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O QUE É O SUFISMO ?
Fonte:http://www.namu.com.br/filosofia/sufismo/o-que-e
DEFININDO O SUFISMO
https:
Uma definição de Sufismo, a partir de seu nome é sufismo1
algo difícil de ser feito, visto haverem várias
formas de interpretar a sua raiz arábica: SF. Uma
das interpretações mais em voga é a que o Sufi é
aquele que faz uso do manto rústico tecido de lã
(sûf) enquanto que outra linha de interpretação
faz derivar o nome do sopro do conhecimento
místico que nasce do coração (Sôf). Uma terceira
linha faz nascer o nome não de uma raiz árabe,
mas sim grega, Sophos, ou conhecimento.
Uma das versões sobre o início do Sufismo remonta aos indivíduos que
surgiram depois da morte do profeta Maomé. Estes indivíduos se retiraram
para o deserto ou áreas de menor evidência quando se iniciaram as disputas
pelas sucessões dos Califas. Essa atitude buscava preservar e dar
continuidade aos conhecimentos que eles haviam recebido principalmente
de Ali e de Abu Bakr, ambos companheiros mais próximos do Profeta.
Segundo a tradição, Maomé teria confiado principalmente a eles, os
aspectos mais esotéricos do conhecimento que possuía, ou seja, sua
dimensão mística ou espiritual.
Como seu maior propósito está na busca pela Presença Divina, e também
por ter incorporado elementos de outras tradições, o Sufismo acabou por
adquirir um caráter mais universal. E por isso também, foi muitas vezes
reconhecido como a essência das religiões e da espiritualidade. Prova disso
é que dentro de grupos sufis é comum encontrar-se indivíduos de diversas
religiões e tradições.
Esta irmandade
esperto ou ignorante.
sufismo2
E é por isso que Sarmung, uma das últimas Escolas a cumprir este papel,
tinha como símbolo a abelha, que recolhe o néctar de diversas flores, e que
em sua colméia produz o mel. E é esse mel que, de tempos em tempos, é
oferecido e reorienta a humanidade em seus caminhos de desenvolvimento.
O objetivo não consiste em ter uma crença onde se apegar, mas sim, em
procurar desenvolver uma qualidade de viver e de ser. É fundamental
compreender que um caminho de desenvolvimento busca desvendar o
maravilhoso mistério que se encontra em cada pessoa e em toda criação. O
conhecimento real não é simplesmente um conjunto de crenças ou dogmas,
mas sim, a busca pela essência daquilo que cada um é e do significado da
própria vida.
Ó sufi andarilho
sufismo7
*fonte do texto:
http://www.imagomundi.com.br
Fonte:http://www.universomistico.org/
s/conhecimento/sufismo.html
SUFISMO
Fonte:http://www.infoescola.com/islamismo/sufismo/
O Sufismo Islâmico
Por Me. Cláudio Fernandes
Todo grande sistema religioso produziu santos e místicos. Isto é, pessoas que tentaram
elevar-se espiritualmente por meio da excelência do exercício das virtudes e por meio
da ascese – prática de abstenção dos prazeres terrenos. O cristianismo (tanto católico e
ortodoxo quanto protestante) teve seus místicos, o hinduísmo e o budismo também.
Não é diferente com o Islã.
Na verdade, o termo islã é apenas uma das partes da religião que e o leva como nome.
Como diz o estudioso de religiões comparadas e da sabedoria perene, William
Stoddard, em sua obra Sufismo: Doutrina metafísica e via espiritual no Islã, a prática da
religião islâmica “compreende, para o crente, três grandes categorias: islam (submissão
à lei revelada), iman (fé na shahada) e ihsan (virtude ou sinceridade).” A prática do
sufismo está relacionada a essa última categoria, a ihsan, ou prática da virtude.
Sendo assim, sufismo se organiza em torno de uma via (ou caminho) espiritual do islã,
um caminho trilhado através do cultivo das virtudes. Para este caminho, os sufis dão o
nome de dhirk, isto é, a prece invocatória que veicula a “lembrança de Deus”. Um dos
métodos mais praticados para se atingir a dhirk é a recitação do rosário sufi, chamado
de wird. Há várias fórmulas de recitação, que podem variar de tariqa para tariqa. As
taricas são organizações que comportam os praticantes da mística islâmica – apesar de
haver exemplos de muitas taricas ecumênicas. Toda tarica é encabeçada por
um shaikh (ou cheike) que orienta os iniciados que querem se aprofundar no cultivo das
virtudes e no estudo da religião. O shaikh, grosso modo, é um mestre sufi.
Por ser organizar desta maneira, o sufismo possui uma característica iniciática. Isto é,
mantém um círculo fechado de orientação entre mestre e discípulo. Este último
depende, por tanto, da iniciação do primeiro – precisa ser iniciado na prática sufi. Essa
característica diferencia radicalmente misticismo islâmico do cristão, por exemplo, que
não possui nada de iniciático ou esotérico.
* Créditos da imagem:
Shutterstock e javarman
Fonte:http://historiadomundo.uol.com.br/curiosidades/o-sufismo-islamico.htm
Capítulo 12 do livro Why I am not a muslim (Por que não sou muçulmano).
Para nós, neste capítulo, o que nos interessa é o modo como os sufis mais
recentes romperam completamente com a lei formal islâmica, dizendo que
“as algemas da lei não atingem aqueles que alcançaram o conhecimento”.
Isto era verdade tanto para indivíduos quanto para ordens inteiras
de dervixes. Muitos sufistas eram bons muçulmanos, mas alguns o eram só
de nome, enquanto que um outro grupo era muçulmano só “por moda”. Um
dos personagens mais importantes na história do Sufismo, Abu Said, não
sentia nada mais que o desprezo pelo Islã e por toda religião impositiva,
proibindo a seus discípulos de irem em peregrinação a Meca, e outras coisas.
Bayazid também tinha pouco apreço pela observância dos preceitos da
Sharia.
A Ordem Bektashi parece ter surgido por volta do início do século XVI.
Fortemente influenciado pelas ideias cristãs e gnósticas, os Bektashis
rejeitaram as as cerimônias externas do Islã e de outras religiões como
sendo inúteis.
A grande conquista dos sufis foi sua insistência de que a verdadeira religião
não tinha nada com a doutrina legal da ortodoxia, que apenas restringia os
horizontes dos homens. Na visão mística, não havia recompensas celestiais
ou punições infernais, a palavra escrita de Deus foi ab-rogada por revelação
íntima e direta. Em vez de ser guiado pelo medo, o místico está mais
preocupado com o amor e o conhecimento de Deus, desinteressado de si
mesmo, e “a servidão para com Deus é considerada uma serviço para com o
coração”, em vez de observâncias a regras externas que devem ser seguidas
cegamente.
“Eu não sou nem cristão, nem judeu, nem muçulmano”, canta outro místico.
Os sufis não davam muito espaço para os diferentes credos e suas
particularidades. Como Abu Said escreveu: “até que as mesquitas e as
madrassas sejam eliminadas, o trabalho dos dervixes não será realizado, até
que a crença e a descrença sejam parecidas, nenhum homem é um
verdadeiro muçulmano”. E para citar Nicholson:
chama inextinguível.
Talvez o místico mais famoso que já foi condenado a morte por seus
enunciados blasfemos foi al-Hallaj (executado em 922). Ele passou muitos
anos na prisão antes de ser açoitado, mutilado, condenado a forca e
finalmente decapitado e queimado, tudo porque advocava a piedade pessoal
em vez das lei e porque tentou conciliar os “dogmas em harmonia com a
filosofia grega na base da experiência mística”. Doze anos mais tarde, al-
Shalmaghani também foi condenado à morte sob a acusação de blasfêmia.
Pode não ter havido uma só corporação eclesiástica para fixar o dogma dos
crentes, mas na realidade, através da história islâmica, certas doutrinas
foram definitivamente adotadas em certas partes do mundo. Por exemplo,
por volta de 1048- 1049, a doutrina da escola de Malik foi adotada no
Magrebe. “O triunfo dessas doutrinas causou o abandono de todos os
esforços em procurar uma interpretação alegórica para estes versos do
Corão, pelo qual não houve interpretação literal satisfatória. Não tivesse
Malik dito “sabemos que Alá está sentado em seu trono, mas não como esse
mundo deve ser entendido. Acreditar nisso é um dever, perguntar sobre isso
é heresia”. Em outras palavras, certa doutrina fora adotada e colocada em
prática, e representava a ortodoxia – não havia o questionamento de uma
doutrina livre para todos, ou liberalismo.
Muitos apologistas do Islã que desejam defender a tese de que essa religião
era muito tolerante com a dissidência e a heresia citam as obras de Ibn
Taymiyya e Al-Ghazali, que supostamente têm esticado “os limites do Islã
ao máximo”.
A crença mínima que era necessária para ser considerado como um
muçulmano era a unidade de Deus e a profecia de Maomé. Mas mesmo esse
mínimo não é tão liberal quanto parece e foi suficiente para excluir os
dualistas (os verdadeiros inovadores), os sufis, que não tinham muito
respeito pelos profetas; e os livre pensadores que achavam que todos os
profetas eram charlatães. Além disso, como vimos anteriormente, al-
Ghazali, longe de ser tolerante, baniu do Islã aqueles que acreditavam na
eternidade do mundo e negavam a ressurreição do corpo, considerando-os
incrédulos, e até pedindo sua execução. Pelos critérios de al-Ghazali, alguns
dos maiores filósofos e poetas do Islã estavam aptos para a forca. E, como
sempre, o incrédulo nunca é de alguma forma considerado quando se
discute qualquer avaliação final da tolerância do Islã.
Uma indicação de que a heresia não era tolerada sob o Islã é o fato de quem
quisesse eliminar um rival, podia acusar essa pessoa de heresia. Exemplo:
Abu Ubaid conquistara uma grande reputação para si mesmo na corte
abássida e fora rapidamente promovido. Funcionários invejosos, ressentidos
com seu sucesso, acusaram o filho dele de heresia. O filho foi convocado
ante ao califa e pediram para que lesse o Alcorão colocado na frente dele.
Sendo praticamente analfabeto, tropeçou em algumas linhas. Isso foi
tomado como prova de que ele era um livre-pensador e, portanto, foi
executado. O medo de ser rotulado de herege era onipresente. Uma história
famosa relata a primeira vez que o filósofo Averroes foi apresentado ao
governante Abu Yaqub Yusuf. Este último perguntou a Averroes como os
filósofos consideravam o céu: era uma substância eterna ou tinha um
começo? Averróis ficou tão aterrorizado com aquela pergunta tão perigosa
que não pôde falar. Yusuf colocou-o à vontade e Averroes começou a
mostrar a extensão de sua aprendizagem. Se não houvesse um clima de
medo, é improvável que Averróis tivesse se comportado dessa maneira.
_______________________
Ibn Warraq
Fonte:http://www.exmuculmanos.com/sufismo-o-misticismo-islamico/
Segundo o sheikh Muhammad Ragip, líder religioso de uma ordem sufi em São Paulo,
o Sufismo “é a dimensão interior do islã, uma ciência dentro do islã, e surgiu com as
instruções que o profeta deu a seus companheiros mais próximos, em termos de práticas
e atitudes para aperfeiçoamento desse estado interior na busca de Deus.”
As práticas existem “para que se possa elevar e subir nossos níveis espirituais”, conta o
sheikh Hamza Yener, nascido na Turquia e também residente em São Paulo. Ele explica
que o “sufi, em poucas palavras, significa ‘a pessoa mais sincera’.”
“Depois que comecei a praticar o sufismo, eu me sinto mais viva, me sinto mais presente.
Pra mim, a vida é mais real, eu saí do automático”, relata a dervixe (praticante) Nayara
Grigolli.
O zikr – que significa “a lembrança de Deus” – é um dos rituais sufistas que acontecem
pelo canto, pela meditação e pelo movimento. O dervixe Nizam Grigolli relembra a primeira
vez em que participou do ritual: “senti algo muito forte, inexplicável, e senti naquele
momento que ‘esse é meu caminho’.”
Para meditar, os sufistas realizam o ritual do Zikr, palavra que significa “a lembrança de
Deus” em árabe. Durante o ato, os dervixes, como são chamados os praticantes sufis,
utilizam instrumentos musicais e entoam os diferentes nomes do Senhor de maneira
ritmada e intensa.
Ao repetir inúmeras vezes os textos sacros do Alcorão e o nome de Deus, o sufista entre
em estado de transe.
Fonte:http://tvbrasil.ebc.com.br/retratosdefe/post/conheca-o-zikr-um-ritual-sufista
A religião é um dos assuntos mais polêmicos de todo o mundo. Isso porque o planeta é
essencialmente religioso. Isso pode ser comprovado pelo grande número de seitas e
doutrina que se declaram como uma religião: há mais de 3 mil delas no planeta. E, desse
vasto leque religioso, três e destacam, sendo eles o Cristianismo, o Islamismo e o
Hinduísmo.
Ver no
O Cristianismo, por falar nisso, é a maior religião do planeta, tendo em sua base de fiéis
mais de 2,2 bilhões de pessoas, sendo esse número tão grande que corresponde a mais
ou menos 30% da população mundial. Em segundo lugar, mas não muito longe, segue o
Islamismo, que detém 21% da população mundial em seu número de adeptos e, mais
longe um pouco, o Hinduísmo.
O Islamismo, por sua vez, é uma das religiões que mais crescem atualmente. Os ideais
islâmicos vem cada vez mais conquistando adeptos, sobretudo os que residem na Europa,
sendo o país da França um dos redutos onde mais se encontram muçulmanos no
continente.
O Cristianismo, por falar nisso, é a maior religião do planeta, tendo em sua base de fiéis
mais de 2,2 bilhões de pessoas, sendo esse número tão grande que corresponde a mais
ou menos 30% da população mundial. Em segundo lugar, mas não muito longe, segue o
Islamismo, que detém 21% da população mundial em seu número de adeptos e, mais
longe um pouco, o Hinduísmo.
O Islamismo, por sua vez, é uma das religiões que mais crescem atualmente. Os ideais
islâmicos vem cada vez mais conquistando adeptos, sobretudo os que residem na Europa,
sendo o país da França um dos redutos onde mais se encontram muçulmanos no
continente.
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No nosso artigo de hoje, iremos falar um pouco sobre o Sufismo, que é uma vertente
islâmica muito conhecida entre os praticantes da religião. Além disso, você irá ficar dentro
de assuntos interessantes relacionados à religião. Vamos lá?
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A religião islâmica tem como símbolos principais Deus, que é chamado de Alá por eles,
além do profeta Maomé e o livro sagrado Alcorão. Maomé, portanto, pode ser considerado
como o “Jesus” islâmico e o Alcorão, como a Bíblia, livro cristão que é o mais
comercializado do mundo. Para se ter uma ideia, a cada 50 segundos, uma Bíblia é
comercializada em algum lugar do planeta.
Os muçulmanos, como são chamados aqueles que professam a fé islâmica, acreditam que
Maomé foi o último dos principais profetas que passaram pela Terra. Diferentemente de
alguns pensamentos, Jesus também é visto pelos islâmicos como um profeta, mas sem a
importância de Maomé, já que acreditam que o fundador do Cristianismo “preparou
terreno” para a vida de Maomé, que se deu em 570 depois da morte de Cristo.
Para que o Islamismo seja praticado em sua plenitude, é necessário que os adeptos da
prática sigam os pilares essenciais da religião, que são os seguintes:
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É necessário salientar também que, assim como outras religiões, o Islamismo também
possui várias vertentes, cada uma com alguma característica que diferencie das demais,
mas sem desviar do foco principal, que a exaltação de Deus, Maomé e do Alcorão.
O Sufismo
O Sufismo é definido como uma vertente do Islamismo, considerada também como uma
corrente mística e que contempla o Islão. Os sufis, como são chamados aqueles que
praticam os preceitos do Islão procuram, em seus encontros, exaltar uma união direta e
bastante íntima com Deus, fazendo uso das práticas espirituais deixadas por Maomé, além
de orações e jejuns. Outros meios de exaltarem a religião é por meio de danças e canções,
cujas veracidades por parte da religião islâmica são alvo de contestação por alguns
praticantes da fé islâmica.
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Em um apanhado geral, o sufismo nada mais é do que uma ramificação do Islão, que tem
por objetivo tratar dos aspectos que estejam ligados à prática religiosa e a ética que a
envolve. Quando se fala em fatos internos, isso remete ao conhecimento dos variados
níveis da espiritualidade, deixando o coração, fator primordial da alma humana, por
último.
A história do sufismo é bastante antiga, onde se acredita que o mesmo teve até influencias
cristãs em seu processo. O seu nome se dá pelo prefixo “suf”, que, segundo alguns
estudiosos, significa “lã”, em árabe. Os pesquisadores descobriram também que os
moradores da região da atual Palestina e Síria utilizavam essas vestes como sinal de
humildade e simplicidade, no qual o produto originário das ovelhas também tinha
significados espirituais para os islâmicos.
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No entanto, não são todos os pesquisadores que partilham da mesma opinião. Alguns
acreditam que “Suf” tenha origem da palavra árabe “safa” que remete a um estado de
tranquilidade e pureza. Por mais que os estudos dos autores divergem entre sim, um
consenso entre eles é que sufixo tem ancestrais no Egito Antigo, já que o árabe é uma
mistura de línguas desse local que é um dos mais fascinantes em termos de antiguidade.
Entretanto, não se pode confundir o fato de que o Sufismo seja oriundo da cultura egípcia,
já que esse deve ser considerado como “atemporal”.
O sufismo se iguala a tantas outras vertentes religiosas, mesmo as que não são islâmicas,
por causa do seu lado místico e espiritual, já que, em toda religião, é comum a presença
de tais vertentes que induzam o pensamento espiritual da pessoa, bem como o
entendimento de sua missão mística no planeta Terra. Até mesmo no Cristianismo, há
correntes espíritas que buscam unir os preceitos de Deus com as noções de reencarnação
e a aceitação da existência de vidas passadas.
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Fonte:http://religiao.culturamix.com/religioes/sufismo/
Fonte:https://tiaocazeiro.wordpress.com/2015/05/27/o-lado-sinistro-do-sufismo/
SUFISMO (PARTE 1 DE 2)
Introdução
Através de um documentário na TV ou um site belamente
projetado, a maioria das pessoas já ouviu algo sobre “sufis” e
“Sufismo”; programas na TV têm divulgado, anfitriões de
programas de entrevista fazem menção a eles e políticos
passaram a ter um forte interesse nesse grupo... basta apenas
digitar a palavra “sufi” em qualquer programa de busca para ser
soterrado com vídeos e fotos disponíveis. No espaço
cibernético podem-se ver imagens e vídeos de místicos e
anciões sufis dançando em formas rítmicas ao som de melodias
vibrantes. Imagens perturbadoras de anciões místicos sufis
furando suas cabeças com facas ou se submetendo a várias
formas de tortura são muito comuns também. Uma pessoa
interessada no Islã pode ter uma idéia errada sobre o Islã e os
muçulmanos, porque para o ocidente “sufis” e “Sufismo” é
apenas um sinônimo de Islã e muçulmano.
A pergunta que surge é se eles são realmente muçulmanos e se
estão praticando o Islã. Antes de continuar tenho que
mencionar que existem muitos sites, artigos e livros que foram
escritos e compilados, mas a maioria fala sobre Sufismo de
forma emotiva, dando a impressão que são imparciais. Nessa
humilde empreitada tento escrever sobre “Sufismo” de maneira
informativa, longe de qualquer preconceito.
Embora sejam somente uma pequena minoria, sufis podem ser
encontrados em muitos países, islâmicos e não-islâmicos. Mas
contrário à crença de que o Sufismo é um “grupo”, o sufismo é
dividido em “ordens”; cada um difere da outra em termos de
crença e prática. Alguns grupos são maiores que outros e
alguns grupos acabaram com a passagem do tempo. Entre os
grupos sobreviventes hoje existe a ordem Tijani, a ordem
Naqshabandi, a ordem Cadirita e a ordem Chatili.
Origem do Sufismo
Em sua forma inicial os ensinamentos do Sufismo salientavam
que um indivíduo deve dar mais ênfase aos aspectos espirituais
do Islã, como resultado de muitos perderem de vista esse
grande objetivo do Islã. Depois de um período de tempo,
entretanto, anciões infames sufis introduziram práticas
estranhas ao Islã que foram bem recebidas por seus
seguidores. Práticas introduzidas incluíam dançar, tocar
música e até consumir haxixe.
O sábio Ibn al-Jawzi escreveu em seu livro ‘Talbis Iblis’ sobre a
origem do nome usado por esse grupo, dizendo: “São
chamados por esse nome em referência a primeira pessoa que
dedicou sua vida à adoração ao redor da Caaba, cujo nome era
Sufah.”
De acordo com isso, aqueles que queriam imitá-lo se chamavam
“sufis”.
Ibn al-Jawzi também menciona outra razão: “usavam roupas
feitas de lã.” Lã em árabe é chamado “soof” e roupas de lã eram
o sinal de um asceta naquela época, uma vez que a lã era a
forma mais barata de vestimenta e era muito áspera sobre a
pele; em resumo, era um símbolo de ascetismo. Em qualquer
caso, a palavra sufi não estava presente na época do Profeta
Muhammad e seus companheiros e apareceu pela primeira vez
por volta do ano 200 da Hégira (200 anos depois da migração do
Profeta de Meca para Medina).
Ibn Taymiyyah, o sábio bem conhecido, menciona que o
primeiro surgimento do Sufismo foi em Basrah, no Iraque, onde
algumas pessoas foram a extremos na adoração e no
afastamento da vida mundana, como não era visto em outras
terras.[1]
Então, o que é Sufismo?
O Sufismo é uma série de conceitos e práticas que passam pela
pobreza, reclusão, ilusão, privação da alma, cantar e dançar; e é
baseado em uma mistura de muitas religiões e filosofias
diferentes, como a filosofia grega, Zoroastrismo, Budismo,
Hinduísmo e também no Islã. Frequentemente os próprios sufis
ou os orientalistas se referem ao Sufismo como o “misticismo
islâmico”, para dar a impressão de que o Islã é no todo ou em
parte uma religião dogmática com um conjunto de rituais sem
sentido. A própria natureza do Sufismo (ou Tasawwuf) se opõe
ao que um muçulmano deve acreditar, o que será explicado
mais adiante quando eu fizer menção às crenças sufis em geral.
Características de um Muçulmano
Um muçulmano sempre recorre ao Alcorão e às narrações do
Profeta Muhammad, que as bênçãos e misericórdia de Deus
estejam sobre ele, chamada Sunnah, em questões de religião.
Deus nos diz no Alcorão:
SUFISMO (PARTE 2 DE 2)
Princípios do Sufismo
“Nenhuma alma receberá outra recompensa que não for a merecida, e nenhuma pecador
arcará cm culpas alheias.” (Alcorão 6:164)
Também acreditamos que como muçulmanos não devemos nos submeter ou entregar
a ninguém além de Deus, Todo-Poderoso. Além do Criador, tudo o mais está sujeito a
cometer erros. O Profeta, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele,
afirmou:
“Todo filho de Adão comete erros e o melhor deles é aquele que se arrepende.” (Tirmidthi)
O Sheik
Ele é a “autoridade suprema”, o líder de distribuição de “tarefas” dentro da ordem e
dá a cada um dos seguidores seu Dhikhr necessário. É a esse indivíduo que o
seguidor promete obediência total e plena; consequentemente, as duas leis
universais do elo sheik-seguidor entrarão em efeito:
a. O seguidor não deve nunca argumentar com o sheik, nem pedir a ele uma prova
em relação aos atos que ele faz.
b. Quem quer que se oponha ao sheik terá quebrado a “aliança” e fica assim
privado de todos os benefícios adicionais oferecidos pelo sheik, mesmo se for um
amigo próximo dele.
Acreditamos que não existe intermediário entre Deus e Seus servos. Dirigimos-nos a
Ele diretamente. Deus nos diz:
“E o vosso Senhor disse: Invocai-Me, que vos atenderei! Em verdade, aqueles que se
ensoberbecerem, ao Me invocarem, entrarão, humilhados, no inferno.” (Alcorão 40:60)
“Haverá alguém mais iníquo do que quem forja mentiras acerca de Deus, ou do que quem
diz: Sou inspirado!, quando nada lhe foi inspirado?” (Alcorão 6:93)
“Não forjem mentiras contra mim, porque aquele que o faz entra no Inferno.” (Saheeh
Muslim)
A Aliança
Essa é uma cerimônia interessante que, de longe, é o princípio mais importante do
Sufismo já que é comum entre todas as ordens sufis. Aqui o sheik e o seguidor dão
as mãos e fecham seus olhos em meditação solene. O seguidor espontaneamente e
de todo coração promete respeitar o sheik como seu líder e guia para o caminho de
Deus. Ele também promete aderir aos rituais da ordem ao longo de sua vida e nunca
se afastar dela. Junto com isso o seguidor promete fidelidade completa e
incondicional, obediência e lealdade ao sheik. Depois disso o sheik recita:
“Em verdade, aqueles que te juram fidelidade, juram fidelidade a Deus.” (Alcorão 48:10)
“Quem quer que viva depois de mim verá muitas diferenças (ou seja, inovações
religiosas); então se apeguem a minha Sunnah e à Sunnah dos meus Califas Bem
Guiados.” (Abu Dawood)
O Profeta, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, também afirmou:
“Em verdade, o melhor dos discursos é o Livro de Deus e a melhor das orientações é a
orientação do Profeta Muhammad e o mal de todos os assuntos religiosos são as
inovações. Toda inovação (em religião) é uma bidah e cada bidah é desorientação, e toda
desorientação levará ao Inferno.” (Saheeh Muslim)
O imame Malik, que Allah lhe conceda Sua Misericórdia, disse: “Aquele que introduz
uma inovação na religião do Islã e a considera uma coisa boa de fato alega que
Muhammad traiu (a confiança de transmitir) a Mensagem Divina.”
O Dhikr
Também é conhecido como o “Wird” e no Sufismo é a prática de repetir o nome de
Deus e a repetição de um número estabelecido de invocações. Essas invocações
podem incluir suplicar aos mortos ou buscar a ajuda de outros além de Deus para
necessidades que somente Deus Todo-Poderoso pode conceder.
Ahmad at-Tijani, um ancião sufi, alegou que o wird era realizado pelo Profeta
Muhammad, mas que ele não o ensinou a nenhum de seus Companheiros. At-Tijani
alegou que o Profeta sabia que chegaria uma época em que o wird seria tornado
público, mas a pessoa que faria isso ainda não existia. Como consequência, os sufis
acreditam que existe uma cadeia de transmissão em andamento entre o Profeta
Muhammad e seu sheik atual.
C. Dhikr da elite, que é repetir o pronome divino “Hu” (ou seja, Ele).
Às vezes o Dhikr é cantado em hinos melódicos com os olhos fechados, música rica
pode ser tocada (para alguns isso é essencial); além disso alguns dançam perante o
sheik enquanto recitam o Dhikr. Muitas vezes o Dhikr inclui politeísmo notório (o
maior pecado no Islã). Deus nos diz:
“Já te foi revelado, assim como aos teus antepassados: Se idolatrares, certamente tornar-
se-á sem efeito a tua obra, e te contarás entre os desventurados.” (Alcorão 39:65)
Interpretação do Alcorão
No Sufismo estudar a exegese do Alcorão ou ponderar sobre os significados de seus
versículos é desencorajado e, às vezes, até proibido. Os sufis alegam que todo
versículo do Alcorão tem um significado manifesto e um significado interior. O
significado interior é conhecido somente pelos anciões sufis. Com base nisso os
sufis introduziram conceitos e palavras que são totalmente estranhos aos
ensinamentos do Islã.
“(Eis) um Livro Bendito, que te revelamos, para que os sensatos recordem os seus
versículos e neles meditem.” (Alcorão 38:29)
A exegese do Alcorão é realizada pelo estudo do Alcorão junto com a Sunnah; essas
duas fontes da lei islâmica devem ser consideradas uma unidade integral.
Compreendemos e interpretamos o Alcorão e a Sunnah da forma que foram
compreendidos pelas primeiras gerações.
Conclusão
Como pode ser visto do que foi mencionado acima, o Sufismo difere de forma muito
drástica do verdadeiro espírito do Islã. O Sufismo inculca no seguidor a vontade de
parar de usar as faculdades básicas dadas a ele por Deus, o Criador do mundo, e a se
submeter a uma forma de escravidão.
Fonte:
//www.islamreligion.com/pt/articles/1389/sufismo-parte-2-de-2/
FOOTNOTES:
[1]
Al-Fataawaa (11/6)
[2]
Não existe qualquer semelhança entre o Criador e Sua criação em essência, em
atributos ou ações.
[3]
At-Tawaaseen de Al-Hallaj
[4]
Al-Fatoohaatul-Makkiyyah & Al-Fatoohaat
[1]
Saif an-Nasr, Seera of Hamidiyyeh, 1956
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