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Daniel Tomás Jaime Mapsanganhe

Partículas Elementares

Universidade Pedagógica de Maputo

Faculdade de Ciências Naturais e Matemática

Licenciatura em Ensino de Física

2021

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Daniel Tomás Jaime Mapsanganhe

Partículas Elementares

Trabalho a ser entregue na cadeira de física


moderna, na Faculdade de Ciências Naturais e
Matemática no Departamento de Física, para
efeito de avaliação, sob orientação do
docente: Dr. Nádia Bruno dos Santos

Universidade Pedagógica de Maputo

Faculdade de Ciências Naturais e Matemática

Licenciatura em Ensino de Física

2021

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indice
Introdução..................................................................................................................................................... 4
Objectivos ..................................................................................................................................................... 5
METODOLOGIA ............................................................................................................................................. 5
Partículas elementares ................................................................................................................................. 6
Modelos padrão das partículas físicas .......................................................................................................... 6
Férmions fundamentais ................................................................................................................................ 6
Léptons e Quarks .......................................................................................................................................... 7
Léptons.......................................................................................................................................................... 7
Quarks ........................................................................................................................................................... 8
A Teoria da Grande Unificação ..................................................................................................................... 9
Supersimetria .............................................................................................................................................. 10
Teoria do Préon........................................................................................................................................... 11
Referências bibliográficas: .......................................................................................................................... 13

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Introdução
A partir da década de 1950, vários países e consórcios internacionais construíram aceleradores de
partículas cada vez maiores e mais sofisticados,capazes de produzir colisões de alta energia, com
o objetivo de observar as novas partículas previstas por várias teorias. Uma consideração
importantenesses experimentos complexos, que envolvem centenas de cientistas de muitas
nacionalidades, é a questão de como distinguir se uma partícula é realmente elementar ou é
composta por partículas menores. Por exemplo: tanto o próton como o nêutron foram
considerados durante algum tempo partículas elementares, mas, ao serem bombardeados com
elétrons de alta energia, verificou-se que, como os átomos e núcleos, possuíam uma estrutura
interna. Hoje sabemos que tanto o próton como o nêutron são formados por partículas chamadas
quarks. Centenas de partículas já foram consideradas elementares, mas uma série de brilhantes
teorias desenvolvidas nos últimos 50 anos ajudou a colocar um pouco de ordem nesse“zoológico
de partículas”. Dessas teorias surgiu o Modelo-padrão, que conseguiu a façanha de explicar e
prever as propriedades e interações de todas as partículas a partir de uma descrição em termos de
um pequeno número de partículas realmente (até o momento, pelo menos) elementares. A
pesquisa nas universidades e nos gigantescos aceleradores de partículas continua até hoje a
acrescentar novos dados ao nosso entendimento daestrutura da matéria. As pesquisas revelaram
que, além de propriedades familiares como massa, carga e spin, as partículas elementares
possuíamnovas propriedades para as quais não existia uma analogia clássica, que receberam
nomes exóticos como estranheza, charme e cor. Além dos aceleradores, foram desenvolvidos
detectores de partículas mais sensíveis, alguns dos quais foram instalados em minas profundas,
no fundo dos oceanos e sob a calota polar.

Neste capítulo, vamos examinar primeiro alguns conceitos básicos usados para classificar e
descrever partículas. Em seguida, discutiremos a sinterações fundamentais e leis de conservação
a que estão sujeitas as partículas. Finalmente, vamos descrever o modelo actual das partículas
elementares, conhecido como Modelo-padrão, segundo o qual toda a matéria que existe na
natureza, desde as partículas exóticas produzidas nos gigantescos aceleradores até os humildes
grãos de areia, é feita de apenas três grupos de partículas elementares: léptons, quarks e as
partículas responsáveis pelas interacções.

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Objectivos
Objectivos Gerais

Conhecer e caracterizar as partículas elementares.

Objectivos Específicos

Conhecer os Métodos para detectar partículas elementares.


Conhecer a Importância do estudo das partículas elementares.

METODOLOGIA
No presente trabalho, foi optado em explorar os estudos e o desenvolvimento das particulos
elementares . A pesquisa foi feita através de artigos da internet e livros.

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Partículas elementares
Em física de partículas, uma partícula elementar ou partícula fundamental é uma partícula que
não possui nenhuma subestrutura. Por exemplo, átomos são feitos de partículas menores
conhecidas como elétrons, prótons e nêutrons. Os prótons e nêutrons, por sua vez, são compostos
de partículas mais elementares conhecidas como quarks. Um dos mais notáveis da física de
partículas é encontrar as partículas mais elementares ou as codenominadas partículas
fundamentais as quais constroem todas as outras partículas encontradas na natureza, e não são
elas mesmas compostas de partículas menores. Historicamente, os hádrons (mésons e bárions,
tais como o próton e o nêutron) e até mesmo o átomo inteiro já foram considerados como
partículas elementares.

Modelos padrão das partículas físicas


O modelo padrão das partículas físicas contém 12 sabores de férmions (partículas massa)
elementares, além de suas correspondentes antipartículas, como também bósons ("partículas de
radiação") elementares que medeiam as forças e o recém-descoberto bóson de Higgs. Contudo, o
modelo padrão é largamente considerado como sendo uma teoria provisória do que uma verdade
fundamental, desde que ele é incompatível como a relatividade geral de Einstein. Os fótons
(partículas emitidas pela luz) por exemplo são o quanta dos campos eletromagnéticos. Há o que
provavelmente sejam partículas elementares hipotéticas que não são descritas pelo modelo
padrão, tais como o gráviton, a partícula que transporta a força gravitacional ou as s-partículas,
associações supersimétricas das partículas ordinárias.

Férmions fundamentais

Os doze sabores fundamentais de férmions estão divididos em três gerações de quatro partículas
cada. Seis destas partículas são quarks. As seis restantes são léptons, três dos quais são
neutrinos, e as três restantes as quais tem carga elétrica -1: o elétron e dois primos, o múon e o
tau.

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Léptons e Quarks
Desde que Thomson descobriu o eléctron, as pesquisas teóricas e experimentais de física de
partículas revelaram a existência de 61 partículas e antipartículas (12 léptons, 36 quarks e
antiquarks, 12 partículas mediadoras e o bóson de Higgs) que são consideradas fundamentais no
sentido de que não possuem uma estrutura interna observável com a tecnologia actual. Isso não
quer dizer que novas partículas fundamentais não possam vir a ser descobertas. Na verdade, uma
das próximas missões do acelerador de partículas LHC (Large Hadron Collider), que foi
responsável pela descoberta do bóson de Higgs em 2012, será testar as previsões teóricas da
teoria da supersimetria, segundo a qual cada partícula fundamental possui uma “superparceira”
Muitas partículas com carga elétrica foram “observadas” com o auxílio de detectores de
partículas. A existência de muitas partículas electricamente neutras foi deduzida indirectamente a
partir da aplicação de leis de conservação a interações que envolviam partículas carregadas.
Existe, porém, uma classe de partículas que nunca foram observadas nem directa nem
indirectamente: são os quarks e suas partículas mediadoras, os gluões. Mesmo assim,
Acreditamos na existência dos quarks e dos gluões, já que todas as suas propriedades e
interacções são descritas correctamente pelo Modelo-padrão da Física de partículas, que, em
matéria de precisão, perde apenas para a electrodinâmica quântica.

Léptons
Existem três gerações de léptons, cada uma formada por uma partícula carregada e um neutrino
correspondente. O elétron é o lépton mais conhecido e o único estável entre os que possuem
carga eléctrica. A cada lépton é atribuído um isospin fraco Tz, uma propriedade análoga à
componente z do spin . A cada lépton corresponde uma antipartícula, mas, no caso dos neutrinos,
ainda não se sabe se as duas partículas são diferentes, ou seja, é possível que cada neutrino seja
sua própria antipartícula, da mesma forma como o fóton é sua própria antipartícula (os físicos
chamam as partículas com essa propriedade de partículas de Majorana). Ao contrário do que
acontece com os quarks, não existem estados ligados lépton-lépton. Os cientistas dizem que
existem léptons com três sabores: elétron, múon e táuon.

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Tabela dos Léptons

Quarks
Existem três gerações de quarks, cada uma com seis partículas carregadas. Os quarks e suas
antipartículas, os antiquarks, podem se unir para formar mais de 200 partículas e são
responsáveis pela maior parte da massa visível do universo. Os estados ligados dos quarks e
antiquarks recebem o nome de hádrons (do grego hadros, que significa “robusto”).Existem dois
subgrupos de hádrons. As combinações de três quarks são chamadas de bárions (do grego barys,
que significa “pesado”); o próton e onêutron são os dois exemplos mais conhecidos. As
combinações de um quark com um antiquark recebem o nome de mésons (do grego mesos,
quesignifica “meio”). O nome foi escolhido porque os primeiros mésons a serem descobertos, os
píons, tinham massa maior que a do elétron e menor que a do próton; mais tarde, porém, foram
descobertos mésons com massa muito maior que a do próton, de modo que o nome não é mais
um indicador da massa dos mésons. A Tabela mostra as propriedadesbásicas dos quarks.Cada
quark da Tabela possui uma propriedade adicional, análoga à carga elétrica, denominada cor, que
pode assumir três valores: vermelho,azul e verde, representados, respectivamente, pelas letras r,

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b e g. No caso das antipartículas, a propriedade análoga é chamada de anticor e podeassumir três
valores. Assim, por exemplo, existem três quarks u (ur, ub e ug), e três antiquarks .
Naturalmente, os nomes nada têm a ver com o significado usual das palavras cor, vermelho, azul
e verde; são apenas nomes usados para descrever uma certa propriedade dosquarks, uma escolha
que se revelou, talvez por acaso, muito conveniente. Como a carga elétrica, a cor é conservada.
Os quarks com uma carga elétrica igual a 2e/3 (up, charm e top) são chamados de quarks tipo up
e os quarks com uma carga elétrica igual a −e/3 (down, strange e bottom) são chamados de
quarks tipo down. Como os léptons, os quarks também possuem um isospin fraco Tz. O isospin
fraco dos quarks tipo up é 1/2 e dosquarks tipo down é −1/2. Note na Tabela que cada geração
dos quarks é um dubleto de isospin. Os cientistas dizem que existem quarks com seis sabores:
up, down, charme, estranho, top e bottom. Os quarks e antiquarks perfazem ao todo 36 partículas
diferentes. Como os léptons, todos os quarks possuem spin 1/2 e, portanto, são férmions.
Tabela de Quarks

A Teoria da Grande Unificação


O Modelo-padrão da física de partículas deixa sem resposta algumas questões importantes. Por
que existem quatro interacções na natureza em vez de apenas uma? Porque essas interacções são
tão diferentes? A unificação das interacções electromagnética e fraca na teoria eletrofraca,
deixou muitos físicos esperançosos de que fosse possível incluir a interacção forte e, a prazo
mais longo, a interacção gravitacional em uma única teoria, a chamada teoria da grande

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unificação ou GUT. Como no caso da teoria eletrofraca, a diferença entre as forças das
interacções para energias muito menores que as energias de repouso dos bósons mediadores seria
causada por uma quebra espontânea de simetria. A GUT também explicaria por que as cargas
elétricas do elétron e do próton são iguais. Um aspecto importante da GUT é que as constantes
de acoplamento das quatro interacções devem tender para o mesmo valor, aproximadamente
igual ao da constante de estrutura fina α, para valores muito grandes de energia. As observações
experimentais parecem realmente indicar que os valores das constantes de acoplamento tendem
para o mesmo valor. Infelizmente, o ponto de convergência (1016 GeV, aproximadamente) ainda
está muito distante dos valores máximos de energia(da ordem de 104 GeV) que podem ser
conseguidos no maior acelerador da atualidade, o Large Hadron Collider . Supor que a natureza
não nos reserva surpresas e que nenhum novo fenômeno físico será observado nessa imensa faixa
de energias seria ignorar as lições da história.

Supersimetria
Várias teorias da grande unificação incluem, além das simetrias já discutidas, uma nova simetria,
a supersimetria (também conhecida pelo acrónimo SUSY), que atribui a cada partícula elementar
um superparceiro. As partículas e superparceiros correspondentes são iguais em tudo, excepto no
spin. Os léptons e quarks, cujo spin é 1/2, têm superparceiros de spin 0; osbósons, cujo spin é 1,
têm superparceiros de spin 1/2. Os superparceiros dos férmions têm o mesmo nome com o
prefixo s. Assim, por exemplo, o superparceiro do elétron é o selétron. Os superparceiros dos
bósons têm o mesmo nome com o sufixoino. O superparceiro do glúon, por exemplo, é o gluíno.
A Tabela abaixo mostra uma lista das partículas elementares e superparceiros correspondentes.
Se a supersimetria fosse exacta, cada superparceiro teria a mesma massa que a partícula
correspondente. Se isso fosse verdade, porém, os superparceiros já teriam sido observados há
muito tempo. Para levar em conta o fato de que os superparceiros nunca foram detectados, os
proponentes da SUSY postularam que as massas dos superparceiros são muito elevadas, maiores
que as das partículas W e Z. Com essa hipótese adicional, a teoria da supersimetria leva a uma
energia de unificação compatível com o valor obtido por extrapolação (Figura 12-31), a um
tempo de vida do próton compatível com os imites obtidos experimentalmente e a um valor
unificado da constante de acoplamento compatível com as extrapolações atuais.Como já foi dito,
uma das missões do Large Hadron Collider será testar as previsões da supersimetria.A SUSY

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também faz parte de uma teoria, da qual existem algumas variantes, conhecida como teoria das
cordas. Na teoria
das cordas, as partículas elementares são consideradas pequenas cordas que vibram em 10 ou
mais dimensões. As dimensões adicionais são necessárias para eliminar os problemas teóricos
envolvidos na quantização da interação gravitacional. No momento, os físicos de partículas estão
divididos quanto à importância da teoria das cordas; enquanto alguns as consideram o ponto de
partida para uma “teoria de tudo”, outros afirmam que “nem mesmo está errada”. Até o
momento, não existe nenhuma comprovação experimental de que a teoria das cordas esteja
correta
Partículas elementares e superparceiros correspondentes

Teoria do Préon

De acordo com a teoria do Préon existe uma ou mais ordens de partículas mais fundamentais do
que esta (ou mais do que estas) encontradas no modelo padrão. Esta famílias mais fundamentais
que estas são normalmente chamadas "Préons" para quais derivaram dos "pre-quarks". Em
essência, a teoria tenta fazer o modelo padrão arquivo que o modelo padrão tinha feito ao
zoológico de partículas que havia antes dele. A maioria dos modelos assume que o modelo

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padrão pode ser explicado em termos de três a meia dúzia de partículas mais fundamentais e leis
que governam suas interacções.

Enquanto a metodologia na teoria das cordas é tipicamente tentar construir uma estrutura
matemática completa do zero, uma Teoria Préon tipicamente procura por padrões no modelos
padrões em si e tenta encontrar modelos que podem imitar estes padrões

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Referências bibliográficas:
Das, A. e T. Ferbel, Introduction to Nuclear and Particle Physics, Wiley, New York,
1994.Eisberg, R. e R. Resnick, Quantum Physics, 2d ed., Wiley, New York, 1985.Frauenfelder,
H. e E. M. Henley, Subatomic Physics, 2d ed., Prentice Hall, Englewood Cliffs, NJ,
1991.Griffiths, D. J., Introduction to Elementary Particles, 2d revised ed., Wiley-VCH,
Weinheim, Germany, 2008.Martin, B. R. e G. Shaw, Particle Physics, 2d ed., Wiley, New York,
1997.Rubbia, C. e M. Jacob, “The Z0”, American Scientist, 78, 502 (1990).Veltman, M., Facts
and Mysteries in Elementary Particle Physics, World Scientific, London, 2003.William, W. S.
C., Nuclear and Particle Physics, Oxford, New York, 1997.

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