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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

ESCOLA SOCIAL E INTEGRATIVA: A INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA NA NOVA FORMA DE APRENDER


DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ORIENTADOR: CARLOS EDUARDO VERZOLA VAZ
ACADÊMICA: ANA FLÁVIA DE MELLO SHINZATO

CONCEITO IMPLANTAÇÃO PLANTA BAIXA - NÍVEL PÚBLICO PLANTA BAIXA - NÍVEL ESCOLA MODULAÇÃO DAS SALAS DE AULA CENÁRIOS DE SALAS DE AULA
ESCALA 1/250 ESCALA 1/250

Este trabalho irá apresentar uma arquitetura que se adapte cionam uma visão mais crítica e não hierárquica de ensino, acom- 5.EDIFICAÇÕES E FLUXOS PRINCIPAIS
A criação de ambientes que possam influencias na forma de ensinar FUTURE PROOFING SCHOOLS - University of Melbourne DISTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL
aos conceitos de escola que não sigam os padrões tradicionais de panhando os problemas e potencialidades do contexto atual. A 1.ÁREA DELIMITADA a partir de espaços mais conectados na forma de ensinar a partir de
espaços mais conectados ao meio exterior e mais coletivos podem ser Esta pesquisa propõe uma adaptação em qualidade do ambiente interno é baixo compa-
ensino, e que seja mais inclusiva em questões sociais, de gênero e necessidade de “sujeitos éticos” (Freire, 1997) que tenham capa- Os fluxos de acesso direto se localizam na parte pública, adaptados a salas padronizadas e pré-fabricadas por meio de uma mo- salas de aula pré-fabricadas fornecidos pelo go- rado com as escolas construídas para serem per-
culturais. O projeto se localizará no Alto da Caieira, situada no Ma- cidade de criticar e questionar é essencial para a busca de uma além do acesso da escola. Este se situa próximo ao aces- dulação construtiva. Assim, as salas de aula podem ser flexíveis, modifi- verno australiano. Estas salas existentes visam aten- manentes, apresentando problemas acústicos,
ciço do Morro da Cruz, a maior área de ZEIS (Zona Especial de Inte- sociedade mais igualitária e saudável. Além disso, a busca de cida- so da creche existente para que ocorra uma proximidade cando a área e o formato do espaço de acordo com as necessidades e der as necessidades de lugares de dífícil acesso e térmicos e de iluminação. A proposta da publi-
resse Social) na cidade de Florianópolis. dãos que realmente consigam atuar de forma ativa e participativa entre os equipamentos de educação. atividades propostas no ambiente educativo. Além disso, a pré-fabrica- de escolas com falta de salas para o ensino por cação é considerar os fatores de conforto e de
O objetivo deste trabalho é criar ambientes que possam in- pode ser vinculada à escola, como uma troca de experiência com Na área escolar, as salas de aula são distribuídas de acor- ção propõe menos desperdício de material e facilidade de contrução, meio da pré fabricação, com estrututura leve e conexão com a paisagem na produção destes
fluenciar na aprendizagem do aluno nos âmbitos espacial, de con- os usuários do espaço público. do com agrupamentos de faixa etária, para que a relação permitindo o aumento ou a diminuição da quantidade de espaços de rápida. Contudo, estas salas de aulas relocáveis espaços pré-fabricados, além de considerar a
forto, funcionalidade e formalidade. Por isso, a arquitetura deve A arquitetura, neste aspecto, deve se adaptar à estes novos entre os espaços e os alunos acompanhem o momento e 19 salas de aula. Para a criação destes espaços modulares, duas referên-

A
ir além de apenas suprir as necessidades básicas de uma escola, conceitos por meio dos espaços, criando lugares que possam trazer tem sido criticadas por não apresentarem cone- concepções pedagógicas não tradicionais.
a fase de cada criança e jovem com uma integração en- cias principais foram consideradas: xão com o exterior e a
propondo espaços flexíveis que promovam trabalhos mais sociais, novas experiências para o jovem e a criança para um ensino mais tre idades mais próximas. Assim, as salas do grupo I (alunos
coletivos e ativos, incentivando o uso de espaços inusitados como ativo e participativo. Criar ambientes públicos e privados, coletivos entre 5 e 9 anos), por serem alunos de menor faixa etária,
ambientes de ensino. e indiviais, externos e internos, juntamente com as relações entre PROPOSTA DE MODULAÇÃO ARQUITETURA ESCOLAR - Doris K. Kowaltowski
ÁREA PROJETADA é preciso mais atenção e cuidado. Por isso, se localizam
Inicialmente, expõe-se uma visão teórica sobre a educação, esses espaços, podem influenciar em um melhor aproveitamento CRECHE EXISTENTE mais próximos da creche existente e sua distribuição forma 19 A definição da modulação das salas de aula propostos se baseiam em medi-
apresentando sua relação com a sociedade, a cidade, o meio e a do aluno na aprendizagem. A autora explica que diferentes configura- ambientes que permitam métodos mais partici-
uma área mais íntima em relação ao restante do espaço das de placas disponíveis no mercado. As placas utilizadas como revestimento são
natureza. A educação abrangeria essas relações por meio de mu- 19 placas cimentícias 120x240cm com um material termoacústico de resíduos agroin-
ções de salas de aula podem ser propostas na pativos e coletivos de aprendizagem. A integra-
escolar. Além disso, estre grupo está mais próximo da área
danças na forma de ensinar, através de novos sistemas que propor- 3.SETORIZAÇÃO administrativa da escola e do acesso principal. 18 dustrais entre eles. Essas placas serviriam como paredes móveis, permitindo a flexi- elaboração do projeto. Argumenta-se que a for- ção com a área externa também pode melhorar
A inclusão de uma área pública visa a relação com a co- bilização dos espaços. Para isso, uma sistema de trilhos é necessário para o funcio- ma das salas de aula padrão “desmotiva os alu- a qualidade do ambinete.
Perceber munidade e a troca de experiências entre a escola e os namento das placas, sendo necessário uma estrutura e uma proteção isolante nas nos e que a arquitetura nas escolas valoriza a O espaço físico influencia na forma de como
Reconhecer
Sistema mais
colaborativo e crítico
Convivência mais igualitária e coletiva
usuários. A conexão entre estes espaços é criado por uma 19 extremidades das placas, resultando em uma medida final de 122x249cm. autoridade, e não o indivíduo”. A configuração as relações humanas podem ocorrer e pode pro-
Aprender a questionar
sujeitos éticos Questionar 15 A partir disto, a medida dos módulos foram definidos a partir da medida entre padrão não permite a troca de experiências en- por espaços com pontencial despertar diferentes
APRENDIZAGEM Desenvolver pensamento crítico área semi-pública, servindo como uma transição dessas
Criticar LATERAL Senso de cidadão
ESPAÇOS
relações entre o público e escolar de maneira sutil e gra-
19 eixos de 3 placas em cada lateral(366x366cm). Para que a sala tenha capacidade
tre colegas de classe e as carteiras viradas para tipos de aprendizado. A sala em formato de “L” INTEGRAÇÃO DE 2 SALAS DE AULA
ESCOLA PÚBLICOS de 25 alunos por sala foi definido um espaço interno de 52m² composto por 4 módu-
SOCIEDADE Incentivar a criatividade ARTICULAÇÃO
dativa. o professor o hieraquizam como única fonte de ou “Z” podem oferecer mais possibiliade planejar
MUDANÇAS Aproveitar as tecnologias disponíveis como espaço de INTEGRAÇÃO como lugar para 92,05 los e adicionados mais 2 módulos
Sociedade mais igualitária Tecnológicas Troca de conhecimento aprendizado compartilhar conhecimento. atividades variadas na sala de aula, agrupando
17
PARTICIPAÇÃO 92,00
Solidariedade social e política experiências entre a
Econômicas Aprender de maneira ativa
população
Diferentes configurações de salas de aula juntoespaços de socialização.
Ambientais Não há hierarquia
Sociais Desenvolver a empatia
19 podem criar

19
A

Inclusão de todos como


EIR

EDUCAÇÃO
LIX

92,05
agentes ATIVOS da cidade ÁREA ADMINISTRATIVA / ACESSO ÁREA PÚBLICA
Reaproximação
Respeito à diversidade
ESPAÇO COBERTO FLUXO ÁREA ESCOLAR 19 21 ESTRUTURA DA COBERTURA E DAS SALAS DE AULA
Conscientização NATUREZA CIDADANIA que compõe a cidade BIBLIOTECA / AUDITÓRIO ACESSO ESCOLA B 16 B
Experiências ACESSO CRECHE
Aprendizados Contribuir para a construção REFEITÓRIO
EXISTENTE

249
i=20

ARQUITETURA de uma sociedade saudável %


QUADRA POLIESPORTIVA
ÁREA PÚBLICA
GRUPO I - ALUNOS ENTRE 5 E 9 ANOS
ÁREA SEMI-PÚBLICA
SALAS DE AULA
ÁREA ESCOLAR GRUPO II - ALUNOS ENTRE 10 E 13 ANOS
4 15
6
GRUPO III - ALUNOS ENTRE 14 E 17 ANOS
Relação entre as salas de aula e Relação com a
com outros espaços da escola
Layout e Mobiliário Sustentabilidade Relação com a comunidade
paisagem e a natureza 3.EIXOS ESTRUTURANTES 3
As curvas de nível foram relevantes para a definição dos 6. MALHA ESTRUTURAL 6 92,05 95,05 ESCALA 1/100 122
Escala humana Impacto do ambiente construído eixos estruturantes para a distribuição e o sentido dos es- A partir da distribuição das edificações, a estrutura segue 92,41 92,41 INTEGRAÇÃO DE 4 SALAS DE AULA
Acomodar as necessidades do aluno Qualidade do ambiente interno Fachada paços. A diferença de nível do terreno também foi um fa- os mesmos eixos, formando uma malha estrutural e modu-
Adaptabilidade Uso interno
(Iluminação, Conforto térmico e acústico) tor de transição entre o espaço público e escolar. lar. 92,05
Flexibilidade Utilização e reutilização de materiais Conexão entre exterior e interior 5 ER
VA
T.

14
S
RE
Entorno .
Currículo sustentável
15
OJ
92,00 PR
92,00
Clima %
15
3
i=8,3
Vegetação
5
13
92,05

O LUGAR 1 17
88,64 88,64

FORMA QUADRADA
OU RETANGULAR 4
O processo de escolha da localização do am- EIXOS DEFINIDOS 15

i=8

i=8
CONTORNO DA CURVA DE NÍVEL

,33

,33
ÁREA DE ESTUDO
biente educativo no Morro da Cruz se iniciou na verifi-

%
8
DELIMITAÇÃO
MACIÇO DO cação das áreas de ZEIS na cidade, segundo o Plano
EIXOS DEFINIDOS A PARTIR DAS CURVAS DE NÍVEL 6. COBERTURA 2 92,85

MORRO DA CRUZ Diretor de Florianópolis, juntamente com uma análise A cobertura, além da função de proteção contra as in-
da renda e densidade da cidade. tempéries, torna-se um elemento de integração entre os 92,80 92,80

A concentração de serviços e equipamentos 4.DISTRIBUIÇÃO DAS EDIFICAÇÕES espaços de salas de aula e entre o ambiente externo e
9
públicos na área Central de Florianópolis tendencia A distribuição das edificações acompanham os eixos estru- interno. 95,45
19 10
turantes, assim como a transição entre o ambiente público

i=8
uma ocupação nas encostas do Morro da Cruz onde INTEGRAÇÃO MISTA

,33
%
o custo de moradia é baixo já que se localiza em áre- e escolar. A área pública se localiza mais próxima da rua e

i=8
19

,33
as de grande declividade e de risco, além da dificul- no mesmo nível da via de acesso e da creche existente. O 19 11 3

%
dade de acesso. espaço escolar se situa abaixo do nível rua, acompanhan- 12
A escolha de um ambiente educativo no Morro da do a declividade do Morro e criando um espaço mais iso- 2
FORMA “Z”
B' B'
Cruz também é por se localizar no distrito Sede que lado e íntimo. A área semi-pública inclui os dois níveis para 8. RECEPÇÃO E SECRETARIA 92,05
1
é a região mais densa da cidade. Apesar da área criar o espaço de transição. 9. SALA DO DIRETOR 19
95,00 15 92,05

central da cidade ter alta concentração de edifícios 10. SALA DO COORDENADOR PE-
educativos, no morro da Cruz ainda há uma preca- 7 DAGÓGICO
riedade desses equipamentos. 11. ENFERMARIA 15 %
A comunidade do Alto da Caieira é a menos DELIMITAÇÃO DA COBERTURA 12. SALA DE REUNIÕES i=8
,33

atendida em relação a infraestrutura da região do 13. SALA DOS FUNCIONÁRIOS


Maciço. Além disso, há precariedade de creches, es- 14. SALA DE COMPUTADORES
1.PRAÇA 1. PILAR DE CONCRETO

A'

A'
colas de ensino fundamental e médio, além de falta 15. BANHEIRO 20
2. ÁREA COBERTA 2. LAJE DE CONCRETO
de equipamentos urbanos na região e nas proximi- 16. REFEITÓRIO
3. QUADRA ESPORTIVA DE PEQUE- 3. PILAR METÁLICO TUBULAR
dades. 17. COZINHA
NO PORTE 4. VIGAS METÁLICAS - PERFIL “I”
18. DEPÓSITO
4. HORTA FORMA “L” 5. ESTRUTURA E FECHAMENTO DA COBERTURA
19. SALAS DE AULA
ÁREA PÚBLICA 5. BIBLIOTECA 6. TELHA METÁLICA SANDUÍCHE
20. PARQUINHO
6. AUDITÓRIO
ÁREA SEMI-PÚBLICA 21. DESPENSA
7. ACESSO ESCOLA
ÁREA PRIVADA
SALAS MULTIUSO
EIXOS DEFINIDOS

7. IMPLANTAÇÃO

ÁREA PÚBLICA
ÁREA
PROJETADA ÁREA SEMI-PÚBLICA
CRECHE ÁREA ESCOLAR
EXISTENTE

ESCALA 1/2000

SALAS DE EXPOSIÇÕES

CORTE AA` CORTE BB`


ESCALA 1/100

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