138633

EA nº 220130551

Arguido: Alberto Manuel Ferreira da Silva Martins

ALBERTO MANUEL FERREIRA DA SILVA MARTINS, portador do CC nº


073760196 ZZ7, residente na Rua Arlindo Vieira de Sá, nº 315 – 3º Dto,
4510-499, Fânzeres, Gondomar, arguido nos autos à margens referenciados,
notificado para o efeito vem

Apresentar Defesa Escrita

Nos termos e com os seguintes fundamentos:

1.
Introdutoriamente, importa enfatizar que, tencionando apresentar
defesa dentro do prazo estipulado para o efeito, o arguido já prestou
depósito de valor igual ao mínimo da coima prevista para a
contraordenação que lhe foi imputada – Doc. 1, que se junta em anexo
(comprovativo de pagamento)

2.

O arguido vem acusado de, no dia 10 de Outubro de 2019, ter utilizado


indevidamente o sinal sonoro, aquando a sua passagem pela Rua
Engenheiro Frederico Ulrich (Maia).
3.
Infringindo, alegadamente, o disposto no artigo 22º do Código da
Estrada – Doc.2, que se junta em anexo (notificação)

4.
O arguido é, habitualmente, um condutor zeloso, diligente e, na medida
do possível, cumpridor das regras da estrada.

5.
Contudo, na dia da presente autuação, a via publica onde circulava
encontrava-se em obras e, por isso, relativamente condicionada.

6.
O que desencadeou a presente infração, e a qual o arguido não aceita
que lhe seja imputada.

Acontece que,

7.
Ao dia 10 de Outubro de 2019, à hora indicada a viatura em apreço,
conduzida pelo arguido, encontrava-se parada num semáforo, no
trânsito.

8.
Como já foi acima referido, a presente via encontrava-se em obras e,
por isso, tinha em cada uma das suas laterais um oficial da autoridade
policial para salvaguardar a melhor fluência do transito.

9.
O arguido, aguardava numa fila de transito para que o semáforo
passasse para “verde”, permitindo a sua circulação.
10.
Enquanto aguardava, o veículo imediatamente à sua frente, utilizou o
sinal sonoro, chamando a atenção do oficial da autoridade policial.

11.
Nesse momento, o referido oficial dirigiu-se ao veículo prestando algum
tipo de esclarecimento, de cariz que o arguido desconhece, mas que
pode afirmar tratar-se de uma conversa casual.

12.
Ao mesmo tempo, a sinalização do semáforo permitiu a circulação, tendo
sido impedida por esse mesmo veículo acima referido.

13.
De imediato, querendo circular na via pública, que se encontrava
congestionada, todos os veículos começaram a emitir sinais sonoros com
intuito de avisar o condutor para seguir viagem.

14.
Com o mesmo intuito e, em virtude de se encontrar no seu horário de
expediente laboral, o arguido emitiu sinais sonoros e sinalizou através de
gestos que o semáforo permitia a circulação do transito.

15.
Não compreendendo, ou salvo melhor entendimento, não querendo
compreender, o oficial da autoridade policial constrangeu, o aqui
arguido, a aguardar.

16.
Não sendo suficiente imobilizar o transito da via pública, o oficial da
autoridade policial dirigiu-se ao veículo do arguido, fez sinal para abrir o
vidro e interpelou-o grosseiramente.
17.
Afirmou, no uso da sua autoridade, que tinha de aguardar, pondo em
causa o civismo, a boa educação e o respeito do próprio arguido.

18.
Considerando uma afronta à autoridade, ordenou que o arguido encosta-
se mais à frente, para o autuar.

19.
Inconformado com aquela situação, o arguido apenas questionou o
oficial acerca do motivo pelo qual ia tomar aquela atitude.

20.
A justificação utilizada, passou pela proibição de se utilizar sinais
sonoros dentro de uma localidade.

21.
Não querendo criar qualquer tipo de conflito, tencionando seguir viagem
para cumprir o seu horário de expediente laboral, mas sentindo-se
incomodado com tal injustiça, o arguido acedeu à ordem.

22.
Encostou o veículo no local indicado, facultou os seus documentos e não
emitiu qualquer opinião acerca da factualidade acima descrita.

23.
Nunca foi o seu intuito do arguido infringir a lei, muito menos
desrespeitar a autoridade pública.

Sucede que,
24.
Se da mesma forma que o oficial da autoridade policial deu ordem para
o arguido encostar mais à frente, permitindo a circulação pacifica e
tranquila do transito,

25.
Poderia, também, ter dado essa ordem ao veículo que interrompeu todo
o transito da via pública.

26.
Permitindo a circulação pacifica, normal e razoável dos restantes
veículos, e evitando a aplicação desta infração ao arguido.

Nestes termos e por todas as razões expostas,


requer-se a V. Ex.ª que:

- O arguido seja absolvido da


prática da infração de que vem
acusado

Respeitosamente, Pede e Espera Deferimento,

Porto, 16 de Dezembro de 2019,

_______________________________________
(O Arguido, Alberto Martins)

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