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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – UFES

CENTRO DE ARTES
DEPARTAMENTO DE TEORIA DA ARTE E MÚSICA
CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA

FICHAMENTO DO LIVRO “A MÚSICA DO FILME”, DE


TONY BERCHMANS, capítulos 1, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.

FABÍOLA DE ALMEIDA MOREIRA

VITÓRIA, 2014
FABÍOLA DE ALMEIDA MOREIRA

FICHAMENTO DO LIVRO “A MÚSICA DO FILME”, DE


TONY BERCHMANS, capítulos 1, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.

Atividade apresentada à Universidade


Federal do Espírito Santo (UFES),
como requisito para obtenção de nota
da disciplina Introdução à Trilha
Musical, Curso de Licenciatura em
Música.
Professor: Marcus Vinícius Marvila
das Neves

VITÓRIA, 2014
Assunto: Música de Cinema

Referência Bibliográfica:

Berchmans, Tony. A música do filme: tudo o que você gostaria de saber sobre a música
de cinema. 4ª Ed. – São Paulo: Escrituras Editora, 2012.

Capítulo 1: Conceitos da Música de Cinema

Música Original

É comum ouvir o termo trilha sonora como uma menção a coletânea de canções que são
tocadas durante um filme ou uma novela, quando, na verdade o termo tecnicamente
represença todo o conjunto sonoro de um filme, incluindo a música, os efeitos sonoros e
os diálogos.

O livro fala sobre o universo da composição da música, que seu autor chama de “musica
original”, referindo-se à música exclusivamente composta para os filmes.

Função da Música Original

A música no cinema existe para tocar as pessoas. Uma mesma música, tocada fora do
contexto de sua dramatização, pode tocar as pessoas, mas possivelmente não terá todo o
“poder” que tem quando é executada no contexto para a qual foi criada, dentro de uma
dramatização.

Parece haver um consenso entre a maioria dos compositores no sentido de que a música
deve servir ao filme e não o contrário. Ela deve auxiliar a narrativa, seus personagens,
seu ritmo, sua textura, sua linguagem, seus requisitos dramáticos.

Uma música pode ser feita com um objetivo definido e ainda assim, ser uma bela obra
de arte. Para compor uma música do filme, o compositor se torna um dramaturgo
musical. É preciso conhecer a história, a maneira como ela será contada, o personagem
para quem compõem, sua personalidade, seus amores e dissabores, o contexto histórico
social em que se dá a história ou o espaço geográfico. Um samba pode rapidamente ser
associado ao Brasil ou ao Rio de Janeiro, por exemplo. Apesar disso, alguns
compositores têm suas músicas cortadas e editadas de tal forma a mal reconhecê-las, o
que representa um grande desrespeito ao compositor e sua obra. A despeito disso a
música é muito importante para um filme. Ela toca rapidamente as pessoas e tem um
alto poder de comunicação. Muitos filmes se tornam bem melhores por causa de suas
músicas. No entanto, uma boa música dificilmente tornará bom um filme ruim.

A relação entre o compositor musical e o diretor do filme nem sempre é tão fácil. É o
diretor que tem controle do filme e quem define como e quando a música será tocada.
Além de ser quem aprova ou não a composição para determinada cena ou personagem.
Por isso muitos compositores excelentes de música “convencional” simplesmente não
conseguem adequar seu modo de compor à indústria cinematográfica.

A música de cinema é considerada colaborativa porque desde o início há interferência


criativa de várias pessoas, como roteirista, autor, produtor, editor de som.

A música de cinema pode ter funções bastante claras como quando descreve precisa e
detalhadamente cada pequeno movimento dos personagens, como acontece em
desenhos animados da Disney e Tom e Jerry, mas também pode desempenhar funções
mais sutis quando busca descrever o estado emocional do filme e de seus personagens.

Conceito da Música de Cinema

Antes de iniciar uma composição musical o compositor deve buscar uma orientação
quanto ao caminho musical que deve trilhar. O assunto, a alma, o direcionamento do
filme, são aspectos importantes a serem considerados. Essa fase de conceituação é um
planejamento criativo de grande relevância no processo da composição. Alguns autores
assistem aos filmes várias vezes buscando a essência do filme e de seus personagens
para depois propor a trilha musical.

“O estudo de um conceito criativo da música de um filme ajuda o compositor a ter uma


clara ideia do que ele tem que fazer e também do que não fazer dramaticamente.”
Referências Musicais

A referência musical ou música temporária é um recurso usado para auxiliar a


montagem dos filmes quando ainda não se tem a composição da trilha sonora, que só
acontecerá após a montagem e edição das imagens. É um recurso de grande importância
para diretores e compositores, pois possibilita que o diretor apresente de forma prática
as suas ideias ao compositor. Dessa forma o diretor pode apresentar o que ele espera da
música que será composta, seus objetivos, suas formas, seu estilo, etc.

No entanto a referência pode representar um grande limitador se compositor e diretor


não tiverem a ideia clara da função da referência. Nesse caso, ela pode tornar-se um
modelo e o compositor pode ser forçado a simplesmente plagiar a música, o que
provavelmente comprometeria o resultado da composição.

Decupagem

“Tão importante quanto criar música é decidir se a cena precisa da música.”

“Antes do início da composição musical, há uma etapa que define de maneira detalhada
justamente onde haverá e onde não haverá música no filme. Esse processo é chamado
de decupagem da música ou spotting.”

“A decupagem musical também costuma definir a função da música em cada aparição


dela.”

Cues

“Fazendo uma analogia com um disco de música popular, o cue de uma trilha sonora
musical é o equivalente a cada uma das faixas do disco. Cada trecho da música do filme
é um cue, por menor que seja. Sendo assim, há filmes que podem ter dezenas de cues,
dependendo dos pontos de entrada e saída da música.”
O processo de Composição

O processo de composição da música de cinema é variado e diverso. Não há regras ou


padrões. O compositor é o profissional que responde pela criação da música original do
filme. Embora a composição musical propriamente dita seja de responsabilidade do
compositor, geralmente o direcionamento conceitual da música tem influências do
diretor e produtores.

O compositor geralmente é contratado pelos produtores por indicação do diretor. O


trabalho final da composição é invariavelmente submetido à aprovação do diretor.

Normalmente é apenas durante a pós-produção dos filmes que entram em cena os


compositores. Inicia-se então o processo de composição da música. Após a composição,
o compositor apresenta suas ideias ao diretor antes da gravação final para aprovação.
Após a aprovação, é feita a gravação da música e depois a mixagem. A peça finalizada é
então enviada à equipe de finalização e ao editor, responsável por colocar a música em
sincronismo com o filme.

Por fim será feita a mixagem final de todo o áudio do filme e a sonorização.

Capítulo 4: O Nascimento da Música de Cinema

O nascimento da música de cinema confunde-se com a própria história do cinema. As


primeiras projeções foram acompanhadas por músicos. Em 1908, o compositor Camille
Saint_Saens foi contratado para compor uma peça específica para um curta francês. Ao
longo da década de 1910, quando os grandes cinemas cresciam, estes contratavam
músicos para acompanhamento das sessões.

Com o crescimento da indústria cinematográfica a música foi se fazendo cada vez mais
necessária e compositores passaram a ser requisitados para desempenhar papéis de
diretores musicais de produções.

No auge do cinema mudo foi grande o movimento musical que acompanhava os filmes.
Por outro lado, enquanto os filmes mudos vivenciavam um grande êxito, os técnicos e
engenheiros se desdobravam em esforços para criar um sistema viável de gravação e
sincronismo de som com a película.
O mês de agosto de 1926 marca a estreia da primeira trilha sonora oficialmente
composta para um filme, totalmente sincronizada. O uso do som revolucionou o modo
como se pensava o cinema até então. Logo o modo se contar uma história mudou
drasticamente. Aos poucos, os filmes que vieram a seguir utilizaram as palavras faladas,
e assim foi-se estabelecendo a transição entre o cinema mudo e o sonoro.

Nas primeiras filmagens sonoras, as trilhas eram gravadas ao vivo juntamente com
encenações.

Capítulo 5: Os Anos 30 e 40

No início da década de 30 os musicais eram as grandes atrações, mas o


desenvolvimento de novas tecnologias que permitissem a gravação do som posterior às
filmagens permitiu que fosse possível misturar elementos sonoros independentemente
do filme. Surgiu então a mixagem, ainda que de maneira rudimentar.

No entanto a contratação de músicos para composição das trilhas ainda era discreta, pois
os diretores acreditavam que a música poderia tirar a atenção do público. A resistência
foi aos poucos acabando quando pioneiros compositores conseguiram mostrar o poder e
função da música original de cinema.

A trilha sonora do filme King Kong (1933) consagrou o compositor Max Steiner como
um dos mestres da música para cinema. Desde então a importância da trilha musical
tornou-se inquestionável. Prova disso foi a criação da categoria Oscar de Melhor Trilha
Sonora Original e Melhor Canção, no ano de 1934.

No Brasil Villa- Lobos teve experiência na composição de música para o filme O


Descobrimento do Brasil, de 1937, por meio de uma iniciativa do governo Getúlio
Vargas.

Por volta de 1935 a 1950 o cinema viveu sua Era Dourada. Foi sua fase mais fértil.
Nesse período, no Brasil, ocorreu a multiplicação de salas de cinema pelo país.

Havia uma forte influência de compositores românticos do século XIX na indústria


cinematográfica. A influência era tão grande que uma das técnicas de composição
inspirada nas óperas e consagrada particularmente pela obra de Wagner, utilizada até
hoje, é o uso do leitmotif, que consiste no uso recorrente de um “motivo” ou tema
musical ao longo do filme.

A forte influência romântica perdurou até o fim da Era Dourada. Após a Segunda
Guerra Mundial, gradativamente a música moderna, a música atonal, o serialismo, o
jazz a popularização da televisão e, mais tarde, o rock passaram a influenciar o cinema.

Capítulo 6: Os Anos 50 e 60

Os anos 50 foram marcados por uma forte influência jazzística na música de alguns
compositores. Nos anos seguintes, alguns estilos como o faroeste foram surgindo. Desse
modo, o velho formato romântico e grandioso da era dourada do cinema estava
acabando. A televisão estava cada vez mais conquistando telespectadores e
apresentando a eles estilos musicais como o jazz e o rock`n`roll, o que obrigava o
cinema a acompanhar as novidades para não perder público.

A década de 50 consagrou a parceria entre o diretor Alfred Hitchcock e o compositor


Berbard Hermann. É indiscutível a força que Hermann conseguia imprimir às suas
trilhas.

O filme O Homem que sabia Demais (The Man Who Knew Too Much, 1956) lançou a
tendência de se utilizar canções populares nos filmes, o que também representou uma
maneira de potencializar a divulgação do filme.

Pode-se destacar dois motivos principais para o início dom habitual uso de canções nos
filmes: o primeiro é comercial - o objetivo era fazer da música um hit no rádio e na TV
lucrar com isso. O segundo motivo é artístico – estava claro que as canções
desempenhavam um papel eficiente na narrativa do filme sem necessariamente abolir o
uso da música instrumental.

A partir da década de 60 a onde de transformações no estilo de composição de trilhas


sonoras chegou ao Brasil. A fim de romper com os padrões estéticos conhecidos,
reduzir custos de produção e valorizar o cinema autoral, a composição de música para o
cinema ficou em segundo plano.
Capítulo 7: Os Anos 70 e 80

No início dos anos 70 a música de cinema era bastante diversificada, com várias
tendências e estilos. Música orquestral, rock`n`roll, jazz, composições atonais e
dodecafonistas faziam parte dessa diversidade, alem de novas ferramentas eletrônicas,
como os sintetizadores e novos recursos de gravação multicanais.

No Brasil , o cinema continua a busca pelas transformações no estilo de composição de


trilhas sonoras, que buscavam romper com os padrões estéticos conhecidos, reduzir
custos de produção e valorizar o cinema autoral, a composição de música para o cinema
ficou em segundo plano. O fato é que o resultado das grandes transformações estéticas,
políticas e filosóficas do cinema brasileiro das décadas e 60 e 70 intimidou o
desenvolvimento da arte da composição musical original para os filmes e pode ter
provocado um certo distanciamento de compositores.

As trilhas jazzísticas eram uma marca nos filmes policiais. Essa marca se tornou tão
forte que ainda hoje é possível perceber essa linguagem musical em filmes de ação,
como Matrix (The Matrix, 1999) e outros.

A década de 70 marcou a profusão de estilos e linguagens e apresentou novidades da


música popular como o disco, o reggae, o ragtime, o início das trilhas musicais
compostas com sintetizadores, samplers e computadores. Essa década também marcou
renovação de compositores.

Os anos 80 foram uma fase de intenso crescimento do uso de canções pop nos filmes,
visando a fabricação de hits, prática que se mostrava tendência desde os anos 60.
Passou-se a utilizar músicas preexistentes e score na composição das trilhas. Tmabém
passou a ser comum a composição de canções sob encomenda, como aconteceu no filme
Top Gun – Ases Indomáveis (Top Gun, 1986). A música Take may Breath Away,
composta por Giorgio Morodes e Tom Witlock e interpretada pela banda Berlin, foi
tema musical do filme, tornou-se um hit mundial e ainda ganhou Oscar de Melhor
Canção.

Carruagens de Fogo (Chariots of Fire, 1981) foi considerada um marco na evolução da


linguagem da música de cinema por ser totalmente eletrônica e composta
exclusivamente com sintetizadores.
Essa fase marca o surgimento de compositores que não apenas sabiam lidar com o
universo da música, mas também com o universo das máquinas e da tecnologia. Alguns
desses compositores tinham formação bastante diferente da tradicional academia
erudita.

Em paralelo, na música de cinema orquestral o primeiro grande sucesso da década de


1980 foi a música de E.T. O Extraterrestre (E.T. The Extra-Terrestrial), de John
Williams.

Os anos 80 tiveram ainda vários trabalhos marcantes, dos quais se destacam as músicas
de Era Uma Vez na América, 1984 (Once Upon a time in America, 1984), A Missão
(The Mission,1986), Os Intocáveis (The Untouchables, 1987), dentre outros, do autor
Ennio Morricone.

Capítulo 8: Dos anos 90 até hoje

De um modo geral, os anos 90 consagraram a sonorização sinfônica como base da


maior parte dos scores dos grandes filmes. E, ao longo da década, os novos recursos
técnicos dos anos 80 deixaram de ser novidade e passaram a se integrar com a
instrumentação orquestral nas suas mais variadas formas. Além disso, na música
popular, a grande mistura de estilos e o vale-tudo no caldeirão de influências nas novas
composições forneceram mais cores e texturas sonoras para a música de cinema. Vários
nomes nasceram neste ambiente de multiestilos e refletiram uma positiva contribuição
artística para o cinema, além de nomes que já faziam sucesso nas décadas anteriores, a
saber: Hans Zimmer, Danny Elfman, Thomas Newman, Mark Isham, James Horner,
James Newton Howard, Michael Kamenm Gabriel Yared, Philip Glass, Eric Serra,
Patrick Doyle, Elliot Goldenthal, Howard Shore, Alan Silvestri e Stephen Warbeck,
entre tantos outros. Rompendo a tradição machista da comunidade de compositores de
música para cinema, algumas mulheres se destacaram na década de 90, como Rachem
Portman e Shirley Walker.

No Brasil, o renascimento do cinema brasileiro após o desastre do governo Collor teve


efeitos positivos sobre a música de cinema. Muitas iniciativas tiveram destaque em suas
criações desde então, contando com ampla variedade de estilos.
O final dos anos 90 e início do novo milênio trouxeram um cardápio variado de boas
trilhas, mas alguns estereótipos musicais dominaram alguns gêneros de filmes, como a
música do filme O Resgate do Soldado Ryan, por exemplo, caracterizado por melodias
de notas longas e formas específicas de instrumentação levaram esta trilha a ser imitada
em vários filmes do gênero. Esse tipo de situação prejudica o desenvolvimento de bons
trabalhos porque torna as trilhas previsíveis.

Com a crescente internacionalização das produções são inúmeros os compositores que


atuam no cinema de seu país de origem durante um tempo e acabam tendo seu trabalho
reconhecido no mundo inteiro devido à repercussão dos filmes e à consistência de seu
trabalho autoral.

A produção cinematográfica continua crescendo, conquistando e fascinando


apreciadores mundo afora. Como o cinema, a música que o acompanha continua a
emocionar plateias em todos os cantos do planeta, apesar de todas as transformações ao
longo sua história.

Capítulo 9: O sound design e os diálogos

A música não é o único elemento sonoro presente na trilha sonora de um filme. O som
do filme e comumente dividido em três setores diferentes: música, sound design e
diálogos. Muitas vezes, na prática, esses conceitos se misturam e se confundem, no
entanto essa divisão é interessante para efeito de entendimento.

Sound Design é a criação, manipulação e organização de elementos sonoros. É o


processo que reproduz o rugir de um tiranossauro rex ou o som de uma arma-laser, por
exemplo.

Várias técnicas são utilizadas pelos desenhistas sonoros. Uma das mais básicas é o
foley, que é a técnica de se reproduzir em estúdio todo o som gerado pela atividade
física dos personagens, por meio da mímica de seus movimentos. Passos, ruídos de
roupas, manejos de objetos, quedas e outras ações são imitadas pelos artistas de foley
enquanto assistem à cena e gravam seus sons.
Outra faceta do sound design são os Efeitos Sonoros, que são os sons criados com o
objetivo de destacar movimentos e ações, facilitar o entendimento de uma cena,
valorizar sensações ou simplesmente enriquecer a linguagem visual.

Há também o trabalho de ambiência (background), que dita o “clima” da cena. São sons
constantes como o interior de um shopping, uma esquina movimentada, uma praia, um
escritório, etc.

Outro elemento do áudio de um filme é o diálogo, que traz a voz dos personagens de um
filme. O som dos diálogos pode ser gravado a partir de duas fontes: por meio da
captação de som direto e por meio de dublagem. O som direto é captado durante a
filmagem das cenas. A dublagem é usada para fazer versões dos diálogos em outras
línguas, para corrigir defeitos de captação de som direto, para incrementar a qualidade
de som dos diálogos ou ainda para alterar a interpretação dos atores. A dublagem
geralmente é feita utilizando-se o método ADR, que significa Automated Dialog
Replacement, que é uma gravação de voz feita em estúdio, após a conclusão da
filmagem da cena.

Outro elemento sonoro é a música ambiente ou música diegética, que é o elemento


musical que faz parte do contexto da cena, ou seja, é toda a música cuja origem pode ser
identificada por personagens do filme. Uma música tocada no rádio, uma banda tocando
numa cena de show, etc.

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