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657 Retn 4
657 Retn 4
Frege
objetos
Entretanto, a substituição desses nomes por outros que se refiram ao mesmo objeto
pode mudar a significação da frase.
A estrela da manhã brilha no céu.
Frege conclui que os nomes têm duas funções semânticas: eles denotam um
objeto e exprimem um sentido.
Frege: dimensões
da linguagem
Num
a
linguagem logicamente exata, a cada sinal corresponde um sentido, um modo
como o objeto se dá a conhecer.
Cada nome (sinal) designa o objeto denotado (denotação) segundo um diferente modo
de manifestar-se do objeto (sentido).
Pode haver expressões linguísticas
Com Frege, o conhecimento começa a ser limitado por aquilo que a linguagem é
capaz ou não de dizer.
Para Frege, a linguagem científica só pode dizer sinais referentes a uma denotação.
Assim como os nomes próprios, também as frases apresentam uma dupla função
semântica: de denotação e sentido.
É a busca da verdade que nos faz passar do sentido à denotação em cada frase que
ouvimos ou lemos.
Trata-se de uma das grandes obras filosóficas do século XX, por constituir, sob
certo aspecto, uma espécie de (pretensa) “certidão de óbito” da filosofia.
O TLP procura estabelecer com clareza as fronteiras entre o que pode ser
racionalmente dito e os disparates que devem ser evitados (entre eles, a
metafísica).
6. O primeiro Wittgenstein
Que é a linguagem?
Que é pensar?
significa?
do pensamento?
Sua tese fundamental é: “O mundo é a totalidade dos fatos, não das coisas”
(1.1).
complexos;
Para figurar linguisticamente o mundo real, nós o analisamos até o nível dos
objetos – que na figuração são substituídos pelos nomes.
“É assim que a figuração se enlaça com a realidade; ela vai até a realidade”
(2.1511).
Uma figuração falsa não representa um fato, mas um estado de coisas possível.
“A proposição não é uma mistura de palavras. (Como o tema musical não é uma
mistura de sons.)
A proposição é articulada” (3.141).
“Que algo caia sob um conceito formal como seu objeto não pode ser expresso
por uma proposição. Isso se mostra, sim, no próprio sinal desse objeto” (4.126).
“O sentido do mundo deve estar fora dele. No mundo, tudo é como é e tudo
acontece como acontece; não há nele nenhum valor – e se houvesse, não teria
nenhum valor” (6.41).
Tudo o que não pode ser verificado, é indizível: não pode ser expresso por
proposições cientificamente sensatas.
“Sentimos que, mesmo que todas as questões científicas tenham obtido resposta,
nossos problemas de vida não terão sido sequer tocados. É certo que não restará,
nesse caso, mais nenhuma questão; e a resposta é precisamente essa” (6.52)
“Talvez lhe seja útil que eu lhe escreva algumas palavras sobre o meu
livro: com efeito, o senhor não extrairá grande coisa de sua leitura, essa é a
minha exata opinião. De fato, o senhor não o compreenderá: o tema lhe parecerá
completamente estranho. Na realidade, porém, ele não lhe é completamente
estranho, já que o sentido do livro é um sentido ético. Certa vez, pensei em incluir
no prefácio uma proposição que agora não está lá, mas que escreverei neste
momento para o senhor, porque talvez constitua para o senhor uma chave para a
compreensão do trabalho. Com efeito, eu queria escrever que o meu trabalho
consiste em duas partes: aquilo que eu escrevi e, ademais, tudo aquilo que
eu não escrevi. E precisamente esta segunda parte é a importante” (Carta de L.
Wittgenstein a L. von Ficker, 1919).