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Material de Apoio - Fisica Quimica
Material de Apoio - Fisica Quimica
FÍSICA E QUÍMICA
Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
RESUMO
PROGRAMA
BIBLIOGRAFIA
PROVAS MODELO
Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
BIBLIOGRAFIA
Beer, F.; Johnston, E.: Mecânica Vectorial para Engenheiros - Dinâmica. 7ª Edição,
Editora McGraw-Hill
9 Formulário Física
Instituto Politécnico de Viseu
Formulário
∆s
Velocidade média v med = (m / s )
∆t
∆v
Aceleração média a med =
∆t
(m / s )
2
r r
2ª Lei de Newton F = ma ( N )
r r
Força gravítica Fg = mg ( N )
r r
Momento linear P = mv ( kg .m / s )
b×h
Área de um triângulo rectângulo A=
2
(m )
2
Funções Trigonométricas
cateto oposto
c senθ =
a hipotenusa
θ
cateto adjacente
b cos θ=
hipotenusa
cateto oposto
tan θ =
cateto adjacente
Teorema de Pitágoras a2 + b2 = c2
− b ± b 2 − 4 ac
Fórmula resolvente x=
2a
Física e Química
FISÍCA
Í E QUÍMICA
Í
Sistemas de Unidades
SI kg - m s
F
Força no S.I.:
S I 1 N = 1 kg / 2
k x 1 m/s Massa no Sistema Inglês: 1 lb = ? x 1 ft/sec2
1 slug
Massa no S.T.: 1 kgf = ? x 1 m/s2
1 UTM (Unidade Técnica de Massa)
Introdução
São as seguintes
g as g
grandezas de base e respectivas
p unidades no SI:
volume específico
p metro cúbico p
por q
quilograma
g m3/kg
g
O
Outras Unidades Derivadas do Sistema
S Internacional
Tabela de constantes
Nome Símbolo Valor e Unidade
A l
Aceleração
ã dda G
Gravidade
id d g / 2
9 81 m/s
9.81
Constante Gravitacional G 6.67 E-11 m3/(s2*kg)
Constante de Planck h 6.626 E-32 J*s
Carga do Electrão q 1.60 E -19 C
Massa do Electrão me 9.11 E-31 kg
Aceleração da Gravidade g 9.80 m/s2
C
Constante
t t ded Pl
Planck
k h 6 626 E-32
6.626 32 J*s
J*
Tabela de prefixos
Tera T 10+12
Giga G 10+9
Mega M 10+6
kilo k 10+3
mili m 10-3
micro µ 10-6
nano n 10-9
pico p 10-12
Conceito
Mecânica é o ramo das ciências físicas que se preocupa com as condições de
repouso ou movimento de corpos sob a acção de forças.
Divisões
¾ Mecânica
M â i d dos C
Corpos Rí
Rígidos.
id
Obj ti
Objectivo
Aplicações
Cálculo estrutural; Projecto de máquinas; Escoamento de fluidos; Comportamento molecular
e atómico dos elementos; Instrumentação eléctrica, etc.
ii) Dinâmica:
Dinâmica estuda
est da o mo
movimento
imento relacionando
relacionando-o
o com as ssuas
as
causas (forças aplicadas).
A estática
táti é um caso particular
ti l ((mais
i simples)
i l )d da di
dinâmica
â i ((onde
d a aceleração
l ã é nula)
l )
Desenvolvimento Histórico
Galileu Galilei (1564-1642): Princípios do estudo da dinâmica (pêndulos e corpos em queda livre).
Euler; D
D’Alembert;
Alembert; Lagrange: Técnicas para aplicação das leis fundamentais
fundamentais.
FISÍCA
Í E QUÍMICA
Í
Movimento uniforme
s = so + v.t
s = posição em um instante qualquer (m, km)
so = posição inicial (m, km)
v = velocidade (m/s, km/h)
t = tempo (s, h)
Equação de Torricelli
s = so + v0.t + 1/2 . g
g.t2 S [m]
vo
v = vo + g.t
So g = -10 m/s2
v2 = vo2 + 2.g. ∆s
Referência
gTerra = - 10 m/s
/ 2
DEMGi - Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
Física e Química
r r
ry r (t ) +
r
ĵ rx
O
iˆ X
r
r ( t ) = r x ( t ) iˆ + r y ( t ) ˆj
r
ry
r
r (t )
+
jĵ r
o iˆ rx
k̂
r X
rz
z r
r (t ) = rx (t ) iˆ + ry (t ) ˆj + rz (t ) kˆ
iˆ
k̂ X
r
A direcção de v é tangente à trajectória no ponto onde se encontra a partícula no
instante considerado.
considerado
r
y v
x
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Física e Química
x
O vector aceleração instantânea é o limite para que tende o vector aceleração média
quando o intervalo de tempo tende para zero. v
r
∆v r r
a = lim v dv d 2r
∆t → 0 ∆t a = =
dt dt 2
y
r r
r r = r (t) = x(t) iˆ + y(t) ˆj + z(t) kˆ
ry
r
r (t )
r drr
+ V = = Vx (t) î + Vy (t) ĵ + Vz (t) k̂
dt
ĵ r
o iˆ rx
k̂
r X
rz r
r dV
z a= = a x (t) iî + a y (t) jĵ + a z (t) k
k̂
dt
v 0 x = v 0 cos θ v 0 y = v 0 sen θ
ax = 0 ay = −g
v x = v 0 cos θ v y = v 0 .sen θ − gt
1
x(t ) = x0 + v0 . cosθ .t y(t ) = y0 + v0 .senθ .t − .g.t 2
2
r 1
r (t ) = ( x0 + v0 . cosθ .t ) iˆ + ( y0 + v0 .senθ .t − gt 2 ) ˆj
r 2
v (t ) = (v0 . cosθ ) iˆ + (v0 .senθ − gt) ˆj
r
a(t ) = 0 iˆ − g ˆj
at = 0
v2
an =
R
Movimento Circular
Designam-se por movimentos circulares aqueles em que a trajectória é circular ou
seja o raio R é constante
constante.
Período, T: É o tempo gasto por um corpo para efectuar uma volta completa no circulo.
1
T=
f
1
f =
T
2πR
w= = 2πf
TR
Velocidade angular
Considerando uma partícula a descrever uma trajectória circular no plano xy, em
que R é o raio da trajectória
trajectória.
Para ângulos pequenos: ds = R dθ
z
ds dθ
Dividindo ambos os membros por dt , vem: = R
dt dt
r ds
w Sabendo que: v = Se definirmos w como
dt
dθ
velocidade angular escalar: w =
r dt
r rt + ∆t y
rt
dθ r vem: v=w R
ds v
Pt +∆t
Pt A velocidade angular é uma grandeza vectorial com
x di
direcção
ã normall ao plano
l d movimento
do i t e sentido
tid dado
d d
ds - arco descrito pela partícula; pela regra da mão direita. Podemos então escrever:
dt - intervalo de tempo;
r
dθ - ângulo ao centro
centro. w = w kˆ
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Física e Química
w4
v4
v = wR
w3
v3
v1
w1
w1 = w2 = w3 =w4 = w
Aceleração angular r
r dw
Derivando o vector velocidade angular em ordem ao tempo obtém-se: α=
dt
1 - Movimento circular uniforme
Neste tipo de movimentos o módulo do vector velocidade é constante, mas a sua
direcção altera-se constantemente.
}
ddv
v = const . ⇒ = 0 ⇒ at = 0 r r v2 r
r
dt ⇒ a = 0 ut + u n
r dv r R
v ≠ const. ⇒ ≠ 0 ⇒ an ≠ 0
dt
Como a velocidade é constante então: ∆s
v = ⇒ s = s 0 + vt
∆t
∆θ
w = velocidade angular (rad/s) w = ⇒ θ = θ + wt
∆t
0
∆θ = ângulo percorrido (rad)
∆t = tempo (s) v
v = velocidade escalar (m/s) v = wR ⇒ w = = c te
r = raio (m) R
a
W = Constante α= =0
R
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Física e Química
E
Exercícios
í i ded movimento
i t circular
i l e uniforme
if
Um corpo realiza um movimento circular e uniforme, com velocidade de 5 m/s.
Sendo a aceleração normal igual a 10 m/s2, determine o raio de sua trajectória
trajectória.
r
A vA r r r r
v A = v B = vC = v D
r
r aA
vD r r r r
a A = a B = aC = a D
r
aD B
r
D aB
r
r vB
aC
r
vC C
Velocidade linear
linear, v [m/s] Velocidade angular
angular, w [rad/s]
v = w.R e a=αR
Equações do M. R. U Equações do M. C. U
s = s 0 + vt θ = θ 0 + wt
v = v0 = const. w = w 0 = const .
a=0 α =0
FISÍCA
Í E QUÍMICA
Í
Intensidade
Tipos de Forças
Forças externas Forças internas
¾ Externas e Internas
r
N
r r
Fa F
¾ Outras forças
r
Fg
¾ Concentradas e Distribuídas
F(X)
F
Forças
ç de contacto - são as forças
ç nascidas do mútuo contacto entre os corpos.
p
Forças de "acção à distância" - são forças de campo, nascidas em função das suas
propriedades.
Exemplos de Forças
Terra r r Lua r r r r
F −F F −F N F −F S
m + -
F = K ∆x
Órbita da Terra em volta do Sol.
coplanar (concorrente
(concorrente, paralelo,
paralelo qualquer)
Sistema {
r r r
FR = F1 + F2
r r r r r r
F R = F1 + F2 + .... + Fn ou FR = ∑ Fi
i
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Física e Química
r r r r r
r F = Fx + Fy Fy F
F r θ
Fy r x
θ r Fx
r F = F cos θ iˆ + Fsenθ ˆj
Fx
Leis de Newton
2. Duas vezes a força imprime à caixa uma aceleração duas vezes maior.
3. Duas vezes a força sobre uma massa duas vezes maior, produz a
mesma aceleração original, a.
3ª lei de Newton,
Newton ou lei da acção reacção
As forças manifestam-se aos pares. Se A exerce uma força sobre B, este, reagirá
com outra força do mesmo módulo, mesma direcção e sentido contrário. Não existe
acção
ã sem reacção.
ã r r
F −F
E
Exemplo:
l um avião
iã a jjacto
t ffunciona
i d
da seguinte
i t fforma: o gás
á expandindo-se
di d nas
câmaras de combustão, é expelido pelo avião, para trás e reage de acordo com a 3ª lei
de Newton, exercendo sobre o avião uma força que o impulsiona para a frente.
Leis do Atrito
Quando se trava fazendo as rodas girarem mais lentamente o atrito é grande, pois os
pneus não deslizam (atrito estático), e o carro para logo. Se você trava violentamente,
impedindo as rodas de girarem, elas deslizam e o atrito é menor (atrito dinâmico) ; o
carro não parará logo e derrapará.
derrapará
Quando uma superfície sólida desliza sobre outra as pequenas reentrâncias que
nelas existem prendem-se umas nas outras e produzem o atrito de deslizamento que
se opõe ao movimento.
Corpo em repouso sobre a superfície da mesa Corpo a deslizar sobre a superfície da mesa
r
R
r
F
r r
R R
r
F r
−R
r
Fg r
r −R
r Fg
−R
r
− Fg
Centro da Terra
r
r r F
r F Fa
Fa
r
r
Fg
Fg
r
r
Fg
Fg
θ
θ
Leis do Atrito
Força atrito [ N ]
Fa limite
Fa dinâmico
tagθ = µ e
F1 F2 F3 r
Força externa [ N ]
N r
Fa
r r
N r Fg
r Fa
N
r
Fa
r
Fg
r θ
Fg θ
θ
FISÍCA
Í E QUÍMICA
Í
Define se momento linear de uma partícula como sendo o produto de sua massa por
Define-se
sua velocidade: v r m
P = mv [kg. ]
s
Conta-se que Newton na realidade formulou a sua Segunda Lei em termos do
momento linear da seguinte forma:
A taxa de variação do momento linear de uma partícula é proporcional à
resultante das forças que agem sobre essa partícula, e tem a mesma direcção e o
mesmo sentido que essa força.
força
r
r dP d r r r
FR = = dv r
(mv ) Para os sistemas de massa constante: FR = m = ma
d
dt ddt dt
Algumas vezes é mais interessante considerar o valor médio da força impulsiva que o seu
valor em cada instante. Considerando a situação unidimensional podemos definir a força
impulsiva média (impulso) que actua numa partícula durante a colisão como:
r r
I = Fm .∆t [ N .s ]
Teorema do Impulso
v
Considerando uma partícula isolada, que se move com momento linear P. Se a
partir de um certo tempo ti até um instante posterior tf , passa a actuar sobre ela
r v
uma força F . O momento linear da partícula vai sofrer alteração ∆P devido à
v
existência da força actuante e essa variação é chamada de impulso I. A segunda
Lei de Newton, tem a forma:
r
r dpr tf
r pf
r
F =
dt
⇒ ∫ Fdt = ∫
r
d p
ti pi
r r r r r r
F ∆t = ∆p ⇔ I = ∆p = m(v f − vi )
Exemplos de Aplicação
Num choque, forças relativamente grandes, actuam em cada uma das partículas
que colidem
colidem, durante um intervalo de tempo relativamente curto
curto.
r r r r r r r
Da conservação
ç do momento linear total,, vem: ∆P = ∆P1 + ∆P2 = 0 ⇔ ( P1 f − P1i ) + ( P2 f − P2i ) = 0
r r r r r r
Pi = Pf ⇒ m1v1i + m2 v2i = m1v1 f + m2 v2 f
1 1 1 1
mv12i + mv 22 i = mv12f + mv 22 f
2 2 2 2
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Física e Química
FISÍCA
Í E QUÍMICA
Í
Trabalho e Energia
A ideia de energia está intimamente ligada à de trabalho. Intuitivamente,
podemos
d pensar em energia i como alguma
l coisa
i que se manifesta
if t Steven Hawking
continuamente e que pode ser utilizada para realizar trabalho útil.
Define-se trabalho como o produto intensidade da força aplicada sobre um corpo pelo
deslocamento que esse corpo sofre na direcção da força.
força J
James P
P. JJoule
l (1818 - 1889)
Fx = F cos θ
∆x ∆x
Sempre que aplicamos uma força sobre um corpo, provocando o seu deslocamento, estamos a
transferir energia
energia, então diz
diz-se
se que estamos a realizar um trabalho.
trabalho
y
r WFr = F ∆x cos θ
F
x
θ
∆x
r
F θ
∆x
r
F
∆x
F (x ) W Fr = F ∆x = A
Área
x
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Física e Química
T b lh d
Trabalho da fforça gravítica
íti numa trajectória
t j tó i qualquer
l
Definição: É o trabalho realizado por essa força, sobre uma massa unitária, para deslocá-la sobre
uma trajectória qualquer desde um ponto inicial até ao plano de referência.
WFrg = mg (hi − h f )
y
r r
Fg Fg
∆h
r r
Fg Fg
W Frg = mg ( h1 − h0 ) W Fr g = + mg ∆ h
W Fr g = mg ( h 0 − h1 )
W Frg = + mg ∆ h W Fr g = − mg ∆ h
W Fr g = − mg ∆ h
1
W Felástica = A = k ∆x 2
A 2
xi xf x
F = k ∆x
1 2 2
W Felástica = k ( xi − x f )
2
∆x
Energia Mecânica
Energia Cinética
Para qque um corpop estejaj em movimento em relação
ç a um dado
referencial é necessário que haja uma forma de energia denominada
energia cinética.
Energia Potencial
1
Ec = mv 2 [ J ]
2
Energia
Cinética
Energia mecânica
A energia mecânica de um corpo ou de um sistema de corpos corresponde à soma
das energias cinética e potencial.
E m = E c + E Pg + E Pe
.v 2
m.v E Pg = mgh k .xx 2
Ec = E Pe =
2 2
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Física e Química
Forças Conservativas
Uma força é conservativa se for nulo o trabalho que ela efectua sobre uma partícula
que descreve uma trajectória fechada e retorna á posição inicial
inicial.
Energia Potencial
E
Exemplos
l ded Forças
F conservativas:
ti f
força gravítica,
íti fforça elástica
lá ti e ttodas
d as fforças cujo
j ttrabalho
b lh ttotal
t l
é nulo (força centrípeta, força normal num deslizamento).
F
Forças Dissipativas
Di i ti
Dizemos que as forças actuantes num corpo ou num sistema são dissipativas quando os seus
trabalhos alteram a sua energia mecânica.
mecânica
Exemplos de forças dissipativas: forças de atrito actuando durante o deslocamento de um corpo, parte da
sua energia
g mecânica ((ou até a totalidade)) dissipa-se
p sob forma de calor.
Graficamente podemos mostrar que, à medida que o corpo desce, a sua energia potencial
diminui, pois vai se transformando em energia cinética, de forma que a soma dessas energias
((energia
g mecânica)) permanece constante.
Potência
Para exprimir a Potência de uma pessoa ou de um motor, é necessário
conhecer o tempo que cada um deles gasta para realizar um determinado
trabalho. Generalizando, podemos dizer que a potência com que uma força James Watt (1736 - 1819)
Um homem que precisa carregar uma mala do piso térreo para o quinto andar de um edifício
pode pegá-la com a mão e transportá-la lentamente pela escada ou pode colocá-la no elevador.
Em ambos os casos,
casos o trabalho realizado (pelo homem ou pelo motor do elevador) é o mesmo.
mesmo
Esse trabalho é dado pelo produto do peso da mala pela altura a que se encontra o quinto
andar. Mesmo que o trabalho realizado pelo homem ou pelo motor do elevador seja o mesmo,
há entre os dois modos de realizá
realizá-lo
lo uma diferença. O homem executa
executa-o
o lentamente, enquanto
o elevador realiza-o com rapidez. Por outras palavras, o motor do elevador é mais potente que o
homem.
W
Pmédia = = Fv m cos θ
t