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Campus Rio Grande

Responsabilidade da vacina e influência nos esportes

Eduardo S. Rodrigues
Maria Emanoelle Cunha

Quando falamos de esporte, não podemos negar que a influência dele sobre
as pessoas é muito presente, influência essa que nos leva a relacioná-lo com a
política, principalmente hoje em dia que temos como uma de suas pautas principais
o Coronavírus, que infelizmente não só causou muitas tragédias no mundo inteiro,
mas também trouxe muitas intervenções nos esportes, envolvendo times das
principais ligas do mundo e a vida de vários de seus atletas, como é o caso do
jogador de basquete Kyrie Irving.
Kyrie Irving, de 29 anos, é uma das principais peças do Brooklyn Nets, um
dos melhores times da NBA, que é a liga de basquete de mais alto nível no mundo.
Em outubro de 2021, o atleta tomou uma decisão que deu início a um dos
momentos mais polémicos da sua carreira: se recusar a tomar a vacina contra a
COVID-19 mesmo sabendo que isso traria consequências dentro e fora de quadra.
Segundo fontes próximas ao jogador, ao tomar essa decisão, o armador do
Brooklyn Nets justificou-se dizendo que não tomou a vacina por “estar incomodado
com as pessoas que perderam seus empregos por conta das imposições em
relação à COVID-19"; para ele, isso é sobre “uma luta muito maior do que acontece
dentro das quadras, o problema não está somente naquele momento do jogo”. No
entanto, como era de se esperar, Kyrie sofreu consequências significativas em sua
vida profissional ao constatar sua escolha.
Com o decreto do prefeito de Nova Iorque de que era obrigatório a vacinação
contra a COVID-19 para atletas e artistas e a decisão do time de afastá-lo até que o
mesmo tomasse a vacina, veio sua suspensão de qualquer tipo de atividade em
todos ginásios da cidade, envolvendo o do seu próprio time, mais a possível perda
de aproximadamente R$ 1,1 bilhão.
Em março deste ano, o prefeito suspendeu a obrigatoriedade da vacinação
para os artistas, jogadores, etc. Com isso, o armador voltou para as quadras, e
mesmo depois de todo dinheiro que deixou de ganhar, dos Nets terem tentado
trocar ele por outro jogador várias vezes, ainda assim ele pensa que fez o correto,
que agiu do jeito certo por seguir seu pensamento até o final.
- “Respeito a decisão de todos e não vou tentar convencer ninguém ou algo
assim, estou apenas firme no que acredito”. (Kyrie Irving)

Entendemos e respeitamos o livre arbítrio de todos, porém não


compactuamos com a decisão do jogador de não se vacinar. Acreditamos sim que
não é fácil ver pessoas perdendo seus empregos ao exercer seu direito de escolha
e sabemos também que tomar um medicamento criado com tanta rapidez pode
acarretar em efeitos colaterais em nosso organismo, fora todos os outros motivos
que podem ou não causar desconforto em alguém.
Entretanto, neste momento delicado em que vivemos, devemos pensar e agir
em prol de um bem maior, que nesse caso, é respeitar as normas de segurança
mantendo a vacinação em dia, pois precisamos entender que quando tomamos
essa decisão de não se vacinar, não estamos botando só a nossa vida em risco,
mas também a de todos aqueles que estão em nossa volta, desde colegas que não
têm tanto contato até os parentes mais próximos; e isso é algo a se pensar, até que
ponto vai valer a pena deixar de se vacinar se estivermos prejudicando uns aos
outros e até mesmo pessoas da nossa própria família, que em muitos casos têm
idosos com problemas de saúde ou até mesmo pessoas mais novas, ou se
pararmos para pensar que isso pode causar várias situações indesejadas, como por
exemplo o fato de que se não nos vacinarmos e em algum momento contrairmos a
doença, nossas chances de ser internados e ocupar um leito que poderia ser de
outra pessoa é muito maior do que se simplesmente tomarmos a vacina.
Chega ser estranho pensar que em um país tão desenvolvido como os
Estados Unidos, onde a vacina chegou relativamente “rápido” comparado a outros
países, ainda existam casos de pessoas que se negam a tomar, botando em risco a
vida de outras pessoas. E enquanto isso há países que mal receberam doses para
distribuírem entre si, ou seja, enquanto alguns têm a chance de se vacinar e
recusam, outros nem chegam a ter essa opção de escolha. O nosso próprio país é
um exemplo disso, no ápice da pandemia, o Brasil tinha um dos índices mais alto de
pessoas contaminadas, destruindo milhares de famílias, e na época nosso
presidente Jair Bolsonaro seguia recusando as ofertas de vacina para cá, enquanto
alguns países desenvolvidos já tinham. E mesmo após todo o esforço, quando
finalmente conseguimos ter a chance de nos vacinar, ainda há aqueles que se
recusam a tomá-la.
“A empatia faz com que você saia da sua própria bolha e entre nas bolhas de
outras pessoas.”

REFERÊNCIAS
https://www.espn.com.br/nba/artigo/_/id/9349155/nba-kyrie-irving-nao-teria-tomado-vacina-prot
esto-pelos-perderam-empregos-diz-site

https://ge.globo.com/basquete/nba/noticia/kyrie-irving-reafirma-posicao-sobre-nao-tomar-vaci
na-contra-covid.ghtml

https://www.poder360.com.br/internacional/astro-da-nba-kyrie-irving-pode-perder-quase-r-97-
milhoes-por-recusar-vacina/

https://www.cnnbrasil.com.br/esporte/astro-da-nba-kyrie-irving-sera-afastado-de-time-por-nao-
ter-se-vacinado/

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