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Laura Meque Chamualira

Josefa João Mafigo


Luzimira Ezequiel

Síntese Colectânea
Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações

2º Ano Pós- Laboral

Universidade Púnguè
Tete
2022
Laura Meque Chamualira
Josefa João Mafigo
Luzimira Ezequiel

Síntese Colectânea

Trabalho de portfólio sendo entregue


na
cadeira de Psicologia Social de Saude,
como forma de avaliação parcial, sob
orientação do docente:
Mestre Hermenegildo Chimarizene

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2022

INDICE

1. Introdução...................................................................................................................3

1.1.Objectivos.....................................................................................................................3

1.1.1. Objectivo geral..........................................................................................................3

1.1.2. Objectivos específicos..............................................................................................3

1.2.Metodologias................................................................................................................3

1. Síntese Colectânea dos Tópicos Discutidos no Âmbito desta Cadeira.......................4

Capitilo I: Conceito e Âmbito da Psicologia Social da Saúde............................................4

Capitulo II: História da saúde, antropologia da sociologia da saúde, educação para a


saúde, economia da saúde e disciplina da saúde de interface (saúde mental, saúde
comportamental e medicina comportamental e psicologia médica)...................................8

Capitulo III: Estatísticas Demográficas Vitais..................................................................10

CAPÍTULO IV: O que vem a ser saúde?.........................................................................13

CAPITULO V: Desafios Metodológicos e epistemológicos da: Pluri, Inter, e


Transdisciplinaridade da Psicologia Social da Saúde: o Homem.....................................15

CAPITULO VI: Psicologia Social da Saúde Sistemática: Conceitos Sistemática Básicos


..........................................................................................................................................17

CAPITRULO VII: Modelos Sistemáticos de Interpretação: Breve análise Crítica..........21

2. Conclusão..................................................................................................................24

Bibliografias......................................................................................................................25
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Introdução

Neste trabalho da cedeira de Psicologia Social da Saude, pretente-se apresentar uma


abordagem sintetica sobre os aspectos desenvolvidos no ambito desta cadeira, colecta
sintetica. Esta colecta sintetica restringe-se em torno dos seguintes conteúdos que discutidos
em sete grupos formados na turmas, sendo: 1- Conceito e âmbito da psicologia social da
saúde (Grupo-1); 2-Ciências afins da psicologia social da saúde (Grupo-2); 3-Estatísticas
demográficas vitais (Grupo-3); 4-O que vem a ser a saúde? (Grupo-4); 5. Metodologias em
psicologia social da saúde (Grupo-5); 6-Psicologia social da saúde sistemática (Grupo-6) e
7-Modelos sistemáticos de interpretação: breve análise crítica,(Grupo-7).

1.1.Objectivos

1.1.1. Objectivo geral


 Apresentar a colectânea sintética dos discutidos no âmbito da cadeira de Psicologia da
Saúde neste Semestre, no Curso de Psicologia Social e das Organizações, na Universidade
Púnguè- Extensão de Tete.

1.1.2. Objectivos específicos


 Definir os Conceito e âmbito da psicologia social da saúde;
 Descrever as afins da psicologia social da saúde;
 Perceber as Estatísticas demográficas vitais;
 Explicar o que vem a ser a saúde
 Caracterizar as Metodologias em psicologia social da saúde;
 Realcar sobre Psicologia social da saúde sistemática;
 Entender os Modelos sistemáticos de interpretação: breve análise crítica.

1.2.Metodologias
De acordo com os objectivos preconizados, recorreu-se a pesquisa bibliográfica, isto é,
baseou-se nos trabalhos discutidos na turma, no ambito desta cadeira, sobre os tópicos em
discussão e que citou-se todas fontes consultadas segundo as regras de elaboração de
trabalhos científicos desta instituição (Universidade Púnguè). Usou-se os seguintes
materiais: caderno, caneta, computador, livros, telefone para wi-fi e cabo.
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1. Síntese Colectânea dos Tópicos Discutidos no Âmbito desta Cadeira

Capitilo I: Conceito e Âmbito da Psicologia Social da Saúde


A expressão Psicologia da Saúde foi definida por Matarazzo (1980) como a área
disciplinar que diz respeito ao «papel da Psicologia como ciência e como profissão nos
domínios da saúde e das medicinas comportamentais.»

Em suma, a Psicologia da Saúde é uma área da Psicologia que se dedica à promoção da


saúde e prevenção da doença, e à adaptação ao processo de doença. Esta enfatiza os processos
psicológicos envolvidos na saúde e doença, tais como crenças, significados, emoções e
comportamentos que contribuam positiva ou negativamente, em cada indivíduo, para a
promoção da saúde e para a adaptação à doença.
É a abordagem holista que dá sentido à Psicologia da Saúde, visando o reconhecimento
da pessoa-utente não só enquanto ser biopsicossocial, mas também enquanto agente
participativo, ao invés de passivo, nos cuidados de saúde. Deste modo, pretende a capacitação
da pessoa para a realização de escolhas conscientes e para o comprometimento com o seu
bem-estar físico e psicológico.
Desse modo, o conceito de Psicologia da Saúde unificou e tomou como referências 2
campos interdisciplinares que se situam na interface da Psicologia com a Medicina, e que são:

A Saúde Comportamental, que se pode definir como uma subespecialidade


interdisciplinar que se ocupa especificamente da promoção da saúde, da prevenção da
doença e disfunções em pessoas habitualmente saudáveis;
A Medicina Comportamental, que é um campo interdisciplinar de prática clínica e de
investigação que diz respeito a doença e a disfunções psicológicas com ela relacionadas.
Esta delimitação de campos significa que o primeiro se refere essencialmente a
dimensão preventiva - colocando a Psicologia diretamente em relação com a Saúde
Pública e as Medicinas Preventiva e Familiar -, enquanto o segundo remete para as
dimensões curativa e de reabilitação, relacionando mais de perto a Psicologia com as
diversas especialidades médicas e cirúrgicas. Preferimos desde logo a expressão
Psicologia da Saúde como a mais adequada e específica para designar a intervenção
psicológica no campo da saúde e que melhor parece corresponder as necessidades da
prática clínica.

A Psicologia da Saúde surge nos finais doa anos setenta e vai-se alicerçando como
zona disciplinar ao longo da década de oitenta. A primeira definição de Psicologia da Saúde
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deve-se a Stone em 1979 que, num dos primeiros livros que tinha no título a expressão
Psicologia da Saúde, dizia que esta é, qualquer aplicação científica ou profissional de
conceitos e métodos psicológicos, a todas as situações próprias do campo da saúde, não
apenas nos cuidados de saúde mas também na saúde pública, educação para a saúde,
planificação da saúde, financiamento, legislação, etc.
Como área disciplinar da Psicologia que diz respeito ao comportamento humano no
contexto da saúde e da doença, a Psicologia da Saúde toma por objecto (Leal & Teixeira,
1991) o funcionamento psicológico dos sujeitos na sua relação com a saúde e a doença e,
ainda, os sujeitos habitualmente saudáveis que estão envolvidos em situações que, implicando
ajustamento psicológico (gravidez, menopausa, envelhecimento, por exemplo), não acarretam
alteração do estado de saúde. Como objectivo:
 Buscar compreender o papel das variáveis psicológicas sobre a manutenção da saúde, o
desenvolvimento de doenças e comportamentos associados à doença;
 Fazer com que os sujeitos incluam no desenvolvimento do seu projecto existencial um
conjunto de atitudes positivas e comportamentos activos e responsáveis que visem a
promoção da sua própria saúde e a prevenção da doença e, por outro lado;
 Reforçar e optimizar as suas defesas psicológicas no processo de ajustamento ao
adoecer, a doença e as suas eventuais consequências, de tal maneira que seja possível-
apesar de tudo -aceder a uma vida activa e participante e,
 Finalmente, sensibilizar e informar os técnicos de saúde e os agentes sociais para os
aspectos psicológicos envolvidos na promoção e manutenção da saúde, na prevenção e
tratamento das doenças e na sua reabilitação.

O interesse da Psicologia pelos ambientes tradicionais de saúde e doença (não mentais) é


paralelo ao desenvolvimento da consciência acerca do papel do comportamento na saúde e
nas doenças mais comuns, área de interesse conhecida como Medicina Comportamental
(Behavioral Medicine), que se define como “campo interdisciplinar preocupado com o
desenvolvimento e integração dos conhecimentos e técnicas das ciências comportamentais e
biomédicas, relevantes para a compreensão da saúde e doença e a aplicação desse
conhecimento e dessas técnicas para a prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação.
(Schwartz; Weiss, 1978: 250).
Uma das características da Psicologia da Saúde, para além de focar o seu interesse nos
aspectos de saúde e de doenças não mentais é, também, a deslocação da atenção do polo
“doença” para o polo "saúde", passando a considerar este polo como objeto epistemológico
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diferente das doenças, com definição própria e métodos de intervenção e de avaliação


específicos. Entre outras, foram-se individualizando desde logo várias áreas de interesse:

A visão holística deriva da palavra grega “holos” que significa “todo”, “inteiro”,
“completo”. Ela está implícita em várias concepções filosóficas ao longo de toda a evolução
do pensamento humano. Os orientais, por exemplo, utilizam o modelo holístico para explicar
a causalidade dos eventos, eles examinam os dois lados da situação (raciocínio dialético), ao
contrário dos ocidentais que utilizam a lógica formal (raciocínio analítico) para compreender
os fenômenos. (COLOMBARA, 2015)
O paradigma holístico, segundo Elizabeth Teixeira (1996: 286) emerge de uma crise da
ciência, de uma crise do paradigma cartesiano-newtoniano, que postula a racionalidade, a
objetividade e a quantificação como únicos meios de se chegar ao conhecimento. Esse
paradigma busca uma nova visão, que deverá ser responsável em dissolver toda espécie de
reducionismo. A holística força um novo debate no âmbito das diversas ciências e promove
novas construções e atitudes.
Um modelo biomédico é um substituto para um ser humano ou um sistema biológico
humano, que pode ser usado para entender a função normal e anormal do gene ao fenótipo e
fornecer uma base para a intervenção preventiva ou terapêutica em doenças humanas. Por
exemplo, a caracterização de modelos de ratinho de várias síndromes nanismo, clonagem de
genes mutados, e mapeamento genético comparativa paralela e clonagem de genes para as
síndromes humanos semelhantes levaram a uma compreensão de várias condições nanismo
humanos e sugeriram terapias baseadas no conhecimento biológico, em vez do que o teste de
espingarda. O modelo biomédico de saúde é o mais dominante no mundo ocidental e se
concentra na saúde puramente em termos de fatores biológicos.
Observa-se que o aCtual sistema de saúde, permeado pelo modelo biomédico
hegemônico, enfoca principalmente a doença em detrimento da pessoa. Segundo Remem
(1993), embora essa abordagem seja útil ao sistema médico, ela desconsidera o valor da
experiência subjetiva do paciente como uma forma de fazê-lo reconhecer sua identidade e seu
poder pessoal. Tal visão limita tanto a compreensão que se tem sobre a saúde e a doença como
componentes de um mesmo processo, quanto a sensibilidade de perceber os recursos positivos
do paciente que poderiam ajudar-lhe em seu processo de recuperação da saúde. A crítica ao
modelo biomédico é um tema recorrente em publicações de psicologia sobre saúde.
Portanto, ao examinar-se o campo da prática biomédica vários problemas tornam-se
imediatamente aparentes: a insatisfação de pacientes e médicos, os custos crescentes de
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tratamentos e exames, a formação inadequada de recursos humanos, o mercantilismo e a


competição entre os próprios profissionais da área, a precariedade dos programas de saúde,
etc – problemas graves e complexos que, entretanto, parecem se banalizar, dada a frequência
com a qual somos confrontados com eles no cotidiano.
Psicologia da Saúde é a designação genérica de um extenso campo de investigação e
intervenção que, a partir da década de setenta do século XX, emergiu naturalmente na
Psicologia aplicada ao campo da Saúde. Até aí, a Psicologia aplicada à saúde restringia-se à
saúde mental e à prática de uma Psicologia designada como de Clínica. As transformações
sociais e dos próprios sistemas de saúde, trouxeram para a ribalta a Psicologia da Saúde
enquanto área de actividade profissional e de investigação que não tem parado de crescer e de
se afirmar um pouco por todo o lado.
A Psicologia da Saúde é a aplicação dos conhecimentos e das técnicas psicológicas à
saúde, às doenças e aos cuidados de saúde, visando a promoção e manutenção da saúde e a
prevenção da doença. A finalidade principal da Psicologia da Saúde é compreender como é
possível, através de intervenções psicológicas, contribuir para a melhoria do bem-estar dos
indivíduos e das comunidades (TEIXEIRA, 2004).
A abordagem da Psicologia Social da Saúde salienta a importância de um Modelo
Biopsicossocial, que não se cinge apenas pelo reconhecimento do papel activo do indivíduo
no processo de resposta à doença, mas realça uma visão integrada desta, incluindo, a par de
variáveis psicológicas, factores contextuais de nível relacional, grupal, social e cultural. Em
particular, aborda o indivíduo como ser social, que, em interação com outros, dá sentido ao
seu estado de saúde, toma decisões acerca da doença e vive os problemas do seu corpo.
Neste sentido, o entendimento que temos da Psicologia Social da Saúde corresponde ao
alargamento de uma visão individual da saúde e da doença para o seu enquadramento mais
geral, aproximando-se das abordagens da Psicologia Social e Comunitária. Psicologia de
Ligação – Refere-se ao grupo de psiquiatras e psicólogos especializados em tratar problemas
psiquiátricos em doentes com patologia médica.

Capitulo II: História da saúde, antropologia da sociologia da saúde, educação para a


saúde, economia da saúde e disciplina da saúde de interface (saúde mental, saúde
comportamental e medicina comportamental e psicologia médica)
A Psicologia da Saúde, quando aplicada a promoção de saúde mental, requer um vínculo
com a Psicologia Social, Comunitária, Organizacional, Hospitalar, etc, pois precisa de um
olhar abrangente do indivíduo em todos os seus papéis sociais, além do individual, a
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psicologia da saúde, que dá relevância à promoção e manutenção da saúde e à prevenção da


doença, resulta da confluência das contribuições específicas de diversas áreas do
conhecimento psicológico (psicologia clínica, psicologia comunitária, psicologia social,
psicobiologia) tanto para a promoção e manutenção da saúde como para a prevenção e
tratamento das doenças. A finalidade principal da psicologia da saúde é compreender como é
possível, através de intervenções psicológicas, contribuir para a melhoria do bem-estar dos
indivíduos e das comunidades
A Sociologia da Saúde é o estudo do comportamento de grupos e/ou indivíduos que
dizem respeito à saúde e à doença, a interdisciplinaridade é a mais inovadora forma de
melhoria no ensino, em especial, o superior desta maneira a Sociologia, como ciência da
sociedade, penetra nas demais áreas do conhecimento científico e tenta dar a sua contribuição
pela óptica do social na formação dos novos profissionais.
Na enfermagem, ela entra como sociologia da saúde, tentando quebrar a visão
tecnicista do processo doença- saúde, as perspectivas médicas da saúde, da doença e do corpo
dominam os discursos públicos e privados e as práticas sociais quotidianas da população – os
problemas são colocados sob o olhar médico científico, ficando esses problemas sociais
submetidos à racionalidade das ciências biomédicas. É um campo interdisciplinar da medicina
e ciências do comportamento voltado para o desenvolvimento e a integração dos
conhecimentos das ciências biológicas, psicológicas e sociais relevantes para o conhecimento
e controle do processo saúde “doença”.
Nota-se que a Psicologia da Saúde, é bastante complexa e tem como ciências afins a
Sociologia, a Medicina, Economia, a Antropologia e outras. Neste sentido, a Psicologia da
Saúde surge como uma área de intervenção psicológica que não só inclui a saúde física e a
saúde mental como, também, abrange todo o campo da Medicina e o transcende, em direcção
aos factores sociais, económicos e culturais relacionados com a saúde e a doença.
Promoção da Educação para a Saúde é um processo de capacitação, participação e
responsabilização dos indivíduos que consiga potenciar a percepção individual de
competência, felicidade pessoal e valor próprio, quando a escolha é adoptar e manter estilos
de vida saudáveis, a Educação para a Saúde não se pode limitar a adoptar uma abordagem
específica da doença, nem privilegiar apenas a sua informação ou as suas características
instrumentais.
Em suma, a Promoção da Saúde é um processo que visa dar às pessoas informações e
conhecimentos das suas capacidades pessoais (genéticas, físicas e psíquicas) que lhes
permitam rentabilizar o seu capital próprio numa perspectiva de aumentar o seu controlo
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sobre os determinantes da sua saúde e assim melhorar a sua saúde e a sua qualidade de vida; a
qualidade de vida é, neste contexto, a percepção por parte dos indivíduos de que participam
na gestão das suas vidas e da sua saúde, as suas necessidades estão a ser satisfeitas e não lhes
estão a ser negadas oportunidades de alcançar felicidade e satisfação, não obstante o estado
físico de saúde, ou condições sociais e económicas, a participação/ comportamento dos
indivíduos é essencial neste processo (OMS, 1986).
O termo “psicologia médica” foi utilizado pela primeira vez no século XIX pelo
psiquiatra Feuchtersleben que percebeu a necessidade de qualificação de profissionais de
saúde para a compreensão dos aspectos psicológicos no processo de adoecimento desde então,
a disciplina foi integrada de forma progressiva como matéria nos cursos de medicina,
tornando-se o ensino de seus fundamentos obrigatório no currículo médico brasileiro em
1969, apesar desse extenso histórico da disciplina, muitos profissionais da saúde ainda não
estão familiarizados com essa área, A psicologia médica se dedica a compreender o ser
humano enquanto paciente e suas relações com a equipe assistencial no processo do
adoecimento.
Antropologia da Saúde pode ser compreendida como a aplicação da antropologia ao estudo
das práticas de manutenção e recuperação da saúde em diferentes culturas ou etnias é
praticamente um consenso entre pesquisadores da área que o fenómeno saúde doença, não
deve ser compreendido de forma reducionista limitada ao modelo biomédico, Segundo
Minayo, é necessário adoptar uma reflexão antropológica nos estudos e nas praticas de saúde
como forma de ampliar seu olhar sobre o fenómeno que se estuda e a grande contribuição da
antropologia é a sua tradição de compreensão da cultura.
O sistema cultural de saúde ressalta a dimensão simbólica do entendimento que se tem
sobre saúde e inclui os conhecimentos, percepções e cognições utilizadas para definir,
classificar, perceber e explicar a doença cada e todas as culturas possuem conceitos sobre o
que é ser doente ou saudável. Possuem também classificações acerca das doenças, e essas são
organizadas segundo critérios de sintomas, gravidade etc. As suas classificações, tanto quanto
os conceitos de saúde e doença, não são universais e raramente reflectem as definições
biomédicas. Por exemplo, arca caída, cobreiro, quebranto e mau-olhado. são consideradas
doenças para vários grupos brasileiros, entretanto, não são reconhecidas ou tratadas pelos
(bio)médicos.
É o estudo do comportamento de grupos e/ou indivíduos que dizem respeito à saúde e
à doença. Desse modo, a palavra médica fica deslocada já que a disciplina não diz respeito ao
profissional de saúde, nem à profissão em si, mas a comportamentos que induzem estados
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alterados de saúde. Nas sociedades contemporâneas ocidentais assiste-se, por um lado, a uma
confiança generalizada nas práticas médicas e no tratamento que elas oferecem e, por outro, a
um aumento da desilusão para com a medicina científica. Neste contexto, assiste-se a um
progressivo alargamento da esfera médica ao social, mas, por outro lado, a procura por parte
do social da prática médica. Verifica-se, assim, uma importância fulcral do médico no social
quando ele rotula uma nova condição. Ao rotular uma condição como doença a esfera médica
alarga a sua esfera de actividade, abrindo-se a possibilidade de novas investigações, áreas e
contractos com a indústria farmacêutica.

Capitulo III: Estatísticas Demográficas Vitais


A Morbidade é uma variável característica das comunidades de seres vivos e refere-se
ao conjunto de indivíduos, dentro da mesma população, que adquirem doenças (ou uma
doença específica) num dado intervalo de tempo. A morbidade serve para mostrar o
comportamento das doenças e dos agravos à saúde na população, (BOTEGA, 2006).
Assim como a mortalidade, a morbidade está sempre referida a uma população e a um
período de tempo determinados. Por outro lado, enquanto o óbito marca uma mudança radical
e irreversível, o adoecimento é transitório, e admite uma gama de gradações (a doença leve,
equivalente a uma perturbação pequena, tem um significado bastante distinto da doença grave,
que pode levar à morte). Deste modo, embora seja possível construir indicadores genéricos de
morbidade (traduzindo "doença" por internação, consulta médica, consumo de medicamentos,
interrupção das actividades quotidianas por motivo de saúde, etc.), os indicadores de
morbidade frequentemente se referem a uma doença específica, ou a um grupo de doenças
específico, (Rouquayrol, 1988).
A Mortalidade- a taxa de mortalidade é um índice demográfico obtido pela relação
entre o número de mortos de uma população e um determinado espaço de tempo,
normalmente um ano. Frequentemente a taxa é representada como o número de óbitos por
cada 1000 habitantes (Botega, 2006).
Na visão de Rouquayrol, (1988), a mortalidade geral ou por causas específicas
permitem comparar o nível geral de saúde e identificar causas de mortalidade relevantes como
acidentes, tabagismo, etc. O Registro da mortalidade requer o atestado de óbito, para o qual é
usado a Declaração de Óbito. A mortalidade se apresenta geralmente como números
absolutos, proporções, ou taxas por idade, sexo e causas específicas.

Segando Machado (2008), hoje, a maioria das pessoas pode esperar ficar velha, até
mesmo muito velha. Um bebé nascido nos Estados Unidos em 1998 poderia esperar viver
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76,5 anos, aproximadamente 29 Anos mais do que um bebé nascido em 1900. Mundialmente,
a expectativa média de vida aumentou 37% desde 1955, de 48 para 66 anos, e projecta-se que
irá chegar a 73 anos em 2025.
Essa longevidade sem precedentes na história da humanidade está directamente
relacionada com o envelhecimento da população. Ela reflecte um rápido declínio nas taxas de
mortalidade (as proporções de uma população total ou de determinadas faixas etárias que
morrem em um determinado ano).
Após a Segunda Guerra Mundial, verifica-se um crescimento demográfico acelerado da
população mundial.
A esperança de vida traduz o número de anos que uma pessoa tem probabilidade de viver,
quando nasce.
 Tem aumentado em todo o mundo como consequência da diminuição da mortalidade;
 É maior nos países desenvolvidos; A esperança de vida das mulheres é mais elevada;
 Os homens são mais atreitas as doenças devido ao tabaco e às bebidas, que provocam
doenças e os homens tem mais acidentes de trabalho pois tem profissões de maior
risco.
A esperança de vida dos moçambicanos aumentou para 57,6 anos de vida, era de 45 anos
em 2000 e de 54 anos em 2013, mas ainda está longe da expectativa média de vida no mundo
que agora situa-se em 71,4 anos, de acordo com um relatório divulgado na semana passada
pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As moçambicanas vivem mais do que os
homens, têm uma expectativa de vida média de 59.4 anos contra 55.7 anos de idade do sexo
chamado forte (Gaspar, 1998).
]Segundo Gaspar, (1998), entretanto a e esperança média de vida no mundo aumentou 5
anos entre 2000 e 2015, o maior crescimento desde os anos 60, e agora a média de vida global
situa-se em 71,4 anos de idade.
Segundo os dados do relatório anual sobre a saúde global da OMS, há 29 países no mundo
que superam os 80 anos de expectativa média de vida, e em 12 deles, é maior que 82 anos. Os
mais velhos do mundo encontram-se no Japão (83,7anos de média), na Suíça (83,4 anos),
Singapura (83,1 anos), Austrália e Espanha (com 82,8 anos), Itália (82,7 anos), Islândia (82,7
anos) Israel (82,5 anos), França (82,4 anos), Suécia (82,4 anos), Coreia do Sul (82,3 anos) e
Canadá (com 82,2 anos).
No lado oposto, ainda há 20 países nos quais seus habitantes não superam a média dos 60
anos, todos eles no continente Africano, além de Moçambique: Angola (52,4 anos), Burkina
Faso (59,9 anos), Burundi (59,6 anos), Camarões (57,3 anos), República Centro Africana
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(52,5 anos), Costa do Marfim (53,3 anos), República Democrática do Congo (59,8 anos),
Guiné-Equatorial (58,2 anos), Guiné-Conacri (59 anos), Guiné-Bissau (58,9 anos), Lesotho
(53,7 anos), Malawi (58,3 anos), Mali (58,2 anos), Nigéria (54,5 anos), Tchad (53,1 anos),
Togo (59,9 anos), Swazilândia (58,9 anos), Somália (55 anos) e Serra Leoa (com 50,1 anos),
(Gaspar, 1998).
Por sexos, a OMS destaca que as mulheres vivem muito mais do que os homens em
todos os países e regiões do mundo.
Concretamente, a média de expectativa de vida entre elas se situa em 73,8 anos,
enquanto entre os homens não alcança os 70, já que sua média de vida é de 69,1 anos (Duarte,
2002). Para Barreto (1998), a epidemiologia foi definida por Last como “o estudo da
distribuição e dos determinantes de estados ou eventos relacionados à saúde em populações
específicas, e sua aplicação na prevenção e controle dos problemas de saúde”.
A taxa de mortalidade é um índice demográfico obtido pela relação entre o número
de mortos de uma população e um determinado espaço de tempo, normalmente um ano.
Frequentemente a taxa é representada como o número de óbitos por cada 1000 habitantes
(Botega, 2006).
Tabela de taxa de mortalidade entre menores de 5 anos por 1000 nascidos vivos (IC
95%)
País Taxa de mortalidade entre menores de 5 anos por
1000 nascidos vivos (IC 95%)
Masculino Feminino

Países com renda alta


Japão 4 4
França 5 5
Canadá 6 5
Estados Unidos 9 7
Países com renda média
Chile 10 9
Argentina 19 16
Peru 36 32
Indonésia 45 37
País com renda baixa
Cuba 8 6
13

Sri Lanka 17 13
Angola 276 243
Serra Leoa 297 270
Na ideia de Botega, (2006) as causas da mortalidade no nosso país são sobejamente
conhecidas destacando-se a cólera e outras doenças diarreicas que resultam do deficiente
acesso à água potável, inacessível a cerca de metade do povo, e a malária, originada pela falta
de saneamento adequado, que é usado por apenas 21% dos moçambicanos.
 A mortalidade materna e infantil, seja por falta de acesso a unidades sanitárias ou
devido a gravidezes precoces, são outras causas da nossa mortalidade aliadas a
desnutrição crónica que afecta 43,1% de crianças com menos de 5 anos de idade.
 A tuberculose é outra das maleitas que contribui para a morte dos Moçambicanos,
551 por cada 100 mil pessoas. O número de novas infecções pelo vírus do VIH/Sida
não pára de subir a taxa é de 7,4 por cada mil cidadãos entre os 15 e 49 anos de idade,
a oitava mais alta em todo o mundo.
 Um outro quesito que contribui para a elevada mortalidade em Moçambique são os
acidentes de viação, de acordo com a OMS o rácio é de 31.6 por cada 100 mil
habitantes.
 Os investimentos do Governo na saúde e na educação, que contrastam com grandes
investimentos militares e em investimentos em infra-estruturas de duvidosa
necessidade, vão contribuir para que este cenário continue a perpetuarse na chamada
“Pérola do Índico”.(Idem)

CAPÍTULO IV: O que vem a ser saúde?


No entanto o conceito de saúde, segundo o médico e professor Moacir Scliar, reflete a
conjuntura social, econômica, política e cultural. Ou seja: “saúde não representa a mesma
coisa para todas as pessoas. Dependerá da época, do lugar, da classe social. Dependerá de
valores individuais, dependerá de concepções científicas, religiosas, filosóficas”. Também
vale para as doenças, pois o que é considerado doença varia muito, “não é apenas ausência de
saúde”.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a saúde individual é definida como
um estado em que o indivíduo se encontra com o bem-estar físico, emocional, social,
espiritual e psicológico em sua totalidade. Desta forma, a saúde é vista como um processo
resultante das interações realizadas entre as esferas biológicas, sociais e psicológicas.
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Para Oliveira (2021), o plano de saúde individual, como o próprio nome já indica, é
adquirido de forma direta por uma pessoa física junto à empresa ou operadora do plano de
saúde. Assim, se você resolver contratar um plano individual vai precisa entrar em contato
com a operadora que é responsável por oferecer esse serviço. Dependendo de qual seja a
operadora do plano de saúde, você pode incluir dependentes no seu plano individual.
De acordo com Oliveira (2021), a saúde coletiva é uma área de conhecimento
multidisciplinar construída na interface dos conhecimentos produzidos pelas ciências
biomédicas e pelas ciências sociais. Dentre outros, tem por objetivo investigar os
determinantes da produção social das doenças com o fito de planejar a organização dos
serviços de saúde.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, para uma pessoa ser saudável, não basta a
ausência de doenças. A OMS aponta que, para se ter saúde, é preciso que haja o bem-estar
completo: físico, mental e social.
Ainda Segundo a OMS, o indivíduo precisa estar em um ambiente que proteja e respeite os
seus direitos básicos, tanto socioeconômicos quantos civis, políticos e culturais. Isso é
essencial para garantir o equilíbrio da saúde mental, que tem impacto no bem-estar físico.
Portanto, a saúde em geral, está relacionada ao bom funcionamento do organismo,
suas condições gerais e ocorrência de doenças. Uma pessoa com bom equilíbrio da saúde
física é aquela que não está doente e cujo metabolismo funciona adequadamente. Genética,
hábitos, ambiente e condições de trabalho também se relacionam com ela.
Quanto a saúde mental é subjetiva e está relacionada à percepção que cada indivíduo
tem da sua própria realidade, suas crenças, integração social e outros fatores. De toda forma,
está relacionada ao bem-estar emocional e equilíbrio psicológico de uma pessoa.
A Saúde Pública visa combater os fatores condicionantes da propagação de doenças,
ou seja, tenta manter um controle das incidências nas populações por meio de ações de
vigilância e de investigações governamentais. (MARTINS, 2021)
Saúde comunitária foi definido como "a saúde em um grupo de indivíduos, incluindo
a distribuição dos níveis de saúde dentro do grupo." O objetivo é melhorar a saúde de uma
certa população. O objectivo da saúde comunitária é olhar além do foco em indivíduos da
medicina e da saúde pública tradicional, através da resolução de fatores que impactam a
saúde da população em geral, tais como ambiente, estrutura social, distribuição de recursos,
entre outros.
A Saúde e desenvolvimento comunitário consiste em uma área da Saúde que se
ocupa da saúde e dos desafios (promoção) e problemas (doença) a ela inerentes ao nível da
15

comunidade ou grupos populacionais (não de indivíduos isolados). Assim, tendo subjacente a


dimensão comunitária que os fundamenta, são tidos em linha de conta todos os factores
relevantes para o efeito: os de ordem individual e familiar, ambiental e ocupacional,
económica e social, cultural e administrativa.

CAPITULO V: Desafios Metodológicos e epistemológicos da: Pluri, Inter, e


Transdisciplinaridade da Psicologia Social da Saúde: o Homem.
A ideia de pluridisciplinaridade tem origem na tentativa de estabelecer relação entre
as disciplinas que, dessa forma, receberam um nome específico de acordo com a quantidade
da integração existente entre elas. A pluridisciplinaridade é considerada pouco eficaz para a
transferência de conhecimentos, já que parte da noção de que cada matéria contribuiu com
informações próprias do seu campo de conhecimento, sem considerar que existe uma
integração entre elas.
O termo interdisciplinaridade de com Gomes e Deslandes (1994) surgiu no
século XIX, ou seja, não é um conceito contemporâneo diante do surgimento do
conhecimento da ciência, no entanto, somente no século XX caráter interdisciplinar
passou a ser efetivado dentro da ciência.
A transdisciplinaridade acena uma mudança. Ela tenta suprir uma anomalia do
sistema anterior, não destrói o antigo, apenas é mais aberta, mais ampla. A necessidade da
transdisciplinaridade decorre do desenvolvimento dos conhecimentos, da cultura e da
complexidade humana. É uma epistemologia, uma metodologia proveniente do caminho
científico contemporâneo, adaptado, portanto, aos movimentos societários atuais (PAUL,
2005).
A transdisciplinaridade se preocupa com uma interação entre as disciplinas, promove
um diálogo entre diferentes áreas do conhecimento e seus dispositivos, visa cooperação
entre as diferentes áreas, contato entre essas disciplinas (IRIBARYY, 2003).
Os estudos transversais comparam indivíduos diferentes num mesmo momento. Em
estudos sobre o desenvolvimento, esse delineamento consiste em organizar grupos de
indivíduos de diferentes idades e compara-los em relação a uma determinada habilidade. Por
exemplo, um estudo sobre desenvolvimento linguístico pode comparar o número de palavras
utilizadas por crianças de 2 e 3 anos de idade. As vantagens e desvantagens desse tipo de
delineamento são bem conhecidas. Pode-se testar em um período curto as habilidades
investigadas, tornando-o um delineamento pratico para o pesquisador.
16

Em um dos textos da edição de 2005, Cillessen (2005) ressalta que estudos


longitudinais se aplicam a várias áreas de conhecimento e não apenas a Psicologia do
Desenvolvimento. Também não se aplica apenas a estudos de longo prazo e com muitos
indivíduos, mas na psicologia do desenvolvimento adquire importância fundamental, pois
permite que se acompanhe o desenvolvimento dos indivíduos ao longo do tempo, sem deixar
de se controlar múltiplas variáveis que afetam o desenvolvimento.
A abordagem quantitativa nasceu das ciências naturais e do positivismo que tinham
como premissa o conhecimento da natureza através do método científico, que era capaz de
controlar e manipular as variáveis que interferiam no objeto de estudo
Na pesquisa Quantitativa há uma análise dos dados em que a matemática é a
linguagem utilizada para a interpretação dos resultados colhidos para fazer a correlação da
realidade empírica com a teoria que embasa o estudo. Os estudos quantitativos precisam
atender a critérios de cientificidade (advindos da tradição positivista de pesquisa): validade,
confiabilidade, generalização e transferibilidade dos resultados. Deve-se ter o cuidado ao usar
a linguagem matemática, pois ela precisa estar adequada ao objeto de estudo, para que o
fenômeno seja explicado adequadamente.
A abordagem de natureza qualitativa surgiu da inquietação de cientistas que queriam
alcançar a compreensão do homem como um sujeito social e contextualizado numa sociedade
com história, valores, significados e intenções que constroem a subjetividade dos atos
humanos, como afirma Silva (apud BIASOLI-ALVES & ROMANELLI, 1998).
A abordagem qualitativa trabalha com valores, crenças, representações, hábitos,
atitudes e opiniões. Ela aprofunda a complexidade de fenômenos, fatos e processos; passa
pelo observável e vai além dele ao estabelecer inferências e atribuir significados ao
comportamento.
Assim, na psicologia essa abordagem é muito utilizada nas pesquisas porque permite a
explicação de comportamentos, sentimentos e processos mentais relatados ao pesquisador, o
que torna o seu objeto de estudo dinâmico e contextualizado.
A avaliação psicológica em ambientes médicos pode ser considerada como uma adequada
ferramenta na apropriação de decisões a respeito do diagnóstico diferencial, tipo de
tratamento necessário e prognóstico.

Portanto, cada procedimento de medida, como explica Pasquali (2001), ou de investigação,


requer um resultado síntese, que não pode ser confundido com o resultado final, pois este está
relacionado com a análise de todos os dados colhidos durante o processo.
17

Os testes psicológicos, como lembram Anastasi e Urbina (2000), podem ser considerados
essencialmente como uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento.
Eles não medem diretamente as capacidades e funções, mas amostras que devem representar
adequadamente o fenômeno estudado. São, na realidade, semelhantes a qualquer outro teste
científico, uma vez que por meio de uma pequena amostra, mas cuidadosamente escolhida,
são realizadas as observações do comportamento da pessoa. Assim, como instrumentos de
medida, devem apresentar certas características que possam justificar como confiáveis os
dados que por eles foram produzidos.

CAPITULO VI: Psicologia Social da Saúde Sistemática: Conceitos Sistemática


Básicos
Em conformidade com o site: https://www.significados.com.br/doenca/, entende-se por
Doença, o conjunto de sinais e sintomas específicos que afectam um ser vivo, alterando o
seu estado normal de saúde. O vocábulo é de origem latina, em que “dolentia” significa
“dor, padecimento”.
Uma doença é uma condição particular anormal que afecta negativamente o
organismo e a estrutura ou função de parte de ou de todo um organismo, e que não é
causada por um trauma físico externo.
Segundo o dicionário é um conjunto de medidas ou preparação antecipada de algo que
ajuda a prevenir um mal, ou agir por antecipação, (https://agenciaaids.com.br/artigo/o-
que-e-prevencao/).
Pode-se definir a prevenção, como o conjunto de práticas de análise e controle dos
riscos que, desenvolvidas de forma continuada, num espírito de melhoria contínua, têm
vista a evicção da sinistralidade laboral,
(http://www.cgtp.pt/seguranca-e-saude/noticias/10841-o-que-e-que-se-entende-por-
prevencao).
Em suma, prevenção é um conjunto de medidas ou preparação antecipada de algo
que ajuda a prevenir um mal, ou agir por antecipação. Portanto prevenção é pensar antes
da acção.
Segundo o dicionário é um conjunto de medidas ou preparação antecipada de algo
que ajuda a prevenir um mal, ou agir por antecipação.
Em site:
https://www.trt9.jus.br/pds/pdstrt9/guidances/concepts/risk_AF5840DA.html, um risco é
qualquer coisa, desconhecida ou incerta, que possa impedir o sucesso. Geralmente,
18

um risco é qualificado pela probabilidade da ocorrência e pelo impacto que pode causar a
saúde, caso ocorra.
O risco deve ser entendido como uma elaboração teórica, que é construída,
historicamente, com o objetivo de mediar à relação do homem com os perigos, visando
minimizar os prejuízos e maximizar os benefícios.
Contudo, o risco está associado à possibilidade de ocorrência de um evento indesejado e
sua severidade, não podendo ser representado apenas por um número.
Portanto, um comportamento de saúde poderá ser definido como qualquer acção
desenvolvida por cada pessoa, independentemente do seu estado de saúde real ou
percepcionado, que tem como objectivo a manutenção, protecção e promoção da saúde
(MATOS 2004).
Entretanto, o comportamento de doença refere-se a um comportamento representado pela
actividade realizada por uma pessoa que se considera doente, para recuperar sua saúde.
Segundo o site: https://www.youtube.com/watch?v=5vubpzJumGU, o
comportamento em saúde (preventivo) é o comportamento com o objectivo de prevenir
ou detectar doenças em um estado assintomático.
O comportamento preventivo primário em saúde é manifestado quando as pessoas
são encorajadas a engajarem-se em actividades que podem ter influência positiva em sua
saúde e reprimir actividades que podem ter influência negativa.
Já o comportamento preventivo secundário em saúde manifesta-se quando as
pessoas são encorajadas a procurar profissionais, para tratamento adequado, assim que
percebem mudanças deletérias em sua saúde. É considerado comportamento preventivo
secundário porque o principal objectivo é a prevenção e o tratamento médico adequado,
bem como mudanças subsequentes à redução do nível de saúde.
Outros factores de protecção associados ao indivíduo estão relacionados à orientação
positiva na escola, para a saúde e atitudes intolerantes aos comportamentos que estejam
fora das normas socialmente aceitas ou desviantes em uma determinada cultura ou
sociedade.
Factores de risco são todas as condições ou variáveis querem sejam individuais ou
contextuais, que aumentam a probabilidade de ocorrência de resultados negativos e
indesejados ao desenvolvimento humano, envolvendo às vezes comportamentos que
comprometem a saúde, o bem-estar, assim como o desempenho social (Morais, &
Cerqueira-Santos et al, 2009).
19

Percebe-se que alguns dos comportamentos de risco constituem respostas aos


acontecimentos estressantes da vida, estando moderadamente associados aos sintomas de
depressão. Os comportamentos externalizados são mais frequentes aos indivíduos do
sexo masculino quando são confrontados com estresse do que do sexo feminino que
apresentam comportamentos internalizados (SIMÕES, 2007).
Portanto, os factores de risco normalmente predizem comportamentos prejudiciais
para a saúde num grupo de indivíduos que apresentam um factor de risco, mas não
necessariamente para todos os elementos no grupo
O conceito de estilo de vida (EV) é mais do que um agregado de decisões individuais
que afetam quer a vida pessoal quer a vida coletiva e sobre as quais revela ter algum
controlo (Pais Ribeiro 2004).
São as crenças, valores e atitudes’ presentes nos hábitos diários ou comportamentos
das populações que moldam os estilos de vida da sociedade e que de certa forma revelam
ter um grande impacto sobre o estado de saúde das populações, quer a médio ou a longo
prazo (COELHO & SANTOS 2006). Os estilos de vida reflectem também um
aglomerado de padrões comportamentais directamente relacionados e que dependem das
condições económicas, políticas, sociais, culturais e educacionais da sociedade em geral
(PAIS RIBEIRO 2004).
Pode-se ainda acrescentar que os EV resultam também da mudança do meio em que
o indivíduo está inserido (processo activo) e que o mesmo assume conscientemente,
através das suas escolhas, a procura de uma melhor condição, isto é, um método de acção
integrado que visa maximizar as potencialidades do indivíduo no meio ambiente em que
vive (PAIS RIBEIRO 2004). Os factores que estão associados aos EV como o tipo de
dieta alimentar, exercício físico, hábitos tabágicos, consumo de álcool e drogas,
acidentes, comportamento sexual, etc.

CAPITRULO VII: Modelos Sistemáticos de Interpretação: Breve análise Crítica


Segundo MAXIMILIANO (2002, p. 7), interpretar é acto de explicar, esclarecer, dar o
significado do vocábulo, atitude ou gesto, produzir por outras palavras um pensamento
exteriorizado; mostrar o sentido verdadeiro de uma expressão; extrair de frase, sentença ou
norma, tudo o que na mesma se contém.
Em conformidade com o MAXIMILIANO (2011. p. 100), a interpretação sistemática
consiste num processo sistemático em comparar o dispositivo sujeito a exegese com outros
do mesmo repositório ou de leis diversas, mas referentes ao mesmo objecto”.
20

Não obstante, a interpretação sistemática considera que as coisas não podem ser vistas
de forma isolada, pois existe como sistema, de forma ordenada e com certa sincronia. Os
modelos de interpretação sistemática fornecem uma grelha teórica e prática de compreensão
dos sistemas humanos em uma complexidade organizada em múltiplos elementos que estão
em interacção recíproca no seu interior e com o meio. Um sistema pode ser aberto (auto-
organização) ou fechado (entropia).
Em conformidade com YEPEZ (2001), o senso comum é um tipo de conhecimento
popular, adquirido pela observação e pela repetição, que não foi testado metodicamente. É
um tipo de conhecimento que geralmente está presente no nosso cotidiano, sendo passado de
geração a geração. Pode-se afirmar que esse tipo de conhecimento é, categoricamente,
popular e culturalmente aceito, o que não garante a sua validade ou invalidade.
Entretanto, neste modelo de senso comum, o conhecimento por ser obtido a partir de
movimento de repetição cultural, pode estar correcto ou não. Não é possível confiar nesse
tipo de conhecimento como se confia na ciência, mas também não podemos invalidá-lo de
imediato, pois o facto de não se estabelecer métodos e testes comprobatórios, não significa,
necessariamente, que o tipo de conhecimento popular está errado.
Em suma, o modelo de senso comum é movido, geralmente, pela opinião. Pode-se
elencar estudos filosóficos sobre o senso comum desde a Grécia Antiga. A Filosofia surgiu
como uma maneira de contrapor aquele tipo de conhecimento popular não rigoroso.
O modelo biomédico é uma visão que considera a doença apenas em seu aspecto
biológico, isto é, a patologia seria causada por algum agente patógeno causador de um
desequilíbrio e/ou disfunção no organismo, (STRAUB, 2005). Assim, nessa concepção,
saúde seria ausência de doenças. Nesta concepção, o psicólogo seria apenas um auxiliar da
tarefa médica, ajustando os comportamentos para o tratamento físico.
De acordo com o site: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6511, pode-se perceber
que o saber biomédico fundamenta-se em uma visão biológica e mecanicista do ser humano
e na abordagem curativa das doenças e representa a visão oficial do corpo humano nas
sociedades capitalistas ocidentais baseadas na capacidade de produção e de consumo. Tal
saber tem influenciado não apenas as práticas objectivas de saúde, mas, também, a
subjetividade das pessoas em relação ao seu corpo e à sua vida.
De acordo com MELCHERT (2011), o modelo biopsicossocial é um conceito amplo
que visa estudar a causa ou o progresso de doenças utilizando-se de fatores biológicos
(genéticos, bioquímicos, etc), fatores psicológicos (estado de humor, de personalidade, de
comportamento, etc) e fatores sociais (culturais, familiares, socioeconômicos, médicos, etc).
21

IBID, o modelo biopsicossocial ao contrário do modelo biomédico, o qual atribui a


doença apenas a fatores biológicos como vírus, genes ou anormalidades somáticas, abrange
disciplinas que vão desde a medicina à psicologia e à sociologia. Por ser um conceito
recente, sua prevalência varia entre as disciplinas.
Segundo o site: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/tp/v7n2/v7n2a07.pdf, o Modelo de
Crenças em Saúde (HBM), desenvolvido nos anos 50 por psicólogos sociais do serviço de
saúde pública dos Estados Unidos, tem sido considerado, entre os modelos cognitivos, como
um dos mais amplamente pesquisados para explicar e predizer comportamentos de saúde. As
crenças em saúde referem-se à susceptibilidade e à gravidade percebida na doença em
questão e aos benefícios e barreiras percebidos com relação aos comportamentos de
prevenção ou tratamento da doença.
O Health Belief Model consiste em três grupos de elementos ou componentes, que são:
Percepções individuais - estes, por sua vez, são formados por dois elementos já
mencionados: a suscetibilidade de adoecer (ou o risco de adoecer) e a gravidade percebida
em relação às consequências da referida doença.
Como síntese, pode-se agrupar as três premissas básicas do Modelo de Crenças em
Saúde:
 A crença - ou percepção - de que um determinado problema é importante ou sério o
suficiente para levá-lo em consideração.
 A crença - ou percepção - de que alguém é vulnerável ou suscetível a esse problema.
 A crença - ou percepção - de que a ação a ser realizada produzirá um benefício com um
custo pessoal aceitável (ou seja, maiores benefícios que os custos).
Na Teoria motivacional da protecção (Rogers e Mewborn, 1976) percebe-se que a
motivação para se proteger depende de três factores:
 A percepção da gravidade do acontecimento prejudicial;
 A percepção da probabilidade do acontecimento ocorrer ou a percepção de
susceptibilidade;
 A eficácia da resposta recomendada para evitar o acontecimento prejudicial
A Teoria da Ação Racional foi inicialmente desenvolvida por volta de 1960, por Martin
Fishbein (1963-1967), sendo posteriormente revista e expandida em colaboração com Icek
Ajzen e outros estudiosos (AJZEN ET AL, 1985; 1988; 1991; 2010). A teoria admite que os
seres humanos são racionais e utilizam as informações disponíveis, avaliando as implicações
de seus comportamentos, a fim de decidirem por sua realização (AJZEN & FISHBEIN,
1970, 1977, BROWN, 1999).
22

A teoria do comportamento planeado (abreviado como TPB que em inglês significa


Theoryofplannedbehavior) é uma teoria que vincula as crenças ao comportamento. A teoria
afirma que existem três componentes principais, a saber; atitude, norma subjectiva e controle
comportamental percebido, que juntos moldam as intenções comportamentais de um
indivíduo. Por sua vez, a intenção comportamental é considerada o determinante mais
próximo do comportamento social humano.
O modelo ecológico, também conhecido como história natural das doenças, descrito por
Leavell e Clark (1976), considera a relação, interacção e condicionamento dos elementos que
compõem a tríade ecológica. São eles:
 O ambiente;
 O agente e;
 O hospedeiro.
A história natural da doença trata da descrição da progressão ininterrupta de uma doença, do
momento da exposição dos agentes até a recuperação, deficiência ou a morte. Deste modo, a
doença seria resultante de um desequilíbrio deste sistema. Desta teoria surge a base do
movimento de medicina preventiva.
A teoria é vantajosa por possibilitar a proposição de barreiras à evolução da doença mesmo
antes de sua manifestação clínica e as actividades de prevenção visam a promoção da saúde e
protecção específica.
CAPITULO VIII Ética e Deontologia em Psicologia Social e da Saúde

Ética e Deontologia em Psicologia Social e da Saúde

4.1 Ética
Para RASCHE, 2005 Ética é o segmento da Filosofia que se dedica ao estudo de valores e
princípios morais e ideológicos de comportamento do ser humano frente ao que chamamos de
sociedade. Essa palavra provém do grego e significa pertencente ao carácter. Ética é diferente
de moral. A moral está baseada no que diz respeito à obediência aos bons costumes e aos bons
hábitos, enquanto a ética está fundamentada em acções exclusivas morais de maneira racional.

Com o passar do tempo, o que era global na ética passou a ser especializado. A Revolução
Industrial teve papel importante no modo de pensar da sociedade. Hoje a ética é uma
disciplina independente de outras disciplinas. Assim sendo, é possível dizer que a ética é uma
área da filosofia preocupada e ocupada ao estudo das normas morais da sociedade actual. A
ética busca justificar e explicar determinados costumes de certo grupo ou população.
23

4.1.1 Deontologia
Deontologia baseada no regimento do direito, dever e proibição do que se pode ou não ser
feito no campo em que o indivíduo actua. A deontologia, que está directamente ligado à
obrigação. Na filosofia contemporânea é uma das teorias na qual as escolhas são moralmente
necessárias, proibidas ou permitidas. Está ligada às nossas escolhas do que deve ser feito e de
como proceder para ser feito. Por isso a entendemos como um conjunto de atitudes que
norteiam o que pode, deve ou não ser feito de maneira descritiva e prescritiva ( MATTAR,
2010).

Neste sentido, a deontologia é uma disciplina da ética especialmente adaptada ao exercício de


uma profissão. Em regra, os códigos de deontologia têm por base grandes declarações
universais e esforçam-se por traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando-o às
particularidades de cada profissão e de cada país. As regras deontológicas são adoptadas por
organizações profissionais, que assume a função de "legisladora" das normas e garante da sua
aplicação.

4.1.2 Saúde
Não obstante a definição de saúde formulada no (Preâmbulo da Constituição da OMS em
1946) apontar para um “estado de completo bem-estar físico, psíquico e social e nãoapenas a
ausência de doença ou enfermidade”, nem sempre foi a mesma a atitude do Estado e/ou da
Comunidade perante a saúde.

A avaliação deste tipo de dano impõe que se substituam os sistemas de tipicidade ou de


pressupostos fechados e os sistemas abertos ou de a tipicidade dos danos pela procura de
novos meios de análise. Neste contexto surgem as considerações sobre perda de chance e
acresce ainda a consideração de novas e emergentes categorias de dano, como as do dano
existencial e/ou da vida.

4.1.3 Cidadania
A cidadania é notoriamente um termo associado à vida em sociedade. Sua origem está ligada
ao desenvolvimento das pólis gregas, entre os séculos VIII e VII a.C. A partir de então,
tornou-se referência para os estudos que enfocam a política e as próprias condições de seu
exercício, tanto nas sociedades antigas quanto nas modernas.

4.1.4 Politica
A palavra “política” provém do grego “politéia”. Tal palavra era usada para se referir a tudo
relacionado a polis (Cidade-estado) e à vida em coletividade. Portanto, podemos chegar a um
24

ponto em comum ao afirmar que a política está relacionada diretamente com a vida em
sociedade, no sentido de fazer com que cada indivíduo expresse suas diferenças e conflitos
sem que isso seja transformado em um caos social. De fato, gregos e romanos desenvolveram
as características de autoridade e poder no sentido político. BRZEZINSKI (2016).

5 Direito Biomédico
Em todas e cada uma destas situações, a bioética, o biodireito ou mesmo uma bi constituição
parecem tentar responder ou organizar e legitimar as respostas às potencialidades científicas e
dilemas éticos da genética do séc. XXI: nem tudo o que não é punido é lícito, nem tudo o que
não é proibido é lícito: devemos fazer algo apenas porque é possível? Querem fazer de nós
deuses antes que mereçamos ser homens. A ciência explicará tudo e nós não ficaremos mais
esclarecidos: ela fará de nós deuses atordoados. Advertia Jean Rostand. É esta bioética que
tem surgido como referente de soluções jurídicas positivas para as experiências legislativas e
jurisprudenciais estaduais. Primeiro-Ministro francês, em carta dirigida ao Conselho de
Estado, não pode ser deixada apenas à sensibilidade ou às apetências dos ministros a procura
dos problemas que hoje se põem à consciência dos homens e à ciência do direito, e para os
quais a sociedade e o Estado esperam respostas normativas. DALLARI e Saraiva,(1989).

CAPITULO IX Psicologia Social e da Saúde

4. Fundamentação teórica

4.1. Conceitos gerais

Saúde significa o estado de normalidade de funcionamento do organismo humano. Segundo


Matarazzo (apud Guimarães, Grubits, Freire, 2007p. 28)" A psicologia da saúde consiste no
conjunto de contribuições educacionais, científicos e profissionais específicos da psicologia,
para a promoção e manutenção da saúde, a prevenção e tratamento das doenças, na
identificação da etiologia e diagnósticos relacionados à saúde, à doença e às disfunções
associadas, bem como no aperfeiçoamento de políticas da saúde".

A psicologia da saúde é a aplicação dos conhecimentos e das técnicas psicológicas à saúde, às


doenças e aos cuidados de saúde (Marks, Murray, Evans & Willig, 2000; Ogden, 2000).
Estuda o papel da psicologia como ciênciae como profissão nos domínios da saúde, da doença
e da própria prestação dos cuidados de saúde, focalizando nas experiências, comportamentos
e interacções.
25

4.2. Aspectos sistemáticos diferenciais

4.2.1.Papeis de género e género

Ao conceito de género é atribuída a construção social que torna desiguais mulheres e homens.
Sua utilização representou um carácter de contraponto respondendo as interpretações
biologistas que vinculam a diferença sexual às posições sociais hierarquicamente diferentes
entre mulheres e homens. O entendimento moderno do mundo mudou esta configuração,
principalmente a partir das primeiras tentativas de superação das desigualdades sociais entre
homens e mulheres. Para melhor compreensão cita-se os três planos ou teorias de género: a
chamada teoria de status ou teoria dos papéis sociais, cujo em pano de fundo está presente o
indivíduo e como a sociedade pode ser incorporada a este indivíduo; as teorias focadas nas
interacções sociais, que entende género como sendo construído no dia-a-dia das pessoas, e por
isso estamos “a todo o momento” fazendo género; e as teorias focadas nas instituições, ou
seja, através das instituições nos reproduzimos a personalidade e o comportamento que
devemos ter, sejamos homens ou mulheres.

4.2.2. Plano do indivíduo

Uma das mais destacadas e criticadas leituras sobre género é sem dúvida o funcionalismo
apresentada aqui a partir da leitura de Parsons e Balesque entendem a diferença de género no
interior da família moderna em termos de papéis “expressivos” (femininos) e papéis
“instrumentais” (masculinos). Nesta concepção, apresentada como funcionalista, a família
(bem como suas funções sociabilizadoras) é apresentada enquanto instituição fundamental na
manutenção do funcionamento regular da ordem social.

4.2.3. Plano das interacções – fazendo género

A historiadora Joan Scott, destaca da estudiosa das relações de género, em género: uma
categoria útil para a análise histórica, apresenta quatro elementos inter-relacionados que
visam auxiliar na compreensão mais ampla das relações de género. Em primeiro lugar destaca
os “símbolos culturalmente disponíveis que evocam representações múltiplas (frequentemente
contraditórias), Maria e Eva como símbolo da mulher mas também mitos de luz e escuridão,
de purificação e poluição, de inocência e corrupção ”.Tais símbolos apresentam diversas
representações, mas antes de serem somente diferentes, são contraditórios, porém não
excludentes, como por exemplo, as imagens de “santa” e “puta”, haja vista que ambas as
representações podem servir para a mesma mulher.
26

4.2.4.Plano das instituições

Concordamos aqui com Kimmel. É impossível explicar género sem o adequado entendimento
sobre “o poder”. Não por ser o poder uma consequência das diferenças de género, mas por ser
o poder o produtor destas diferenças de género em um primeiro plano. Como género, poder
não é uma propriedade de indivíduos, uma posse que uns têm e outros não, mas sim uma
propriedade de uma vida em grupo, de uma vida social.

4.3. O Envelhecimento na sociedade actual

O envelhecimento tem sido considerado um importante fenómeno social, devido ao aumento


da longevidade, redução da taxa de natalidade, levando consequentemente, ao aumento da
população idosa e da longevidade (Moreira & Nogueira,2008; Hartmann, 2008; Couto, 2005;
Ferreira – Alves & Novo, 2006). A atenção dada ao envelhecimento da população
envelhecida tem sido devida às repercussões nos diferentes domínios da estrutura social,
económica, política e cultural das sociedades actuais, tornando a área do envelhecimento uma
área privilegiada de investigação, que tem chamado a atenção dos investigadores nas mais
diversas áreas (Moreira & Nogueira, 2008). Contudo, apesar disto, a velhice e o
envelhecimento ainda são fases da vida sobre as quais existem poucos conhecimentos teóricos
(Couto, 2005).

4.3.1.O Processo de Envelhecimento

4.3.2.Características Normativas do Envelhecimento

Perante a dificuldade na sua definição, de modo geral, entende-se que o envelhecimento deve
ser encarado como um processo biopsicossocial, não devendo ser explicado sem considerar
dimensões biológicas, sociais e psicológicas que lhes estão inerentes (Santos2008). Alterações
fisiológicas o envelhecimento é um processo que tende a ocorrer em todos os indivíduos, e
expressa-se predominantemente pela perda de adaptação e diminuição da funcionalidade,
estando sobre tudo associado a características biológicas e físicas. Esta ultima, é
possivelmente aquela que mais cedo revela o envelhecimento.

4.4. Características da Pessoa Idosa

É difícil definir a pessoa idosa como alguém pertencente a um grupo diferente dos outros,
com características muito particulares e específicas, pelo que qualquer tentativa de o fazer é
geralmente muito imprecisa. Convém referir que, pelo facto de não podermos considerar os
idosos como uma categoria homogénea leva-nos a relativizar todas as afirmações que
27

possamos proferir, pois, cada indivíduo idoso tem uma história, uma personalidade e é
condicionada por um conjunto de factores que tornam a sua existência única, ainda que
partilhe experiências sociais e outras.

4.4.2. Aspectos Psicológicos do Idoso

A especificidade do envelhecimento psicológico não está perfeitamente estabelecida e os


factores psicológicos cruzam-se, quer com os culturais, quer com os sociais e quer com os
biológicos, que interagindo entre si acabam por influenciar a forma como cada pessoa vive e
envelhece.

4.4.3. Aspectos Sociais do Idoso

É no contexto social que se encontram com mais intensidade as alterações de papéis e funções
dos grupos etários, sendo o processo de envelhecimento e a pessoa idosa marcada pelas
circunstâncias históricas. A contribuição das relações sociais para a saúde e bem-estar dos
idosos é importante para um envelhecimento com sucesso uma vez que contribuem para que o
indivíduo se prepare, e recupere das muitas exigências da vida associadas ao próprio
envelhecimento.

5. Deficiência e Pessoas em desvantagem

Deficiência é uma perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou


anatómica, defeito ou perda de um membro, órgão, tecido ou qualquer outra estrutura do
corpo, inclusive das funções mentais.

As deficiências podem ter origem genética e surgir no período de gestação, em decorrência do


parto ou nos primeiros dias de vida do bebé. Na vida adulta, podem ser consequência de
doenças transmissíveis ou crónicas, perturbações psiquiátricas, desnutrição, abusos de drogas,
traumas e lesões.

5.1.1 Tipos de deficiência

Deficiência auditiva

É a perda parcial ou total da audição, causada por má-formação (causa genética) ou lesão nas
estruturas que compõem o aparelho auditivo. São classificadas de acordo com a incapacidade
de detectar determinada quantidade de decibéis:

 Leve: existe dificuldade em compreender a fala humana.


28

 Moderada e Severa: há a necessidade do uso de aparelho ou prótese auditiva e em


alguns casos torna-se necessário o uso da língua de sinais.
 Profunda: torna-se necessário o uso de técnicas de leitura labial e de língua de sinais
para a comunicação.

Deficiência visual

A deficiência visual é a perda ou redução da capacidade visual em ambos os olhos em


carácter definitivo, que não pode ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes, tratamento
clínico ou cirúrgico. Os diferentes graus de deficiência visual podem ser classificados em:

 Baixa visão: (leve, moderada ou profunda): pode ser compensada com o uso de lentes
de aumento e lupas com o auxílio de bengalas e de treinamentos de orientação.
 Próximo à cegueira: quando a pessoa ainda é capaz de distinguir luz e sombra, mas já
emprega o sistema braile para ler e escrever, utiliza recursos de voz para acessar
programas de computador, locomove-se com a bengala e precisa de treinamentos de
orientação e de mobilidade.
 Cegueira: o uso do Sistema Braille, da bengala e os treinamentos de orientação e de
mobilidade, nesse caso, são fundamentais.

Deficiência física

São alterações completas ou parciais de um ou mais segmentos do corpo humano, que


acarretam o comprometimento da mobilidade e da coordenação geral, podendo também
afectar a fala, em diferentes graus.

As causas que podem gerar a deficiência física são diversas, como ligadas a problemas
genéticos, complicações na gestação. Doenças infantis e acidentes. Como factores de risco
pode se citar: violência urbana, uso de drogas, acidentes desportivos, sedentarismo, acidentes
de trabalho, epidemias/edermias, tabagismo, agentes, tóxicos, maus hábitos alimentares e falta
de saneamento básico.

No caso de jovens e adultos, a deficiência física pode ocorrer após uma lesão medular,
aneurisma, acidente vascular cerebral ou outros problemas.

As deficiências físicas mais comuns são:

 Plegia: a ausência total de movimentos.

 Paresia: a ausência parcial de movimentos.


29

 Hemiplegia: quando existe um comprometimento motor total em meio lado do corpo.

 Paraplegia: quando apresenta um comprometimento motor total abaixo da cintura, ao


qual foi decorrente de uma lesão medular, como exemplos, são os paraplégicos.

5.2. Desvantagem

Prejuízo para o indivíduo, resultante de uma deficiência ou uma incapacidade que limita ou
impede o desempenho de papeis de acordo com a idade, sexo, factores sociais e culturais
caracterizam se por uma discordância entre a capacidade individual de realização e as
expectativas do indivíduo ou do seu grupo social.

Deficiência Incapacidade Desvantagem

Deficiência visual decorrente, O não enxergar Leitura, escrita, locomoção


por exemplo, de lesão no autónoma
nervo óptico

Deficiência física decorrente, O não andar Pratica de esportes,


por exemplo de lesão medular locomoção autónoma

Deficiência física decorrente, Deficit do controle motor Escrita, assumir cuidados de


por exemplo, lesão cerebral higiene pessoal, locomoção
autónoma

Deficiência intelectual Deficit no raciocínio abstracto Aprendizagem, ter amigos


decorrente, por exemplo de
síndrome genética

Deficiência auditiva O não ouvir Não ouvir nenhum som


decorrente, exemplo, lesão no
ouvido

CAPITULO X Teoria das Crises


30

2.1. Teoria das crises (Lindemann e Caplan)

As teorias da crise desenvolvidas por Lindemann (1944) e Caplan (1964) levam a reflexão e
criação de formas de tratamento para situações de crise, onde as psicoterapias breves
começam a ter grande relevo.

No início dos anos 40, Lindemann, um dos pioneiros na assistência psiquiátrica em hospital
geral (Malan), cristalizou suas ideias sobre a intervenção em situações de crise, através do seu
envolvimento clínico num acidente * no qual houve inúmeras vítimas fatais e outras
apresentando distúrbios emocionais. A partir daí, dedicou-se aos estudos sobre as reacções de
Juto c aflição entre os sobreviventes, descrevendo as reacções breves e anormalmente
prolongadas, manifestadas pelos vários indivíduos envolvidos com a perda de pessoas
significativas (Lindemann, 1944).

2.1.1.Conceitos

Crise é um momento crítico em que se apresenta uma situação difícil, perigosa, que exige uma
decisão para nos proteger dela (e que, em caso de insucesso, pode prejudicar gravemente
nossos objetivos).

Crise é um fenómeno de tempo limitado, com um resultado que não é predeterminado no


começo. É um estado de desequilíbrio psicológico provocado quando a pessoa enfrenta
situações que pressupõem ameaça, exigências ou perdas de importantes alvos vitais (Caplan,
1950).

2.1.2.Tipos crises

 Crises generalizada tónica clónica


 Crises antonica
 Crises generalizada de ausencia
 Crises mioclonica
 Espasmos epilépticos
31

2.1.3.Características

 Estabelecer objectivos terapêuticos limitados, pouco ambiciosos, pondo a tónica na


melhoria sintomática ou no regresso ao funcionamento que existia anteriormente.
(Erikson, 1966).
 Abordar apenas a situação actual a partir do seu desencadeante.

2.1.4. Modos de lidar com as crises

Para Fawcett (1984). Existe varias foramas de lidar com as crises como tas:

 Crises são situações, logo tem começo, meio e fim.

Todo momento de crise tem um ciclo. Antecipar as possíveis situações que gerem
dificuldades, com planejamento e análise de quais recursos serão necessários para cruza-
la, permite que seus níveis de ansiedade e problemas sejam reduzidos enquanto ela
passa.

 Crises são difíceis e perigosas, então não fique parado.

Dentro do planejamento é importante perceber suas limitações e manter raciocínio claro,


ou seja, isento de pré-conceitos e generalizações. Cada um tem suas particularidades e
necessidade dentro do processo da crise, então saiba encontrar o seu papel dentro do
processo e o que é seguro ou potencialmente perigoso. Nesse caso, o perigo não precisa
ser físico. Tentar enfrentar uma situação de crise sem estar preparado certamente levará
seus níveis de ansiedade às alturas, turvando seu discernimento.

 Perceba e entenda danos indiretos

Em seu planejamento, é fundamental incluir o efeito cadeia. Aquilo que indiretamente


pode lhe atingir gerando perdas ou danos. E aqui, incluo perdas e danos emocionais.

Que fique claro que crises geram danos, esperar que todos aqueles próximos de você
terão uma atitude adequada é irracional, pois ninguém pode prever os eventos diretos e
indiretos de uma crise. Então assuma que haverá momentos em que você precisará
administrar dificuldades emocionais de quem é próximo a ti. E, no caso de entender que
não tem habilidade para isso, recorrer a apoio profissional como um psicólogo e buscar
se resguardar no que for possível, (Fawcett, 1984).
32

 Crises permitem decisões de sair dela. Logo, escolha se proteger da crise.

Em toda crise há decisões a serem tomadas. Se não há decisão, não é crise, é tragédia.
Enquanto houver escolhas a serem tomadas para não ser atingido pela crise você pode
evitar que ela vire uma tragédia.

 Cada um passa pelas crises de forma diferente. Então, cada um tem uma saída
diferente.

A maneira como a crise afeta cada um é muito diferente. A minha forma de vivenciar a
crise é diferente da sua. Dessa maneira, elas podem terminar em momentos diferentes,
ser perigosas de formas diferentes e a saída para cada um pode ser muito diferente.

Evite ser levado por comportamentos “de manada”. Assuma sua postura e evite se
colocar tanto em perigo físico quanto emocional.

 Entenda que temos limites, e que cruzamos eles mesmo com todo tipo de
planejamento

Segundo Fawcett (1984), Momentos de crise geram situações inusitadas. Aceite que você
pode estar em situação emocional debilitada, gerando sentimentos e pensamentos como:
apreensão, angústia, medo do futuro, ansiedade, sentimento de perigo iminente, ou de
incapacidade.

Se você se enquadrar em algum desses casos, busque a ajuda de um psicólogo. Ele é


quem irá ajudar você a manejar esses sentimentos e passas pela crise da melhor forma
possível.

 Busque um psicólogo online

A crise que estamos vivendo nos obriga a nos mantermos resguardados, longe do contato
social ou da prestação de serviços básicos como a de um atendimento psicológico.

O atendimento online permite que você continue recebendo esse tipo de prestação de
serviço, receba apoio emocional, orientação psicológica, amparo e acolhimento
necessário para passar pela crise, (Fawcett, 1984).
33

2.1.5.Teoria da sobrecarga (Seley)

Na Perispetiva De Jacobson, (1979), De acordo com a Teoria de Hans Seley, as situações


estressoras podem estimular tanto respostas psicológicas como fisiológicas e, quando
ocorrerem, pode acontecer uma inter-relação entre elas fazendo se estimularem
mutuamente, intensificando e mantendo a estimulação geral, como um “efeito cascata”.
Afinal, o estresse é um factor que interfere nos sistemas: nervoso, endócrino e
imunológico.

1ª- FASE: Fase de alarme: O organismo percebe que precisa lutar ou fugir da situação
estressora para conseguir adaptar-se a esta. Após o ato da luta e da fuga que acontecem
na experiência estressante, ocorre o retorno à situação de equilíbrio. Esta é uma situação
de reacção saudável ao estresse. Essa fase é caracterizada por alguns sintomas:
taquicardia, tensão crónica, dor de cabeça, sensação de esgotamento, diminuição da
concentração de cloretos no sangue (hipocloremia), pressão no peito, extremidades frias,
dentre outros.

2ª- FASE: Fase de resistência: Quando as reacções da fase de alerta persistem, o


organismo altera seus parâmetros de normalidade e concentra estas reacções em um
determinado órgão-alvo, desencadeando a Síndrome de Adaptação Local (SAL). Nessa
fase, os sintomas psicossociais são manifestados, como por exemplo: ansiedade, medo,
isolamento social, roer unhas, oscilação do apetite, impotência sexual e outros,
(Jacobson, 1968).

3ª- FASE: fase de exaustão: Como o próprio nome diz, o organismo encontra-se
exausto pelo excesso de actividades e pelo alto consumo de energia. Ocorre, diminuição
e prejuízo no funcionamento do órgão mobilizado na SAL, que manifesta-se sob a forma
de doenças orgânicas.

2.1.5.Teoria da superação (Lipowski, Lazarus e Bandura).

Teoria de superação de Lazarus

O psicólogo Richard Lazarus (1984) e Lipowski (1986) na superação, descreveu dois


tipos básicos de coping para a superação de crises na vida. O coping com enfoque no
problema e o coping com enfoque na emoção, (Jacobson, 1968).
34

O coping com enfoque no problema é dirigido para administrar ou mudar um estressor


ameaçador ou nocivo. O indivíduo pode focalizar-se sobre o problema ou situação
específica que surgiu, tentando encontrar algum modo de mudá-la ou evitá-la no futuro.

As estratégias para a solução de problemas incluem defini-los, gerar soluções


alternativas, pesá-las em termos de custos e benefícios, seleccionar entre elas e
implementar a alternativa seleccionada. As estratégias focalizadas no problema também
podem ser dirigidas para o interior: a pessoa pode mudar algo em si mesma, em vez de
mudar o ambiente. Exemplos seriam a modificação do nível de aspiração, descoberta de
fontes alternativas de gratificação e aprendizagem de novas habilidades.

Teoria de superação de Bandura

Para Malan (1981), Teoria de superação de Albert Bandura procurou estudar os factores
motivacionais do comportamento da aprendizagem social - enfatiza uma visão sobre a
pessoa como ser activo e que utiliza processos cognitivos para representar eventos,
prever o futuro, escolher entre diferentes rumos de acção e comunicar-se com os outros.

Desenvolve dois conceitos principais o auto-reforçamento e auto-eficácia.

Auto-reforçamento é a compreensão de que as pessoas possuem padrões internos para


avaliar o seu próprio comportamento e o dos outros. Esses padrões representam metas
para atingirmos e as bases para esperar reforço de outras pessoas e de nós mesmos.

Auto-eficácia identifica-se com a expectativa, com o sentimento do sujeito, em relação à


sua capacidade e competência para lidar com a vida e alcançar o que deseja e aspira,
através do seu esforço pessoal.

2.1.6.Integração das teorias das crises no contexto de saúde/doença, no


desenvolvimento social e na inserção comunitária

Para As teorias da crise no contexto de saúde/doença, esta teoria é um dos pioneiro de saúde
mental para a assistência para a população desenvolver uma estrutura conceitue de referência
construída em torno do conceito de uma crise da vida. No sentido, visando atender os
individuo no momento de crise, no serviço de emergência como parte mais importante da
organização que visa no desenvolvimento das técnicas de intervenção em crise, durante a
política de incentivo à criação e instalação de serviços comunitários (unidades de emergência,
35

ambulatórios e centros de saúde mental), visando à assistência ao doente mental fora do


hospital psiquiátrico, além da promoção e manutenção da saúde e doenças mental da
comunidade como um todo.

2.1.7.Integração da teoria da sobrecarga no contexto de saúde/doença, no


desenvolvimento social e na inserção comunitária

Segundo Martins & Saidemberg (1983), A teoria da sobrecarga no contexto de saúde/doença


observou que muitas pessoas sofriam de doenças físicas e reclamavam de sintomas comuns.
A partir de investigações científicas em laboratórios, com animais, definiu que é o estresse
como o resultado é específico de qualquer demanda sobre o corpo, seja de efeito mental ou
somático, e "estressor", como todo agente ou demanda que evoca reacção de estresse, seja de
natureza física, mental ou emocional. Seley pode observar que o estresse produzia reacções de
defesa e adaptação com ao agente estressor, descrevendo a Síndrome Geral de Adaptação.

2.1.8.Integração da teoria da superação no contexto de saúde/doença, no


desenvolvimento social e na inserção comunitária

Na visão de Mastal & Hammond (1980), Integração da teoria da superação no contexto de


saúde/doença, tem por o objectivo da técnica em si é incentivar o paciente a identificar os
problemas, tanto os problemas que ele enfrentou na semana que ainda lhe causam sofrimento
e os que ele prevê para as semanas seguintes e coloca-los em pautas, nesta técnica psicólogo
deve incentivar o paciente a imaginar possíveis soluções para seus problemas, tem ainda
como objectivo a criação de alternativas, fazendo com que todas as soluções possíveis
estejam disponíveis.

O desenvolvimento social e na inserção comunitária a teoria da superação

Para Roy (1980), Afirma que, para o individuo conseguir superar uma estresse recorre ao
coping como maneiras de enfrentamento do estresse, onde coping refere-se às maneiras
que o indivíduo procura na tentativa de mudar as circunstâncias ou as interpretações das
circunstâncias para torná-las menos ameaçadoras.

CAPITULO XI

1. O Modelo de Dohrenwend, no quadro conceptual do ponto de vista ecológico:


36

O modelo de Dohrenwend, no quadro conceptual do ponto de vista ecológico, a origem


da psicologia comunitária, surge em meados da década de 60, no decurso de um
período de grandes transformações, não somente na área da Saúde Mental, mas também
na sociedade. Segundo Dohrenwend, o modelo permite unificar todas as atividades
aparentemente díspares dos psicólogos comunitários, uma vez que todas elas visam
minar o processo pelo qual o stress psicossocial gera a patologia (seja mental ou social),
mas dada a complexidade deste processo pode ser abordado em pontos muito diferentes
e isso explica as diferenças entre as atividades desenvolvidas pelos psicólogos
comunitários.

2.1.1. Processo gerador de «psico(pato)logia» por sobrecargas psicossociais; Psico +


pato = Patologia do espírito Psicopatologia - estudo sistemático das vivências, cognições e
comportamentos que são produto de uma mente perturbada.

Aspetos Essenciais: Natureza e desenvolvimento de pensamentos e emoções,


comportamentos relacionados com a mente perturbada.

Objeto de estudo:

Doente Objetivo de estudo: observar, descrever, diagnosticar e intervir.

Perspetivas Perspetiva Explicativa – explicar as cognições por base de modelos


teóricos que lhes estão adjacentes.

Perspetiva Descritiva – pretende categorizar dois tipos de aspetos – as


manifestações objetivas e as manifestações subjetivas.

Manifestações Objetivas (sinais): aquelas que o clínico consegue ver diretamente.


Ex.:

tremores.

Manifestações Subjetivas (sintomas): verbalizações que o doente relata.

SINTOMA – toda a informação descrita pelo doente a partir das suas vivências,
sensações e impressões. Não passível de confirmação
▪ SINAL – Alteração objetiva, passível de ser percebida
37

▪ SEMIOLOGIA – modo de examinar um doente, tendo em consideração os seus


sinais e sintomas - pesquisa, classificação e ordenação dos sintomas e sinais das
doenças Diagnóstico

▪ ETIOLOGIA – Estudo das causas

▪ DOENÇA CRÓNICA – aponta para um quadro que não é resolvido num curto espaço
de tempo. Não existe cura, apenas a possibilidade de controlar o problema. Ex.:
diabetes, asma (físicas).

A esquizofrenia, bipolaridade (psicológicas) assentam numa continuidade dos sintomas


e numa disrupção da qualidade de vida e atividades da pessoa.

QUADROS AGUDOS – curso acelerado, implicam grande mal-estar e afetam


claramente a vida da pessoa.

Inicio dos sintomas pode ser abrupto ou insidios

Fase de deterioração até ao máximo de sintomas

Recuperação com desaparecimento gradual dos sintomas. CRISE (Ataque) –


surgimento e remissão abrupta de sintomas, durante minutos ou horas. Ex.: ataques de
pânico.

EPISÓDIO – geralmente dura dias ou semanas Conceito de normal:


Dentro da norma; comportamento funcional; funcionalidade;
ausência de doença; comportamento culturalmente
expectável.

Conceito de anormal:

Foge a todos os aspetos do normal Dificuldade na definição de comportamento anormal

i. Nenhum critério é por si só indicador/suficiente de conduta anormal.

ii. A anormalidade deve ser definida por vários critérios.

iii. Um sintoma isolado não é patológico Distúrbio psicológico: tem de englobar 3


aspetos: disfunção psicológica, sofrimento pessoal ou limitações no
funcionamento e uma resposta que não é típica ou culturalmente esperada.
38

Disfunção Psicológica - Alteração no funcionamento habitual cognitivo,


emocional ou comportamental do indivíduo (que se deve prolongar por um
determinado período de tempo – sendo a continuidade fundamental)

2.1.2. Sobrecargas psicossociais

Os riscos psicossociais decorrem de deficiências na conceção, organização e gestão do


trabalho, bem como de um contexto social de trabalho problemático, podendo ter efeitos
negativos a nível psicológico, físico e social tais como stresse relacionado com o
trabalho, esgotamento ou depressão. Eis alguns exemplos de condições de trabalho
conducentes a riscos psicossociais:

cargas de trabalho excessivas;

exigências contraditórias e falta de clareza na definição das funções;

falta de participação na tomada de decisões que afetam o trabalhador e falta de


controlo

sobre a forma como executa o trabalho;

comunicação ineficaz, falta de apoio da parte de chefias e colegas;

Ao considerar as solicitações profissionais, importa não confundir riscos psicossociais


como a carga de trabalho excessiva com as condições, embora estimulantes e por vezes
desafiantes, de um ambiente de trabalho construtivo em que os trabalhadores são bem
preparados e motivados para dar o seu melhor. Um ambiente psicossocial positivo
promove o bom desempenho e o desenvolvimento pessoal, bem como o bem-estar
mental e físico dos trabalhadores.

2.2. Meios de superação do processo e mediadores situacionais e Psicológicos Nesse


sentido, é notório que as condições afetivo/emocionais ocupam lugar importante no processo
de aprendizagem e formação da personalidade do estudante. A violência no processo
educativo, por outro lado, tanto informal quanto formal tem sido preocupação de vários
pesquisadores como, por exemplo, Pino A. (2007). Esses autores apontam para diferentes
circunstâncias e condições da existência da violência no processo educativo. Aqui
consideraremos principalmente a educação no ambiente escolar, fundamentando a
argumentação na Psicologia Histórico-Cultural (PHC), principalmente pelos pressupostos
39

teóricos elaborados por L. S. Vigostki 1996 por meio da qual é possível alcançar uma
compreensão do sofrimento no processo educativo e suas implicações para o desenvolvimento
psicológico. A necessidade dos educadores considerarem a afetividade como condição
essencial para os processos cognitivos e formação do ser social. Toma como eixo do processo
educativo a significação social e o sentido pessoal. Sugere que as contradições na formação da
personalidade podem se transformar em sofrimento e conflito psicológico por meio de uma
ruptura entre significado social e sentido pessoal. Concluiu, portanto, que a educação tem um
duplo caráter humanizador da personalidade, pode tanto causar sofrimento como
empoderamento nos sujeitos para superação das contradições geradoras de conflito
psicológico.

3. Da prevenção da doença à promoção da saúde.

Podemos definir a diferença entre promoção e prevenção da saúde da seguinte maneira: a


prevenção de doenças se concentra em esforços específicos que visam reduzir o
desenvolvimento e a gravidade de doenças crônicas e outras morbidades. Bem-estar está
relacionado à promoção da saúde e prevenção de doenças.

O bem-estar é descrito como as atitudes e decisões ativas tomadas por um indivíduo que
contribuem para comportamentos e resultados positivos de saúde.

Os programas de promoção da saúde e prevenção de doenças frequentemente abordam os


determinantes sociais da saúde, que influenciam os comportamentos de risco
modificáveis. Os determinantes sociais da saúde são as condições econômicas, sociais,
culturais e políticas em que as pessoas nascem, crescem e vivem que afetam o estado de
saúde.

3.1.1. Programas de prevenção primária (Caplan): programas de acção social e


programas de acção interpessoal.

A Psicologia e o Direito são ciências diferentes, mas que caminham para o mesmo alvo:
oser humano. O relacionamento entre as duas é essencial para o cumprimento da Justiça,
pois ambas objetivam a diminuição do sofrimento do homem. A Psicologia Jurídica ou
Forense é uma vertente da Psicologia que abrange o estudo, avaliação, a prevenção, o
40

acompanhamento e o tratamento de fenômenos psicológicos que afetam ou podem vir a


afetar a conduta de uma pessoa ao ponto de levá-la infringir as normas legais vigentes na
sociedade. Consistente na aplicação dos conhecimentos psicológicos aos assuntos
relacionados ao Direito, principalmente quanto à saúde mental, quanto aos estudos
sociojurídicos dos crimes e quanto a personalidade da Pessoa Natural e seus embates
subjetivos. Por esta razão, a Psicologia Forense tem se dividido em outros ramos de
estudo, de acordo comas matérias a que se referirem.

Além da avaliação clínica , deve-se avaliar as condições da família para proteger a vítima
de novos abusos e identificar pessoas (familiares e/ou pessoas afins) com as quais se
possa contar para essa tarefa e para dar continuidade ao tratamento.

A prevenção da violência, à semelhança de outros agravos, pode ser trabalhada em três


clássicos

1. Nível primário – tem como alvo a população em geral, objetiva reduzir incidência da
violência e atua através de intervenções que educam, promovem a competência social,
incentivam mudanças e ampliam as redes sociais;

2. Secundário – dirigido a grupos que se considera serem de alto risco, objetiva reduzir a
duração e a gravidade dos eventos através de deteção e tratamento precoces;

3. Terciário – tem como alvo as vítimas, objetiva reduzir sequelas e evitar reincidências e
atua através do tratamento das vítimas e seus familiares

3.1.3. Programas de ação interpessoal.

O abuso sexual de crianças é concetualizado como uma experiência traumática,


observando-se frequentemente um impacto negativo, a curto, médio ou longo prazo, quer
nas vítimas, quer na sua família e comunidade. As vítimas de abuso sexual são, no
entanto, um grupo muito heterogéneo e podem variar entre vítimas assintomáticas
(estima-se que possam variar entre 10% e 53%)e outras que evidenciam diferentes tipos
de sequelas, de severidade variável. Estas sequelas podem manifestar-se durante curtos
períodos de tempo e resolver-se sem necessidade de intervenção ou, pelo contrário,
persistir durante a adolescência e a fase de vida adulta.
41

A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento das Nações Unidas


(CIPD) foi realizada no Cairo, Egito, de 5 a 13 de setembro de 1994 e reuniu 179
países. A CIPD é considerada um marco histórico, sendo o primeiro encontro global no
qual todos os aspe-tos da vida humana foram abordados de forma abrangente.

3.1.4. Relacionamento Interpessoal

Relacionamento interpessoal é o vínculo criado entre dois ou mais indivíduos, com base
em suas interações e no contexto social em que atuam. Para que a relação comece, é
necessário que essas pessoas tenham um primeiro contato, que pode acontecer de forma
espontânea ou planejada, em um ambiente online ou offline.

3.2. A mudança social em saúde. Conceito e aplicações da engenharia psicossocial em


saúde.

A psicologia social da saúde não construiu mudanças radicais no seu percurso, pois
muitos psicólogos sociais da saúde ainda mantêm suas práticas focadas principalmente
na mudança do comportamento dos indivíduos. Por fim, sugeriu-se um modelo de
psicologia social da saúde crítica.

Os seres humanos são seres culturais, com uma enorme capacidade de sobreviver às
adversidades, que repetem comportamentos muitas vezes influenciados pelos
comportamentos de outros (modelação) (Bandura, 1963, 1986). Os contextos sociais e
económicos influem no grau de acesso, compreensão e uso dos serviços de saúde
(Espanha, Ávila & Mendes, 2016).

Todas essas perguntas têm a ver com o devo-ou-não-devo, com o certo e com o errado,
têm a ver com o sentido prático da vida e temos que resolvê-las, de uma forma ou de
outra. Aí, as pessoas se defrontam com a necessidade de pautar o seu comportamento por
normas e regras que julgam serem mais apropriadas de serem cumpridas. No fundo, há
uma busca constante de tentar encontrar a melhor maneira de se viver em sociedade, a
melhor maneira de ser feliz.

3.3.1. Conceito e aplicações da engenharia psicossocial em saúde.


42

O sentido da intervenção psicossocial, no espaço da saúde mental, busca superar a


dualidade sujeito/objeto, saúde/doença, individual/social, questionando a verticalidade
do tratamento e o poder biomédico.

A prática complexa do saber/fazer, no contexto da referida abordagem, apresenta-se no


âmbito de uma clínica ampliada, ratificando a importância de se contemplar a cultura e o
cotidiano daqueles que buscam por atenção psicológica, o que implica o fazer clínico
voltado para a interlocução e a avaliação contínua de intervenções comprometidas com o
sujeito sociohistórico.

A abordagem psicossocial contempla, portanto, articulações entre o que está na ordem da


sociedade e o que faz parte do psíquico, concebendo o sujeito em suas múltiplas
dimensões. Assim, ela considera a multidimensionalidade da clínica, em que estão
envolvidos aspectos de interação entre o físico, o psicológico, o meio ambiente natural e
o social.

3.3.2. A complexidade do ser humano na abordagem psicossocial

A ação clínica, em uma perspectiva psicossocial, tenta compreender a complexidade do


ser humano em seus processos de troca e no desenvolvimento de ligações baseadas nas
experiências construídas. A adoção dessa estratégia exige a consideração do permanente
intercâmbio das áreas social e psíquica na construção da subjetividade.
Saraceno (1998) enfatiza a relevância da abordagem psicossocial voltada para os
usuários da saúde mental, pois fortalecê-los implica criar instrumentos que potencializem
o sujeito para a produção de projetos de vida, no sentido da ressocialização.

▪ A perspectiva psicossocial – no campo da saúde mental – reafirma a subjetividade


como construção a partir de um campo de forças, assim como a aproximação com
ações horizontais na relação entre técnicos e instituições.

3.3. Características dos serviços e estruturas alternativas de saúde.

De acordo com Kotler e Keller (2006) os serviços apresentam quatro características


fundamentais: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade. A
Intangibilidade é a característica pela qual, por não ser tangível, palpável, o serviço não
pode ser experimentado antes de ser adquirido.
43

O que dizem estes autores (Kim & Grunig) é que é necessário investir em 4 dimensões:

1. O conhecimento

2. As crenças e os constrangimentos que as pessoas têm

3. A motivação necessária que é preciso incutir para a mudança

4. O contexto e a dimensão cultural em que a pessoa se encontra


Assim, um paciente que precise de mudar o seu comportamento tem de conhecer o que
precisa de mudar. E o conhecimento começa pela melhoria da informação do sujeito
sobre esse assunto.

Tabela 1 – Mudança de comportamentos em saúde

MUDAR COMPORTAMENTOS EM SAÚDE


1. Relevância pessoal – destacar a importância dos comportamentos individuais de saúde
2. Atitude positiva – promover sentimentos positivos em relação aos resultados da mudança
de comportamento
3. Autoeficácia – aumentar a crença das pessoas na sua capacidade de mudar
4. Normas descritivas – promover a visibilidade de comportamentos positivos de saúde nas
pessoas aos grupos de referência, ou seja, nos grupos aos quais eles se comparam ou aspiram

3.3.3. Estruturas alternativas de saúde.

O sistema privado (que abrange seguros, planos de saúde, convênios, cooperativas,


hospitais e clínicas particulares, além de atendimentos odontológicos e médicos
privados) e o sistema responsável pelos serviços de saúde dos Ministérios Militares, com
orçamento específico. À exceção dos Ministérios Militares, os estabelecimentos de saúde
podem ser os mesmos para vários sistemas (SUS, sistema de saúde suplementar, sistema
de auto-gestão).

3.4. Melhoria dos sistemas de cuidados de saúde e das políticas de saúde.

A Melhoria dos sistemas de cuidados de saúde, a formulação, aperfeiçoamento e


execução de uma política e estratégia nacionais para a qualidade dos cuidados é uma
prioridade para os países que lutam para melhorar o desempenho dos seus sistemas de
44

cuidados de saúde. Com a dinâmica crescente no caminho para a cobertura universal de


saúde, existe a correspondente consciência de que a melhoria do acesso deve ser
acompanhada por esforços orientados no sentido de melhorar a qualidade dos serviços de
saúde, com vista a alcançar os melhores resultados possíveis. Embora cada país exerça
diferentes intervenções e atividades, há alguns conceitos que são relevantes em todos os
sistemas de cuidados de saúde de diferentes países e que podem ajudar a comunicar e
organizar uma estratégia nacional. Embora existam outras, indicam-se aqui três
abordagens práticas para conceber, organizar e implementar intervenções para a
qualidade conduzidas por vários países:

Trilogia de Juran: um conceito para compreender o “panorama geral”;

Selecção de intervenções: identificar a finalidade, tipo de acção e intervenções


isoladas;

Abordagem nacional com vários níveis: conceber acções a todos os níveis do


sistema de cuidados de saúde.

3.5. Estratégias para gerar melhorias na gestão da saúde pública

1. Realização de parcerias público-privadas.

2. Contratação de prestadores de serviço.

3. Agendamento de consultas e atendimento

4. Individualizado/especializado.

5. Uso de tecnologia para simplificação, integração e padronização de processos.

3.6. As principais políticas públicas de saúde Estratégia


Saúde da Família.

Programa Nacional de Imunizações.

Controle da AIDS.

Sistema Nacional de Transplantes.

Programa Nacional de Controle ao Tabagismo


45

3.7. Qualidade dos cuidados de saúde: papéis e responsabilidades das partes


interessadas seleccionadas

A descrição clara dos papéis e responsabilidades é essencial para definir as ações e


responsabilizar as partes interessadas. A política pode ajudar a definir esses papéis e
responsabilidades. Alguns exemplos são: ▪ Ministério da Saúde

Liderar e orientar os esforços nacionais Departamento ou Direcção da Qualidade


(normalmente, dentro do Ministério da Saúde)

Apoiar a formulação e a implementação da política e estratégia nacionais

▪ Comissão nacional de coordenação

Monitorizar e avaliar os progressos, identificar as falhas na qualidade coordenar e


harmonizar os contributos de várias partes interessadas para a política e estratégia
3.8. Comissão subnacional da qualidade/equipas de gestão (regionais e distritais)
Monitorizar e avaliar os progressos alcançados a nível regional ou distrital e abordar questões
de qualidade Organismos profissionais Dar assistência e apoio à formação e ensino
profissional e estabelecer padrões Entidade seguradora Financiar e monitorizar programas de
incentivos e integrar medidas para a melhoria da qualidade nos mecanismos de pagamento
Conselhos institucionais.
46

2. Conclusão

No presente trabalho pude-se realcar de forma sintética vários aspectos da psicologia


social da saúde. Portanto, no que concerne ao Conceito e Âmbito da Psicologia Social da
Saúde, percebeu-se que é uma área da Psicologia que se dedica à promoção da saúde e
prevenção da doença, e à adaptação ao processo de doença. Esta enfatiza os processos
psicológicos envolvidos na saúde e doença, tais como crenças, significados, emoções e
comportamentos que contribuam positiva ou negativamente, em cada indivíduo, para a
promoção da saúde e para a adaptação à doença. No entanto, A Psicologia da Saúde,
quando aplicada a promoção de saúde mental, requer um vínculo com a Psicologia
Social, Comunitária, Organizacional, Hospitalar, etc, pois precisa de um olhar
abrangente do indivíduo em todos os seus papéis sociais, além do individual, a
psicologia da saúde, que dá relevância à promoção e manutenção da saúde e à prevenção
da doença, resulta da confluência das contribuições específicas de diversas áreas do
conhecimento psicológico (psicologia clínica, psicologia comunitária, psicologia social,
psicobiologia) tanto para a promoção e manutenção da saúde como para a prevenção e
tratamento das doenças. A esperança de vida dos moçambicanos aumentou para 57,6
anos de vida, era de 45 anos em 2000 e de 54 anos em 2013, mas ainda está longe da
expectativa média de vida no mundo que agora situa-se em 71,4 anos, de acordo com um
relatório divulgado na semana passada pela Organização 8 Mundial da Saúde (OMS). As
moçambicanas vivem mais do que os homens, têm uma expectativa de vida média de
59.4 anos contra 55.7 anos de idade do sexo chamado forte (Gaspar, 1998).
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Bibliografias

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