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1-12)
INTRODUÇÃO
O capítulo 12 da Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo passa de uma exposição doutrinária para uma
exposição prática, a fim de transformar a doutrina cristã em ação. Quando uma pessoa é alcançada pelo poder do
evangelho, ela deve ter uma vida consagrada diante de Deus; e, como consequência seu relacionamento diante do mundo,
da igreja e dos seus opositores devem ser condizentes com a nova vida em Cristo.
3.2 Equilíbrio (Rm 12.3; 4-8). Paulo aconselha os cristãos a serem equilibrados no conceito que tem
de si mesmos “antes, pense com moderação”, combatendo tanto o complexo de superioridade quanto
de inferioridade quando mostra que, embora tenhamos diferentes dons, cada membro tem a sua
importância no corpo de Cristo (Rm 12.4,5). Se faz necessário entender que pertencemos uns aos
outros, ministramos uns aos outros e precisamos uns dos outros. Pois, no corpo de Cristo há:
a) individualidade (Rm 12.5);
b) diversidade (Rm 12.4-6-a);
c) mutualidade (Rm 12.5);
d) utilidade (Rm 12.6-b; 8). “Os dons espirituais são instrumentos que devem ser usados para
a edificação, não brinquedos para a recreação nem armas de destruição”.
3.3 Amor (Rm 12.9-10). O amor é uma virtude que predispõe alguém desejar o bem de outrem. É a
palavra que representa o Cristianismo (Jo 13.35). É uma das virtudes do fruto do Espírito (Gl 5.22).
Portanto, deve estar presente em nosso relacionamento com Deus e com o nosso próximo (Lc 10.27;
Rm 13.9; Gl 5.14), como evidência de que o Espírito Santo está em nós (Rm 5.5).
3.4 Hospitalidade (Rm 10.13). O Aurélio diz que a palavra hospitaleiro “é a pessoa que dá
hospedagem por bondade ou caridade”. As Escrituras revelam que a hospitalidade deve se estender
aos crentes e também aqueles que ainda estão no mundo (Gl 6.10; Hb 13.2). “A hospitalidade é o amor
expressado”. Portanto, quem afirma ser cristão, mas tem o coração insensível diante do sofrimento e
da necessidade dos outros, demonstra cabalmente que não tem o amor de Deus (Mt 25.41-46; 1Jo
3.16-20).
IV – A VIDA DO CRISTÃO EM RELAÇÃO AOS INIMIGOS
Seguindo o mesmo ensinamento do Senhor Jesus Cristo, Paulo ensina que o evangelho produz uma
transformação tão grande na vida do pecador, ao ponto de orientá-lo a agir diferente até mesmo com os seus
opositores (Mt 5.44; Lc 6.27,35; Rm 12.14,17-20). Vejamos o que diz o apóstolo:
4.1 Abençoai os que perseguem (Rm 12.14). Os cristãos do primeiro século sofreram grandes
perseguições por causa da fé que abraçaram. Parece ser incoerente que Paulo no presente versículo
oriente os servos do Senhor a abençoar aqueles que lhe fizeram agravo. Todavia, a orientação é
abençoar até mesmo aqueles que nos querem o mal (Mt 5.44).
4.2 A ninguém torneis o mal com o mal (Rm 12.17; 18-20). Jesus ensinou que devemos dar a outra
face, ou seja, não retribuirmos as afrontas ou os males que sofremos (Mt 5.39). Pagar o mal com o mal,
devolver a agressão na mesma moeda, não expressam a graça de Deus (Mt 5.46,47). O cristão não
deve vingar-se porque esta é uma atribuição exclusivamente divina (Rm 12.19). Alguém disse: “Pagar
o bem com o mal é demoníaco. Pagar o mal com o mal é retribuição humana. Pagar o mal com o bem
é graça divina”.
4.3 Tenham paz com todos quando possível (Rm 12.18). Neste presente versículo vemos que a paz
é imperativa, ou seja, a Escritura ordena que no que depender de nós devemos ter paz com todos.
Segundo o escritor aos hebreus, essa paz é tão importante quanto a santidade (Hb 12.14).
CONCLUSÃO
Cada cristão deve seguir a recomendação apostólica de Paulo, quanto a entrega do corpo em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus. Tal devoção deve resultar numa postura consagrada em todas as áreas da nossa
vida.