Ofício n° 77/2022/CJR Felixlândia, 23 de Junho de

2022

Referência: Retirada de semáforos

Prezado Senhor ,

Inicialmente, gostaríamos de expressar nossa admiração e respeito pela forma

como vem sendo conduzidas todas as tratativas com relação a aquisição das quotas da
sociedade empresária BRA Logística de Transportes Ltda, bem como as tratativas
envolvendo o Instrumento de Confissão de Dívida firmado entre a CJR e Expresso
Brasileiro Transportes Ltda, sendo certo que seremos atendidos também no presente
pedido, em razão da gravidade da situação que se apresenta.

Estamos vivenciando uma crise mundial sem precedentes, sendo fato notório
que o setor de prestação de serviços vem sofrendo intervenção estatal cada vez mais
severa em sua livre iniciativa, com a expedição de Decretos Estaduais e Municipais que
limitam a atividade empresarial, tudo em decorrência do COVID 19, afetando
severamente a produção e rendimentos.

Na contramão da maioria das empresas, a CJR se comprometeu com a

manutenção dos empregos, dos salários, das vantagens, e de todos os compromissos
assumidos com seus fornecedores, adotando tal meta e missão, na esperança de que tal
visão de negócio seja replicada em todos os setores produtivos, minimizando os efeitos
da crise econômica.

Infelizmente, tão missão nem sempre é possível de cumprimento,

principalmente em razão de atos do governo federal e estadual que prejudicaram
sobremaneira a atuação da CJR do mercado, consequentemente reduzindo drasticamente
seu faturamento.

Nesse contexto, a Lei Federal 13.979/20 não considerou a grande maioria do

objeto social da CJR como atividade essencial, muito embora tais atividades sejam de
enorme relevância para a sociedade, sobretudo as atividades florestais. Na esfera
estadual, a Deliberação COVID 19 número 17 de 22/03/2020 determinou em seu artigo
7º, inciso IV, a adoção de severas medidas para contenção do vírus, implicando em
interferência na atividade da CJR, como a adoção de escalara reduzida. As normas
foram replicadas nos Municípios em que a CJR opera, com Decretos Municipais
restringindo a atividade da empresa.

Não bastassem as limitações administrativas acima, a CJR amargou ainda a

suspensão dos contratos de sua maior contratante, a Suzano Papel e Celulose S/A, sendo
fato notório que esse grande grupo vem suspendendo e rescindindo contratos de forma
bastante negativa ao mercado.

Isso considerado, e tendo em vista o histórico de boas relações entre as

empresas que aqui tratam, solicitamos seja na presente negociação concedida a isenção
das multas previstas na Cláusula Terceira, Parágrafo Segundo do Instrumento Particular
de Confissão de Dívida, bem como a isenção da multa prevista na Cláusula III-E do
Contrato de Compra e Venda de Quotas, para fins da presente renegociação de parcelas
em atraso.

Tal pedido vai no mesmo sentido dos princípios jurídicos que determinam a
modificação equitativa dos contratos e ajustes, bem como o princípio ético da
solidariedade e ajuda mútua entre os mercados nesse momento de grande necessidade.

Certos do acatamento do pedido, e agradecendo pela confiança depositada e

na esperança de mais essa desafio será vencido, firmamos a presente.

Cordialmente,

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CJR FLORESTAL AGRONEGOCIO E TRANSPORTES LTDA
Rodrigo Nogueira Ferreira
Sócio Administrador