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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

Departamento de Rádio

Curso: Engenharia Electrónica e Telecomunicações

Cadeira: Sistemas Telefónicos

Turma: 4R/2022– Pos


Laboral

Tema: Partes do aparelho telefónico.


Microfone

Discentes: Docente:

Jamal Ismael Júnior Engº. Etelvino Tchaúque

Maputo, Agosto de 2022

Índice
Páginas
Índice
1.Introdução ...................................................................................................... 1
1.4. Objectivo geral ....................................................................................... 3
1.4.1 Objectivo específicos ...................................................................... 3
1.5 Metodologia ............................................................................................. 3
2.1 Posto de transformação ......................................................................... 5
2.2 Tipos de postos de transformação existentes no mundo e em
Moçambique .................................................................................................. 6
2.2.1. Os postos de transformação aéreos dos tipos A e AS ................ 6
2.2.2 Os postos de transformação aéreos dos tipos AI ......................... 7
2.3 Componentes dos postos de Transformação ...................................... 8
2.4 Aparelhagem de contagem .................................................................. 10
2.4.1. Aparelhagem de contagem em PT de alvenaria ......................... 10
2.5 Algoritmo de cálculo do PT136 ........................................................... 13 6
Conclusões..8
Bibliografia ............................................................................................................................... ..9

Índice de Figuras
Figura 1: Posto de transformação (J.P. Dedieu, 2015) 5
Figura 2 Vista geral de um PT do tipo A. Figua 3 Vista geral de
um PT do tipo AS. 6
Figura 4: Vista geral de um PT do tipo AI. 7
Figura 5: Um Seccionador (J.P. Dedieu, 2015) 8
Figura 6 Um Transformador de Potencia (J.P. Dedieu, 2015) 8
Figura 7 Um Interruptor – seccionador do tipo fusível (J.P. Dedieu, 2015) 9
Figura 8 Transformador de intensidade montados do lado de BT 11
Figura 9 cálculo do alimentador de baixa tensão e as protecções 20
Figura 10 Saídas do PT proposto (Autor,2022) 24
Figura 11 Esquema Simplificado do PT (Autor,2022) 28
Índice de tabelas
Tabela 1Especificações Técnicas para Transformadores de Corrente 11
Tabela 2 Dados iniciais para o dimensionamento do PT -136 16
Tabela 3 Escolha de transformador (Olive,2021) 19

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


PT – Posto de Transformação
EDM – Electricidade de Moçambique
DGE – Direcção Geral de Energia
RSIUEE – Regulamento de Segurança em Instalações de Utilização de Energia
Eléctrica
V – Tensão
TI – Transformador de corrente
TT – Transformador de tensão
CEI – Comissão Eléctrica Internacional
Al – Alumínio
Cu – Cobre
MT – Media Tensão

SIMBOLOGIA

Fc – Fator de Correção
Icc – Corrente de Curto Circuito
Q- Potência Reativa
Scc – Potência de Curto Circuito
var-Volt Ampere Reativo
VA-Volt Ampere
W-Watt

ABREVIATURAS
AC – Alternating Current –Corrente Alterna
ANSI – American National Standards Institute
APCER – Associação Portuguesa de Certificação
ARTES – Automatic Relay Test System – Sistema Automático de Teste a Relés
DC – Direct Current – Corrente Continua
EDP – Energias de Portugal
ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos
IEC – International Electrotechnical Commission
MCC1 – Motor Control Room 1

1.INTRUÇÃO
De acordo com as definições constantes no Regulamento de Segurança de Subestações,
Postos de Transformação, considera-se as instalação de alta tensão cuja função é a
transformação da corrente eléctrica por um ou mais transformadores, sendo a corrente
secundária utilizada directamente pelos receptores; ou é uma instalação onde se procede a
transformação da energia elétrica de média tensão para baixa tensão, alimentando a rede de
distribuição de baixa tensão. Os níveis de tensão necessários para a boa estabilidade de um
sistema elétrico são obtidos através das instalações de transformação em que se usam os
transformadores, e os PTs têm a função de reduzir a tensão de níveis elevados para níveis
utilizáveis pelos consumidores finais, que são industriais e domésticos.
Postos de Seccionamento (PS), as instalação de alta tensão cuja função é a manobra
e seccionamento de linhas eléctricas;
Postos de Seccionamento e Transformação (PST), as instalações de alta tensão que
asseguram as duas funções.

Metodologia
Pesquisa bibliográfica: Numa primeira fase da implementação do presente
projecto, recorreu-se á pesquisa bibliográfica, em que a pesquisador procurará
encontrar algumas abordagens de autores que relataram factos sobre o tema em
estudo.

Prolematizacao
A distribuição de energia eléctrica é efectuada apenas em algumas
circunstâncias ou situações por cabos subterrâneos, instalados em valas
abertas para o efeito, como medida de protecção do utilizador e o factor estética.
Para efectuar a distribuição é necessário recorrer a transformadores, agora para
reduzir a tensão para valores que possam ser utilizados pelos consumidores
industriais ou domésticos.
2.Objectivos
2.1 Objectivos gerais
Elaborar um trabalho de pesquisa sobre posto de transformação
.

2.2 Objetivos específicos


Fazer a revisão bibliográfica sobre diferentes tipos de postos de
transformação
Apresentar um estudo sobre-o o posto de transformação;
Neste capítulo é apresentado a fundamentação teórica a partir de uma análise
do objecto de estudo. Descrevem-se os conceitos teóricos essenciais
associados ao fenómeno dos conceitos sobre postos de transformação de
energia eléctrica.

 Falar do posto de transformação;


 Explicar o principio de funcionamento do postos de transformação

Posto de transformação
A distribuição de energia eléctrica é efectuada apenas em algumas
circunstâncias ou situações por cabos subterrâneos, instalados em valas
abertas para o efeito, como medida de protecção do utilizador e o factor estética.
Para efectuar a distribuição é necessário recorrer a transformadores, agora para
reduzir a tensão para valores que possam ser utilizados pelos consumidores
industriais ou domésticos.
Segundo a EDP Distribuição S.A. (2005) considera-se posto de transformação
(PT) um conjunto formado por um ou mais transformadores estáticos e
aparelhagem de ligação e de manobra, quando a tensão secundária de todos
os transformadores instalados for utilizada directamente nos receptores.
Figura 1: Posto de transformação (J.P. Dedieu, 2015)

2.2 Tipos de postos de transformação existentes no mundo e em


Moçambique
Segundo a EDP Distribuição S.A (2005) e a EDM (2020), os postos de
transformação existentes no sector privado em Moçambique e em algumas
localidades são classificados em três: A,AS e AI.
O quadro de baixa tensão é instalado a uma altura conveniente para ser
manobrado do solo. A tensão é 6,10,15 ou 30kV.

2.2.1. Os postos de transformação aéreos dos tipos A e AS


De acordo com a D.G.E. (2003), os postos de transformação aéreos dos tipos A
e AS são constituídos por um transformador de 25,50 ou 100kVA instalado num
poste de betão armado, ligado directamente à linha de média tensão no caso
dos postos de transformação do tipo A ou através de seccionador no caso dos
postos de transformação do tipo AS. Conforme pode-se ver na figura 2 e figura
3 que segue.

3.Classificacao
Os postos de transformação podem classificar-se em função do modo de construção, quanto
à forma e como é efectuada a entrada de energia eléctrica, e quanto à topologia da rede de
distribuição onde é inserido.
Figura 2: Vista geral de um PT do tipo A. Figura 3: Vista geral de um PT do
tipo AS.
Fonte: Autor (2022)
O quadro de baixa tensão é instalado a uma altura conveniente para ser
manobrado do solo. A tensão é 6,10,15 ou 30kV.

2.2.2 Os postos de transformação aéreos dos tipos AI


Em D.G.E. (1984), O posto de transformação aéreo do tipo AI é constituído por
um transformador de 160 ou 250 kVA e um interruptor-seccionador entre a linha
de média tensão e o transformador. A tensão primária é de 6, 10,15 ou 30kV e o
quadro de baixa tensão é instalado a uma altura conveniente para ser
manobrado do solo, conforme ilustra a figura 4 que se segue.

Figura 4: Vista geral de um PT do tipo AI.

Fonte: Autor
E é importante salientar aqui que existem postos de transformação aéreos do
tipo AI-1, com um só poste de betão e AI-2 com dois postes de betão armado
geminados na base e colocados verticalmente.

2.3 Componentes dos postos de Transformação


Segundo a D.G.E. (2003) e ACT (2011) os principais componentes dos postos
de transformação destacam- se os seguintes:
● Poste de betão armado: onde são fixados os restantes componentes do
posto de transformação aéreo;
● Travessa, tirante de amarração e alongadores de cadeia: dispositivos que
permitem a fixação das linhas de média tensão ao poste de betão;
● Seccionador (tipo AS) : dispositivo que tem como a função interromper ou
estabelecer a continuidade de um condutor ou isolar um condutor de
outros condutores e que, por não ter poder de corte garantido, não deve
ser manobrado em carga. Conforme ilustra a figura 5 que se segue.

Figura 5: Um Seccionador (J.P. Dedieu, 2015)


Pode estar em duas posições, uma de abertura e outra de fecho, nas quais se
mantêm sem interferência de acções exteriores;
● Transformador: dispositivo que tem como função transformar a média
tensão em baixa tensão utilizável pelo consumidor final doméstico,
comercial ou industrial, ver a figura 6 que segue;

Figura 6: Transformador de Potencia (J.P. Dedieu, 2015)

● Rede de terras: sistema de protecção para pessoas e equipamentos;


● Interruptor-seccionador (tipo AI): dispositivo que tem como função ligar ou
desligar um circuito em carga, dotado de poder de corte e tendo duas
posições, uma de abertura e outra de fecho, nas quais se mantêm sem a
interferência de acções exteriores, ver a figura 7
Figura 7: Interruptor – seccionador do tipo fusível (J.P. Dedieu, 2015)

● Barramento de média tensão: dispositivo que tem como função o


transporte da tensão do seccionador ou interruptor –seccionador até ao
primário do Transformador;
2.4 Aparelhagem de contagem
Segundo a J.P.Dedieu (2015) diz que aparelhagem de contagem é aquela que
totaliza no tempo, o valor de dada grandeza, os aparelhos de contagem indicam
o somatório de uma dada grandeza, num dado período de tempo.
A aparelhagem de contagem deverá ser sempre instalada em caixa normalizada.

2.4.1. Aparelhagem de contagem em PT de alvenaria


Nos P.T em alvenaria a caixa é montada no interior da cabina, nos PT tipo AS e
AI é montada no poste do PT, a 90 graus do quadro geral, podendo, no caso do
AI a aparelhagem de contagem será montada no interior do geral.
Para a ligação entre o armário de contagem e o quadro geral de baixa tensão
será utilizado tubo VD ou, no caso dos PT tipo AS, tubo de PVC (PN 10 kg/cm
)
de 2 1/2",com as respectivas porca, contra porca e junta vedante.

2.4.2 Características da aparelhagem de contagem de um P.T


É difícil a construção de contadores para correntes elevadas e altas tensões. Na
prática, o limite de intensidade de corrente é de 120A e o limite de tensão é de
750V.
Assim: Para utilizar os contadores de energia eléctrica é preciso adaptar, quando
necessário:
Os valores de corrente e tensão da rede, aos valores nominais dos contadores,
é pois necessário utilizarem Transformadores de Medidas (TM”s).

2.4.3. Localização de aparelhagem de contagem

Na instalação de Transformadores de intensidade (TI) terá de se ter em conta a


distância e consumo das bobinas de corrente do contador, para tal o
comprimento máximo dos condutores de interligação, TI”s, devera ser o
seguinte, conforme ilustra a tabela 1 que se segue:
Tabela 1:Especificações Técnicas para Transformadores de Corrente
Fonte: J.P. Dedieu, (2015).
Assim, para compreensão, necessita – se de conhecer certas contagens
fundamentais para o seu desenho, tais como destacam-se os seguintes:
● Contagem em Media Tensão (MT)
Para transformadores com potência superior a 400KVA, a contagem pode ser
feita em média tensão.
● Contagem em Baixa Tensão (BT)
Para transformadores com potência inferior a 400KVA, a contagem pode ser
feita em baixa tensão.
Se a contagem é feita do lado de BT, os TI (Transformador de Intensidade)
deverão em princípio, ser instalados em caixa própria unicamente acessível. A
seguir ilustra a figura 8.

Figura 8: Transformador de intensidade montados do lado de BT

Fonte: J.P. Dedieu, (2015).


Nota importante:

● Os circuitos de contagem (tensão e intensidade) devem necessariamente


passar por um dispositivo (caixa de ligação) que permita o
manuseamento dos contadores com toda a segurança.

3.1 Modo de construção


3.1.2. Em poste
Todo o equipamento de média tensão é colocado em postes, são utilizados nas redes rurais
com tensões até 15 kV Existem dois tipos o tipo CA1 para potências até 250 kVA e o
tipo CA2 para potências de 400 a 630 kVA.
3.1.3Em alvenaria
T odo o equipamento de média tensão é colocado no interior, em celas cujas paredes são
construídas em alvenaria e dotadas de portas de rede.
3.1.4 Monobloco
Todo o equipamento de média tensão é colocado no interior de celas constituídas por
painéis metálicos pré-fabricados.
3.2. Quanto à entrada da alimentação eléctrica
3.2.1. Aérea
A entrada de energia em alta tensão é efectuada por linhas aéreas que são amarradas à torre
do PT.
3.2.2. Subterrânea
A entrada de energia em alta tensão é efectuada por cabos eléctricas enterrados.

3.3Quanto à topologia da rede eléctrica

3.3.1. Radial (antena)


N o caso em que a alimentação é garantida por uma única entrada:

3.3.2. Anel
No caso em que a alimentação é garantida por duas entradas distintas.
A vantagem desta configuração reside no facto de se permitir a alimentação ao PT mesmo
que uma das entradas esteja fora de serviço.

Normalmente as redes de distribuição pública são exploradas em anel aberto, isto é, com o
seccionador de uma das entradas aberto, para obviar à dificuldade de controlo nos valores
mais elevados das correntes de serviço e de curto-circuito, que existe na configuração em
anel fechado.

A título de exemplo, apresenta-se na figura 1.1 um posto de transformação de construção


em alvenaria com entradas por linhas aéreas e apresenta-se na figura 1.2 uma perspectiva
de uma cela de protecção correspondente a um posto de transformação do tipo monobloco.

4. TIPO DE TOPOLOGIAS ver em mocambique como e


São de considerar dois tipos de topologia:

4.1 Postos de transformação da rede pública (PTD)


Que são explorados pela empresa distribuidora de energia eléctrica e que alimentam
directamente os consumidores de baixa tensão (fig. 2.3);
4.2 Postos de transformação cliente (PTC)
Que são explorados pelo próprio consumidor como cliente directo de média tensão (fig.
2.4).

Figura 2.1: Posto de transformação de construção em alvenaria com entradas por


linhas aéreas.

Figura 2.2: Cela (1) de um posto de transformação do tipo monobloco, com isolamento
em SF6, equipada com seccionador (2 superior) e disjuntor (2 inferior), painel com o
relé de protecção (3).
4.1.2. Posto de Transformação Público

Este tipo de posto é frequentemente construído em alvenaria, com ligação em anel e,


constituído, no mínimo, por quatro celas (figs. 2.3 e 2.4):
Celas de entrada e saída, cada uma equipada com: 1 seccionador tripolar de corte em
carga; 1 seccionador de terra; 1 caixa de fim de cabo;

Celas de Proteção equipadas com: 1 interruptor tripolar equipado com fusíveis de alta
tensão; 1 Relé de proteção direta ou indireta de máxima intensidade;

Celas para os transformadores de potência (tipicamente de 630 kVA).

Faz também parte do PTD o quadro de baixa tensão. Estes são normalmente quadros abertos
designados por CA1 ou CA2, respetivamente de 4 ou de 6 saídas equipadas com triblocos
de fusíveis

Figura 2.3: Esquema unifilar de um PT Público para 15 kV.

Figura 2.4: Estrutura geral de um PT Público.

4.1.3 - Posto de Transformação Cliente

É normalmente construído quer em alvenaria quer em monobloco, ligação em anel e


constituído, no mínimo, por cinco celas (figs. 2.5 e 2.6):
 Celas de entrada e saída, cada uma equipada com: 1 seccionador tripolar de corte
em carga; 1 seccionador de terra; 1 caixa de fim de cabo;

 Cela de corte geral e contagem, equipada com 1 seccionador tripolar de corte


em carga, 3 transformadores de corrente, 2 transformadores de tensão;

 Celas de Protecção equipadas com: 1 seccionador tripolar, 1 disjuntor tripolar, 1


seccionador de terra, 3 transformadores de corrente, 1 relé de protecção indirecta de
máxima corrente;
 Celas para os Transformadores de Potência.

Faz também parte do PTC o quadro geral de baixa tensão (QGBT), o painel de contagem
e o painel para a bateria de condensadores para correcção do factor de potência.
O QGBT é tipicamente um quadro do tipo armário fechado equipado com disjuntores,
fusíveis e interruptores.

Caso o posto de seccionamento (PS) esteja fisicamente separado do posto de


transformação (PT), é necessário incluir no PS uma cela destinada ao alojamento do
aparelho de protecção do cabo de média tensão de interligação.

Figura 2.5: Esquema unifilar de média tensão de um PT Cliente de 1000 kVA, 15 kV.
4.1.3.1 – Sinalização E Encravamento das Celas

As celas devem ter sinalização da posição “ligado” e “desligado” da aparelhagem e, no caso de


serem do tipo monobloco, devem ser providas de janelas com visores acrílicos, que permitam
a visualização dos aparelhos que as equipam. Devem igualmente dispor de encravamentos
mecânicos e eléctricos com vista à garantia de protecção de pessoal e equipamento, como por
exemplo:

• Encravamento mecânico entre o seccionador das celas de entrada e o respectivo seccionador


de terra;
• Impossibilidade de manobra do seccionador cela de corte geral sem que os respectivos
disjuntores a jusante estejam encravados na posição de abertos;
• Impossibilidade de abertura das portas da cela de protecção sem que o seu seccionador de terra
esteja encravado na posição de fechado;
As celas dos transformadores de potência devem dispor de sinalização luminosa e sonora
associada à protecção dos transformadores quanto à elevação da temperatura. Esta sinalização
pode estar localizada no quadro geral de baixa tensão.
5– EQUIPAMENTOS DE MÉDIA TENSÃO
5.1 – Características Gerais
As principais características técnicas que definem os equipamentos de média tensão são:
Tensão estipulada [kV]:a tensão do aparelho corresponde ao limite superior de tensão mais
elevada da rede onde é instalado.
Nível de isolamento: é definido em função da tensão de ensaio à frequência industrial (50 Hz)
expressa em kVef, e da tensão de ensaio à onda choque 1,2/50 µs expressa em kVpico.
Frequência industrial [Hz]: frequência da rede eléctrica de alimentação.
Corrente estipulada [A]: Intensidade de corrente que atravessa o aparelho sem aquecimento
excessivo dos seus componentes.
Poder de corte em curto-circuito [ kA]: valor mais elevado da intensidade de corrente que o
aparelho é capaz de interromper.

Poder de fecho [kA]: valor máximo da intensidade de corrente que o aparelho é capaz de
manobrar quando do fecho de um circuito.

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5.2 – Aparelhos de Manobra e de Protecção

Os tipos de aparelhos para manobra e protecção eléctrica, utilizados nos quadros de média
tensão são basicamente os seguintes:
Seccionador (de corte em vazio): aparelho cuja função consiste em isolar um circuito. Este
aparelho só pode ser manobrado na ausência de corrente. A sua utilização é obrigatória com
vista a permitir visualizar e interrupção do circuito nas redes de média e alta tensão;

Interruptor (seccionador de corte em carga): aparelho cuja função é ligar, desligar ou comutar
os circuitos elétricos. Podem ser manobrados quando percorridos por corrente eléctrica de
pequena intensidade, não podendo ser manobrados na situação de defeito (tabela 2.1).
Pode ser combinados com Fusíveis de alta tensão, permitindo a protecção dos circuitos nas
situações de defeito por sobrecarga ou curto-circuito;
Tabela 2.1: características técnicas de seccionadores e interruptores

Disjuntor: aparelho cuja função é interromper um circuito eléctrico quer em condições normais
quer em condições de defeito.

Tabela 2.2. Características técnicas de disjuntores

19
5.3 – Transformadores de Medida

5.3.1 – Transformadores de Corrente (TC)

Um transformador de corrente consiste, em princípio, num transformador monofásico cujo


primário é atravessado por uma corrente cujo valor se pretende medir e cujo secundário está
ligado ao instrumento de medida ou equipamento de protecção.

Estes transformadores são construídos para diferentes correntes primárias e para correntes
secundárias de 5 A ou 1 A. A sua relação de transformação é dada pela razão entre as
correntes primária e secundária.

5.3.1.2. Características técnicas do transformador de corrente


As características técnicas que definem o transformador de corrente são as seguintes:

o Tensão de isolamento nominal: a tensão nominal para a qual o transformador foi


dimensionado em termos de ensaio das respectivas características dieléctricas,
correspondendo ao limite superior de tensão mais elevada da rede onde é instalado.

o Correntes nominais primárias e secundárias: as intensidades das correntes para as


quais o transformador foi dimensionado.

o Potência de precisão: a potência aparente (VA) que o transformador pode fornecer ao


respectivo circuito secundário sem que os erros ultrapassem o s limites de precisão.

o Classe de precisão: fixa os valores limite garantidos dos erros da respectiva relação de
transformação.

Tabela 2.3: Transformadores de corrente: características típicas.

Tabela 2.4: Transformadores de corrente: classes de precisão.

20
Por exemplo a cl. 0,5 corresponde a um transformador de corrente para um circuito medida
cujo erro máximo será de + 0,5 % para a intensidade de corrente nominal. A classe 5P10
corresponde a um transformador de corrente para um circuito de ligação a um relé cujo erro
máximo será de + 5 % para 10 vezes a intensidade de corrente primária.

Para efeitos de proteção dos circuitos secundários co nt ra tensões elevadas, deve ser
ligado à terra um dos bornes secundários dos transformadores de corrente.

3.1.2 Transformadores de Tensão (TT)

Os transformadores de tensão são construídos para diferentes tensões primárias dependentes


da tensão nominal da rede onde são instalados, admitindo tensões de serviço
1,2 vezes o respectivo valor nominal. As tensões secundárias são de 100 V ou 110 V, no
caso de transformadores para tensão composta, e de 110/√3 V para transformadores de
tensão simples.
3.1.2.3 Características técnicas transformador de tensão
As características técnicas que definem os transformador de tensão são as seguintes:
• Tensão de isolamento nominal: a tensão nominal para a qual o transformador foi
dimensionado em termos de ensaio das respectivas características dieléctricas,
correspondendo ao limite superior de tensão mais elevada da rede onde é instalado.

• Relação de transformação: quociente entre tensões primária e secundária.

• Potência de precisão: a potência aparente (VA) que o transformador pode fornecer


ao respectivo circuito secundário sem que os erros ultrapassem os limites de
precisão.

• Classe de precisão: fixa os valores limite garantidos dos erros da respectiva relação
de transformação.
21
• Potência de aquecimento: potência limite que o transformador pode fornecer ao
secundário para a qual o aquecimento provocado nos seus orgãos não ultrapassa os
limites admissíveis de segurança de funcionamento.

Tabela 2.5: Transformadores de tensão: características típicas

2.3.4 – Transformadores de Potência

Os transformadores de potência, habitualmente empregues nos postos de transformação


são os transformadores trifásicos, com as características típicas constantes da tabela 2.5.
Tabela 2.5: Características nominais dos transformadores de potência, usuais em
postos de transformação.

22
Os invólucros metálicos utilizados nos transformadores do tipo seco, são de índice
de protecção IP 31 - IK5, têm normalmente protecção contra a corrosão, anéis de
elevação, painéis amovíveis de acesso aos terminais do transformador e às tomadas de
comutador em vazio, fechaduras e fim de curso para encravamentos eléctricos nos painéis.
As ligações à terra das massas metálicas são feitas por trança metálica

2.4 – QUADROS GERAIS DE BAIXA TENSÃO

2.4.1 – Quadro de baixa tensão para Posto de Transformação Público

Figura 2.6: Esquema unifilar do quadro geral de baixa tensão de um PT Público.

2.4.2 – Quadro de baixa tensão para Posto de Transformação Cliente

23
Figura 2.7: Esquema unifilar típico de um quadro geral de baixa tensão de um PT Cliente

Figura 2.8: Esquema unifilar típico de um quadro geral de baixa tensão de um PT Cliente

2.5 – ASPECTOS CONSTRUTIVOS

2.5.1 – Atravancamentos

A construção de postos de transformação deverá atender, entre outros, a três factores


essenciais: protecção contra contactos acidentais em peças nuas sob alta tensão, distâncias
mínimas consentidas de qualquer parte metálica sob alta tensão não protegidas por
isolamentos e, ventilação natural das salas ocupadas pelo equipamento.

Os dois primeiros factores são referenciados respectivamente nos art. 73.º, art. 74.º e art.
75.º do Regulamento de Segurança de Subestações e Postos de Transformação.

24
Figura 2.6: Dimensões para a sala de um PT Cliente, tipo monobloco, isolamento a SF6 a
15 kV.

2.5.2 – Ventilação Natural

No respeitante à ventilação natural pretende-se garantir um ambiente no interior dos PT


cujas temperaturas admissíveis para o bom funcionamento dos equipamentos se situem no
intervalo [- 5ºC; +40ºC]. Para a determinação da área necessária ás grelhas de ventilação
poderão ser utilizados dois métodos de cálculo.

1º Método - Neste método consideram-se aberturas para ventilação com área de 1m²/10 kW
de perdas do transformador. Trata-se de um método pouco preciso, mas que permite de
modo simples um cálculo relativamente aceitável.

2º Método - Neste método consideram-se aberturas de extracção e de entrada de ar de


secções diferentes de modo a aumentar a velocidade de renovação do ar.

25
Figura 2.7: Ventilação de um Posto de Transformação.

Assim, se se considerar a grelha de extracção com a secção S, a grelha de entrada de ar


terá a secção

2.5.3 – Equipamentos Acessórios

Referem-se finalmente, os acessórios para apoio e segurança que, conforme estabelecem


os regulamentos, deverão existir nas salas dos PT:

Tapete um par de luvas de borracha para a tensão nominal de média tensão;


Lanterna eléctrica portátil, com pilhas recarregáveis;
Livro de registos das leituras de terra;
Caixa de primeiros socorros e quadro encaixilhado com a indicação dos primeiros
socorros;
Placas com a designação "PERIGO DE MORTE";
Colecção de desenhos da instalação e manual de instrução de todos os
equipamentos em exploração.

6. Referências Bibliográficas
26
1. ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho (2011), Sistema de
Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho: Um instrumento para uma
melhoria contínua.
2. AMARAL, A. Vasco. Metodologia científica. Teoria e prática investigativa.
2ª Edição. Porto Editora. 2001.
3. Dantas, W. (2010). Interpretação das definições de termos de
Manutenção estabelecidos pela Norma ABNT NBR 5462 -
Manutenabilidade e Confiabilidade. Webartigos Website. Acedido em
Maio 15, 2022.
4. DGE - Direcção Geral de Energia (1984), Postos de Transformação
Aéreos dos Tipos AI-1 e AI-2 – Memória Descritiva e Justificativa; Lopes
da Silva Editora.
5. DGE - Direcção Geral de Energia (2003), Projecto-Tipo dos Postos de
Transformação Aéreos dos Tipos A e AS, (3ª edição): Direcção Geral de
Energia.
6. Direcção Geral de Energia (1984), Postos de Transformação Aéreos dos
Tipos AI-1 e AI-2 – Memória Descritiva e Justificativa; Lopes da Silva
Editora.
7. E. Distribuição, “Ligação de clientes de baixa tensão,” p. 226, 2015.
8. EDP Distribuição S.A. (2003). Guia de Manutenção de Posto de
Transformação Website. Acedido em Abril 25, 2022 em
http://www.edpdistribuicao.pt/pt/profissionais/EDP%20Documents/guia_
manut_pt.p.
9. J.-P. Dedieu, “Newton-Raphson Method,” Encycl. Appl. Comput. Math.,
vol. 6, no. 7, pp. 1023 – 1028, 2015.
10. LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia
Científica. 4ª Edição Revista. São Paulo: Atlas, 2007.
11. MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias
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