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FACULDADE PITÁGORAS

DIREITO 1º PERÍODO

LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO E TOQUE DE RECOLHER DURANTE A


PANDEMIA COVID-19

Ítalo Campos de Freitas


Natielly
Poliana

DIVINÓPOLIS

2022
FACULDADE PITÁGORAS

DIREITO 1º PERÍODO

LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO E TOQUE DE RECOLHER DURANTE A


PANDEMIA COVID-19

Trabalho de apresentação do
Curso de Graduação em Direito,
Direito Constitucional, Faculdade
Pitágoras.

Prof. Dra. Joyce

DIVINÓPOLIS

2022
Error communis facit jus
RESUMO

Em janeiro de 2020, os primeiros sinais de uma epidemia de Sars-CoV-2


estavam começando a aparecer na Ásia e na Europa. Em 11 de março de 2020 foi decretada a
pandemia de covid-19. Pelo planeta, soluções para combater o vírus começaram a surgir,
como o uso de máscaras de proteção, higienização das mãos, a adoção do álcool em gel 70%,
distanciamento social, restrição da liberdade de locomoção e instauração do toque de recolher.

A princípio, o direito de locomoção é garantido no art. 5º, XV. O direito,


contudo, não é absoluto.

A própria Constituição da República prevê situações em que ele pode ser


limitado, como: (I) prisão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de Juiz;
(II) prisão civil, administrativa ou especial para fins de deportação, nos casos cabíveis na
legislação específica; (III) durante vigência de estado de sítio, para determinar a permanência
da população em determinada localidade, única situação na qual há permissão expressa de
restrição generalizada deste direito.

Em função da pandemia, foram editadas algumas normas


infraconstitucionais prevendo severas restrições ao direito de locomoção. Nosso trabalho
consiste em analisar e definir, de forma legislativa e prática, o toque de recolher e suas
aplicações, os direitos da liberdade de locomoção e suas restrições naturais; investigar e
analisar se e/ou quando tais direitos podem ser violados; se durante a aplicação das medidas
restritivas e do toque de recolher, na pandemia, pelas autoridades, houve ou não a violação
desses direitos. Visa também investigar e expor os pontos favoráveis e desfavoráveis acerca
do tema em epígrafe, concluindo o trabalho.

SUMÁRIO

Introdução ........................................................................................................ .................. 6

1. A Pandemia Covid-19 ............................................................................................ 7


2. Direitos de ir e vir do cidadão brasileiro .............................................................. 8
3. Limitação da locomoção durante a pandemia ..................................................... 9
4. O toque de recolher legitimado ........................................................................... 10
5. Conclusão ..............................................................................................................
6. Referências ............................................................................................................
INTRODUÇÃO

Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi


alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan. Uma semana depois, em 7 de
janeiro de 2020, as autoridades chinesas confirmaram que haviam identificado um novo tipo
de coronavírus. Ainda nesse mesmo mês, os primeiros sinais de uma epidemia de Sars-CoV-2
estavam começando a aparecer na Ásia e na Europa. Em 11 de março de 2020 foi quando a
Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou a pandemia de covid-19. A partir desse
momento, o medo e a preocupação começaram a acompanhar diferentes países. Pelo planeta,
soluções para combater o vírus começaram a surgir, como o uso de máscaras de proteção,
higienização das mãos, a adoção do álcool em gel 70%, distanciamento social, restrição da
liberdade de locomoção e instauração do toque de recolher.
A princípio, o direito de locomoção é garantido no art. 5º, XV, que prevê: "é
livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens".
O direito, contudo, não é absoluto.
A própria Constituição da República prevê situações em que ele pode ser
limitado, como: (I) prisão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de Juiz;
(II) prisão civil, administrativa ou especial para fins de deportação, nos casos cabíveis na
legislação específica; (III) durante vigência de estado de sítio, para determinar a permanência
da população em determinada localidade, única situação na qual há permissão expressa de
restrição generalizada deste direito.
Em função da pandemia, foram editadas algumas normas
infraconstitucionais prevendo severas restrições ao direito de locomoção. Nosso trabalho
consiste em analisar e definir, de forma legislativa e prática, os direitos da liberdade de
locomoção e suas restrições naturais, o toque de recolher e suas aplicações; investigar e
analisar se e/ou quando tais direitos podem ser violados; se durante a aplicação das medidas
restritivas e do toque de recolher, na pandemia, pelas autoridades, houve ou não a violação
desses direitos. Visa também investigar e expor os pontos favoráveis e desfavoráveis acerca
do tema em epígrafe, concluindo o trabalho.
1. RESTRIÇÃO DA LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
2. O TOQUE DE RECOLHER

250 mil, era o número de mortos no Brasil pela covid-19 na quarta-feira


(24), um ano após a confirmação do 1º caso no país
No toque de recolher, as pessoas são obrigadas a ficar em casa em
determinados períodos do dia. Ele é usado em situações de desordem social (regiões dos
Estados Unidos, por exemplo, decretaram toque de recolher durante os protestos pela morte
de George Floyd, homem negro assassinado por um policial em 2020) ou desastres naturais.
Legalidades das medidas durante o toque de recolher na pandemia
Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde
pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de
2019.
Art. 1º  Esta Lei dispõe sobre as medidas que poderão ser adotadas para
enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do
coronavírus responsável pelo surto de 2019.
§ 1º  As medidas estabelecidas nesta Lei objetivam a proteção da
coletividade.
§ 2º  Ato do Ministro de Estado da Saúde disporá sobre a duração da
situação de emergência de saúde pública de que trata esta Lei. (Vide Decreto nº 10.538, de
2020)
§ 3º  O prazo de que trata o § 2º deste artigo não poderá ser superior ao
declarado pela Organização Mundial de Saúde.
Art. 2º  Para fins do disposto nesta Lei, considera-se:
I - isolamento: separação de pessoas doentes ou contaminadas, ou de
bagagens, meios de transporte, mercadorias ou encomendas postais afetadas, de outros, de
maneira a evitar a contaminação ou a propagação do coronavírus; e
II - quarentena: restrição de atividades ou separação de pessoas suspeitas de
contaminação das pessoas que não estejam doentes, ou de bagagens, contêineres, animais,
meios de transporte ou mercadorias suspeitos de contaminação, de maneira a evitar a possível
contaminação ou a propagação do coronavírus.
Art. 3º  Para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância
internacional de que trata esta Lei, as autoridades poderão adotar, no âmbito de suas
competências, entre outras, as seguintes medidas: (Redação dada pela Lei nº 14.035, de 2020)
I - isolamento;
II - quarentena;
III - determinação de realização compulsória de:
a) exames médicos;
b) testes laboratoriais;
c) coleta de amostras clínicas;
d) vacinação e outras medidas profiláticas; ou    (Vide ADPF nº 754)
e) tratamentos médicos específicos;
III-A – uso obrigatório de máscaras de proteção individual;
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS

https://www.migalhas.com.br/depeso/325170/tempos-de-pandemia-e-o-direito-constitucional-
de-ir-e-vir

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