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Psicologia Social

Psicologia estuda Sociologia estuda Psicologia social


estuda

O comportamento Fatores que As interações


humanos e os processos influenciam o comportamento entre indivíduos e
mentais de todos os sujeitos situações
O individuo e a sua Impacto que tem num Como é que me
singularidade grupo como um todo relaciono com as outras
pessoas

A psicologia social:
 é a disciplina em que se estuda de forma sistemática as interações humanas
e os seus fundamentos psicológicos (Gergen & Gergen, 1981):
 desenvolvimento de uma teoria: tenta descrever e explicar os aspetos da vida
social a partir de conceitos (pensamentos, afeições, atitudes, expectativas e
regras de funcionamento)
 apoio empírico à teoria: observação no terreno, experiências e laboratório
 encorajamento à ação (investigação, formação, intervenção)
 tende a compreender e a explicar como os pensamentos, os sentimentos e os
comportamentos motores dos seres humanos são influenciados por outrem
real, imaginário ou implícito e, como podem igualmente influenciar esse
outrem real, imaginário ou implícito (Alport, 1968)
 estudo científico da forma como as pessoas se conhecem, se influenciam e
se relacionam umas com as outras.
 Foco: estudo das interações entre indivíduos e situações
Nós, os seres humanos, somos animais sociais.

Vivemos em grupos, sociedades e culturas.


Organizamos as nossas vidas em relação com outros
seres humanos e somos influenciados pela história,
pela instituições e pelas atividades. Não restam dúvidas
de que os outros desempenham grande importância nas
nossas vidas.
No fundo, o estudo das pessoas enquanto animais
sociais é o que a Psicologia Social aborda.

 tão útil à psicologia como sociologia.


 Não se sabe muito bem de quem nasceu, quando ou onde.
 Para alguns terá nascido em 1908 quando um psicólogo (William
McDougall) e um sociólogo (Eduard Ross) publicaram Social Psychology.
 A designação Psicologia Social já havia sido referida antes (1864- Carlo
Cattaneo; 1898- Gabriel Tarde; 1902- Paolo Orano)
 Origens ligadas à filosofia, biologia, psicologia experimental, sociologia e
psicologia criminal
 Estudo do outro (conhecimento, influencias recíprocas e interações
sociais);

Antropologia

Psicologia
Social
Psicologia da
Sociologia
personalidade
O nosso comportamento altera quando estamos sozinhos de quando estamos
acompanhados assim como de acordo com quem está connosco. A Psicologia Social
estuda como as pessoas se comportam, pensam e sentem no contexto da sociedade.
A Antropologia estuda como as pessoas de uma comunidade religiosa se
comportam enquanto a Psicologia Social estudo como a religião tem um impacto no
individuo.
A sociologia está mais na sociedade, questiona, p.e., “Porque é que o divorcio
aumenta” enquanto a psicologia social questiona “O que fez as taxas de divorcio
aumentar” comparando entre casais.
A Psicologia Da Personalidade questiona como o mundo tem impacto do
comportamento enquanto a Psicologia Social estuda em que contexto o individuo tem um
determinado comportamento e porque é que o individuo desenvolver essa personalidade.
 Domínio da Psicologia Social é referido como novo (Psicologia Social
Contemporânea, tal como a conhecemos hoje, terá menos de 100 anos);
 Marcos importantes:
o 1895 Le Bon discute o comportamento da multidão;
o 1898 Gabriel Tarde publica Études de Psychologie Social; Norman
triplett publica uma experiência que demonstra que a atividade física
pode ser afetada pela presença de outras pessoas (facilitação social);
o 1908 McDougall e Ross publicam dois textos de Psicologia Social;
o 1924 Gordon Allport publica o Manual de Psicologia Social;
o 1933 Katz e Braly publicam um estudo com estudantes universitários
sobre estereótipos raciais e terminam as experiências de Elton Mayo;
o 1934 Levy Moreno desenvolve um sistema para codificar as
interações individuo-grupo (sociometria);
o 1938 Kurt Lewin propõe a Teoria de Campo/experiencias
o 1951 Solomon Asch demonstra que os indivíduos se conformam com
uma maioria quando as suas crenças são colocadas em questão;
o 1954 Gordon Allport publica The Nature of Prejudice, uma análise
importante do preconceito intergrupal e dos estereótipos;
o 1965 Jones e Davis publicam um artigo que estimula a investigação
sobre a atribuição e a cognição social
o 1968 Latané e Darley começam os seus estudos sobre o
comportamento de ajuda;
o 1985 é publicada a 3a edição do Haandbook of Social Psychology

O que destacamos?

Levy Moreno Kurt Lewin (pai Muzafer Sherif


da PS contemporânea)
1892-1974 1890-1947 1906-1990
 Sistema  Teoria de Campo: o  1º programa de
sociométrico para comportamento investigação com
analisar as humano é função da cariz experimental:
interações interação entre as  Estudo das
individuo-grupo características do normas/regras
 Construção de individuo e o seu sociais que
grupos (quem se meio (fatores suscitam os
relaciona com internos e comportamentos
quem) externos); das pessoas
 Campanha durante
a 2ª Guerra
Mundial
(Investigação/ação)

Outros Psicólogos Sociais importantes:


 Leon Festinger (mudança de atitude)
 Fritz Heider (cognição social/teoria da atribuição)
 Harold Kelly (teoria da atribuição)
 Solomon Asch (conformidade)
 Stanley Schacter (atribuição e emoções)

Kurt Lewin
Teoria de campo: Lewin considerou que o
comportamento das pessoas depende de muitas
interações diferentes entre pensamentos, emoções e
ambiente em que a pessoa percebe e age.
A sua teoria é representada pela fórmula B= f
(P,E). Nesta fórmula, o comportamento (B) é a
função da interação entre a pessoa/ grupo (P) e o
seu ambiente (E).

O estudo da caverna dos ladrões

Aprendizagens:
 O estudo chama a atenção para as mudanças que ocorrem ao longo do
tempo nas perspetivas dos membros de um grupo sobre as dos membros
do outro grupo;
 Mudanças de atitudes e dos comportamentos em relação aos membros do
endogrupo versus exogrupo
Ciências sociais

 Todos os fatos são totais, incluindo os fenómenos socias (simultaneamente


soa psicológicos, sociológicos, económicos, religiosos…)
 A realidade social é complexa e pluridimensional;
 Pode ser apreendida/ compreendida/ captada recorrendo a ângulos ou
perspetivas diferentes;
 Esta complexidade deu origem, assim, a diversas disciplinas que se
englobaram na designação genérica de ciências sociais;
 Têm origem na filosofia moral (em contraste com a filosofia natural) e
estudam/observam as relações humanas desde Platão, Aristóteles….
apenas não utilizavam um método científico.

o que as distingues?

Classificações e tipologias das ciências sociais


 Grupo de disciplinas que se debruçam sobre aspetos da
sociedade e do individuo;
 Natureza multidisciplinar;
 Fluidez das linhas de limites
 Interpenetradas;
 Complementares;
 Incluem (mas não estão limitadas à) economia, sociologia.
Antropologia, ciências política, psicologia;

 A economia, psicologia, sociologia, distinguem-se não porque existam


fatos exclusivamente económicos, psicológicos ou sociológicos, mas
porque partem de perspetivas distintas e constroem distintos objetos
científicos;
 As áreas não constituem compartimentos estanques- são dimensões
inerentes a toda a ação social, estão profundamente interligadas.
Nos últimos anos assiste-se à multiplicação de novos ramos de saber nascidos da
conjugação de disciplinas vizinhas, procurando novos objetivos que se reflitam sobre as
ciências-mãe, enriquecendo-as;

Conclusão:

 A psicologia Social investiga as ações de indivíduos e de indivíduos


dentro de grupos, sendo uma ciência comportamental e social.
 Uma ciência é um corpo organizado de conhecimentos que advém da
observação objetiva e de testagem sistemática.
 No âmbito das ciências, as teorias ajudam-nos a compreender como
e porquê é que as coisas acontecem.
 A Psicologia social quer compreender as pessoas e ajudá-las a
remediar alguns problemas humanos.

Perceções
Perceção: ato de perceber, interpretar e dar significado a coisas, pessoas ou
acontecimentos;
É através dos sentidos que nós captamos a realidade envolvente: estamos
constantemente a receber estímulos muito diversos e não somos recetores passivos, pelo
contrário, selecionámos e discriminamos os estímulos de tal forma que o mesmo estímulo
pode ser interpretado de diferentes formas;
Assim, diferentes sujeitos desenvolvem interpretações diferentes sobre coisas,
pessoas e acontecimentos pois organizam os diferentes estímulos sensoriais e integramos
num quadro coerente e significativo, que constitui o mundo de cada um;
Por outras palavras, a perceção é influenciada pela experiência de cada um, que é
única [EU] dada a história de vida e vivências, daí que cada um interpreta as coisas à sua
maneira (subjetividade) provocando assim os chamados enviesamentos percetivos;
É através da perceção que compreendemos, interpretamos e atribuímos
significado aos estímulos que nos rodeiam, organizando-os, coordenando-os e
integrando-os num quadro coerente e significativo, constituindo o nosso próprio mundo,
construindo a nossa realidade.
Neste sentido, dado o caracter ativo e interventivo do sujeito em todo este processo
de perceção, é possível afirmar-se que o sujeito cria o que vê. Assim a realidade objetiva
transforma-se numa realidade percetiva, consensual (em muitas situações as perceções
são semelhantes) criada pelos sujeitos´.
No ato de perceber, tudo isto condiciona a objetividade do que é percebido…
Grande parte do nosso tempo é gasto a interagir. Em tais interações estamos
frequentemente a efetuar juízos sobre os outros, acerca do que são ou parecem ser, sobre
o porquê de determinados comportamentos, juízos esses com consequências sobre a vida
de cada um de nós.
Assim, quando está em jogo um processo de verificação de factos ou ocorrências,
é necessário realizar um esforço e ter maior atenção a fim de evitar a maior quantidade
possível de influências de aspetos subjetivos, contaminadores da objetividade.

Na prática como podemos verificar a veracidade das nossas perceções?


 Validação consensual (verificar se as pessoas percebem as mesmas coisas
do mesmo modo que nós; de certo modo dependemos dos outros para
selecionar o que é verdadeiro e o que não é; quando os outros têm a mesma
perceção que nós, tendemos a ter mais confiança na nossa perceção);
 Repetição (quando os outros tem um comportamento repetitivo pode
validar ou diminuir a confiança que temos na nossa perceção);
 Perceção multissensorial
 Comparação (com coisas/ acontecimentos com vivencias passadas).

Quando selecionamos, entre vários estímulos, aqueles que vamos percecionar,


organizamo-lo de determinada forma e não ao acaso.
Nem todas as pessoas organizam as mesmas formas do mesmo modo… a
organização do que colocamos em 1º plano ou em 2º plano depende da pessoa que
percebe.

Somos prisioneiros dos nossos olhos

1. Estímulos são indispensáveis para ocorrer perceção


2. O processo não é linear: estímulo sentidos consciência
3. O individuo que percebe participa ativamente na produção da perceção:
subjetividade
4. Caracter seletivo: ao perceber não se apresentam de igual modo os
diversos elementos que compõem a realidade; não porque não haja
diferenças na intensidade dos estímulos, mas porque aplicamos
valorizações diferentes;

Autoestima

• Grau em que o sujeito gosta de ser como é


• Relaciona-se com o autoconceito: perceção que o individuo tem de si
próprio
• Desenvolver a autoestima:
o As pessoas que “não se estimam” não se afirmam por palavras e
gestos;
o Como me vejo? Do que sou capaz?
o A opinião dos outros é importante?
o Utilizar uma linguagem positiva;
o Recompensas e autorreconhecimento: criar objetivos, correr
riscos;

Formação de impressões
 Muito ancorada no fenómeno de perceções, esta logicamente a formação
de impressões;
 Quando encontramos alguém pela primeira vez, temos tendência para
formar acerca dessa pessoa, uma impressão inicial;
 Selecionamos apenas alguns aspetos que nela percecionamos consoante o
contexto em que se insere o encontro;
 Informação que vamos buscar a aspetos físicos, verbais, não verbais e
comportamentais;
 O processo de formação de impressões, exige, assim a operação de
processos cognitivos complexos que permitam organizar, combinar e
integrar toda a informação de que dispomos acerca dos outros num todo
coerente e unificado.
 A formação de impressões:
o É mútua/ bilateral
o Tem consequências: influência o nosso comportamento
o Implica a categorização
o Regula a perceção futura (positiva ou negativa)
 Este primeiro encontro está carregado de afetividade e é desencadeador de
emoções: eu gosto ou não gosto… eu admiro ou não admiro e
rejeito…valorizamos as características que vão ao encontro das nossas
necessidades/valores e desvalorizamos as pessoas que apresentam
características que atribuímos significados negativos
 São feitas rapidamente;
 As vezes sem informação alguma
 A informação pode ser obtida de forma direta- interação, observação- ou
de forma indireta- p.e. “ouvi dizer”
 Pequenos indícios permitem fazer juízos sobre atributos de uma pessoa-
Teoria Implícita da Personalidade
 Processo de avaliação global de uma pessoas pelo qual integramos
informação obtida de várias fontes
Primeiras impressões
1. Físicos:
a. Estáticos: características físicas das pessoas, o facto de ser alta,
baixa, gorda, loura, morena, etc. (pode-se associar a estes indicies
algumas características sociais e de personalidade e assim criar
uma imagem geral de pessoa
b. Dinâmicos: gestos, expressões, mimica.
2. Verbais:
a. Linguagem usada pela pessoa: ex. se a pessoa fala bem, podemos
associar inteligência;
b. O sotaque: permite associar a região e às características dessa
região;
3. Não verbais:
a. Sinais exteriores significativos: maneira de vestir, maneira de
sentar, postura, gestos, etc.
4. Comportamentais:
a. Todos os comportamentos observados no sujeito;
b. Nas relações interpessoais e especialmente nos primeiros
encontros, valorizamos as características dos indivíduos que vão
ao encontro das nossas necessidades e ais nossos valores e
desvalorizamos as pessoas que apresentam características às quais
atribuímos significados positivos
c. Quando conhecemos uma pessoa atribuímos uma entidade social
virtual- a partir da observação de todos os indicies, atribuímos um
determinado papel e estatuto, ou seja, o papel que ocupa na
sociedade e os comportamentos que lhe são esperados
 Componente fundamental avaliativa:
o Afetiva (gostar/ não gostar)
o Moral (bom/ mau)
o Instrumental (competente/ incompetente)
 As avaliações afetivas influenciam inferências seguintes- inteligência,
integridade, sucesso profissional, etc.
 As avaliações são feitas com base em estruturas e conhecimentos que possui
(representações de traços, comportamentos, estereótipos, etc.) -
categorizações.
Primeiras impressões e categorização
 Nas relações interpessoais, para a formação da ideia que construímos das
pessoas, contribuem elementos afetivos, mas também cognitivos;
 Através da categorização, as pessoas são reunidas em determinados
grupos, de acordo com as características que lhes atribuímos e em função
dos índices que observamos;
 Desprezamos algumas características que não se enquadram nessa
categorização;
 Categorização é um processo apreendido pela experiência e permite-nos
interagir com os outros;

O sistema de categorização social tem como objetivo

Ajudar a orientar o sujeito, ajudando-o a criar e definir não só o seu lugar, mas também o
lugar dos outros

Vantagens:
-permite ajustar o nosso comportamento;
-facilita o primeiro sistema de interação;
-simplifica o conhecimento

desvantagens: interpretações de dificuldade em reelaborar

Como são formadas, desenvolvidas e mantidas as impressões? Linhas de


investigação…
1. Medir a exatidão dos julgamentos (de personalidade):
a. A pessoa que perceciona é o juiz de personalidade.
b. Bons juízes de personalidade: porquê que são eficazes?
c. Variáveis estudadas: características do Juiz, do alvo e modalidades de
apresentação…
d. Resultados: identificação de inúmeros erros de julgamento (ex.: efeito
de halo, erro lógico …) e de condições que preveem uma vantagem
relativa de alguns julgamentos sobre outros (ex.: grau de semelhança
entre juiz e alvo…) VULNERABILIDADES…. Colocam em questão
a abordagem;
e. Emerge a abordagem de Asch: afasta a investigação em formação de
impressões com foco na identificação de bons juízes e coloca o foco
na compreensão de como é que as diferentes peças de informação se
organizam na tentativa de formar uma impressão unificada de outra
pessoa.
2. Estudar as impressões como processos gestálticos (a mais influentes)
3. Caracterizar a estrutura subjacente às impressões (de personalidade)
4. Desenvolver modelos algébricos para predizer julgamentos avaliativos
5. Compreender as impressões examinando os processos cognitivos subjacentes
à sua formação e utilização
a. Emergiu a partir de meados do seculo XX e trouxe novo fôlego à
investigação no contexto das impressões;
b. É consideravelmente diferente das abordagens anteriores: apoia-se nos
desenvolvimentos teóricos e metodológicos da psicologia cognitiva
que permitiu explorar os aspetos relativos aos processos cognitivos
inerentes à perceção, representação e julgamento de estímulos sociais
(Cognição Social)
c. Estudam os processos subjacentes (os mediadores cognitivos) que
medeiam a relação entre os estímulos sociais externos e as respostas
comportamentais;
d. Variáveis que estudam: a memória de pessoas, as expectativas dos
percipientes e os fatores contextuais.
Solomon Ash
Trabalhou com psicólogos famosos e inspirou outros. Pioneiro na Psicologia
Social, deixou contributos nas áreas de cognição, perceção e teoria da personalidade,
conformismo (um dos seus contributos mais originais) e formação de impressões (grande
parte do seu trabalho/legado considerado atualmente clássico). Asch influenciado pelas
ideias da psicologia de gestalt e talvez inspirado pela famosa máxima “o todo é mais do
que a soma das suas partes” descreveu uma impressão como uma unidade organizada e
integrada que seria mais do que a simples coleção dos seus atributos independentes e não
relacionados (o percepiente como organizador de informação). As experiências de Ash
são: O paradigma de Asch (1946); O efeito quente/frio (1946 – Experiência I); O efeito
de primazia (1946 – Experiência VI)

O paradigma de Ash
Na presença de vários traços de personalidade ou características de determinado
indivíduo, o percepiente é capaz de formar impressões unitárias onde os vários elementos
estabelecem uma determinada relação entre si

Efeito quente /frio

Ahs solicitou a dois grupos de participantes que formassem uma impressão acerca
de um alvo hipotético descritos por sete traços de personalidade. A ambos os grupos é
fornecida a mesma lista de traços de personalidade, com exceção de um dos traços que,
num dos grupos, é um traço caloroso e no outro traço frio. Seguidamente, os participantes
são solicitados a escrever uma breve descrição da sua impressão acerca do alvo, a ordenar
uma lista de traços acerca do alvo, e a escolher os pares de atributos que melhor o
descrevem.
Resultados:
• Os participantes completam facilmente a tarefa;
• Combinam os vários traços num todo coerente
• A substituição do traço caloroso pelo traço frio produziu uma diferença na
interpretação final e nos adjetivos selecionados para caracterizar o alvo: as
impressões acerca do alvo onde o traço caloroso foi apresentado foram
mais positivas e a percentagem de traços positivos escolhidos foi maior;

Efeito de primazia

Descrever as impressões sobre uma pessoa inteligente, laboriosa, impulsiva,


critica, teimosa e invejosa. Um grupo começou com a lista em ordem inversa. Se a lista
começa pela positiva instaurava-se um tom avaliativo favorável que parecia sobrepor-se
a traços negativos. O oposto ocorria quando os atributos desfavoráveis apareciam
primeiro

Atribuição causal
Como parecem as outras pessoas?
O que é que as outras pessoas são capazes de fazer?
Quando observamos determinado acontecimento ou comportamento temos
tendência para fazer inferências acerca das causas ou das razões que estiveram na
respetiva origem. Trata-se de um fenómeno geral, que todos fazemos. A esta tendência
para atribuir uma explicação ou o PORQUÊ de determinados comportamentos chama-se
processo de atribuição:
• Processo que permitem aos indivíduos explicar os comportamentosº:
determinar as causas e compreender os comportamentos do próprio e dos
outros
• Implicam a noção de que os comportamentos e acontecimentos são
previsíveis
• É uma atividade com ampla difusão na vida quotidiana, desempenhando
uma função adaptativa: as pessoas comportam-se em função de como
percecionam e interpretam os factos.
• É uma inferência que pretende explicar PORQUÊ que um determinado
acontecimento/comportamento ocorreu ou que tenta determinar as
disposições de uma pessoa;
• O PORQUÊ dos comportamentos tanto pode ser sobre os nossos como
sobre os dos outros;
• A explicação que se avança torna-se a causa percecionada de um
acontecimento ou comportamento correspondendo a uma atribuição.
• Ex. estudante que reprova num exame
• Tipos de atribuições: causais e disposicionais
• Avaliação/medida das atribuições:
o Questionários estruturados (as causas estão identificadas e os
sujeitos selecionam ou ordenam ou referem a respetiva % de
contribuição para explicar o PORQUÊ)
o Questionários não estruturados (questões abertas e os sujeito
referem o PORQUÊ; análise de conteúdo)
Como se explica o processo de atribuição? (teorias da atribuição)
• Heider:
o Sentiu que a maior partes dos indivíduos são psicólogos ingénuos
que tentam compreender os outros de forma a tornarem o mundo
mais previsível;
o Na formulação da sua Teoria (1958), a sua famosa obra, lança os
alicerces de uma nova problemática para a psicologia cognitiva: o
processo pelo qual os indivíduos fazem atribuições (de
causa/disposições) ao seu meio;
o Pressupostos fundamentais:
▪ O Homem comum é motivado pelo desejo de predizer e
controlar o seu ambiente;
▪ A perceção do mundo social é construída pelos mesmos
processos que subjazem à perceção do mundo físico;
▪ A distinção entre causas pessoais e situacionais
(impessoais) é fundamental para a perceção social;
o Atribuição é desencadeada pela necessidade de avaliação
o Com basa em fatores do ator, do contexto e do imprevisto,
distingue 3 aspetos na apreensão da realidade: sujeito-ator, o outro,
o destino (mais tarde designado por sorte)
o Causas internas/estáveis vs. Externas/circunstancias
▪ P.e. se um jovem vence uma competição de corrida, pode-
se dizer que foi porque ele treinou muito e se preparou para
isso. Essa atribuição é interna e refere-se a outra pessoa. No
entanto, se a vitória do jovem for atribuída à falta de
competitividade, ao fato de que os outros participantes não
estavam preparados, então seria uma atribuição externa.
o As atribuições internas dos êxitos às quais são atribuídas
estabilidade e a controlabilidade são as mais positivas. Estes tipos
de atribuições aumentam a autoestima e, ao mesmo tempo, a
motivação. Pelo contrário, se essas mesmas atribuições forem
atribuídas aos fracassos, a autoestima é reduzida, assim como a
motivação.
▪ as potenciais fontes de realização de uma ação estão
divididas, considerando umas como relativas à pessoa
(internas) e outras como relativas ao meio ambiente
(externas)
Heider: Equação de Lewin:
• B observa uma ação A de • O comportamento (C) é função da
um individuo personalidade do individuo (P) e
• B vai imputar razões do meio (M)
internas a esse individuo • C=f(P,M)
(FI) ou fatores
externos/meio (FM)
• A=f(FI,FM)

• Jones & Davis- teoria das Inferências Correspondente


o Problema central: saber como um individuo atribui a outro disposições
(tendências ou intenções) pessoais estáveis, a partir de ações que terá
observado;
o Perceber como é que um observador infere sobre as intenções subjacentes
ao comportamento de um ator.
o Objetivo: Construir uma teoria que explique de modo sistemático as
inferências de um observador sobre o que um ator tentava efetuar
(intenção) mediante uma ação particular.
o Como se desencadeia o processo de atribuição, ou seja, como é que um
individuo atribui a outro disposições (intenções/tendências), a partir de
ações que terá observado.
o O percipiente possui uma base de dados para interpretar a realidade (sobre
a probabilidade de determinado acontecimento ser causado por
determinadas características do ator)
o Correspondência, ou seja, a inferência correspondente refere-se ao
julgamento do observador que o comportamento do ator é causado por um
traço ou o “tal traço”.
o Aspetos a ter em conta
▪ Os comportamentos que resultam de livre escolha tendem a
produzir inferências correspondentes;
▪ Prestamos mais atenção aos comportamentos que produzem
efeitos não comuns:
▪ Prestamos mais atenção (nas nossas tentativas de compreender os
outros) às ações com pouca desejabilidade social.
o Efeitos não comuns
▪ Quanto menor o número de efeitos não comuns associados ao ato,
maior a probabilidade de efetuar uma inferência corresponde com
confiança
▪ Quanto maior os efeitos não comuns maior a dificuldade de inferir
algo sobre o ator e menor a confiança sobre o julgamento
• Kelley
o As atribuições resultam da covariação entre causa e efeito: um efeito é
atribuído a uma das possíveis causas com que, ao longo do tempo, varia;
o As atribuições vão depender de três variáveis comportamentais:
▪ Distintividade- Um comportamento pode ser atribuído com
Principais predições

exatidão a uma determinada causa e só ocorre quando essa causa


está presente
▪ Consistência- Sempre que a causa está presente, o comportamento
é o mesmo ou quase o mesmo
▪ Consenso- Os outros comportam-se do mesmo modo em relação á
mesma causa
Baixo consenso: as pessoas
não reagem a este estímulo do mesmo
modo

Alta consistência: esta Atribuição a causas


pessoa reage a este estímulo de modo internas: o comportamento desta
semelhante a outras ocasiões pessoa resulta de causas internas
(traços/motivações)

Baixa distintividade: esta


pessoa reage do mesmo modo a
estímulos diferentes

Baixo consenso: as pessoas


não reagem a este estímulo do mesmo
modo

Alta consistência: esta Atribuição a causas


pessoa reage a este estímulo de modo internas e externas: o
semelhante a outras ocasiões comportamento desta pessoa resulta
de causas internas e externas
Alta distintividade: esta
pessoa não reage do mesmo modo a
estímulos diferentes
Alto consenso: outras pessoa
reagem a este estímulo do mesmo
modo

Alta consistência: esta Atribuição a causas


pessoa reage a este estímulo de modo externas: o comportamento desta
semelhante a outras ocasiões pessoa resulta de causas externas

Alta distintividade: esta


pessoa não reage do mesmo modo a
estímulos diferentes

• Weiner (modelo de atribuição de sucesso e de fracasso)


o Diz respeito às explicações para o sucesso e o fracasso de pessoas na
realização de uma tarefa;
o Dimensões: interna vs. externa; estável vs. instável; controlável vs.
incontrolável;
o Resultado: 8 tipo de explicações para o sucesso ou insucesso
Internas Externas
Estáveis Instáveis Estáveis Instáveis
Incontroláveis Capacidade Humor Dificuldade da Sorte
tarefa
Controláveis Esforço Esforço do Viés do Ajuda habitual
imediato professor professor dos outros

estabilidade
Locus de Instável Estável
causalidade Interno Esforço Capacidade
Externo Azar/sorte Dificuldade da
tarefa
• Os indivíduos esperam o sucesso e atribuem-no maioritariamente a si
• O insucesso é normalmente atribuído a fatores externos ou instáveis
• Implicações motivacionais e emocionais diferentes

• Erros de atribuição
o Erro fundamental:
▪ As pessoas sobrestimam o peso da personalidade e subestimam o
da situação
▪ A forma racional de tentar explicar o comportamento é de
considerar o comportamento no contexto da situação total, o que
nem sempre acontece
o Diferença entre o ator e o observador
▪ Se outro escorrega- é descuidado
▪ Se nós escorregamos- o chão está molhado
o Efeito ator-observador
▪ Existem diferenças nas atribuições entre os atores (pessoas
implicadas no comportamento) e as pessoas que só observam o
comportamento
• Ator – atribuição externa/situacional
• Observador – atribuição interna
o Complacência na atribuição da causalidade
▪ O viés atribucional em benefício próprio:
• As pessoas negam responsabilidade pelos fracassos
(atribuem a fatores situacionais- externos) mas assumem os
sucessos (fatores disposicionais-internos)
• Esses vieses não se aplicam ao próprio, mas também aos
próximos
o Efeito acima da média:
▪ Na comparação com os outros em várias características pessoais, a
maioria avalia-se “acima da media”
▪ As pessoas redefinem o traço em que estão a ser avaliados de forma
a considerar-se o melhor possível (especialmente em questões
subjetivas ou ambíguas; mais reduzido em relação a atributos mais
objetivos)
o Interpretação do viés em benefício próprio:
▪ Consiste num caos gestão de impressões
▪ Estratégias de proteção pessoal

Influência social

• Processo social que ocorre quando as ações de uma pessoa são condições
para as ações de outra
• O comportamento de alguém foi influenciado socialmente quando ele se
modifica na presença de outrem (real ou imaginária)
• Principais paradigmas experimentais nesta área
o Muzafer Sherif
o Solomon Asch
o Stanley Milgram
o Serge Moscovici
Muzafer Sherif
Procurou lançar as bases da Psicologia Social, partindo de processos psicológicos
básicos do comportamento dos indivíduos para a compreensão das suas consequências ou
transformações em contextos sociais; O seu objetivo era mais geral (do que apenas o
estudo da influência social).
Partiu do conceito central da Psicologia “Quadro de referência - Tendência
generalizada que os indivíduos apresentam para organizar as suas experiências,
estabelecendo relações, em cada momento, entre estímulos internos ou externos, criando
unidades funcionais que fornecem limites e significado áquilo que é experimentado.
As sensações não dependem apenas das qualidades da estimulação, mas também
da situação de cada sensação num dado quadro de referência subjetivo, onde se relaciona
com outras experiências
Experiência de Sherif: principais conclusões
• Tendência dos indivíduos para organizar a sua experiência, mesmo quando
a situação não oferece qualquer fundamento para essa organização;
• Esta tendência baseia-se no próprio comportamento ou no comportamento
dos outros (mais decisiva)
• A influencia dos outros não implica coerção implícita ou explicita e
mantem-se quando estes se ausentam
Solomon Ash
Conformidade e obediência
Normas traduzem as opiniões maioritárias- tendem a levar à conformidade do
individuo ou grupo
“o rei vai nu” - conformidade dos observadores
Para definir a realidade não nos baseamos apenas na nossa experiência, mas
confiamos nos outros (que vivem o mesmo mundo que nos)
Experiência: os participantes são, por unanimidade, uma resposta errada para
testar a decisão de outro (37% deram a reposta do grupo)
Conformidade:
• Até que ponto as forças sociais alteram a opinião das pessoas?
• Os participantes entram em conflito entre o conformismo (seguir a
resposta da maioria) e a independência (seguir o que lhes era ditado pelo
que viam).
• O conflito resultou na maior parte dos casos em independência (limite da
influência social). Contudo, a influencia da maioria foi indiscutível
Contribuição para o estudo da influência social:
• O grupo pode influenciar o comportamento do individuo, mesmo em
tarefas não ambíguas (conformismo);
• O comportamento dos outros pode introduzir ambiguidade fazendo variar
o comportamento individual;
• O conformismo parece ocorrer sobretudo ao nível publico (o que diz) mas
não privado (o que pensa);
• As pessoas procuram sempre compreender a situação inesperada em que
são colocadas (contrariando as teses de sonambulismo social).
Stanley Milgram
Até onde são capazes de ir as pessoas normais que se limitam a obedecer?
• Pretendeu estudar em laboratório o fenómeno da obediência social
(enquanto manifestação de influência social);
• Fora da Psicologia Social, as suas experiências estão entre as mais
amplamente discutidas (livros, cinema…)
o Surpreendentes/assustadoras
o Comparáveis a acontecimentos terríveis da história - obediência:
útil e comum versus perigo
• Obediência:
o Processo presente em situações quotidianas, mas também nalguns
dos fenómenos mais dramáticos da humanidade
o Experiência sobre efeitos dos castigos na aprendizagem
o 62,5% foram até ao nível mais elevados de choques elétricos
• Os confrontos com a autoridade tendem a levar à submissão
• Contribuição para o estudo da influência social
• Demonstração de que indivíduos normais em condições particulares
podem ser capazes de atos cruéis ou desumanos;
• Noutras condições, em especial quando dispõem de apoio social para a
desobediência os mesmos indivíduos são capazes de conscienciosamente
desobedecer;
• Sugere implicações:
o Uma proporção significativa das pessoas “faz o que lhes mandam”
o A autoridade é responsabilidade pelo seu comportamento
o Possibilidade de a natureza humana não imunizar os cidadãos da
brutalidade e tratamento sob a direção de uma autoridade malévola
• Limitações
o Generalização para a realidade social
o A desresponsabilização varia
Serge Moscovici
É o primeiro a defender explicitamente que a influencia social não se esgota no
conformismo do individuo em relação a um grupo maioritário, podendo envolver,
também, inovação, ou seja, mudança da maioria (das normas) em resultado da influência
de uma minoria consistente
Perante um emissor de influência (grupo, autoridade…) será que o alvo de
influência só dispõe de duas alternativas: manter a independência ou conformar-se? Pode
existir uma terceira: o alvo de influência tentar fazer o emissor da influência mudar!
Distinção entre efeitos do conformismo (submissão) e da inovação (conversão) A
influencia social “de pernas para o ar”
INOVAÇÃO: mudança das normas de um grupo promovidas por uma minoria.
Paradigma experimental de Moscovici:
• Tarefa de acuidade visual seguida de um teste de perceção de cores;
• Os participantes deveriam identificar a cor (azul ou verde) de 24
diapositivos;
• Embora todos os diapositivos fossem azuis, uma minoria (combinado)
respondia sempre verde;
• Os resultados mostraram que a minoria consistente foi capaz de influenciar
a maioria.
Contribuição para o estudo da influência social A influencia social minoritária
foi verificada e é hoje indiscutível. As razões, pelo contrário, são muito
discutíveis …

Preconceito e discriminação

A população humana, mundial, é feita de diversidades, simbioses de culturas…

Diversidade humana
Dimensional- refere-se a aspetos quantitativos como a altura, peso, tamanho e
largura dos membros. Fornece os dados que possibilitam a consideração de aspetos
ergonómicos e de design universal nos projetos.
Percetiva- refere-se à variação decorrente da perda dos sentidos por parte da
população, maximizada pelo grau, que interfere na forma de relacionamento com o meio
físico
Motora- ao contrário do que se pensa, os problemas de mobilidade ais
cadeirantes. Carências diversas decorrentes da falta de mobilidade devem ser
consideradas durante um projeto universal.
Cognitivo- interfere na capacidade de receção e processamento de informação, na
orientação espacial e temporal. Inclui problemas de memória, orientação e dificuldades
na fala, leitura, escrita ou compreensão de palavras
Demografia- refere-se à variação humana decorrente do envelhecimento da
população e ao aumento das migrações, que configuram na diversidade cultural e
funcional
Como lidam as sociedades com esta diversidade?
Ser diferente não é um problema?
• Ser diferente não é um problema
• O problema é ser tratado diferente
• Dentro de cada ser humano bate um coração semelhante, n alma a mesma
vontade de liberdade, então por que discriminar?
• A diferença é algo que nos caracteriza
• Ninguém é igual a ninguém
• EU- estrela única
• Ser diferente é que é normal
• Nós somos todos iguais na diferença
• Porquê o foco na diferença

Preconceito
• Julgamento prévio (pré-conceito); pensar mal/bem dos outros sem
suficiente fundamento (Gordon Allport, 1954);
• Atitude favorável ou desfavorável em relação a membros de algum grupo
baseada, sobretudo, no facto de pertença a esse grupo e não
necessariamente em características particulares de membros individuais;
• Pode ser dirigida a um grupo como um todo, ou a um individuo por ser
membro desse grupo (ou percecionado como tal);
• Tem por base uma simpatia/antipatia ancorada numa generalização errada
e inflexível, de uma categorização de um grupo (estereotipo) sentida ou
exprimida, independentemente:
o Da veracidade desse estereótipo do grupo (que se mantém mesmo
que os factos o desconformem);
o Da aplicabilidade desse estereotipo de grupo ao individuo;
• Pode assumir um caracter positivo ou negativo…. Mais vezes negativo….
• Tem 3 componentes principais:
o Afetiva: Sentimentos preconceituosos;
o Cognitiva: crenças, expectativas e o processamento da informação
em relação a esses grupos;
o Comportamental: agir em relação a esses grupos
DISCRIMINAÇÃO É A MANIFESTÇÃO COMPORTAMENTAL DO
PRECONCEITO
• Tipos de preconceitos
o Sociais: forma de preconceito a determinadas classes sociais que
provém da divisão da sociedade em classes
o Raciais: tendência ou modo de pensar que existem raças humanas
que soa superiores ou inferiores umas às outras
o Sexuais: dever natural do homem como sustento da família;
homens não choram; mulheres mais frágeis
• Preconceito: juízo prévio; componente comportamental: discriminação;
graus de intensidade
• Formas de comportamento discriminatório: Graus de intensidade:
o Anti locução ou Verbalização negativa: conversa hostil, difamação
verbal (propaganda racista) … as pessoas limitam-se a verbalizar
os seus preconceitos entre amigos ou até estranhos;
o Evitamento: manifestação mais ativa do preconceito uma vez que
as pessoas evitam o contacto com membros do grupo que
hostilizam, mantendo esse grupo separado;
o Discriminação: tratar de modo positivo ou negativo membros de
grupos particulares por causa dessa pertença; aqui a distinção
negativa tem consequências na vida dos grupos;
o Ataque físico: a hostilidade manifesta-se através da violência
contra pessoas/propriedades;
• Categorias de preconceitos/discriminação:
o Racismo – intolerância com base na cor da pele ou herança étnica;
o Sexismo – intolerância com base no género;
o Heterossexismo – intolerância com base na orientação sexual; •
Idadismo – intolerância com base na idade;
o “o amor não vê defeitos como o odio não vê qualidades”
• Génese do preconceito
o Diversas Teorias têm emergido;
o Categorização Social: endogrupo e o exogrupo
o Acentuam:
▪ O contexto social em que o preconceito se desenvolve;
▪ O grau de preconceito existente nos indivíduos;
o Algumas teorias:
▪ Abordagens históricas – preconceito como resultado de
tradições/relações durante gerações;
▪ Abordagens socioculturais –analisam o impacto da
sociedade no preconceito do individuo;
▪ Abordagens situacionais – estudam o modo como o
ambiente circundante da pessoa se relaciona com as
atitudes preconceituosas;
▪ Abordagens psicodinâmicas – o preconceito é o resultado
de conflitos pessoais e de desadaptações no interior da
pessoa com preconceitos;
▪ Abordagens cognitivas – o preconceito é o resultado da
perceção que por sua vez está ancorada em categorizações,
estereótipos e crenças sociais;
o TOP 10: os 10 preconceitos mais comuns: 10 – Aparência 9 –
Nativismo 8 – Idade (Idadismo) 7-Peso/tamanho 6-Religião 5-
Deficiência 4-Homofobia 3-Social 2-Sexismo 1- Racismo

Preconceito e estereótipo
Os estereótipos são crenças que temos sobre as características de um grupo e os
preconceitos referem-se à avaliação negativa em relação ao grupo
Em Portugal,

Preconceito e discriminação
Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha
macieira. O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos. Temos
aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a
sensível arte de viver como irmãos.
Como reduzir o preconceito/discriminação?
• Aumentar o contacto íntimo (face a face) durante períodos mais longos,
entre membros de diferentes grupos, em diferentes contextos (laborais,
recreativos, políticos e religiosos) Individualizar
• Cooperação intergrupal (atividades conjuntas) recategorizar
• Normas sociais que favoreçam a igualdade e que não aceitem
comportamentos de discriminação/preconceitos;
• Mudar atitudes e crenças de grupos minoritários (ignorância e) e
dominantes (atitudes preconceituosas);
• Papel dos meios de comunicação social na manutenção de estereótipos e
preconceitos (intencionalmente ou inadvertidamente); retratos favoráveis
das minorias
6 símbolos na luta pelos direitos humanos no mundo:
• Mahatma Gandhi
o “Olho por olho e o mundo acabará cego.”
o foi um líder pacifista indiano e lutou pela independência da
Índia. Gandhi também ficou conhecido pelo seu projeto de não-
violência e o uso de jejum como protesto.
• Eleanor Roosevelt
o “Não basta falar de paz. É preciso acreditar nela. E não basta
acreditar nela. É preciso trabalhar por ela.”
o foi a primeira-dama dos Estados Unidos entre os anos de 1933
e 1945. Eleanor ficou conhecida como uma grande defensora
dos direitos humanos e pelo seu esforço em prol da melhoria
da situação das mulheres trabalhadoras. Durante o seu tempo
na ONU, Eleanor presidiu a comissão que elaborou e aprovou
a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
• Nelson Mandela
o “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por
sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas
precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser
ensinadas a amar.”
o foi um líder político da África do Sul, que lutou contra o
sistema de apartheid no país, um regime de segregação racial
no qual os brancos controlavam o poder e obrigavam os povos
negros a viverem sem diversos direitos políticos, econômicos
e sociais.
• Martin Luther King Jr.
o “Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vivam
em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele,
mas pelo seu caráter”
o foi um líder e ativista dos direitos civis dos negros nos Estados
Unidos, lutando pela lei de Direitos Civis, que proibiu a
discriminação racial nos EUA. Em 1964, recebeu o Prêmio
Nobel da Paz pelo combate à desigualdade racial por meio da
não violência.
• Kailash Satyarthi
o “Foi duro, para mim, perceber que algumas pessoas nasciam
para trabalhar e outras tinham direito de estudar.”
o é um ativista indiano que luta pelo direitos das crianças. Nos
anos 80, Satyarthi criou a organização Bachpan Bachao
Andolan (BBA), que desde 2001 já libertou mais de 80 mil
crianças de diversas formas de escravidão e as ajudou na
reintegração, reabilitação e educação. Em 2014, o ativista
ganhou o Prêmio Nobel da Paz pela sua determinação contra o
trabalho e a exploração infantil e juvenil, e por lutar pelo direito
de todas as crianças à educação.
• Malala Yousafzai
o “Vamos travar uma gloriosa luta contra o analfabetismo, a
pobreza e o terrorismo. Vamos pegar nossos livros e nossas
canetas, pois são as armas mais poderosas. Uma criança, um
professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. A
educação é a única solução.”
o é uma ativista paquistanesa. A jovem se tornou conhecida por
lutar pelo direito das meninas de acesso à educação no nordeste
do Paquistão, região dominada pelo Regime Talibã. Seu
engajamento fez com que ela se tornasse, aos 17 anos, a pessoa
mais jovem a ganhar o Nobel da Paz, em 2014.
O que têm de comum estas pessoas? A sua perceção do mundo…. Das desigualdades, dos
preconceitos… da discriminação… E porquê que não temos todos a mesma perceção do
mundo? Existem diferentes formas de ver… Porque… uma forma de ver é uma forma de
não ver, a forma como vemos as coisas afeta o modo como lidamos com elas…
Boaventura de Souza Santos- lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos
discriminem. Lutar pela diferença sempre que a igualde nos descaracterize.

Grupo

Termo utilizado para definir uma grande variedade de situações


O que sugere um conjunto de coisas ou PESSOAS…. Não se define pela simples
proximidade ou soma dos seus membros, mas como um conjunto de pessoas
interdependentes
Um sistema vivo, que se desenvolve ao longo do tempo, criando dinâmicas
específicas.

Kurt Lewin (1890-1947)


• contributos teóricos e empíricos, constituindo, também, o seu pensamento
(a teoria de campos), uma orientação teórica, fundamental, na psicologia
dos grupos
• grupo: um todo dinâmico, que se baseia na interdependência entre os seus
membros, criada pela existência de um alvo comum
• características fundamentais do grupo: existência, interdependência,
contemporaneidade
• teoria de campo: método para analisar relações causais e construir
construtos; os fenómenos a estudar emergindo num campo dinâmico,
constituem parte de uma totalidade coexistente de fatores, concebidos
como mutuante interdependentes__; o comportamento é produto de um
campo de determinantes
interdependentes (espaço de
vida)
• esta interdependência
transforma o grupo num
todo dinâmico, o que
significa que uma mudança
numa qualquer das suas subpartes, modifica o estado de todas as outras
• teoria de campo psicológico ou espaço vital- totalidade dos fatores
psicológicos que afetam um individuo num determinado momento da sua
vida

Dinâmica de grupo vs. Teoria de campo

A dinâmica de grupo consiste no estudo das interações entre os diferentes membros do


grupo, tendo em consideração:

• a participação dos membros nas decisões e soluções dos problemas;


• a natureza dos grupos (constituição, estrutura, funcionamento e objetivos);
• a interdependência entre os membros do grupo;
• a coesão exercida pelo grupo;
• a capacidade de resistência à mudança do grupo;
• os processos de liderança, no grupo
Espaço de vida do grupo: representação do grupo (elementos que o constituem), ambiente

Jacobus Moreno
• O primeiro autor a trabalhar sistemática e exclusivamente nesta área, tendo
introduzido importantes conceitos teóricos, instrumentos metodológicos e
praticas de intervenção (fundador da psicologia dos grupos); métodos de
investigação: teste sociométrico/ sociograma e role playing; métodos
terapêuticos: psicodrama
• O grupo tem duas estruturas, a formal e a sociométrico; outros aspetos estruturais
do grupo: a coesão (que é maior quanto maiores forem as reciprocidades
negativas);
• A orientação teórica sociométrica ou sociometria: técnica que tem como objetivo
avaliar as relação interpessoais no seio dos grupos, que revelam a sua estrutura
e dinâmica; estudo da estrutura íntima, real e invisível dos grupos, com vista a
clarificar a estrutura socio afetiva dos grupos e estudar a sua dinâmica
• Base dos processos de interação:
o Espontaneidade: atuar segundo o que se sente no momento; permite a
emergência da reciprocidade
o Reciprocidade: grau em que a perceção do outro coincide com a realidade
(+/-); captada através da análise sociométrica
• Teste sociométrico/sociograma
o Grupos poucos numerosos
o 10 a 20 minutos
o As pessoas não podem comunicar entre si, durante a aplicação
o Finalidade
▪ Redes de comunicação no grupo (preferências/rejeições)
▪ Elementos-chave vs. Elementos periféricos
▪ Existência de conflitos no grupo
▪ Estrutura do grupo (fechado/aberto)
▪ Existência do subgrupos
▪ Papel de cada um dos elementos
▪ Construir grupos funcionais
o Perguntas:
▪ Quem escolherias para fazer grupo contigo?
▪ Quem achas que te escolheria para o seu grupo?

Grande diversidade de teorias e trabalhos empíricos que têm vindo a ser


revistos/integrados por vários investigadores; constitui-se, assim, um corpo de
conhecimentos, a “Psicologia dos Grupos”, que não evoluiu de forma linear, uma vez que
resultou da convergência de linhas distintas de investigação, em contextos sociais
diferentes, não constituindo, assim, o resultado do trabalho de uma única pessoa, nem de
um determinado momento, mas sim, o produto de uma conjuntura.
Não existe uma única forma de ver os grupos, aceite por todos os teóricos e investigadores
valorizam diferentes características como fundamentais à existência do grupo,
nomeadamente: interdependência/interação /alvo comum pertença/identidade.

Grupos primários: mais orientados para relacionamentos interpessoais diretos (ex.


família, amigos)
Grupos secundários: mais orientados para tarefas ou metas (ex. grupos de trabalho)
Grupos formais: grupos com existência formal, com metas estabelecidas (ex. grupos de
trabalho)
Grupos informais: emergem do relacionamento entre as pessoas, que se agrupam por
afinidades; não tem metas ou tarefas formalmente atribuídas, mas tem metas implícitas,
frequentemente recreativas (ex. grupo de amigos…)
Grupos homogéneos: grupos cujos elementos apresentam muitas semelhanças entre si
ou aspetos em comum (ex. valores, interesses/objetivos, idade, habilitações…)
Grupos heterogéneos: grupos cujos elementos apresentam diferenças significativas
entre si (ex. valores, interesses/objetivos, idade, habilitações…)
Grupos naturais: relações espontâneas (ex. grupo de amigos)
Grupos artificiais: criados pela ação de terceiros (ex. grupo de trabalho)
Grupos permanentes: grupos que continuam no tempo (ex. grupos de trabalho)
Grupos temporários grupos com duração limitada (ex. grupos de trabalho para uma
determinada tarefa)
Atributos básico dos grupos ou elementos estruturais dos grupos
• Estatuto individual e do grupo:
o Posição social definida ou atribuída pelas pessoas a um grupo ou a
membros de um grupos
o Envolve uma comparação social
o Tende a derivar de:
▪ O poder que uma pessoa exerce sobre as outras (ex. líder, chefe…)
▪ A capacidade de uma pessoa contribuir para as metas do grupo (ex.
“craque” de uma equipa desportiva)
▪ As características pessoais de uma pessoa (boa aparência, dinheiro,
inteligência…)
• Papeis:
o A visão que um individuo tem sobre como deve agir em determinada
situação (perceção de papel) o que o leva a assumir determinados
comportamentos
o Comportamentos que os outros esperam de um individuo ou de um grupo,
numa determinada situação (expectativas comportamentais)
o Cada individuo desempenha diversos papeis, os quais geram expectativas
diferentes, que podem ser contraditórios (conflito de papeis: quando um
compromisso com um papel pode tornar difícil o desempenho de um
outro)
• Normas
o Padrões ou ideias comuns, compartilhados por todos os membros do grupo
e que norteiam o seu comportamento
o Dizem aos membros o que eles devem e não devem fazer, em
determinadas circunstâncias, assim como o que se espera que façam
o Podem assumir um formato formal (códigos de conduta), ou informal
(regras não escritas que são apropriadas e aceites pelos membros de um
grupo)
• Valores
o Representam convicções básicas que contem um elemento de julgamento,
baseado naquilo que o individuo acredita ser correto, bom ou desejável
(sistema de valores)
o Possuem atributos de conteúdo (o que é importante) e de intensidade
(quanto é importante)
o Estabelecem a base para a compreensão das atitudes e da motivação
o Diferentes valores em diferentes culturas
o Ideal no grupo: partilha de uma estrutura comum de conhecimento ou
modelo mental, uma vez que estes guiam as interações que os membros de
um grupo estabelecem entre si
• Coesão
o Grau em que os membros são atraídos entre si e motivados a permanecer
como grupo
o Como estimular a coesão do grupo?
▪ Reduzir a tamanho do grupo
▪ Estimular o grau de concordância sobre os objetivos do grupo
▪ Aproveitar a atração mútua entre os membros (proximidade e
semelhança cultural e existência de interesses comuns)
▪ Aumentar o tempo que os membros do grupo estão juntos
incentivar o bom desempenho/ eficácia
▪ Dar recompensas ao grupo, em vez de recompensar cada individuo
▪ Dificultar a acessibilidade à admissão no grupo
o Pensamento grupal (“Groupthink”)
▪ Descreve situações em que pressões para a conformidade impedem
que o grupo avalie criticamente propostas incomuns ou
minoritárias: as pessoas que tem um posicionamento diferente do
da maioria, são pressionadas a suprimir/esconder ou modificar os
seus verdadeiros sentimentos/convicções
▪ Como membros de um grupo achamos mais agradável estar em
concordância, ser uma parte positiva do grupo, do que ser uma
força de rutura, mesmo que a rutura seja necessária para a eficácia
das decisões
▪ Acontece em todos os grupos? Não
▪ Sintomas:
• Ilusão de unanimidade (caldo=acordo)
• Pressão sobre aqueles que questionam a validade dos
argumentos da alterativa favorita do grupo
• Os membros que tem dúvidas ou pontos de vista diferentes,
procuram não se desviar daquilo que é consenso do grupo
▪ O que minimiza o groupthink?
• Grupos pequenos (os membros dos grupos sentem-se
menos responsáveis quando o gripo é formado por mais de
10 pessoas)
• Líder assumir papel imparcial e procurar a contribuição de
todos
• Utilizar exercícios que estimulem a discussão de
alternativas diferentes sem ameaçar a identidade do grupo
O desenvolvimento dos grupos:
“O desenvolvimento dos grupos tem sido descrito como um processo através do qual uma
coleção de indivíduos com fracas ligações entre si, se desenvolve até se tornar uma
entidade unificada, com uma identidade própria, estruturas, normas de comportamento e
papeis a desempenhar pelos seus membros” (Brower, 1996)
desenvolvimento do grupos
Modelos lineares de

Modelos mais abundantes

Caracterizam-se por uma sequencialidade que


supões a existencia de fases ou sub-fases,
desde o inicio do grupo ate à maturidade,
sendo o nº de fases variaveis (4 a 6)

O desenvolvimetno grupal é visto como um


processo linear e progressivol, de uma fase à
seguinte. O grupo pode estabelizar numa ou
noutra fase ou extingui-se sem atingir o
maximo de desenvolvimento

Papel dos grupos na vida das pessoas? Família, amigos, os grupos de trabalho…
Comunicação
Pôr em comum Estar em relação com Partilha de significados: Comunicação =
Informação

Comunicação não-verbal:
• Toque
• Contacto ocular, as expressões faciais
• A gestão dos silêncios
• Sorriso
• Escuta ativa
• Postura do corpo…gestos…
• Disposição dos objetos …
• Forma de andar, de se aproximar
• Atento aos nossos sinais não verbais e aos do interlocutor
Barreira à comunicação:
• Emissor/recetor
o psicológicas (emoções, atitudes, perceções, preconceitos/ prejudices …)
o psicossociais (estatuto, papel/role…)
o desmotivação
o falta de habilidades comunicacionais/lack of communication skills
• mensagem
o semânticas (significado/ meaning)
o complexidade
• canal/channel
o ruídos (barulho, cheiro/ noise, smell …)
• código/code
como superar as barreiras:
• Habilidades comunicacionais:
o Usar vocabulário adequado
o Pronunciar corretamente as palavras
o Adequar os gestos
o Dar feedback
• Atitudes individuais facilitadoras da comunicação:
o Autoestima
o Escuta ativa
Atitudes de base à comunicação assertiva:
• Autoestima
• Determinação
• Empatia
• Adaptabilidade
• Autocontrole
• Tolerância à frustração
• Sociabilidade

Estilos de comunicação/ comportamentos

Passivo
Atitude Geral
• Evitamento de pessoas/situações geradoras de ansiedade
• Respeito pelos outros e não por si próprio
• Ausência de comunicação clara e direta de necessidades, direitos e
sentimentos
Comportamentos particulares
• Submissão
• Demissão perante conflitos
• Ausência de iniciativa/participação
• Dificuldade em dizer NÃO
Algumas expressões de suporte “É preciso saber ceder” “Não gosto de prolongar
discussões”

Agressivo
Atitude Geral
• Hostilidade e tentativa de controle coercivo
• Respeito por si próprio e não pelos outros
• Comunicação clara e direta, mas desadequada, de necessidades, direitos e
sentimentos
Comportamentos particulares
• Autoritarismo, coerção
• Intolerância e hostilidade a priori
• Contestação e interrupções sistemáticas
• Participação descontrolada
Algumas expressões de suporte “Se não tivesse aprendido a defender-me…”
“Prefiro ser lobo a cordeiro”

Manipulador
Atitude Geral
• Procura de satisfação de necessidades/vontades por meios não explícitos
ou indiretos
• Respeito por si próprio e não pelos outros
• Ausência de comunicação clara e direta de necessidades, direitos e
sentimentos
Comportamentos particulares
• Exploração astuciosa
• Mudança de opinião em função dos seus objetivos
• Comunicação indireta e participação reduzida
• Sedução, encenação, conspiração, ameaça
Algumas expressões de suporte “O segredo é a alma do negócio” “A vitória é
dos espertos”

Assertivo
Atitude Geral
• Assertividade perante pessoas e situações
• Respeito por si próprio e pelos outros
• Comunicação clara e direta de necessidades, direitos e sentimentos
Comportamentos particulares
• À vontade nas situações de face a face (calma e honestidade)
• Procura de compromissos realistas e satisfatórios para as partes envolvidas
• Esforço de integração de diferenças
• Relações fundadas na confiança, cooperação
Algumas expressões de suporte “Todos somos diferentes, mas igualmente
importantes” “É natural cometer erros e dizer não sei”
Conflito nos grupos
Conflito: Situação que se caracteriza por escassez de recursos e por um
sentimento de hostilidade declarada
É mais que um desacordo/discordância
Implica elevado envolvimento na situação (intensidade de emoções)
Perceção da existência de oposição/tensão
Conflito diferente de problema
Nível de analise: intrapessoal, interpessoal, Intra/intergrupal, Intra/inter
organizacionais
Tipo de conflito: tarefa, socio-afetivo
Fatores de maior conflito
• interpretação dos factos de forma diferente
• Existência de desacordos: Causas, Objetivos, Métodos
• Uma questão de valores/diferenças interculturais
• Internacionalização das empresas
• Interdependência de funções/recursos
• Indefinição de regras
• Sistemas de recompensas competitivos/desiguais
• Mudança
• Fatores subjacentes…
Conflitos: Evolução da situação: Incubação, Consciencialização, Disputa,
Eclosão
Consequências:
• Negativas (stress, insatisfação, desmotivação, aprofunda as diferenças,
impede a cooperação…)
• Positivas (confrontos de ideias, inovação, integração de diferenças,
melhora qualidade das decisões…)
• O que faz a diferença: A forma como são geridos/vividos
Estratégias de gestão de conflitos:
Quando estamos envolvidos:
• Não enfrentar: Evitamento/Recusa; Acomodação; Desativação
• Enfrentar: Competição (P/P); Domínio (P/G); Colaboração/Integração
(G/G)
Quando não estamos envolvidos
• Repressão
• Diluição
• Confrontação; Arbitragem; Mediação; Delegação
Importante: O desenvolvimento de competências de relacionamento interpessoal
Aspetos chave:
• Conflitos: Diferentes impactos;
• Contestação da crença de que existe um estilo de gestão universalmente
eficaz;
• Combinação de estratégias;
• Competências para…

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