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EXERCÍCIO COMPLEMENTARES – LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL

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Texto 1

Amor é fogo que arde sem se ver;


É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem-querer;


É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;


É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor


Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é mesmo o Amor?
CAMÕES, Luís Vaz de. Sonetos. Texto integral. Notas de M. de
Lurdes Saraiva. Lisboa, Publicações Europa-América, 1975. p. 181.

Texto 2

MONTE CASTELO

Ainda que eu falasse a língua dos homens é cuidar que se ganha em se perder;
e falasse a língua dos anjos é querer estar preso por vontade;
sem amor eu nada seria. é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata lealdade.
é só o amor, é só o amor
tão contrário a si é mesmo o amor.
que conhece o que é verdade
o amor é bom, não quer o mal estou acordado e todos dormem,
não sente inveja ou se envaidece todos dormem, todos dormem
agora vejo em parte
amor é fogo que arde sem se ver;
mas então veremos face a face
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente; é só o amor, é só o amor
é dor que desatina sem doer. que conhece o que é verdade
o amor é bom, não quer o mal
ainda que eu falasse a língua dos homens
não sente inveja ou se envaidece
e falasse a língua dos anjos
sem amor eu nada seria. ainda que eu falasse a língua dos homens
e falasse a língua dos anjos
é um não querer mais que bem-querer;
sem amor eu nada seria.
é solitário andar por entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
Renato Russo, Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos

Texto 3

PÉTALA

O seu amor Feito em seu nome


Reluz Quanto mais desejo
Que nem riqueza Um beijo seu
Asa do meu destino Muito mais eu vejo
Clareza do tino Gosto em viver, viver...
Pétala Por ser exato
De estrela caindo O amor não cabe em si
Bem devagar Por ser encantado o amor revela-se
Ó meu amor Por ser amor
Viver Invade
É todo sacrifício E fim
Djavan. Luz. CBS, 1982.

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01- Assunto: Interpretação de Texto
Nos três textos, qual é o objetivo do eu-lírico?

02- Assunto: Interpretação de Texto


Marque com um (X) a afirmativa adequada. De acordo com o texto 1, podemos afirmar que:
(A) O amor é um sentimento que expressa apenas aspectos positivos.
(B) O amor é um sentimento de aspectos contraditórios.
(C) O amor traz mais infelicidade e tristeza do que alegria e prazeres.
(D) O amor é estritamente solitário.

• Justifique a resposta assinalada na questão anterior:

03- Assunto: Interpretação de Texto


Explique a 2ª estrofe do texto 2:

04- Assunto: Interpretação de Texto


Explique qual é a importância que o amor tem para o eu-lírico do texto 2?

05- Assunto: Interpretação de Texto


Concorde ou discorde da última estrofe do texto 3 e justifique sua resposta:

06- Assunto: Classificação das Orações


Complete os períodos abaixo com os tipos de orações pedidas nos parênteses:

a) Vou amar _______________________________________________ (ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA)

b) Vou amar ______________________________________________ (ORAÇÃO COORDENADA ADVERSATIVA)

c) Vou amar _____________________________________________ (ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL)

Texto 4
A BELEZA NÃO É UM ATRIBUTO FUNDAMENTAL

Entre os mitos do amor – não provados porém muito acreditados – encontra-se o da beleza. Diz-se que a paixão
pede a beleza para crescer e nosso querido poeta Vinícius de Moraes chegou ao extremo de afirmar: “As feias que me
perdoem, mas beleza é fundamental”. Já na expressão homérica da guerra de Tróia, atribuía-se o conflito à beleza de
Helena, reforçando a crença no poder da estética e em sua importância para o florescimento do amor.
No entanto, as coisas não se passam bem assim na realidade. Se a beleza fosse imprescindível para o amor, onde
ficariam todos os feios e as feias que conhecemos, provavelmente a maior parte da população? Eles precisariam perguntar
ao poeta para que seria a beleza fundamental. Como a beleza é menos freqüente do que a feiúra, podemos presumir que a
maioria formada pelos feios dê valor à qualidade que lhes é ausente e, por essa razão, haveria uma ponderável parcela de
pessoas valorizando, até excessivamente, a beleza como qualidade importante na busca de um parceiro. Para confirmar
essa hipótese, podemos tomar o exemplo do próprio Vinícius de Moraes, que certamente não primava pela beleza na
época em que criou a famosa frase.
Freqüentemente, vemos casais que nos chamam a atenção exatamente por serem singularmente díspares, pois,
enquanto um é muito bonito, o outro é bem o contrário. É provável que isso se deva a um fenômeno bastante comum – a
atração dos opostos. Tanto quanto uma pessoa feia pode valorizar a beleza como qualidade que busca em seu parceiro, a
pessoa bonita pode se desinteressar por uma qualidade que, para ela, não passa de um dom natural, em geral
escassamente apreciado por não ser fruto de um especial esforço, por não ser uma conquista, mas algo recebido, por
assim dizer, de mão beijada.
Na verdade, se pensarmos friamente, a beleza – como característica desejada no parceiro que buscamos – deve vir
numa posição não muito destacada, visto que existem muitas outras qualidades que são de fato mais fundamentais quando
procuramos nosso companheiro de viagem pela vida. Honestidade, inteligência, capacidade de amar, diligência,
generosidade, bondade, disciplina pessoal e saúde são algumas das qualidades que valorizam uma pessoa mais que
simplesmente sua formosura. Daí a sabedoria popular afirmar que “beleza não põe mesa”.
Não resta a menor dúvida de que a beleza abre portas, facilita um primeiro contato, cria uma impressão favorável e
uma predisposição positiva nas pessoas. Até porque ela tende a ser vista como a expressão externa de algo interno, ou
seja, mostra-se como uma prévia de qualidades a serem percebidas posteriormente. Tendemos a acreditar que uma
pessoa é boa e inteligente simplesmente porque é bela. Isso, porém pode se tornar uma faca de dois gumes na medida em
que se passa a esperar um melhor desempenho e um maior leque de qualidades em uma pessoa, apenas pelo fato de ela
ser bonita.
É muito comum encontrarmos entre as mulheres – como corolário do mito da beleza fundamental – um outro mito: o
da capa da revista. Muitas mulheres tendem a ficar inseguras quando disputam um namorado com outra que consideram
mais bonita ou quando percebem seu homem manifestar interesse por uma mulher do tipo “capa de revista”. Na
imaginação, acolhem a idéia de que os homens tenderiam a procurar mulheres especialmente bonitas para serem suas
parceiras, o que viria a se encaixar com a idéia de que a beleza seria mesmo a qualidade mais valorizada por eles. Podem
até existir aqueles que colocam a beleza em primeiro lugar, mas é muito provável que sejam minoria. A maior parte dos
homens está em busca de mulheres com outras qualidades consideradas mais fundamentais.
A qualidade de fato mais importante está na capacidade de cada indivíduo tirar partido dos aspectos positivos de
sua aparência. Com isso, cada um de nós mostra que, mais fundamental do que ser bonito, é revelar uma atitude de amor,
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carinho e cuidado consigo mesmo. Isso pode ser percebido por sinais exteriores que, por serem realmente mais valiosos do
que a beleza natural, acabam se confundindo com ela. O que acontece, muitas vezes, é que uma pessoa se torna atraente
e nos parece bonita devido somente às suas outras qualidades.

(Luiz Alberto Py. Caras, 2/3/1995.)

07- Assunto: Interpretação de Texto


Com esse texto, qual dos seguintes pontos de vista o autor procura defender? Marque com um X a resposta adequada.
(A) A beleza física não existe; ela é relativa e depende de outras qualidades que temos.
(B) A beleza física não é o mais importante para a felicidade amorosa, apesar de ser muito valorizada socialmente.
(C) Além da beleza física, outros valores devem ter menos importância do que têm recebido socialmente.
(D) A beleza não é valorizada socialmente como deveria ser.

08- Assunto: Interpretação de Texto


O autor do texto concorda com o poeta Vinícius de Moraes no que diz respeito à beleza? Justifique.

09- Assunto: Interpretação de Texto


No 5º parágrafo, o autor reconhece que a beleza “abre portas”, facilita o contato inicial com outras pessoas. Porém, em
contrapartida, ela também cria problemas para a pessoa bonita. Responda:

a) De que maneira a beleza “abre portas” para aquela que a possui?

b) Que tipo de problema, segundo o texto, a beleza pode trazer?

10- Assunto: Interpretação de Texto


Ao longo do texto, o autor desenvolve seu ponto de vista acerca da importância da beleza. Identifique, no último
parágrafo, a palavra ou expressão que explicita e comprova a posição do autor em relação a este aspecto.

11- Assunto: Interpretação de Texto


A revista Caras, na maior parte de seus textos, trata de notícias relacionadas a pessoas de renome na sociedade:
empresários, artistas de televisão (principalmente de novelas), músicos, cantores, modelos, jogadores de futebol, etc.
Muitas dessas pessoas são fotografadas em suas mansões e aparecem maquiadas, com roupas finas, jóias, carros
luxuosos...

a) Com base nas informações acima, responda: Que importância a beleza física tem nesse universo social retratado na
revista? Justifique:

b) O texto de Luiz Alberto confirma ou questiona os valores geralmente expostos por esse grupo social? Justifique.

12- Assunto: Interpretação de Texto


Explique e caracterize o que é uma mulher tipo “capa de revista”.

13- Assunto: Classificação das Orações


Transforme o predicativo do sujeito da frase abaixo numa oração subordinada substantiva predicativa. Sublinhe-a.
O caráter realmente é fundamental

14- Assunto: Classificação das Orações


Una as orações abaixo com o pronome relativo cujo ou uma de suas variantes:
Esse garoto parece brilhante. O coração desse garoto é grande.

15- Assunto: Classificação das Orações


Coloque (V) ou (F) conforme as afirmativas sejam VERDADEIRAS ou FALSAS: Corrija as FALSAS.
( ) Em “Dizem que a paixão é bela” temos duas orações: a primeira é a principal e a segunda, subordinada
substantiva predicativa.
Justificativa:

( ) Em “A sabedoria é essencial e a beleza é complemento” temos duas orações coordenadas assindéticas.


Justificativa:

( ) Em “Quando nos valorizamos somos mais felizes” temos, na primeira oração, uma idéia de causa.
Justificativa:
( ) Em “Quanto mais ria, mais bonita ficava” a primeira oração é subordinada adverbial proporcional.
Justificativa:

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16- Assunto: Classificação das Orações
Transforme os períodos simples em períodos compostos por subordinação. Sublinhe as orações subordinadas
adjetivas e circule os pronomes relativos:

a) A menina era bonita. Geraldo namorava a menina.

b) Esta é a “capa da revista”. Eu lhe falei da “capa da revista”.

Texto 5
DE MÃOS DADAS

Não serei um poeta de um mundo caduco.


Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,


Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
A vida presente.

17- Assunto: Interpretação de Texto


Marque a melhor resposta, justificando abaixo sua escolha;
a) O título do poema:
(A) se justifica pela solidariedade que o poeta presta aos demais homens;
(B) representa a união entre os poetas em prol de um melhor mundo futuro;
(C) está ligado à mensagem política, à união do povo contra a exploração do homem pelo homem;
(D) contém a mesma idéia do verso um, que se repete ao longo do poema;
(E) significa o desejo do poeta de ver unidos todos os homens em torno de uma vida mais justa e humana.
Justificativa:

b) “Não serei o poeta de um mundo caduco...” (verso1). O significado mais apropriado para o termo sublinhado é:
(A) antigo; (B) ultrapassado;
(C) louco; (D) idealizado;
(E) injusto.
Justificativa:

c) O único termo ou expressão que não repete a idéia de caduco é:


(A) entorpecentes; (B) serafins;
(C) mulher; (D) suspiros ao anoitecer;
(E) mundo futuro.
Justificativa:

d) Dentro da poética defendida pelo autor, o poeta condena vários pontos. Assinale a exceção:
(A) a volta ao passado; (B) a fantasia alienada;
(C) os temas individuais; (D) a falta de participação;
(E) o uso de entorpecentes.
Justificativa:

e) A idéia contida no verso: “Estou preso à vida e olho meus companheiros.” (verso 3) se repete em:
(A) “O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente”;
(B) “Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida”;
(C) “Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela’;
(D) “Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”;
(E) “também não cantarei o mundo futuro”.
Justificativa:

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18- Assunto: Classificação das Orações
E Una as orações, formando um período composto, obedecendo à classificação pedida:

a) “Não serei um poeta de um mundo caduco __________________ também não cantarei o mundo futuro". (2ª oração:
coordenada sindética adversativa)

b) “O presente é tão grande ____________________ não nos afastemos". (2ª oração: coordenada sindética conclusiva)

19- Assunto: Classificação das Orações


Classifique as orações abaixo:
a) “Estou preso à vida e olho meus companheiros”

• 1ª oração: ___________________________________________________________________________________
• classificação: ________________________________________________________________________________

• 2ª oração: ___________________________________________________________________________________
• classificação: ________________________________________________________________________________

b) “Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.”

• 1ª oração: ___________________________________________________________________________________
• classificação: ________________________________________________________________________________

• 2ª oração: ___________________________________________________________________________________
• classificação: ________________________________________________________________________________

Texto 6
UMA ESPERANÇA
Clarice Lispector

Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica que tantas vezes verifica-se ser ilusória, embora mesmo
assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.
Houve o grito abafado de um de me...us filhos:
— Uma esperança! e na parede bem em cima de sua cadeira!
Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha:
esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça
numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não podia ser.
— Ela quase não tem corpo, queixei-me.
— Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele
falava das duas esperanças.
Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou
renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.
— Ela é burrinha, comentou o menino.
— Sei disso, respondi um pouco trágica.
— Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.
— Sei, é assim mesmo.
— Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.
— Sei, continuei mais infeliz ainda.
Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando-a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do
lar para que não apagasse.
— Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.
Andava mesmo devagar — estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria sangue, tem
sido sempre assim comigo.
Foi então que farejando o mundo que é comível saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me
parecia a aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar-se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas
nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê-la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente,
confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:
— É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte...
— Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.
— Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros — falei sentindo a frase deslocada e ouvindo o
certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a
empregada, eu lhe diria apenas: você faça o favor de facilitar o caminho da esperança.
O menino, morta a aranha, fez um trocadilho com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que estava vendo
televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo.
Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão delicada que isso
explica porque eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá-la.

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Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta pousara no meu braço. Não senti
nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não
mexia o braço e pensei: "e essa agora? que devo fazer?" Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma
flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. É, acho que não aconteceu nada.

20- Assunto: Interpretação de Texto


Observe: "Aqui em casa pousou uma esperança".
a) A partir do texto, relacione as colunas abaixo:
(A) Esperança: inseto
(B) Esperança: sentimento
( ) coisa secreta ( ) ilusória
( ) burrinha ( ) concreta e verde
( ) alma ( ) corpo

b) Observando o verbo POUSAR, aponte a diferença entre as duas esperanças.

21- Assunto: Interpretação de Texto


"...mesmo assim nos sustente sempre."
a) Assinale a alternativa em que o verbo sustentar tenha o mesmo significado da passagem acima.
(A) As colunas sustentarão o edifício. (B) Sustentarei a minha esperança até o final.
(C) Não sustentando a violência, fugiu. (D) O meu otimismo sustenta a alegria de viver.
(E) Sustentei meus filhos com o suor do meu trabalho.

b) Por que a esperança nos sustenta sempre?

22- Assunto: Interpretação de Texto


"Não uma aranha, mas me parecia a aranha."
• Determine a diferença entre os termos destacados

23- Assunto: Interpretação de Texto


O Mãe e filho fazem observações sobre os movimentos do inseto na parede. Assinale as afirmativas CORRETAS.
(A) Nesse diálogo, o filho fala só do inseto.
(B) A mãe só fala e pensa no inseto.
(C) A mãe responde ao filho, pensando no sentimento esperança.
(D) O filho pensa e fala no sentimento esperança.

Texto 7

TOCANDO EM FRENTE

Ando devagar Eu vou tocando os dias


Porque já tive pressa Pela longa estrada
Levo esse sorriso Eu vou
Porque já chorei demais Estrada eu sou
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz quem sabe Conhecer as manhas e as manhãs
Só levo a certeza O sabor das massas e das maçãs
De que muito pouco eu sei É preciso amor pra poder pulsar
Eu nada sei É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs Todo mundo ama um dia
É preciso amor pra poder pulsar Todo mundo chora
É preciso paz pra poder sorrir Um dia a gente chega
É preciso a chuva para florir E o outro vai embora
Cada um de nós
Penso que cumprir a vida Compõe a sua historia
Seja simplesmente Cada ser em si carrega o dom
Compreender a marcha De ser capaz
Ir tocando em frente De ser feliz
Como um velho boiadeiro levando a boiada

SATTER, Almir e TEIXEIRA, Renato. Almir Satter ao vivo.


Rio de Janeiro: Columbia, 1991, número 850. 139-464237

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24- Assunto: Interpretação de Texto
Explique, de acordo com o contexto do poema-canção, o emprego da forma verbal contida no seu título.

25- Assunto: Interpretação de Texto


O que se pode entender com os versos:
“Hoje me sinto mais forte
Mais feliz quem sabe”

26- Assunto: Interpretação de Texto


O emprego dos substantivos e verbos nos versos 11, 12 e 13 demonstram:
(A) a força que o eu-lírico faz para ser feliz;
(B) a necessidade que o eu-lírico tem de ser feliz;
(C) a busca da simplicidade, valor que para o eu-lírico é importante;
(D) eles mostram o quanto o eu-lírico está feliz;
(E) eles ilustram o estado depressivo do eu-lírico que se sente só.

27- Assunto: Classificação das Orações


"Ando devagar porque já tive pressa”
“Levo o seu sorriso porque já chorei demais”
• Os dois períodos acima são compostos pelo mesmo processo. Identifique-o, marcando corretamente a alternativa
abaixo que corresponde à sua classificação correta das orações:
(A) Oração principal + oração subordinada adverbial causal
(B) Oração assindética + oração sindética causal
(C) Oração principal + oração sindética explicativa
(D) Oração assindética + oração coordenada sindética explicativa
(E) Oração assindética + oração subordinada sindética causal

28- Assunto: Classificação das Orações


“é preciso amor pra poder pulsar”
“é preciso paz pra poder sorrir”
“é preciso a chuva para florir”
• A segunda oração dos períodos acima estabelecer uma mesma idéia de:
(A) conseqüência (B) finalidade
(C) causa (D) proporção
(E) tempo

29- Assunto: Classificação das Orações


“Só levo a certeza de que muito pouco eu sei”
Colocando a segunda oração na ordem direta teremos: Só levo a certeza de que eu sei muito pouco.
• Marque a alternativa que apresenta a sua classificação gramatical:
(A) O.S.S.Subjetiva (B) O S.S.Objetiva direta
(C) O.S.S. Objetiva indireta (D) O S.S. Completiva nominal
(E) O.S.S. Predicativa

30- Assunto: Classificação das Orações


“Como um velho boiadeiro tocando a boiada, eu vou tocando os dias pela velha estrada”
Na ordem direta, o período acima ficaria: Eu vou tocando os dias pela velha estrada como um velho boiadeiro
levando a boiada.
• A segunda oração do período estabelece com a primeira uma idéia de:
(A) tempo (B) comparação
(C) conseqüência (D) causa
(E) concessão

Texto 8
ONZE HOMENS CERCAM MULHER NA MADRUGADA

Foram ao todo onze homens para uma única mulher, numa única madrugada. “Você pensa que essas coisas nunca
vão acontecer com você”, a frase típica da mentalidade estreita das classes favorecidas, incapazes de entender que a vida
são os acidentes, os imprevistos do meio do caminho. Não é necessário muita filosofia. Uma simples frase de letra de
música de John Lennon diz: “a vida é o que lhe acontece quando você está ocupado fazendo outras coisas.”
Foram onze homens ao todo numa única madrugada. O carro pifou de repente, às duas da manhã na rua deserta,
do bairro da classe média. A mulher teve arrepio de horror: é agora que vou ser estuprada. O carro não respondia,
acusando o defeito insondável.
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São Paulo, gigantesca, ganhava dimensões assustadoras no eco silencioso da madrugada. O carro, pedaços e
partes de lata, ferro e fluidos incompreensíveis, não respondeu.
A mulher desceu, só. Nessas horas, dependendo da mulher que é, não haverá um homem ao seu lado. O dela
estava longe, no estrangeiro. Isso dava a exata noção de sua pior solidão. Quando olhava ao redor procurando sinal de
vida, sentiu um início de desespero.
O carro, mudo, tinha virado um poste de concreto, um pedaço de asfalto, matéria inanimada que antes, funcionando,
não parecia – o carro antes parecia gente, um homem grande, que a trazia de volta para casa a salvo. Dele dependia sua
segurança pessoal, sua integridade física, sua vida.
Era um desses casos de defeituosa inserção da tecnologia no domínio global da vida: o crescimento das grandes
cidades, a escravização do homem pela máquina, a desorganização social. Ela seria estuprada em plena rua na
madrugada.
Mas logo reagiu. Afinal, sempre tinha sido assim. Diante dos supostos perigos noturnos que ela tinha, desde
menina, desenvolvido fortalezas internas. Sua vida real, na época, era tão ruim que ela não temia sombras ocultas no
escuro.
Sempre enfrentou com desassombro os fantasmas que povoam a infância. Aprendeu cedo a achar que nada podia
ser pior do que a própria vida real e as próprias pessoas.
Os primeiros homens para quem acenou por ajuda vinham de motocicleta. Ela não viu que havia um terceiro a
segui-los de carro. Pararam, um deles meio bêbado. Tentaram o tranco, sem violência.
Os três seguintes estavam juntos num carro de luxo, que ela avistou de longe. Pararam. Um deles até ofereceu o
celular, se ela quisesse pedir ajuda.
Os outros três eram feirantes já montando barracas para a feira do dia. Um deles, negro, fingiu-se de aleijado,
saltitando numa perna só, ao perceber que ela vinha pedir ajuda. Ela riu. Os três empurraram o carro ao longo do trecho
final.
Os últimos foram o porteiro e o zelador, que terminaram de acomodar o carro na garagem. Sentindo-se uma rainha,
ela reprimiu o desejo de beijar na boca todos aqueles homens, gentis, servos da noite. Afinal, arre! Como dizia um poeta,
ela estava farta de semideuses. Havia enfim, gente nesse mundo até possível.
(Marilene Felinto. Folha de São Paulo, 16 de abril de 1996.)

31- Assunto: Interpretação de Texto


O título tem caráter sensacionalista. Explique:

32- Assunto: Interpretação de Texto


A aventura que vai ser narrada tem sua apresentação no 1º parágrafo: de início, a autora repete as informações que já
foram dadas no título e, em seguida, induz o leitor a refletir sobre o acontecido.
a) Que adjuntos adnominais da primeira oração contribuem para aumentar o suspense?

33- Assunto: Interpretação de Texto


Do segundo parágrafo em diante, o leitor passa a assistir ao filme: cena após cena.
• Você concorda com a metáfora – filme – estabelecida para a crônica de Marilene Felinto? Argumente sua resposta.

34- Assunto: Interpretação de Texto


Na maior parte do texto, o leitor está convicto de que a mulher vai ser violentada.
a) Que trecho mostra que essa convicção se desfaz?

b) Uma interjeição completa o alívio do leitor: arre. Por que o leitor se sente aliviado?

c) Diante de tanto desespero da mulher, que fato justifica o seu riso, no penúltimo parágrafo? Explique.

35- Assunto: Interpretação de Texto


Para a mulher mostrada no texto, que importância tinha a “inserção da tecnologia”? Justifique sua resposta.

36- Assunto: Interpretação de Texto


No 3º parágrafo, é feita uma comparação entre um homem e um carro. Que aspectos tornam possível essa
comparação. Explique:

37- Assunto: Interpretação de Texto


Explique o trecho final do texto: “Havia enfim, gente nesse mundo até possível.”

R.: ____________________________________________________________________________________________

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Texto 9

POEMA DO FIM DO ANO

Lá bem no alto do décimo-segundo andar do Ano


Mora uma louca chamada Esperança:
E quando todas as buzinas fonfonam
quando todos os reco-recos matracam
quando tudo berra quando tudo grita quanto tudo apita
A louca tapa os ouvidos
e
atira-se
e — ó miraculoso vôo! —
Acorda, outra vez menina, lá embaixo, na calçada.
O povo aproxima-se aflito
E o mais velhinho curva-se e pergunta:
— Como é o teu nome, menininha de olhos verdes?
E ela então sorri a todos eles
E lhes diz, bem devagarinho para que não esqueçam nunca:
— O meu nome é ES - PE - RAN - ÇA...

Mário Quintana. Lili inventa o mundo. p. 37.

38- Assunto: Interpretação de Texto


Em que tempo se passa a ação? Identifique-o, localizando os espaços.

39- Assunto: Interpretação de Texto


Há dois momentos no texto. Marque (1) para o que nos sugere o PRIMEIRO e (2) para o que nos sugere o SEGUNDO.
( ) fim, agitação, loucura. ( ) paz, esperança, morte.
( ) tranqüilidade, loucura, alegria. ( ) renovação, vida, esperança.

40- Assunto: Interpretação de Texto


Retire do texto uma passagem em que o autor se utiliza da personificação para caracterizar a esperança.

GABARITO

01- Ressaltar a importância do amor.

02- (B) Há vários aspectos contraditórios, tais como: ganhar em se perder e ferida que dói sem se sentir.

03- O amor de verdade é bom e não se envaidece.

04- Sem o amor, ele simplesmente não teria sentido, não seria nada.

05- Resposta pessoal.

06- a) embora... (resposta pessoal)

b) mas... (resposta pessoal)

c) para que... (resposta pessoal)

07- (B)

08- Não. Para o autor, existem outras qualidades que valorizam uma pessoas mais que a beleza física.

09- a) Ela facilita um primeiro contato e cria uma impressão favorável.

b) Acredita-se que uma pessoa seja boa e inteligente simplesmente por ser bela.

10- "Revelar uma atitude de amor."

11- a) Muita importância, já que se destaca e se dá importância ao belo e ao material.

b) Questiona, já que ele aponta qualidades outras, além da beleza física.

12- É a mulher bela, de acordo com os padrões de beleza valorizados em determinada sociedade.

13- O caráter realmente é o que se considera fundamental.

14- Esse garoto cujo coração é grande parece brilhante.


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15-
(V) Em “Dizem que a paixão é bela” temos duas orações: a primeira é a principal e a segunda, subordinada
substantiva predicativa.
Justificativa:

(F) Em “A sabedoria é essencial e a beleza é complemento” temos duas orações coordenadas assindéticas.
Justificativa: Somente uma é assindética.

( F) Em “Quando nos valorizamos somos mais felizes” temos, na primeira oração, uma idéia de causa.
Justificativa: Temos um idéia de tempo.
(V) Em “Quanto mais ria, mais bonita ficava” a primeira oração é subordinada adverbial proporcional.
Justificativa:

16- a) A menina que Geraldo namorava era bonita.

b) Esta é a capa da revista que eu lhe falei.

17- a) (E) O poeta defende o tempo presente e a união entre os homens.

b) (B) Um mundo caduco no sentido de um mundo que não acompanha a evolução.

c) (E) "Mundo futuro" sugere evolução, desenvolvimento.

d) (D) O poeta defende a união das pessoas, o caminhar "de mãos dadas".

e) (A) O poeta considera a vida no presente, os amigos que têm.

18- a) mas

b) portanto

19- a) 1ª oração: Estou preso à vida.


classificação: Oração Coordenada Assindética.

2ª oração: "e olho meus companheiros"


classificação: Oração Coordenada Sindética Aditiva.

b) 1ª oração: "Não fugirei para as ilhas"


classificação: Oração Coordenada Assindética.

2ª oração: "nem serei raptado por serafina"


classificação: Oração Coordenada Sindética Aditiva.

20- a) (B) coisa secreta (B) ilusória


(A) burrinha (A) concreta e verde
(B) alma (A) corpo

b) Há a esperança inseto que pousou na sala e a esperança sentimento que surgiu nas pessoas.

21- a) (D)

b) Através da esperança, temos força e estímulo párea alcançar nossos objetivos.

22- Não era uma aranha qualquer, mas uma aranha em específico que ameaçava a vida da esperança.

23- (C)
(D)

24- A forma verbal gerúndio indica ação em continuidade, processo, assim como os fatos descritos no poema.

25- O poeta sente-se mais forte, mais seguro, e por isso mesmo mais feliz, pois já percorreu e passou por experiências em
sua vida.

26- (C)

27- (D)

28- (B)
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29- (D)

30- (B)

31- O título, através do vocabulário, chama a atenção do leitor de forma sensacionalista.

32- a) "onze", "única"

b) São frases que interagem como leitor e o fazem refletir a respeito.

33- Sim. A cada parágrafo há descrição de cenas passadas pela mulher, de forma a lembrar um filme.

34- a) "Tentaram o tranco, sem violência."

b) Nesse momento, encerra-se a aflição da mulher e o problema é finalmente resolvido.

c) Ela percebe que as suposições dela de que seria agredida eram somente fruto de sua imaginação.

35- A importância de a tecnologia poder ser ou não responsável pelos defeitos do carro.

36- A presença de fluídos e a possibilidade de se ter "respostas", qual um ser humano.

37- No mundo, há pessoas generosas, confiáveis, que ajudam outras em momentos de dificuldades.

38- A ação se passa no final do ano. "No décimo-segundo andar do ano". Seria o último mês do ano.

39- ( 1 ) fim, agitação, loucura ( 1 ) paz, esperança, morte.


( 2 ) tranqüilidade, loucura, alegria. ( 2 ) renovação, vida, esperança.

40- "Acorda, outra vez menina, lá embaixo, na calçada.

FM/0811/DOCUMENTOS/EXERCICIOS COMPLEMENTARES - EXERCICIOS COMPLEMENTARES - PORTUGUES - 9o ANO - 3a ETAPA - 2008.DOC

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