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Série Devil's Dust MC - Livro 01 - What Doesn't Destroy Us - M.N. Forgy
Série Devil's Dust MC - Livro 01 - What Doesn't Destroy Us - M.N. Forgy
Eu rolo de volta e com raiva fecho meus olhos. Eu tenho certeza que
é minha mãe voltando tarde do trabalho com Stevin. Ele é o chefe ou colega
de trabalho dela. Eu não estou certa. Inferno. Eu nem sei qual é o trabalho
deles. Eu também não me importo. Ela também está namorando ele, o que
eu acho bem desesperador. O relacionamento deles é estranho, e minha
mãe é muito reservada sobre... O que quer que eles sejam. Ele é rico, bonito
e é a única razão por nós estarmos morando neste apartamento clássico no
coração de Nova York. Minha mãe já mencionou que ele tem uma poupança
dos seus avós e que sua família é rica. Eu tenho certeza que ela só me
contou isso como uma explicação para a nossa mudança da lixeira que nós
estávamos. Ela era uma dançarina na época e eu questionei como nós
poderíamos pagar este lugar.
Minha mãe caminha ate o meio-fio e grita por um taxi. A brisa fria
sopra ao redor, cobrindo minha pele cor de oliva com arrepios. Eu olho
para cima, nos altos prédios, absorvendo o máximo que eu posso; essa
talvez seja a última vez que eu os vejo.
Um taxi amarelo encosta e minha mãe bate no porta-malas. Isso
causa um barulho alto e agudo. Ela joga sua mala e arranca a minha da
minha mão, a jogando para dentro também.
— Aeroporto JFK, — ela fala ao motorista, evitando contato visual
comigo. — Rápido, por favor.
Que merda que ela está fazendo? Isso não é algum pedestre
ocasional pedindo informações.
— Eu sou Lady, você tem algo pra mim de Bull? — minha mãe diz
confiante.
Lady? O nome dela não é Lady, é Sadie. E quem é essa porra de Bull?
Que porra é essa? Ela age como se estivesse falando com uma merda
de uma garotinha. Ela não está nem um pouco perturbada, mas eu estou
prestes a me mijar de medo.
Seus olhos se arregalam com o meu linguajar. Ela não está satisfeita;
vai entender. Minha vida inteira me falaram como agir e o que falar.
Sempre me disserem para permanecer no caminho certo; o caminho que
minha mãe e Stevin estavam pagando para mim. Consiste basicamente em
fazer nada a não ser escola. Mal sabe ela que eu ainda estou indecisa sobre
faculdade. Ela teria um derrame se soubesse que eu não tenho a minha vida
inteira planejada. Ela nunca me deixou fazer nada selvagem ou imprudente.
Ela sempre me impede e grita sobre como eu ajo como meu pai e como ela
atravessou o inferno para me dar uma vida melhor, um caminho melhor,
para eu estragar tudo. Parece que este é o único momento em que ela está
presente, para me dizer o fracasso que eu sou. A última vez que eu tentei
alguma independência, eu tinha 19 anos e estava cansada de estar presa.
— Você parece gostosa para caralho, se você não transar essa noite,
então não há esperança para as mulheres, — disse Daisy, olhando meu
tomara que caia preto.
Meia hora mais tarde, ainda rindo, nós chegamos à boate só para
encontrar minha mãe e Stevin esperando na entrada.
— Eu tenho 19 anos. Sou uma adulta. Você não pode mais ficar
mandando em mim, — eu grito de volta para ela, puxando meu braço de
volta para descontar.
— Você quer ser uma adulta, aja com uma, — ela vaiou de volta.
Eu fechei meus olhos e respirei bem fundo, raiva preenchendo a minha
espinha. Eu queria socar a mulher que se intitula minha mãe.
Mais tarde eu descobri que a única razão para eu ter sido pega em
fragrante naquela noite foi por causa da merda da vizinha que vivia no
andar abaixo de nós. Ela era a espiã da minha mãe, sempre xeretando a
minha vida. Ela estava lá fora quando nós chegamos em casa naquela noite,
tão satisfeita por eu ter chegado em segurança, perguntando a minha mãe
se ela tinha feito seu trabalho corretamente. Seu trabalho era me dedurar,
isso sim. Eu era uma adulta aprisionada vivendo com a minha mãe. Meu
relacionamento com minha mãe é tipo “aceitar a situação e não gerar
confronto”. Mesmo sendo uma opção miserável, às vezes as ruas não
pareciam tão ruins...
— Nós estávamos juntos dia e noite por mais ou menos cinco meses.
Aí eu falei que o amava e ele mudou. Ele não me ligou ou falou comigo por
dias, então eu fui procurar ele e o encontrei com alguma puta do clube. Eu
fugi de lá no primeiro voo que consegui. — ela pausa e olha para o
embarque de passageiros. — De qualquer forma, um mês depois eu
descobri que estava grávida. Eu não queria o mesmo caminho pra você,
então eu não contei para ele. Não faria diferença. Então eu dei meu jeito de
prover você, para garantir que você seguisse o caminho certo, não como eu
ou seu pai. — ela finaliza com lágrimas nos olhos e respiração irregular. Eu
sei que ela não queria me contar nada disso.
— Você vai me dizer o que aconteceu com seu rosto? E por que de
repente você está me contando sobre o meu pai? — eu pergunto, por um
instante chateada por ela ter escondido tudo isso de mim. Eu nunca me
permiti perguntar sobre meu pai. No que diz respeito a minha mãe, ele é só
um doador de esperma. Então eu estou confusa. Porque agora ela está me
colocando para fora tudo que eu sempre quis saber?
Ela fecha seus olhos apertadamente para evitar olhar para mim
novamente. A tensão de repente se arrasta no ar entre nós, e me pega
desprevenida. Me concentro nela atentamente, tentando entender por que
o repentino mal-estar.
— Eu liguei para o seu pai. Ele irá nos proteger até descobrirmos em
que direção seguir, — ela diz, finalmente olhando em minha direção. Seu
corpo de repente aparenta estar calmo e sossegado.
— Bull irá nos proteger, — ela diz, acenando com a sua cabeça,
muito certa de si mesma.
— Olha, eu sei que você não consegue entender agora, — minha mãe
diz enquanto pega uma de minhas mãos com as suas. Essa nova afeição me
deixou confusa. Ela não demonstra nenhum instinto maternal desde que
começou a trabalhar para Stevin. Eu tiro os dedos dos meus lábios e sinto
meu corpo enrijecer com o toque.
— Eles são foras da lei, Dani. Eles tentarão te arrastar para o seu
maldito estilo de vida, — ela diz, suspirando alto. — Eles são implacáveis e
porcos. Não os deixe te enganar. — ela começa a morder o lábio inferior,
desligando a luz sobre nossas cabeças. Como de costume, ela acabou de
falar sobre isso e nenhum argumento a fará mudar de ideia.
Mas, por que meu pai nos ajudaria se ele não se importa conosco?
Ela contou sobre mim para ele no telefonema? E, se esse clube de
motoqueiros é tão moralmente errado, por que nós estamos correndo até
eles por ajuda?
Capítulo Dois
DANI
Eu acordo quando o avião aterrissa, me surpreendo ao perceber que
eu consegui dormir depois de toda a merda que a minha mãe colocou para
fora nas últimas horas. Eu fui me arrastando atrás dela para a esteira de
bagagens e esperei alguns minutos, o que pareceu uma eternidade, antes de
as enxergar na esteira. Peguei a minha mala quando passou e caminhei até
a saída mais próxima.
O outro cara não está olhando para mim. Ele tem um cabelo negro e
bagunçado no topo e mais curto nos lados. A parte de trás da sua jaqueta
preta de couro sem mangas tem um esqueleto esmagando um crânio. Se lê
“DEVIL’S DUST” na parte de cima do crânio esmagado e “Califórnia”
embaixo. Ele está usando uma blusa branca, calça jeans azul e botas pretas
de motoqueiro. Ele se vira e eu fico paralisada. Ele é impressionante, lindo
mesmo, e ele transpira “Bad Boy”. Sua pele é bronzeada e eu posso ver uma
tatuagem no bíceps esquerdo espreitando por sua manga curta. Não
consigo descobrir o que é, pensei. Eu vejo seus lábios se transformarem em
um sorriso arrogante e percebo que ele me pegou o olhando.
Merda. Eu sorrio de volta. Olhando nos olhos dele, eu descubro que
eles são azuis claros. Claro que eles são azuis, o contraste com o cabelo
negro é marcante. Esses olhos azuis possuem uma presença animalesca. Ele
estica seus braços e os cruza na frente do seu peito. O tecido da camisa
branca estica apertadamente em volta dos músculos de seus braços no
processo. Meus lábios de repente se abrem, eu não consigo respirar com
essa tentação de pé na minha frente, embora, ao mesmo tempo, esteja
completamente intrigada. Surpreendentemente, pela primeira vez desde
que minha mãe me acordou no meio da noite, eu me sinto segura. Eu não
tenho ideia de como! Ele parece tudo, menos seguro.
— Meu nome é Sadie, — minha mãe rebate, seu tom é frio e nada
amistoso. Esse cara, obviamente, conhece minha mãe. Pelo jeito que ele
está todo animado em a ver, eu acredito que eles devem ter sido amigos em
algum ponto. O olhar no rosto da minha mãe, no entanto, é tudo menos de
felicidade em ver um velho amigo.
Eu sinto a presença de Shadow e o olho. A profundidade de seus
olhos azuis desperta algo em mim e minhas bochechas coram. Eu tenho que
desviar o olhar. Eu sei por experiência que caras como ele são geralmente
mulherengos. Eu nunca fui usada, mas já ouvi caras conversando na
faculdade, caras que são bonitos assim. Apesar de nenhum deles jamais me
afetar como esse. Aqueles caras eram apenas meninos comparados a
Shadow. Ele é todo homem. Eu escuto as palavras da minha mãe na minha
mente. “Eles são foras da lei, Dani. Eles tentarão te arrastar para dentro de
seu maldito estilo de vida.” Eu fecho meus olhos apertadamente, tentando
me livrar do efeito devastador que Shadow tem sobre mim.
— Eu matarei o filho da puta que fez isso com você, Lady. Isso eu
prometo! — ele diz com tanta ferocidade em seu tom que eu sei que ele não
está mentindo.
Eu volto a olhar Shadow e ele está olhando para o que Locks está se
referindo: o hematoma no rosto da minha mãe.
— Bull quer que nós o encontremos no clube para passar por cima
de tudo isso. Ele não pôde estar aqui. Tinha que amarrar algumas pontas
soltas. Negócios do clube, — Locks explica enquanto volta à atenção para
minha mãe. — Nós temos os prospectos no “carro de entregar compras”
para levar vocês e suas merdas para o clube. — Locks pega nossas
bagagens e vai em direção a SUV preta.
— Locks não sabe merda nenhuma sobre veículos, a não ser que seja
uma moto. Essa Escalade provavelmente pode comprar toda sua fodida
casa, — Shadow sorri, ignorando meu estado assustado. Ele se inclina do
lado da SUV, seus olhos me devorando, me fazendo sentir nua.
Puta merda, ele é lindo. Mais de perto eu noto que seu oceano azul
tem uma borda cinza tempestuosa em torno delas, formando a figura de um
furioso oceano brigando com um céu tempestuoso. Seus lábios são macios e
sensuais, o inferior mais carnudo que o superior, me fazendo morder meu
próprio lábio para reprimir a tentação. Eu deixo sair um estrangulado
sopro, eu não percebi que estava segurando. O efeito que ele tem na minha
respiração o faz perigoso à minha saúde. Seu sorriso se torna largo e
convencido enquanto ele enfia uma mecha solta de cabelo atrás da minha
orelha. Ele sabe do efeito que tem sobre mim. Pelo jeito que ele se parece,
eu tenho certeza que ele tem calcinhas caindo por ele o tempo todo. Eu fico
furiosa quando penso sobre isso. Que jogador. Eu já quero enfiar meu pé na
sua bunda.
— Ora, ora, ora, olha só o que o gato trouxe de volta. Como você está,
Lady? — chama uma voz desconhecida da gangue que acabou de
estacionar. Um homem alto e musculoso, na frente dos outros, faz seu
caminho em nossa direção. Ele tem óculos negros em seu rosto, e cabelos
pretos que se emaranham em volta de seus olhos e ouvidos. Ele está
vestindo uma camisa preta rasgada com jeans azuis apertados que se
dobram em suas botas. Seus ombros são amplos e seus braços são
tonificados e bronzeados. Ele se abaixa e agarra a mão da minha mãe e dá
um leve beijo com seus lábios no dorso da mesma. Ela arranca sua mão da
boca dele com força. Eu quase posso sentir o ódio derramando dela. Meus
olhos se lançam ao colete preto de couro que ele está vestindo.
‘BULL’. ‘PRESIDENTE’.
* * * * *
— Respira Dani. Eu não vou morder você, a não ser que você queira.
— ele pisca.
Ai meu Deus, não pisca pra mim. Minhas coxas se arrepiam pelo
desejo subindo pelas minhas pernas.
— O quê?
— Bem, sua mãe me contou tudo que aconteceu. Vocês ficarão aqui
até as coisas passarem, você ficará livre do perigo aqui. Eu colocaria vocês
na nossa casa segura, mas temos um evento filantrópico chegando e nós
temos outras filiais sendo mantidas lá.
— Obrigada por nos receber aqui, Bull, nós já nos sentimos bem-
vindas, — seu tom é falso enquanto ela rola seus olhos.
— Sim, qualquer coisa para manter minha filha segura, Lady. — ele
pode dizer pelo tom dela que ela está sendo uma vadia.
— Sim, eu posso ver que você é um pai muito bom, — ela retruca,
jogando suas mãos em seu quadril enquanto suas sobrancelhas se
enrugam.
— Isso não significa que eu não a iria querer e você sabe disso, —
ele estala, apontando em minha direção. — E eu nunca disse que não te
queria. — seu tom perverso se torna frio, me fazendo virar em meu
assento. Isso é tão desconfortável, eu posso pegar uma coca ou algo?
— Eu não queria essa vida para ela, ela está num caminho ótimo,
tem um futuro e não é um lixo de motoqueira.
Ai.
Ele fica em silêncio. Isso e tão embaraçoso, mas eu estou com meu
pai nesse caso. Eu olho fixamente para minha mãe, ela está mijando nele
todo, enquanto ele tem sido gentil o suficiente por nos ajudar a sair da
merda que ela nos enfiou.
— Não seja tão dramática. Eu fiz o que eu pensei que era certo, Dani.
Você não é uma dessas pessoas, você é melhor. — ela me choca, eu nunca
havia a ouvido falar que eu era uma boa pessoa, ou melhor, que qualquer
um se essa é a questão. — Quem ela está tentando enganar com essa merda
de mamãe do ano? — Eu te darei espaço, — ela continua, — Mas você me
dirá se você sentir que qualquer coisa está te deixando desconfortável,
qualquer coisa. Se um deles vier para cima de você, você me avisa. Eles são
porcos, selvagens. Uma garota bonita como você, eles virão voando até a
sua porta. — ela levanta, fazendo seu caminho em direção à porta. — Com
esperança, eles serão inteligentes e ficarão longe, sendo você a filha do
presidente, — ela balbucia.
Capítulo Três
DANI
Os vários dias passados têm sido em geral sem variação. Minha mãe
mantém distância na maior parte do tempo. Ela somente continua
perguntando se alguém está me incomodando, interpretando o papel de
mãe preocupada. Bull e eu estamos nos aproximando. Na maior parte do
tempo, nós só conseguimos falar sobre filmes e música, porque, claro,
minha mãe se intromete em qualquer chance que ela arruma. Ela realmente
tem me irritado.
Lips é robusta, mas não gorda. Ela tem sardas claras por todo seu
rosto. Ela é linda e se veste com classe, ela realmente não se parece com
uma puta do clube em nada.
Candy não parece gostar de mim, ela evita contato visual e sua
linguagem corporal é muito fria em minha direção. Ela é magra, tipo uma
supermodelo, e dificilmente usa qualquer roupa. Sua atitude grita vadia e
me lembra demais da minha mãe. Eu estou certa que nós bateremos
cabeças antes desta “brincadeira” acabar.
— Eles foram numa uma corrida de moto. Algo que os garotos fazem
para lidar com os negócios do clube. Eles devem retornar em breve. — ela
está limpando o bar depois de me alimentar com um delicioso café da
manhã. — Além disso, nós não ganhamos o privilegio de saber em que as
corridas deles consistem ou por quanto tempo eles ficarão fora. — eu estou
chocada ao perceber que, enquanto seu marido faz de Deus sabe o que ou
por quanto tempo, ela só fica em casa e brinca de Betty Crocker para o
resto dos homens do clube. Ela fala muito sobre as regras do clube e a
responsabilidade de ser uma old lady. Se essa é uma das tarefas, eu não
estou certa se eu faria uma boa old lady.
É meia noite e eu estou amplamente dispersa escutando meu iPod.
Música sempre tem sido uma saída para minhas emoções. Nos meus mais
duros momentos e problemas, a música fala palavras de cura que eu não
posso encontrar sozinha. Eu não tenho conseguido dormir a semana
inteira, tudo é tão novo para mim. Meu estômago também fala, com um
rosnar, então eu pego um short xadrez para vestir. Talvez se eu comer, eu
possa finalmente cair no sono. Eu meto meu iPod na cintura dos meus
shorts e penduro os fones ao redor de meu pescoço, eu vejo meu soutien
caído e a coisa rendada me lembra que eu só estou usando uma fina blusa
preta sem soutien. É tão tarde que eu duvido que alguém esteja acordado.
Eu só pegarei uma comidinha e correrei de volta pra cá. Eu abro a porta e
noto que a maioria das luzes do corredor estão apagadas. Mas eu posso
dizer que as luzes estão acesas na sala principal onde tem o bar. Eu desço o
corredor nas pontas dos pés e entro na cozinha sem fazer barulho, não
notando ninguém na minha rápida excursão.
Eu abro a grande geladeira de aço inoxidável e comida estocada em
todas as prateleiras, claramente para o evento filantrópico que virá. Eu
pego um prato e o abro para encontrar um churrasco de carne de porco, o
cheiro captura meus sentidos e faz meu estômago roncar mais alto. Eu o
puxo para fora e o coloco no balcão. Pratos, porco, pães e um micro-ondas,
perfeito! ‘Dark horse’ da Katy Parry começa a retumbar através de meus
fones de ouvidos, me lembrando de que eu ainda estou com meu iPod. Eu
amo essa música, então eu recoloco meus fones e começo a dançar ao redor
da cozinha procurando por coisas para completar minha refeição. Eu fico
sugada na música e começo a cantar, mas tento não o fazer muito alto.
Ele inclina seu rosto para perto de meu ouvido, seu hálito cheira a
chocolate, me fazendo o querer mais. Eu gemo, meu corpo está desafiando
os avisos em minha mente.
— Você pode tentar agir como se não me quisesse, agir como você
tivesse o controle, — ele respira na minha orelha enquanto empurra sua
virilha com mais força contra mim. Ele ainda puxa meu cabelo, me fazendo
arquear as costas. Ele afasta devagar seu quadril para trás e minha bunda
se impulsiona contra sua virilha tentando reaver o contato. A ação me pega
de surpresa. Shadow deixa sair uma risada malvada.
— Mas seu corpo não pode mentir, — ele belisca meu lóbulo me
fazendo, praticamente, gozar na hora, a dor atirando em meus dedos do pé,
os fazendo curvar com prazer. — você não tem nenhum poder.
* * * * *
Eu percebo que estou brincando com meu lábio e jogo minha mão
para o lado, ele claramente me deixa nervosa.
— Oh, eu pensei que fosse uma Harley. Elas não são as melhores
motos? — eu não sei nada sobre motos, só o que eu vi em comerciais sobre
Harleys e escutei os caras da minha faculdade falando sobre elas serem tão
ótimas.
— Não, ela não te matará. Ela vai me matar. — ele inclina sua
cabeça, armando suas sobrancelhas e me dá um sorriso iluminado. — Além
do mais, você sabe que você quer. — ele é tão arrogante e seguro de si
mesmo como sempre. Mas ele está certo, eu quero subir naquela moto com
ele.
— Ah, não de verdade. Quando eu era mais nova nós éramos, mas
nos últimos anos nós crescemos separadamente. Ela trabalha muito, e
quando não está trabalhando, ela está com Stevin. — ele balança a cabeça
em entendimento, incitando para que eu continuasse. — Eu quero dizer,
nós moramos juntas, mas geralmente estamos fazendo nossas próprias
coisas separadamente. — eu escavo minhas mãos na areia tentando as
manter ocupadas ou eu, talvez simplesmente, vou começar a tatear o
homem.
— Então você vive com a sua mãe? Quantos anos você tem? — ele
pergunta incrédulo.
— Ah, eu entendo. Uma olhada na sua mãe e eu posso dizer que ela é
uma vadia raivosa em uma missão, — ele me conforta. — Você está na
faculdade ou algo? — ele pergunta genuinamente curioso.
Eu meio que rio, percebendo que estou contando para ele mais do
que queria.
— Você sempre brinca com seu lábio quando está nervosa? — ele
pergunta. Eu solto minhas mãos e suspiro pra mim mesma. Eu tenho estado
ao redor dele por cinco minutos e ele já sabe meus tiques; estive em volta
de minha mãe por toda a minha vida e ela nunca notou.
— Então, quais são seus planos agora?
— O que você quer dizer? — ele joga uma concha do mar na água,
fazendo os músculos de seu braço flexionar. Meus lábios entreabrem e uma
pesada respiração escapa. Eu me lembro dele me pegando da minha cama
no clube como se eu fosse um brinquedo, pesando nada. Ele se vira e me
olha de novo com aqueles pesados olhos azuis, depois, me joga aquele
sorriso largo e convencido dele. Ele sabe o que ele está fazendo. Foda-se
ele.
Ele sorri e pega minha mão para fora da areia da praia, dando um
aperto de leve. Mesmo esse toque terno faz um enxame de borboletas na
parte de baixo de meu abdômen. Esse simples gesto mostra que ele
consegue se relacionar com o que está danificado. Shadow está fazendo tão
fácil se abrir com ele, o que é perigoso. Revelando minha vulnerabilidade
está me fazendo sentir perto dele, algo que eu sei que ele não quer. Eu
preciso virar a mesa nessas perguntas, e rápido. Ele é um jogador, e ele está
jogando o jogo muito bem. Eu não estou acostumada com alguém jogando
um encanto tão forte, eu caio em seu feitiço facilmente.
— Eu não disse que você tem que me contar todos os seus segredos
e se casar comigo, mas eu gostaria de saber algo sobre você. Amigos não
podem conversar? — seus olhos se arregalam quando eu digo amigos.
Passei dos limites por querer ser sua amiga? Eu quero que ele se abra pra
mim, honestamente, eu quero saber tudo sobre ele. Ele fica parado lá
procurando pelo meu rosto, eu me sinto nua quando ele me encara com
aqueles olhos famintos.
— Eu vivi pendurado ao redor do clube por alguns anos. Quando seu
pai viu que eu não iria a lugar algum, ele me fez um prospecto. Eu fui um
prospecto por cerca de um ano ou mais quando nos estávamos fazendo
uma corrida e fomos atacados de surpresa por um clube rival. Nós
estávamos em menor número e eles estavam armados até os dentes. Nós
estávamos atirando de volta esporadicamente para conservar munição,
mas não conseguíamos uma pausa. Eu finalmente levantei de trás da minha
moto e só comecei a atirar em tudo. Eu atingi um dos caras deles e eles
fugiram. Já era tarde demais para Smokey, nosso “Sargento de Armas”. O
cara que atirou nele também morreu mais tarde pelo o que eu ouvi. —
Shadow fecha seus olhos e balança sua cabeça. Ele é de tirar o fôlego,
mesmo perturbado. — Seu pai disse que eu mostrei lealdade e bravura, que
seria uma honra me chamar de seu irmão. Ele me patenteou como o novo
Sargento de Armas. — ele levanta a cabeça e me encara com aqueles olhos
maravilhosos.
Eu o quero abraçar pelo que aconteceu com eles, mas eu sei que ele
não está procurando por simpatia. De fato, eu estou certa que só o fato dele
estar me contando algo tão pessoal é provavelmente muito difícil para ele.
Eu realmente pensei que ele me falaria sua cor preferida ou para eu ir me
foder. De verdade, ele é tão quebrado como eu, nós dois somos danificados.
Eu alcanço minha mão e pego a dele, enlaçando nossos dedos, sua mão é
muito maior que a minha. O fogo que estava lá quando nossas mãos se
tocaram mais cedo começa a reacender. Ele empurra sua mão para longe
duramente e balança sua cabeça. Porque ele está balançando sua cabeça?
Por mim, ele mesmo ou nós?
— Dani, não leia nada nesta situação, não há nada entre nós.
Estarmos juntos é um inferno que nós não podemos pagar para ver. — ele
pressiona sua mão em minhas costas para me guiar em direção a sua moto.
— Venha, vamos voltar para o clube. — sua mão em minhas costas lança
ondas de êxtase através de minhas veias. Eu quero que ele me incline em
sua moto e tenha seu caminho comigo, quem ainda se importa se eu sou
apenas e só mais um ponto em seu cinto.
— Onde você tem estado? Por que você está em uma moto com um
tipo desses? — ela insulta. Eu levanto uma sobrancelha. Eu que nunca vi
minha mãe bêbada antes.
Dois podem jogar esse jogo, eu caminho para pista e vejo um belo
homem com cabelos loiros, cacheados e tatuagens de cima abaixo de seus
braços. Está escuro, então eu não posso entender bem o que diz seu colete,
mas quem se importa, ele é lindo. Eu piso na frente dele e começo a dançar
sedutoramente, esperando que meu comportamento provocativo vá atrair
o estranho. Ele reivindica meu corpo sem hesitação, colocando sua mão
enorme na minha cintura e empurrando sua virilha contra meu bumbum.
Eu olho para baixo e vejo “TBC” tatuado no topo de sua mão direita. Que
merda isso significa? Eu balanço meus quadris com os seus no ritmo da
música. Pegando meu braço esquerdo, eu o levo acima de minha cabeça e o
engancho eu seu pescoço. Ele pega seus dedos e os escorrega para baixo de
meu cotovelo até meu ombro. Além de uma cócega, seu toque não dispara
brilhos ou borboletas em lugar algum no meu corpo.
— Se você vai agir como uma puta, talvez você devesse passar um
tempo com elas. — seu tom é sério, ele aponta para um canto cheio de
garotas que estavam meio vestidas e bem bêbadas, putas do clube.
Ele solta as minhas mãos e soca a porta atrás de mim. Seu rosnado
me faz pular com medo. Seu rosto está vermelho com raiva, seus punhos
prensados em seus lados. Ele está puto!
Ele puxa meu queixo para cima e abaixa seus lábios só um pouco
acima dos meus. Sua respiração é dura e perturbada, seus lábios a quase
um fio de cabelo de distância.
Shadow recua.
Minha boca se direciona para fora para lamber meu lábio inferior, eu
quero o comer todinho. Eu beijo seu peito, lambendo ao redor de seus
mamilos antes de dar um puxão de leve. Ele geme enquanto meus dentes
beliscam a pele macia. Ele desabotoa seus jeans e os empurra de seus
quadris. Uma vez que eles estão em seus calcanhares, ele usa seus pés para
empurrá-los de cada perna. Meus olhos se arregalam com o impressionante
comprimento pressionado contra o tecido de sua cueca boxer branca,
pedindo em ser solto. Minhas bochechas de repente coram, a minha
temperatura corporal se elevando. Ele sorri arrogantemente, antes de subir
de volta em cima de mim, separando minhas pernas com as suas. Sua mão
esfrega o interior da minha virilha sobre meus jeans, fazendo molhar
minhas calcinhas. Ele desabotoa todos meus botões, sem perguntar e ele
está prestes a descobrir o quão inexperiente eu sou. Ele talvez não vai
gostar se eu o surpreender com algo assim. Ele começa a sugar meu lóbulo
da orelha enquanto suas mãos perdem tempo com o botão do meu jeans.
Merda, merda, merda.
— Uh, Shadow, — eu digo nervosamente.
— Não role seus olhos pra mim, porra, — ele chia, beijando a linha
da minha mandíbula. Seu jeito exigente me fazendo choramingar, mas num
bom sentido. Seu tom é sério e tudo menos duro, mas eu não posso deixar
de ser despertada por sua aspereza.
Capítulo Cinco
SHADOW
Eu sinto pernas suaves enroladas ao redor das minhas, e cabelos
sedosos em meu peito. O cheiro do perfume inebriante de Dani preenche
meu pulmão. Pêssegos e sândalo, somente o cheiro dela faz meu pau
endurecer. Eu estou duro agora, merda. Os eventos de ontem à noite tocam
em minha cabeça simultaneamente. Em que porra eu estava pensando? Ela
está na minha cabeça de merda desde o dia que eu vi a sua bunda grande
andar para fora daquele terminal. Eu tentei permanecer longe. Inferno, eu
tentei a empurrar para longe. Mas quando a vi dançando com Bobby ontem
à noite, o pensamento de outro alguém tendo suas mãos nela ou
possivelmente em sua cama... Eu virei um homem das cavernas. Eu a queria
arrastar para o quarto e fodê-la para fora de sua vida totalmente.
E eu estou certo como o inferno que eu nunca mexi com uma virgem
antes. Eu deveria ter saído assim que ela puxou o cartão ‘V’ para fora. Porra,
porra, porra. Eu tinha a esperança de depois de ter meu pinto molhado pela
Dani que eu não ia a querer mais. Eu só queria provar para ela que ela não
poderia resistir a mim, e provar para mim mesmo que eu só a queria
porque não a poderia ter. Mas olhando para ela essa manhã, eu
definitivamente a poderia tomar de novo, eu ainda a quero. Mas eu não a
mereço e ela não pode ser minha distração.
Eu não posso segurar, mas escorrego minha mão para cima e para
baixo em suas costas nuas. Sua pele oliva é tão sedosa. Meu pau
convulsiona com o contato de pele, me deixando frustrado. Todos esses
sentimentos que eu estou tendo são fodidamente incompreensíveis. Eu
preciso sair daqui e clarear minha cabeça. Eu vagarosamente movo sua
cabeça e tento desenrolar meu corpo do dela, tentando não a acordar.
— Você ainda está aqui. Eu pensei que você já teria ido, — ela
murmura com uma voz sonolenta.
Merda, eu a acordei.
Eu abro uma fresta da porta e espio para fora. Eu não vejo ninguém,
então eu escorrego para fora e fecho a porta quietamente, não dando a Dani
outra olhada. Eu me sinto tão merda como sou. Eu não posso aturar a viver
em dor mais. A sala principal do clube é uma merda fodida, e há garotas
peladas dispersas em todos os lugares. Os prospectos têm sacolas de lixo
pretas pegando o lixo, e algumas old ladies estão jogando roupas para as
garotas peladas, tentando as deixar decentes e as colocando para fora do
clube. Eu entro na cozinha e pego um copo, eu preciso de café para me
ajudar a processar a porra que está passando na minha cabeça. Eu acabei
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de dormir com a filha do diabo . Eu sou um homem morto andando.
— Onde no inferno você desapareceu ontem à noite? — Bobby
cospe em mim por trás, me fazendo cuspir café.
— Que porra é essa, irmão? Por favor, me diga que você tem um
nariz sangrando, ao alguma merda parecida. — Bobby aponta para minha
mão, olhando para baixo onde ele está apontando, eu tenciono. Merda, eu
tenho sangue em meus dedos, como eu perdi isso? Isso deve ter chegado lá
quando eu tirei a camisinha ontem à noite. Tentando esconder que eu fodi a
filha de Bull não seria fácil com a perda de inocência da Dani por toda a
porra das minhas mãos. Eu caminho até a pia e começo a lavar minhas
mãos, ignorando Bobby.
— Você entra num jogo de merda comigo por dançar com aquela
vadia ontem à noite, aí, você desaparece no quarto dela pela noite... Só de
olhar... Tenho certeza que é exatamente isso que eu penso que é, — ele diz,
gesticulando em direção as minhas mãos de novo.
— Isso não pode ser bom, irmão. Eu sei que essa merda não descerá
bem, — Bobby sussurra de volta e caminha para fora da cozinha.
— Tudo bem, eu não acho que isso é algo que nós queremos nos
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envolver, quem concorda? — Bull perguntas. Ayes é falado ao redor da
mesa em concordância, nós não precisamos fazer acenos.
— Amarre essa ponta solta, Bobby. — Bull diz, apontando para ele.
— Próximo negócio. Locks, alguma palavra sobre as garotas e esse
companheiro, Stevin? — Bull acende um cigarro.
— Porra nenhuma, Pres. Eu chamei os Ghost de NY os pedi para
encontrar o fodido e o seguir, ver qual era seu próximo passo. Ninguém da
área o viu ou escutou dele. O fodido sumiu em ação. — Locks replica,
acendendo um cigarro também.
— Merda, não sei se isso é uma coisa boa ou ruim. — Bull diz.
— Bobby, siga ao redor de Lady. Boa sorte, ela é uma vadia, — Bull
ri. — E peguem um novato também. Se vocês dois precisarem estar em
outro lugar, vocês peguem alguém para cobrir o seus lugares, — ele
comanda e se levanta.
— Pode deixar, — Bobby replica.
Bull bate o martelo para baixo e todos se levantam para sair. Eu olho
sobre Bobby que está vermelho no rosto de tentar conter sua risada.
Capítulo Seis
DANI
Um barulho vibrante no criado mudo perto da cama chama a minha
atenção. É o celular de Shadow. Se lê ‘Uma chamada perdida’. Eu me
pergunto quem ligou para ele. Eu não posso parar a suspeita em minhas
tripas. Eu abro o celular. A chamada perdida é de alguém que ele apelidou
de ‘VADIA’. Eu estou certa que ele tem um monte de vadias. Ele
provavelmente as numera, vadia 1, vadia 2, eu poderia ser a vadia 3. Eu
rosno para mim mesma, pensando que eu, também, sou só alguma vadia
que o faz gozar. Eu aposto que a noite ele estará na cama com uma vadia
diferente. Bem, eu só irei ter certeza que ele pense em mim enquanto faz
isso.
Eu abro os contatos para por meu número de celular dentro. Para o
nome do contato, eu começo digitando ‘Dani’. Inesperadamente, sua voz de
ontem ecoa em minha mente. “porra, você cheira como o paraíso”. Eu sorrio
para a memória. Eu apago o que eu digitei e coloco no nome, ‘Paraíso’. Eu
ângulo a câmera para mim mesma, levanto minha cabeça de cama sexy com
meus dedos e belisco minhas bochechas. Eu puxo o lençol até meus peitos,
mordo meus lábios e tiro a foto. Nada mal. Eu pareço como se tivesse
acabado de foder em sete tons em pleno domingo, exatamente o que eu
queria. Fará uma ótima foto de contato. Se ele não apagar a foto, ele sempre
se lembrará de mim e dele ontem à noite.
Ótimo, lá vem: “Eu não queria que ontem à noite acontecesse”, ou,
“não é você, sou eu”. Eu não acho que posso lidar com a rejeição. Apesar de
eu saber que isso era provável, efetivamente escutar que eu fui só um caso
de uma noite saindo de sua bela boca talvez me mate.
— Então, por que você não me dá uma pista, vendo o quanto você
tem tudo entendido? — ele diz, seu tom é ilegível.
Quando eu o encaro, sua expressão é sincera. Ele parece perdido até.
— Que porra é essa que você está usando? — ela estala, seus olhos
tão extensos como um pires.
— Não, não, isso é mais que a porra de uma camisa. Você está se
tornando uma deles, lixo de motoqueiro. Você está se tornando seu pai. —
ela se exalta e fica histérica, sussurrando aquelas últimas palavras. Eu
talvez tenha quase escutado as palavras, mas até seu sussurro estava
gotejando ódio.
Ela aponta para mim. — Aquele menino que você tem passado um
tempo... Mantenha distância. Ele só quer entrar nas suas calças, você sendo
a filha do presidente não o parará. Eu tenho nojo de homens como ele. Ele é
um mulherengo e ele é fodido da cabeça, — ela sem rodeios cospe em mim.
Agora eu não a posso olhar nos seus olhos. Eu temo que ela talvez
veja que eu não sou tão pura quanto quando eu cheguei aqui.
— Todos têm alguns esqueletos no armário, — eu justifico. Olhando
para o closet agora, eu consigo narrar.
— Por que nós viemos para cá se você odeia tanto meu pai? Se você
odeia tudo sobre esse lugar? — eu aponto calmamente.
Ela suspira cansada. — Eu não tive escolha. É o que tinha que ser
feito, — ela sussurra, sua cabeça abaixada.
Ela pisa mais perto de mim. — Antes de você ir pensando que você
pertence ou saiba qual seu lugar aqui. Há leis do clube, algumas que você
nunca será capaz de se identificar. — ela endireita suas roupas e sai.
— Tão bem como posso. Sinto muito que você teve que escutar tudo
isso.
Ele balança sua cabeça como se não tivesse incomodado por isso.
Candy entra, isso deve ser bom. Ela tem um pequeno vestido preto
com saltos de puta pretos. Seu cabelo loiro está em belos cachos soltos
sobre os ombros. Ela é linda, ainda que vadia ao mesmo tempo. Eu a odeio.
— Você é fofa. — seu tom doce é tão falso como seus peitos. — Eu
posso ver por que o Shadow gosta de você, — ela ri como se tivesse um
segredo que eu estivesse alheia.
— É mesmo? — eu pergunto, curiosa para saber aonde ela quer
chegar, mas tentando não soar assim.
— Oh, e pena de você. Se Bull descobrir que você está fodendo com
Shadow, só Deus sabe o que ele fará. — ela se vira e descansa seu quadril
no batente da porta. Essa não é a primeira vez que eu escuto que meu pai
matará Shadow por mexer comigo. É difícil envolver minha mente sobre
isso.
Shadow abre a porta do closet devagar. Meu corpo está ferido, tão
apertado como uma víbora. Ele aproxima com cautela.
— Dani? — ele diz com preocupação.
Eu olho para a porta e caio no chão. Como eu pude ser tão ingênua?
Eu realmente pensei que só porque eu dei a Shadow minha virgindade que
nós, de alguma forma, seriamos um casal agora, que ele repentinamente se
importaria comigo? Cara, eu sou sem noção nenhuma. Eu era só uma nova
bunda para ele, um jogo. Suas palavras do nosso primeiro beijo
instantaneamente tocam na minha mente. “Mas na realidade, você jamais
poderia ser minha”. Eu estou com tanta raiva de mim mesma, como eu
pude ver Shadow como qualquer coisa menos que um playboy? Por que ele
iria querer alguém como eu, quando ele tem putas tirando suas calcinhas
para ele?
— Eh, ela não está feliz que eu tenho que a seguir em todos os
lugares, — Shadow diz. O quê? Isso é novidade para mim. Por que o babaca
tem que me seguir em todos os lugares? Como se isso não fosse humilhante
o suficiente, agora eu tenho que suportar estar ao redor dele 24 horas por
dia e 7 dias por semana.
— Sim, eu não achei que ela ficaria feliz sobre isso. — Bull proclama,
— A mãe dela vai ficar ainda mais brava.
Vendo que ele não é muito de falar, eu sento para trás e permaneço
em silencio pelo resto do caminho.
Minha mãe está ocupada mexendo com seu celular, ela está sempre
naquela coisa maldita. O rosto dela não está mais inchado. Ela se parece
consigo mesma.
Nós dirigimos para o norte, fora de L.A. e eu vi as ruas urbanas
desaparecerem antes de nós entramos em uma vizinhança suburbana. Nós
paramos na entrada de uma de uma casa de dois andares. É fofa e simples
por fora, não algo que eu marcaria como de um clube de motoqueiros.
Quando nós descemos da SUV, Bobby e Shadow estacionam atrás de nós. A
masculinidade crua vinda das motos faz meu corpo vibrar com excitação.
— Não, não é tarde demais se você parar de ser uma vadia por um
segundo e me escutar, — ele protesta. Enfurecida com seu tom e suas
acusações, eu puxo meu braço de seu aperto e continuo descer o corredor.
Eu realmente quero bater em sua cara novamente.
— Eu não sou Candy, Shadow. Você estava certo, eu não deveria ter
me envolvido com você. Eu espero um pouco mais do que ser segundos
desleixados de alguém. Eu assumo a responsabilidade por ser inexperiente
e esperar mais, — eu digo, lançando cada palavra animosamente. Eu abro a
porta do quarto que eu ficarei e viro para bater e trancar na cara dele.
— Você não pode me evitar para sempre, Dani, — sua voz abafada
vibra através da porta. Ele é implacável e eu o odeio por isso. Se ele
continuar com isso, eu não sei o quanto eu posso resistir. Eu o quero, mas o
quero a não ser que eu saiba que ele é todo meu.
— Eu estou vendo que você já conseguiu foder com isso, — a voz de
Bobby é balbuciada, então eu gentilmente coloco minha orelha contra a
porta para escutar melhor.
— Ela está sendo uma vadia. Eu sabia que eu não deveria ter fodido
com uma civil, especialmente ela. — Shadow diz, seu tom é sério agora. O
que ele quer dizer com civil? O clube é tão fora da civilização que eu sou
considerada uma civil?
— Talvez seja para o melhor, cara. Essa é a única buceta que você
não quer foder. Poupe o seu tempo. — Bobby diz, sua voz cortante e fria.
Bem, parece que Bobby sabe sobre ontem à noite. Ele e Shadow
devem ser bem próximos, porque eu não consigo ver Shadow saindo e
contando para todo mundo que dormiu comigo, a não ser que ele
honestamente tenha um desejo de morte ou que ele esteja realmente,
realmente orgulhoso de si mesmo.
— Dani, sou eu. Abra, — Bull diz. Engraçado, eu não tinha escutado o
som de sua moto estacionar. Mas de novo, eu estava ocupada tentando
resistir ao Shadow e espionando.
Minha mãe sabia que não era o que parecia entre meu pai e essa
garota Roxy? A conhecendo, ela não teria se importado, minha mãe é muito
orgulhosa. Mesmo assim, eu odeio a imagem que ela pintou do meu pai
quando essa imagem é embasada. Se o que ele está me dizendo é verdade,
ele não é uma má pessoa. Bem, não no departamento do romance de
qualquer forma.
— A fofoca ao redor do clube era que Roxy tinha falado à Lady que
ela não pertencia a este lugar e que eu me cansaria de Lady e voltaria
correndo para ela. Ela estava profundamente na cabeça da Lady, pelo que
me contaram. Eu estava cego pela porra da coisa toda, sua mãe nunca disse
uma palavra para mim sobre isso. Depois que eu escutei que Roxy a vinha
atormentando, eu me dei conta disso. — isso soa assustadoramente
familiar.
— Roxy não vem mais ao redor depois da surra que ela tomou das
old ladys, mas agora sua filha é uma das que curtem ficar ao redor. Acho
que ser uma puta do clube corre nos genes da família. — ele diz exatamente
o que eu estou pensando.
— Candy.
Seu nome me bate como um ônibus, meu fôlego pega em meu peito.
Os comentários que ela fez mais cedo fazem mais sentido agora. “Parece
que você e ela são putas iguais, huh, dormindo com homens que vocês não
têm intenção de ter um relacionamento sujo.
Eu não quero que meu pai veja o efeito que a puta tem em mim. Eu
posso lidar com as minhas próprias batalhas. Então eu engulo o caroço em
minha garganta e tento soar o mais casual que posso.
Eu amo Bobby como meu próprio sangue, mas quando Dani tinha
suas mãos sobre ele, eu quis apontar minha arma para o pau dele, bem ali.
E ele vendo ela vestida apenas com a camisa Devil’s Dust e calcinha me fez
ver vermelho. Eu não sou o tipo ciumento, essa cadela tem torcido algo
profundo em mim. Eu tenho tentado negar que pode haver algo maior do
que sexo com Dani, mas isso foi antes de balas entrarem voando na casa. Eu
nunca estive tão assustado sobre garantir a segurança de outra pessoa na
minha vida, com exceção de Bobby. Esse filho da puta esteve em algumas
situações fodidas.
— Vou mandar alguém de manhã. Não quero que, quem quer que
fosse, volte e encontre um dos meus homens lá embalando. Vamos sentar e
descobrir essa merda, podemos atualizar o resto dos caras na parte da
manhã. — ele passa a mão sobre o rosto sujo. Ele sempre faz isso quando
está tentando entender alguma porra.
— Ela não precisa saber, — Dani diz, com tanta força que me choca.
— Nós podemos inventar uma razão para precisarmos estar aqui, ao invés
da casa. — talvez ela tenha um pouco mais de fogo debaixo da bunda do
que nós tínhamos imaginado.
— Nós estávamos sentados assistindo tv; Dani tinha ido para cima
dormir; a próxima coisa... — Bobby joga suas mãos para cima — balas
vieram fodendo dos lados da casa. Eu peguei minha arma e fui em direção
da tempestade. — Bobby pausa.
— Poderia ser. Pode ter descoberto que ela correu de volta para cá.
Talvez ele pensasse que poderia colocar o clube em seu bolso, ter eles
pegando suas testemunhas. — Bull esfrega sua rude mandíbula de novo;
essa merda me irrita. — Hawk, nós estamos bem em relação as
transferências e dívidas? — Hawk bufa seu ar antes de responder; o
bastardo parece como uma cobra.
— Apenas para ter certeza, Hawk. Se você quer ser quem vai checar
novamente e me informar, então faça. Veja se eles ouviram alguma coisa, ou
se outros clubes foram atingidos. — Bull joga suas mãos no ar em redenção.
Até mesmo ele tem medo do velho fodido.
Bull vem para perto e bate no meu ombro. — Eu quero você, Bobby
e Locks no esquema. Dani e Lady estarão salvas aqui. — eu aceno, eu não
quero deixar Dani, mas eu não posso dispensar os negócios do clube.
— Você acha que pode montar com esse braço? — Bull pergunta,
apontando para o pano manchado de sangue ao redor do meu braço.
Doutora Jéssica entra com sua bolsa preta. Ela é quente, eu vou dar
isso para ela, mas ela não se interessa por nenhuma merda dos caras. Eles
todos tentaram entrar em suas calças. O único cara com quem ela dormiu
foi Bobby, ou assim ele diz. Ela ajuda o clube por baixo da mesa, nos
pagando por umas merdas que aconteceram dois anos atrás. Seu marido
batia nela diariamente, então ele começou a bater em sua garotinha
também. Ela tentou deixar ele e ele quase a matou. Ele era poderoso e rico
como a merda. Ela estava em uma situação da porra. Ela apareceu em nossa
porta um dia machucada como o inferno, oferecendo para nos ajudar se nós
pudéssemos ajudar ela com seu problema. Não é normalmente nosso estilo
nos metermos em coisas assim, mas Bull teve pena dela. Ele pode cheirar
um mentiroso a uma milha de distância, então quando ele disse que ela era
legal, nós aceitamos. Então nós matamos seu marido e lidamos com o
corpo; ela não teria que se preocupar sobre sua pobre bunda mais. Ela era
uma cadela dura e ótima em seu trabalho. Eu matei por menos, sem dúvida.
— Não foi ele que fez o trabalho no braço, a patroa dele fez, —
Bobby diz, com um sorriso de comedor de merda em seu rosto, me tirando
do sério.
Eu tiro minha arma do cós da minha calça e ponho sobre a mesa. —
Você deveria ficar por perto, doutora, porque eu estou prestes a acertar um
fodido tiro nele eu mesmo.
— Você vai sentir uma picada. — ela empurra a longa agulha dentro
e eu imediatamente sinto o entorpecimento lambendo pelo meu braço.
— Bobby, cuide dele. — ela diz e sai do quarto. Talvez ela não o
queira. Ele pula de sua cadeira e corre atrás dela. Viadinho.
Melhor eu checar Dani, ver como ela está levando toda essa merda.
— Eu tenho que fazer uma corrida amanhã, alguém mais vai estar
aqui para cuidar de você. — eu encosto contra a porta, tentando ler sua
linguagem corporal.
— Oh Deus, outra babá, — ela diz friamente, sarcasmo em sua voz.
— Não é assim, você deveria saber melhor que qualquer um. É para
que você não se machuque.
Capítulo dez
DANI
O sol está queimando através da pequena janela sem cortinas.
Demora um segundo para eu me lembrar de que eu estou de volta ao Clube.
Os lençóis da cama ainda guardam o cheiro masculino de Shadow, eu rolo e
inalo o travesseiro tão duro e durante o maior tempo que eu posso. Na
volta para casa na noite passada eu estava com raiva. Eu nem ao menos
sabia que eu estava correndo perigo por causa da mãe de Shadow, e para
piorar, eu ainda estou me acostumando com o fato de que eu não conheço
nada da mulher que eu chamo de mãe. Estou cansada de não saber de nada;
de todo mundo manter segredos de mim. Eu estava menos do que grata a
Shadow quando ele veio antes de dormir. Ele não precisou responder, nós
dois sabemos que atravessar o túnel para nós é improvável. Mesmo assim,
depois de ver o olhar de puro medo em seu rosto quando nós estávamos no
meio do tiroteio, eu me recuso a acreditar que ele me machucaria
intencionalmente.
Eu rolo e vejo minha mala rosa perto da porta. Shadow deve ter
trazido ela aqui enquanto eu estava dormindo. Eu olho abaixo da minha
posição na cama e vejo que eu estou meio nua e o lençol está amontoado no
meu pé. Eu tenho certeza que o pervertido me deu uma checada antes de
partir. Eu me levanto e abro a mala, agarrando um jeans gasto e um top
verde. Eu inalo para ver se estão limpos, eles não cheiram sujos. Eu vou
para o chuveiro.
Eu olho para o balcão e vejo pasta de dente respingada por toda pia,
homens são tão nojentos. Sério, ele não poderia ter enxaguado os
respingos? Sua escova de dente vermelha está deixada perto da pia. Eu a
agarro. Eu esfrego meu dedo sobre os sulcos de cerdas molhadas,
cheirando a menta. Meus lábios se curvam para cima quando um
pensamento bizarro me ocorre. Eu espremo pasta de dente em sua escova e
começo a escovar meus dentes com ela, me sentindo impertinente com o
pensamento de estar utilizando a escova de dente de outra pessoa; sua
escova de dente. Eu enxaguo os respingos da pia e visto minhas roupas.
Escovo meu longo cabelo preto com meus dedos, o deixando cair em picos
em volta dos meus seios redondos. Calço meus calçados, coloco meu celular
no bolso e saio do quarto.
— Tudo que estou dizendo é que você não está sendo você mesmo,
quando nós voltarmos você estará fazendo sexo. — eu viro o corredor e
vejo Babs atrás do bar e Bobby, Locks e Shadow sentados em frente a ele,
tomando café da manhã.
— Seus ovos são os melhores. Locks é um cara de sorte por ter você
cozinhando para ele, — Bobby diz para Babs.
O velho que entrou começa a resmungar quando ele faz seu caminho
para a cozinha.
— O que foi? — Bobby grita para o velho. O homem para e vira sua
cabeça.
— Não, cara, você vai conseguir que seu maldito braço seja
quebrado de novo e nós temos uma corrida para fazer. Eu serei
amaldiçoado se tiver que fazer a corrida com o bastardo. — Shadow olha
para Bobby.
— Você quer mais? Eu vou quebrar esse braço fodido dessa vez,
menino bonito, — o velho grita enquanto ele passa pelas portas duplas da
cozinha.
O homem está atrás de Bobby agora. Ele agarra seu braço e dobra
atrás de suas costas em um segundo. Para um pássaro velho ele com
certeza é rápido e forte. Bobby cai no chão, chutando sua banqueta com ele
no processo. Eu olho para Shadow, que está balançando sua cabeça e
terminando seus ovos. Eu olho para Babs e ela está apenas rolando seus
olhos. Eu acho que isso é normal?
Bull entra pela porta do Clube com cartas em suas mãos. Ele olha a
comoção para apenas rolar seus olhos também. — Hawk, se você quebrar o
braço dele você tomará seu lugar na corrida hoje. — ele se afasta do corpo
de Bobby que está deitado no chão depois que o homem velho, Hawk, o
deixa ir.
Eu puxo meu celular do bolso e acho o número que ele usou para me
mandar mensagens ontem, querendo ter algo para dizer antes dele ir.
Eu não me importo – S
— Você, ah, você vai ficar? — ela pergunta hesitando. Eu sento ali
pensando sobre sua pergunta. Não estou tentando ser rude, mas eu
honestamente não sei o que responder. A verdade é, eu não quero voltar
para New York, para a vida que eu vivia, sentada em casa, estudando e
assistindo tv porque minha mãe pensava que se eu tivesse a chance eu
desviaria do bom caminho. Infelizmente, ela estava certa. Depois de ver
como o outro lado de mim vive, me parece mundano voltar para New York.
Eu quero o mundo do Clube de Motos, ao menos o que eu já vi dele. Viver
na borda é muito mais apelativo para mim do que qualquer coisa que
minha mãe poderia me oferecer. Talvez seja por isso que eu não sentia
como se me encaixasse em New York. Meu sangue sabia que eu tinha
nascido com mais tenacidade do que eu estava me dando crédito, e estar
finalmente ao redor do que eu nasci para fazer me faz sentir mais
apropriada do que imoral. Eu nem ao menos fiquei chocada noite passada
quando Bull disse que eles iriam matar os fodidos que atiraram em nós.
— Nah, — Babs diz mastigando gelo. — Existe umas duas old ladies,
mas elas não são permitidas aqui a não ser que uma reunião da família
esteja acontecendo. Lei do Clube. — ela balança suas sobrancelhas quando
ela diz lei do clube.
— E... eu posso ter certeza de que Locks mantenha seu pau em suas
calças, — ela diz, batendo a porta do armário, — Todo mundo ganha. — ela
volta para a cozinha, me deixando um pouco chocada. Locks trai? Porque
ela ficaria com ele? Todos os caras traem nas costas de suas old ladies?
Quanto mais eu ouço sobre ser uma old lady, menos eu quero me tornar
uma.
Eu preciso ir checar minha mãe e inventar uma mentira sobre ter
saído da casa segura. Ontem à noite eu pude dizer que meu pai não queria
que minha mãe soubesse sobre o tiroteio, eu também não. Ela apenas faria
a vida de todo mundo um inferno, e ficaria no meu pé mais do que nunca.
— O que! — ela estala, quando abre a porta. Ela parece uma merda e
dizer isso é uma gentileza.
— Bem, bem, olhe o que o cachorro trouxe, — ela cospe pra mim
enquanto passa. Seu pescoço está prestes a estalar enquanto ela me
observa. Se eu parar para discutir com ela, eu vou jogar sua bunda no chão.
Eu não a suporto, e depois de descobrir quem sua mãe é, eu quero chutar
sua bunda ainda mais.
* * * * *
Minha mãe saiu de seu quarto para pegar alguma comida depois que
os rapazes saíram, mas ela acabou vomitando. Babs cuidou mais dela do
que eu esse dia porque eu não sinto nenhuma simpatia. Chame de vingança
pelos últimos vinte um anos se você quiser, mas estar perto da minha mãe
é como arrastar unhas em um quadro negro. Ela passou os últimos dois
dias aqui conversando com Babs e Hawk sobre o Clube. Eles tentaram
mudar o assunto várias vezes, mas ela não permitia.
O sangue do meu pai corre em minhas veias, talvez seja por isso que
eu sinto tanta raiva e ciúme. Quem sou eu para julgar o passado de Shadow,
talvez ele esteja mesmo tentando mudar. Tudo que eu sei é que eu faria
qualquer coisa para ter ele me segurando como ele fez na outra noite. Eu
não me importaria se ele é meu no final das contas. Eu estaria feliz com ele
sendo meu por pouco tempo se isso for tudo que eu ganho.
Eu acordo com meu iPode tocando uma música de Bruno Mars. Eu
tiro os fones de ouvido e eu vejo que são três da madrugada. Risadas do
lado de fora do meu quarto chamam minha atenção. Eu posso ouvir a voz
de Shadow. As borboletas que deixaram meu abdômen quando ele se foi
em sua corrida, rugem de volta com urgência, fazendo que eu sinta
vertigem. Eu me levanto e acendo as luzes para olhar minha aparência. Eu
quero parecer bonita quando ele me ver. Eu quero fazer as coisas serem
certas entre nós. Meu cabelo está jogado em volta dos meus seios como
sempre. Eu pego a blusa preta do Devil’s Dust que o deixa doido e um shots
jeans que foram rasgados um pouco alto demais na minha coxa, fazendo
que eu me sinta sexy. Eu tomo uma respiração profunda e abro a porta.
— Querida, vá sentar antes que você quebre uma unha. — ela coloca
suas mãos em seus quadris, esperando minha resposta.
Eu posso sentir minhas narinas abertas a partir da quantidade de ar
que eu estou empurrando através delas. Minha raiva está envenenando o
meu sangue saudável. Eu enrolo minha mão, puxo de volta o meu braço e
bato com o punho em seu rosto tão duro quanto eu posso. Ela cai sobre o
braço do sofá e plaina para sua bunda, suas pernas abertas. Ela não está
mesmo usando calcinha. É claro que ela não está.
Eu levanto meus quadris para cima, indo contra ela em cima de mim,
seus eretos mamilos rosa derrapando no meu rosto no processo e deixando
para trás o cheiro barato de seu perfume. Me levanto e ela pega minha
camisa e se puxa para cima, rasgando com as unhas direto sobre o meu
peito no processo. Meu sutiã de renda preta parece estar brincando de
esconder através das pequenas fendas que ela fez.
Droga, eu gosto dessa camisa.
— Você não merece usar essa camisa, sua vadia. — ela grita para
mim, respirando com dificuldade e apontando para a camisa do Devil’s
Dust que estou usando. Ela começa a tentar arrancar a camisa do meu
corpo de novo, puxando meu sutiã, fazendo um de meus seios pular através
dos rasgos da minha camisa rasgada. Eu puxo minhas costas para que eu
possa acertar ela de novo. Eu jogo meu punho ferido para trás e bato nela
bem no nariz. Ela grita enquanto ela cai de volta no sofá. Seu nariz está
sangrando em suas mãos e abaixo sobre seu peito bronzeado.
Capítulo onze
SHADOW
Eu sigo Dani de volta para o quarto, ela fica encarando a janela,
segurando seus lábios com uma mão enquanto o outro braço permanece
enrolado em seu corpo. Cara, eu estou fodido. Eu não devia ter ouvido o
maldito Bobby. O imbecil tem estado em minha cabeça desde que partimos
no outro dia. A corrida foi relativamente suave e poderíamos ter voltado na
mesma noite se não fosse por Bobby e Locks. Toda maldita vez que fazemos
uma viagem para Las Vegas eles pensam que eles têm que ir a cassinos e
clubes de strip- tease. Eu normalmente estou dentro, mas eu apenas não
estava com humor desta vez. Hoje nós fomos para o clube de strip-tease;
Bobby ficava dizendo que eu precisava me perder. Eu não discuti porque eu
realmente precisava desenrolar. Quando Locks estava na parte de trás com
uma das dançarinas, Bobby começou a falar na minha orelha como uma
fodida mulher.
— Essa é a terceira cadela que eu vejo você recusar para uma dança
privada desde que chegamos aqui, irmão, que porra está acontecendo? É a
Dani, não é? — suas sobrancelhas levantam com a questão.
— Me deixe te dizer uma coisa, Shadow, eu namorei garotas como
Dani. Elas só saem com caras como nós para se vingar de seus pais ou
porque elas pensam que podem nos mudar para o que elas querem, ou o
que elas pensam que querem, de qualquer jeito. O mundo dela e o nosso
mundo não se misturam; olhe como seus pais acabaram. Tire ela fora de
sua cabeça, cara, e se divirta com uma dessas criaturas sexys andando em
volta.
Bobby aponta sua mão para os peitos de uma garota enquanto ela
passa. — Além disso, se Dani não pisotear por cima de você, as botas de
Bull irão. — eu grunhi para suas conclusões. — Eu apenas estou te dizendo
isso porque eu posso ver você se abrindo completamente, e eu estou te
falando que não vai funcionar.
— Você não tem que explicar a si mesmo, Shadow. Foi apenas sexo,
sem rótulos, certo? — ela está tentando parecer dura e certa de si mesma,
mas eu posso ver através dela; ela quer mais de nós que sexo.
— Eu acho que ambos concordamos que aquela noite seria apenas
sobre sexo, — eu corro minhas mãos pelo meu cabelo, isso sempre parece
prender sua atenção, — mas, eu não posso tirar você da minha maldita
cabeça. — eu aponto para minha cabeça em explicação. — Eu não sei o que
é isso; se isso é mesmo alguma coisa a se colocar rótulos, mas eu estou
disposto a colocar minha vida em risco para descobrir aonde vai.
Ela vira suas costas pra mim e bufa. Eu amplio meus olhos em
descrença. Eu acabei de abrir a mim mesmo como um maldito livro e ela
virou as costas para mim?
Ela se vira, seus olhos estão úmidos como se ela fosse chorar, me
encarando como se eu apenas tivesse dito as palavras de ouro. Merda, eu
odeio quando garotas choram. Eu preciso que ela saiba exatamente o que
eu sou, o que nós somos, antes que ela pense que eu sou algum Romeu.
Eu ando até ela e agarro suas mãos com ambas as minhas, eu não
sei, isso deveria ser romântico ou outra merda?
— Hummm?
Porra. Claro que ela não está tomando pílula; ela era virgem até
poucos dias atrás, porque ela tomaria?
Ela puxa sua cabeça de meu peito e olha para mim. — Talvez Bobby
possa conversar com a doutora para mim ou algo assim. Nós vamos
resolver isso. Nós vamos ser mais cuidadosos, no entanto. — ela beija meus
lábios com carinho, me fazendo suspirar nela.
Porra.
Capítulo doze
DANI
Sinto dedos subindo e descendo pelas minhas costas nuas, me
acordando do meu sono. Eu abro meus olhos para um peito bronzeado e
me lembro de minha noite com Shadow. Um sorriso instantâneo se firma
em meu rosto. Eu olho para cima para ele e seus deslumbrantes olhos azuis
estão olhando para baixo.
— Bom dia.
— Eu quero te levar para sair essa noite, — ele diz. Eu levanto meus
olhos até ele em choque. Seu rosto também está em choque com o que ele
acabou de dizer.
— Eu tenho missa; tenho que deixar o Prez saber como a corrida foi;
ver se alguém soube de alguma coisa sobre o tiroteio ou sobre esse tal de
Stevin; então provavelmente trabalhar um pouco no meu carro. — ele
começa a roçar seus ásperos dedos pra cima e pra baixo em minhas costas
de novo. A sensação é tão sensual; eu amo. Espera, ele tem um carro? Eu
nunca vi.
Eu corro minhas mãos pelo seu peito; seu corpo é tão tonificado e
perfeito. Sinto seu comprimento pressionando contra meu estômago
enquanto eu acaricio seu peito. Me faz sentir necessidade. Eu jogo os
lençóis sobre minha cabeça e abaixo meu corpo pela cama. Eu acho o
impressionante comprimento de Shadow no mesmo instante.
— Aí está você. Eu vou fazer o que você quiser essa manhã; apenas
diga. — seu tom é um pouco mais entusiasmado do que eu esperava.
Meu pai entre pela porta do Clube. — Dani, me siga. — seu tom é
plano e seu rosto está impassível. Estou certa de que ele sabe sobre Candy;
merda.
Eu o sigo até a sala de reuniões e sento em uma mesa de madeira
vermelha. Ele senta na cabeceira da mesa, se inclina em sua cadeira, e
acende um cigarro. Ele fica ali brincando com seu isqueiro vermelho, nem
mesmo olhando para mim. O silêncio constrangedor tira o melhor de mim
então eu olho pela sala. Dez cadeiras estão espalhadas ao redor da mesa e
eu me pergunto em qual delas a linda bunda durinha de Shadow esteve
durante a missa. Há um ventilador na janela ao meu lado e a parede que
estou encarando está cheia de quadros com coletes velhos.
— Não, não você; Candy. Me parece que ela recebeu o que ela
mereceu. Se eu tivesse a ouvido dizer isso eu mesmo teria chicoteado ela
com a porra de uma pistola. Eu deveria ter feito isso com a mãe dela. — ele
joga seu cigarro fora no lixo, puto.
— Eu não acho que ela vai ficar implicando comigo mais. Eu posso
lutar minhas próprias batalhas, pai. — sua cabeça chicoteia para cima com
a palavra “pai”. Eu não percebi que eu tinha dito isso em voz alta, é tão
errado o chamar assim?
Wow, essa foi perto. Eu não tenho certeza por quanto tempo
Shadow e eu vamos conseguir esconder nosso... o que quer que seja isso, de
todos. Eu me empurro da mesa e percebo que minhas palmas estão soando;
me diga sobre desviar de balas.
Antes que eu possa sair da sala, minha mãe entra pela porta e me
puxa de volta. Ela bate a porta atrás dela.
— Eu quero saber o que você fez a essa pobre garota, agora mesmo.
— sua voz é baixa e trêmula a cada palavra. Essa pobre garota? Ela nunca
para de me surpreender, escolhendo uma puta do Clube a sua própria filha.
— Eu bati nela pra caralho. — ela engasga e anda para o meu lado da
mesa para olhar para baixo em mim. Eu não poderia dizer se ela está
mortificada com o que eu fiz ou furiosa.
Testando as água, eu olho para cima na direção dela pairando sobre
mim e exijo presunçosamente. — Sim?
Antes que eu possa perceber o que ela está fazendo, ela levanta sua
mão e estapeia meu rosto tão forte que meus dentes tremem. Eu levanto
tão rápido que a cadeira é jogada para trás no chão.
— Você ficaria surpresa com o que uma mãe pode dizer para seu
filho, — ele me puxa para o cumprimento de seu braço e examina meu
rosto.
— Que inferno, Dani, seu rosto está todo vermelho. Aquela cadela te
bateu? — eu posso ver seus olhos dilatarem com raiva, sua mandíbula
cerra enquanto ele move meu rosto de lado a lado pelo meu queixo.
De repente, eu ouço pesados passos vindo em nossa direção. Eu
avisto uma porta aberta e me enfio no espaço entre ela e a parede.
Espiando pelo buraco, eu vejo Locks vindo para a garagem.
— Ela acabou de sair de uma grande briga com sua mãe; ela saiu do
clube correndo nessa direção. Bull me mandou encontra-la, ter certeza de
que ela está bem, — Locks puxa um pacote vermelho e tira um cigarro dele
com seus lábios, ele não o acende, apenas o deixa pairando solto em seus
lábios.
— Estas mulheres, eu vou te dizer o que; eu não estou aqui para dar
uma de babá. Eu não estou certo do que o Prez estava pensando ao trazer
essas cadelas aqui.
— Eu acho que ele estava pensando que elas são a família dele, —
Shadow responde de volta, chafurdando por mais ferramentas.
— Isto não é lugar para cadelas; isso é tudo que estou dizendo,
irmão, — Locks puxa um isqueiro preto de seu bolso e acende o cigarro.
Shadow tira seu foco da caixa vermelha e olha na direção de Locks.
Ele realmente disse ‘ou outra coisa acontece’? O que isso significa?
Ele bate nela? É assim que é estar com um deles, eles podem trair você e se
você disser alguma coisa eles batem em você? Meu peito de repente se
sente pesado, o pulsar na minha cabeça começa novamente.
— Eu não estou aqui para ter uma sessão de terapia com você; se
você encontrar Dani, diga para ela trazer a bunda de volta no Clube. —
Locks se vira e sai, seus passos pesados deixando uma trilha. Shadow olha
para mim e acena quando está limpo. Eu saio de trás da porta, e olho para
Shadow. Tantas perguntas para fazer, mas eu não quero o ofender. Ele
instantaneamente pega meu rosto com suas mãos de graxa e olha dentro
dos meus olhos.
— Eu entendo.
Ele inclina sua cabeça na minha e arrasta seus dedos pela minha
bochecha. Seu toque é tão sincero e carinhoso. Eu poderia ser sua old lady
se ele quisesse.
— Bom. Agora vem aqui; eu quero te mostrar uma coisa, — ele sorri
o maior sorriso de menino que eu já vi enquanto ele agarra minha mão. Nós
passamos por algumas motos e seguimos para o fundo do corredor para
fora da loja.
Nós paramos de frente a um carro preto; eu nunca vi nada assim.
Nunca tinha visto um carro tão sexy na minha vida; ele grita músculos.
Merda.
— Seu Clube; isso é tudo que importa para você, sempre foi.
Algumas coisas nunca mudam, — minha mãe discursa enquanto ela
continua a passear pela sala, nem ao menos olhando em nossa direção.
Minha mãe para de dar passadas e se inclina sobre a mesa com suas
mãos. Ela encara diretamente meu pai, — É Sadie. Quantas vezes eu tenho
que te dizer isso? — ela praticamente berra para ele.
— Você não pode, nós não achamos aquele imbecil do seu ex. Não é
seguro, — meu pai explica, com sua voz calma.
— Nós iremos amarrar alguns fios soltos, ter certeza de que tudo
está seguro, e colocar você em seus pés, querida, — seu rosto e voz são
sinceros; eu posso dizer que ele não quer nada além de que eu fique aqui.
— Você é meu sangue. Você sempre será bem vinda aqui e sempre
será protegida, Dani, — ele bate em meu ombro. — Além disso, eu meio que
gosto de você, — eu olho para cima para um Bull sorridente, rugas
emoldurando seus olhos verdes brilhantes.
Eu acho que este é meu lar agora. Com esse pensamento, meus
lábios franzidos se tornam um sorriso maroto.
* * * * *
Ele bufa para mim. Ele obviamente pensa que eu estou mentindo.
Idiota.
Ele ri; uma risada tão profunda e charmosa que me faz rir com ele.
Ele se inclina e pega a salsa que está pendurada no canto da minha boca
com seu dedo indicador. Então ele coloca em sua boca, chupando o dedo
até o limpar. Minhas partes sexuais querem estes hábeis lábios em mim ao
invés de em seu dedo. A dor em meu núcleo começa a latejar. Eu tenho que
tirar esses pensamentos da minha cabeça ou eu nunca vou sobreviver a
esse encontro.
Ele inclina sua cabeça para o lado. — Como uma garota como você
não foi tomada ou não tinha sido tomada? — ele pergunta, mordendo outro
sanduiche.
— Oh, bem, não é como se eu não tivesse tentado, ou que eu nunca
tenha tido um namorado antes. Quando eu estava no ensino médio, meu
namorado e eu fomos para minha casa dar uns amassos porque minha mãe
supostamente estaria trabalhando até tarde. Ela acabou entrando em casa e
nos pegando bem na hora que nós estávamos ficando prontos para fazer o
negócio. Ela era ótima em me pegar exatamente antes que eu fizesse uma
coisa que ela não aprovaria. Ela o arrastou pelos seus cabelos para fora da
casa; eu pude ouvir minha mãe gritando com ele todo o caminho até a
porta. Ele não falou comigo mais depois disso; eu não tenho certeza se foi a
vergonha de minha mãe ter jogado ele na rua meio nu ou as coisas que ela
disse para ele, mas ele não foi o único cara que manteve distância de mim
depois disso. Eu nunca tive um encontro pelo resto do ensino médio.
Quanto na faculdade, minha mãe deixou claro que eu não deveria farrear, e
isso é para o que faculdade serve, então eu não fiz amigos de verdade. — eu
olho para cima e vejo humor em seu rosto.
Ele balança sua cabeça. — Sua mãe é alguma coisa além, — ele
responde, tomando um gole de sua cerveja.
— Nem me diga. Eu não acho que eu vou ver ela de novo depois de
hoje, no entanto. — eu sinto culpa crescer no meu peito. Eu odeio que eu a
empurrei para longe, mas eu sinto que se eu não o fizesse, eu nunca seria
capaz de viver minha própria vida. Eu suspiro pesadamente, tentando
afastar minha mãe da minha cabeça; eu quero aproveitar nosso encontro.
— Eu sei; mães é uma raça única não são? — eu olho para ele e vejo
seus bonitos olhos azuis escurecerem; eu me pergunto qual é o caso com a
sua mãe. Onde está seu pai? Quando eu estou quase deixando as perguntas
escaparem de meus lábios, seu celular toca. Ele olha para a tela e respira
fundo; todo seu corpo fica tenso e seu jeito muda completamente. Ele fica
de pé e atende.
— Você sabe que é uma mulher morta, certo? — ele olha em volta de
nós freneticamente; eu olho para ver se eu posso descobrir o que ele está
procurando.
— Ei, eu vou compensar você mais tarde esta noite. — ele agarra
cada uma das bochechas da minha bunda com uma de suas grandes mãos e
me puxa para frente; ele domina toda minha visão. Se inclinando, ele morde
duro meu lábio inferior, me fazendo sentir o gosto de sangue. A dor é um
sentimento bem-vindo; me lembra de como eu me sinto viva com Shadow.
Assim que nós entramos no quarto, ele bate a porta com um chute e
me joga contra a parede com seu corpo. Ele aperta sua boca com força
contra a minha, contundindo meu lábio. Eu instantaneamente enrolo meus
braços em volta de seu pescoço querendo mais, enquanto ele trilha sua
língua todo caminho da minha mandíbula até minha orelha. Ele suga o
lóbulo da minha orelha em sua boca, me fazendo gemer levemente. Como
se um fogo tivesse sido aceso, nós começamos a empurrar e puxar nossas
camisas e calças, elas estão pesadas como tijolos estando molhadas como
elas estão. Ele me pega e me joga sobre a cama.
— Fale, — ele exige entre estocadas, sabendo que eu quero que ele
me bata de novo.
— Me bata, Shadow. — eu digo sem ar. Minha voz está pesada com
luxúria. Eu pareço tão erótica, que nem ao menos reconheço minha própria
voz.
Ele puxa suas mãos para trás e bate em minha bunda de novo. Minha
cabeça cai de novo e eu gemo. Eu posso sentir a mim mesma tentando
despencar da borda do êxtase. Ele chega com sua mão e enrola em meu
cabelo, puxando levemente.
— Porra, sim, bem assim, baby, — ele grunhe quando ele começa a
estocar mais duro. Eu posso sentir seu comprimento pulsar dentro de mim;
o ajuste apertado. Meu corpo começa a estremecer com calor. Eu
choramingo quando o calor se espalha para meus pontos sensíveis. Ele
geme enquanto eu aperto em sua volta, mandando nós dois pela borda
juntos. Nossa explosão simultânea é tão tóxica, animalesca e crua. Ele cai
em cima de mim, nos levando a entrar em colapso.
— Porra, isso foi ótimo! — ele diz. O máximo que posso fazer é
assentir; eu estou tão sem fôlego que me sinto exausta na hora. Meus olhos
fecham; tudo que eu posso ouvir é a respiração profunda de Shadow e meu
forte batimento cardíaco me embalando para dormir.
Capítulo catorze
SHADOW
Eu fico deitado assistindo Dani; sua pele de seda; salpicada com
gotas de suor, sobe e desce rapidamente. Ela é de tirar o fôlego. A ver
pingando por causa da chuva foi a coisa mais erótica que alguma vez eu
fodidamente vi. A provocação descarada me fez a querer ainda mais. Então
eu a fodi até eu pensar que ela iria entrar em combustão sobre meus dedos,
deixando nós dois ofegantes. Sua respiração diminui; ela deve ter dormido.
Eu esfrego seu longo cabelo enrolado de seu rosto; ela é realmente linda;
doida como a merda, mas linda. Eu fiquei deitado por vinte minutos
encarando ela, me perguntando o que no inferno ela vê em um fodido
motoqueiro como eu. Minha mãe drogada me ameaçando hoje me pôs
lívido. Ela arruinou meu tempo sozinho com Dani.
* * * * *
Bull termina a última mordida de sua torrada e olha para mim; ele
esfrega sua mandíbula áspera pensando. — Vamos, rapazes. Tenho merda
pra falar. Hora da missa.
Ele esfrega seu pescoço como se ele pudesse limpar os chupões, suas
bochechas ficam vermelhas. — A maldita cadela era como um vampiro
fodido. Está parecendo tão ruim? — ele pergunta, inseguro.
— Sua mãe deve estar te seguindo? — Locks fala, dizendo uma coisa
que eu já tinha imaginado. Eu odeio quando eles se referem a essa puta
como minha mãe; faz meu sangue gelar.
— Sim, eu assumi, — eu replico friamente.
— Sim, eu tenho certeza que essa cadela se foi. Eu não posso dizer
que estou triste sobre isso também. Ela não é a mesma mulher que ela
costumava ser; ela é todo tipo de fodida agora. Não sei se eu fiz isso ou se
foi a vida no geral; eu posso ver o arrependimento sobre o que aconteceu
com Lady.
— Foda-se ele; ele é problema da Lady. Ela foi embora por vontade
própria, — Bull diz despeitadamente. Sua expressão foi de indiferente para
dura em um segundo.
— Eu tenho umas novidades para você. Você pode achar
interessante, — Hawk sufoca de trás da mesa preta. Todas as cabeças se
viram esperando o pássaro velho cuspir para fora. — Alguns civis disseram
que tem visto alguns caras chamados El Locos correndo pela cidade. — a
voz de Hawk é tão áspera que é até difícil entender o fodido.
— Faz sentido. Aposto que eles estão fodidos de raiva que nós
declinamos seu serviço de merda. O tiroteio foi amador, e eles
definitivamente parecem amadores. — Bobby diz, indicando que eles
podem ser os responsáveis pelo tiroteio.
— Nós vamos cuidar disso hoje. Bobby, Shadow, Locks, vocês estão
comigo. Locks, peça que Babs consiga algumas garotas, incluindo Dani, para
comprar comida e estocar um pouco mais de bebida. Quando nós voltarmos
eu quero me perder. — Bull levanta suas sobrancelhas em um gesto
obsceno. Retaliar contra os El Locos e farrear a noite toda parece como um
dia perfeito para Bull, e quando ele quer se perder, ele realmente quer
dizer isso.
Eu saio da sala e vejo Dani no bar comendo ovos. Ela olha sobre os
ombros e seus olhos instantaneamente conectam com os meus. Toda vez
que ela faz isso, eu sinto como se meu fodido estômago caísse para o chão.
Essa mulher me faz sentir coisas indescritíveis. Ela está com uma blusa
preta ajustada e jeans azuis; seus cabelos puxados para cima. Ela é
simplesmente linda.
A corrida até o motel leva vinte minutos, assim com Hawk disse. É o
típico lugar decadente com pintura descascada e telhas faltando. Tem no
máximo vinte quartos. Nós circulamos o motel para tentar localizar em
quais quartos os El Locos podem estar, mas apenas encontramos um carro
ou dois. Eu olho para Bull e ele aponta para o escritório da gerência.
— Veja o que vocês podem descobrir, — Bull diz para Bobby e eu.
Ele sempre nos manda atrás de informação. As vezes nós podemos jogar
charme para a pessoa; outras leva um pouco mais de força. Eu
pessoalmente prefiro força a charme. Pelas portas de vidro, nós vemos uma
jovem garota com o cabelo preto em um rabo de cavalo e óculos pretos.
Mesmo que ela esteja sozinha no escritório, o olhar em seu rosto é de medo.
Só Deus sabe o que esses fodidos imbecis têm dito para ela. Nós
empurramos a porta aberta e um sino toca.
— Sim, — ela gagueja, — nós temos uns chamados de El... El... Locos.
Nós andamos para fora até Bull e Locks que estão conversando
sobre alguma coisa no estacionamento.
— Quartos dez a quatorze; sem data de saída, — Bobby diz,
interrompendo eles.
— Nos leve para seu quarto. Agora, — Bull exige. Bull, Locks e Bobby
andam ao meu lado para nos esconder dos carros passando até que o cara
nos leva ao quarto 13. Seu corpo treme tanto que ele tropeça duas vezes.
Ele é tão patético, eu penso que eu posso até me sentir mal por o matar;
mas então, provavelmente não.
Eu não fui programado como os outros; coisas que doeriam na
consciência da maioria das pessoas, não me incomodam. Matar e torturar
outros, me faz sentir vivo; me dá o controle que eu desejo. Crescer com uma
drogada como mãe, mesmo que ela raramente esteve por perto, fode com
você. Eu desligo, eu fico dormente. Eu tenho visto coisas que eu não poderia
esquecer e eu aprendi a lidar com isso. O único momento que eu me sinto
vivo agora é quando coisas como esta vão para a merda.
— Nós mandamos Charlie buscar pizza aquela noite. Ele deve ter
sido seguido de volta para a casa segura, dando a eles nossa localização, —
eu lembro a todos.
— Foi fácil? Um dos meus homens levou um tiro, seu bosta fodido,
— Bull grita. O garoto apenas ri, sangue espirrando de seu nariz. Bull acena
para mim, — Mostre para ele o que acontece quando fode conosco. — eu
pairo minha pistola sobre a perna do garoto, — Não o mate, no entanto.
Nós não precisamos desse tipo de coisa agora. Só uma lição está bom, —
Bull insiste, sabendo que eu colocaria esse fodido no chão acertando uma
artéria essencial enquanto sorrio.
Chad instantaneamente começa a gritar como uma maldita garota
quando ele vê que estamos falando sério. Bobby pula na cama em cima dele
e tapa sua boca, silenciando seus gritos. Sem pensar duas vezes, eu miro
com minha pistola, engatilho e puxo; tudo em um movimento fluido.
O punk grita mais alto e seus olhos esbugalham enquanto a bala
penetra sua perna.
— Você diz para seu presidente, Big Jim, para tirar sua fodida bunda
da minha cidade ou da próxima vez esta bala vai estar em sua cabeça, filho.
— Bull diz; e com esse aviso o garoto desmaia.
— Você está brincando? — eu sorrio.
— Do jeito que eu vejo, Bull vai descobrir sobre vocês dois e quando
isso acontecer ele vai saber que eu sei. Eu vou acabar com pelo menos uma
bala e eu nem ao menos fodi a cadela. Eu acho que é justo eu ficar com essa
lembrança. — ele está rindo tanto, que eu mal consigo entender o que ele
está falando.
Capítulo Quinze
DANI
Eu acordei essa manhã me sentindo dolorida em todos os lugares
certos. Mesmo agora, enquanto eu ajudo Babs nas preparações para a festa
de hoje à noite, cada doloroso movimento me lembra de onde Shadow me
tocou; de como ele me pegou sem misericórdia e me fez dele. Apenas
pensar sobre isso faz com que chamas de desejo lambam as pontas dos
meus dedos dos pés, passem pelo núcleo do meu sexo e terminem sobre os
picos de cada um dos meus duros mamilos, corando minhas bochechas.
Espero que ninguém perceba enquanto eu varro chão das escadas e
abasteço o bar com marcas variadas de cerveja e bebidas alcoólicas. Outras
mulheres estão indo e vindo, ajudando a montar bandejas de molho para
batatas fritas e todos os outros tipos de aperitivos. Babs disse que meu pai
quer uma festa hoje à noite, mas ela não mencionou se há uma ocasião
especial ou não. De qualquer maneira, eu tenho certeza que ele vai querer
que eu vá para o meu quarto. Eu não estou cedendo sem lutar neste
momento. Eu olho para cima de onde eu estou guardando garrafas e vejo
meu pai e Locks entrando. Locks vai para a cozinha para encontrar Babs, eu
tenho certeza.
— Ela vai ser paga; vai a ajudar se levar para fora do clube. Aposto
que ela se sairia bem com as gorjetas, — diz Locks. Me viro e olho para ele,
ele me quer fora do clube. Me lembro dele reclamando a Shadow sobre
mim e minha mãe ficarmos aqui.
— Sim, tudo bem, mas não me faça arrepender disso, Dani. — meu
pai fica em pé no bar, — Você tem alguma coisa boa para comer aí dentro,
Babs? Eu estou faminto. — ele entra na cozinha com Babs e Locks atrás
dele.
Ele ri enquanto ele corre suas mãos para frente e para trás em seu
topete bagunçado. — Sim, como eu.
— Bem, olhe para você, — grita um cara com uma bandana preta e
barba preta descendo em uma trança. — Você deve ser nova. Eu lembraria
de uma moça como você. — ele veste uma camisa preta com o colete que
diz que ele é um dos nossos; seu nome, ‘OLD GUY’, esboçado em seu patch
desgastado. Eu nunca o vi antes, mas existem muitos membros que eu não
conheci pessoalmente.
— Que tal você de joelhos? — ele grita de volta e balança sua língua
para mim. Eu posso apenas rir. Sério, essa é a cantada que ele usa em
garotas?
— Algo engraçado, cadela? — ele zomba, empurrando seu peito para
fora.
— Seu pai deveria te prender antes que essa sua boca te coloque em
apuros, — ele zomba quando vai embora.
— Esta é Chelsea; ela é uma das garotas do Clube. Ela tem tentado se
tornar a old lady de Shadow desde que ela colocou os olhos nele, — Bobby
agora ao meu lado, sussurra em minha orelha.
Eu começo a sair do bar, pronta para jogar ela no chão, mas Bobby
agarra meu braço e se inclina em minha orelha. Seu peito largo como de um
jogador de futebol, obstrui minha visão.
— Respire, Dani. Se ele empurrar ela longe, vai criar muitas fodidas
perguntas. Se você for até lá e fizer uma cena, vai criar ainda mais
perguntas. Venha beber comigo e respire. — suas palavras fazem sentido,
mas os efeitos do meu coração quebrado ainda fazem correr gelo em mim,
fazendo dor vibrar através dos meus membros.
— Vamos, eu não sou tão ruim de estar perto, sou? — ele provoca.
Eu sorrio e agarro três copos de doses vazios, enfileirando eles
sobre o balcão do bar.
— Me abasteça! — eu grito para Bobby.
Ele agarra uma garrafa de tequila e enche todos os três copos até o
topo. Eu jogo um pouco de sal em meu pulso, sentindo os pequenos cristais
revestir minha pele. Eu lambo meu pulso e jogo para dentro o primeiro
copo, então o segundo, e finalmente o terceiro; a queimadura não é nada
fácil. Quando eu atiro o terceiro copo de tequila no bar, Bobby segura a fatia
de limão e eu mordo duro. A temperatura do meu corpo está subindo
rapidamente e eu começo a puxar minha camisa.
— Mantenha sua camisa. Seu pai vai chutar sua bunda se você
mostrar seus seios para todos esses motoqueiros. — ele engole três doses
também.
— Ei, eu posso ter uma dose de Jack! — uma voz grita para mim da
frente do bar. Eu agarro um copo limpo, encho e entrego para uma old lady.
— Nunca. Bem, eu quero dizer, eu tive vinho aqui e ali, e uma dose
com meu pai outro dia, — eu explico, pronunciando minhas palavras. O
rosto de Bobby fica um pouco pálido.
— Está tudo bem. Meu pai foi para o fundo faz um tempo atrás com
algumas garotas, — eu asseguro a ele.
Eu tento olhar para Shadow e… qual era seu nome mesmo? Tudo
que eu vejo é um enxame de pessoas; pessoas difusas, eu poderia
acrescentar. De repente, meu estômago se sente enjoado e a sala começa a
rodar.
— Oh, uau, isso fede, — ele diz, puxando sua camisa sobre seu nariz.
Eu olho para ele; ele é realmente bonito. Seu cabelo loiro enrolado e seus
olhos azuis faria qualquer garota desmaiar.
— Bem, talvez não agora, — ele brinca e agarra papel higiênico para
limpar meu queixo. Tudo que eu posso fazer é bufar em resposta.
— Além disso, eu dormi com Chelsea antes e ela não é tão gostosa
quanto você pensa. — ele enruga seu rosto em desgosto. — Aquela vadia
15
me deu carrapatos . — nós dois começamos a rir, mesmo que eu tenha
certeza que a situação não é engraçada.
Capítulo Dezesseis
DANI
Eu acordo com uma dor latejante na minha cabeça e a luz do sol que
brilha através da minha janela parece com um feixe de laser. Puxo os
cobertores sobre a minha cabeça para bloquear a luz e ouço algo deslizar
para fora da cama. Eu espreito para o lado e vejo uma caixa de presente
grande e branca no chão. Que diabos é isso?
Eu estendo a mão para a agarrar. É mais pesada do que parece,
então eu a arrasto para a cama comigo. Eu abro a tampa e encontro uma
nota sobre o papel de seda preto.
“Eu te disse que você iria me odiar mais do que gostar, mas você é
minha e minha é a mais quente cadela em couro. – S”.
Ele agarra a bainha de sua blusa e puxa fora de sua cabeça; meus
olhos imediatamente se lançam para seu abdômen tonificado e sua trilha
da felicidade. Ele não joga justo. Eu não posso ficar com raiva e focar em
nossa conversa quando ele tira sua camisa e se parece desse jeito.
— Ela é apenas outra puta do Clube para mim; ela não é você.
Ninguém pode ser você. — ele sussurra contra minha pele, seu hálito é
quente e espesso no meu pescoço eu inclino minha cabeça, o convidando
para ir mais profundo.
* * * * *
Shadow saiu da minha cama cedo essa manhã. Ele teve que ir tomar
conta de algum negócio do Clube; disse que estaria fora por apenas
algumas horas. Eu não sei o que ele está fazendo, mas de acordo com Babs,
você nunca pergunta aos caras o que eles fazem. Eu me levanto e sigo
minha rotina de tomar um banho e escovar meus dentes com a escova de
Shadow.
Eu agarro meu último sutiã e calcinha e um short não tão sujo assim.
No closet eu acho a última camisa limpa, também. Eu preciso lavar roupas
hoje, e isso irá ajudar a manter minha cabeça fora de Shadow por um
tempo.
Charlie acelera a moto e sai do Clube. Sua moto é rápida, mas nem de
perto tão rápida como a de Shadow. O sol na minha pele é uma sensação
maravilhosa e o cheiro de água é de tirar o fôlego. Depois de quinze
minutos, nós estacionamos em um pequeno prédio branco que se parece
muito com um posto de gasolina. Uma placa diz “MOM E POP’S” acima da
porta da frente.
* * * * *
Minha cabeça está latejando; pulsando tanto que eu posso sentir isso
em meu pescoço. Eu preciso levantar e obter algum analgésico. Devo ter
dormido mal. Abro os olhos e vejo uma parede desconhecida. Me sento em
um colchão queen-size manchado e num piscar de olhos tudo volta para
mim. O filhote de cachorro. O pano. A escuridão. Ah, a minha cabeça. Eu
alcanço e toco minha cabeça e sinto alguma coisa grossa e úmida. Eu trago
a minha mão para baixo e vejo sangue em minhas mãos; por que diabos eu
estou sangrando? Eu olho em volta do quarto; está apenas vazio. Eu sinto
meu coração acelerar; meu sangue correndo como o Nilo. Eu estou em
pânico. — Respire, Dani, respire, — eu sussurro, tentando me acalmar.
Entrar em pânico não vai me levar a lugar algum.
— Isso é tão fodido, Cassie, eu não posso acreditar que nós fizemos
isso, — uma voz masculina desconhecida e rouca ecoa através da parede.
— Eles vão ficar putos. Se você pensa que está na merda agora,
apenas espere. Este não é o jeito que eles agem sobre as coisas! — a voz
masculina diz de volta.
— Ei, você está nisso tanto quanto eu, imbecil! Nós temos alguém
que eles querem. Adrian nos dará dinheiro ou drogas, e então nós partimos
da cidade.
Adrian, quem no inferno é Adrian? Eles pegaram a garota errada, eu
não conheço nenhum Adrian.
Capítulo Dezessete
SHADOW
Odeio deixar Dani, mas Bull insiste que eu preciso verificar o
armazém com ele. Recebi um telefonema dizendo que alguns motoqueiros
desconhecidos foram vistos na área. Não tenho dúvidas de que é o El Locos,
mas eu não posso apontar o dedo a menos que nós tenhamos a prova. Bem,
Bull não pode. Nós seguimos até o antigo armazém onde guardamos um
monte da nossa mercadoria; mas nem tudo, não somos estúpidos. Nós
mantemos nossas drogas e armas em diferentes armazéns em todo o
estado, sob diferentes alçadas. Dessa forma, se alguma vez formos pegos
eles não vão apreender tudo.
DANI
As vozes do outro lado da parede estão calmas, sem revelar
qualquer informação útil. O que diabos alguém iria querer de mim? Seja o
que for, eu não vou desistir sem lutar. Eu vou cortar, arranhar e matar
quem quer que eu precise para sobreviver. Rá, me escute, eu pareço tão
durona. A Dani de New York nunca teria dito isso. Ela teria deixado que eles
fizessem o que quisessem, e teria dado a eles tudo o que eles precisassem.
Isso foi quando eu era fraca e moldada na forma que minha mãe queria. Eu
estou convencida de que minha mãe viu o mal que espreitava dentro de
mim, antes mesmo que eu percebesse. Eu posso ver agora por que ela me
protegeu de tudo o que teria provocado à escuridão. Shadow e o Clube do
meu pai atraíram a selvageria para fora.
Como ela ousa. Eu não teria que brincar de boxe se não me levassem
contra a minha vontade. Minha besta quer ser liberada novamente. Eu
cerro os dentes para a cadela.
Ela funga mais alto novamente; pegando as costas de suas mãos ela
esfrega seu nariz. De repente, tudo faz sentido. A drogada é a mãe de
Shadow. Ricky é seu pai? Adrian é Shadow?
* * * * *
SHADOW
Eu sento na mesma mesa de madeira que nos sentamos em qualquer
outro dia. Normalmente, no entanto, nós discutimos embarques e
pagamentos. Eu nunca pensei que nós estaríamos falando sobre alguém
com quem eu me importo mais profundamente. Me importo mais
profundamente; me ouça, eu fui chicoteado por uma buceta sem concerto.
Eu instantaneamente me arrependo de afastar Dani, de me segurar dela. O
curto tempo que eu tive com ela não foi o suficiente, e no meu mundo eu
não estou otimista de que Dani irá voltar como a Dani que ela era antes de
ter sido raptada. Pensamentos dela ser abusada e estuprada fazem meu
estômago chocalhar em doloroso arrependimento.
— Volte para a hora em que Charlie estava aqui, — eu digo a ela. Ela
sabe quem Charlie é porque nós o enviamos para buscar muita merda;
trabalho de vadia. Considerando o que aconteceu hoje, se ele não for
chutado para o chão, ele estará fazendo muito desses trabalhos por um
tempo.
DANI
— Qual é seu nome? — Cassie pergunta. Eu apenas olho para ela,
seu corpo completamente tomado pelas drogas há muito tempo atrás. Eu
não estou dizendo a ela meu nome, ela que se foda.
— Tudo bem. Eu não preciso saber seu nome, — ela diz sem
interesse. — Me conte sobre o Clube; eles correm armas? Eu sei que eles
têm drogas sendo um MC, certo? Você sendo a old lady de Adrian, tenho
certeza que você sabe. — ela lança as questões rapidamente, sentando no
sujo colchão comigo.
Porque ela quer saber essas coisas; dizer iria fazer de mim um rato.
Imagens dos artigos que eu encontrei no computador aquela noite passam
pela minha cabeça. O Clube cuida de ratos de um jeito que eu não gostaria,
eles os matam. Mesmo eu sendo a filha do presidente, ser um rato não
sairia impune; até eu sei disso.
— Ela não irá te dizer merda, — Ricky engrossa. Suas vozes estão
fazendo minha cabeça doer. A dor em minha cabeça, meu lábio ferido, e
minha dolorida costela me fazem ver em dobro. Eu só quero dormir,
dormir nos braços de Shadow; apenas mais uma vez.
— Ah, Poppy. Eu aposto que ela daria uma boa buceta! — ele diz
com admiração, seu sorriso imitando o dela.
Se eu não disser o que eles querem saber, eles vão me vender para
um traficante de sexo, mas se eu falar, eu estarei selando meu destino com
o Clube. Meu coração tamborila em alerta. Eu me sinto acuada; sem saída.
Porque Shadow não veio por mim? Ele deve ter notado que eu estou
desaparecida agora. Traficantes sexuais significa ser abusada, drogada,
estuprada, e ter minha alma marcada como um objeto. Eu não seria um ser
humano; eu seria possuída. Shadow não é a besta que ele diz ser. Esta
cadela que ele chama de mãe é a besta. Homens como Ricky e Poppy; eles
são as bestas.
— Como Shadow, er, quero dizer, Adrian, deveria te dar o que você
quer se ele não sabe quem me tem? — eu raciocino, tentando pensar onde
eu estou indo com isto. Eu estou apenas tentando pará-los.
— O que você quer dizer; ele sabe quem está com você. Eu disse a
ele o que aconteceria se ele não me desse o que eu quero. Eu dei há ele
muito tempo, — Cassie diz, enquanto ela sai da cama para se juntar a Ricky.
— Ele está em um Clube de Motoqueiros. Eu tenho tido muitas
ameaças de ser tomada, querida. Ele não faz ideia de quem me tem, — eu
digo, meu tom é distante e inseguro. Pelo que eu sei, ela é a única que
ameaçou me pegar, mas talvez se eu jogar minhas cartas da forma certa eu
possa entrar em contato com Shadow então ele pode descobrir exatamente
onde eu estou.
— Ligue para ele; diga a ele onde eu estou? Tire uma foto do meu
rosto? — eu digo, apontando para meu lábio rachado e minha cabeça. Se
parecer tão mal quanto se sente, vai fazer Shadow explodir sua cabeça com
certeza. — Mostre a ele que você não está de brincadeira, — eu pronuncio,
prática. — E o que aconteceu com minha cabeça de qualquer forma? — eu
pergunto, quando ela pulsa alto em dor.
— Não tente nada fodido, — ele sibila no meu rosto, seu hálito tão
pesado que traz bile em minha garganta.
Ricky está por trás de mim. Seu braço serpenteia ao redor da minha
frente e agarra a minha garganta com força. Eu estremeço com o contato
duro, minha pele ainda sensível de quando ele me enforcou anteriormente.
Eu ainda posso respirar, mas seu aperto torna difícil e meu pânico
aumenta. Suas unhas sujas cortando em minha pele e eu posso sentir meu
sangue correndo para os pequenos cortes que ele está fazendo.
— Sim, eu penso que nós ainda a devíamos vender para Poppy. Dar
a algum pobre bastardo um adiantamento do Natal, — ele rosna em minha
orelha empurrando seus quadris em minhas costas. Sua ereção é evidente e
eu engasgo. Eu olho para cima na direção de Cassie, me perguntando se ela
está vendo isto, mas ela está mexendo com meu celular e não prestando
atenção.
Meu corpo não pode aguentar mais. Minha visão embaça e meu
corpo grita de dor em todos os ângulos.
— Sua cadela estúpida. Eu não posso esperar para vender sua bunda
arrependida para Poppy! — Cassie grita, segurando seu nariz para parar o
sangramento. Ela tropeça sobre mim e me chuta nas costelas. Sua explosão
não é tão poderosa quanto à de Ricky, mas é o suficiente para me fazer ver
pontos pretos. Eu tento e luto contra a escuridão invadindo minha visão,
assustada com o que Ricky pode fazer se tiver a chance.
— Oh, querida, você está pirando. Uma vez que tivermos nosso
dinheiro, sua bunda será vendida e nós estaremos longe daqui. — Cassie ri
entre cada palavra.
* * * * *
* * * * *
— Doc está aqui, Dani, — Shadow diz, escovando meu cabelo para
longe do meu rosto. Eu nunca tinha visto um lado tão carinhoso de Shadow.
Eu viro, estremecendo apenas com o menor movimento.
— Ei, Dani, você pode me chamar de Jessica. — a bonita loira se
encaminha para o quarto vestindo um jaleco branco e carregando uma
maleta preta. Quando eles disseram que Doc está vindo, eu imaginei um
homem velho e careca com cabelo no nariz.
— Meu pescoço?
— Parece que você foi sufocada; você foi estuprada? — ela pergunta
com sensibilidade.
— O que? — Shadow anda para perto de Jessica.
Uma vez que Bobby e Shadow saem do quarto, Bull coloca sua
cabeça para dentro. — Uh, Doc? — Bull pergunta de forma rude, sua voz
cheia de autoridade e hostilidade.
* * * * *
SHADOW
Quando eu recebi a foto de Dani espancada com pouca vida e vi a
forma como Ricky tinha suas fodidas mãos sobre ela, a besta foi liberada
sem pensar. Eu reconheceria aquela feia luz rosa e azul no fundo da foto em
qualquer lugar; é um bar para onde Bobby me arrastou anos atrás. Depois
de achar o bar, foi apenas questão de minutos para encontrarmos a casa. Eu
tinha minha cabeça tão enfocada em Dani que eu nem ao menos esperei
que Bull desse ordens. Eu apenas fui para dentro, preparado explodir a
cabeça de qualquer um que ficasse em meu caminho. Quando eu vi Dani
espancada no chão, eu perdi todo o pensamento. Eu me senti como se não
tivesse nenhum controle; sem esperança, com medo e apaixonado.
— Você está fodendo Dani? — Bull pergunta, sua voz amarga e fria.
Não em tudo feliz de dar aos meus irmãos imagens para seus bancos
de punhetas, eu cerro meus dentes e respondo, — Sim.
Dani é uma garota crescida, talvez pela primeira vez ela possa gostar
de fazer suas próprias escolhas e possuir sua própria vida. Infelizmente
para ela, se ela é minha, isso nunca vai acontecer.
— Eu acho...
— Você não tem o direito de achar, — Bull grita, me cortando, —
achar fez você foder meu Clube e ter irmãos mentindo por você. Você
quebrou a lei! — ele berra. — Fodendo com a filha do presidente e
mentindo pelas minhas costas. Candy no outro dia, foi por sua causa, não
foi? — eu não respondo; eu sei que é uma pergunta retórica e nada que eu
disser vai ajudar de qualquer jeito. — Bobby, Shadow, do lado de fora, —
Bull estala, levantando, sua cadeira derrapando através do chão de madeira
dura.
A última coisa que eu vou fazer é me lamentar por querer estar com
Dani. Se Bull me matar, vai ter valido a pena. Dani é a melhor coisa que
aconteceu comigo; ela me trouxe para fora da concha na qual eu vivia, ela
me trouxe fora para me mostrar um caminho que eu nunca havia
conhecido. Ela pode nunca ser capaz de me trazer de volta das sombras que
me seguem, minhas sombras que espreitam na escuridão.
Bull saca sua pistola. Batendo o cano em sua perna, ele olha para
mim, — Braço ou perna? — eu acho que eu tenho sorte de ele me dar uma
escolha e não me atirar no crânio.
— Bra— antes que eu possa dizer a palavra, ele atira uma bala reta
direto no meu braço, o mesmo braço que foi baleado no tiroteio. O tiro ecoa
na noite quieta.
— Porra! — eu grito em dor, agarrando a ferida latindo na minha
carne.
— Ainda bem que eu fiquei por perto, — Doc diz, olhando para mim
e para Bobby quando nós tropeçamos para dentro.
— Doce? — eu tusso.
— Sim? Sim! Sim, foi. Eu pensei que era romântico. Eu sabia que eles
eram perfeitos um para o outro então eu coloquei minha vida na linha por
eles. Esse é o tipo de cara que eu sou; um romântico secreto. — Bobby diz,
claramente mentindo através de seus dentes. Fodido brega como o inferno;
se Doc acreditar nisso, ela é mais fraca do que eu pensava.
— Ela não foi estuprada, se isso é o que você está perguntando. Ela
não pode se lembrar de muito com a concussão, mas eu tenho certeza que
ela irá ter algum estresse pós-traumático. Você poderá tirar mais dela com
o tempo, mas ela apenas precisa de descanso, na verdade. Eu não deixaria
ela dormir por um tempo, mas isso pode ser mais difícil fazer do que dizer.
Capítulo Dezoito
DANI
Deitada na cama ouvindo meu iPod, ‘Demons’ de Imagine Dragons
está rugindo em meus fones de ouvido quando Shadow entra segurando
seu braço. Sangue seco rodopia em volta de seu braço e seu rosto está
contraído com dor e confusão. Eu retiro os fones de ouvido e tento me
sentar, mas a dor insuportável me faz deitar de novo.
— O que aconteceu? — eu pergunto, apontando para todo o sangue
em seu braço e a grande bandagem enrolada em volta.
— O que aconteceu? Vamos apenas dizer que seu pai não aceitou a
ideia de eu estar com você debaixo de seu nariz muito bem, — ele diz
sarcasticamente, deitando na cama perto do meu pé. O nevoeiro começa a
embaçar os cantos da minha visão; eu pisco com força tentando o afastar.
— Oh. — o que eu posso dizer? Ele apenas levou uma bala por estar
comigo.
Ele vira sua cabeça, ainda deitado em suas costas, para olhar para
mim. — Oh? — ele diz gracejando, fazendo meu estado atordoado se tornar
raiva. Sua mãe fez isso comigo. Ele disse que eu estava segura, mas quão
segura eu estava quando Ricky praticamente me fodeu com sua língua.
— Eu quero dizer – pra ser justa, eu estou desse jeito por causa de
sua mãe e... — eu paro incerta de quem Ricky é. Ele é o pai de Shadow?
Shadow apenas me encara, sabendo minha próxima pergunta.
Sério? Ele está colocando isso tudo em mim, agindo como se fosse
minha culpa que isso aconteceu.
Eu olho para cima através de meus cílios e vejo seu rosto gravado
com preocupação. Ele é tão confuso. Eu não me lembro de muito do rapto,
mas eu me lembro dos sons e de como Shadow foi carinhoso enquanto eu
pensava que estava sonhando. Agora que eu estou aqui e que ele sabe que
eu estou segura, ele está de volta ao Shadow exigente.
Fúria submerge minha dor. Como ele ousa agir como se fosse minha
culpa; ele faz alguma ideia do que eu acabei de passar? Tentar lembrar de
tudo é difícil; eu tenho muitas perguntas, eu apenas não consigo me
lembrar de todas elas.
— Ele é seu pai? — se ele for de fato o pai dele, então talvez Shadow
esteja mais fodido do que eu imaginei. Ele apenas o matou sem mais do que
um piscar de olhos.
— Ela costumava ter tanta luz em seus olhos azuis, mas depois da
primeira vez que ela me deixou sozinho, eles se tornaram embotados e
patéticos. Então ela começou a sair por semanas de uma vez; seu corpo
denso começou a diminuir até se tornar um esqueleto e seus dentes foram
apodrecendo. Quando eu de fato conversei com meu pai, eu nunca contei
para ele o que estava acontecendo. Minha mãe e eu éramos sua taboa de
salvação. Eu acho que ele sabia, no entanto; ele continuou perguntando
sobre ela e eu sempre inventava uma desculpa. Ela parou de escrever para
ele de volta quando suas cartas chegavam.
Eu pensei que minha vida era uma bagunça, mas eu não tenho nada
para Shadow. Seu passado claramente causou algum dano. É isso que ele
tem tido tanto medo de me contar? Ou ele apenas está me dizendo isso
para me tirar de cima dele? Eu rolo e olho para os olhos de Shadow,
cavando fundo em sua alma. Ele fica tenso sob meu olhar fixo, consciente
da conexão inexplicável que nossas almas compartilham, e quebra o
contato visual comigo.
Existe mais; mais que ele gostaria de me dizer, mas não consegue. Eu
posso sentir isso.
— Você não precisa me dizer mais nada hoje. Eu entendo que você já
partilhou um fodido bocado, — eu digo, reassegurando a ele que eu estou
feliz que ele compartilhou comigo. Eu sou gananciosa e quero mais, mas eu
não o empurrarei por mais esta noite.
— Minha mãe estava muito certa sobre meu futuro. Eu estava tão
presa na minha vida com ela, como eu estava naquele quarto trancada, —
eu compartilho com Shadow, tentando dar a ele um vislumbre do porque
eu ser uma ingênua garotinha quando eu apareci no Clube. Olho por olho,
se você preferir.
* * * * *
— Sim, faça isso, — diz Poppy. Eu ainda não posso ver o seu rosto
através da luz ofuscante.
— Nããão! — eu grito.
— Onde você está indo? — Shadow pergunta, sua voz cheia de sono.
— Eu tenho que tomar um banho. Eu preciso, — eu digo, soluçando.
Eu me sinto tão fraca, tão vulnerável.
— Não, você não pode fazer isso por si mesma. Estou ajudando, fim
da discussão! — seu tom é duro e exigente. Corro o risco de olhar para
Shadow, nossos olhares segurando uma energia diferente de quando
adormecemos. O ar parece mais irritado e mais hostil do que antes. Mas por
quê?
Eu ando até ele e arrasto as unhas para baixo sobre seu abdômen
delineado, sentindo sua pele explodir com arrepios sob meu toque. Meu
toque o afeta.
— Agora que seu pai sabe sobre nós, você é mais do que minha, e
todo mundo vai saber. — ele diz isso como se fosse uma coisa ruim; sua
mudança de comportamento agora faz sentido. Meu corpo lamenta a súbita
percepção de que Shadow está lutando contra mim porque meu pai me
mandou morar com ele. Eu olho para o braço enfaixado; seu preço para
estar comigo. Eu quero dizer a ele que eu não tenho que ir com ele, que nós
podemos fazer isso em nossa própria velocidade, mas nós dois sabemos
que não é verdade.
— Então você gritou que a queria matar? Quem é você? Você não é
normal, — minha mãe gritou comigo, me fazendo sentir envergonhada. Eu
deveria ter deixado Sophie jogar a bola em minha cabeça. Eu não deveria ter
feito nada sobre isso, então a minha mãe não iria me odiar ainda mais do que
ela já odiava. Eu não sei o que deu em mim, mas eu nunca iria deixar que isso
acontecesse novamente.
— Você não vai entrar? — eu pergunto, confusa, uma vez que temos
tido banhos juntos muitas vezes.
Shadow não fala ou faz contato visual, ele apenas balança a cabeça
negativamente.
— Não, eu posso fazer isso. Eu não quero que você assuma o papel
de enfermeiro, — eu respondo. Eu não quero Shadow se sentindo obrigado
a cuidar de mim, especialmente se ele está tentando me empurrar para
longe. O pensamento simples me encoraja. Enquanto eu estava na casa de
merda, eu fiquei sem esperança, bem como quando eu era criança. Eu era
fraca, vulnerável, ingênua e medrosa. Ninguém me salvou na época, mas
quando ele me resgatou agora, Shadow derrubou as paredes de proteção
que eu tinha, me fazendo sua. O que dói é que agora ele não me quer.
— Basta ir. Não faça isso. Você não tem que cuidar de mim, —
murmuro, tentando salvar a pouca dignidade que me resta.
— Eu quero cuidar de você. Nunca pense de outra forma —Shadow
mergulha as mãos ensaboadas no meu cabelo molhado; os dedos hábeis
trabalham sua magia no meu couro cabeludo. Meu corpo ganha vida a
partir de todas as terminações nervosas. Calor interno lambe minha
espinha; perdido pela insegurança e revivido com seu querer. Meus lábios
se partem, os meus olhos se fecham, quando eu me deixo levar no carinho
afetuoso que Shadow está me dando. Eu nunca me senti tão bem cuidada,
tão acarinhada antes. Shadow me puxa para mais perto e inala
profundamente, eu posso sentir sua dura excitação contra a parte inferior
das minhas costas quando ele rosna. Suas mãos deixam a bagunça de sabão
na minha cabeça e viajam para baixo dos meus ombros para agarrar o meu
peito ensaboado. Eu gemo alto; suas mãos inflamam minha necessidade em
um fogo ardente.
— Você não dará prazer a si mesma também. Vou saber se você fizer
isso e você não vai gostar das consequências. — Shadow olha bem nos
meus olhos, me prometendo que se eu desobedecer aos seus desejos serei
punida. Ele está empurrando minha sanidade sobre a borda, mas me
deixando prestes a gozar apenas com as suas palavras.
— Eu vou fazer o que eu quiser, você não me possui! — eu grito,
minha indignação tão forte que a minha visão fica borrada. Minha
escuridão está tentando subir. Parece que está querendo aparecer mais
vezes ultimamente.
— Você quer correr agora? Você quer negar que você é minha? —
Shadow pergunta com a voz rouca. Isso é errado; eu não sou uma posse, e
eu não sou uma submissa. Não é justo que ele está brincando com minha
mente. Ele diz que me quer, mas age de forma diferente.
Eu sou muito fraca para dizer qualquer coisa. Quero Shadow; ele me
fez o querer. Meu corpo está em alerta máximo querendo mais do toque de
Shadow. Minhas dobras estão pingando de excitação, em desacordo com a
minha mente; querendo ser possuída e amada por Shadow. Dando a
Shadow tudo, talvez ele vá ver quanta confiança é necessária para estar no
meu lugar; talvez ele vá abrir sua mente para confiar em mim. Minha
batalha interna me confunde, mas meu corpo fala mais alto que a minha
mente.
Capítulo Dezenove
DANI
Eu acordo na cama sozinha. Tenho certeza de que Shadow tem
missa de novo esta manhã, parece que vou ter que me acostumar a acordar
sozinha se eu quiser ficar com ele. Eu sei que missa é importante para os
meninos; aposto que eles têm muito a falar depois do sequestro.
Me sento e minhas costelas acordam com dor. Elas não estão tão
doloridas como ontem, talvez o chuveiro quente tenha ajudado. Minha
cabeça se sente muito melhor, também. Tudo já não é tão distorcido, e não
se sente como se uma banda de rock estivesse tocando no meu crânio.
Vou até a minha mala para encontrar algumas roupas. Tudo está
limpo, dobrado e organizado na minha mala. Hmm, eu quero saber quem
fez isso. Pego uma legging preta e uma bata cinza. Eu amo esta bata, é larga
e solta no topo, pendendo dos meus ombros nus, e apertada e elástica na
parte inferior, abraçando o meio da minha coxa.
— Você deve estar com fome, boneca. Aqui, tem alguns ovos e
torradas, e este copo de suco. Eles vão te fazer se sentir como um milhão de
dólares. — Babs desliza um prato por cima do balcão.
— Ahhh, você é mais que bem-vinda. Eu lavei suas roupas para você,
por sinal, — ela toma o meu prato e coloca a mão em seu quadril,
esperando meu agradecimento.
— Você não tinha que fazer isso, Babs. Obrigada. — eu começo a
girar.
Eu bufo e vou para o meu quarto. Como ele ousa falar assim comigo;
agindo como se eu estivesse dormindo com todo o seu Clube. Me sento na
cama fervendo de raiva e brinco com meu lábio inferior. Será que minhas
boas vindas aqui expiraram? Talvez eu devesse ter ido com a minha mãe.
— Eu pedi que você ficasse com ele. Eu não posso ter você ficando
no Clube; tendo brigas de gato e meus homens lutando não é algo que eu
estou disposto a tolerar. — eu podia sentir seu olhar sobre mim, esperando
uma reação.
Meu pai para o veículo e se vira para olhar para mim, seu rosto
gravado com linhas de preocupação. Ele parece muito mais velho do que o
habitual. — Basta lembrar, Dani, nosso mundo é diferente do que você está
acostumada. Não vá correndo antes de você realmente o entender — ele
está agindo como se eu fosse um animal assustado pronto para fugir a
qualquer momento; como minha mãe.
Shadow me ignora pelo resto do dia. Ele joga videogame com Bobby,
me pedindo para o trazer uma cerveja ou lhe fazer um sanduíche aqui e ali.
Para passar o tempo, eu lavo os pratos, tiro o lixo e pego a roupa suja. As
portas da sacada foram abertas para deixar o ar de fora circular. Parece
ótimo, mas minhas costelas estão doendo ao máximo. Me sento em uma das
espreguiçadeiras, exausta de todo o trabalho duro. Minhas costelas estão
passando o nível de dor que posso suportar e minha cabeça começa a
latejar. Eu estou precisando de uma pausa.
Viro a cabeça e olho para ele. Eu não me importo de lhe pegar uma
cerveja, mas ele podia, pelo menos, pedir direito. Se ele está tentando me
afastar, me tratando desse jeito é uma ótima maneira de conseguir isso.
— Vá buscar sua própria maldita cerveja, — eu pulo de volta,
voltando a olhar para a vista do mar. É bonito com tons de roxo e rosa,
enquanto o sol se põe.
Você não acha que só porque você é doce e inocente, ele se preocupa
com você, que você pode o domar, não é? Assim que ele acaba com você, ele
vai voltar correndo para mim.
— Oh, Bobby, não pare! — uma menina geme alto. Isso não pode
estar acontecendo.
* * * * * *
Eu rolo nas minhas costas e olho para o teto. Eu não sinto vontade
de levantar, ou tomar banho, ou comer. Eu só quero deitar aqui e olhar para
o teto. Então eu faço; sem pensamentos e sem emoção por pelo menos
algumas horas.
Meu estômago grita para mim para sair da cama. Cedendo, eu saio
da cama e jogo o meu cabelo em um coque bagunçado. Eu saio do quarto
vestindo apenas a grande camisa do MC e calcinha; talvez mostrar um
pouco de pele trará Shadow para perto.
É um Kindle. Aonde diabos ele quer chegar com isso? Me trata como
merda, então me recompensa com presentes? Eu amei o presente, mas ele
não vai saber disso.
Eu olho para o relógio e vejo que é 06h30. Tudo que eu comi foi o
cereal e eu estou morrendo de vontade de comer algum alimento real. Eu
lanço o Kindle no final da cama e vou em busca de alimento, ainda em
apenas uma camiseta e calcinha.
Shadow está assistindo a um filme em vez de jogar videogame. Eu
olho para ele e entro na cozinha.
Capítulo Vinte
SHADOW
Acordei ontem chateado comigo mesmo; chateado que eu me deixei
ficar tão fraco, chateado que eu permiti que Dani tivesse esse tipo de
controle sobre mim, com raiva de mim mesmo por a amar. Eu também
estou chateado por eu quase deixei que ela fosse morta porque eu não levei
a viciada da minha mãe a sério.
Eu perdi o controle quando ela foi levada; perdi o controle com o
pensamento dela na moto de Charlie. Ela está bem, eu estou tentando
afastá-la. Eu estou tentando proteger ela da besta que eu sou. Mas, eu não a
posso deixar ir, meu corpo é viciado nela. Eu vivo e respiro Dani. Quando eu
penso sobre ela não estar comigo, eu me sinto sem esperança. Ela me
mostrou uma luz; ela é o céu para o meu inferno.
— Não há nada para falar, deixe para lá. — me levanto e faço o meu
caminho para a cozinha para tomar uma cerveja. A bagunça de espaguete
ainda está presente. Olho para o balcão e vejo um local limpo com a marca
da bonita bunda de Dani.
— Ela fode com a minha cabeça. Naquele dia que ela foi levada, toda
a porra do meu mundo caiu, Bobby, e eu perdi o controle, — eu confesso.
— O amor tem um jeito engraçado de foder com você. Eu entendo;
você acha que empurrando vagalume para longe irá impedir que você se
sinta impotente de novo, — diz Bobby, se levantando e andando até a ilha.
— Sim, e eu não acredito que ela não vá fugir quando descobrir o
que eu realmente faço; como eu permaneço vivo. — eu tomo um gole da
minha garrafa, arrependimento pelo fodido vazio que eu chamo de vida e
pelo jeito que eu lido com isso, me engolindo em um abismo negro. Se Dani
é qualquer coisa como sua mãe, ela vai correr para longe de mim. A
empurrando para longe agora é melhor do que depois que eu me entregar
completamente a ela, ou assim eu acho.
— Olhando para vocês dois sobre esse balcão mais cedo, eu pensei
diferente. — Bobby ergue uma sobrancelha e levanta o queixo em direção à
cozinha.
— Então, a pegue; a regue com amor. Ganhe a confiança um do
outro; descubra o que o outro gosta e odeia, — Doc diz, entrando na sala,
claramente ouvindo o assunto.
— Oh! Uma cirurgiã com quem trabalho disse que seu marido
alugou uma casa de praia. Era apenas eles e alguns funcionários
ocasionalmente. Ela disse que foi super íntimo e romântico. Parecia incrível
pelo que ela me disse. Você deve fazer isso. — a voz de Doc é alegre e
malditamente perto de ser irritante. Eu não gosto da doutora apaixonada.
— Diga a ela tudo, eu não acho que ela vai sair correndo. Ela é dura.
As pessoas vão te machucar, quebrar sua confiança, não importa o quê.
Cabe a você decidir quais valem a pena o risco, — diz Bobby. Ele
claramente tem estado perto da doutora apaixonada tempo demais.
* * * * *
DANI
Saio do chuveiro. Lavar o macarrão e a vergonha de mim foi mais
difícil do que eu pensava.
Eu quebro meus lábios nos seus; sua língua dançando com a minha.
Ele tem um gosto de cerveja e sexo, me fazendo colocar minhas pernas em
volta de sua cintura. Ele nos leva para a cama, me deitando de costas, com
as pernas nunca quebrando o contato.
— Eu também te amo, Shadow, — eu revelo sem fôlego. — Isso é
assustador para mim, também. Eu nunca amei ninguém antes, — eu digo,
passando minhas mãos pelo seu cabelo despenteado. Dizer as palavras me
faz sentir como uma leoa. Finalmente ser capaz de dizer as palavras é um
alívio. Eu amo Shadow; mal, motoqueiro, besta e tudo.
— Isso significa que você vai fugir comigo? — pergunta ele, dando
beijinhos de borboleta ao longo do meu pescoço.
* * * * *
Ontem a noite foi longa. Bobby e Doc fizeram sexo à noite toda de
novo, nos mantendo acordados com seus uivos intensos. Shadow e eu
deitamos ao lado um do outro, os nossos corpos silenciosamente pedindo
desculpas pelos últimos dias.
* * * * *
— Espero que vocês não tenham esperado muito tempo? — uma voz
arranhada de um homem mais velho soa atrás da porta do carro. Ele tem,
cabelo branco fino, olhos escuros e pele pálida. O efeito total é completado
por um terno branco.
Se virando para Shadow, ele continua, — Este é Rudy. Ele vai ajudar
com tudo o que você pode precisar. Ele vai cozinhar para você, lhe trazer
bebidas enquanto estiver na praia, o que você escolher. Por favor, o use
desde a limpeza dos banheiros até para afofar o travesseiro. — comanda
Harold, seu rosto se contorcendo em desgosto quando ele olha para Rudy.
Entrando, minha boca cai aberta com o luxo. À direita da porta está
uma cozinha pequena bonita com aparelhos de aço inoxidável e uma ilha
no meio. À esquerda da entrada fica uma pequena sala de estar com um
sofá estofado que tem almofadas verdes e brancas jogadas nele. Avançando
pela sala de, há um banheiro que parece enorme de onde eu estou.
* * * * *
— As coisas que eu vou fazer com você nesta cama, — Shadow diz
ao entrar na casa. Seus olhos estão encapuzados com promessas
pecaminosas.
— É uma praia; você já viu uma, você já viu todos elas. Estou
transando com você nesta cama agora, Dani, e nada está me parando, — diz
ele sério. Ele me joga nas minhas costas em uma nuvem de cobertores; meu
pouso suave e macio.
— Eu sei que eu tenho sido um idiota com você Dani, e eu vou fazer
isso bom para você. — ele agarra a bainha de sua camisa e levanta sobre a
sua cabeça; seu estômago definido e rasgado flexionando com seus
movimentos.
Ele joga seu jeans longe da cama e sobe em cima de mim, seus lábios
alegando minha boca possessivamente. Ele agarra a barra da minha camisa
e puxa sobre a minha cabeça lentamente. Deito de costas enquanto Shadow
espalma a fenda entre os meus seios com as mãos calejadas. Suas mãos se
movem para baixo através das minhas costelas machucadas e do meu
estômago. Enquanto ele beija a trilha deixada por suas palmas, eu arqueio
minhas costas querendo mais dele.
Shadow morde o zíper da minha bermuda e o puxa lentamente para
baixo quando seus dedos os desabotoam. Seus lábios beijam meu estômago
enquanto ele tira minha bermuda. Ele a joga por cima do ombro e a puxa
sobre as mãos. Se levantando um pouco fora do meu torso, ele levemente
beija a bainha elástica da minha calcinha. Seguindo seu caminho para cima,
ele mergulha sua língua no meu umbigo. Suas mãos trilham até a lateral do
meu corpo ao mesmo tempo; suas mãos são grandes e gananciosas
enquanto me reclamam.
Capítulo Vinte e Um
DANI
Acordo ao som das ondas quebrando e do meu estômago roncando.
Me sento, descansando em meus cotovelos, e olho para as portas duplas
para o sol poente. Temos que ter dormido por algumas horas, pelo menos.
A cama está nua de quaisquer cobertores ou lençóis e apenas alguns
travesseiros foram deixados após Shadow fazer amor comigo. Ele foi tão
carinhoso e mostrou tanta emoção. Eu esfrego os dedos sobre seu rosto, a
barba por fazer coça contra as almofadas. Ele parece tão relaxado e
despreocupado quando ele está dormindo; tão amável e longe de bestial
neste momento.
— Como você pode pagar? — olho para Shadow que está esfregando
as mãos sobre o rosto em irritação. — Eu vi você entregar aquele dinheiro
ao Sr. White lá fora, — eu admito. Shadow deixa cair suas mãos e olha para
mim com choque e confusão.
Ele olha para o mar novamente. Seu corpo, uma vez relaxado e
despreocupado, está agora tão duro como uma tábua. Sinto que ele não
quer me dizer. Ele pode me amar, mas ele não confia em mim.
— Ah, você ainda não confia em mim.
— Não é porque eu não quero, Dani. — ele olha para mim, colocando
um fio de cabelo atrás da minha orelha. — Se isso significa alguma coisa, eu
confio mais em você hoje do que confiava ontem. Só vai levar tempo. — ele
segura meu rosto e me traz para mais perto.
— Oh, merda, sinto muito! — a voz de Rudy soa das portas duplas.
Eu salto para fora do abraço de Shadow e me jogo para o chão debaixo dos
lençóis. Shadow ri do meu embaraço, tão confiante que ele não sente
necessidade de se cobrir.
* * * * *
A noite foi tão bem quanto o dia. Nós ficamos nus o tempo todo,
mesmo enquanto eu cozinhava o macarrão. O jantar foi delicioso e Shadow
admitiu que meu molho é o melhor.
* * * * *
Ouço uma maldição que vem da frente e faço o meu caminho até
onde está o carro.
Eu ouço o capô do carro bater e vejo um Shadow sujo de graxa se
virar.
Ele está vestindo jeans rasgado que pende baixo em seus quadris e é
isso; sem meias ou sapatos, sem camisa. Ele tem graxa em seu peito e em
toda sua mão. Seu corpo está brilhando de suor e seus músculos estão
flexionados. Minha boca instantaneamente parte; seu estado sujo faz
estragos com meus sentidos.
— Não, não é só você. — Shadow olha para trás por cima do ombro
para onde Rudy estava parado há um momento, o rosto pingando de raiva.
* * * * *
SHADOW
Eu envolvo a toalha em volta da minha cintura e saio do banheiro
para encontrar Dani. O clima que sopra através das portas duplas está
quente e úmido, tem cheiro de chuva. Desde que Dani e eu chegamos tudo
foi pacífico; nenhum Clube, nenhuma mãe viciada, nada chato, exceto este
filho da puta do Rudy. Ele claramente tem uma coisa pela Dani já que toda
vez que ele está por perto, ele apenas olha para ela. Eu não ignoro que um
cara como Rudy é provavelmente mais certo para Dani, e com uma idade
mais próxima. Apenas isso já me irrita.
Quero que esta viagem signifique algo para Dani; quero mostrar que
eu posso cuidar dela pelo menos. Confiar é um pouco mais complicado, mas
mesmo que isso me mate, eu vou mostrar a ela que eu posso confiar nela
também.
— Você não me disse tudo, mas o que eu sei de você, eu amo. — ela
sorri. — Mas acima de tudo, é pela forma como você me faz sentir. Você
derrubou minhas paredes de sofrimento, me mostrou como viver, me
ajudou a descobrir quem eu realmente sou por dentro e por fora.
Eu finjo um sorriso para ela. Sua confissão é agradável, realmente,
mas isso não quer dizer merda nenhuma. Não até que eu conte tudo a ela,
então veremos se ela estará cantando essa mesma música.
— As coisas que eu fiz e senti desde que eu estou aqui são todas
novas para mim, no entanto, me parecem velhas conhecidas. — ela olha
para trás, para o horizonte, as nuvens cinza escuro lutando com o céu azul.
* * * * *
— Ei, parece que uma tempestade está vindo, — diz Rudy, dando um
passo para o pátio. — Desculpe pelo almoço. Me esqueci e percebi que
vocês poderiam querer fazer. — ele pisca para Dani quando ele olha para
seu corpo em seu minúsculo biquíni.
Chego ao meu limite, eu ando para ele. O cabeça de merda treme sob
o meu olhar. Eu sei que eu nunca vou ser bom o suficiente para Dani, mas o
que realmente me irrita é que este filhinho de mamãe pensa que ele é. Ele
acha que tem o direito de me julgar.
Ela me agarra pelos ombros e nos rola até que ela está no topo. Sua
ação para assumir o comando faz meu pau tão duro que dói. Eu desato as
cordas que prendem o delicioso top do biquíni. O quarto é tão escuro que
eu o sinto cair ao invés de o ver. Acho seus quadris e os desamarro
também.
Sua mão trilha pelo meu estômago para o meu short. Ela enfia a mão
nele e com força empunha meu pau. Ela se inclina e começa a beijar o meu
estômago com aqueles lábios doces; mamilos deslizando sobre meu
abdômen. Meu pau não pode ficar mais duro do que já está.
Eu começo a sair do meu short, a urgência de estar dentro dela
tomando conta. Relâmpagos iluminam o quarto brevemente; o suficiente
para eu ver o estado lascivo de Dani, seu longo cabelo está puxado para o
lado esquerdo de seus ombros; o lábio inferior sendo sugado em baixo de
seus dentes; seus peitos estão alegres e prontos para as minhas mãos
ásperas. Eu pego seus seios, ávidos por contato, fazendo sua cabeça cair
para trás. Eu a agarro pelos quadris, e a levanto e a empalo com minha
palpitante ereção.
— Oh, Shadow, — ela geme alto, sua voz doce me fazendo gemer.
Sua buceta é úmida e quente, abraçando meu pau com força.
Eu pego suas coxas e as puxo para mais perto, querendo estar mais
profundo dentro dela. Ela tira as pernas do meu quadril e as coloca no meu
ombro, deixando meu furioso pau profundamente dentro e batendo na sua
parte de trás. Ela suspira alto com cada golpe. Eu sinto minhas bolas
espremerem quando minha liberação começa a empilhar lá dentro. Meus
impulsos se tornam mais duros; minha respiração mais ofegante. Minha
energia faz com que seja difícil para Dani se segurar e ela leva as pernas
para baixo para as envolver na minha cintura. Relâmpagos brilham
novamente, me dando um vislumbre do belo rosto de Dani; seu rosto
delirante de prazer. A sensação de formigamento chega à cabeça do meu
pau; a vibração quente irradiando através das minhas bolas. Eu gemo
quando meu orgasmo atinge seu pico. Ela geme comigo quando sua buceta
aperta duro. Eu sinto uma pontada súbita no meu ombro quando Dani
morde, fazendo minha liberação ainda maior. A sensação é quase demais
para aguentar. Eu mordo seu ombro para retribuir o favor.
Eu assisto Dani dormir; confuso com a forma como esta menina tem
me feito sentir coisas que nunca quis sentir por outra pessoa. Me mataria
se ela me deixasse. É neste momento que eu percebo que eu preciso fazer
Dani minha permanentemente. Se eu for seu dono, ela não pode sair nunca,
mesmo que ela queira, graças às leis do Clube.
* * * * *
DANI
Eu acordo no meio da noite para encontrar a cama vazia. Sentando,
vejo Shadow de pé, perto das portas duplas enquanto a tempestade
continua.
— Shadow?
Ele se vira e sorri quando ele faz seu caminho de volta para cama,
totalmente nu. Seus olhos azuis encontram os meus olhos verdes com
intensidade.
— Eu não tenho certeza do que uma old lady faz. Eu não sei se eu
seria boa nisso, — eu confesso.
— Isso significa que eu vou te proteger; que o Clube a protege. Você
é a minha família, bem como a do Clube. Você vai usar um colete que diz
que você é minha propriedade e, desde que você siga as leis do Clube, você
vai ficar bem. — diz ele, beijando minha testa.
Capítulo Vinte e Dois
DANI
Os próximos dois dias são eroticamente e pecaminosamente doces.
Shadow e eu não saímos de casa por dois dias. Para ser exata, Shadow não
me deixou sair de casa. Entre as sessões de foda, nós comemos, dormimos
ou tomamos banho. É animalesco, sexy, e a coisa mais agradável que eu já
experimentei.
A confirmação de Shadow que eu sou sua old lady colocou um fogo
em seus olhos que eu não tenha visto antes. Finalmente selar o negócio de
que eu sou sua propriedade parece o ter deixado mais à vontade; ele está
brincalhão e menos escuro, e ainda mais sexual.
— Mmmm, — ele respira. — Onde você pensa que está indo? —sua
voz sexy e profunda, vibra em meu pescoço enquanto ele fuça seu rosto
profundamente.
— Mmmm, muito bem, — diz ele, beijando todo o meu rosto. Eu rio
e começo a caminhar para a porta novamente.
Shadow pega seu calção e se enfia dentro dele, sua pele bronzeada
parece imaculada. Seus músculos crescem e flexionam quando ele amarra a
corda sobre ele. Minha língua se lança e lambe meu lábio inferior, ele é sexy
como pecado.
— Eu aposto que você não pode manter suas mãos longe de mim o
resto do dia, — eu implico, sabendo que ele não vai aceitar o acordo e
torcendo para ele não aceitar de qualquer maneira.
— Eu estou indo pegar uma bebida, baby. — Eeu ouço Shadow dizer.
Corro e abro a porta e saio, jogando meu cabelo sobre meu ombro
casualmente.
— Huh? Sim, está bem, — eu digo, agindo como se eu não me
parecesse com um pedaço de foda-me.
— Uma bailarina.
— Se não fosse por sua mãe, você ainda iria fazer isso hoje? —
Shadow pergunta baixinho, seu polegar limpando a lágrima solitária.
— Você não vai sair dessa, eu posso ver quanta paixão você sente
por isso. Ela não está aqui para te colocar para baixo mais. Você está
fazendo isso e você vai ser incrível, eu não posso esperar para te ver
ensinar as meninas a serem princesas. — ele diz cada palavra com um
grande sorriso bobo.
Eu não posso evitar o sorriso que rasteja acima em meu rosto, suas
palavras carinhosas se infundem em minha alma.
— Partimos amanhã, — afirmo. Eu não quero voltar para o Clube e o
perigo da mãe de Shadow.
— Sim, provavelmente, vamos sair cedo. Aposto que eles precisam
de ajuda para arrumar a pós-festa. — Shadow se senta na cama, com o
cabelo saindo em todas as direções. O homem é mais sexy quando ele tem
cabelo na cama do que nunca.
— O que você disse que iria me dizer, você está pronto? — afirmo,
frustrada.
Shadow se levanta da cama, jogando os lençóis de cima dele para
cima de mim. Suas bonitas nádegas me cumprimentam, me fazendo olhar.
Ele se vira e olha para mim. Ele parece estar reunindo seus
pensamentos.
Dada à história da minha mãe de fugir, eu posso ver por que ele iria
pensar isso. Verdade seja dita, se eu não fosse completamente louca por
Shadow, eu provavelmente teria corrido para longe dele.
Capítulo Vinte e três
DANI
Chegamos ao apartamento depois de uma semana de felicidade
luxuosa e verdades sinistras, para o encontrar parecendo uma lixeira e
cheirando a podridão.
— Oh, meu Deus, que cheiro é esse? — pergunto, cobrindo o rosto
com a dobra do meu braço.
Shadow vem atrás de mim, sem bagagem e estremece com o cheiro.
— Eu não acho que ele está aqui, — eu digo, tentando abrir caminho
para a cozinha.
Ouço Shadow rosnar e soltar uma maldição enquanto ele faz o seu
caminho para o nosso quarto, me fazendo rir.
— Não, ele vai ter que limpar essa merda. — Shadow se aproxima e
rasga o saco de lixo das minhas mãos. — Ele deve estar no Clube, vamos
para lá. Tenho certeza de que Babs vai precisar de sua ajuda e toda a turma
deve estar lá. Esta noite é o encontro de motos, — diz ele, olhando para o
apartamento.
Ele olha para mim, — Você acha que pode montar com as suas
costelas doloridas?
Olho para o que estou vestindo; um top brilhante com lantejoulas de
ouro que cai no meio da coxa com leggings pretas e sandálias douradas.
Não é exatamente algo que eu escolheria vestir para andar de moto, mas eu
sinto falta daquela sensação de liberdade e eu não me importo de mudar.
— Sim, minhas costelas estão muito bem! — eu digo animadamente.
Shadow curva seu braço para trás para descansar a mão na minha
coxa. Meu corpo grita, vivo com sua reivindicação.
— O quê? — eu pergunto.
— Não é assim; eu disse que ela se parece com uma bunda doce. —
Shadow parece irritado.
Bobby ri. — Você está deslumbrante como sempre, Dani, — diz ele e
olha sobre seu braço docemente.
— Eu acho que o que Shadow está tentando dizer é que você não
está usando um colete. Você não está usando um patch. Ou seja, você não
parece ter sido reclamada, de modo que você parece estar livre. Meninas
que usam coletes que dizem que são propriedade de alguém não são
fodidas. Você não tem um, então você parece com uma bunda doce.
Ele aponta para uma mulher que está parada alguns passos atrás. —
Está vendo ela? Seu patch diz “Propriedade de Tank”. Ninguém vai tentar
dormir ou transar com ela, a menos que eles queiram que todo o Clube
persiga a sua bunda. Ela é uma old lady.
Em seguida, ele aponta para a garota em seu braço. — Ela não tem
um patch, por isso, os homens estarão a sua volta a procura de um
divertimento. O mais provável é que eles vão conseguir. Ela é uma bunda
doce.
A menina dá um tapa no ombro de Bobby em desgosto. — Você é um
idiota, — diz ela com raiva e vai embora.
Bobby dá de ombros. — O mais triste é que ela vai chupar meu pau
antes da noite acabar. — ele sorri, satisfeito.
Bobby bate nas costas de Shadow. — Boa sorte, cara. — ele começa
a andar para longe antes de se virar, — Eu quase me esqueci, agora que
você está de volta, Bull quer marcar uma missa.
— Eu teria explicado, mas você ficou toda ofendida e pirou a merda
antes que eu pudesse, — Shadow diz, pegando a minha mão e me puxando
em direção ao Clube.
Cherry é uma loira morango, talvez um pouco mais velha do que eu,
com olhos azuis. Ela sorri e parece que ela tem um jeito irrequieto.
Molly é uma morena de olhos castanhos, que tem que estar na casa
dos cinquenta. Ela é um pouco mais robusta do que as outras.
Depois, há Vera. Ela parece estar em seus trinta anos, com cabelo
castanho avermelhado e o mais brilhante batom vermelho que você pode
imaginar. Ela parece uma cadela total.
— Sim, mas ela não é daqui. Ela poderia muito bem ser uma civil;
Alguém poderia pensar que ela é uma prostituta, — diz Vera, me olhando.
— Eu achei que era.
Elas estão falando como se eu nem mesmo estivesse no lugar. Que
diabos?
Eu olho de volta para ela, meu pulso acelerado. Meu pai não gostaria
que eu começasse uma briga depois de estar de volta há apenas cinco
minutos, mas se eu não for capaz de defender a mim mesma, então ela
nunca vai me respeitar. Respeito parece ser uma alta prioridade por aqui e
eu tenho que o ganhar.
— Com esse batom indecente que você está usando, alguém poderia
pensar o mesmo sobre você, — eu digo, franzindo os lábios.
— Ei, senhoras, nós estamos indo para fora. Arrumem suas merdas e
vamos montar, — diz ele, puxando Vera no seu lado. Ela deve ser sua old
lady, pela forma como eles começam a se beijar. A maneira como ele falou
comigo naquela noite não me deu a impressão de que ele tinha uma old
lady. Rezo para que ele não me reconheça; o que só poderia piorar as coisas
entre Vera e eu.
Vera começa a beijar seu pescoço. Ele vira o rosto para a deixar
entrar na curva do seu pescoço e me vê. Ele sorri um sorriso faminto e
pisca para mim. Merda, ele me reconhece.
Ele vai até uma cadeira na ponta da mesa e puxa para cima a minha
jaqueta de couro.
Eu olho para ela, mas eu não percebo nada diferente. Em seguida, ele
a vira, assim eu estou olhando para a parte de trás. Fico atordoada com o
que vejo.
— Agora você é minha e todo mundo vai saber disso, — diz ele, me
fazendo suspirar de emoção.
* * * * *
— Sim, — eu respondo.
Caminhamos com Bobby para obter nossas cervejas. Eles começam a
falar sobre entradas de ar, pneus, e mais outras coisas de moto que eu não
entendo.
— Parece que Shadow reclamou você, — uma voz soa fora atrás de
mim. Eu viro e vejo Chelsea e Candy, ambas de pé com os braços cruzados,
parecendo putas como sempre.
Eu fico na ponta dos pés e vejo Shadow duas motos atrás. Faço o
meu caminho através da multidão e o encontro conversando com uma puta
de motoqueiro. Ela tem tranças loiras e está vestida de roxo para combinar
com a moto que ela está posando perto. Um sutiã roxo, uma tanga roxa e
meias arrastão roxas são rematadas por botas roxas na altura do joelho. Ela
passa a mão pelo peito de Shadow, arrulhando algo para ele, mas ele só se
inclina a cabeça para o lado, e sorri.
Vou até ele e limpo minha garganta. A menina me olha com
desgosto.
— Dani, você não pode ficar com ciúmes cada vez que uma menina
olhar para mim, — diz ele, andando rapidamente atrás de mim.
Shadow agarra meu braço e me puxa para ele. — Você não pode
simplesmente fugir; não é seguro. — ele joga minhas costas contra um
trailer.
— É tudo culpa sua, — uma voz soa trêmula. Nós olhamos para cima
na extremidade oposta do trailer para ver Cassie descontente apontando
uma arma para nós.
Shadow se estica na posição vertical e me empurra para trás quando
ele vê sua mãe.
— É tudo culpa sua que ele está morto, — ela grita, tremendo. Ela é
tão instável que suas mãos tremem na arma de forma incontrolável; seu
dedo é pressionado firmemente contra o gatilho, me fazendo
desconfortável.
— Eu nunca conseguiria terminar o negócio, eu sabia disso. Mas eu
pensei que eu poderia fazer essa cadela para falar... e, em seguida, Ricky ... e
sangue ... — ela começa a divagar e não faz qualquer sentido.
Olho para Shadow, que está tão chocado quanto eu. Em seguida, seu
choque desaparece, sendo substituído por um olhar de confusão e pura
traição.
Eu suspiro em derrota.
— Por que eu não sabia sobre isso? — pergunta ela, apontando para
a foto.
— Sadie, você não recebeu folga nisso? Você era muito próxima para
o caso e saiu dele. Você precisa voltar para a outra sala agora. — o cara
calmamente aponta para a porta.
Minha mãe bufa, olha para mim e vai para fora da sala.
Eu suspiro. Eu sei que tenho que dar a ele alguma coisa, mas talvez
eu possa dar a ele algo sem dar qualquer coisa.
— Sim.
Eu olho para ele e depois para a foto de Shadow. Seus olhos azuis
picam os meus, mesmo através de uma fotografia.
— Não, meus homens não eram uma parte disso. — ela sorri, — Mas
ei, conseguiu terminar o trabalho.
Eu mordo meu lábio quando o meu corpo involuntariamente rosna
para ela; eu a quero matar. Que mãe não está chateada com uma quadrilha
atirando em sua filha?
— Você percebe que eles vão te matar agora? O Lover Boy não vai
querer nada com você, — diz ela com ironia.
— Sim, por causa de você. Tenho certeza de que você está feliz, mas
você é louca se você acha que eu vou a lugar algum com você. — eu sento e
olho para ela. — Eu prefiro viver nas ruas ou tomar minhas chances com o
clube; inferno, eu preferiria ficar um tempo na cadeia, do que ter algo a ver
com você. — eu me levanto e me inclino sobre a mesa, meu rosto a
centímetros do da minha mãe.
— Deixar você não foi a melhor coisa para o caso; se você pudesse
colaborar. — ela vira a cabeça e zomba de mim.
FIM
Notas
[←1]
Pacthes são símbolos costurados na jaqueta de um MC que se refere à posição deles no clube.
[←2]
Significa que o clube é fora da lei.
[←3]
Barbecue.
[←4]
Do original church, traduzimos como missa, que são as reuniões para membros do clube.
[←5]
Aqui quer dizer tanto diabo como Devil’s, como o nome do clube.
[←6]
É como um ok. É uma palavra na língua dos MC’s.
[←7]
É um tapinha.
[←8]
Cuidando dos negócios.
[←9]
Viva para montar, monte para viver.
[←10]
Doc é um apelido de uma doutora no livro. Não é abreviação de doctor, é Doc mesmo.
[←11]
Uísque.
[←12]
Goldlocks, em inglês.
[←13]
São aquelas bolsas que eles penduram na moto.
[←14]
Aqui ele fala old, que tem ambos significado: de coisa antiga e de old lady.
[←15]
É um inseto que se infiltra nos pelos pubianos, pela minha pesquisa.
[←16]
LOVER BOY: Garoto Amante é como ela se refere à Shadow.
[←17]
[←18]
[←19]
É o tipo de assassinato (muito comum nos EUA) cometido por gangues que passam num
carro atirando na gangue rival.