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ADMINISTRAÇÃO

GERAL E PÚBLICA
Evolução da Administração. Principais
Abordagens da Administração - Parte I

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ADRIEL SÁ

Professor de Direito Administrativo, Administra-


ção Geral e Administração Pública em diversos
cursos presenciais e telepresenciais. Servidor
público federal da área administrativa desde
1999 e, atualmente, atuando no Ministério Pú-
blico Federal. Formado em Administração de
Empresas pela Universidade Federal de Santa
Catarina, com especialização em Gestão Públi-
ca. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos,
sempre atuando nas áreas administrativas. É
coautor da obra “Direito Administrativo Facili-
tado” e autor da obra “Administração Geral e
Pública - Teoria Contextualizada em Questões”,
ambas publicadas pela Editora Juspodivm.

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Evolução da Administração. Principais Abordagens da Administração - Parte I
Prof. Adriel Sá

Evolução da Administração: Principais Abordagens da Administração – Parte I.....5


1. Noções introdutórias................................................................................5
2. Abordagem Clássica.................................................................................7
2.1. Aspectos Gerais e Origens......................................................................7
2.2. Escola da Administração Científica......................................................... 13
2.3. Escola da Teoria Clássica...................................................................... 26
3. Abordagem Humanista........................................................................... 34
4. Abordagem Neoclássica.......................................................................... 40
4.1. Aspectos Principais.............................................................................. 40
4.2. Administração por Objetivos (APO)........................................................ 42
5. Abordagem Burocrática.......................................................................... 46
5.1. Aspectos Conceituais........................................................................... 46
5.2. Características e Vantagens.................................................................. 49
5.3. Disfunções da Burocracia..................................................................... 52
5.4. A Racionalidade do Modelo Burocrático................................................... 55
6. Abordagem Estruturalista........................................................................ 57
6.1. Características.................................................................................... 57
6.2. Uso do Poder pelas Organizações.......................................................... 59
6.3. Conflitos e Dilemas Organizacionais....................................................... 61
6.4. Tipologia de Blau e Scott...................................................................... 62
7. Abordagem Comportamental................................................................... 65
Resumo.................................................................................................... 69
Mapa Mental............................................................................................. 72

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Questões de Concurso................................................................................ 73
Gabarito................................................................................................. 107
Gabarito Comentado................................................................................ 108

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EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: PRINCIPAIS


ABORDAGENS DA ADMINISTRAÇÃO – PARTE I

1. Noções introdutórias
Para a explanação das diversas teorias administrativas desenvolvidas no âmbito da

Administração, vamos nos utilizar das diversas concepções apresentadas pela doutrina.

Maximiano (2004)1 conceitua teoria como um conjunto de proposições que pro-

curam explicar os fatos da realidade prática.

Portanto, teorias são estudos elaborados a partir da observação de práticas

existentes em determinados ambientes. Ou seja, hipóteses são formadas, compro-

vando-se ou se negando a existência dessas hipóteses. Por isso, afirmamos que

não existem teorias absolutas, pois elas precisam estar dentro de um contexto.

Pois bem! Cada teoria administrativa procura observar os diversos elementos

que conduzem pessoas a se agruparem em razão de objetivos comuns. É dentro de

cada uma dessas teorias que praticamente todos os assuntos da disciplina de Ad-

ministração estão inseridos, tais como motivação, liderança, equilíbrio organizacio-

nal, dentre outros. Ou seja, cada uma das teorias desenvolvidas possui utilização

atualmente em alguns de seus aspectos.

Discorre Chiavenato (2003)2, por exemplo, que os postulados dos autores clássi-

cos, em especial de Taylor, apesar de todas as críticas, nunca foram totalmente substi-

tuídos por outra abordagem. É o caso dos princípios da Administração, a departamen-

talização, a racionalização do trabalho e a estrutura linear ou funcional, dentre outros.

1 MAXIMIANO, A. C. de A. Introdução à Administração. São Paulo, Atlas: 2004.


2 CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da
moderna administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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Exemplo: administrador que considera a necessidade de adotar o princípio da

unicidade de supervisão, própria da Teoria Clássica de Fayol e, ao mesmo tempo,

atenta para a importância dos grupos informais sobre o desempenho dos indivídu-

os, descrita pela Teoria das Relações Humanas.

Vamos percorrer, portanto, diversas teorias, desde as clássicas (século XIX) até

as contemporâneas. Nesse sentido, você deve entender que muitas delas podem

possuir aspectos e postulados que subsistem até hoje.

No contexto das teorias administrativas, podemos constatar dois tipos de abor-

dagens de estudo: a abordagem prescritiva e normativa e a abordagem descri-

tiva e explicativa.

A abordagem prescritiva e normativa caracteriza-se pela preocupação em

prescrever princípios normativos que devem ser aplicados como receituário em

todas as circunstâncias para que o administrador possa ser bem-sucedido. É uma

abordagem com receitas antecipadas, soluções “enlatadas” e princípios normati-

vos que regem o como fazer as coisas dentro das organizações. Essa perspectiva

visualiza a organização como ela deveria funcionar ao invés de explicar seu funcio-

namento. É a abordagem de que se utilizam, por exemplo, as teorias Clássica, das

Relações Humanas e Neoclássica.

As teorias prescritivas e normativas compreendem duas grandes categorias:

doutrinas (princípios ou preceitos) e técnicas.

As doutrinas recomendam como agir e contêm valores implícitos ou explícitos.

Por exemplo, a administração científica possui a doutrina ou princípio da eficiência

dos recursos; ainda, o movimento da qualidade possui a doutrina ou princípio da

satisfação do cliente.

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As técnicas são soluções para problemas específicos. Por exemplo, o proble-

ma de estudar a eficiência de um processo pode ser resolvido com as técnicas do

estudo de tempos e movimentos. As técnicas, em geral, agregam-se em métodos.

Por sua vez, a abordagem descritiva e explicativa, em vez de estabelecer

como o administrador deverá lidar com as organizações, descreve, analisa e expli-

ca as organizações, a fim de que o administrador escolha a maneira apropriada de

lidar com elas, levando em conta sua natureza, tarefas, participantes, problemas,

situação, restrições etc., aspectos que variam intensamente.

ABORDAGENS

PRESCRITIVA E NORMATIVA DESCRITIVA E EXPLICATIVA

Descreve e explica os fenômenos


Estabelece regras e princípios gerais de
organizacionais, sem a preocupação de
aplicação
regras e princípios gerais de aplicação

Não há um “receita do bolo” pronta. Tudo


“Receita do bolo” pronta!
depende do contexto!

2. Abordagem Clássica
2.1. Aspectos Gerais e Origens
A Abordagem Clássica da Administração possui suas origens nas consequências

geradas pela Revolução Industrial, em especial, relacionadas ao crescimento ace-

lerado e desorganizado das empresas, exigindo a substituição do empirismo e da

improvisação por algo mais científico.

Nesse sentido, Oliveira (2008)3 elenca as principais razões do surgimento e da

consolidação da Abordagem Clássica, que podem ser resumidas por dois grandes

eventos e suas respectivas consequências:


3 OLIVEIRA, D. de P. R. de. Teoria Geral da Administração. Uma abordagem prática.
São Paulo: Atlas, 2008.

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• Aumento da complexidade da administração das organizações: esta

situação ocorreu, principalmente, como resultado de duas realidades da época:

– Crescimento muito rápido da economia e, consequentemente, das organi-

zações; e

– Desorganização administrativa das organizações, como resultado do acon-

tecimento anterior;

• Busca do maior rendimento possível proporcionado pelos recursos

das organizações: essa situação, provocada, principalmente, pelo incre-

mento do nível de concorrência entre as organizações, foi gerada por três

realidades da época:

– Necessidade de aumentar a eficiência e a produtividade das organizações,

as quais deveriam ser sustentadas basicamente pelas pessoas, sendo que

estas eram consideradas como simples instrumentos de produção;

– Necessidade, como decorrência do item anterior, de estudar e aprimorar

os processos produtivos das organizações, analisando tarefas, tempos e

métodos, adequação dos maquinários etc.; e

– Necessidade, como fator de influência do item anterior, de ajustar o siste-

ma básico de pagamento da época, o qual se relacionava ao dia de trabalho

e às peças produzidas, sendo que essa situação desmotivava os trabalha-

dores das organizações, pois esses acreditavam que seus esforços só pro-

porcionavam benefícios para os proprietários das organizações e, portanto,

não se esforçavam em suas tarefas e o nível de produtividade era baixo.

É interessante destacar que a Abordagem Clássica se mostra rígida, inflexível

e conservadora, porque ela foi concebida em uma época de estabilidade e perma-

nência. No entanto, em que pese essa estabilidade e permanência, não houve a

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harmonia nas tratativas entre as organizações e as pessoas que nela trabalhavam,

ou seja, as relações trabalhistas se mostraram bastante limitadas. Isso ajudou as


insatisfações dos funcionários aumentarem, abrindo espaço para contestações or-
ganizadas ao sistema por meio de movimentos sindicais.
No fim do século XIX e início do século XX, dois personagens se destacam nos
primeiros trabalhos pioneiros a respeito da Administração Clássica:
• Frederick Winslow Taylor (um americano), que divulgou os postulados a
chamada Escola da Administração Científica, cuja preocupação principal
era aumentar a eficiência da organização por meio da racionalização do
trabalho operário; e
• Jules Henri Fayol Barros Zacanti (um turco), que desenvolveu a chamada
Teoria Clássica, preocupada em aumentar a eficiência da empresa por meio
de sua organização e da aplicação de princípios gerais da Administração em
bases científicas.
Desde logo, não podemos confundir a Abordagem Clássica com a Teoria Clássi-
ca. Essa insere-se no contexto daquela.

Administração
Taylor
Científica
Abordagem
Clássica
Teoria
Fayol
Clássica

Questão 1    (CEPERJ/2011/SEFAZ-RJ/OFICIAL DE FAZENDA/ADAPTADA) Os dois

primordiais teóricos da administração, um deles criador da Escola Clássica, são F.

Taylor e H. Fayol.

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Certo.

Frederick Taylor é o guru da Administração Científica, enquanto Henri Fayol  é o

mentor da teoria clássica.

Assim, podemos dizer que Taylor e Fayol se constituem nos autores principais

da chamada Abordagem Clássica da Administração. No entanto, outros expoentes

também contribuíram para a formação do compêndio teórico. Vejamos, portanto,

um quadro resumo comparando essas duas orientações teóricas4:

Escola da Administração Científica Teoria Clássica


Desenvolvida nos Estados Unidos, a partir Desenvolvida na França, com os trabalhos
dos trabalhos de Taylor. pioneiros de Fayol.
Expoentes: Frederick Winslow Taylor (1856-
1915), Henry Lawrence Gantt (1861-1919), Expoentes: Henri Fayol (1841-1925), James
Frank Bunker Gilbreth (1868-1924), Har- D. Mooney, Lyndall F. Urwick (1891-1979) e
rington Emerson (1853-1931) e Henry Ford Luther Gulick.
(1863-1947).
A preocupação básica era aumentar a pro- A preocupação básica era aumentar a efi-
dutividade da empresa por meio do aumento ciência da empresa por meio da forma e
de eficiência no nível operacional, isto é, no disposição dos órgãos componentes da
nível dos operários. Daí a ênfase na análise e organização (departamentos) e de suas
na divisão do trabalho do operário, uma vez inter-relações estruturais. Daí a ênfase na
que as tarefas do cargo e o ocupante consti- anatomia (estrutura) e na fisiologia (funcio-
tuem a unidade fundamental da organização. namento) da organização.
É uma abordagem inversa à da Adminis-
É uma abordagem de baixo para cima (do
tração Científica: de cima para baixo (da
operário para o supervisor e gerente) e das
direção para a execução) e do todo (orga-
partes (operário e seus cargos) para o todo
nização) para as suas partes componentes
(organização empresarial).
(departamentos).

4 CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da


moderna administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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Predominava a atenção para o método de Predominava a atenção para a estrutura


trabalho, para os movimentos necessários organizacional, para os elementos da Admi-
à execução de uma tarefa, para o tempo nistração, os princípios gerais da Adminis-
padrão determinado para sua execução. tração e a departamentalização.
Esse cuidado analítico e detalhista permi-
tia a especialização do operário e o reagru-
pamento de movimentos, operações, tare- Esse cuidado com a síntese e com a visão
fas, cargos etc., que constituem a chamada global permitia a melhor maneira de subdi-
Organização Racional do Trabalho (ORT). vidir a empresa sob a centralização de um
Foi, acima de tudo, uma corrente de ideias chefe principal. Foi uma corrente teórica e
desenvolvida por engenheiros que procu- orientada administrativamente.
ravam elaborar uma engenharia industrial
dentro de uma concepção pragmática.
Ênfase nas tarefas Ênfase na estrutura

Um importante detalhe de prova é que, apesar de ambas as orientações (Adminis-

tração Científica e Teoria Clássica) possuírem a característica de centralização de

autoridade, ela é desenvolvida de forma distinta em cada uma das abordagens.

Na Escola da Administração Científica temos ênfase nas tarefas (divisão do traba-

lho). Nesse caso, existe uma única autoridade para cada divisão de trabalho.

Na Teoria Clássica temos a ênfase na estrutura (criação de departamentos). Ocorre

que esses departamentos precisam ter chefias, ainda que desprovidas de qualquer

autonomia na tomada de decisão. É por isso que, apesar de haver uma autoridade

central na organização, temos “chefes” em cada um desses departamentos.

No entanto, (e que isso fique bem claro!), tanto a Escola de Administração Cien-

tífica quanto a Teoria Clássica possuem a autoridade absoluta centralizada numa

figura de topo.

Podemos afirmar que, em termos de estabilidade, a descentralização é preferível

em épocas de certeza e previsibilidade. Por sua vez, em situações de risco, crise ou

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dificuldade, a autoridade é centralizada no topo, enquanto durar a emergência, e a

descentralização somente voltará quando o perigo for ultrapassado.

Temos algo, mais ou menos, assim:

Está tudo previsível e “dentro do esperado”: pode descentralizar, com ressalvas!

A coisa ficou complicada: centraliza tudo!

Questão 2    (CESPE/2018/EBSERH/ANALISTA ADMINISTRATIVO/GESTÃO HOS-

PITALAR) Para Taylor, Fayol e seus seguidores, é considerada boa a organização

que possui um organograma detalhado, com ênfase na divisão do trabalho, no pla-

nejamento das funções, na descrição de cargos, nos manuais de tarefas e procedi-

mentos, pois isso gera estruturas flexíveis, moveis e permanentes.

Errado.

De fato, organograma detalhado, ênfase na divisão do trabalho, planejamento das

funções, descrição de cargos, manuais de tarefas e procedimentos, todas são ca-

racterísticas da abordagem clássica.

O erro está no fato de que todo esse conjunto de características produz uma estru-

tura rígida e imóvel, e não flexível e móvel, como afirma o item.

Questão 3    (CESPE/2016/TCE-SC/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/

ADMINISTRAÇÃO) Tanto na teoria clássica quanto na administração científica,

a análise da estrutura organizacional é realizada da direção para a execução (de

cima para baixo) e da síntese para a própria análise (do todo para as partes).

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Errado.

A abordagem da Administração Científica é uma abordagem de baixo para cima (do

operário para o supervisor e gerente) e das partes (operário e seus cargos) para

o todo (organização empresarial). Daí a ênfase na análise e na divisão do trabalho

do operário.

Já na Teoria Clássica temos a abordagem inversa à da Administração Científica, ou

seja, de cima para baixo (da direção para a execução) e do todo (organização) para

as suas partes componentes (departamentos). Daí a ênfase na anatomia (estrutu-

ra) e na fisiologia (funcionamento) da organização.

2.2. Escola da Administração Científica


A abordagem básica da Escola da Administração Científica se baseia na ênfase

colocada nas tarefas. A preocupação inicial era eliminar o desperdício e perdas so-

fridas pelas indústrias, elevando os níveis de produtividade por meio da aplicação

de métodos e técnicas da engenharia industrial.

Frederick Winslow Taylor (1856 - 1915), mentor principal dessa teoria, nasceu

na Filadélfia, Estado da Pensilvânia, EUA. Quando Taylor trabalhava como enge-

nheiro, o sistema de remuneração da época era do tipo “por peça ou por tarefa”. Aí,

tínhamos duas situações distintas e contraditórias:

• os patrões, de um lado, procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o pre-

ço da tarefa;

• os empregados, para contrabalancear o preço das peças, diminuíam o ritmo

de produção, aumentando o número de horas.

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Esse cenário levou Frederick Winslow Taylor a analisar o problema da produção,

buscando balancear os interesses de patrões e empregados.

Os autores costumam dividir a Escola de Administração Científica em dois períodos.

Primeiro Período de Taylor

Este primeiro período corresponde à época da publicação de seu primeiro livro

“Shop Management” (Administração das Oficinas), onde ele enfoca técnicas para

racionalização do trabalho operário, por meio de Estudos de Tempo e Movimen-

to (Motion-time Study). Seu estudo começou com os operários, onde passou a

analisar cuidadosamente as tarefas de cada operário. Ele segmentou cada movi-

mento e processo de trabalho. Em seguida, Taylor procurou aperfeiçoá-los.

Uma de suas conclusões foi a de que os operários produziam muito menos do

que realmente poderiam produzir com os equipamentos disponíveis, pois mesmo

que eles produzissem mais, eles não teriam uma remuneração adicional para isso.

Era preciso, então, mudar o sistema de remuneração. Nesse primeiro livro, Taylor

recomenda que:

• O objetivo da administração é pagar salários melhores e reduzir os custos

unitários de produção;

• Como forma de alcançar esse objetivo, a Administração deve aplicar métodos

científicos de pesquisa e experimentos para formular princípios e estabelecer

processos padronizados que permitam o controle das operações da organização;

• Os funcionários devem ser alocados em seus postos de trabalho segundo os

métodos científicos, juntamente com os recursos para realizar as suas tarefas

de forma adequada;

• Eles também devem ser treinados segundo um método científico para aper-

feiçoar suas aptidões e executar as suas tarefas de forma mais eficiente;

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• A Administração também deve criar uma atmosfera de íntima e cordial coo-

peração com os funcionários.

Taylor buscou aplicar os princípios tecnológicos de sua época nos processos

manuais. Para fazer isso, ele identificava o trabalho a ser feito, segmentava o tra-

balho e designava a forma correta de executar a tarefa. Em seguida, ele reunia as

operações na sequência onde havia o melhor rendimento. Entre as vantagens dos

estudos dos tempos e movimentos estão:

• Eliminação do desperdício de esforço e movimentos inúteis;

• Racionalização da seleção dos operários e sua adaptação ao trabalho;

• Facilita o treinamento e melhora a eficiência e rendimento.

Questão 4    (FUMARC/2018/CEMIG/MG/ANALISTA DE GESTÃO ADMINISTRATI-

VA/JR/ADAPTADA) A divisão do trabalho e especialização do operário surgiu como

decorrência do estudo de tempos e movimentos. Essa especialização – limitação

de cada operário à execução de uma única tarefa contínua repetitiva – encontrou

como sua principal base de aplicação a linha de montagem.

Certo.

O trabalho realizado por Frederick Taylor promoveu o estudo dos tempos e movi-

mentos, que impulsionou a indústria automobilística e nos remete às linhas de pro-

dução em massa, com funcionários especializados em tarefas simples e repetitivas.

Questão 5    (CESPE/2017/SEDF/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/ADMINIS-

TRAÇÃO) Os pressupostos teóricos da administração científica visam contribuir

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diretamente para a maior eficiência dos processos produtivos, incluindo a redução

dos custos de produção.

Certo.

O trabalho realizado por Frederick Taylor promoveu o estudo dos tempos e movimen-

tos, que impulsionou a indústria automobilística e nos remete às linhas de produção em

massa, com funcionários especializados em tarefas simples e repetitivas.

Como vimos, Taylor, com o Estudo de Tempos e Movimentos (Motion-time Study), pro-

curo estabelecer algumas premissas básicas, como por exemplo, o objetivo da adminis-

tração, que era pagar salários melhores e reduzir custos unitários de produção.

Segundo Período de Taylor

Este período é marcado pelo livro “Princípios de Administração Científica”, onde Taylor

concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma es-

truturação geral da organização e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios.

Ele, então, desenvolveu estudos sobre a Administração Geral, a qual denominou

Administração Científica, sem deixar de lado as preocupações com as tarefas ope-

rárias. Segundo Taylor, as organizações de sua época sofriam de três enfermidades:

• Vadiagem sistemática dos funcionários, que reduziam a produção para apro-

ximadamente um terço da sua capacidade real, para evitar a redução das

tarifas de salários pela gerência. Havia três causas para esta vadiagem siste-

mática:

– O falso conceito de que o maior rendimento do homem e da máquina pro-

voca o desemprego;

– O sistema deficiente de administração que força os operários à ociosidade

no trabalho para proteger interesses pessoais e o receio à mudança; e

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– Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os quais

os operários desperdiçam grande parte de seus esforços e tempo.

• A gerência desconhecia as rotinas de trabalho e do tempo necessário para a

sua realização;

• Falta de padrão para as técnicas de métodos de trabalho.

Fique ligado(a)|!

Não é difícil perceber a imagem negativa de Taylor a respeito do ser humano. En-

tretanto, ele se preocupou em criar um ambiente educativo baseado na intensi-

ficação do ritmo de trabalho em busca da maior eficiência da organização. Mas é

importante estar claro que seu foco não está no ser humano, mas nas tarefas e em

como elas deviam ser realizadas.

Questão 6    (CESPE/2018/IPHAN/ANALISTA I/ÁREA 5) A administração científica

elege uma única forma de se executar uma tarefa, com o intuito de que a especifi-

cação seja o meio ideal para maximização de eficiência.

Certo.

A Administração Científica buscou o aumento da eficiência por meio da racionali-

zação do trabalho, com foco na tarefa, no aumento da produtividade, melhoria de

salários e redução dos custos de produção. Para isso, os funcionários deveriam ser

treinados cientificamente para as tarefas e as metodologias de trabalho deveriam

ser aprimoradas, inclusive quanto ao tempo de execução.

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2.2.1. Administração como Ciência

Segundo Taylor, a administração deveria ser estudada de forma científica, e não

de forma empírica. A improvisação cede lugar ao planejamento, assim como o em-

pirismo cede lugar à ciência.

O lugar de destaque ocupado por Taylor se deve ao fato de ele ter sido o primei-

ro a fazer uma análise completa do trabalho, incluindo os movimentos e tempos.

Ele pregou a padronização dos modos de execução, o treinamento de funcionários,

a especialização. Em resumo, ele foi o primeiro a assumir uma atitude metódica

ao analisar e organizar as empresas, o qual era adotada em todas as camadas da

pirâmide hierárquica.

Os elementos da Administração Científica podem ser assim resumidos:

• estudo de tempos e padrões de produção;

• supervisão funcional;

• padronização de máquinas, ferramentas, instrumentos e materiais;

• planejamento do desenho de tarefas e cargos;

• princípio de execução;

• prêmios de produção pela execução eficiente das tarefas;

• definição de rotina de tarefa.

2.2.2. Organização Racional do Trabalho (ORT)

Taylor verificou que os funcionários obtinham o conhecimento para execução de suas

tarefas do trabalho por meio da observação de funcionários mais experientes. Ele notou

que esse fato resultava em diferentes métodos empregados na execução da mesma ta-

refa. Ou seja, sempre há técnicas e ferramentas melhores que as demais.

Essas técnicas e ferramentas podem ser encontradas, analisadas e aperfeiço-

adas de forma científica através de um estudo de tempos e movimentos,

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substituindo métodos empíricos por métodos científicos. Dessa forma, é possível

estabelecer um padrão para a organização através de uma pesquisa. Isso foi cha-

mado de Organização Racional do Trabalho (ORT).

Segundo Taylor, os operários não tinham competência, nem formação ou meios

para analisar cientificamente o seu trabalho e estabelecer de forma científica o

método ou ferramenta mais eficiente. Os supervisores deixavam sob a responsabi-

lidade dos seus subordinados a escolha da melhor técnica de execução do trabalho.

Assim, na Administração Científica ocorre uma realocação e divisão das responsa-

bilidades. A gerência é responsável pelo planejamento e supervisão do trabalho dos

operários, enquanto esses se limitam à execução das tarefas.

Segundo Chiavenato (2003)5, a ORT é baseada nos seguintes princípios:

• Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos;

• Estudo da fadiga humana;

• Divisão do trabalho e especialização do operário;

• Desenho de cargos e tarefas;

• Incentivos salariais e prêmios de produção;

• Conceito de Homo Economicus (Homem Econômico);

• Condições ambientais de trabalho, como iluminação e conforto;

• Padronização de métodos e ferramentas;

• Supervisão funcional.

Vejamos, como mais detalhes, alguns desses princípios norteadores da Organi-

zação Racional do Trabalho.

5 CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da


moderna administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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2.2.2.1. Divisão do trabalho e especialização do funcionário

Uma das decorrências do Estudo dos Tempos e Movimentos foi a divisão do

trabalho e a especialização dos funcionários para aumentar a produtividade. Dessa

maneira, cada funcionário passou a se especializar em uma única tarefa, ajustan-

do-se aos padrões estabelecidos das organizações.

Essa medida tirou a liberdade do funcionário em determinar a sua maneira de

trabalhar. Ele ficou confinado a uma única tarefa de execução padrão e repetitiva.

A ideia básica era de que a especialização aumentava a eficiência.

Questão 7    (INÉDITA/2019) O conceito de divisão do trabalho foi postulado para

aumentar a eficiência pela especialização.

Certo.

No contexto da abordagem clássica, os trabalhadores deveriam ser especialistas

em suas funções. Assim, teriam maior eficiência e produtividade.

2.2.2.2. Desenho de Cargas e Tarefas

A primeira tentativa de estabelecer uma política de cargos e tarefas foi proposta

por Taylor.

Segundo ele, tarefa é toda atividade executada por uma pessoa em seu trabalho,

constituindo-se na menor unidade dentro da divisão de trabalho de uma organização.

Já o cargo é o conjunto de tarefas executadas de forma cíclica e repetitiva.

Assim, desenhar um cargo significa especificar as tarefas que o compõe,

os métodos de execução e a relação com os demais cargos existentes.

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A Administração Científica prega que o desenho de cargos deva ser feito de for-

ma simples e elementar. A ênfase nas tarefas levou os engenheiros a simplificar os

cargos para obter o máximo de especialização por parte de cada operário e, conse-

quentemente, a maior eficiência. A simplicidade facilita o treinamento dos funcio-

nários, pois permite que eles aprendam de forma rápida as suas tarefas, além de

facilitar o controle por parte dos supervisores.

Esse conceito foi muito aplicado em linhas de montagens; ao invés de um operário

realizar uma tarefa complexa, essa tarefa é decomposta em várias partes dispostas em

uma linha de produção, onde cada uma é tratada por um funcionário. É importante sa-

ber que o fluxo de sequência é definido, assim como o seu tempo de execução.

2.2.2.3. Incentivos Salariais e Prêmios de Produção

Como forma de fazer o operário colaborar com os princípios idealizados, Taylor

e seus seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais e prêmios de pro-

dução. A ideia era que os salários fixos não são estimulantes para uma postura co-

laborativa e altamente produtiva dos operários. Ele propôs que os operários fossem

remunerados por sua produção.

Nesse caso, é estabelecido um patamar a ser alcançado periodicamente pelos

funcionários. A produção conseguida acima da meta deve ser recompensada de

forma adicional. Com planos de prêmios de produção, Taylor procurava atender os

objetivos das empresas e dos funcionários que poderiam ganhar mais se produzis-

sem mais.

2.2.2.4. Homo economicus

Segundo o conceito de homem econômico, as  pessoas são influenciadas pelo

salário e recompensas financeiras e materiais. Ou seja, a  importância está em

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como de ganhar a vida e não uma procura de trabalho por afinidade. Esse princípio

pode ser considerado um dos mais depreciáveis, pois tem a visão do ser humano

como um indivíduo mesquinho, limitado, preguiçoso e culpado pela ineficiência da

organização e seus desperdícios.

2.2.2.5. Condições de trabalho

É certo que apenas a recompensa financeira não seria suficiente para obter o

máximo de produtividade dos operários. Era preciso um conjunto de condições de

trabalho que possibilitassem o aumento da produtividade, tais como:

• adequação de instrumentos de trabalho, equipamentos de produção aos pro-

cessos para minimizar o esforço do trabalho e o desperdício de tempo na

execução das tarefas;

• arranjo físico das máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo de pro-

dução;

• melhoria do ambiente físico de trabalho, de maneira que o ruído, ventilação,

iluminação e conforte não reduzam a produtividade e eficiência do operário;

• projeto de instrumentos e equipamentos especiais para reduzir movimentos

inúteis.

2.2.2.6. Supervisão Funcional

Taylor recomenda que a autoridade de gerir os operários deva ser dividida entre

vários supervisores, onde cada um é especializado em uma área diferente. Dessa

maneira, cada supervisor tem uma autoridade funcional. A autoridade funcional é

relativa e parcial. Essa “Administração Funcional” consistia, portanto, em dividir

o trabalho de maneira que cada homem tivesse que executar a menor variedade

possível de funções, independentemente de seu nível hierárquico. Sempre que

possível, deveria se limitar a apenas uma função.

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A supervisão funcional representa a divisão do trabalho para as funções de che-

fes e de supervisores. Ela separa o planejamento mental do braçal. Essa aborda-

gem trouxe uma série de críticas, pois acreditava-se que a eficiência era alcançada

pela subordinação única.

2.2.3. Princípios da Administração Científica

A preocupação de racionalizar, padronizar e prescrever normas de conduta ao

administrador levou os teóricos da Administração Científica a pensar em princípios

que pudessem ser aplicados a todas as situações possíveis - abordagem prescri-

tiva e normativa6.

Um princípio é uma afirmação válida para uma determinada situação. É  uma

previsão antecipada do que deverá ser feito quando ocorrer aquela situação. Den-

tre a difusão de princípios defendidos pelos autores da Administração Científica,

vamos destacar aqueles que sempre são cobrados em provas: os princípios da

Administração Científica de Taylor e os princípios básicos de Ford.

Para Taylor, a gerência deve seguir quatro princípios, a saber:

• Princípio de planejamento: substituir no trabalho o critério individual do

operário, a improvisação e a atuação empírico-prática, por métodos baseados

em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência por meio

do planejamento do método de trabalho;

• Princípio de preparo: selecionar, cientificamente, os trabalhadores de acor-

do com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e me-

lhor, conforme o método planejado. Preparar máquinas e equipamentos em

um arranjo físico e disposição racional;

6 A abordagem prescritiva e normativa caracteriza-se pela preocupação em prescre-


ver princípios normativos que devem ser aplicados como receituário em todas as circuns-
tâncias para que o administrador possa ser bem-sucedido.

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• Princípio do controle: controlar o trabalho para se certificar de que está

sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos e segundo o plano

previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores para que a execução

seja a melhor possível;

• Princípio da execução: distribuir atribuições e responsabilidades para que

a execução do trabalho seja disciplinada.

Como dissemos, apesar de Taylor ser o expoente principal da Administração

Científica, outros personagens contribuíram, de forma evidente, para a afirmação

dos postulados teóricos. Um desses personagens foi Henry Ford, que aplicava

seus princípios em negócios efetuados pela Ford Companhia de Motores.

Ford desenvolveu três princípios, que visavam acelerar a produção por meio de

um trabalho ritmado, coordenado e econômico - a linha de montagem:

• Princípio de intensificação: diminuir o tempo de duração das atividades

com a utilização imediata dos equipamentos e matéria-prima e a rápida colo-

cação do produto no mercado;

• Princípio de economicidade: reduzir, ao mínimo, o volume do estoque da

matéria-prima em transformação, fazendo com que o automóvel fosse pago

à empresa antes de vencido o prazo de pagamento dos salários e da matéria-

-prima adquirida. A velocidade de produção deve ser rápida;

• Princípio de produtividade: aumentar a capacidade de produção do ho-

mem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da

linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produ-

ção - adaptação do conjunto de trabalhadores ao ritmo imposto pela esteira

de produção.

Outro conceito que Ford também desenvolveu foi o conceito de “produção em

massa”. Vamos entender isso melhor!

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Inicialmente, a empresa Ford Companhia de Motores trabalhava artesanalmen-

te. Segundo estudos, o tempo total trabalhado antes de serem repetidas as mes-

mas operações de um montador da Ford chegava a 514 minutos. Nesse sistema,

cada trabalhador ficava sempre na mesma área de montagem e fazia uma parte

importante de um carro (por exemplo, colocando rodas, ou molas, ou motor) antes

de passar para o carro seguinte, que vinha até ele. Porém, era responsabilidade

do trabalhador apanhar as peças no estoque e trazê-lo até seu posto. Para cumprir

essa responsabilidade, o trabalhador tinha que ir atrás do trabalho.

A primeira providência que Ford tomou, para tornar esse processo mais eficien-

te, foi a de entregar as peças em cada posto, de onde os trabalhadores não preci-

savam mais ficar saindo. Em seguida, Ford decidiu que o montador executaria uma

única tarefa, andando de um carro para outro dentro da fábrica. Em 1913, pouco

antes de implantar a linha de montagem, o tempo médio de ciclo de cada montador

da Ford havia caído para 2, 3 minutos.

No entanto, logo apareceram os problemas desse procedimento: a movimen-

tação consumia tempo e, como os montadores tinham velocidades diferentes de

trabalhos, os  mais rápidos perdiam sua eficiência quando encontravam os mais

lentos pela frente. Nesse sentido, desenvolveu-se a essência da linha de montagem

móvel, onde o produto em processo desloca-se ao longo de um percurso enquanto

os operadores ficam parados.

Assim, Ford evidenciou dois princípios da produção em massa: peças pa-

dronizadas e trabalhadores especializados.

O princípio das peças padronizadas deu origem ao controle de qualidade

(uniformidade das peças e produtos) e à redução da quantidade de peças na fabri-

cação de seus carros.

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O princípio do trabalhador especializado dizia que cada pessoa ou cada

grupo de pessoas tinha uma tarefa fixa dentro de uma etapa de um processo pre-

definido. Assim, por esse princípio, cada trabalhador atuava apenas no processo

específico que lhe fosse atribuído.

Os princípios da produção em massa podem ser assim resumidos:

Princípios da produção em massa (Ford)


Peças padronizadas Trabalhador especializado

 Máquinas especializadas
 Uma única tarefa ou pequeno número de tarefas
 Sistema universal de fabricação e calibragem
 Posição fixa dentro de uma sequência de tarefas
 Controle da qualidade
 O trabalhado vem até o trabalhador
 Simplificação das peças
 As peças e máquinas ficam no posto de trabalho
 Simplificação do processo produtivo

TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

TAYLOR Ênfase nas tarefas.

OBJETIVO BÁSICO Aumentar a produtividade da empresa.

ABORDAGEM De baixo para cima (do operário para o supervisor e gerente).

Método de trabalho, movimentos necessários e tempo padrão


PREDOMINÂNCIA
determinado à execução de uma tarefa.

HOMEM Funcionário motivado exclusivamente por recompensas financeiras e


ECONÔMICO econômicas.

2.3. Escola da Teoria Clássica


A Escola da Teoria Clássica surge na França, em 1916. Essa teoria foi idealizada

por Jules Henri Fayol Barros Zacanti (1841 - 1925), nascido na Turquia, engenheiro

de minas na França.

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O modelo da Teoria Clássica possui ênfase na estrutura que a organização

deve possuir para ser eficiente7. Henri Fayol criou um sistema de administração

dividido em três aspectos principais:

• a Administração é uma função distinta das demais funções, como finanças,

produção e distribuição;

• a Administração é um processo de planejamento, organização, comando, co-

ordenação e controle;

• o processo de Administração pode ser ensinado e aprendido.

2.3.1. Funções básicas e função administrativa

Com a publicação em 1916 do livro “Administration Industrielle et Générale”,

Fayol afirma que, em toda organização, independentemente de tamanho ou natu-

reza de suas atividades, o conjunto de todas as suas operações pode ser dividido

em seis grupos ou funções básicas, a saber:

• técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da organização;

• comerciais, relacionadas com compra, venda e trocas;

• financeiras, relacionadas com procura e gerência de capitais;

• de segurança, relacionadas com proteção e preservação dos bens e pessoas;

• contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e esta-

tísticas; e

• administrativas, relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco

funções.

Como se observa, esse autor considerava que a mais importante dessas fun-

ções era a função administrativa, pois ela desempenhava um papel central


7 Ainda que a ênfase da Teoria Clássica (estrutura) seja distinta da Administração Científica
(tarefas), ambos os modelos buscavam a eficiência organizacional.

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de integração e coordenação das demais funções. Isso não quer dizer que a função

administrativa se concentra exclusivamente no topo da organização; pelo contrá-

rio, ela se reparte proporcionalmente por todos os níveis da hierarquia da empresa.

Assim, Fayol dividiu-a em outras cinco funções (chamadas de POC3):

• Previsão: estabelece os objetivos da empresa, especificando a forma como

serão alcançados. Parte de uma sondagem do futuro, desenvolvendo um pla-

no de ações para tingir as metas traçadas. É a primeira das funções, já que

servirá de base diretora à operacionalização da demais;

• Organização: é a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam

humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o

planejamento estabelecido;

• Comando: faz com que os subordinados executem o que deve ser feito.

Pressupõe que as relações hierárquicas estejam claramente definidas, ou

seja, que a forma como administradores e subordinados se influenciam esteja

explícita, assim como o grau de participação e colaboração de cada um para

a realização dos objetivos definidos;

• Coordenação: a implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a

coordenação das atitudes e esforços de toda a empresa, almejando as metas

traçadas;

• Controle: controlar é estabelecer padrões e medidas de desempenho que

permitam assegurar que as atitudes empregadas são as mais compatíveis

com o que a empresa espera. O controle das atividades desenvolvidas permi-

te maximizar a probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabe-

lecidas e ditadas8.
8
Contemporaneamente, as funções administrativas consideradas são as funções de planejar, organizar,
dirigir e controlar. No entanto, essas funções administrativas, hoje conhecidas, são uma evolução da
Teoria Clássica da Administração, idealizada por Fayol.

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TÉCNICAS

COMERCIAIS

FINANCEIRAS POC3
FUNÇÕES BÁSICAS
(Fayol)
DE SEGURANÇA Previsão

CONTÁBEIS Organização

ADMINISTRATIVAS Comando

Coordenação

Controle

Questão 8    (FGV/2017/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/TÉCNICO DE NÍVEL SU-

PERIOR II/ADMINISTRAÇÃO/ADAPTADA) As funções administrativas da empresa

coordenam e sincronizam as suas demais funções essenciais.

Certo.

Para Fayol, a contribuição da função administrativa para a organização está relacio-

nada com a integração de cúpula das demais funções (técnicas, comerciais, finan-

ceiras, de segurança e contábeis).

2.3.2. Princípios Gerais da Administração

DFayol, usando uma metodologia de observação dos fatos, conduziu experi-

mentos e extraiu alguns princípios em torno de seu modelo administrativo, os cha-

mados 14 princípios gerais da Administração, os quais passamos a elencá-los:

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Consiste na especialização das tarefas e das


Divisão do trabalho
pessoas para aumentar a eficiência.
Autoridade é o direito de dar ordens e o
poder de esperar obediência. A responsabi-
Autoridade e responsabilidade lidade é uma consequência natural da auto-
ridade e significa o dever de prestar contas.
Ambas devem estar equilibradas entre si.
Depende de obediência, aplicação, ener-
Disciplina gia, comportamento e respeito aos acordos
estabelecidos.
Cada empregado deve receber ordens de
Unidade de comando apenas um superior. É o princípio da autori-
dade única.
Uma cabeça e um plano para cada conjunto
Unidade de direção de atividades que tenham o mesmo obje-
tivo.
Os interesses gerais da empresa devem
Subordinação dos interesses individu-
sobrepor-se aos interesses particulares das
ais aos gerais
pessoas.
Deve haver justa e garantida satisfação
Remuneração do pessoal para os empregados e para a organização
em termos de retribuição.
Refere-se à concentração da autoridade no
Centralização
topo da hierarquia da organização.
É a linha de autoridade que vai do escalão
Cadeia escalar mais alto ao mais baixo em função do prin-
cípio do comando.
Um lugar para cada coisa e cada coisa em
Ordem
seu lugar. É a ordem material e humana.
Amabilidade e justiça para alcançar a leal-
Equidade
dade do pessoal.
A rotatividade do pessoal é prejudicial para
a eficiência da organização. Quanto mais
Estabilidade do pessoal tempo uma pessoa
Permanecer no cargo, tanto melhor para a
empresa.
A capacidade de visualizar um plano e asse-
Iniciativa
gurar pessoalmente o seu sucesso.
A harmonia e a união entre as pessoas são
Espírito de equipe
grandes forças para a organização.

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Questão 9    (INÉDITA/2019) São as características que remetem à Teoria Clássica

da organização divisão do trabalho, disciplina e centralização.

Certo.

O item aponta para 3 dos 14 princípios de Fayol.

Questão 10    (CESPE/2016/FUNPRESP-EXE/ANALISTA/ÁREA ADMINISTRATIVA)

O princípio da remuneração, previsto na teoria da administração clássica, estabe-

lece que o pagamento de salário deve ser condizente com as atividades exercidas

pelo empregado.

Certo.

As duas teorias assim dispõem sobre a remuneração do empregado:

Administração Científica: a remuneração deveria incluir “incentivos salarias” e “prê-

mios por produção” para que os operários que trabalhassem mais, ganhassem

mais. Isso possibilitaria aumentar a remuneração do trabalhador a partir de sua

maior produtividade.

Teoria Clássica: a remuneração é um dos 14 princípios básicos de Fayol, segundo o

qual a remuneração deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários

e da própria organização.

Juntamente com a teoria da Administração Científica, a  teoria proposta por

Fayol foi uma das primeiras das teorias administrativas. Obviamente que

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apresentaria limitações e seria superada por novos pensamentos.

Ainda assim, contribuiu muito para a formação do atual pensamento adminis-

trativo que, a partir dela, foi se desenvolvendo até chegar aos moldes da adminis-

tração moderna.

Não obstante, algumas críticas foram observadas em relação Teoria Clássica

de Fayol9.

Abordagem simplificada da organização formal. Os autores clássicos con-

cebem a organização em termos lógicos, formais, rígidos e abstratos, sem consi-

derar seu conteúdo psicológico e social com a devida importância. Limitaram-se à

organização formal, estabelecendo esquemas lógicos e pré-estabelecidos, segundo

os quais as organizações devem ser construídas e governadas. Nesse sentido, são

prescritivos e normativos, ou seja, explicam como o administrador deve conduzir-

-se em todas as situações através do processo administrativo e os princípios gerais

que deve seguir para obter a máxima eficiência. A preocupação com as regras do

jogo é fundamental.

Ausência de trabalhos experimentais. A Teoria Clássica pretendeu elaborar

uma ciência de administração para estudar e tratar a Administração, substituindo

o empirismo e a improvisação por técnicas científicas. Porém, os autores clássicos

fundamentam seus conceitos na observação e no senso comum.

Seu método é empírico e concreto, baseado na experiência direta e no pragma-

tismo, e não confrontam a teoria com elementos de prova.

As ideias mais importantes são catalogadas como princípios, o que provocou

críticas, pois o princípio utilizado como sinônimo de lei deve, como essa, envolver

um alto grau de regularidade e consistência, permitindo razoável previsão em sua

aplicação, tal como aconteceu nas outras ciências.


9
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 8.ed. São Paulo: Campus, 2011.

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Extremo racionalismo na concepção da Administração. Os autores clássi-

cos se preocupam com a apresentação racional e lógica das suas proposições, sa-

crificando a clareza das suas ideias. O abstracionismo e o formalismo são criticados

por levarem a análise da Administração à superficialidade, à supersimplificação e à

falta de realismo.

A insistência sobre a concepção da Administração com um conjunto de princí-

pios universalmente aplicáveis provocou a denominação de “Escola Universalista”.

Alguns autores preferem, pelo espírito pragmático e utilitarista, a denominação

“Teoria Pragmática”. O pragmatismo do sistema leva-o a apelar à experiência direta

e não-representativa para obter soluções aplicáveis de modo imediato.

Teoria da Máquina. A Teoria Clássica também recebe a denominação de “Te-

oria da Máquina” pelo fato de considerar a organização sob o prisma do compor-

tamento mecânico de uma máquina: a determinadas ações ou causas decorrem

determinados efeitos ou consequências dentro de uma correlação determinística.

A organização deve ser arranjada tal como uma máquina. Os modelos admi-

nistrativos correspondem à divisão mecanicista do trabalho, em que a divisão do

trabalho é a mola do sistema.

A abordagem mecânica, lógica e determinística da organização foi o fator que

conduziu erradamente os clássicos à busca de uma ciência da Administração.

Abordagem incompleta da organização. Tal como aconteceu com a Adminis-

tração Científica, a Teoria Clássica preocupou-se apenas com a organização formal,

descuidando-se da organização informal. O foco na forma e a ênfase na estrutura

levaram a exageros.

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A teoria da organização formal não ignorava os problemas humanos da organiza-

ção, porém não conseguiu dar um tratamento sistemático à interação entre pessoas

e grupos informais, nem aos conflitos intraorganizacionais e ao processo decisório.

Abordagem de sistema fechado. A Teoria Clássica trata a organização como

se ela fosse um sistema fechado, composto de algumas variáveis perfeitamente

conhecidas e previsíveis e de alguns aspectos que são manipulados por meio de

princípios gerais e universais.

TEORIA CLÁSSICA

FAYOL Ênfase na estrutura.

OBJETIVO BÁSICO Aumentar a eficiência da empresa.

ABORDAGEM De cima para baixo (da direção para a execução).

Estrutura organizacional, elementos da Administração, princípios gerais


PREDOMINÂNCIA
da Administração e departamentalização.

HOMEM Funcionário motivado exclusivamente por recompensas financeiras e


ECONÔMICO econômicas.

3. Abordagem Humanista
A Teoria das Relações Humanas foi de encontro às ideias das Escolas da Abor-

dagem Clássica, surgindo basicamente como um movimento de oposição e reação

à Teoria Clássica da Administração.

Segundo destacam Motta e Vasconcelos (2006)10, os teóricos da época consi-

deravam que o importante era aperfeiçoar os sistemas de trabalho, elaborando os

sistemas mais eficientes e racionais possíveis. Havia o pressuposto de que sistemas


10
MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, I. F. G. de. Teoria Geral da Administração. 3 ed. São Paulo: Pioneira Thom-
son Learning, 2006.

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perfeitos, bem ajustados e eficientes trariam por si só os bons resultados espera-


dos. Pouco a pouco, os estudos organizacionais foram mostrando que o ser humano
não é totalmente controlável e previsível e que, portanto, há sempre um certo grau
de incerteza associado a gestão de pessoa. Os estudiosos compreendendo outros
aspectos ligados à motivação e à afetividade humana começaram a perceber os
limites da regra e do controle burocrático como formas de regulação social.
Entre os anos de 1927 e 1933, o professor Elton Mayo conduziu experimentos
com grupos de trabalhadores da fábrica da Western Electric Company. O objetivo
da pesquisa era identificar o efeito da iluminação do ambiente no desempenho dos
trabalhadores. As conclusões desse estudo foram de tal importância para o pensa-
mento administrativo da época que foi considerado como o marco inicial da Escola
das Relações Humanas no trabalho.
O conceito de relações humanas nos remete ao fato de que cada pessoa pos-
sui uma personalidade própria e diferenciada que influi no comportamento e nas
atitudes das outras com quem mantém contatos e é, por outro lado, igualmente
influenciada pelas outras.

Para a Teoria das relações humanas, a motivação econômica é secundária para


determinar a eficiência do trabalhador; ou seja, as  pessoas são motivadas pela
necessidade de reconhecimento, de aprovação social e participação nas atividades.
Assim, vigora na teoria das relações humanas o conceito de homem social.

Questão 11    (QUADRIX/2019/CRESS-SC/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JR.)

As experiências de Elton Mayo mostraram que o operário não era uma simples peça

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do processo, mas sim um indivíduo com uma personalidade complexa, relacionan-

do-se com os demais em uma situação de grupo, motivado não só pela busca do

conforto material, mas também por necessidades de natureza social e psicológica.

Certo.

As experiências de Elton Mayo concluíram que cada pessoa possui uma personalida-

de própria e diferenciada, influenciando e igualmente sendo influenciada por outras.

No tocante à motivação econômica, concluiu-se que essa é secundária, pois as

pessoas são motivadas pela necessidade de reconhecimento, de aprovação social e

participação nas atividades.

A experiência de Hawthorne foi um dos trabalhos apresentados pelos au-

tores da Teoria das Relações Humanas. Antes disso, o pensamento administrativo

estava fundamentado na teoria clássica de Taylor e Fayol11.

Uma das críticas dos autores humanistas aos autores clássicos foi justamente a falta

de atenção à existência de uma organização informal entre os trabalhadores. Os clássi-

cos acreditavam que o único fator que os influenciaria na produtividade seria o salário.

Pois bem! Vamos voltar à experiência de Hawthorne.

Hawthorne é o nome de um bairro localizado na cidade americana de Chicago,

Estado de Illinois. Essa pesquisa foi realizada nesse bairro, durante 5 anos, e se

iniciou em 1927, na fábrica da Western Electric Company.

O objetivo da pesquisa era de avaliar a correlação entre iluminação e efi-

ciência dos operários, medida por meio da produção. A experiência foi co-

ordenada por Elton Mayo e também se estendeu a outros temas, como a fadiga,

11 A Escola das Relações Humanas é o grande contraponto às teorias de Taylor e


Fayol, por afirmar que o trabalho é uma atividade grupal e que os indivíduos têm moti-
vações não econômicas (psicológicas) para o trabalho.

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os acidentes no trabalho, a rotatividade do pessoal (turnover) e o efeito das condi-

ções de trabalho sobre a produtividade do pessoal.

As conclusões sobre essa pesquisa proporcionaram os delineamentos dos prin-

cípios básicos da Escola das Relações Humanas12:

• O nível de produção é resultante da integração social: é a capacidade social

do trabalhador que determina o seu nível de competência e eficiência e não sua

capacidade de executar movimentos eficientes dentro do tempo estabelecido;

• Comportamento social dos empregados: os trabalhadores não agem ou

reagem isoladamente como indivíduos, mas como membros de grupos. Como

integrante do grupo, ao indivíduo é imposto punições sociais ou morais dos

colegas, no intuito de se ajustar aos padrões do grupo;

• Recompensas e sanções sociais: o comportamento dos trabalhadores está

condicionado a normas e padrões sociais. Os operários que produziram acima

ou abaixo da norma socialmente determinada perderam o respeito e a consi-

deração dos colegas. As pessoas são avaliadas pelo grupo em relação a essas

normas e padrões de comportamento;

• Grupos informais: diferentemente dos autores clássicos, que se preocupa-

vam com aspectos formais da organização, a teoria humanista concentrava-

-se nos aspectos informais da organização, como grupos informais, compor-

tamento social dos empregados, crenças, atitude e expectativa, motivação;

• Relações humanas: cada pessoa possui uma personalidade própria e dife-

renciada que influi no comportamento e nas atitudes das outras com quem

mantém contatos e é, por outro lado, igualmente influenciada pelas outras;


12
WAHRLICH, B. M. de S. Uma análise das teorias de organização. 5.ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1986.

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• Importância do conteúdo do cargo: apesar de não ser objetivo da pesqui-

sa, Mayo e seus colaboradores verificaram que a especialização proposta pela

Teoria Clássica não cria a organização mais eficiente. Houve a observação de

que os operários trocavam de posição para variar e evitar a monotonia;

• Ênfase nos aspectos emocionais: os elementos emocionais não planeja-

dos e irracionais do comportamento humano merecem atenção especial da

Teoria das Relações Humanas. Daí a denominação de sociólogos da organiza-

ção aos autores humanistas.

Assim, a Teoria Humanista concentrava-se nos aspectos informais da orga-

nização, como grupos informais, comportamento social dos empregados, crenças,

atitude e expectativa, motivação.

Em suma, temos quatro pontos principais da teoria das relações humanas:

A qualidade do tratamento dispensado pela gerência aos


trabalhadores influencia fortemente seu desempenho. Ou
seja, o bom tratamento por parte da administração, refor-
Sistema social çando o sentido de grupo, produz bom desempenho. Esse
efeito positivo do tratamento da administração sobre o
desempenho humano ficou conhecido como o efeito de
Hawthorne, por causa do nome do experimento.
O sistema social formado pelos grupos determina o resul-
tado do indivíduo, que pode ser mais leal ao grupo do que à
administração. Alguns grupos não atingem os níveis de pro-
Lealdade ao grupo
dução esperados pela administração porque há, entres seus
(relações com o grupo)
membros, uma espécie de acordo que define uma quanti-
dade correta, que é menor, a ser produzida. Logo, o efeito
Hawthorne não funciona em todos os casos.
O supervisor de primeira linha deve ser, não um controlador,
Conceito de autoridade
mas um intermediário entre a administração superior e os
(papel intermediário do
grupos de trabalhos. O conceito de autoridade deve basear-
gerente)
-se não na coerção, mas na cooperação e na coordenação.

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Por causa da influência do sistema social sobre o desempe-


nho individual, a administração deve entender o comporta-
Esforço coletivo mento dos grupos e fortalecer as relações com os grupos,
(trabalho em equipe) em vez de tratar os indivíduos como seres isolados. A res-
ponsabilidade da administração é desenvolver as bases para
o trabalho em equipe, o autogoverno e a cooperação.

Questão 12    (INÉDITA/2019) O movimento das relações humanas defendia que os fa-

tores sociais e psicológicos poderiam criar relações humanas eficazes nas organizações.

Certo.

A abordagem humanística evidencia a prioridade para a preocupação com as pes-

soas e os grupos sociais - dos aspectos técnicos e formais para os aspectos psico-

lógicos e sociológicos.

TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS

MAYO Organização sob o aspecto informal.

EXPERIÊNCIA DE As organizações informais entre grupos possuem força potencialmente


HAWTHORNE poderosa.

PRINCÍPIOS Integração social, recompensas e sanções sociais, grupos informais,


BÁSICOS importância do conteúdo do cargo e aspectos emocionais.

4 PONTOS Sistema social, lealdade ao grupo, papel intermediário do gerente e


PRINCIPAIS trabalho em equipe.

HOMEM SOCIAL Funcionário com motivações sociais e simbólicas.

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4. Abordagem Neoclássica
4.1. Aspectos Principais
A abordagem neoclássica nada mais é do que a redenção da Teoria Clássica

devidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e

ao tamanho das organizações de hoje. Em outros termos, a Teoria Neoclássica re-

presenta a Teoria Clássica colocada em um novo figurino e dentro de um ecletismo

que aproveita a contribuição de todas as demais teorias administrativas.13

Koontz e O’Donnell (1976)14 apresentam os seguintes fundamentos da abor-

dagem neoclássica:

• a administração é um processo operacional composto por funções, como pla-

nejamento, organização, direção e controle;

• como a administração envolve uma variedade de situações organizacionais,

ela precisa fundamentar-se em princípios básicos que tenham valor preditivo;

• a administração é uma arte que, como a medicina ou a engenharia, deve se

apoiar em princípios universais;

• os princípios de administração, a exemplo dos princípios das ciências lógicas

e físicas, são verdadeiros;

• a cultura e o universo físico e biológico afetam o meio ambiente do administra-

dor. Como ciência ou arte, a teoria da administração não precisa abarcar todo o

conhecimento para servir de fundamentação científica aos princípios de admi-

nistração.

Como principais características da Teoria Neoclássica, Chiavenato (2014)15

citas as seguintes:
13
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 9.ed. Barueri: Ed. Manole, 2014.
14
KOONTZ, H.; O’DONNELL, C. Princípios de Administração - Uma Análise das Funções Administra-
tivas. São Paulo: Pioneira, 1976.
15
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 9.ed. Barueri: Ed. Manole, 2014.

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• ênfase na prática da administração;

• reafirmação relativa dos postulados clássicos;

• ênfase nos princípios gerais de administração;

• ênfase nos objetivos e nos resultados;

• ecletismo nos conceitos.

Fique ligado(a)!

Enquanto a Administração Científica enfatizava os métodos e a racionalização do

trabalho e a Teoria Clássica punha ênfase nos princípios gerais da administração,

a Teoria Neoclássica considera os meios na busca da eficiência, mas enfatiza os fins

e os resultados na busca de eficácia. Há um forte deslocamento para os objetivos

e resultados.

Questão 13    (IDHTEC/2015/CRQ-1ª REGIÃO/PE/ASSISTENTE ADMINISTRATI-

VO/ADAPTADA) Em relação à abordagem neoclássica da organização, é incorre-

to  afirmar que entendeu a prática administrativa como sendo orientada para a

obtenção de resultados.

Certo.

Como vimos, a abordagem neoclássica enfatiza os objetivos e os resultados. Logo,

temos uma afirmação correta, e não incorreta.

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Questão 14    (CESPE/2015/TCU/TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) A

eficiência dos processos produtivos, o  combate ao desperdício, a  administração

como processos e a eficiência do modo burocrático de organização são ideias pre-

conizadas pela escola neoclássica da administração.

Errado.

A questão apresenta ideias principais da abordagem clássica. A abordagem neo-

clássica possuía como ideias principais: estrutura organizacional, estratégia, eficá-

cia da organização, administração da qualidade, sistema Toyota de produção.

4.2. Administração por Objetivos (APO)


A APO surgiu na década de 1950, através da publicação do livro de Peter F.

Drucker, no qual caracteriza pela primeira vez a administração por objetivos. A Ad-

ministração por Objetivos ou Administração por Resultados constitui um

modelo administrativo bastante difundido e plenamente identificado com o espírito

pragmático e democrático da abordagem neoclássica. Vejamos.

A Administração por Objetivos é uma técnica de direção de esforços por meio

do planejamento e controle administrativo fundamentada no princípio de que, para

atingir resultados, a organização precisa antes definir em que negócio está atuando

e aonde pretende chegar.

Inicialmente se estabelecem os objetivos anuais da empresa, formulados na base

de um plano de objetivos a longo prazo. Escolhidos e fixados os objetivos organizacio-

nais a serem alcançados, o próximo passo é saber como alcançá-los, isto é, estabe-

lecer a estratégia empresarial a ser utilizada para melhor alcançar aqueles objetivos.

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Questão 15    (VUNESP/2019/UFABC/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO/ADAP-

TADA) Modelo desenvolvido por Peter Drucker na década de 1950, a gestão por

resultados tem enfoque em produtividade.

Errado.

A gestão por resultados tem enfoque em objetivos, e não na produtividade!

Chiavenato (1999)16 nos ensina que a Administração por Objetivos (APO) é um

estilo de administração que enfatiza o estabelecimento conjunto de objetivos tan-

gíveis, verificáveis e mensuráveis, no início de cada período, de preferência coinci-

dindo com o exercício fiscal da empresa, em consonância com as metas gerais da

organização, fixadas pelos acionistas, por meio da diretoria.

16
CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

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Administração Por Objetivos (APO) - VISÃO ESPECÍFICA

1 Estabelecimento conjunto de objetivos entre o


gerente e o seu superior

2 Estabelecimento de objetivos para cada


departamento ou posição

3 Interligação entre os vários objetivos


departamentais
Exercício fiscal da empresa

4 Ênfase na mensuração e no controle de


resultados

5 Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos


planos

6 Participação atuante das gerências e dos


subordinados

7 Apoio intensivo do staff (órgão ou


departamento de apoio)

A temática da interligação de objetivos departamentais traz consigo uma ques-

tão muito interessante: o apoio desses objetivos em princípios básicos diferentes.

Exemplo: uma organização de pequeno porte possui três departamentos espe-

cíficos: departamento de compras, departamento de vendas e departamento de

marketing.

Todos esses departamentos têm em comum o objetivo de tornar a empresa com-

petitiva no mercado em que atua. No entanto, o desmembramento desse objetivo

amplo em objetivos setoriais pode possuir bases diferentes.

Por exemplo, o departamento de compras quer comprar a quantidade ideal para

que não haja custos adicionais no estoque. Já o departamento de vendas prefere

atuar com um estoque mais “folgado”, para não correr o risco de “vender sem ter”.

Conseguiu compreender?

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Analisando as características da Administração por Objetivos (APO), observa-

mos tendências em que cada área da organização tem em maximizar seus ob-

jetivos, não observando os objetivos gerais, que englobam os resultados da

organização como um todo.

Nesse sentido, essa maximização de objetivos departamental é chamada de su-

bobjetivação e pode ser um esforço que anula os objetivos de outras áreas. Essas

ações levam a organização a um sistema centrífugo de esforços, segundo Chia-

venato (2001)17. O termo “centrífugo” aplicado aqui expressa uma tendência de os

objetivos departamentais se afastarem dos objetivos globais, ou seja, os esforços

mais se separam do que se conjugam, tendendo a sair do sistema.

Por sua vez, a correção desse efeito ocorre por meio do sinergismo, que seria não

a soma de objetivos, mas a multiplicação desses objetivos, ou seja, a combinação de

objetivos departamentais para o resultado de objetivos organizacionais globais.

Para facilitar, vamos esquematizar esses 3 conceitos importantes afetos à Admi-

nistração por Objetivos:

EFEITO DEPARTAMENTAL EFEITO ORGANIZACIONAL CORREÇÃO PARA ESSE


(individual) (global) EFEITO NEGATIVO

Sistema centrífugo de
Subobjetivação Sinergismo
esforços

O esforço de um Os esforços dos


departamento em maximizar departamentos mais se Efeito multiplicador da
seus objetivos anula os separam do que se combinação dos esforços.
objetivos de outras áreas. conjugam.

Questão 16    (CESPE/2018/STM/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATI-

VA) Na administração por objetivos, definem-se metas para cada departamento


17
CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

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ou indivíduo e adotam-se planos de ação inalteráveis para garantir o alcance das

metas organizacionais, seja qualitativas, seja quantitativas.

Errado.

Nada disso! Nada de “planos de ação inalteráveis” ou “planos imutáveis”!

A Administração por Objetivos é uma técnica de direção de esforços por meio

do planejamento e controle administrativo. Logo, se há o controle, há possibilidade

de ajustes!

ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVOS

DRUCKER Processo participativo de planejamento e avaliação

PRINCÍPIO BÁSICO Estabelecimento conjunto de objetivos entre gerente e subordinado.

OBJETIVOS Tangíveis, verificáveis e mensuráveis.

5. Abordagem Burocrática
5.1. Aspectos Conceituais
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se na Administração por volta da década de

1940, adotando as concepções formuladas anteriormente pelo economista e soci-

ólogo Max Weber.

Segundo essa teoria, a burocracia é uma forma ideal de organização humana que

se baseia na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos - a racionalida-

de - a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos. Daí,

diz-se que a Teoria da Burocracia se baseia na teoria do “homem organizacional”.

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Diferentemente do estruturalismo, que veremos a seguir, o modelo burocrático

focaliza somente os aspectos formais das organizações, adotando um mode-

lo mecanicista (com estrutura hierárquica mais rígida, funções especializadas e

procedimentos formais), próximo das concepções da Administração Científica de

Taylor e da Teoria Clássica de Fayol.

Questão 17    (CESPE/2019/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURA-

DORIA/ GESTÃO PÚBLICA) Segundo Weber, as características fundamentais de

uma burocracia ideal incluem a divisão do trabalho, a flexibilidade organizacional e

a previsibilidade do funcionamento.

Errado.

Nada disso! Nada de “planos de ação inalteráveis” ou “planos imutáveis”!

A divisão do trabalho e a previsibilidade do funcionamento são características da

burocracia. No entanto, esse modelo é chamado de burocrático justamente por não

admitir flexibilidade organizacional, sendo, portanto, uma estrutura baseada em

sistemas rígidos e inflexíveis.

Para Max Weber, a burocracia está alicerçada em um tripé, composto por três carac-

terísticas que delineiam essa teoria: a formalidade, a impessoalidade e o profissionalismo.

Formalidade: nas organizações formais, a  capacidade de influenciar o com-

portamento alheio baseia-se em normas e regulamentos que estipulam qual é o

comportamento esperado, e quais são os direitos e deveres dos participantes.

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Numa burocracia, o comportamento esperado de cada indivíduo está subordi-

nado a normas racionais, que definem as sanções negativas e positivas associadas

à observância ou não desse mesmo comportamento, ou seja, tem como objetivo a

racionalidade das decisões baseadas em critérios impessoais.

Impessoalidade: como consequência da formalidade, as relações entre os

integrantes das organizações burocráticas são governadas pelos cargos que eles

ocupam. As relações processam-se entre ocupantes de cargos (ou papéis), e não

entre pessoas. O indivíduo investido em determinado cargo gerencial (ou cargo

investido de autoridade) é um superior, que ocupa uma jurisdição, a qual define os

limites de seus poderes, dentro dos quais as ordens podem ser dadas e devem ser

obedecidas.

As relações se processam entre ocupantes de cargos oficialmente definidos.

A obediência não é devida a alguém pessoalmente, mas ao cargo ocupado pelo

superior. Como nas organizações burocráticas as relações são determinadas pelos

papéis que os cargos estabelecem para seus ocupantes, elas são impessoais.

Profissionalismo: na grande maioria das organizações formais e para a gran-

de maioria das pessoas, os cargos são ocupados em regime de dedicação exclusiva,

oferecendo a seus ocupantes uma carreira profissional. O membro de uma burocra-

cia é um funcionário que faz do cargo um meio de vida mediante o recebimento de

um salário regular em troca de seus serviços.

A escolha para ocupar o cargo, em geral, deve-se às suas qualificações, que são

aprimoradas por meio de treinamento especializado, em função desse caráter ocu-

pacional que tem a participação das pessoas. Isso significa que elas são sistemas

de trabalho que fornecem a seus integrantes um meio de subsistência.

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As burocracias são essencialmente sistema de normas. A figura da


FORMALIDADE autoridade é definida pela norma, que tem como objetivo a
racionalidade da coerência entre meios e fim.

IMPESSOALIDADE Nas burocracias, os seguidores devem obediência às normas. As figuras


da autoridade são obedecidas porque representam as normas.

As burocracias são formadas por funcionários. Como fruto de sua


PROFISSIONALISMO participação, os funcionários obtêm os meios para sua subsistência. As
burocracias operam como sistemas de subsistência para os funcionários.

5.2. Características e Vantagens


A maioria das questões de provas cobram as características e vantagens dessa

abordagem. Para facilitar seu estudo, montamos duas tabelas que resumem, es-

sencialmente, essas características e vantagens:

Características
É baseada em uma legislação própria com uma estrutura
Caráter legal das normas social razoavelmente organizada. Desta maneira, econo-
e regulamentos mizam esforços e possibilitam a padronização dentro da
organização.
A comunicação escrita é uma das principais peças da buro-
Caráter formal das comu- cracia. As regras, decisões e ações administradas são for-
nicações muladas e registradas por escrito. Com exceções, a buro-
cracia abre mão da utilização de formulários e papelórios.
Essa divisão sistemática ocorre para estabelecer as atri-
buições de cada participante, os meios de obrigatoriedade
Caráter racional e divisão
e as condições necessárias. Cada participante passa a ter
de trabalho
seu cargo específico, as funções específicas e a sua espe-
cífica esfera de competência e responsabilidade.
Essa distribuição de atividades é feita de forma impes-
soal, ou seja, é feita em termos de cargas e funções e
não de pessoas envolvidas; a administração burocrática é
Impessoalidade nas rela- realizada sem considerar as pessoas como pessoas, mas
ções como ocupantes de cargos e funções; a burocracia precisa
garantir sua continuidade ao longo do tempo: as pessoas
vêm e vão, os cargos e funções permanecem. É garantia
para o exercício isento da função.

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Estabelece os cargos segundo os princípios da hierarquia:


cada cargo inferior deve estar sob controle e supervisão
Hierarquia da autoridade
de um posto superior. Nenhum cargo fica sem controle ou
supervisão.
É uma organização que fixa as regras e normas técnicas
Rotina e procedimentos para o desempenho de cada cargo, cujas atividades devem
estandardizados ser executadas de acordo com as rotinas e procedimentos
fixados pelas regras e normas técnicas.
É uma organização na qual a escolha das pessoas é base-
ada no mérito e na competência técnica e não em prefe-
rências pessoais. Esses critérios universais são racionais
Competência técnica e
e leva em conta a competência, o mérito e a capacidade
meritocracia
do funcionamento da relação ao cargo ou função conside-
rada. Daí a necessidade de exames, concursos, testes e
titulações para a admissão para funcionários.
Deve haver a separação entre a propriedade e a admi-
Especialização da admi- nistração, ou seja, os membros do corpo administracional
nistração devem estar completamente separados dos meios de pro-
dução.
É uma organização que se caracteriza pela profissionali-
zação de seus participantes. Cada funcionário da burocra-
cia é um profissional pelas seguintes razões: deve ser um
Profissionalização dos especialista, um assalariado, um ocupante de cargo, ser
participantes nomeado por um superior hierárquico, seu mandado será
por tempo indeterminado, segue carreira dentro da orga-
nização, é fiel ao cargo e se identifica com os objetivos da
empresa.
As normas e regulamentos de uma organização são esta-
Completa previsibilidade
belecidos para padronizar o comportamento do funcioná-
do funcionamento
rio, a fim de atingir a máxima eficiência possível.

Vantagens
Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização.
Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exato dos deveres.
Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem, e as ordens
e papéis tramitam através de canais preestabelecidos.
Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita. Por
outro lado, a informação é discreta, pois é fornecida apenas a quem deve recebê-la.

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Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorecem a padronização, redução de


custos e de erros, pois os procedimentos são definidos por escrito.
Continuidade da organização através da substituição do pessoal que é afastado. Além
disso, os critérios de seleção e escolha do pessoal baseiam-se na capacidade e na com-
petência técnica.
Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece aquilo que é exigido
dele e quais são os limites entre suas responsabilidades e as dos outros.
Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas circuns-
tâncias.
Confiabilidade, pois o negócio é conduzido de acordo com regras conhecidas, sendo que
grande número de casos similares são metodicamente tratados dentro da mesma maneira
sistemática. As decisões são previsíveis e o processo decisório, por ser despersonalizado
no sentido de excluir sentimentos irracionais, como o amor, raiva, preferências pessoais,
elimina a discriminação pessoal.
Benefícios para as pessoas na organização, pois a hierarquia é formalizada, o trabalho é
dividido entre as pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treinadas para se toma-
rem especialistas em seus campos particulares, podendo encarreirar-se na organização
em função de seu mérito pessoal e competência técnica.

Questão 18    (CESPE/2018/SEFAZ-RS/AUDITOR DO ESTADO/BLOCO I/ADAPTA-

DA) De acordo com as concepções iniciais de Max Weber, são características da

burocracia o excesso de regras, a subjetividade e o mecanicismo.

Errado.

Excesso de regras e mecanicismo, sim! Subjetividade, não! No modelo burocrático

predomina a objetividade, com uma estrutura de caráter racional.

Questão 19    (CESPE/ 2018/ EBSERH/ ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Na visão bu-

rocrática, o trabalho realiza-se por meio de funcionários que ocupam cargos com atri-

buições oficiais, fixas e ordenadas por meio de regras, leis ou disposições regimentais.

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Errado.

A visão burocrática preza pela formalização das atividades com rígida divisão do

trabalho e definição de competências e responsabilidades. Essa formalização é exer-

cida por meio de rotinas, regras e manuais, visando tornar a organização eficiente.

5.3. Disfunções da Burocracia


Um entendimento bastante utilizado pelas bancas é o de que a burocracia não

é entendida pelo senso popular em seu aspecto verdadeiro. O conceito popular de

burocracia é sinônimo de estagnação, excesso de papelório, apego dos funcionários

aos regulamentos e rotinas, causando ineficiência à organização. No entanto, para

Max Weber, a burocracia é a organização eficiente por excelência.

Mas, é de se notar que, de fato, esses pontos negativos existem na burocracia,

mas não na sua ideia inicial. Isso acabou por se tornar suas deficiências, mais

conhecidas como as disfunções burocráticas ou buropatologias.

Ao estudar as consequências previstas (ou desejadas) da burocracia, Robert K.

Merton18, um sociólogo americano, notou também as consequências imprevistas

(ou não desejadas) que levam à ineficiência e às imperfeições. O autor Idalberto

Chiavenato19 apresenta a sequência desse estudo. Vejamos:

• o modelo começa com a exigência de controle por parte da organização, a fim

de reduzir a variabilidade do comportamento humano a padrões previsíveis,

indispensáveis ao bom funcionamento da organização;


18
MERTON, R. K. Social theory and social structure. New York: Free Press, 1959.
19
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administra-
ção das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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• essa exigência de controle enfatiza a previsibilidade do comportamento, que

é garantida por meio da imposição de normas e regulamentos. Assim, a orga-

nização estabelece os padrões de procedimentos para as pessoas, institui as

penalidades pelo não cumprimento, bem como a supervisão hierárquica para

assegurar a obediência. A ênfase sobre o cargo e a posição dos indivíduos

diminui as relações personalizadas;

• mas, a ênfase nas regras e sua forte imposição leva as pessoas a justificarem

sua ação individual;

• essa justificativa conduz a consequências imprevistas (disfunções), tais como

a rigidez no comportamento e a defesa mútua na organização;

• essas consequências não atendem às expectativas e anseios da clientela, pro-

vocando dificuldades no atendimento ao público;

• osso leva a um sentimento de defesa da ação individual, pois o burocrata não

presta contas ao cliente, mas às regras da organização e ao seu superior hierár-

quico.

Assim como fizemos com as características e vantagens da burocracia, vejamos

uma tabela que resume essas disfunções:

Disfunções
As normas e regulamentos passam a se transformar de
meios em objetivos;
Funcionário burocrata torna-se um especialista, não por
Internalização das regras
possuir conhecimentos de suas tarefas, mas por conhecer
e exagerado apego aos
perfeitamente as normas e os regulamentos que dizem
regulamentos
respeito ao seu cargo;
Os regulamentos, meios, passam a ser os principais objetivos
do burocrata e que vislumbram a trabalhar em função deles.

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A necessidade de documentar e de formalizar todas as


comunicações na burocracia, a fim de que tudo possa ser
Excesso de formalismo e devidamente testemunhado por escrito, pode conduzir ao
papelório excesso de papelório;
O excesso de papelório constitui uma das mais gritantes
disfunções da burocracia.
Como tudo na burocracia é padronizado, previsto com
antecipação, o funcionário geralmente se acostuma com a
rotina e passa a dominar o seu trabalho com plena segu-
rança e tranquilidade;
Resistência às mudanças Qualquer possibilidade de mudança na organização é
encarada como uma ameaça à sua segurança;
A mudança passa a ser indesejável e a resistência à
mudança pode ser passiva e quieta, como pode ser ativa
e agressiva, por meio de reclamações, tumultos e greves.
A burocracia tem como característica a impessoalidade
no relacionamento entre os funcionários: ela enfatiza os
Despersonalização dos cargos e não as pessoas que os ocupam;
relacionamentos A despersonalização do relacionamento leva os funcioná-
rios a conhecer os colegas não pelos seus nomes pessoais,
mas pelos títulos dos cargos que ocupam.
Na burocracia, quem toma decisões em qualquer situação
será aquele que possui a mais elevada categoria hierár-
quica, independentemente do seu conhecimento sobre o
assunto;
Categorização como base
Categorizar significa classificar as coisas, estereotipada-
do processo decisorial
mente, a fim de lidar com elas com mais facilidade;
Quanto mais se lançar mão da categorização no processo
decisorial, menor será a procura de alternativas diferentes
de solução.
A burocracia baseia-se em rotinas e procedimentos, como
meio de garantir que as pessoas façam exatamente aquilo
que delas se espera;
Como uma burocracia eficaz exige devoção estrita às
normas e regulamentos, essa devoção às regras e regula-
mentos conduz à sua transformação em coisas absolutas;
Superconformidade às As regras e rotinas não são consideradas como relativas a
rotinas e regulamentos um conjunto de objetivos, mas passam a ser absolutas e
sagradas para o funcionário;
O impacto dessas exigências burocráticas sobre a pessoa
provoca profunda limitação em sua liberdade, iniciativa,
criatividade e espontaneidade, além da incapacidade de
compreender o significado de suas próprias tarefas e ati-
vidade para a organização como um todo.

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Como a burocracia enfatiza a hierarquia, torna-se necessário


um sistema capaz de indicar quem detêm o poder;
Exibição de sinais de auto- Surge o uso intensivo de símbolos ou sinais de status, como
ridade uniforme, localização da sala, do banheiro, do estaciona-
mento, do refeitório, do tipo de mesa, etc. como meios de
indicar quais são os principais chefes da organização.

Questão 20    (FGV/2019/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/ADMI-

NISTRAÇÃO DE EMPRESAS) O modelo de Administração Pública Burocrática trou-

xe consigo algumas disfunções, a exemplo de perda de controle sobre a comunica-

ção e do controle decisório, em função da autoridade horizontal.

Errado.

Nada disso! No modelo burocrático predomina a hierarquia da autoridade, com

ampla autoridade vertical.

5.4. A Racionalidade do Modelo Burocrático

Segundo Max Weber, a organização burocrática viabiliza uma forma de domina-

ção racional, que possibilita o exercício da autoridade e a obediência com precisão,

continuidade e disciplina.

Weber (1991)20 defende que a burocracia é um referencial teórico ancorado na

racionalidade (dominação racional-legal). Mas para entendermos o tipo de domina-

ção racional, vamos entender os outros gêneros de dominação.


20
WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora da
Universidade de Brasília, vol. I, 1991.

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A dominação tradicional (sociedade tradicional) ocorre na situação em que


a obediência se dá por motivos de hábito, onde tal comportamento já faz parte dos
costumes e está enraizada na cultura da sociedade. Para Weber, toda dominação
tradicional tende ao patrimonialismo. Exemplo: os filhos obedecem aos pais por uma
relação de fidelidade há muito estabelecida e respeitada.
A dominação carismática (sociedade carismática) sustenta-se pela crença
dos subordinados nas qualidades dos superiores. Essas qualidades podem ser natu-
rais ou sobrenaturais. Exemplo: liderança destacada de membro de uma equipe por
suas capacidades técnicas e conceituais ou uma liderança religiosa que arrebata
multidões.
A dominação racional-legal (sociedade legal) refere-se à submissão cole-
tiva a um conjunto de regras formalmente definidas e aceitas por todos os inte-
grantes. Essas regras determinam a quem se deve obedecer. Essa opção é a que
descreve corretamente a concepção weberiana de autoridade burocrática.
Exemplo: empregado que recebe ordens de um superior, de acordo com cláusulas
de contrato assinado.

Questão 21    (INÉDITA/2019) Dentre os três tipos ideais de autoridade, cita-se o


modelo carismático, que, pela sua natureza, faz com que a organização seja mar-
cada pela instabilidade e tenha problemas de sucessão.

:
Certo.

Perceba que a legitimidade da autoridade no modelo carismático está nas caracte-

rísticas pessoais do líder; daí a dificuldade de transferência de poder (sucessão),

pois não se transfere simpatia ou admiração!

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TEORIA DA BUROCRACIA

MAX WEBER Organização sob o aspecto formal.

RACIONALIDADE Adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos.

Desempenho expresso pela relação do processo envolvido. Foco


EFICIÊNCIA
interno. Custos envolvidos.

HOMEM
Homem que desempenha diferentes papéis em várias organizações.
ORGANIZACIONAL

TRIPÉ Formalidade, impessoalidade e profissionalismo.

DOMINAÇÃO
Submissão coletiva a um conjunto de regras.
RACIONAL-LEGAL

6. Abordagem Estruturalista

6.1. Características

Ao contrário da Teoria da Burocracia, que apenas focava nos aspectos estru-

turais da organização, a Teoria Estruturalista, além da estrutura, buscava estudar

também o ambiente e as pessoas, sendo considerada, assim, um desdobramento

ou evolução da burocracia.

A teoria estruturalista surgiu por volta da década de 50, como um desdobra-

mento dos autores voltados para a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as

teses propostas pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações Humanas.

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Questão 22    (INÉDITA/2019) O chamado estruturalismo – concebido como uma

tentativa de integrar a visão das estruturas formais com o comportamento huma-

no – é considerado como uma síntese dos escritos de Max Weber e da escola de

relações humanas.

Certo.

De fato, a visão estruturalista é uma abordagem múltipla que mescla aspectos da

teoria clássica (organização formal) com aspectos da escola humanística (homem

organizacional), tentando estabelecer um estudo entre ambas as teorias.

Segundo Chiavenato (2003)21, o estruturalismo ampliou o estudo das interações

entre os grupos sociais - iniciado pela Teoria das Relações Humanas - para o das

interações entre as organizações sociais. Da mesma forma como os grupos sociais

interagem entre si, também interagem entre si as organizações.

A Teoria Estruturalista baseou-se no conceito de homem organizacional. O ho-

mem é visto como um ser organizacional que desempenha papéis em diferentes

organizações, que se inter-relacionam, a fim de alcançar os objetivos próprios.

A Teoria Estruturalista apresenta uma concepção mais eclética que a Teoria Bu-

rocrática. Assim, por exemplo, enquanto a Teoria Burocrática enfatiza os aspectos

21
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administra-
ção das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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intraorganizacionais, a Teoria Estruturalista introduz os estudos sobre o ambiente,

dando relevância, também, aos aspectos interorganizacionais.

A organização formal e a organização informal são evidenciadas nessa

teoria. Na verdade, o estruturalismo visualiza uma abordagem múltipla da Teoria

Clássica (ênfase na organização formal) e da Teoria das Relações Humanas (ênfase

na organização informal), tentando estabelecer um estudo entre ambas as teorias.

No fundo, a ideia de integração dos elementos em uma totalidade, como apre-

goa o estruturalismo, é a mesma ideia básica que sustenta a Teoria dos Sistemas:

a compreensão da interdependência recíproca das organizações e da consequente

necessidade de integração. A própria palavra sistema dá ideia de plano, método,

ordem, organização (WAHRLICH, 1986)22.

6.2. Uso do Poder pelas Organizações

Uma das balizas do estruturalismo é a relação de poder existente nas orga-

nizações. Para os estruturalistas, o poder é visto como a habilidade de uma pes-

soa induzir outra a aceitar suas ordens. Para que o poder exercido seja executado,

é necessário que a organização distribua recompensas e obrigações, através da

relação entre duas ou mais pessoas. Assim, na Teoria Estruturalista, aquele que

detém o poder manipula meios, tais como gratificações de tipo físico, material e

simbólico, de tal maneira que os subordinados se comportem de acordo com suas


diretivas.

Ainda, quanto maior for o envolvimento, maior será a probabilidade de que os

participantes inferiores aceitem as normas e valores da organização ou dos seus

representantes. Assim, para a Teoria Estruturalista, indivíduos que respondem ao

poder tendem a se comportar de forma irrefutável, ou seja, sem contestação.


22
WAHRLICH, B. M. de S. Uma análise das teorias de organização. 5.ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1986.

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Questão 23    (INÉDITA/2019) O poder é a habilidade de induzir outras pessoas a

conduzir o objetivo de alguém.

Certo.

Fazer uso do poder é convencer os outros. Assim, poder é a habilidade de fazer com

que qualquer iniciativa pareça atraente e mobilize pessoas a seguir sua causa.

O alemão Amitai Etzioni destacou-se como um dos autores mais importantes da

teoria estruturalista. A tipologia de organizações de Etzioni (1964)23, destacada em seu

livro “Organizações Modernas”, relata as conclusões de sua pesquisa sobre os diferen-

tes tipos de organizações, com base no uso do poder e no significado da obediência:

• Organizações coercitivas: o poder é imposto pela força física ou controle

baseados em prêmios ou punições. Essa tipologia utiliza a força como prin-

cipal controle sobre os participantes de nível inferior. São exemplos as prisões

e as instituições penais;

• Organizações utilitárias: o poder se baseia no controle dos incentivos

econômicos. Utilizam a remuneração como base principal de controle.

Os participantes de nível inferior contribuem para a organização com um

envolvimento “calculativo”, baseado nos benefícios que esperam obter. São

exemplos dessa tipologia as empresas e o comércio;

• Organizações normativas: o poder se baseia no consenso sobre objetivos

e métodos da organização. Utilizam o controle moral como principal influência

23
ETZIONI, A. Modern Organizations. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall, 1964.

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sobre os participantes, por que eles têm elevado envolvimento “moral” e mo-

tivacional. As organizações normativas são chamadas “voluntárias”, incluin-

do, dentre outras, igrejas, universidades, hospitais e organizações políticas e

sociais.

MANIFESTAÇÃO DA OBEDIÊNCIA EXEMPLOS

Organizações Força física ou controle baseados em Campos de concentração, prisões,


COERCITIVAS prêmios ou punições (COERÇÃO) instituições penais.

Organizações Incentivos econômicos


Empresas, comércio.
UTILITÁRIAS (MANIPULAÇÃO)

Organizações Consenso sobre objetivos e métodos Igrejas, universidades, hospitais,


NORMATIVAS (NORMAS) organizações políticas e sociais.

6.3. Conflitos e Dilemas Organizacionais

Entre as diversas contribuições trazidas pelos autores estruturalistas, destaca-

-se a afirmação de que os conflitos organizacionais não são disfuncionais, mas

sim processos sociais fundamentais, propulsores da mudança e do desenvolvimen-

to. Esses conflitos têm origem nos interesses e racionalidades divergentes dos gru-

pos, gerando tensões e dilemas que não podem ser eliminados, pois são inerentes

às relações de produção e constituintes da dinâmica organizacional.

Nesse sentido, Chiavenato (2003)24 diz que os estruturalistas discordam de que

haja harmonia de interesses entre patrões e empregados (como afirmava a Teoria

Clássica) ou de que essa harmonia deva ser preservada pela Administração por

meio de uma atitude compreensiva e terapêutica (como afirmava a Teoria das Re-

lações Humanas). Ambas essas teorias punham fora de discussão o problema do

conflito em decorrência do seu caráter prescritivo.


24
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna
administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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Assim, para os estruturalistas, os conflitos, embora nem todos desejáveis, são

elementos geradores das mudanças e da inovação na organização.

6.4. Tipologia de Blau e Scott

A abordagem da organização, na teoria estruturalista, considera a organização

formal e a organização informal. Dentre os diversos conflitos organizacionais apre-

sentados pela teoria estruturalista, destacam-se os três dilemas básicos na organi-

zação formal de Blau e Scott25.

1. Dilema entre coordenação e comunicação livre. Para desempenhar suas

funções, as organizações exigem uma coordenação eficiente e uma eficaz solução

dos problemas administrativos. A coordenação - seja interdepartamental ou in-

terpessoal - é dificultada quando se permite a livre comunicação entre as partes

envolvidas.

A livre comunicação introduz novas soluções não previstas para a adequada

coordenação.

Os escalões hierárquicos proporcionam coordenação eficiente, mas, por outro

lado, restringem o fluxo de comunicações, impedindo a solução criativa dos proble-

mas.

Os processos de livre comunicação proporcionam um desempenho superior dos

indivíduos tomados isoladamente quando em atividades de solução de problemas,

porém um desempenho inferior dos indivíduos agrupados quando a atividade é de

coordenação.

As exigências de coordenação e de comunicação livre são conflitantes entre si.

2. Dilema entre disciplina burocrática e especialização profissional. Há

uma oposição entre os princípios que governam o comportamento burocrático e os que

25
BLAU, P. H; SCOTT, R. Organizações formais. São Paulo: Atlas, 1977.

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governam o comportamento profissional. Os princípios burocráticos estão ligados aos

interesses da organização, enquanto os princípios profissionais se referem às normas

técnicas e aos códigos de ética da profissão.

O especialista profissional representa os interesses de sua profissão, enquanto

o burocrata representa os da organização.

A autoridade do profissional se baseia no conhecimento da especialização técni-

ca, enquanto a autoridade do burocrata se baseia em um contrato legal.

Enquanto o profissional decide com base em padrões profissionais e universais,

o burocrata decide com base em diretrizes estabelecidas pela organização.

Quando uma decisão de um profissional não é bem aceita, tal julgamento cabe à

associação e aos seus colegas de profissão, enquanto em uma decisão do burocrata

o julgamento final cabe à administração da organização.

Há um dilema entre a orientação cosmopolita dos profissionais e a orientação

local e paroquial dos burocratas.

O dilema ocorre por três motivos:

• porque as organizações modernas têm de empregar tanto profissionais quan-

to burocratas;

• porque o trabalho dos profissionais vem sendo cada vez mais realizado dentro

das organizações burocráticas; e

• porque as atividades dentro das burocracias estão se tornando mais profis-

sionalizadas.

3. Dilema entre a necessidade de planejamento centralizado e a neces-

sidade de iniciativa individual. As organizações enfrentam o avanço tecnológico

por meio de um esforço criador para crescer e sobreviver.

O destino das organizações depende da iniciativa e da criatividade individual.

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Porém, a necessidade de planejamento e de controle é vital para a organização,

de um lado, embora tenda a inibir a iniciativa e a criatividade individual, por outro.

Quanto maior o planejamento centralizado tanto menor a iniciativa e a criativi-

dade individual e vice-versa.

Esses três dilemas organizacionais são manifestações do dilema maior entre

ordem e liberdade. Tais dilemas são responsáveis pelo desenvolvimento das orga-

nizações. Assim, no processo de resolver problemas antigos, novos problemas são

criados e a experiência obtida na decisão contribuirá para a busca de soluções de

novos problemas, tornando o desenvolvimento organizacional um processo essen-

cialmente contínuo.

Questão 24    (FGV/ 2015/ TJ-RO/ ADMINISTRADOR) Um dos dilemas básicos na

organização é o que ocorre entre incentivos mistos e incentivos monetários.

Errado.

Os três dilemas básicos são: (1) dilema entre coordenação e comunicação livre, (2)

dilema entre disciplina burocrática e especialização profissional e (3) dilema entre a

necessidade de planejamento centralizado e a necessidade de iniciativa individual.

Logo, não há esse dilema apontado pelo item.

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TEORIA ESTRUTURALISTA

ETZIONE Organização sob os aspectos formal e informal.

FOCO Estrutura, ambiente e pessoas.

Organizações coercitivas (força física ou prêmios e punições),


PODERES organizações utilitárias (incentivos econômicos) e organizações
normativas (consenso).

HOMEM
Homem que desempenha diferentes papéis em várias organizações.
ORGANIZACIONAL

7. Abordagem Comportamental
A Abordagem Comportamental, apesar de ter seu início com a obra de Herbert

Alexander Simon, possui outros importantes expoentes que merecem destaques:

Chester Barnard, Douglas McGregor, Rensis Likert, Chris Argyris, Abraham Maslow,

Frederick Herzberg e David McClelland. Observe o quadro:

Autor Influência na Teoria Comportamental


Herbert Alexander Simon Processo decisório
Chester Barnard Organização como um sistema social cooperativo
Douglas McGregor Proposições sobre a liderança
Abraham Maslow Proposições sobre a motivação humana
Frederick Herzberg Proposições sobre a motivação humana
David McClelland Proposições sobre a motivação humana
Rensis Likert Sistemas de administração e proposições sobre a liderança
Conflito entre objetivos organizacionais e objetivos indivi-
Chris Argyris
duais

Pelo quadro exposto, podemos perceber que vários temas podem ser objetos

de cobranças em provas. No entanto, por questões de didática, não abordaremos,

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aqui, temas sobre processo decisório, liderança e motivação, pois serão tratados

em capítulos próprios, ok?

Assim, vamos enfatizar apenas aspectos sobre a própria Teoria Comportamen-

tal. Vamos lá?

A Teoria Comportamental, também chamada de Teoria Behaviorista (do ter-

mo inglês behavior, que significa comportamento ou conduta) enfoca a abordagem

das ciências do comportamento nos estudos da Administração.

Questão 25    (QUADRIX/ 2019/ CRA-PR/ ADMINISTRADOR I) Se determinado ad-

ministrador tentar compreender as necessidades de seus funcionários e adaptar

a empresa a essas necessidades, terá adotado a abordagem comportamental da

administração.

Certo.

A abordagem comportamental (também chamada de behaviorista), analisa o com-

portamento humano nas organizações e adapta a organização de maneira a aten-

der tanto as necessidades organizacionais como as dos seus funcionários.

A escola comportamental abandona as posições prescritivas e normativas das

teorias anteriores (teorias clássica, das relações humanas e da burocracia), ado-

tando, agora, posições explicativas e descritivas26.


26
A abordagem descritiva e explicativa, em vez de estabelecer como o administrador deverá lidar com as
organizações, descreve, analisa e explica as organizações, a fim de que o administrador escolha
a maneira apropriada de lidar com elas.

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Para Chiavenato (2014)27, as origens da Teoria Comportamental da Adminis-

tração são as seguintes:

• A  oposição ferrenha e definitiva da Teoria das Relações Humanas (com sua

profunda ênfase nas pessoas) em relação à Teoria Clássica (com sua profunda

ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional) caminhou lentamente para

um segundo estágio: a Teoria Comportamental. Essa passou a representar

uma nova tentativa de síntese da teoria da organização formal com o enfoque

das relações humanas;

• A Teoria Comportamental representa um desdobramento da Teoria das Rela-

ções Humanas, com a qual se mostra eminentemente crítica e severa. Ainda

que compartilhe alguns dos seus conceitos fundamentais, utilizando-os ape-

nas como pontos de partida ou de referência e reformulando-os profunda-

mente, a Teoria Comportamental rejeita as concepções “ingênuas e românti-

cas” da Teoria das Relações Humanas;

• A Teoria Comportamental critica a Teoria Clássica, havendo autores que veem

no behaviorismo uma verdadeira antítese à teoria da organização formal,

aos princípios gerais de administração, ao conceito de autoridade formal e à

posição rígida e mecanística dos autores clássicos;

• Com a Teoria Comportamental, deu-se a incorporação da Sociologia da Buro-

cracia, ampliando o campo da teoria administrativa. Também com relação à

Teoria da Burocracia, a Teoria Comportamental mostra-se muito crítica, prin-

cipalmente no que se refere ao “modelo de máquina” que aquela adota para

representar a organização;

• Em 1947, surgiu um livro que marcou o início da Teoria Comportamental

na administração: O Comportamento Administrativo, de Herbert A. Simon.


27
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 9.ed. Barueri: Manole, 2014.

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O livro é um ataque aos princípios da Teoria Clássica e a aceitação – com os

devidos reparos e correções – das principais ideias da Teoria das Relações

Humanas. O livro marca o início da Teoria das Decisões.

É fato que o desempenho da organização, em sentido amplo, depende, em mui-

to, do comportamento das pessoas e não, apenas, da eficiência das técnicas admi-

nistrativas. Daí, temos que a abordagem comportamental possui enfoque nas ne-

cessidades, interesses e sentimentos das pessoas que trabalham nas organizações.

Assim, podemos listar como principais características da teoria comportamental:

• a ênfase nas pessoas;

• a preocupação com o comportamento organizacional e os processos de trabalho;

• o estudo do comportamento humano.

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RESUMO
Abordagem Clássica

Teoria da Administração Científica:

• Principal expoente: Taylor;

• Ênfase: tarefas;

• Objetivo básico: aumentar a produtividade da empresa;

• Abordagem: de baixo para cima (do operário para o supervisor e gerente);

• Predominâncias: método de trabalho, movimentos necessários e tempo pa-


drão determinado à execução de uma tarefa;

• Homem econômico: funcionário motivado exclusivamente por recompensas

financeiras e econômicas.

Teoria Clássica:

• Principal expoente: Fayol;

• Ênfase: estrutura;

• Objetivo básico: aumentar a eficiência na empresa;

• Abordagem: de cima para baixo (da direção para a execução);

• Predominâncias: estrutura organizacional, elementos da Administração, prin-

cípios gerais e departamentalização;

• Homem econômico: funcionário motivado exclusivamente por recompensas

financeiras e econômicas.

Abordagem Humanista

Principal expoente: Mayo.

Ênfase: organização sob o aspecto informal.

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Experiência de Hawthorne: as organizações informais entre grupos possuem

força potencialmente poderosa.

Princípios básicos: integração social, recompensas e sanções sociais, grupos

informais, importância do conteúdo do cargo e aspectos emocionais.

Pontos principais: sistema social, lealdade ao grupo, papel intermediário do ge-

rente e trabalho em equipe.

Homem social: funcionário com motivações sociais e simbólicas.

Abordagem Neoclássica

Ênfase: prática da administração e princípios gerais.

Objetivo básico: reafirmação relativa dos postulados clássicos.

Pontos principais: objetivos, resultados e ecletismo nos conceitos.

Administração por Objetivos Gestão dos resultados (eficácia > eficiência)

Principal expoente: Drucker.

Princípio básico: estabelecimento conjunto de objetivos entre gerente e subor-

dinado.

Foco: objetivos tangíveis, verificáveis e mensuráveis.

Abordagem Burocrática

Principal expoente: Weber.

Objetivo básico: racionalidade, a adequação dos meios aos objetivos pretendi-

dos.

Princípio básico: eficiência, o desempenho expresso na relação do processo en-

volvido (foco interno em custos).

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Tripé: formalidade, impessoalidade e profissionalismo.

Tipo de poder: dominação racional-legal, a submissão coletiva a um conjunto

de regras.

Homem organizacional: homem que desempenha diferentes papéis em várias

organizações.

Abordagem Estruturalista

Principal expoente: Etzioni.

Ênfase: organização sob os aspectos formal e informal.

Foco: estrutura, ambiente e pessoas.

Tipo de poder: organizações coercitivas (força física ou prêmios e punições),

organizações utilitárias (incentivos econômicos) e organizações normativas (con-

senso).

Homem organizacional: homem que desempenha diferentes papéis em várias

organizações.

Abordagem Comportamental

Principal expoente: Simon.

Ênfase: pessoas.

Foco: ciências do comportamento.

Pontos principais: abordagens descritivas e explicativas.

Síntese: teoria da organização formal com o enfoque das relações humanas.

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MAPA MENTAL
Abordagem Comportamental Administração Científica

• Simon; • Taylor ;
• Ênfase nas pessoas; • Aumentar a produtivi-
• Ciências do comportamento. dade;
• De baixo para cima;
• Ênfase nas tarefas.
Abordagem Estruturalista

• Etzioni;
• Organização formal e informal;
Abordagem Clássica
• Relação de poder existente nas
organizações;
• Conflitos e dilemas nas organi-
zações. Teoria Clássica

• Fayol;
• Aumentar a eficiência;
Abordagem Burocrática
• De cima para baixo;
• Ênfase na estrutura.
• Weber;
• Adequação dos meios aos objetivos
(fins) pretendidos (racionalidade); Teorias administrativas
• Aspectos formais das organizações; (1ª parte)
• Formalidade, impessoalidade e profis-
sionalismo

Abordagem Humanista

Abordagem Neoclássica
• Mayo;
• Aspectos informais da
• Princípios gerais de adminis-
organização;
tração;
• Motivações sociais e sim-
• ênfase nos objetivos e nos re-
bólicas.
sultados;
• Ecletismo nos conceitos.

Administração por Objetivos (APO)

• Drucker;
• Processo participatividade pla-
nejamento e avaliação (ge-
rente e subordinado);

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (FCC/ANALISTA DO BANCO CENTRAL DO BRASIL/2006) O modelo

científico de administração harmoniza-se mais com o estilo de mudança

a) do conhecimento.

b) participativa.

c) diretiva.

d) atitudinal.

e) grupal.

Questão 2    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PE/2007) Classificada como um dos

14 princípios básicos de administração desenvolvidos por Henry Fayol, a autoridade

tem como sua contrapartida

a) a prevalência dos interesses gerais.

b) o controle.

c) a responsabilidade.

d) a disciplina.

e) a ordem.

Questão 3    (FCC/ANALISTA TREINEE/METRÔ-SP/2008) A visão mecanicista de

Frederick Taylor sobre as pessoas e as organizações era essencialmente uma pers-

pectiva de sistema

a) quantitativo.

b) aberto.

c) contingencial.

d) sistêmico.

e) fechado.

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Questão 4    (FCC/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAU-

LO/2008) Henry Fayol foi um dos principais formuladores da denominada Teoria

Clássica das organizações. Fayol

a) desenvolveu uma abordagem sintética onde toda empresa desenvolve seis fun-

ções básicas e a função administrativa desempenha um papel central de integração

e coordenação das demais funções.

b) procurou enfrentar o problema do desperdício das indústrias francesas, por

meio do estudo detalhado dos tempos e dos movimentos dos operários, visando ao

aumento da produtividade pela divisão do trabalho.

c) definiu as características básicas da organização burocrática moderna, especial-

mente a legalidade, a impessoalidade e a hierarquia.

d) contestou a teoria científica da administração, formulando uma abordagem ba-

seada na dinâmica informal do comportamento organizacional, nas técnicas de

motivação e no papel das lideranças.

e) formulou uma teoria analítica da dinâmica organizacional centrada nas condi-

ções em que são tomadas as decisões dentro da empresa.

Questão 5    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF 5ª REGIÃO/2008) O Princípio de

Administração “Cada subordinado recebe ordens e presta contas somente a um

superior” refere-se ao princípio:

a) cadeia escalar.

b) unidade de direção.

c) unidade de comando.

d) estabilidade do pessoal.

e) manter a disciplina.

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Questão 6    (FCC/ANALISTA DE CONTROLE/TCE-PR/2011) Os 14 princípios gerais

de administração sugeridos por Fayol, e que ainda são considerados pela maioria

dos administradores, têm, entre eles, um que determina que os trabalhadores nas

organizações deveriam receber ordens de um “gerente” somente, para evitar con-

flitos e mal-entendidos. Esse princípio é o da

a) unidade de comando.

b) divisão do trabalho.

c) centralização.

d) cadeia escalar.

e) equidade.

Questão 7    (FCC/ADMINISTRADOR/SERGAS/2013) É característica da “Escola de

Chefes”:

a) a ênfase da organização como um todo e um sistema integrado.

b) a unidade de comando determina que cada subordinado recebe ordens e presta

contas somente a um superior.

c) ambiente nada absoluto onde existem várias maneiras de se administrar.

d) organização contínua de cargos limitados aos chefes por normas escritas.

e) produção em massa por meio de linha de montagem, em movimento contínuo.

Questão 8    (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALERN/2013) Em uma biblioteca es-

pecializada, o gerente determinou que todos os profissionais envolvidos com pro-

cessamento técnico façam o revezamento com os profissionais de referência, re-

alizando o atendimento aos usuários em um dos dias da semana. A medida foi

implementada, trazendo benefícios aos serviços.

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Neste caso, o princípio de administração que está direcionando essa atitude admi-

nistrativa é o da

a) subordinação dos interesses individuais aos coletivos.

b) unidade de direção.

c) autoridade e responsabilidade.

d) ordem.

e) espírito de equipe.

Questão 9    (FCC/GESTOR PÚBLICO/SEAD-PI/2013) Henri Fayol teve o mérito de se-

parar as funções do administrador das funções dos que não têm subordinados e são

responsáveis pela execução das atividades. De acordo com os princípios de Fayol,

a) a melhor metodologia de trabalho é aquela que privilegia a organização fundada

na autoridade derivada do reconhecimento e não da hierarquia.

b) deve ser afastada qualquer forma de estabilidade do pessoal, pois mudanças

constantes estimulam a eficiência.

c) aplica-se o princípio da cadeia escalar, segundo o qual a linha de autoridade,

partindo do principal executivo, desce, sem descontinuidade até os níveis mais in-

feriores.

d) aplica-se o princípio da unidade de direção em substituição ao princípio da uni-

dade de comando, segundo o qual os escalões inferiores não devem reportar-se a

um único superior.

e) aplica-se o conceito de autoridade policêntrica, com unidades de comando

em rede.

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Questão 10    (FCC/AGENTE TÉCNICO/MPE-AM/2013) O engenheiro francês Henry

Fayol desenvolveu a Teoria Clássica da Administração, onde estudava a organização

como um todo e não apenas a produção. Para Fayol, a administração é um proces-

so, em que os administradores desempenham as seguintes atividades essenciais:

a) treinamento e desenvolvimento.

b) liderança autocrática, subordinação e controle.

c) avaliação de desempenho, coordenação e controle.

d) previsão, coordenação, organização, comando e controle.

e) liderança liberal, coordenação e previsão.

Questão 11    (FCC/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-GO/2014) Sobre a

Teoria Clássica da Administração considere:

I – Sugere que as organizações devem ser sistemas racionais que operam com

a máxima eficiência.

II – Baseada na amabilidade e justiça para encorajar o pessoal nas suas respon-

sabilidades; remuneração justa que leve a um bom moral, sem ocasionar

gastos excessivos.

III – A empresa é interpretada como um sistema aberto e se adapta de forma efi-

ciente ao ambiente em que se insere.

IV – Estimula e valoriza a flexibilidade ao aceitar erros e incertezas, como aspec-

tos inerentes a ambientes complexos e mutáveis.

V – Organização é representada por um padrão de cargos precisamente defini-

dos e organizados de maneira hierárquica, através de linhas de comando ou

de comunicação também precisamente definidas.

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Está certo o que se afirma APENAS em

a) II.

b) I, II e V.

c) III.

d) I e V.

e) II e IV.

Questão 12    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF 1ª REGIÃO/2014) Analise as afir-

mativas abaixo, sobre os princípios de Administração.


I – Responsabilidade é a contrapartida da disciplina.

II – Unidade de comando representa um controle único, possibilitado com a apli-

cação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos.

III – As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centraliza-

das.

IV – A iniciativa deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano

e cumpri-lo.

Está certo o que se afirma APENAS em

a) II, III e IV.

b) I, II e III.
c) II e III.

d) III e IV.

e) I e II.

Questão 13    (FCC/TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO/MANAUSPREV/2015) Ora, entre

os vários métodos e instrumentos utilizados em cada operação, há sempre o méto-

do mais rápido e o instrumento melhor que os demais. Estes métodos e instrumen-

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tos melhores podem ser encontrados bem como aperfeiçoados na análise científica

de todos aqueles em uso, juntamente com acurado e minucioso estudo do tempo.

Isto acarreta gradual substituição dos métodos empíricos pelos científicos, em to-

das as artes mecânicas.

O excerto acima se refere, respectivamente, à escola e ao autor:

a) Neoclássica - Drucker

b) Clássica - Taylor

c) Comportamental - Fayol

d) Sistêmica - Bertalanffy

e) Japonesa – Deming

Questão 14    (FCC/BIBLIOTECONOMISTA/DPE-RR/2015) Considere os dois agru-

pamentos abaixo, que se referem aos princípios de administração e sua aplicação:

I – Disciplina.

II – Unidade de comando.

III – Estabilidade do pessoal.

a) A baixa rotatividade dos funcionários é uma meta prioritária.

b) Todos os subordinados sabem quem é o seu superior imediato. Apenas dele re-

cebem ordens e a ele prestam contas de seus atos.

c) As regras de comportamento são claras e bem definidas. Todos devem a elas se

submeter.

A correlação certa entre eles é:

a) I-b, II-c, III-a.

b) I-b, II-a, III-c.

c) I-a, II-c, III-b.

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d) I-c, II-a, III-b.

e) I-c, II-b, III-a.

Questão 15    (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/ALMS/2016) Como destaca Fran-

cisco Lacombe, citando James Mooney: organização é a forma que assume toda

associação humana para atingir um objetivo comum (In: Teoria Geral da Adminis-

tração, Saraiva, p. 21). No decorrer da história, sobrevieram diversas teorias para

explicar a dinâmica das organizações, sendo a mais antiga, iniciada com os estu-

dos do engenheiro Frederick Winslow Taylor, com ênfase na divisão do trabalho em

tarefas elementares e a especialização das pessoas na execução dessas tarefas,

visando obter ganhos de produtividade. Essa teoria corresponde à Escola

a) da Cadeia Escalar.

b) Estruturalista.

c) Divisional.

d) da Administração Científica.

e) do Critério Funcional.

Questão 16    (FCC/CONSULTOR DE PROCESSO LEGISLATIVO/ALMS/2016) Se-

gundo Francisco Lacombe: “As teorias organizacionais podem ser entendidas como

um conjunto de princípios e prescrições que visam a facilitar a realização dos ob-

jetivos das organizações e serão mais ou menos válidas na medida em que isso

ocorrer”. Prossegue o autor, enfatizando que “cada uma das abordagens reflete, em

grande parte, as preocupações e relações econômicas e sociais da época em que

foram formuladas”
(In: Teoria Geral da Administração, Ed. Saraiva, p.101).

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No contexto evolutivo do pensamento administrativo, destaca-se a Escola Clássica,

suportada, em grande medida, pelos ensinamentos de Henri Fayol, que indica 14

princípios indispensáveis para se montar uma estrutura organizacional, entre os

quais inclui-se:

a) A empresa assemelha-se a um organismo em permanente adaptação ao seu

ambiente, razão pela qual cadeias de comando verticalizadas são ineficientes.

b) A linha de autoridade não se forma a partir do principal executivo, mas sim de

forma descontínua, emanando de cada um dos departamentos.

c) É necessário integrar os objetivos dos empregados com os da organização, como

forma de administrar e liderar de maneira eficaz.

d) Mudanças nas atribuições dos empregados são necessárias, mas se ocorrerem

com frequência excessiva, prejudicam o moral e a eficiência.

e) Os ganhos de produtividade constituem o principal objetivo a ser perseguido

pela organização, que deve adequar sua cadeia de comando à cadeia de produção.

Questão 17    (FCC/FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR/PROCON-MA/2017) A

partir dos estudos de Henri Fayol, restaram melhor explicitadas as atividades pró-

prias do administrador. Entre tais atividades se insere a de controle, que pode ser

identificada, exemplificativamente, na(s) seguinte(s) situação(ões) prática(s):

I – comparação dos resultados apresentados com metas preestabelecidas.

II – adoção de medidas corretivas com vistas ao atingimento de objetivos fixados.

III – definição dos rumos do negócio, com fixação de metas e indicadores.

Está certo o que se afirma APENAS em

a) II.

b) I.

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c) III.

d) II e III.

e) I e II.

Questão 18    (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 21ª REGIÃO-RN/2017) Segundo

Mary Parker Follet, citada por Francisco Lacombe, “a administração é a arte de fa-

zer coisas por meio de pessoas”. Acrescenta o autor que “a essência do papel do

administrador é obter resultados pelo desempenho da equipe que ele supervisiona

e coordena” (in: Teoria Geral da Administração, Saraiva, p. 3). Nesse diapasão,

podem ser segmentadas, para fins de sistematização, algumas atividades próprias

da função de administrar, entre elas a coordenação, que compreende, entre seus

mecanismos

a) a avaliação de resultados, aplicada nos níveis gerenciais, que não implicam re-

lação de subordinação.

b) as atividades corretivas, objetivando o atingimento dos objetivos estratégicos.

c) o denominado ajuste espontâneo, por meio da coordenação voluntária entre os

membros da organização.

d) a definição da estratégia de atuação, com fixação de objetivos de longo prazo,

obtida a partir de dinâmicas de grupo.

e) o planejamento em nível operacional, com estabelecimento de indicadores e

metas, fixado pelos escalões superiores da organização.

Questão 19    (FCC/ANALISTA DE GESTÃO/SABESP/2018) A evolução das teorias

administrativas é permeada pelas preocupações econômicas e sociais que se apre-

sentam à época. Nesse sentido, destaca a Francisco Lacombe, em Teoria Geral da

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Administração, “cada teoria das organizações dá mais ênfase a um aspecto espe-

cífico da administração”.

Nesse cenário, a Escola Clássica, que tem como expoente Henri Fayol, enfatiza

a) o ambiente em que se encontra inserida a organização e seu grau de adaptação.

b) a estrutura organizacional e as funções do administrador, correlacionadas com a

execução metódica do trabalho.

c) os aspectos humanos da organização, em especial as relações interpessoais que

refletem na produtividade.

d) o mercado em que atua a organização e a adequação de seus agentes para en-

frentar a competição.

e) a flexibilidade da organização, preconizando que a mesma deve se adequar às

contingências do momento.

Questão 20    (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALESE/2018) Do ponto de vista da

Teoria da Administração, a Escola Clássica apresenta, entre seus expoentes, o es-

tudioso Henri Fayol, cuja principal contribuição foi separar as funções do adminis-

trador das funções daqueles que não possuem subordinados e são responsáveis

pela execução de atividades. Nesse contexto, apresentou alguns princípios da or-

ganização, entre os quais o que se denomina

a) compartilhamento de direção, decorrente da constatação de que atividades li-

gadas a um mesmo objetivo podem estar distribuídas entre diferentes áreas da

organização.

b) cadeia escalar, segundo o qual a linha de comando deve ser transversal na or-

ganização, perpassando diferentes setores.

c) rotatividade de pessoal, contrapondo-se ao anterior conceito de estabilidade

predicado pela teoria burocrática.

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d) unidade de comando, segundo o qual cada subordinado recebe ordens e presta

contas apenas a um superior.

e) confiança legítima, segundo o qual o administrador deve delegar tarefas aos

subordinados partindo da premissa de que possuem capacidade técnica para exe-

cutá-las.

Questão 21    (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALESE/2018) Considere os dois agru-

pamentos abaixo, que arrolam os princípios de Administração e suas definições:

I – Divisão do trabalho.

II – Disciplina.

III – Unidade de direção.

IV – Centralização.

a) Depende da obediência.

b) Concentração de autoridade.

c) Especialização das tarefas e das pessoas.

d) Uma cabeça e um plano.

A correlação certa dos dois agrupamentos é:

a) I-c; II-d; III-b; IV-a.

b) I-a; II-b; III-c; IV-d.

c) I-d; II-b; III-a; IV-c.

d) I-b; II-c; III-a; IV-d.

e) I-c; II-a; III-d; IV-b.

Questão 22    (VUNESP/ANALISTA EM GESTÃO MUNICIPAL/PREF. SJC/2012) Teo-

ria em administração significa um conjunto de conhecimentos organizados, produ-

zidos pela experiência prática das organizações. Essas teorias compreendem dois

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tipos principais de conhecimentos, os descritivos e os prescritivos. Os conhecimen-

tos prescritivos

a) procuram explicar o que são as organizações e como são administradas.

b) apresentam diferentes autores com diferentes explicações para os mesmos

eventos.

c) apresentam diferentes autores com as mesmas explicações para os eventos di-

ferentes.

d) são permeados por muitas teorias que explicam de forma diferente as mesmas

coisas.

e) procuram explicar como as organizações devem ser administradas.

Questão 23    (VUNESP/ANALISTA EM GESTÃO MUNICIPAL/PREF. SJC/2012) As

teorias prescritivas propõem recomendações e são divididas em duas categorias:

as doutrinas e

a) as confirmações.

b) os princípios.

c) os preceitos.

d) as técnicas.

e) as avaliações.

Questão 24    (VUNESP/ANALISTA EM GESTÃO MUNICIPAL/PREF. SJC/2012) A

Teoria Geral da Administração abrange os conhecimentos descritivos e prescritivos

que se relacionam com as organizações, os administradores e o processo adminis-

trativo. As correntes de pensamento ou grupo de autores que privilegiam ou prefe-

rem determinado enfoque são denominadas (os)

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a) filosofia.

b) estereótipos.

c) escolas.

d) linha de Pesquisa.

e) linha de Experimentação.

Questão 25    (VUNESP/TECNÓLOGO/2016) Frederick W. Taylor é considerado o

criador do movimento da administração científica. Entre os mecanismos ou técnicas

desse modo de administração, encontra( m)-se:

a) grupos de trabalho autogeridos.

b) círculos da qualidade.

c) estudos de tempos e movimentos.

d) produção flexível.

e) eliminação da área de planejamento.

Questão 26    (VUNESP/TECNÓLOGO/2016) O toyotismo, também conhecido como

modelo japonês de administração, tem dois princípios fundamentais:

a) estrutura hierarquizada e linha de montagem móvel.

b) controle do estoque e racionalização do movimento humano.

c) eliminação de desperdícios e fabricação com qualidade.

d) uma única tarefa para cada trabalhador e uso de peças padronizadas.

e) especialização do trabalhador e produção em massa.

Questão 27    (VUNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CRO-SP/2015) A primei-

ra grande aplicação prática da racionalização do trabalho foi feita por Taylor, um dos

teóricos da Administração Científica, por meio do estudo de tempos e movimentos.

A ênfase principal desse estudo se concentrava

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a) na tarefa.

b) na disciplina.

c) no pagamento.

d) na motivação.

e) no controle.

Questão 28    (VUNESP/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/CÂMARA MUNICIPAL DE

ITATIBA/2015) O conceito de trabalhador especializado que atua em uma única ta-

refa ou em um pequeno número de tarefas, tendo uma posição fixa dentro de uma

sequência de tarefas, em um ambiente em que o trabalho vem até o trabalhador e

as peças e máquinas ficam no posto de trabalho, está relacionado ao princípio

a) da produção em massa.

b) da dignidade do trabalhador humano.

c) da qualidade assegurada.

d) de Pareto.

e) do zelo.

Questão 29    (VUNESP/ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS/CMSC/2013) Os pri-

meiros teóricos que trabalharam, de forma ainda incipiente, o conceito de moti-

vação, pertencentes basicamente à escola denominada Administração Científica,

resvalaram pelo conceito, mas não chegaram ao que ele representa hoje para os

teóricos contemporâneos. Além das condições adequadas para o trabalho, e que

são básicas para qualquer outra escola, como ventilação, luminosidade, ferramen-

tas à mão etc., que outro fator tinha importância para aquela escola e que propor-

cionaria motivação?

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a) Liderança democrática.

b) Bom relacionamento na equipe.

c) Comunicação de duas vias.

d) Remuneração em função da produtividade.

e) Maior aproximação da cúpula com a base.

Questão 30    (VUNESP/ASSISTENTE TÉCNICO MUNICIPAL/PREF. SJC/2012) Os

primeiros estudos visando criar uma teoria científica da administração surgiram

a) na penúltima década do século XVIII.

b) na penúltima década do século XX.

c) na metade do século XVIII.

d) na metade do século XX.

e) na penúltima década do século XIX.

Questão 31    (FCC/ANALISTA DE CONTROLE/TCE-PR/2011) Como consequência

de um trabalho de quase uma década, Mayo e seus seguidores lançaram as bases

de uma nova filosofia de administração chamada Relações Humanas, cujos pontos

principais são: sistema social; relações com o grupo; supervisor de primeira linha

tem papel intermediário e

a) tipo ideal de burocracia.

b) eficácia e eficiência.

c) influência do ambiente externo.

d) trabalho em equipe.

e) racionalização do trabalho.

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Questão 32    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 18ª REGIÃO/2013) O Movimento


das Relações Humanas, na década de 1920, trouxe um desafio extremo à função
de Chefe de Pessoal, sendo que esse novo modelo de administração teve como
base, a mudança na relação entre empregados e empregadores. Enquanto a escola
clássica operava utilizando-se da força do autocratismo, o novo modelo propunha
aumentar a produtividade pela eliminação dos conflitos entre os indivíduos e seus
respectivos custos. Pode-se compreender que surge um novo movimento nas rela-
ções humanas dentro das organizações dando-se ênfase
a) à figura do Homo Social, se preocupando com o indivíduo, com suas necessida-
des e outras variáveis.

b) ao especialista que se preocupava com a burocracia, sem entender suas neces-

sidades.

c) às organizações que só visavam o lucro e benefícios.

d) às organizações que focam apenas os aspectos de sua imagem.

e) à figura do chefe visando apenas à autocracia.

Questão 33    (FCC/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-GO/2014) Nas Teo-

rias da Administração, o Homo Economicus pode ser interpretado como Homem

Operacional, pois é considerado como sendo um recurso a ser maximizado em ter-

mos de produto físico mensurável. Uma alternativa a este tipo de “homem” foi su-

gerida pela primeira vez a partir dos estudos de Hawthorne, que o considerava mais

complexo do que supunham os teóricos clássicos, e pode ser chamado de Homem

a) Administrativo.

b) Político.

c) Funcional.

d) Organizacional.

e) Social.

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Questão 34    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 3ª REGIÃO/2015) A principal con-

tribuição do Movimento das Relações Humanas aos estudos em Administração e,

consequentemente, à Gestão de Pessoas foi

a) demonstrar que há tensões entre necessidades organizacionais e individuais,

onde o conflito entre grupos é um processo social inevitável.

b) entender a organização como sendo um complexo de elementos em constante

interação com o ambiente externo.

c) destacar a importância dos grupos informais que emergem dentro de uma or-

ganização a partir da frequência das interações e dos fatores que provocam tais

interações.

d) perceber que os insumos recebidos pela organização também podem ser infor-

mativos, o que lhe permite conhecer o ambiente e o seu próprio funcionamento.

e) perceber que quanto mais o agrupamento de tarefas, em departamentos, obe-

decer ao critério da semelhança de objetivos, mais eficiente será a empresa.

Questão 35    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF 3ª REGIÃO/2016) Considere os

dois agrupamentos abaixo, referentes às Teorias da Administração e os resultados

esperados da aplicação de suas teorias.

I – Administração Científica.

II – Neoclássica.

III – Relações Humanas.

a) Satisfação do operário.

b) Eficiência e eficácia.

c) Máxima eficiência.

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A correlação certa dos dois agrupamentos é:

a) Ic; IIa; IIIb.

b) Ib; IIa; IIIc.

c) Ia; IIc; IIIb.

d) Ib; IIc; IIIa.

e) Ic; IIb; IIIa.

Questão 36    (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALESE/2018) A Teoria de Adminis-

tração que enfatiza a influência da liderança informal sobre o comportamento das

pessoas é a

a) das Relações Humanas.

b) Clássica.

c) de Administração Científica.

d) Neoclássica.

e) por Objetivos.

Questão 37    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF 4ª REGIÃO/2010) Na forma parti-

cipativa de formulação de objetivos, subordinado e chefe formulam juntos os obje-

tivos a serem cumpridos pelo subordinado, cuja forma está dentro da abordagem

intitulada Administração por Objetivos (APO) e gera maior motivação por parte dos

indivíduos. Os objetivos, no entanto,

a) devem estar alinhados à descrição de cargos, gerando assim maior congruência

entre aquilo que é realizado versus aquilo que é sugerido pela área de recursos

humanos, por meio da análise e definição das atividades descritas.

b) devem ser registrados formalmente, visando desafiar o funcionário a buscar

resultados diferenciados e sempre em grau superior aos seus colegas de trabalho.

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c) geram maior competitividade no ambiente de trabalho, o que faz com que cada

colaborador coloque em prática todo o seu potencial presente.

d) devem refletir exatamente aquilo que o chefe julga adequado que o funcionário

realize num dado período, deixando claras as penalidades que receberá caso não

cumpra tais metas de trabalho; talvez aqui esteja o maior ganho do APO, que é a

transparência na comunicação.

e) não devem ser nem muito audaciosos, que seja impossível alcançá-los, nem

muito estreitos, cujo alcance seja fácil em demasia.

Questão 38    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 3ª REGIÃO/2009) A Administra-

ção por Objetivos (APO) é uma técnica de direção de esforços por meio do plane-

jamento e controle administrativo fundamentada no princípio de que, para atingir

resultados, a organização precisa

a) ajustar seu modelo de remuneração para um modelo flexível que preveja o pa-

gamento de bônus e/ou participação nos resultados.

b) analisar o potencial de sua equipe visando garantir o alcance dos resultados a

serem atingidos.

c) analisar o risco legal da implantação deste sistema frente às exigências do sin-

dicato.

d) definir sua missão e valores, para que possa cobrar dos colaboradores uma ação

proativa em seus trabalhos.

e) definir, antes, em que negócio está atuando e aonde pretende chegar.

Questão 39    (VUNESP/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO/UFABC/2019) Modelo

desenvolvido por Peter Drucker na década de 1950, a gestão por resultados tem

enfoque em

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a) funções.

b) eficiência.

c) produtividade.

d) projetos.

e) objetivos.

Questão 40    (VUNESP/ASSISTENTE/CÂMARA MUNICIPAL DE JABO/2015) Muitas

organizações modernas buscam melhorar o seu desempenho estabelecendo metas,

alvos ou finalidades para as várias unidades de forma a determinar os resultados

que elas deverão alcançar. Definidos de forma mensurável, quantificados numeri-

camente e com tempos predeterminados, esses resultados passam a determinar os

procedimentos da organização. Esse tipo de esforço obedece aos princípios

a) da Administração Contingencial.

b) do Behaviorismo.

c) da Organização Científica do Trabalho (OCT).

d) da Administração por Objetivos (APO).

e) da Teoria Burocrática.

Questão 41    (VUNESP/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2014) A administração por

resultados constitui um modelo administrativo identificado com o espírito pragmá-

tico e democrático da Teoria Neoclássica. Um enunciado escrito a respeito de resul-

tados quantificados, difíceis, relevantes e compatíveis a serem alcançados em um

período determinado indica o conceito de

a) imagem da organização.

b) papel gerencial.

c) objetivo.

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d) satisfação.

e) enfoque sistêmico.

Questão 42    (VUNESP/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2014) A respeito do ciclo

contínuo da APO, é certo afirmar que a fase de

a) fixação dos objetivos globais da empresa é precedida pela fixação dos objetivos

departamentais para o ano e promove o desdobramento do plano tático em planos

operacionais.

b) revisão nos planos ou alteração nos objetivos departamentais é precedida por

desdobramento do plano tático em planos operacionais e promove a fixação dos

objetivos departamentais para o ano.

c) elaboração do plano tático do departamento é precedida pela fixação dos obje-

tivos departamentais para o ano e promove a elaboração do planejamento estra-

tégico.

d) avaliação dos resultados alcançados em comparação com os objetivos departa-

mentais é precedida pela fixação dos objetivos departamentais para o ano e pro-

move a revisão nos planos ou alteração nos objetivos departamentais.

e) elaboração do plano tático do departamento é precedida pela fixação dos obje-

tivos departamentais para o ano e promove o desdobramento do plano tático em

planos operacionais.

Questão 43    (VUNESP/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2014) Quando são avalia-

dos os critérios para a escolha dos objetivos que devem ser estabelecidos de acor-

do com a prioridade e contribuição para o alcance dos resultados-chave da empre-

sa, observa-se o fenômeno dos esforços que mais se separam do que se conjugam,

tendendo a sair do sistema. Esse fenômeno é denominado

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a) Sinergismo.

b) Sistema Centrífugo de Esforços.

c) Indicador de Tipos de Myers-Briggs.

d) Efeito Halo.

e) Subobjetivação.

Questão 44    (VUNESP/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2014) Representa(m) uma

característica do período administrativo pós APO:

a) ênfase ao dinheiro, às máquinas e aos materiais.

b) controle centralizado, funcional e tecnocrático.

c) diretrizes e supervisão.

d) individualismo.

e) delegação e responsabilidade.

Questão 45    (VUNESP/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2014) A APO envolve um

comportamento cíclico, de tal forma que o resultado de um ciclo permite correções

e ajustamentos no ciclo seguinte, por meio da retroação proporcionada pela avalia-

ção de resultados. Esse ciclo costuma corresponder ao

a) exercício fiscal da empresa.

b) mesmo período do ciclo produtivo.

c) mesmo período de reposição de recursos produtivos.

d) giro de estoques.

e) prazo médio de pagamento dos financiamentos de curto e médio prazos.

Questão 46    (VUNESP/ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS/CMSC/2013) Com o

objetivo de minimizar problemas que existiam na avaliação de desempenho que se

baseava, fundamentalmente, em traços dos indivíduos, surge uma técnica em que

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avaliador e avaliado negociam uma ou mais metas, observáveis e mensuráveis,

a serem atingidas em determinado espaço de tempo, e documentam esse “con-

trato” a fim de que seja verificado seu cumprimento ao longo do espaço de tempo

acordado. Essa técnica é parte integrante e fundamental do modelo de gestão co-

nhecido por

a) Contrato de Gestão – CG.

b) Administração por Objetivos – APO.

c) Gestão de Metas – GM.

d) Contrato Social – CS.

e) Administração por Compartilhamento – APM.

Questão 47    (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALERN/2013) As características das

escolas de Administração Científica, Recursos Humanos e Estruturalista são, res-

pectivamente,

a) o reconhecimento dos conflitos organizacionais, a múltipla abordagem da orga-

nização e a proposição de recompensas materiais e sociais.

b) o estudo de tempos e movimentos, a divisão do trabalho e a remuneração de

acordo com a produção.

c) o controle do desenvolvimento do trabalho, a ênfase nos aspectos emocionais e

a organização informal.

d) a proposição de recompensas não-materiais, o comportamento social dos traba-

lhadores e a importância do conteúdo dos cargos e tarefas.

e) a organização racional do trabalho, o estudo de grupos informais e a burocracia.

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Questão 48    (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRF 5ª REGIÃO/2013) A teoria admi-

nistrativa que se relaciona à múltipla abordagem com enfoque na organização for-

mal e informal e análise Intraorganizacional e Interorganizacional é denominada

a) Clássica.

b) da Burocracia.

c) do Comportamento.

d) da Contingência.

e) Estruturalista.

Questão 49    (FCC/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PGM TERESINA/2016) Sobre

a abordagem Estruturalista, considere:

I – O Estruturalismo é um método analítico comparativo, no qual o conceito de

Sistema é relevante, pois o “todo” é maior que a mera soma das “partes”.

II – O principal foco da perspectiva Estruturalista Fenomenológica recai acerca

da racionalidade instrumental, na qual processa-se uma equação dinâmica

entre “meios e fins”.

III – A base da Burocracia deriva-se do Estruturalismo Concreto, pois considera a

estrutura a própria definição do objeto, desse modo o conjunto de relações

sociais constitui uma estrutura a ser analisada.

IV – Dentre as desvantagens da estrutura burocrática, destaca-se a aversão ao

clientelismo, portanto, evita-se a discrepância entre o modelo organizacional

formal e as práticas informais.

Está certo o que consta APENAS em

a) II e III.

b) III e IV.

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c) I e IV.

d) II, III e IV.

e) I e II.

Questão 50    (FCC/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO

PAULO/2008) Max Weber é considerado como um dos mais influentes precursores

de diversas teorias das organizações. Nesse sentido, considere:

I – Weber desenvolveu uma teoria das organizações formais, fundamentada em

um modelo mecanicista, mais próxima das teorias clássicas.

II – A teoria das organizações de Weber é baseada na articulação entre organi-

zação formal e informal.

III – A teoria weberiana das organizações se aproxima mais da teoria clássica das

organizações, pois enfatiza a eficiência e a hierarquia.

IV – A teoria estruturalista das organizações diferencia-se da abordagem webe-

riana por enfatizar a relação entre análise intraorganizacional e interorgani-

zacional.

V – A teoria weberiana das organizações aproxima-se mais das abordagens hu-

manistas, pois enfatiza o comportamento efetivo das pessoas na organização.

Está certo o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) I, III e IV.

d) II, III e V.

e) II, IV e V.

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Questão 51    (FCC/ANALISTA DE CONTROLE/TCE-PR/2011) Introduz transforma-

ções na personalidade dos seus participantes que levam à rigidez, às dificuldades

no atendimento aos clientes e à ineficiência, transformações essas responsáveis

pelo que chama de disfunções ou consequências imprevistas.

Na frase acima Merton está se referindo à estrutura

a) burocrática.

b) de cooptação.

c) coercitiva.

d) ideológica.

e) moderna.

Questão 52    (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 6ª REGIÃO/2012) Para a consecu-

ção de fins organizacionais é preciso organizar a atividade humana de modo está-

vel. Trata-se do objetivo da

a) cultura organizacional.
b) produtividade.
c) dependência de recursos.
d) burocracia.
e) relacionalidade.

Questão 53    (FCC/GESTOR PÚBLICO/SEAD-PI/2013) Considere as seguintes afir-


mações sobre as características da abordagem burocrática do pensamento admi-
nistrativo:
I – Regras e normas técnicas claramente definidas, bem como os instrumentos
necessários de coerção e limitação do seu uso.
II – Divisão do trabalho bem definida e sistemática, com áreas específicas de
competência e atribuição ao responsável da necessária autoridade.

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III – Concentração da administração na figura do proprietário, constituindo coro-


lário da aplicação da hierarquia.

Está certo o que consta em


a) I, II e III.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II, apenas.

Questão 54    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 18ª REGIÃO/2013) O modelo bu-


rocrático de Max Weber é um modelo organizacional disseminado nas administra-
ções durante o século XX em todo o mundo. O modelo burocrático é atribuído a Max

Weber porque o sociólogo alemão analisou e sintetizou suas principais característi-

cas. NÃO corresponde a essas características o que está expresso em

a) caráter racional e divisão do trabalho.

b) hierarquia de autoridade.

c) impessoalidade nas relações.

d) relação de coesão ou de antagonismo.

e) caráter formal das comunicações.

Questão 55    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-RR/2015) As sociedades moder-

nas são constituídas de organizações, que podem ser formais ou não. Quanto às

organizações formais modernas ou burocracias, para distingui-las das organizações

ou grupos informais, elas apresentam como características principais,

a) formalização das comunicações, impessoalidade nos relacionamentos e profis-

sionalismo como critério de contratação e de promoção.

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b) estrutura organizacional formada por níveis hierárquicos rígidos, regras implíci-

tas e individualismo.

c) divisão de trabalho coordenada para reunir, unificar e harmonizar as atividades

da organização, previstas nos fluxogramas.

d) departamentalização por função, que define as responsabilidades dos servidores

individualmente e como integrantes de um grupo.

e) são coercitivas, utilitárias e normatizadas.

Questão 56    (FCC/FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR/PROCON-MA/2017) A

crença na racionalidade técnica, na especialização funcional, na hierarquia e na es-

trutura formal constitui um ponto de intersecção entre as seguintes abordagens da

Teoria das Organizações:

a) clássica e burocrática.

b) burocrática e sistêmica.

c) clássica e sistêmica.

d) burocrática e comportamental.

e) estruturalista e sistêmica.

Questão 57    (FCC/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE/

ARTESP/2017) Considere as afirmativas abaixo sobre o Modelo de Sistema Buro-

crático:

I – Predomínio da interação horizontal sobre a vertical. Confiança e crença recí-

procas.

II – Participação e responsabilidade multigrupal, à luz dos conhecimentos dos

indivíduos sobre as tarefas da organização como um todo.

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III – Alta centralização do processo de tomada de decisões, geralmente afeta os

níveis superiores. Pouca delegação.

IV – Cargos ocupados por especialistas, com atribuições sistematicamente defi-

nidas.

Está certo o que consta APENAS em

a) I e III.

b) III e IV.

c) II e IV.

d) I, II e III.

e) II, III e IV.

Questão 58    (VUNESP/ASSISTENTE/PRODEST/2014) Assinale a alternativa que

contempla o autor, inserido na história do pensamento administrativo, para o qual

a burocracia era considerada a forma mais eficiente de uma organização.

a) Frederick Winslow Taylor.

b) Jules Henri Fayol.

c) Helton George Mayo.

d) Henry Ford.

e) Max Weber.

Questão 59    (VUNESP/TÉCNICO/PRODEST/2014) O formalismo, a divisão do tra-

balho, a impessoalidade, a meritocracia, a previsibilidade e o profissionalismo ca-

racterizam a chamada Administração

a) Gerencial.

b) Contingencial.

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c) Comportamental.

d) Burocrática.

e) Sistêmica.

Questão 60    (VUNESP/ANALISTA EM GESTÃO MUNICIPAL/PREF. SJC/2012) Or-

ganizar a atividade humana de modo estável para a consecução de fins organiza-

cionais explícitos é o objetivo da

a) burocracia.

b) produtividade.

c) dependência de recursos.

d) cultura e aprendizagem organizacional.

e) racionalidade.

Questão 61    (VUNESP/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA/SPPREV/2009)

Os processos e a forma de dominação e legitimidade, que ocorrem mediante man-

do e subordinação, estão inseridos na discussão de teoria conhecida por

a) sociotécnica.

b) contingencial.

c) adhocracia.

d) burocracia.

e) meritocracia.

Questão 62    (VUNESP/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2002) Max We-

ber criou um tipo ideal de burocracia, argumentando ser a forma mais eficiente de

organização, dadas suas características de superioridade em precisão, estabilidade,

rigor de sua disciplina e confiabilidade.

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Assinale a alternativa que contém os três elementos mais encontrados em qualquer

burocracia e na que foi proposta por Max Weber em particular.

a) Tradição, carisma e razão.

b) Confiabilidade, variabilidade e hierarquia.

c) Disciplina, nepotismo e autoridade.

d) Formalidade, impessoalidade e profissionalismo.

e) Eficiência, eficácia e efetividade.

Questão 63    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TST/2017) O modelo de aprendizagem

organizacional, que tem por foco o comportamento, predicando que o mesmo pode

ser observado e modificado, não aborda aquisição de conceitos e solução de pro-

blemas, mas sim as relações entre os estímulos e as consequências. Esse modelo

é conhecido como

a) Interativo.

b) Empírico.

c) Behaviorista.

d) Reativo.

e) Pragmatista.

Questão 64    (FCC/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/MANAUSPREV/2015) Escola é a

linha de pensamento ou conjunto de aspectos específicos adotados por diversos

autores para explicar e analisar um tema. A partir deste conceito, incluem-se entre

as ideias principais que definem a Escola

a) Clássica: a eficiência dos processos, a estrutura organizacional, administração

da qualidade e o modelo burocrático.

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b) Clássica: a divisão do trabalho, o enriquecimento das tarefas e diversificação de

produtos.

c) Sistêmica: a simplificação, o foco nas partes constitutivas do sistema e na qua-

lidade.

d) Comportamental: as diferenças individuais, a motivação, a cultura organizacio-

nal e a liderança.

e) Comportamental: a ética, o comportamento padronizado, a liderança e a com-

plexidade.

Questão 65    (VUNESP/ANALISTA ORGANIZACIONAL/PRODEST/2014) A escola

comportamentalista, quando aborda a motivação humana, diz que, se as forças

atuantes numa pessoa são bloqueadas antes do alcance de uma meta desejada,

duas possibilidades se apresentam: ou ocorre um comportamento construtivo ou

ocorre uma

a) solução para um problema.

b) reestruturação.

c) reação complementativa.

d) substituição.

e) frustração.

Questão 66    (VUNESP/PROFISSIONAL BÁSICO/BNDES/2002) Segundo o enfo-

que comportamental, a empresa deve ser vista como sistema social formado pri-

mariamente por pessoas, sentimentos, interesses e motivação. Seguindo este ra-

ciocínio, pode-se concluir que

a) nas organizações as pessoas comportam-se como peças de máquinas, ou seres

estritamente profissionais.

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b) sentimentos de amizade e hostilidade, cooperação e competição criam condi-

ções para a formação de grupos informais e regras para a convivência.

c) não existe nenhum entrelaçamento entre os componentes da organização infor-

mal (os grupos informais, as normas de conduta, a cultura organizacional e o clima

organizacional).

d) crenças, preconceitos, cerimônias, rituais e símbolos adotados ou valorizados

pela organização irão definir o clima organizacional.

e) o sistema social proporcionará o surgimento de uma cultura organizacional que

refletirá apenas as normas e valores do sistema formal.

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GABARITO
1. c 25. c 49. e

2. c 26. c 50. c

3. e 27. a 51. a

4. a 28. a 52. d

5. c 29. d 53. d

6. a 30. e 54. d

7. b 31. d 55. a

8. c 32. a 56. a

9. c 33. e 57. b

10. d 34. c 58. e

11. b 35. e 59. d

12. d 36. a 60. a

13. b 37. e 61. d

14. e 38. e 62. d

15. d 39. e 63. c

16. d 40. d 64. d

17. e 41. c 65. e

18. c 42. e 66. b

19. b 43. b

20. d 44. e

21. e 45. a

22. e 46. b

23. d 47. e

24. c 48. e

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (FCC/ANALISTA DO BANCO CENTRAL DO BRASIL/2006) O modelo

científico de administração harmoniza-se mais com o estilo de mudança

a) do conhecimento.

b) participativa.

c) diretiva.

d) atitudinal.

e) grupal.

Letra c.

O modelo científico de administração preconiza a concentração de poder nas mãos

dos dirigentes, adotando estilos autocráticos de gestão, o que corresponde a uma

atuação diretiva em processos de mudança organizacional.

Notem que as mudanças podem seguir estilos diretivos (quando se dá por uma

imposição da chefia) ou estilos participativos (em que o processo é conduzido com

o envolvimento do grupo). Isso exclui, portanto, a letra B. Além disso, o modelo

autocrático de gestão da administração científica não corresponde propriamente

a mudança: de conhecimentos (letra A); atitudinal, ou seja, de comportamentos

(letra D); realizada em grupo (letra E).

Questão 2    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PE/2007) Classificada como um dos

14 princípios básicos de administração desenvolvidos por Henry Fayol, a autoridade

tem como sua contrapartida

a) a prevalência dos interesses gerais.

b) o controle.

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c) a responsabilidade.

d) a disciplina.

e) a ordem.

Letra c.

A autoridade e a responsabilidade correspondem ao mesmo princípio básico da

administração. Enquanto a autoridade é o direito de dar ordens e o poder de es-

perar obediência, a responsabilidade é uma consequência natural da autoridade

e significa o dever de prestar contas. Ambas devem estar equilibradas entre si.

Vejamos os demais princípios gerais tratados pela questão:

Subordinação dos interesses individuais aos gerais - Os interesses gerais da

empresa devem sobrepor-se aos interesses particulares das pessoas (letra A).

Disciplina - Depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito

aos acordos estabelecidos (letra D).

Ordem - Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material

e humana (letra E).

Questão 3    (FCC/ANALISTA TREINEE/METRÔ-SP/2008) A visão mecanicista de

Frederick Taylor sobre as pessoas e as organizações era essencialmente uma pers-

pectiva de sistema

a) quantitativo.

b) aberto.

c) contingencial.

d) sistêmico.

e) fechado.

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Letra e.

A Administração Científica visualiza as organizações como se estivessem no vácuo,

autônomas, hermeticamente fechadas, não considerando as variáveis extrínsecas.

Questão 4    (FCC/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAU-

LO/2008) Henry Fayol foi um dos principais formuladores da denominada Teoria

Clássica das organizações. Fayol

a) desenvolveu uma abordagem sintética onde toda empresa desenvolve seis fun-

ções básicas e a função administrativa desempenha um papel central de integração

e coordenação das demais funções.

b) procurou enfrentar o problema do desperdício das indústrias francesas, por

meio do estudo detalhado dos tempos e dos movimentos dos operários, visando ao

aumento da produtividade pela divisão do trabalho.

c) definiu as características básicas da organização burocrática moderna, especial-

mente a legalidade, a impessoalidade e a hierarquia.

d) contestou a teoria científica da administração, formulando uma abordagem ba-

seada na dinâmica informal do comportamento organizacional, nas técnicas de

motivação e no papel das lideranças.

e) formulou uma teoria analítica da dinâmica organizacional centrada nas condi-

ções em que são tomadas as decisões dentro da empresa.

Letra a.

Segundo Fayol, as funções básicas da empresa eram as funções técnicas, comer-

ciais, financeiras, de segurança, contábeis e administrativas. No entanto,

esse autor considerava que a mais importante dessas era a função administra-

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tiva, pois ela desempenhava um papel central de integração e coordenação das

demais funções.

Sobre a letra B, o foco no estudo dos tempos e movimentos está no campo da

Administração Científica, de Taylor, que buscava aumentar a eficiência de indús-

trias americanas.

Sobre a letra C, as características básicas da organização burocrática moderna

foram introduzidas por Max Weber.

Sobre a letra D, a Teoria Clássica não se opunha à Administração Científica, nem

focalizava a dinâmica informal do comportamento, que só viria a acontecer a

partir da Escola das Relações Humanas e, com mais intensidade e profundidade,

a partir das abordagens comportamentais.

Sobre a letra E, Fayol não construiu uma abordagem analítica, tampouco concen-

trada na dinâmica do processo decisório.

Questão 5    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF 5ª REGIÃO/2008) O Princípio de

Administração “Cada subordinado recebe ordens e presta contas somente a um

superior” refere-se ao princípio:

a) cadeia escalar.

b) unidade de direção.

c) unidade de comando.
d) estabilidade do pessoal.

e) manter a disciplina.

Letra c.

O princípio geral da unidade de comando dita que cada empregado deve receber

ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única.

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O princípio da cadeia escalar é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto

ao mais baixo em função do princípio do comando.

O princípio da unidade de direção prevê uma cabeça em um plano para cada

conjunto de atividades que tenham o mesmo objetivo.

O princípio da estabilidade do pessoal dispõe que a rotatividade do pessoal é

prejudicial para a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa per-

manecer no cargo, tanto melhor para empresa.

O princípio da disciplina preconiza a dependência da obediência, aplicação, ener-

gia, comportamento e respeito aos acordos estabelecidos.

Questão 6    (FCC/ANALISTA DE CONTROLE/TCE-PR/2011) Os 14 princípios gerais

de administração sugeridos por Fayol, e que ainda são considerados pela maioria

dos administradores, têm, entre eles, um que determina que os trabalhadores nas

organizações deveriam receber ordens de um “gerente” somente, para evitar con-

flitos e mal-entendidos. Esse princípio é o da

a) unidade de comando.

b) divisão do trabalho.

c) centralização.

d) cadeia escalar.

e) equidade.

Letra a.

O princípio que determina que os trabalhadores nas organizações devem receber

ordens de um “gerente” somente, para evitar conflitos e mal-entendidos, é o prin-

cípio da unidade de comando.

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Questão 7    (FCC/ADMINISTRADOR/SERGAS/2013) É característica da “Escola de

Chefes”:

a) a ênfase da organização como um todo e um sistema integrado.

b) a unidade de comando determina que cada subordinado recebe ordens e presta

contas somente a um superior.

c) ambiente nada absoluto onde existem várias maneiras de se administrar.

d) organização contínua de cargos limitados aos chefes por normas escritas.

e) produção em massa por meio de linha de montagem, em movimento contínuo.

Letra b.

A partir da primeira guerra mundial, o Fayolismo adquiriu impulso e popularidade,

tornando-se conhecido como uma “Escola de Chefes”.

Fayol desenvolveu um conjunto de “princípios de administração geral” que conside-

rava útil para toda situação administrativa em qualquer tipo de empresa.

No prefácio de seu livro, ele afirma que: “A administração constitui fator de grande

importância na direção dos negócios: de todos os negócios, grandes ou pequenos,

industriais, comerciais, políticos, religiosos ou de qualquer outra índole.” (FAYOL,

19891).

Os chamados princípios de Fayol devem ser considerados como critérios ou prescri-

ções genéricas. São eles:

Divisão do trabalho Consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a
eficiência.
Autoridade e Autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência.
responsabilidade A responsabilidade é uma consequência natural da autoridade e signi-
fica o dever de prestar contas. Ambas devem estar equilibradas entre si.

1
FAYOL, H. Administração Industrial e Geral: previsão, organização, comando, coordenação e controle. 10.
ed. São Paulo: Atlas, 1989.

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Disciplina Depende de obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito


aos acordos estabelecidos.
Unidade de comando Cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o prin-
cípio da autoridade única.
Unidade de direção Uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que tenham
o mesmo objetivo.
Subordinação dos Os interesses gerais da empresa devem sobrepor-se aos interesses par-
interesses individuais ticulares das pessoas.
aos gerais
Remuneração do Deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a
pessoal organização em termos de retribuição.
Centralização Refere-se à concentração da autoridade sobre as atividades vitais da
organização no topo da hierarquia da organização.
Cadeia escalar É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo em
função do princípio do comando.
Ordem Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material
e humana.
Equidade Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.
Estabilidade do A rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da organização.
pessoal Quanto mais tempo uma pessoa
permanecer no cargo, tanto melhor para a empresa.
Iniciativa A capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu
sucesso.
Espírito de equipe A harmonia e a união entre as pessoas são grandes forças para a orga-
nização.

Portanto, nosso gabarito é a letra B.

Questão 8    (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALERN/2013) Em uma biblioteca es-

pecializada, o gerente determinou que todos os profissionais envolvidos com pro-

cessamento técnico façam o revezamento com os profissionais de referência, re-

alizando o atendimento aos usuários em um dos dias da semana. A medida foi

implementada, trazendo benefícios aos serviços.

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Neste caso, o princípio de administração que está direcionando essa atitude admi-

nistrativa é o da

a) subordinação dos interesses individuais aos coletivos.

b) unidade de direção.

c) autoridade e responsabilidade.

d) ordem.

e) espírito de equipe.

Letra c.

De forma bem resumida, dentro do contexto de unidades de informação há o ar-

quivista responsável pela organização do acervo, que faz o tratamento técnico,

e o arquivista de referência, responsável pela orientação da localização da infor-

mação arquivística.

Por sua vez, o  princípio do equilíbrio entre autoridade e responsabilidade signifi-

ca que o poder de dar ordens (arquivista responsável, e teoricamente a chefia do

acervo) deve ser combinado com as capacidades intelectuais e práticas (arquivista

de referência). Assim, a alternativa mais próxima dos princípios da administração

é a letra C.

Questão 9    (FCC/GESTOR PÚBLICO/SEAD-PI/2013) Henri Fayol teve o mérito de

separar as funções do administrador das funções dos que não têm subordinados

e são responsáveis pela execução das atividades. De acordo com os princípios de

Fayol,

a) a melhor metodologia de trabalho é aquela que privilegia a organização fundada

na autoridade derivada do reconhecimento e não da hierarquia.

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b) deve ser afastada qualquer forma de estabilidade do pessoal, pois mudanças

constantes estimulam a eficiência.

c) aplica-se o princípio da cadeia escalar, segundo o qual a linha de autoridade,

partindo do principal executivo, desce, sem descontinuidade até os níveis mais in-

feriores.

d) aplica-se o princípio da unidade de direção em substituição ao princípio da uni-

dade de comando, segundo o qual os escalões inferiores não devem reportar-se a

um único superior.

e) aplica-se o conceito de autoridade policêntrica, com unidades de comando

em rede.

Letra c.

Aplicando cada princípio, podemos corrigir as alternativas:

Henri Fayol teve o mérito de separar as funções do administrador das funções dos

que não têm subordinados e são responsáveis pela execução das atividades. De

acordo com os princípios de Fayol,

a) a melhor metodologia de trabalho é aquela que privilegia a organização fundada

na autoridade derivada do reconhecimento e não da hierarquia.

Hierarquia: cadeia de comando (cadeia escalar). Também recomendava uma co-

municação horizontal, embrião do mecanismo de coordenação.

b) deve ser afastada (INCENTIVADA) qualquer forma de estabilidade do pessoal,

pois mudanças constantes estimulam a eficiência (PROVOCAM CUSTOS).

Estabilidade do Pessoal: promover a lealdade e a longevidade do empregado. Se-

gurança no emprego, as organizações devem buscar reter seus funcionários, evi-

tando o prejuízo/custos decorrente de novos processos de seleção, treinamento e

adaptações.

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c) aplica-se o princípio da cadeia escalar, segundo o qual a linha de autoridade,

partindo do principal executivo, desce, sem descontinuidade até os níveis mais in-

feriores.

Ok!

d) aplica-se o princípio da unidade de direção em substituição (EM COMPLEMENTO)

ao princípio da unidade de comando, segundo o qual os escalões inferiores não de-

vem reportar-se a um único superior.

Unidade de Direção: os esforços dos empregados devem centrar-se no atingimento

dos objetivos organizacionais.

Unidade de Comando: cada agente, para cada ação só deve receber ordens (ou

seja, se reportar) a um único chefe/gerente.

e) aplica-se o conceito de autoridade policêntrica (ÚNICA), com unidades de co-

mando em rede.

Unidade de Comando: cada agente, para cada ação só deve receber ordens (ou

seja, se reportar) a um único chefe/gerente.

Questão 10    (FCC/AGENTE TÉCNICO/MPE-AM/2013) O engenheiro francês Henry

Fayol desenvolveu a Teoria Clássica da Administração, onde estudava a organização

como um todo e não apenas a produção. Para Fayol, a administração é um proces-

so, em que os administradores desempenham as seguintes atividades essenciais:

a) treinamento e desenvolvimento.

b) liderança autocrática, subordinação e controle.

c) avaliação de desempenho, coordenação e controle.

d) previsão, coordenação, organização, comando e controle.

e) liderança liberal, coordenação e previsão.

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Letra d.

Para Fayol, a administração é um processo, em que os administradores desempe-

nham as seguintes atividades essenciais - POCCC ou POC³:

• Planejar – visualizar o futuro e traçar o programa de ação.

• Organizar – constituir o duplo organismo material e social da empresa.

• Comandar – dirigir e orientar a organização.

• Coordenar – unir e harmonizar os atos e esforços coletivos.

• Controlar – verificar se as normas e regras estabelecidas estão sendo seguidas.

Questão 11    (FCC/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-GO/2014) Sobre a

Teoria Clássica da Administração considere:

I – Sugere que as organizações devem ser sistemas racionais que operam com

a máxima eficiência.

II – Baseada na amabilidade e justiça para encorajar o pessoal nas suas respon-

sabilidades; remuneração justa que leve a um bom moral, sem ocasionar

gastos excessivos.

III – A empresa é interpretada como um sistema aberto e se adapta de forma efi-

ciente ao ambiente em que se insere.

IV – Estimula e valoriza a flexibilidade ao aceitar erros e incertezas, como aspec-

tos inerentes a ambientes complexos e mutáveis.

V – Organização é representada por um padrão de cargos precisamente defini-

dos e organizados de maneira hierárquica, através de linhas de comando ou

de comunicação também precisamente definidas.

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Está certo o que se afirma APENAS em

a) II.

b) I, II e V.

c) III.

d) I e V.

e) II e IV.

Letra b.

Na teoria clássica de Fayol, a  preocupação básica era aumentar a eficiência da

empresa por meio da forma e disposição dos órgãos componentes da organização

(departamentos) e de suas inter-relações estruturais. Daí dizer que possuía ênfase

na estrutura. Portanto, itens I e V certos.

A teoria clássica de Fayol defendia a organização funcional caracterizada pela des-

centralização da autoridade (atuação participativa), encorajando o pessoal nas

suas responsabilidades. Assim, nesse contexto (como na administração científica

de Taylor), a teoria clássica considerava pagar justos salários como forma de incen-

tivo aos seus funcionários. Daí item II certo.

O item III está errado, pois a teoria clássica visualiza a empresa com um siste-

ma fechado. A organização como sistema aberto é apresentada pela abordagem

sistêmica.

O item IV está errado, pois a teoria clássica não vislumbra aspectos inerentes a

ambientes complexos e mutáveis, mas ambientes previsíveis e perenes.

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Questão 12    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF 1ª REGIÃO/2014) Analise as afir-

mativas abaixo, sobre os princípios de Administração.

I – Responsabilidade é a contrapartida da disciplina.

II – Unidade de comando representa um controle único, possibilitado com a apli-

cação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos.

III – As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas.

IV – A iniciativa deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano

e cumpri-lo.

Está certo o que se afirma APENAS em

a) II, III e IV.

b) I, II e III.

c) II e III.

d) III e IV.

e) I e II.

Letra d.

Vamos relembrar:

Divisão do trabalho Consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar
a eficiência.
Autoridade e Autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar obediên-
responsabilidade cia. A responsabilidade é uma consequência natural da autoridade e
significa o dever de prestar contas. Ambas devem estar equilibradas
entre si.
Disciplina Depende de obediência, aplicação, energia, comportamento e res-
peito aos acordos estabelecidos.
Unidade de comando Cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o
princípio da autoridade única.

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Unidade de direção Uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que tenham
o mesmo objetivo.
Subordinação dos Os interesses gerais da empresa devem sobrepor-se aos interesses
interesses individuais particulares das pessoas.
aos gerais
Remuneração do Deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a
pessoal organização em termos de retribuição.
Centralização Refere-se à concentração da autoridade sobre as atividades vitais da
organização no topo da hierarquia da organização.
Cadeia escalar É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo em
função do princípio do comando.
Ordem Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem mate-
rial e humana.
Equidade Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.
Estabilidade do pessoal A rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da organiza-
ção. Quanto mais tempo uma pessoa
permanecer no cargo, tanto melhor para a empresa.
Iniciativa A capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu
sucesso.
Espírito de equipe A harmonia e a união entre as pessoas são grandes forças para a
organização.

Analisando as afirmativas, temos:

I – Responsabilidade é a contrapartida da disciplina (autoridade).

II – Unidade de comando (direção) representa um controle único, possibilitado

com a aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos.

III – As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas.

IV – A iniciativa deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e

cumpri-lo.

Questão 13    (FCC/TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO/MANAUSPREV/2015) Ora, entre

os vários métodos e instrumentos utilizados em cada operação, há sempre o méto-

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do mais rápido e o instrumento melhor que os demais. Estes métodos e instrumen-

tos melhores podem ser encontrados bem como aperfeiçoados na análise científica

de todos aqueles em uso, juntamente com acurado e minucioso estudo do tempo.

Isto acarreta gradual substituição dos métodos empíricos pelos científicos, em to-

das as artes mecânicas.

O excerto acima se refere, respectivamente, à escola e ao autor:

a) Neoclássica - Drucker

b) Clássica - Taylor

c) Comportamental - Fayol

d) Sistêmica - Bertalanffy

e) Japonesa – Deming

Letra b.

Vejamos o enunciado, com partes grifadas:

Ora, entre os vários métodos e instrumentos utilizados em cada operação, há sempre


o método mais rápido e o instrumento melhor que os demais. Estes métodos e instru-
mentos melhores podem ser encontrados bem como aperfeiçoados na análise científica
de todos aqueles em uso, juntamente com acurado e minucioso estudo do tempo. Isto
acarreta gradual substituição dos métodos empíricos pelos científicos, em todas as artes
mecânicas.

A abordagem básica da Escola da Administração Científica (TAYLOR) se baseia na

ênfase colocada nas tarefas. A preocupação inicial era eliminar o desperdício e

perdas sofridas pelas indústrias, elevando os níveis de produtividade por meio da

aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial. Afirmava que os méto-

dos empíricos utilizados nas empresas eram ineficientes, com os quais o operário

desperdiça grande parte de seu esforço e tempo.

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No entanto, os estudos minuciosos do uso do tempo foram objetos da teoria clás-

sica (FAYOL); isso não quer dizer que esse estudo foi negligenciado na teoria pro-

posta por Taylor.

A preocupação básica da teoria clássica de Taylor era aumentar a eficiência da

empresa por meio da forma e disposição dos órgãos componentes da organização

(departamentos) e de suas inter-relações estruturais. Daí a ênfase na anatomia

(estrutura) e na fisiologia (funcionamento) da organização.

Predominava a atenção para a estrutura organizacional, para os elementos da Ad-

ministração, os princípios gerais da Administração e a departamentalização. A ên-

fase na estrutura é a sua principal característica.

Questão 14    (FCC/BIBLIOTECONOMISTA/DPE-RR/2015) Considere os dois agru-

pamentos abaixo, que se referem aos princípios de administração e sua aplicação:

I – Disciplina.

II – Unidade de comando.

III – Estabilidade do pessoal.

a) A baixa rotatividade dos funcionários é uma meta prioritária.

b) Todos os subordinados sabem quem é o seu superior imediato. Apenas dele re-

cebem ordens e a ele prestam contas de seus atos.

c) As regras de comportamento são claras e bem definidas. Todos devem a elas se

submeter.

A correlação certa entre eles é:

a) I-b, II-c, III-a.

b) I-b, II-a, III-c.

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c) I-a, II-c, III-b.

d) I-c, II-a, III-b.

e) I-c, II-b, III-a.

Letra e.

Vamos rever os 3 princípios de Fayol apresentados na questão:

• Disciplina: depende de obediência, aplicação, energia, comportamento e res-

peito aos acordos estabelecidos.

• Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um

superior. É o princípio da autoridade única.

• Estabilidade do pessoal: a rotatividade do pessoal é prejudicial para a efici-

ência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer no cargo,

tanto melhor para a empresa.

Logo, a correlação certa entre eles é:

I – Disciplina. - c. As regras de comportamento são claras e bem definidas. Todos

devem a elas se submeter.

II – Unidade de comando. - b. Todos os subordinados sabem quem é o seu superior

imediato. Apenas dele recebem ordens e a ele prestam contas de seus atos.

III – Estabilidade do pessoal. - a. A baixa rotatividade dos funcionários é uma meta

prioritária.

Questão 15    (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/ALMS/2016) Como destaca Fran-

cisco Lacombe, citando James Mooney: organização é a forma que assume toda

associação humana para atingir um objetivo comum (In: Teoria Geral da Adminis-

tração, Saraiva, p. 21). No decorrer da história, sobrevieram diversas teorias para

explicar a dinâmica das organizações, sendo a mais antiga, iniciada com os estu-

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dos do engenheiro Frederick Winslow Taylor, com ênfase na divisão do trabalho em

tarefas elementares e a especialização das pessoas na execução dessas tarefas,

visando obter ganhos de produtividade. Essa teoria corresponde à Escola

a) da Cadeia Escalar.

b) Estruturalista.

c) Divisional.

d) da Administração Científica.

e) do Critério Funcional.

Letra d.

Falou em Taylor, falou em Administração Científica!

Relembrando:

Questão 16    (FCC/CONSULTOR DE PROCESSO LEGISLATIVO/ALMS/2016) Se-

gundo Francisco Lacombe: “As teorias organizacionais podem ser entendidas como

um conjunto de princípios e prescrições que visam a facilitar a realização dos ob-

jetivos das organizações e serão mais ou menos válidas na medida em que isso

ocorrer”. Prossegue o autor, enfatizando que “cada uma das abordagens reflete, em

grande parte, as preocupações e relações econômicas e sociais da época em que

foram formuladas”
(In: Teoria Geral da Administração, Ed. Saraiva, p.101).

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No contexto evolutivo do pensamento administrativo, destaca-se a Escola Clássica,

suportada, em grande medida, pelos ensinamentos de Henri Fayol, que indica 14

princípios indispensáveis para se montar uma estrutura organizacional, entre os

quais inclui-se:

a) A empresa assemelha-se a um organismo em permanente adaptação ao seu

ambiente, razão pela qual cadeias de comando verticalizadas são ineficientes.

b) A linha de autoridade não se forma a partir do principal executivo, mas sim de

forma descontínua, emanando de cada um dos departamentos.

c) É necessário integrar os objetivos dos empregados com os da organização, como

forma de administrar e liderar de maneira eficaz.

d) Mudanças nas atribuições dos empregados são necessárias, mas se ocorrerem

com frequência excessiva, prejudicam o moral e a eficiência.

e) Os ganhos de produtividade constituem o principal objetivo a ser perseguido

pela organização, que deve adequar sua cadeia de comando à cadeia de produção.

Letra d.

A rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da organização. Quanto

mais tempo uma pessoa permanecer no cargo, tanto melhor para a empresa.

Analisando as demais alternativas:

a) Errada. Percebemos que um dos princípios de Fayol é justamente a cadeia esca-

lar verticalizada, onde a linha de autoridade vai do escalão mais alto ao mais baixo

em função do princípio do comando.

b) Errada. Bem capaz! Nada disso! A linha de autoridade se forma de cima para

baixo, ou seja, cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o

princípio da autoridade única.

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c) Errada. Pelo princípio da subordinação dos interesses individuais aos gerais,

temos os interesses gerais da empresa devem sobrepor-se aos interesses particu-

lares das pessoas.

e) Errada. De fato, a teoria clássica preconiza a produtividade! Mas nada de a ca-

deia de comando se adequar à cadeia de produção. Na verdade, um dos princípios

evidencia a cadeia ou unidade de comando. Note que não há princípio da cadeia

de produção. Logo, se alguém se subordina a outro, será a cadeia de produção se

subordinando à cadeia de comando!

Questão 17    (FCC/FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR/PROCON-MA/2017) A

partir dos estudos de Henri Fayol, restaram melhor explicitadas as atividades pró-

prias do administrador. Entre tais atividades se insere a de controle, que pode ser

identificada, exemplificativamente, na(s) seguinte(s) situação(ões) prática(s):

I – comparação dos resultados apresentados com metas preestabelecidas.

II – adoção de medidas corretivas com vistas ao atingimento de objetivos fixados.

III – definição dos rumos do negócio, com fixação de metas e indicadores.

Está certo o que se afirma APENAS em

a) II.

b) I.

c) III.

d) II e III.

e) I e II.

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Letra e.

Mais uma vez, Fayol destacou que a administração é um processo, em que os ad-

ministradores desempenham as seguintes atividades essenciais - POCCC ou POC³:

• Planejar – visualizar o futuro e traçar o programa de ação.

• Organizar – constituir o duplo organismo material e social da empresa.

• Comandar – dirigir e orientar a organização.

• Coordenar – unir e harmonizar os atos e esforços coletivos.

• Controlar – verificar se as normas e regras estabelecidas estão sendo seguidas.

Em suma, a função de controlar contempla:

• Estabelecer padrões de desempenho;

• Feedback;

• Comparar o planejado com o que foi feito, buscando uma melhoria contínua.

• Garantir que aquilo que foi planejado seja bem executado e que os objetivos

estabelecidos sejam alcançados adequadamente, corrigindo o que for neces-

sário corrigir.

Assim, temos:

I – comparação dos resultados apresentados com metas preestabelecidas. CON-

TROLE.

II – adoção de medidas corretivas com vistas ao atingimento de objetivos fixados.

CONTROLE.

III – definição dos rumos do negócio, com fixação de metas e indicadores. PLANE-

JAMENTO.

Questão 18    (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 21ª REGIÃO-RN/2017) Segundo

Mary Parker Follet, citada por Francisco Lacombe, “a administração é a arte de fa-

zer coisas por meio de pessoas”. Acrescenta o autor que “a essência do papel do

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administrador é obter resultados pelo desempenho da equipe que ele supervisiona

e coordena” (in: Teoria Geral da Administração, Saraiva, p. 3). Nesse diapasão,

podem ser segmentadas, para fins de sistematização, algumas atividades próprias

da função de administrar, entre elas a coordenação, que compreende, entre seus

mecanismos

a) a avaliação de resultados, aplicada nos níveis gerenciais, que não implicam re-

lação de subordinação.

b) as atividades corretivas, objetivando o atingimento dos objetivos estratégicos.

c) o denominado ajuste espontâneo, por meio da coordenação voluntária entre os

membros da organização.

d) a definição da estratégia de atuação, com fixação de objetivos de longo prazo,

obtida a partir de dinâmicas de grupo.

e) o planejamento em nível operacional, com estabelecimento de indicadores e

metas, fixado pelos escalões superiores da organização.

Letra c.

Vejamos, mais uma vez, os componentes do POCCC ou POC³:

• Planejar – visualizar o futuro e traçar o programa de ação.

• Organizar – constituir o duplo organismo material e social da empresa.

• Comandar – dirigir e orientar a organização.

• Coordenar – unir e harmonizar os atos e esforços coletivos.

• Controlar – verificar se as normas e regras estabelecidas estão sendo seguidas.

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Questão 19    (FCC/ANALISTA DE GESTÃO/SABESP/2018) A evolução das teorias

administrativas é permeada pelas preocupações econômicas e sociais que se apre-

sentam à época. Nesse sentido, destaca a Francisco Lacombe, em Teoria Geral da

Administração, “cada teoria das organizações dá mais ênfase a um aspecto espe-

cífico da administração”.

Nesse cenário, a Escola Clássica, que tem como expoente Henri Fayol, enfatiza

a) o ambiente em que se encontra inserida a organização e seu grau de adaptação.

b) a estrutura organizacional e as funções do administrador, correlacionadas com a

execução metódica do trabalho.

c) os aspectos humanos da organização, em especial as relações interpessoais que

refletem na produtividade.

d) o mercado em que atua a organização e a adequação de seus agentes para en-

frentar a competição.

e) a flexibilidade da organização, preconizando que a mesma deve se adequar às

contingências do momento.

Letra b.

Vamos recordas as principais características da Teoria Clássica, de Fayol:

• Foco nas estruturas organizacionais.

• 6 funções empresariais: técnica, comercial, financeira, segurança, contábil e

administrativa.

• Funções do administrador: prever, organizar, comandar, coordenar e contro-

lar.

• Homem é motivado por incentivos materiais (mesma ideia da Administração

Científica).

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• 14 princípios gerais da administração:

− 1. divisão do trabalho;

− 2. autoridade e responsabilidade;

− 3. disciplina;

− 4. unidade de comando;

− 5. unidade de direção;

− 6. subordinação dos interesses individuais aos gerais;

− 7. remuneração do pessoal;

− 8. centralização;

− 9. cadeia escalar;

− 10. ordem;

− 11. equidade;

− 12. estabilidade do pessoal;

− 13. iniciativa; e

– 14. espírito de equipe.

Questão 20    (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALESE/2018) Do ponto de vista da


Teoria da Administração, a Escola Clássica apresenta, entre seus expoentes, o es-

tudioso Henri Fayol, cuja principal contribuição foi separar as funções do adminis-

trador das funções daqueles que não possuem subordinados e são responsáveis

pela execução de atividades. Nesse contexto, apresentou alguns princípios da or-

ganização, entre os quais o que se denomina

a) compartilhamento de direção, decorrente da constatação de que atividades li-

gadas a um mesmo objetivo podem estar distribuídas entre diferentes áreas da

organização.

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b) cadeia escalar, segundo o qual a linha de comando deve ser transversal na or-

ganização, perpassando diferentes setores.

c) rotatividade de pessoal, contrapondo-se ao anterior conceito de estabilidade

predicado pela teoria burocrática.

d) unidade de comando, segundo o qual cada subordinado recebe ordens e presta

contas apenas a um superior.

e) confiança legítima, segundo o qual o administrador deve delegar tarefas aos

subordinados partindo da premissa de que possuem capacidade técnica para exe-

cutá-las.

Letra d.

A unidade de comando é um dos princípios de Fayol e foi descrito certamente na

alternativa.

a) Errada. Não faz parte dos 14 Princípios de Fayol.

b) Errada. Segundo o princípio da cadeia escalar, a linha de comando deve ser

vertical, indo do escalão mais alto ao mais baixo.

c) Errada. Fayol defendia a estabilidade de pessoal, e considerava a rotatividade

algo prejudicial para a eficiência da organização.

e) Errada. Não é um dos 14 Princípios de Fayol.

Questão 21    (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALESE/2018) Considere os dois agru-

pamentos abaixo, que arrolam os princípios de Administração e suas definições:

I – Divisão do trabalho.

II – Disciplina.

III – Unidade de direção.

IV – Centralização.

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a) Depende da obediência.

b) Concentração de autoridade.

c) Especialização das tarefas e das pessoas.

d) Uma cabeça e um plano.

A correlação certa dos dois agrupamentos é:

a) I-c; II-d; III-b; IV-a.

b) I-a; II-b; III-c; IV-d.

c) I-d; II-b; III-a; IV-c.

d) I-b; II-c; III-a; IV-d.

e) I-c; II-a; III-d; IV-b.

Letra e.

Fayol, usando uma metodologia de observação dos fatos, conduziu experimentos

e extraiu alguns princípios em torno de seu modelo administrativo, os chamados

14 princípios gerais da Administração. Juntamente com a teoria da Adminis-

tração Científica, a teoria proposta por Fayol foi uma das primeiras das teorias ad-

ministrativas. Obviamente que apresentaria limitações e seria superada por novos

pensamentos.

São os 14 princípios gerais da Administração:

• Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas

para aumentar a eficiência.

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• Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o

poder de esperar obediência. A responsabilidade é uma consequência natural

da autoridade e significa o dever de prestar contas. Ambas devem estar equi-

libradas entre si.

• Disciplina: depende de obediência, aplicação, energia, comportamento e

respeito aos acordos estabelecidos.

• Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um

superior. É o princípio da autoridade única.

• Unidade de direção: uma cabeça e um plano para cada conjunto de ativida-

des que tenham o mesmo objetivo.

• Subordinação dos interesses individuais aos gerais: os interesses ge-

rais da empresa devem sobrepor-se aos interesses particulares das pessoas.

• Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os

empregados e para a organização em termos de retribuição.

• Centralização: refere-se à concentração da autoridade no topo da hierar-

quia da organização.

• Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais

baixo em função do princípio do comando.

• Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem ma-
terial e humana.

• Equidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.

• Estabilidade do pessoal: a rotatividade do pessoal é prejudicial para a efici-

ência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa Permanecer no cargo,

tanto melhor para a empresa.

• Iniciativa: A capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o

seu sucesso.

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• Espírito de equipe: a harmonia e a união entre as pessoas são grandes for-

ças para a organização.

Assim, a correlação certa está na alternativa E.

Questão 22    (VUNESP/ANALISTA EM GESTÃO MUNICIPAL/PREF. SJC/2012) Teo-

ria em administração significa um conjunto de conhecimentos organizados, produ-

zidos pela experiência prática das organizações. Essas teorias compreendem dois

tipos principais de conhecimentos, os descritivos e os prescritivos. Os conhecimen-

tos prescritivos

a) procuram explicar o que são as organizações e como são administradas.

b) apresentam diferentes autores com diferentes explicações para os mesmos

eventos.

c) apresentam diferentes autores com as mesmas explicações para os eventos di-

ferentes.

d) são permeados por muitas teorias que explicam de forma diferente as mesmas

coisas.

e) procuram explicar como as organizações devem ser administradas.

Letra e.

No contexto das teorias administrativas, podemos constatar dois tipos de aborda-

gens de estudo: a abordagem prescritiva e normativa e a abordagem descritiva

e explicativa.

A abordagem prescritiva e normativa caracteriza-se pela preocupação em pres-

crever princípios normativos que devem ser aplicados como receituário em to-

das as circunstâncias para que o administrador possa ser bem-sucedido. É uma

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abordagem com receitas antecipadas, soluções “enlatadas” e princípios normativos

que regem o como fazer as coisas dentro das organizações. Essa perspectiva vi-

sualiza a organização como ela deveria funcionar ao invés de explicar seu funcio-

namento. É a abordagem de que se utilizam, por exemplo, as teorias Clássica, das

Relações Humanas e Neoclássica.

Por sua vez, a abordagem descritiva e explicativa, em vez de estabelecer como

o administrador deverá lidar com as organizações, descreve, analisa e explica

as organizações, a  fim de que o administrador escolha a maneira apropriada de

lidar com elas, levando em conta sua natureza, tarefas, participantes, problemas,

situação, restrições etc., aspectos que variam intensamente.

Assim, os conhecimentos prescritivos procuram explicar como as organizações de-

vem ser administradas.

Questão 23    (VUNESP/ANALISTA EM GESTÃO MUNICIPAL/PREF. SJC/2012) As

teorias prescritivas propõem recomendações e são divididas em duas categorias:

as doutrinas e

a) as confirmações.

b) os princípios.

c) os preceitos.

d) as técnicas.

e) as avaliações.

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Letra d.

Como vimos, a abordagem prescritiva e normativa caracteriza-se pela preocupação

em prescrever princípios normativos que devem ser aplicados como receituário em

todas as circunstâncias para que o administrador possa ser bem-sucedido.

As teorias prescritivas e normativas compreendem duas grandes categorias: dou-

trinas (princípios ou preceitos) e técnicas.

As doutrinas recomendam como agir e contêm valores implícitos ou explícitos.

Por exemplo, a administração científica possui a doutrina ou princípio da eficiência

dos recursos; ainda, o movimento da qualidade possui a doutrina ou princípio da

satisfação do cliente.

As técnicas são soluções para problemas específicos. Por exemplo, o problema de

estudar a eficiência de um processo pode ser resolvido com as técnicas do estudo

de tempos e movimentos. As técnicas, em geral, agregam-se em métodos.

Questão 24    (VUNESP/ANALISTA EM GESTÃO MUNICIPAL/PREF. SJC/2012) A

Teoria Geral da Administração abrange os conhecimentos descritivos e prescritivos

que se relacionam com as organizações, os administradores e o processo adminis-

trativo. As correntes de pensamento ou grupo de autores que privilegiam ou prefe-

rem determinado enfoque são denominadas (os)

a) filosofia.

b) estereótipos.

c) escolas.

d) linha de Pesquisa.

e) linha de Experimentação.

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Letra c.

As teorias são estudos elaborados a partir da observação de práticas existentes em

determinados ambientes. Ou seja, hipóteses são formadas, comprovando-se ou se

negando a existência dessas hipóteses. Por isso, afirmamos que não existem teo-

rias absolutas, pois elas precisam estar dentro de um contexto.

Pois bem! Cada teoria administrativa procura observar os diversos elementos que

conduzem pessoas a se agruparem em razão de objetivos comuns. É dentro de

cada uma dessas teorias que praticamente todos os assuntos da disciplina de Ad-

ministração estão inseridos, tais como motivação, liderança, equilíbrio organizacio-

nal, dentre outros. Ou seja, cada uma das teorias desenvolvidas possui utilização

atualmente em alguns de seus aspectos. Por isso é que são chamadas de escolas.

Nesse sentido, por exemplo, temos a escola clássica, a escola burocrática, a escola

das relações humanas, a escola neoclássica, e por aí vai!

Questão 25    (VUNESP/TECNÓLOGO/2016) Frederick W. Taylor é considerado o

criador do movimento da administração científica. Entre os mecanismos ou técnicas

desse modo de administração, encontra( m)-se:

a) grupos de trabalho autogeridos.

b) círculos da qualidade.

c) estudos de tempos e movimentos.

d) produção flexível.

e) eliminação da área de planejamento.

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Letra c.

Frederick Winslow Taylor foi o americano que divulgou os postulados a chama-

da Escola da Administração Científica, cuja preocupação principal era aumentar a

eficiência da organização por meio da racionalização do trabalho operário. Nessa

teoria, predominava a atenção para o método de trabalho, para os movimentos

necessários à execução de uma tarefa, para o tempo padrão determinado

para sua execução.

O primeiro período dos estudos dessa teoria corresponde à época da publicação do

primeiro livro de Taylor “Shop Management” (Administração das Oficinas), onde

ele enfoca técnicas para racionalização do trabalho operário, por meio de Estu-

dos de Tempo e Movimento (Motion-time Study). Seu estudo começou com os

operários, onde passou a analisar cuidadosamente as tarefas de cada operário. Ele

segmentou cada movimento e processo de trabalho. Em seguida, Taylor procurou

aperfeiçoá-los.

Questão 26    (VUNESP/TECNÓLOGO/2016) O toyotismo, também conhecido como

modelo japonês de administração, tem dois princípios fundamentais:

a) estrutura hierarquizada e linha de montagem móvel.

b) controle do estoque e racionalização do movimento humano.

c) eliminação de desperdícios e fabricação com qualidade.

d) uma única tarefa para cada trabalhador e uso de peças padronizadas.

e) especialização do trabalhador e produção em massa.

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Letra c.

O Sistema Toyota foi criado por membros da família Toyota e foi baseado nas téc-

nicas de Henry Ford e Frederick Taylor. Segundo Maximiano (2005)2, os dois prin-

cípios mais importantes do sistema Toyota são: eliminação de desperdícios e

fabricação com qualidade.

O princípio de eliminação de desperdícios era aplicado à fábrica, constituindo a

produção enxuta, também conhecida como lean production, e consiste em fabricar

com o máximo de economia de recursos. O princípio da fabricação com qualidade

objetiva produzir sem defeitos, que também é uma forma de eliminar desperdícios.

Questão 27    (VUNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CRO-SP/2015) A primei-

ra grande aplicação prática da racionalização do trabalho foi feita por Taylor, um dos

teóricos da Administração Científica, por meio do estudo de tempos e movimentos.

A ênfase principal desse estudo se concentrava

a) na tarefa.

b) na disciplina.

c) no pagamento.

d) na motivação.

e) no controle.

Letra a.

Em suma, a Teoria da Administração Científica de Taylor (1903) e a Teoria Clássi-

ca da Administração de Fayol (1916) fazem parte da chama abordagem clássica

2
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 5. ed. São
Paulo: Atlas, 2005.

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da Administração, onde Taylor privilegiava as tarefas de produção das empresas e

Fayol privilegiava a estrutura da organização.

Assim:

• a ênfase nas tarefas é a principal característica da Administração Científica de

Taylor; e

• a ênfase na estrutura é a principal característica da Teoria Clássica de Fayol.

Questão 28    (VUNESP/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/CÂMARA MUNICIPAL DE

ITATIBA/2015) O conceito de trabalhador especializado que atua em uma única ta-

refa ou em um pequeno número de tarefas, tendo uma posição fixa dentro de uma

sequência de tarefas, em um ambiente em que o trabalho vem até o trabalhador e

as peças e máquinas ficam no posto de trabalho, está relacionado ao princípio

a) da produção em massa.

b) da dignidade do trabalhador humano.

c) da qualidade assegurada.

d) de Pareto.

e) do zelo.

Letra a.

Segundo Maximiano (2010)3, na produção em massa proposta por Henry Ford,

o produto é dividido em partes e o processo de fabricá-lo é dividido em etapas.

Nesse contexto, cada pessoa ou cada grupo de pessoas, num sistema de produção

em massa, tem uma tarefa fixa dentro de uma etapa de um processo predefinido.

3
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2010.

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Questão 29    (VUNESP/ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS/CMSC/2013) Os pri-

meiros teóricos que trabalharam, de forma ainda incipiente, o conceito de moti-

vação, pertencentes basicamente à escola denominada Administração Científica,

resvalaram pelo conceito, mas não chegaram ao que ele representa hoje para os

teóricos contemporâneos. Além das condições adequadas para o trabalho, e que

são básicas para qualquer outra escola, como ventilação, luminosidade, ferramen-

tas à mão etc., que outro fator tinha importância para aquela escola e que propor-

cionaria motivação?

a) Liderança democrática.

b) Bom relacionamento na equipe.

c) Comunicação de duas vias.

d) Remuneração em função da produtividade.

e) Maior aproximação da cúpula com a base.

Letra d.

A Administração Científica baseou-se no conceito de homo economicus, isto é,

do homem econômico. Segundo esse conceito, toda pessoa é concebida como in-

fluenciada exclusivamente por recompensas salariais, econômicas e materiais. Em

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síntese, o homem procura o trabalho não porque gosta dele, mas como um meio

de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho proporciona.

Assim, um dos princípios enfatizados por essa Administração era o princípio de

produtividade. Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo perío-

do (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operá-

rio ganha mais e o empresário tem maior produção.

Questão 30    (VUNESP/ASSISTENTE TÉCNICO MUNICIPAL/PREF. SJC/2012) Os

primeiros estudos visando criar uma teoria científica da administração surgiram

a) na penúltima década do século XVIII.

b) na penúltima década do século XX.

c) na metade do século XVIII.

d) na metade do século XX.

e) na penúltima década do século XIX.

Letra e.

A administração científica é um modelo de administração criado pelo americano

Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX e que se baseia

na aplicação do método científico na administração com o intuito de garantir o me-

lhor custo/benefício aos sistemas produtivos.

Não há como precisar o ano e a década em que esses estudos se iniciaram. No en-

tanto, as alternativas apresentadas na questão nos permitem concluir, facilmente,

pela letra E. Ou seja, apesar de seu primeiro livro “Shop Management” (Adminis-

tração das Oficinas) ser publicado em 1903, é lógico que seus estudos se iniciaram

antes dessa data, coincidindo com o final do século XIX.

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Questão 31    (FCC/ANALISTA DE CONTROLE/TCE-PR/2011) Como consequência

de um trabalho de quase uma década, Mayo e seus seguidores lançaram as bases

de uma nova filosofia de administração chamada Relações Humanas, cujos pontos

principais são: sistema social; relações com o grupo; supervisor de primeira linha

tem papel intermediário e

a) tipo ideal de burocracia.

b) eficácia e eficiência.

c) influência do ambiente externo.

d) trabalho em equipe.

e) racionalização do trabalho.

Letra d.

Relembrando os 4 pontos principais da teoria das relações humanas:

Sistema social A qualidade do tratamento dispensado pela gerência aos trabalhadores


influencia fortemente seu desempenho. Ou seja, o  bom tratamento por
parte da administração, reforçando o sentido de grupo, produz bom desem-
penho. Esse efeito positivo do tratamento da administração sobre o desem-
penho humano ficou conhecido como o efeito de Hawthorne, por causa do
nome do experimento.
Lealdade ao grupo O sistema social formado pelos grupos determina o resultado do indivíduo,
(relações com o que pode ser mais leal ao grupo do que à administração. Alguns grupos não
grupo) atingem os níveis de produção esperados pela administração porque há,
entres seus membros, uma espécie de acordo que define uma quantidade
certa, que é menor, a ser produzida. Logo, o efeito Hawthorne não funciona
em todos os casos.
Conceito de O supervisor de primeira linha deve ser, não um controlador, mas um inter-
autoridade mediário entre a administração superior e os grupos de trabalhos. O con-
(papel intermediário ceito de autoridade deve basear-se não na coerção, mas na cooperação e
do gerente) na coordenação.

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Esforço coletivo Por causa da influência do sistema social sobre o desempenho individual,
(trabalho em equipe) a administração deve entender o comportamento dos grupos e fortalecer as
relações com os grupos, em vez de tratar os indivíduos como seres isolados.
A responsabilidade da administração é desenvolver as bases para o trabalho
em equipe, o autogoverno e a cooperação.

Logo, nosso gabarito é a letra D.

Questão 32    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 18ª REGIÃO/2013) O Movimento

das Relações Humanas, na década de 1920, trouxe um desafio extremo à função

de Chefe de Pessoal, sendo que esse novo modelo de administração teve como

base, a mudança na relação entre empregados e empregadores. Enquanto a escola

clássica operava utilizando-se da força do autocratismo, o novo modelo propunha

aumentar a produtividade pela eliminação dos conflitos entre os indivíduos e seus

respectivos custos. Pode-se compreender que surge um novo movimento nas rela-

ções humanas dentro das organizações dando-se ênfase

a) à figura do Homo Social, se preocupando com o indivíduo, com suas necessida-

des e outras variáveis.

b) ao especialista que se preocupava com a burocracia, sem entender suas neces-

sidades.

c) às organizações que só visavam o lucro e benefícios.

d) às organizações que focam apenas os aspectos de sua imagem.

e) à figura do chefe visando apenas à autocracia.

Letra a.

A Teoria das Relações Humanas contrapõe-se ao racionalismo da Teoria da Ad-

ministração Científica, abordando o homem como homo social, cujas motivações

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são sociais e simbólicas, além de prescrever que todo esforço do homem objeti-

va satisfazer suas necessidades sociais e de autoestima.

A letra B está errada. Trata-se do modelo de gestão de pessoas da Administração

Científica, conhecido como modelo clássico, que se preocupava com a execução

criteriosa da tarefa, com forte aderência a regras e padrões.

As letras C, D e E estão erradas. O modelo de relações humanas não visa

apenas o lucro e as questões referentes à imagem da empresa, mas sim, enfatiza

o trabalho em equipe e comprometimento dos funcionários através do desenvol-

vimento de um forte sistema de valores que promove a identidade corporativa.

A ênfase desse modelo é o indivíduo.

Questão 33    (FCC/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-GO/2014) Nas Teo-

rias da Administração, o Homo Economicus pode ser interpretado como Homem

Operacional, pois é considerado como sendo um recurso a ser maximizado em ter-

mos de produto físico mensurável. Uma alternativa a este tipo de “homem” foi su-

gerida pela primeira vez a partir dos estudos de Hawthorne, que o considerava mais

complexo do que supunham os teóricos clássicos, e pode ser chamado de Homem

a) Administrativo.

b) Político.

c) Funcional.

d) Organizacional.

e) Social.

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Letra e.

Observe:

Portanto, na teoria das relações humanas prevalece a concepção homem social.

Questão 34    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 3ª REGIÃO/2015) A principal con-

tribuição do Movimento das Relações Humanas aos estudos em Administração e,

consequentemente, à Gestão de Pessoas foi

a) demonstrar que há tensões entre necessidades organizacionais e individuais,

onde o conflito entre grupos é um processo social inevitável.

b) entender a organização como sendo um complexo de elementos em constante

interação com o ambiente externo.

c) destacar a importância dos grupos informais que emergem dentro de uma or-

ganização a partir da frequência das interações e dos fatores que provocam tais

interações.

d) perceber que os insumos recebidos pela organização também podem ser infor-

mativos, o que lhe permite conhecer o ambiente e o seu próprio funcionamento.

e) perceber que quanto mais o agrupamento de tarefas, em departamentos, obe-

decer ao critério da semelhança de objetivos, mais eficiente será a empresa.

Letra c.

Como vimos, o papel dos grupos informais ocupa posição central na teoria das

relações humanas. Isso porque, diferentemente dos autores clássicos, que se preo-

cupavam com aspectos formais da organização, a teoria humanista concentrava-se

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nos aspectos informais da organização, como grupos informais, comportamento

social dos empregados, crenças, atitude e expectativa, motivação.

A letra A trata de aspectos da abordagem estruturalista.

A letra B trata de aspectos da abordagem sistêmica.

A letra D trata, também, de aspectos da abordagem sistêmica.

A letra E trata de aspectos da abordagem clássica.

Questão 35    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF 3ª REGIÃO/2016) Considere os

dois agrupamentos abaixo, referentes às Teorias da Administração e os resultados

esperados da aplicação de suas teorias.

I – Administração Científica.

II – Neoclássica.

III – Relações Humanas.

a) Satisfação do operário.

b) Eficiência e eficácia.

c) Máxima eficiência.

A correlação certa dos dois agrupamentos é:

a) Ic; IIa; IIIb.

b) Ib; IIa; IIIc.

c) Ia; IIc; IIIb.

d) Ib; IIc; IIIa.

e) Ic; IIb; IIIa.

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Letra e.

I – Administração Científica (Taylor) - máxima eficiência (a preocupação era com os

“meios” para se fazer - atividade meio).

II – Neoclássica – eficiência (meios de se chegar ao fim) e eficácia (fim, resulta-

dos), A abordagem neoclássica enfatiza a atividade fim, mas não se descuida dos

meios (preocupação dual).

III – Relações Humanas - satisfação do operário (essa abordagem preconizava a

ideia de que o homem não era uma máquina).

Questão 36    (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALESE/2018) A Teoria de Adminis-

tração que enfatiza a influência da liderança informal sobre o comportamento das

pessoas é a

a) das Relações Humanas.

b) Clássica.

c) de Administração Científica.

d) Neoclássica.

e) por Objetivos.

Letra a.

Como vimos, a abordagem humanista contrariou vários postulados da abordagem

clássica de Fayol e da Administração Científica de Taylor. A ênfase na estrutura e

nas tarefas foi substituída pela ênfase nas pessoas.

Características das Relações Humanas:

• Nível de produção é resultante da integração social: a capacidade física não

terá eficiência se o indivíduo sofrer desajuste social.

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• Comportamento social dos indivíduos: o comportamento do indivíduo se apoia

totalmente no grupo.

• Recompensas ou sanções sociais: o operário que produzir acima ou abaixo da

média do grupo, perderia o respeito perante seus colegas.

• Grupos informais: definem suas próprias normas dentro do grupo.

• Relações Humanas: ações e atitudes desenvolvidas pelo contato entre pesso-

as e grupos.

• Importância do conteúdo do cargo: trabalhos simples e repetitivos, tornam-

-se monótonos e cansativos, reduzindo a eficiência.

• Ênfase nos aspectos emocionais: organização informal.

Questão 37    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF 4ª REGIÃO/2010) Na forma parti-

cipativa de formulação de objetivos, subordinado e chefe formulam juntos os obje-

tivos a serem cumpridos pelo subordinado, cuja forma está dentro da abordagem

intitulada Administração por Objetivos (APO) e gera maior motivação por parte dos

indivíduos. Os objetivos, no entanto,

a) devem estar alinhados à descrição de cargos, gerando assim maior congruência

entre aquilo que é realizado versus aquilo que é sugerido pela área de recursos

humanos, por meio da análise e definição das atividades descritas.

b) devem ser registrados formalmente, visando desafiar o funcionário a buscar

resultados diferenciados e sempre em grau superior aos seus colegas de trabalho.

c) geram maior competitividade no ambiente de trabalho, o que faz com que cada

colaborador coloque em prática todo o seu potencial presente.

d) devem refletir exatamente aquilo que o chefe julga adequado que o funcionário

realize num dado período, deixando claras as penalidades que receberá caso não

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cumpra tais metas de trabalho; talvez aqui esteja o maior ganho do APO, que é a

transparência na comunicação.

e) não devem ser nem muito audaciosos, que seja impossível alcançá-los, nem

muito estreitos, cujo alcance seja fácil em demasia.

Letra e.

A alternativa certa deve enfatizar a formulação de objetivos na Administração por

Objetivos.

Para Chiavenato (1999)4, a Administração por Objetivos (APO) é um estilo de ad-

ministração que enfatiza o estabelecimento conjunto de objetivos tangíveis,

verificáveis e mensuráveis.

Assim, o estabelecimento de objetivos, embora devam ser desafiadores, também

devem ser realistas. Nesse mesmo sentido, os objetivos conferem um sentido real

à direção, aos propósitos; logo, não devem ser demasiadamente fáceis.

Questão 38    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 3ª REGIÃO/2009) A Administra-

ção por Objetivos (APO) é uma técnica de direção de esforços por meio do plane-

jamento e controle administrativo fundamentada no princípio de que, para atingir

resultados, a organização precisa

a) ajustar seu modelo de remuneração para um modelo flexível que preveja o pa-

gamento de bônus e/ou participação nos resultados.

b) analisar o potencial de sua equipe visando garantir o alcance dos resultados a

serem atingidos.

4
CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

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c) analisar o risco legal da implantação deste sistema frente às exigências do sin-

dicato.

d) definir sua missão e valores, para que possa cobrar dos colaboradores uma ação

proativa em seus trabalhos.

e) definir, antes, em que negócio está atuando e aonde pretende chegar.

Letra e.

A APO surgiu na década de 1950, através da publicação do livro de Peter F. Drucker,

no qual caracteriza pela primeira vez a Administração por Objetivos. A Adminis-

tração por Objetivos ou Administração por Resultados constitui um modelo admi-

nistrativo bastante difundido e plenamente identificado com o espírito pragmático

e democrático da Teoria Neoclássica.

Segundo Drucker, a APO é uma técnica de direção de esforços por meio do plane-

jamento e controle administrativo fundamentada no princípio de que, para atingir

resultados, a organização precisa antes definir em que negócio está atuando e aon-

de pretende chegar. Inicialmente se estabelecem os objetivos anuais da empresa,

formulados na base de um plano de objetivos a longo prazo. Escolhidos e fixados

os objetivos organizacionais a serem alcançados, o próximo passo é saber como

alcançá-los, isto é, estabelecer a estratégia empresarial a ser utilizada para melhor

alcançar aqueles objetivos.

Questão 39    (VUNESP/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO/UFABC/2019) Modelo

desenvolvido por Peter Drucker na década de 1950, a gestão por resultados tem

enfoque em

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a) funções.

b) eficiência.

c) produtividade.

d) projetos.

e) objetivos.

Letra e.

Mais uma vez, destacamos que a Administração por Objetivos é uma técnica de di-

reção de esforços por meio do planejamento e controle administrativo fundamenta-

da no princípio de que, para atingir resultados, a organização precisa antes definir

em que negócio está atuando e aonde pretende chegar.

Inicialmente se estabelecem os objetivos anuais da empresa, formulados na base

de um plano de objetivos a longo prazo. Escolhidos e fixados os objetivos organi-

zacionais a serem alcançados, o próximo passo é saber como alcançá-los, isto é,

estabelecer a estratégia empresarial a ser utilizada para melhor alcançar aqueles

objetivos.

Fique atento(a): Peter Drucker é considerado o “pai” da APO!

Questão 40    (VUNESP/ASSISTENTE/CÂMARA MUNICIPAL DE JABO/2015) Muitas

organizações modernas buscam melhorar o seu desempenho estabelecendo metas,

alvos ou finalidades para as várias unidades de forma a determinar os resultados

que elas deverão alcançar. Definidos de forma mensurável, quantificados numeri-

camente e com tempos predeterminados, esses resultados passam a determinar os

procedimentos da organização. Esse tipo de esforço obedece aos princípios

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a) da Administração Contingencial.

b) do Behaviorismo.

c) da Organização Científica do Trabalho (OCT).

d) da Administração por Objetivos (APO).

e) da Teoria Burocrática.

Letra d.

A Administração por Objetivos (APO) ou Administração por Resultados (APR) surge

em 1954 por intermédio dos postulados do austríaco Peter Ferdinand Drucker, con-

siderado por muitos como o pai da APO.

Em sua definição, a APO é uma técnica de direção de esforços por meio do plane-

jamento, organização, direção e controle administrativo fundamentada no princípio

de que, para atingir resultados, a organização precisa antes definir em que negócio

está atuando e aonde pretende chegar.

Inicialmente se estabelecem os objetivos anuais da empresa, formulados na base

de um plano de objetivos a longo prazo. Escolhidos e fixados os objetivos organi-

zacionais a serem alcançados, o próximo passo é saber como alcançá-los, isto é,

estabelecer a estratégia empresarial a ser utilizada para melhor alcançar aqueles

objetivos.

Vejamos as características da APO na clara explanação de Idalberto Chiavenato5:

• A APO é um processo pelo qual gerentes e subordinados identificam objetivos

comuns, definem as áreas de responsabilidade de cada um em termos de re-

sultados esperados e utilizam esses objetivos como guias para sua atividade.

• A APO é um método no qual as metas são definidas em conjunto pelo gerente

e seus subordinados, as  responsabilidades são especificadas para cada um

5
CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

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em função dos resultados esperados, que passam a constituir os indicadores

ou padrões de desempenho sob os quais ambos serão avaliados. Analisan-

do o resultado final, o desempenha do gerente e do subordinado podem ser

objetivamente avaliados e os resultados alcançados são comparados com os

resultados esperados.

• O estabelecimento de objetivos, embora devam ser desafiadores, também

devem ser realistas. Nesse mesmo sentido, os objetivos conferem um sentido

real à direção, aos propósitos; logo, não devem ser demasiadamente fáceis.

• Embora tenha um passado autocrático, a APO funciona hoje com uma abor-

dagem amigável, democrática e participativa. Ela serve de base para os no-

vos esquemas de avaliação do desempenho humano, remuneração flexível

e, sobretudo, para a compatibilização entre os objetivos organizacionais e os

objetivos individuais das pessoas.

Questão 41    (VUNESP/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2014) A administração por

resultados constitui um modelo administrativo identificado com o espírito pragmá-

tico e democrático da Teoria Neoclássica. Um enunciado escrito a respeito de resul-

tados quantificados, difíceis, relevantes e compatíveis a serem alcançados em um

período determinado indica o conceito de

a) imagem da organização.

b) papel gerencial.

c) objetivo.

d) satisfação.

e) enfoque sistêmico.

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Letra c.

Para nos localizarmos no contexto da questão, é preciso entender que a teoria Ne-

oclássica vislumbrava a administração como um processo de aplicação de princípios

e de funções para o alcance dos objetivos.

As principais características da Teoria Neoclássica, segundo Chiavenato (2003)6,

são as seguintes:

1. Ênfase na prática da administração.

2. Reafirmação dos postulados clássicos.

3. Ênfase nos princípios gerais de administração.

4. Ênfase nos objetivos e nos resultados.

5. Ecletismo nos conceitos.

Voltando à questão, a “Administração por Resultados ou por Objetivos” é um mo-

delo de administração por meio do qual as gerências de uma organização estabe-

lecem metas para suas administrações, em consonância com as metas gerais da

organização.

Nesse sentido, um objetivo é um enunciado escrito sobre resultados a serem al-

cançados em um período determinado. Diz Idalberto Chiavenato que o objetivo

deve ser específico, mensurável, claro e basear-se em dados concretos: o que,

quanto, quando. Ainda, o objetivo deve ser difícil de ser atingido, requerendo

um esforço especial, mas não a ponto de ser impossível. Daí a correção da

letra C.

Questão 42    (VUNESP/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2014) A respeito do ciclo

contínuo da APO, é certo afirmar que a fase de

6
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administra-
ção das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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a) fixação dos objetivos globais da empresa é precedida pela fixação dos objetivos

departamentais para o ano e promove o desdobramento do plano tático em planos

operacionais.

b) revisão nos planos ou alteração nos objetivos departamentais é precedida por

desdobramento do plano tático em planos operacionais e promove a fixação dos

objetivos departamentais para o ano.

c) elaboração do plano tático do departamento é precedida pela fixação dos obje-

tivos departamentais para o ano e promove a elaboração do planejamento estra-

tégico.

d) avaliação dos resultados alcançados em comparação com os objetivos departa-

mentais é precedida pela fixação dos objetivos departamentais para o ano e pro-

move a revisão nos planos ou alteração nos objetivos departamentais.

e) elaboração do plano tático do departamento é precedida pela fixação dos obje-

tivos departamentais para o ano e promove o desdobramento do plano tático em

planos operacionais.

Letra e.

Como vimos, a APO (Administração Por Objetivos) é um método no qual as metas

são definidas em conjunto entre administrador e seu superior, as responsabilidades

são especificadas para cada posição em função dos resultados esperados, que pas-

sam a integrar os padrões de desempenho sob os quais os gerentes são avaliados.

Na APO, temos um ciclo que envolve as seguintes etapas:

1 - Fixação dos objetivos globais da empresa;

2 - Elaboração do planejamento estratégico;

3 - Fixação dos objetivos departamentais para o ano;

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4 - Elaboração do plano tático do departamento;

5 - Desdobramento do plano tático em planos operacionais;

6 - Avaliação dos resultados alcançados em comparação com os objetivos depar-

tamentais;

7 - Revisão nos planos ou nos objetivos departamentais; e

8 - Avaliação dos recursos alcançados em comparação com os objetivos departa-

mentais.

Temos, portanto, uma sequência bastante lógica e que envolve uma relação do tipo

top/down (de cima para baixo). Daí, apenas a alternativa E está certa, já que em

todas as outras os objetivos estão alterados e em ordem errada.

Questão 43    (VUNESP/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2014) Quando são avalia-

dos os critérios para a escolha dos objetivos que devem ser estabelecidos de acor-

do com a prioridade e contribuição para o alcance dos resultados-chave da empre-

sa, observa-se o fenômeno dos esforços que mais se separam do que se conjugam,

tendendo a sair do sistema. Esse fenômeno é denominado

a) Sinergismo.

b) Sistema Centrífugo de Esforços.

c) Indicador de Tipos de Myers-Briggs.

d) Efeito Halo.

e) Subobjetivação.

Letra b.

A questão se baseia nas características da Administração Por Objetivos (APO) e seu

enunciado trata, especificamente, das tendências que cada área da organização

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tem em maximizar seus objetivos, não observando os objetivos gerais, que englo-

bam os resultados da organização como um todo.

Nesse sentido, essa maximização de objetivos (subobjetivação) departamental

pode ser um esforço que anula os objetivos de outras áreas. Essas ações levam a

organização a um sistema centrífugo de esforços, segundo Chiavenato (2001)7.

O termo “centrífugo” aplicado aqui expressa uma tendência de os objetivos depar-

tamentais se afastarem dos objetivos globais.

Por sua vez, a correção desse efeito ocorre por meio do sinergismo (letra A), que

seria não a soma de objetivos, mas a multiplicação desses, ou seja, a combinação

de objetivos departamentais para o resultado de objetivos organizacionais (glo-

bais).

Portanto, a resposta é a letra B.

Sobre a letra C, o Indicador de Tipos de Myers-Briggs é um teste de personalidade.

Sobre a letra D, o efeito halo é considerado um dos erros de avaliação; é um efeito

que produz generalização: se o avaliado recebe bom em um fator, provavelmente

receberá bom em todos os demais fatores.

Questão 44    (VUNESP/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2014) Representa(m) uma

característica do período administrativo pós APO:

a) ênfase ao dinheiro, às máquinas e aos materiais.

b) controle centralizado, funcional e tecnocrático.

c) diretrizes e supervisão.

d) individualismo.

e) delegação e responsabilidade.

7
CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

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Letra e.

A Administração Por Objetivos (APO) difundiu-se como um processo participativo

de estabelecimento de objetivos e avaliação do desempenho entre organização e

pessoas. Daí ser chamada também de Administração Participativa, o que nos leva

ao gabarito da questão.

Esse processo participativo substitui o processo hierárquico, no qual o chefe sim-

plesmente define os objetivos e os transmite pela cadeia de comando abaixo, para

depois avaliar o desempenho da equipe.

A APO apresenta as seguintes características:

• Estabelecimento conjunto de objetivos entre o gerente e o seu superior.

• Estabelecimento de objetivos para cada departamento ou posição.

• Interligação entre os vários objetivos departamentais.

• Ênfase na mensuração e no controle de resultados.

• Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos.

• Participação atuante das gerências e dos subordinados.

• Apoio intensivo do staff.

Questão 45    (VUNESP/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2014) A APO envolve um

comportamento cíclico, de tal forma que o resultado de um ciclo permite correções

e ajustamentos no ciclo seguinte, por meio da retroação proporcionada pela avalia-

ção de resultados. Esse ciclo costuma corresponder ao

a) exercício fiscal da empresa.

b) mesmo período do ciclo produtivo.

c) mesmo período de reposição de recursos produtivos.

d) giro de estoques.

e) prazo médio de pagamento dos financiamentos de curto e médio prazos.

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Letra a.

A Administração Por Objetivos é um modelo de administração por meio do qual

as gerências de uma organização estabelecem metas para suas administrações,

no início de cada período, de preferência coincidindo com o exercício fiscal

da empresa, em consonância com as metas gerais da organização, fixadas pelos

acionistas, por meio da diretoria (CHIAVENATO, 20038). Daí a correção da letra A.

Na APO, temos um ciclo que envolve as seguintes etapas:

1. Fixação dos objetivos globais da empresa;

2. Elaboração do planejamento estratégico;

3. Fixação dos objetivos departamentais para o ano;

4. Elaboração do plano tático do departamento;

5. Desdobramento do plano tático em planos operacionais;

6. Avaliação dos resultados alcançados em comparação com os objetivos departa-

mentais;

7. Revisão nos planos ou nos objetivos departamentais;

8. Avaliação dos recursos alcançados em comparação com os objetivos departa-

mentais.

Questão 46    (VUNESP/ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS/CMSC/2013) Com o

objetivo de minimizar problemas que existiam na avaliação de desempenho que se

baseava, fundamentalmente, em traços dos indivíduos, surge uma técnica em que

avaliador e avaliado negociam uma ou mais metas, observáveis e mensuráveis,

a serem atingidas em determinado espaço de tempo, e documentam esse “con-

trato” a fim de que seja verificado seu cumprimento ao longo do espaço de tempo

8
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administra-
ção das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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acordado. Essa técnica é parte integrante e fundamental do modelo de gestão co-

nhecido por

a) Contrato de Gestão – CG.

b) Administração por Objetivos – APO.

c) Gestão de Metas – GM.

d) Contrato Social – CS.

e) Administração por Compartilhamento – APM.

Letra b.

A questão trata da Administração por Objetivos - APO.

A Administração por Objetivos (APO) ou Administração por Resultados (APR) sur-

ge em 1954 por intermédio dos postulados do austríaco Peter Ferdinand Drucker,

considerado por muitos como o pai da APO. Em sua definição, a APO é uma técnica

de direção de esforços por meio do planejamento, organização, direção e contro-

le administrativo fundamentada no princípio de que, para atingir resultados,

a organização precisa antes definir em que negócio está atuando e aonde

pretende chegar.

Inicialmente se estabelecem os objetivos anuais da empresa, formulados na base de

um plano de objetivos a longo prazo. Escolhidos e fixados os objetivos organizacionais

a serem alcançados, o próximo passo é saber como alcançá-los, isto é, estabelecer a

estratégia empresarial a ser utilizada para melhor alcançar aqueles objetivos.

Questão 47    (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALERN/2013) As características das

escolas de Administração Científica, Recursos Humanos e Estruturalista são, res-

pectivamente,

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a) o reconhecimento dos conflitos organizacionais, a múltipla abordagem da orga-

nização e a proposição de recompensas materiais e sociais.

b) o estudo de tempos e movimentos, a divisão do trabalho e a remuneração de

acordo com a produção.

c) o controle do desenvolvimento do trabalho, a ênfase nos aspectos emocionais e

a organização informal.

d) a proposição de recompensas não-materiais, o comportamento social dos traba-

lhadores e a importância do conteúdo dos cargos e tarefas.

e) a organização racional do trabalho, o estudo de grupos informais e a burocracia.

Letra e.

Vamos classificar as características listadas nas alternativas:

a) o reconhecimento dos conflitos organizacionais (ESCOLA COMPORTAMENTAL),

a múltipla abordagem da organização (ESCOLA ESTRUTURALISTA) e a proposição

de recompensas materiais e sociais (ESCOLA ESTRUTURALISTA).

b) o estudo de tempos e movimentos (ESCOLA CIENTÍFICA), a divisão do trabalho

(ESCOLA CLÁSSICA) e a remuneração de acordo com a produção (ESCOLA CLÁS-

SICA).

c) o controle do desenvolvimento do trabalho (ESCOLA CLÁSSICA), a ênfase nos

aspectos emocionais (ESCOLA DOS RECURSOS HUMANOS) e a organização infor-

mal (ESCOLA ESTRUTURALISTA).

d) a proposição de recompensas não-materiais (ESCOLA DOS RECURSOS HUMA-

NOS), o comportamento social dos trabalhadores (ESCOLA DOS RECURSOS HUMA-

NOS) e a importância do conteúdo dos cargos e tarefas (ESCOLA DOS RECURSOS

HUMANOS).

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e) a organização racional do trabalho (ESCOLA CIENTÍFICA), o estudo de grupos

informais (ESCOLA DOS RECURSOS HUMANOS) e a burocracia (ESCOLA ESTRUTU-

RALISTA).

A Administração Científica (Taylor) tinha em sua essência o intuito de aplicar

a ciência à administração. Possuía ênfase nas tarefas, buscando a eliminação do

desperdício, da ociosidade operária e a redução dos custos de produção. Com o

objetivo de garantir uma melhor relação custo/benefício aos sistemas produtivos

das empresas da época.

A Administração Humanista da teoria organizacional contrariou vários postula-

dos da abordagem clássica de Fayol e da Administração Científica de Taylor. A Teo-

ria das Relações Humanas, surgiu nos estados unidos como consequência imediata

das conclusões obtidas na Experiência em Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo

e seus colaboradores.

A Administração Estruturalista surge da necessidade de visualizar a organiza-

ção com uma unidade social, ou seja, uma unidade grande e complexa, onde inte-

ragem grupos sociais que compartilham alguns dos objetivos da organização, mas

que pode incompatibilizar com outros.

Questão 48    (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRF 5ª REGIÃO/2013) A teoria admi-

nistrativa que se relaciona à múltipla abordagem com enfoque na organização for-

mal e informal e análise Intraorganizacional e Interorganizacional é denominada

a) Clássica.

b) da Burocracia.

c) do Comportamento.

d) da Contingência.

e) Estruturalista.

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Letra e.

O quadro abaixo, adaptado de Chiavenato (1998)9, sintetiza o desenvolvimento da

Administração e suas teorias. Observe:

ÊNFASE TEORIA ENFOQUE


Nas tarefas Administração Científica Racionalização do trabalho no nível operacional
(1903)
Na estrutura Clássica (1916) e Organograma formal, princípios gerais da Adminis-
Neoclássica (1954) tração, funções do Administrador
Burocracia Organização formal burocrática e racionalidade orga-
(1909) nizacionais.
Estruturalista Múltipla abordagem: Organização formal e informal,
(1947) análise intraorganizacional e análise interorganiza-
cional.
Nas pessoas Relações Humanas Organização informal, motivação, liderança, comuni-
(1932) cações e dinâmica de grupo.
Comportamental Estilos de Administração, teoria das decisões, inte-
(1957) gração dos objetivos organizacionais e do indivíduo.
Desenvolvimento Mudança organizacional planejada, abordagem de
Organizacional sistema aberto.
(1962)
No ambiente Estruturalista Análise intraorganizacional e análise ambiental, abor-
(1947) dagem de sistema aberto.
Contingência Análise ambiental (imperativo ambiental), aborda-
(1972) gem de sistema aberto.
Na tecnologia Contingência Administração da tecnologia (imperativo tecnológico)
(1972)

Assim, A teoria administrativa que se relaciona à múltipla abordagem com enfoque

na organização formal e informal e análise Intraorganizacional e Interorganizacio-

nal é denominada Estruturalista.

9
CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração: abordagens descritivas e explicativas. 5. ed. São
Paulo: Makron Books, 1998.

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Questão 49    (FCC/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PGM TERESINA/2016) Sobre

a abordagem Estruturalista, considere:

I – O Estruturalismo é um método analítico comparativo, no qual o conceito de

Sistema é relevante, pois o “todo” é maior que a mera soma das “partes”.

II – O principal foco da perspectiva Estruturalista Fenomenológica recai acerca

da racionalidade instrumental, na qual processa-se uma equação dinâmica

entre “meios e fins”.

III – A base da Burocracia deriva-se do Estruturalismo Concreto, pois considera a

estrutura a própria definição do objeto, desse modo o conjunto de relações

sociais constitui uma estrutura a ser analisada.

IV – Dentre as desvantagens da estrutura burocrática, destaca-se a aversão ao

clientelismo, portanto, evita-se a discrepância entre o modelo organizacional

formal e as práticas informais.

Está certo o que consta APENAS em

a) II e III.

b) III e IV.

c) I e IV.

d) II, III e IV.

e) I e II.

Letra e.

O item I está certo. O estruturalismo considera os fenômenos ou elementos com

referência a uma totalidade. Simplificando, os conjuntos que interessam ao estru-

turalista apresentam como característica básica o fato de que o todo é maior do que

a simples soma das partes.

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No fundo, a ideia de integração dos elementos em uma totalidade, como apregoa

o estruturalismo, é a mesma ideia básica que sustenta a teoria dos sistemas: a

compreensão da interdependência recíproca das organizações e da consequente

necessidade de integração.

O item II está certo. Estruturalismo fenomenológico?! Vamos lá!

O estruturalismo pode ser organizado em quatro grupos, quais sejam:

• Estruturalismo abstrato – Considera que a estrutura não se relaciona com

a realidade, mas com os modelos construídos em função dela. Por exem-

plo, as relações sociais apenas permitem a manifestação da estrutura social,

e não a sua construção.

• Estruturalismo concreto – Considera que a estrutura é a definição do objeto.

Ou seja, de forma contrária à ideia do estruturalismo abstrato, as relações so-

ciais, num determinado momento, permitiria a construção de uma estrutura.

• Estruturalismo fenomenológico – Considera a estrutura como um conjunto

que tem um sentido e que, ao mesmo tempo, constitui-se, altera-se ou se

reorganiza.

• Estruturalismo dialético – Considera que as partes surgem ao longo do desen-

volvimento do todo, como um episódio de sua história. É nessa perspectiva

que se posiciona o autor Max Weber, precursor da teoria burocrática.

Weber foi o primeiro autor que analisou as organizações sob uma perspectiva es-

truturalista fenomenológica. A preocupação central da teoria das organizações por

ele desenvolvida tinha como ponto central a racionalidade, entendida em termos de

equação dinâmica entre meios e fins.

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O item III está errado. A base da Burocracia deriva-se do Estruturalismo Dialético,

ou seja, considerando que as partes surgem ao longo do desenvolvimento do todo.

As partes são a soma de um todo!

O item IV está errado. A aversão ao clientelismo é uma vantagem da burocracia,

e não uma desvantagem. O clientelismo faz confusão entre a organização formal e

as práticas informais, privadas.

Questão 50    (FCC/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO

PAULO/2008) Max Weber é considerado como um dos mais influentes precursores

de diversas teorias das organizações. Nesse sentido, considere:

I – Weber desenvolveu uma teoria das organizações formais, fundamentada em

um modelo mecanicista, mais próxima das teorias clássicas.

II – A teoria das organizações de Weber é baseada na articulação entre organi-

zação formal e informal.

III – A teoria weberiana das organizações se aproxima mais da teoria clássica das

organizações, pois enfatiza a eficiência e a hierarquia.

IV – A teoria estruturalista das organizações diferencia-se da abordagem webe-

riana por enfatizar a relação entre análise intraorganizacional e interorgani-

zacional.

V – A teoria weberiana das organizações aproxima-se mais das abordagens hu-

manistas, pois enfatiza o comportamento efetivo das pessoas na organiza-

ção.

Está certo o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

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c) I, III e IV.

d) II, III e V.

e) II, IV e V.

Letra c.

Vamos analisar cada item da questão.

O item I está certo.

O modelo burocrático focaliza somente os aspectos formais das organizações,

adotando um modelo mecanicista (com estrutura hierárquica mais rígida, fun-

ções especializadas e procedimentos formais), próximo das concepções da Admi-

nistração Científica de Taylor e da Teoria Clássica de Fayol.

O item II está errado.

Como já afirmado, o modelo burocrático weberiano não se preocupa com a orga-

nização informal, mas tão somente com a organização formal.

A teoria das organizações que é baseada na articulação entre organização formal

e informal é a teoria estruturalista, com uma múltipla abordagem envolvendo a

organização formal e a organização informal.

O item III está certo.

De fato, tanto a teoria burocrática quanto a teoria clássica enfatizam a eficiência

(custos) e a hierarquia (autoridade).

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Na teoria clássica temos a preocupação básica em aumentar a eficiência da em-

presa por meio da forma e disposição dos órgãos componentes da organização

(departamentos) e de suas inter-relações estruturais (hierarquia).

Da mesma forma, a teoria burocrática está baseada na racionalidade, ou seja,

os meios devem ser analisados e estabelecidos de maneira totalmente formal

e impessoal, a fim de alcançarem os fins pretendidos (eficiência). Ainda, uma

organização burocrática é, essencialmente, uma divisão sistêmica do trabalho de

forma que cada um possui cargos e funções específicas, de competências e res-

ponsabilidades distintas. Cada membro do processo deve saber exatamente qual

posição ocupa e que trabalho realiza (hierarquia).

O item IV está certo.

A teoria estruturalista apresenta uma concepção mais eclética que a teoria buro-

crática. Assim, por exemplo, enquanto a teoria burocrática enfatiza os aspectos

intraorganizacionais, a teoria estruturalista introduzia os estudos sobre o ambien-

te, dando relevância também aos aspectos interorganizacionais.

A organização formal e a organização informal são evidenciadas na teoria

estruturalista. Na verdade, visualiza uma abordagem múltipla da teoria clássi-

ca (ênfase na organização formal) e da teoria das relações humanas (ênfase na

organização informal), tentando estabelecer um estudo entre ambas as teorias.

No fundo, a ideia de integração dos elementos em uma totalidade, como apregoa

o estruturalismo, é a mesma ideia básica que sustenta a teoria dos sistemas: a

compreensão da interdependência recíproca das organizações e da consequente

necessidade de integração.

O item V está errado.

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O modelo burocrático se aproxima mais da teoria clássica, e não da teoria das re-

lações humanas, cujo foco está nas pessoas e nos grupos que elas formam dentro

das organizações.

Questão 51    (FCC/ANALISTA DE CONTROLE/TCE-PR/2011) Introduz transforma-

ções na personalidade dos seus participantes que levam à rigidez, às dificuldades

no atendimento aos clientes e à ineficiência, transformações essas responsáveis

pelo que chama de disfunções ou consequências imprevistas.

Na frase acima Merton está se referindo à estrutura

a) burocrática.

b) de cooptação.

c) coercitiva.

d) ideológica.

e) moderna.

Letra a.

A questão aborda as chamadas disfunções do modelo burocrático, daí a corre-

ção da alternativa A.

Aprendemos que, um entendimento bastante utilizado pelas bancas, é o de que a

burocracia não é entendida pelo senso popular em seu aspecto verdadeiro. O con-

ceito popular de burocracia é sinônimo de estagnação, excesso de papelório, apego

dos funcionários aos regulamentos e rotinas, causando ineficiência à organização.

No entanto, para Max Weber, a burocracia é a organização eficiente por excelência.

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Mas, é de se notar que, de fato, esses pontos negativos existem na burocracia, mas

não na sua ideia inicial. Isso acabou por se tornar suas deficiências, mais conhe-

cidas como as disfunções burocráticas ou buropatologias.

Logo, a frase de Merton está se referindo à estrutura burocrática.

Questão 52    (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 6ª REGIÃO/2012) Para a consecu-

ção de fins organizacionais é preciso organizar a atividade humana de modo está-

vel. Trata-se do objetivo da

a) cultura organizacional.

b) produtividade.

c) dependência de recursos.

d) burocracia.

e) relacionalidade.

Letra d.

Segundo seus defensores e teóricos, a burocracia é uma solução organizacional que

tenta evitar a arbitrariedade, o confronto entre indivíduos e grupos e os abusos de

poder. Seu objetivo é o de organizar a atividade humana de modo estável

para a consecução de fins organizacionais explícitos.

Questão 53    (FCC/GESTOR PÚBLICO/SEAD-PI/2013) Considere as seguintes afir-

mações sobre as características da abordagem burocrática do pensamento admi-

nistrativo:

I – Regras e normas técnicas claramente definidas, bem como os instrumentos

necessários de coerção e limitação do seu uso.

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II – Divisão do trabalho bem definida e sistemática, com áreas específicas de

competência e atribuição ao responsável da necessária autoridade.

III – Concentração da administração na figura do proprietário, constituindo coro-

lário da aplicação da hierarquia.

Está certo o que consta em

a) I, II e III.

b) I e III, apenas.

c) II e III, apenas.

d) I e II, apenas.

e) II, apenas.

Letra d.

O autor Weber (1966)10 cita como categorias fundamentais da autoridade racional-

-legal burocrática:

• Uma organização contínua de cargos delimitados por normas;

• Uma área específica de competência, o que implica em: uma esfera de obri-

gações no desempenho das funções, diferenciadas como parte de uma siste-

mática divisão do trabalho; atribuição ao responsável da necessária auto-

ridade para desempenho das funções; e definição clara dos instrumentos

necessários de coerção e limitação de seu uso a condições definidas.

Uma unidade organizada de tal forma que no exercício da autoridade será

denominado órgão administrativo.

10
WEBER, M. Os fundamentos da organização burocrática. In: CAMPOS, Edmundo (Org.). Sociologia da buro-
cracia. Rio de Janeiro: Zahar, 1966. p. 16-27.

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• A organização dos cargos obedece ao princípio da hierarquia, na qual cada

cargo inferior se encontra sob o controle e supervisão do superior. As normas

que regulam o exercício de um cargo podem ser regras técnicas ou normas.

Em ambos os casos, na busca da racionalidade, torna-se imprescindível a es-

pecialização, ou seja, para o membro de um quadro administrativo exige-se

preparo técnico adequado.

• Os membros do quadro administrativo, por princípio, devem estar comple-

tamente separados da propriedade dos meios de produção e administração.

• Há completa ausência de apreciação do cargo pelo ocupante. “Direitos”

ao cargo, como no caso dos juízes, não servem ao propósito de apropriação

por parte do funcionário, mas ao de garantir o caráter puramente obje-

tivo e independente da conduta no cargo, de modo a ser orientada

pelas normas pertinentes.

• Atos administrativos, decisões, normas, são formulados e registrados em do-

cumentos, mesmo nos casos em que a discussão oral é a regra. A combinação

de documentos com uma organização contínua de funções constitui o bureau,

núcleo de todos os tipos de atividade moderna das associações.

Portanto, temos que as afirmações dos itens I e II estão certas e a afirmação do

item III está errada.

Questão 54    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 18ª REGIÃO/2013) O modelo bu-

rocrático de Max Weber é um modelo organizacional disseminado nas administra-

ções durante o século XX em todo o mundo. O modelo burocrático é atribuído a Max

Weber porque o sociólogo alemão analisou e sintetizou suas principais característi-

cas. NÃO corresponde a essas características o que está expresso em

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a) caráter racional e divisão do trabalho.

b) hierarquia de autoridade.

c) impessoalidade nas relações.

d) relação de coesão ou de antagonismo.

e) caráter formal das comunicações.

Letra d.

O modelo burocrático, apresenta as seguintes principais características:

Caráter legal das normas e regulamentos - É baseada em uma legislação pró-

pria com uma estrutura social razoavelmente organizada. Desta maneira, economi-

zam esforços e possibilitam a padronização dentro da organização.

Caráter formal das comunicações - A comunicação escrita é uma das principais

peças da burocracia. As regras, decisões e ações administradas são formuladas e

registradas por escrito.

Caráter racional e divisão de trabalho - Essa divisão sistemática ocorre para

estabelecer as atribuições de cada participante, os meios de obrigatoriedade e as

condições necessárias.

Impessoalidade nas relações - Essa distribuição de atividades é feita de forma

impessoal, ou seja, é feita em termos de cargas e funções e não de pessoas en-

volvidas; a administração burocrática é realizada sem considerar as pessoas como

pessoas, mas como ocupantes de cargos e funções; a burocracia precisa garantir

sua continuidade ao longo do tempo: as pessoas vêm e vão, os cargos e funções

permanecem.

Hierarquia da autoridade - Estabelece os cargos segundo os princípios da hie-

rarquia: cada cargo inferior deve estar sobre controle e supervisão de um posto

superior.

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Rotina e procedimentos estandardizados - É uma organização que fixa as re-

gras e normas técnicas para o desempenho de cada cargo, cujas atividades devem

ser executadas de acordo com as rotinas e procedimentos fixados pelas regras e

normas técnicas.

Competência técnica e meritocracia - É uma organização na qual a escolha

das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica e não em preferências

pessoais.

Especialização da administração - Deve haver a separação entre a propriedade

e a administração, ou seja, os membros do corpo administracional devem estar

completamente separados dos meios de produção.

Profissionalização dos participantes - Cada funcionário da burocracia é um

profissional pelas seguintes razões: deve ser um especialista, um assalariado, um

ocupante de cargo, ser nomeado por um superior hierárquico, seu mandado será

por tempo indeterminado, segue carreira dentro da organização, é fiel ao cargo e

se identifica com os objetivos da empresa.

Completa previsibilidade do funcionamento - As normas e regulamentos de

uma organização são estabelecidos para padronizar o comportamento do funcioná-

rio, a fim de atingir a máxima eficiência possível.

Logo, as letras A, B, C e E estão certas.

A letra D se refere a uma das características da organização informal (Teoria

das Relações Humanas): as pessoas em associação com as outras, situadas em

diferentes níveis de setores da empresa, criam relações pessoais de simpatia (de

identificação) ou de antagonismo (de antipatia).

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Questão 55    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-RR/2015) As sociedades moder-

nas são constituídas de organizações, que podem ser formais ou não. Quanto às

organizações formais modernas ou burocracias, para distingui-las das organizações

ou grupos informais, elas apresentam como características principais,

a) formalização das comunicações, impessoalidade nos relacionamentos e profis-

sionalismo como critério de contratação e de promoção.

b) estrutura organizacional formada por níveis hierárquicos rígidos, regras implíci-

tas e individualismo.

c) divisão de trabalho coordenada para reunir, unificar e harmonizar as atividades

da organização, previstas nos fluxogramas.

d) departamentalização por função, que define as responsabilidades dos servidores

individualmente e como integrantes de um grupo.

e) são coercitivas, utilitárias e normatizadas.

Letra a.

A letra A é a alternativa que descreve certamente as características da teoria da

burocracia:

• Formalização das comunicações - A comunicação escrita é uma das prin-

cipais peças da burocracia. As regras, decisões e ações administradas são

formuladas e registradas por escrito. Com exceções, a burocracia abre mão

da utilização de formulários e papelórios.

• Impessoalidade nos relacionamentos - A distribuição de atividades é fei-

ta de forma impessoal, ou seja, é feita em termos de cargas e funções, e não

de pessoas envolvidas. A administração burocrática é realizada sem consi-

derar as pessoas como pessoas, mas como ocupantes de cargos e funções.

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A burocracia precisa garantir sua continuidade ao longo do tempo: as pesso-

as vêm e vão, os cargos e funções permanecem. É garantia para o exercício

isento da função.

• Profissionalismo – A burocracia é uma organização que se caracteriza pela

profissionalização de seus participantes. Cada funcionário da burocracia é um

profissional pelas seguintes razões: deve ser um especialista, um assalariado,

um ocupante de cargo, ser nomeado por um superior hierárquico, seu man-

dado será por tempo indeterminado, segue carreira dentro da organização,

é fiel ao cargo e se identifica com os objetivos da empresa.

Questão 56    (FCC/FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR/PROCON-MA/2017) A

crença na racionalidade técnica, na especialização funcional, na hierarquia e na es-

trutura formal constitui um ponto de intersecção entre as seguintes abordagens da

Teoria das Organizações:

a) clássica e burocrática.

b) burocrática e sistêmica.

c) clássica e sistêmica.

d) burocrática e comportamental.

e) estruturalista e sistêmica.

Letra a.

De fato, a abordagem clássica se caracteriza pela centralização e pelos diversos

níveis hierárquicos. Recordando da Teoria Clássica de Fayol, temos o foco na es-

trutura, desenhada para otimizar o trabalho, que era bem dividido, especializado e

hierarquizado.

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Questão 57    (FCC/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE/

ARTESP/2017) Considere as afirmativas abaixo sobre o Modelo de Sistema Buro-

crático:

I – Predomínio da interação horizontal sobre a vertical. Confiança e crença recí-

procas.

II – Participação e responsabilidade multigrupal, à luz dos conhecimentos dos

indivíduos sobre as tarefas da organização como um todo.

III – Alta centralização do processo de tomada de decisões, geralmente afeta os

níveis superiores. Pouca delegação.

IV – Cargos ocupados por especialistas, com atribuições sistematicamente defi-

nidas.

Está certo o que consta APENAS em

a) I e III.

b) III e IV.

c) II e IV.

d) I, II e III.

e) II, III e IV.

Letra b.

A afirmativa I está errada. No Modelo de Sistema Burocrático, há o predomínio da

interação vertical sobre a horizontal. A  reciprocidade em confiança e crença ine-

xiste. A verticalidade é exemplificada, por exemplo, na característica da hierarquia

da autoridade, que estabelece os cargos segundo os princípios da hierarquia: cada

cargo inferior deve estar sob controle e supervisão de um posto superior. Ainda,

a burocracia tem como característica a impessoalidade no relacionamento entre os

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funcionários, enfatizando os cargos e não as pessoas que os ocupam; daí a inexis-

tência de confiança e crença recíprocas.

A afirmativa II está errada. O Modelo de Sistema Burocrático não é participativo,

tampouco grupal. Prevalece o caráter de rotinas e procedimentos estandardizados.

A burocracia é uma organização que fixa as regras e normas técnicas para o de-

sempenho de cada cargo, cujas atividades devem ser executadas de acordo com as

rotinas e procedimentos fixados pelas regras e normas técnicas.

A afirmativa III está certa. A burocracia é centralizada, prevalecendo a hierarquia

de autoridade. A delegação é instrumento não presente no modelo, pois as normas

e regulamentos de uma organização são estabelecidos para padronizar o compor-

tamento do funcionário.

A afirmativa IV está certa. A burocracia é uma organização na qual a escolha das

pessoas é baseada no mérito e na competência técnica e não em preferências pes-

soais. Esses critérios universais são racionais e leva em conta a competência, o mé-

rito e a capacidade do funcionamento da relação ao cargo ou função considerada.

Questão 58    (VUNESP/ASSISTENTE/PRODEST/2014) Assinale a alternativa que

contempla o autor, inserido na história do pensamento administrativo, para o qual

a burocracia era considerada a forma mais eficiente de uma organização.

a) Frederick Winslow Taylor.

b) Jules Henri Fayol.

c) Helton George Mayo.

d) Henry Ford.

e) Max Weber.

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Letra e.

Max Weber é o idealizador do modelo burocrático de gestão. O modelo burocrático

define-se, basicamente, como o tipo de organização apta a realizar de modo efi-

ciente tarefas administrativas em grande escala, mediante trabalho racionalmente

organizado. Portanto, a burocracia entende a organização como o exercício efetivo

da autoridade “racional-legal”, que se fundamenta no império da lei e normas e na

racionalidade instrumental, prevendo a adequação dos meios organizacionais aos

fins desejados.

a) Frederick Winslow Taylor.

Administração Científica

b) Jules Henri Fayol.

Teoria Clássica

c) Helton George Mayo.

Teoria das Relações Humanas (Elton G. Mayo)

d) Henry Ford.

Escola da Administração Científica

Questão 59    (VUNESP/TÉCNICO/PRODEST/2014) O formalismo, a divisão do tra-

balho, a impessoalidade, a meritocracia, a previsibilidade e o profissionalismo ca-

racterizam a chamada Administração

a) Gerencial.

b) Contingencial.

c) Comportamental.

d) Burocrática.

e) Sistêmica.

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Letra d.

O modelo burocrático define-se, basicamente, como o tipo de organização apta

a realizar de modo eficiente tarefas administrativas em grande escala, mediante

trabalho racionalmente organizado. Portanto, a burocracia entende a organização

como o exercício efetivo da autoridade “racional-legal”, que se fundamenta no im-

pério da lei e normas e na racionalidade instrumental, prevendo a adequação dos

meios organizacionais aos fins desejados.

Assim o formalismo, a divisão do trabalho, a impessoalidade, a meritocracia, a previ-

sibilidade e o profissionalismo caracterizam a chamada Administração Burocrática.

Questão 60    (VUNESP/ANALISTA EM GESTÃO MUNICIPAL/PREF. SJC/2012) Or-

ganizar a atividade humana de modo estável para a consecução de fins organiza-

cionais explícitos é o objetivo da

a) burocracia.

b) produtividade.

c) dependência de recursos.

d) cultura e aprendizagem organizacional.

e) racionalidade.

Letra a.

A Teoria da Burocracia desenvolveu-se na Administração por volta da década de

1940, adotando as concepções formuladas anteriormente pelo economista e soci-

ólogo Max Weber.

Segundo essa teoria, a burocracia é uma forma ideal de organização humana

que se baseia na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos - a

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racionalidade - a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses

objetivos. Daí, diz-se que a Teoria da Burocracia se baseia na teoria do “homem

organizacional”.

Perceba que a letra E destaca a racionalidade. Ocorre que o enunciado quer saber

sobre o objetivo da burocracia, e não o conceito em si da racionalidade.

Sobre a letra B, a produtividade é o resultado daquilo que é produtivo, ou seja, do

que se produz, do que é rentável.

Sobre a letra C, a Teoria da Dependência de Recursos é uma teoria administrativa

que foca no ambiente externo e argumenta que todas as organizações são depen-

dentes de algum elemento desse ambiente.

Sobre a letra D, temos dois conceitos: o de cultura e o de aprendizagem organiza-

cional. A cultura organizacional é o conjunto de valores, hábitos e crenças em vigor

numa organização, que define padrões de comportamento e de atitudes para ações

e decisões, distinguindo cada organização das demais. A aprendizagem organiza-

cional é o alcance de novos conhecimentos de forma variável e constante sob as

dinâmicas e demandas organizacionais, seja de maneira direta ou indireta, seja ela

dentro ou fora das organizações.

Questão 61    (VUNESP/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA/SPPREV/2009)

Os processos e a forma de dominação e legitimidade, que ocorrem mediante man-

do e subordinação, estão inseridos na discussão de teoria conhecida por

a) sociotécnica.

b) contingencial.

c) adhocracia.

d) burocracia.

e) meritocracia.

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Letra d.

É a burocracia que tem foco nos processos e procedimentos, destacando as formas

de dominação e legitimidade. Vejamos!

Segundo Max Weber, a burocracia é uma forma ideal de organização humana que

se baseia na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos - a ra-

cionalidade - a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses ob-

jetivos.

A burocracia é uma organização que fixa as regras e normas técnicas para o de-

sempenho de cada cargo, cujas atividades devem ser executadas de acordo com

as rotinas e procedimentos fixados pelas regras e normas técnicas. Daí seu caráter

voltado a processos e procedimentos.

Quanto à tipologia de dominação, a dominação legal (modelo preconizado pela

burocracia) refere-se à submissão coletiva a um conjunto de regras formalmente

definidas e aceitas por todos os integrantes. Essas regras determinam a que e a

quem se deve obedecer. Essa opção é a que descreve certamente a concepção we-

beriana de autoridade burocrática. Exemplo: empregado que recebe ordens de um

superior, de acordo com cláusulas de contrato assinado.

Sobre a letra A, a abordagem sociotécnica surge após o término da Segunda

Guerra Mundial, com os primeiros estudos de campo liderados por Eric Trist, em

1949, realizados em minas de carvão na Inglaterra.

Vários problemas eram observados no setor de mineração inglês, tais como con-

flitos entre trabalhadores e empresa, baixa produtividade e alto índice de absen-

teísmo, com trabalhadores abandonando as minas de carvão em busca de outras

oportunidades de trabalho (TRIST, 1981)11.

11
TRIST, E. L. The evolution of socio-technical system. Toronto, Ontario: Ministry of Labor/Ontario Quality of
Working Life Center, jun. 1981.

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A partir desse quadro, começaram os primeiros estudos sociotécnicos, buscando

descrever e inter-relacionar os aspectos técnicos, organizacionais, sociais e psicoló-

gicos do trabalho. Destaca-se que o enfoque sociotécnico incorporou fortemente os

conceitos da teoria geral dos sistemas (as organizações como sistemas aber-

tos sociotécnicos).

O subsistema técnico corresponde às tarefas a serem realizadas e as condições

técnicas para a sua realização, envolvendo o ambiente de trabalho, as instalações,

os equipamentos, as ferramentas, os procedimentos e normas operacionais, sendo,

portanto, responsável pela eficiência potencial da organização.

O subsistema social refere-se às características fisiológicas e psicológicas, além das

relações sociais daqueles encarregados da execução da tarefa, que transformam a

eficiência potencial em eficiência real.

Sobre a letra B, a abordagem contingencial salienta que não se alcança a eficácia

organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional, ou seja, não

existem princípios universais que podem ser aplicados indistintamente a todas as

organizações.

Sobre a letra C, a adhocracia é um termo que se refere ao oposto da “burocra-

cia”, significando uma estrutura flexível capaz de amoldar-se contínua e rapida-

mente às condições ambientais em mutação.

Sobre a letra E, a meritocracia é uma característica da burocracia, onde a escolha das

pessoas é baseada no mérito e na competência técnica e não em preferências pessoais.

Questão 62    (VUNESP/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2002) Max We-

ber criou um tipo ideal de burocracia, argumentando ser a forma mais eficiente de

organização, dadas suas características de superioridade em precisão, estabilidade,

rigor de sua disciplina e confiabilidade.

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Assinale a alternativa que contém os três elementos mais encontrados em qualquer

burocracia e na que foi proposta por Max Weber em particular.

a) Tradição, carisma e razão.

b) Confiabilidade, variabilidade e hierarquia.

c) Disciplina, nepotismo e autoridade.

d) Formalidade, impessoalidade e profissionalismo.

e) Eficiência, eficácia e efetividade.

Letra d.

Para Max Weber, a burocracia está alicerçada em um tripé, composto por três caracte-

rísticas que delineiam essa teoria: a formalidade, a impessoalidade e o profissionalismo.

• Formalidade - Nas organizações formais, a  capacidade de influenciar o com-

portamento alheio baseia-se em normas e regulamentos que estipulam qual é

o comportamento esperado, e quais são os direitos e deveres dos participantes.

• Numa burocracia, o comportamento esperado de cada indivíduo está subor-

dinado a normas racionais, que definem as sanções negativas e positivas

associadas à observância ou não desse mesmo comportamento, ou seja, tem

como objetivo a racionalidade das decisões baseadas em critérios impessoais.

• Impessoalidade - Como consequência da formalidade, as relações entre

os integrantes das organizações burocráticas são governadas pelos cargos

que eles ocupam. As relações processam-se entre ocupantes de cargos (ou

papéis), e não entre pessoas. O indivíduo investido em determinado cargo

gerencial (ou cargo investido de autoridade) é um superior, que ocupa uma

jurisdição, a qual define os limites de seus poderes, dentro dos quais as or-

dens podem ser dadas e devem ser obedecidas.

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• As relações se processam entre ocupantes de cargos oficialmente definidos.

A obediência não é devida a alguém pessoalmente, mas ao cargo ocupado

pelo superior. Como nas organizações burocráticas as relações são determi-

nadas pelos papéis que os cargos estabelecem para seus ocupantes, elas são

impessoais.

• Profissionalismo - Na grande maioria das organizações formais e para a

grande maioria das pessoas, os cargos são ocupados em regime de dedicação

exclusiva, oferecendo a seus ocupantes uma carreira profissional. O membro

de uma burocracia é um funcionário que faz do cargo um meio de vida me-

diante o recebimento de um salário regular em troca de seus serviços.

• A escolha para ocupar o cargo, em geral, deve-se às suas qualificações, que

são aprimoradas por meio de treinamento especializado, em função desse

caráter ocupacional que tem a participação das pessoas. Isso significa que

elas são sistemas de trabalho que fornecem a seus integrantes um meio de

subsistência.

Questão 63    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TST/2017) O modelo de aprendizagem

organizacional, que tem por foco o comportamento, predicando que o mesmo pode

ser observado e modificado, não aborda aquisição de conceitos e solução de pro-

blemas, mas sim as relações entre os estímulos e as consequências. Esse modelo

é conhecido como

a) Interativo.

b) Empírico.

c) Behaviorista.

d) Reativo.

e) Pragmatista.

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Letra c.

A teoria comportamental, também chamada de Teoria Behaviorista (do termo in-

glês behavior, que significa comportamento ou conduta) enfoca a abordagem das

ciências do comportamento nos estudos da Administração.

A escola comportamental abandona as posições prescritivas e normativas das teo-

rias anteriores (teorias clássica, das relações humanas e da burocracia), adotando,

agora, posições explicativas e descritivas, as quais procuram identificar as relações

entre os estímulos e às consequências.

Podemos listar como principais características da teoria comportamental:

• a ênfase nas pessoas;

• a preocupação com o comportamento organizacional e os processos de tra-

balho;

• o estudo do comportamento humano.

Importante: falou em modelo baseado em “comportamento”, abra os olhos para o

termo behaviorista.

Questão 64    (FCC/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/MANAUSPREV/2015) Escola é a

linha de pensamento ou conjunto de aspectos específicos adotados por diversos

autores para explicar e analisar um tema. A partir deste conceito, incluem-se entre

as ideias principais que definem a Escola

a) Clássica: a eficiência dos processos, a estrutura organizacional, administração

da qualidade e o modelo burocrático.

b) Clássica: a divisão do trabalho, o enriquecimento das tarefas e diversificação de

produtos.

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c) Sistêmica: a simplificação, o foco nas partes constitutivas do sistema e na qua-

lidade.

d) Comportamental: as diferenças individuais, a motivação, a cultura organizacio-

nal e a liderança.

e) Comportamental: a ética, o comportamento padronizado, a liderança e a com-

plexidade.

Letra d.

Para explicar o comportamento organizacional, a abordagem comportamental

fundamenta-se no comportamento individual das pessoas. Daí o erro da alter-

nativa E. Para explicar como as pessoas se comportam, essa teoria (também

chamada Behaviorista) estuda a motivação humana de uma perspectiva individual.

A motivação, a cultura organizacional e a liderança também são fatores estudas

pela teoria. Daí a correção da letra D.

A abordagem clássica possui suas nas consequências geradas pela Revolução

Industrial, em especial para dois fatores: o crescimento acelerado e desorganizado

das empresas, exigindo a substituição do empirismo e da improvisação por algo

mais científico e a necessidade de aumentar a eficiência e a competência das orga-

nizações, a fim de se obter o melhor rendimento possível dos recursos e fazer face

à concorrência e à competição que se avolumavam entre as empresas. A eficiência

dos processos e a estrutura organizacional são temas centrais; porém, administra-

ção da qualidade, modelo burocrático e diversificação de produtos, não. Daí o erro

das alternativas A e B.

Quanto à abordagem sistêmica, essa tem sua base nos sistemas, que não podem

ser compreendidos apenas pela análise separada e exclusiva de cada uma de suas

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partes, mas sim na compreensão da dependência recíproca de todas as disciplinas

e da necessidade de sua integração. A  simplificação e qualidade não são temas

dessa abordagem. Daí o erro da alternativa C.

Questão 65    (VUNESP/ANALISTA ORGANIZACIONAL/PRODEST/2014) A escola

comportamentalista, quando aborda a motivação humana, diz que, se as forças

atuantes numa pessoa são bloqueadas antes do alcance de uma meta desejada,

duas possibilidades se apresentam: ou ocorre um comportamento construtivo ou

ocorre uma

a) solução para um problema.

b) reestruturação.

c) reação complementativa.

d) substituição.

e) frustração.

Letra e.

Como já sabemos, a teoria comportamental, para explicar o comportamento orga-

nizacional, fundamenta-se no comportamento individual das pessoas. Para explicar

como as pessoas se comportam, essa teoria (também chamada Behaviorista) es-

tuda a motivação humana de uma perspectiva individual.

Para essa teoria, se as forças atuantes numa pessoa são bloqueadas antes do al-

cance de uma meta desejada, duas alternativas são possíveis: comportamento

construtivo ou frustração.

O comportamento construtivo é uma reação positiva ao bloqueio de uma meta

desejada e pode ter duas formas: a solução do problema ou substituição da meta

por outra alternativa.

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A frustração é o sentimento que se desenvolve no indivíduo quando ele não con-

segue alcançar objetivos ou satisfazer as necessidades estabelecidas, e pode ser

resumido sobre quatro pontos principais:

• agressão: é um ataque físico ou verbal;

• regressão: é a reversão para a imaturidade infantil; por exemplo, gritaria,

mau humor.

• fixação: é repetir ações que não tem resultados positivos;

• retraimento: é apatia, desistência ou resignação.

Logo, nosso gabarito é a letra E.

Questão 66    (VUNESP/PROFISSIONAL BÁSICO/BNDES/2002) Segundo o enfo-

que comportamental, a empresa deve ser vista como sistema social formado pri-

mariamente por pessoas, sentimentos, interesses e motivação. Seguindo este ra-

ciocínio, pode-se concluir que

a) nas organizações as pessoas comportam-se como peças de máquinas, ou seres

estritamente profissionais.

b) sentimentos de amizade e hostilidade, cooperação e competição criam condi-

ções para a formação de grupos informais e regras para a convivência.

c) não existe nenhum entrelaçamento entre os componentes da organização infor-

mal (os grupos informais, as normas de conduta, a cultura organizacional e o clima

organizacional).

d) crenças, preconceitos, cerimônias, rituais e símbolos adotados ou valorizados

pela organização irão definir o clima organizacional.

e) o sistema social proporcionará o surgimento de uma cultura organizacional que

refletirá apenas as normas e valores do sistema formal.

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Letra b.

Análise das alternativas:

Segundo o enfoque comportamental, a empresa deve ser vista como sistema social

formado primariamente por pessoas, sentimentos, interesses e motivação. Seguin-

do este raciocínio, pode-se concluir que

a) Errada. Uma organização que adota uma abordagem comportamental possui

foco no seu sistema social, que são formados por pessoas e seus sentimentos, ne-

cessidades e atitudes, além de seu comportamento como integrantes de grupos.

b) Certa. Ao estudar uma organização que possui enfoque comportamental, dei-

xa-se de lado as máquinas e os equipamentos, os laboratórios, as normas e os

regulamentos, e orienta-se pela atenção no comportamento humano. A existência

de comportamentos que são característicos de pessoas, que se comportam como

pessoas, e não como peças de máquinas ou seres estritamente profissionais. Elas

apresentam sentimentos de amizade e hostilidade, cooperação e competição, for-

mam grupos com seus colegas de trabalho e criam regras para a convivência.

c) Errada. Uma organização sob o enfoque comportamental possui, dentro de sua

organização formal, uma organização informal, que tem grande influência sobre o

desempenho, e cujos elementos mais importantes são:

• Cultura organizacional, que compreende normas de conduta, valores, rituais

e hábitos.

• Sentimentos manifestos por pessoas e grupos, que compõem o clima orga-

nizacional.

• Grupos informais, criados por motivos de interesse ou amizade.

A organização informal é frequentemente representada como a parte invisível de

um iceberg, muito maior que a parte visível, representada pelos elementos da or-

ganização formal (objetivos, tecnologia, estrutura etc.).

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Em uma organização informal ou sistema social, há uma interligação entre vários

componentes que são os grupos informais, as normas de conduta, a conduta e o

clima organizacional.

d) Errada. Valores, crenças, preconceitos, cerimônias, rituais e símbolos adotados

ou valorizados pela organização formam a cultura organizacional, que pode ser

identificada e analisada por vários indicadores, dentre eles: identidade, tolerância

ao risco e à inovação, individualismo, coletivismo, participação e adaptação.

e) Errada. De acordo com o Maximiano (2000)12, os objetivos do enfoque compor-

tamental são: (a) compreender o sistema social da organização, ou organização

informal e (b) compreender as pessoas como indivíduos e as características singu-

lares de cada uma e o impacto dessa singularidade sobre o desempenho. Através

do conhecimento sobre o comportamento dos trabalhadores, como indivíduos e

membros de grupos, fornecem-se ferramentas para a administração da organiza-

ção, sendo este o objetivo principal do enfoque comportamental. Logo, o sistema

social proporcionará o surgimento de uma cultura organizacional que refletirá nor-

mas e valores do sistema formal e informal.

12 MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral Da Administração. Da Escola Científica à


Competitividade na Economia Globalizada. São Paulo: Atlas, 2000.

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