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TUDO SOBRE O SUFISMO

SUFISMO ISLÂMICO E A MÍSTICA DO ISLÃ - DIVERGÊNCIAS E


INTERPRETAÇÃO DENTRO DO ISLAMISMO
em agosto 20, 2017

Acima, a imagem de um mestre sufi no mercado da cidade de


Isfahan, no Irã *

O QUE É O SUFISMO ?

Acima, o rosário islâmico (ou wird) usado por místicos sufis

O sufismo é uma vertente mística existente dentro do islamismo.


Baseia-se na ideia de que o espírito humano é uma emanação do
espírito divino. Para essa vertente, um sufi deve buscar a
reintegração com o divino através do canto e da dança.

Os muçulmanos que seguem essa prática procuram atingir uma


experiência pessoal direta de Deus. Hostis à ortodoxia muçulmana,
os sufis, em muitos países islâmicos, são considerados hereges por
aqueles que seguem o Alcorão de uma forma mais rígida, como é o
caso da Arábia Saudita.

Por ser uma dimensão do islamismo, as ordens sufis, chamadas em


árabe de tariqas, estão presentes entre sunitas, xiitas e outros grupos
islâmicos. Segundo Ibn Khaldun (1332-1406), um sufi deve dedicar-
se totalmente a Alá. Não deve se preocupar com coisas mundanas e
deve se abster de procurar o prazer, a riqueza e o prestígio, como faz
a maioria dos homens.

Os sufistas dão muita importância para aquilo que aprendem com


professores, ou seja, sua visão do Islã não é voltada exclusivamente
para o livro sagrado. Em razão disso, membros de ordens tariqas se
dizem capazes de rastrear a “árvore genealógica” de seus professores
até o profeta Maomé.

Esse grupo de místicos é um dos principais responsáveis pela


produção cultural dentro do Islã. Escritores como Omar Khayyam
(1048-1131), al-Ghazali (1058-1111) e Rumi (1207-1273) são
importantes dentro e fora do mundo árabe. Muitos de seus textos
foram citados por filósofos ocidentais, escritores e teólogos.

Fonte:http://www.namu.com.br/filosofia/sufismo/o-que-e

DEFININDO O SUFISMO
https:
Uma definição de Sufismo, a partir de seu nome é sufismo1
algo difícil de ser feito, visto haverem várias
formas de interpretar a sua raiz arábica: SF. Uma
das interpretações mais em voga é a que o Sufi é
aquele que faz uso do manto rústico tecido de lã
(sûf) enquanto que outra linha de interpretação
faz derivar o nome do sopro do conhecimento
místico que nasce do coração (Sôf). Uma terceira
linha faz nascer o nome não de uma raiz árabe,
mas sim grega, Sophos, ou conhecimento.

De qualquer maneira, a forma mais aceita de


interpretar o Sufi e o Sufismo é utilizando não a sua origem lingüística, mas
sim os seus objetivos: em termos gerais, o Sufi é todo aquele indivíduo que
acredita que é possível ter uma experiência direta de Deus e que está
preparado para sair de sua vida rotineira para se colocar debaixo das
condições e meios que lhe permitam chegar a este objetivo. Neste contexto,
o Sufi é considerado como o protótipo de todo místico que busca a União.
Um exemplo vívido nos é apresentado por Djalalludin Rumi.

O Sufismo é atualmente mais equacionado com uma forma islâmica de


misticismo, que tende a abraçar diferentes maneiras e tipos de técnicas,
mas todas voltadas a uma busca de uma comunhão direta entre Deus e o
homem. É uma esfera de experiência espiritual que corre em paralelo com a
prática do Islão, que deriva da revelação profética e se desenvolve na
Shari’a e na teologia muçulmana. Como religião codificada, o Islão não pode
admitir que a experiência mística possa ocorrer em paralelo e como
experiência pessoal única, o que gerou as tensões e questionamentos que o
Sufismo islâmico sempre sofreu ao longo de sua trajetória. O objetivo tanto
do Islão quanto do Sufismo é conduzir o praticante em direção à Verdade ou
Realidade. Dentro do Islão como religião revelada, tal objetivo seria obtido
através da prática dos preceitos religiosos enquanto que no Sufismo, além
destes preceitos, entrariam também em jogo uma série de fatores intuitivos
e emocionais que, segundo a teoria do Sufismo, estariam dormentes na
maioria dos seres humanos e que, sob uma supervisão correta, poderiam ser
despertos e desenvolvidos.

Este desenvolvimento recebe o sufismo3


nome de Caminho e o viajante no
caminho (salak at-tariq) busca
eliminar os véus que ocultam a sua
experiência do Real e assim, vir a
transformar-se ou absorvido na
Unidade indiferenciada. Embora não
seja um processo intelectual, o
Sufismo acabou gerando uma série
de formulações teórico/práticas
que constituíram verdadeiras linhas
filosófico/místicas que acabaram se
constituindo em verdadeiras formas
de reação contra um Islão cada vez
mais sistematizado em termos de
leis e teologia sistemática,
objetivando uma liberdade
espiritual através da qual os sentidos espirituais intrínsecos do ser humano
pudessem ser amplamente utilizados. Os vários caminhos (turuq, tariqa no
plural) estão preocupados com este objetivo e não na justificativa religiosa
ou não.

O Sufismo inicial representava uma expressão natural da religião pessoal


em contraposição à expressão religiosa do grupo. Era a afirmação do direito
pessoal em seguir uma vida de contemplação e de busca de contato com a
fonte de ser e realidade, acima de qualquer forma institucionalizada de
religião baseada em mera autoridade, numa relação Mestre-Discípulo
unilateral, com sua ênfase na observância ritual e num moralismo
legalístico. O espírito da piedade Corânica acabou fluindo para dentro das
vidas e práticas, assumindo formas de expressão diversas, como
encontradas no zickr (rememoração), dos antigos ascetas (nussak) e
devotos (zuhhad). Estes buscadores, depois de obterem uma experiência de
comunhão direta com Deus garantiam que o Islão não estava confinado
dentro de uma diretiva moralística. Seus objetivos eram de alcançar uma
percepção ética.

O Sufismo teve seu desenvolvimento sufismo4


dentro do corpo da religião Islâmica e, na
sua origem pouco deve a influências não-
muçulmanas, embora recebendo algumas
tinturas da vida ascetico-mística cristã e
do pensamento do Cristianismo Oriental.
Os mestres iniciais estavam mais
preocupados com as experiências do que
com a teorização teosófica.

Buscavam mais guiar que ensinar,


direcionando o aspirante ao longo das
suas experiências, buscando sempre um
conhecimento isento dos perigos da
ilusão, através do qual o aspirante
pudesse obter um acesso à verdade espiritual. Na prática, o Sufismo
consiste em sentimentos, percepções e revelações, ou insights pessoais que
são alcançados através de uma série de passagens por estados de êxtase.
Assim, o ensinamento se seguiria à experiência. Neste caso, o êxtase seria
entendido como fases distintas de negação de aspectos prévios do ser e a
incorporação de novos estados e a ativação de novas potencialidades, sendo
que este processo sempre é acompanhado de sentimentos, emocionalidades
e intuições que nada tem a ver com o êxtase na sua definição mais
‘mediúnica’ de negação (ou suspensão temporária) da consciência pessoal.
Aqui é feita uma distinção entre as duas formas de expressão externa da
experiência do postulante: o estado de êxtase (ghalaba, defendido por
Bistami), onde o indivíduo demonstra, através de gestos, palavras, cânticos
ou até mesmo pela alteração de seus comportamentos e presença física,
aquilo que está experimentando internamente e na sobriedade (sahw,
defendido por Junaid), onde o indivíduo não deixa transparecer nada aquilo
que lhe está acontecendo. Com o passar do tempo, esta última postura
tornou-se a mais valorizada, pois era considerada como ‘segura’ pela
ortodoxia religiosa.

Os grupos sufis iniciais eram sufismo5


bastante frouxos e mutáveis, com
os discípulos viajando em busca de
mestres, outros ganhando seu
sustento com trabalho e outros
mendigando. Aos poucos vão se
formando locais de reunião para
tais tipos de viajantes e cada um
estava associado com algum tipo de
função: as hospedarias, em certas
regiões da Arábia (ribats) tem esta
origem, no Korasan, estes locais
estavam associados com casas de
repouso, hospitais e hospícios
(khanaqah) enquanto que outros
eram retiros (khalwa ou zawya),
geralmente sob a orientação de um
diretor espiritual. Com o tempo, todos estes termos passaram a representar
um local de reunião sufi. Já no século XI encontramos estruturas Sufi, com
locais de reunião, exercícios espirituais, meditação e retiros bem
organizados, embora o pessoal que deles participava ainda era bastante
infreqüente e que migravam de mestre a mestre. Com o passar do tempo
começaram a dispor de um pessoal mais permanente e finalmente,
assumiram as características de verdadeiras linhagens espirituais, abrindo o
caminho para um processo de institucionalização. Assim surgem as ordens
Sufi, geralmente girando ao redor do místico fundador, e surge o processo
de admissão de um postulante à uma Silsila (cadeia contínua de autoridade
e de transmissão de conhecimento). Freqüentemente uma Silsila, por um
processo de desdobramento ou de quebra, dá origem a outras linhagens que
lhe são parentes, criando uma infinidade de subordens que irão, por sua vez
passar pelo mesmo processo. Tal mecanismo está em franco
desenvolvimento nos dias atuais, principalmente devido ao fato do grande
interesse dos Ocidentais por estas Ordens, o que facilitou este processo de
multiplicação.

Em termos esotéricos, o Sufismo não se diferencia da busca pela União que


já é encontrada nas propostas místicas anteriores ao Islão, a Cabala
Judáica, as propostas Platônicas e Neo-Platônicas, o Gnosticismo e o
Misticismo Cristão precederam e deram um embasamento para o Sufismo
Islâmico. Dentro deste contexto maior, o Sufismo, assim como as formas
que lhe precederam recebem o nome de Trabalho, ou seja, o processo ativo
de aperfeiçoamento do indivíduo para que este se torne capaz de perseguir
o fim último de seu ser: a União Mística com o Absoluto. Nesta perspectiva
não seria possível estabelecerse qualquer diferencial entre uma linha com
outra, afora as diferenças exteriores de apresentação e contexto cultural.
Essa é uma das formas de entender o que é chamado de Tradição Perene, ou
Filosofia Perene, que representa a essência dos conhecimentos e praticas
capazes de conduzir o individuo a um desenvolvimento harmônico de suas
potencialidades. Assim cada uma destas linhas e escolas, que tentaram
preservar e desenvolver este conhecimento, são expressões desta Tradição
Perene em diferentes épocas e culturas. Cada uma delas assumiu uma forma
especifica, mística, religiosa, artística, filosófica ou cientifica, de acordo com
o momento em que surgiram e se desenvolveram. Assim o problema
fundamental que se apresenta ao postulante é o mais crucial de todos: o que
ele realmente deseja; a busca da União, com tudo que isto representa ou a
busca de um apoio religioso e institucional. Isto com freqüência não é bem
analisado pelo postulante que acaba confundindo ambos os objetivos.

O GRANDE SUFISMO sufismo6


O Sufismo tem sido reconhecido por
muitos autores como um dos maiores
representantes da espiritualidade e
importante fonte de conhecimentos e
práticas do caminho místico.

Seu objetivo básico é o de prover ao ser


humano, um caminho real e bastante
abrangente de crescimento e
desenvolvimento de suas
potencialidades, buscando conduzir o
ser humano de volta à sua dimensão de
perfeição, fim último de qualquer
caminho místico verdadeiro.

Muito da proeminência que o Sufismo desfruta vem do fato dele conter


elementos oriundos de outras tradições e de ter dado continuidade a elas
incorporando-as dentro de seu processo. Isto acabou por conferir-lhe um
caráter mais universal, mesmo estando inserido dentro do contexto do
mundo Islâmico.

É possível perceber esta influência especialmente durante a Idade Média e


Renascença, que se estendeu aos Cristãos, Judeus e outras escolas
esotéricas. Também influenciou o desenvolvimento da Filosofia,
principalmente com a tradução e divulgação dos textos gregos, Ciências
como a medicina, a matemática, a astronomia e as Artes.

Uma das versões sobre o início do Sufismo remonta aos indivíduos que
surgiram depois da morte do profeta Maomé. Estes indivíduos se retiraram
para o deserto ou áreas de menor evidência quando se iniciaram as disputas
pelas sucessões dos Califas. Essa atitude buscava preservar e dar
continuidade aos conhecimentos que eles haviam recebido principalmente
de Ali e de Abu Bakr, ambos companheiros mais próximos do Profeta.
Segundo a tradição, Maomé teria confiado principalmente a eles, os
aspectos mais esotéricos do conhecimento que possuía, ou seja, sua
dimensão mística ou espiritual.

Em contato também com outras tradições, estes indivíduos foram os


maiores responsáveis pelo desenvolvimento da dimensão mística do Islã, e
aos poucos foram formando escolas e ganhando importância como
representantes da espiritualidade.

Eles e seus discípulos começaram a ser conhecidos como Sufis, e a inserir


suas escolas na comunidade, resgatando e ensinando o caminho místico da
Verdade e da Unidade Divina, a exemplo do próprio Maomé. E isto não
aconteceu através do ascetismo clássico de abandono e negação, mas pela
verdadeira pobreza espiritual.

Nesta pobreza, o coração imerso no Amor, abandona o seu apego ao mundo


para unir-se a Deus. Isso acontece sem que, necessariamente, deva-se
abandonar o mundo, ou afastar-se da sociedade. Afinal, não haveria sentido
em ensinar a Unidade rejeitando uma parte da expressão do Absoluto. Como
bem resume um ditado: “O sufi é aquele que está no mundo, mas não
pertence a ele.”

Como seu maior propósito está na busca pela Presença Divina, e também
por ter incorporado elementos de outras tradições, o Sufismo acabou por
adquirir um caráter mais universal. E por isso também, foi muitas vezes
reconhecido como a essência das religiões e da espiritualidade. Prova disso
é que dentro de grupos sufis é comum encontrar-se indivíduos de diversas
religiões e tradições.

Esta irmandade

não tem nada a ver com ser elevado ou baixo,

esperto ou ignorante.

Não existe uma assembléia especial, nem um grande discurso,

nem se requer nenhum curso anterior.

Esta irmandade se parece mais com uma festa de bêbados


cheia de trapaceiros, tolos, charlatões e loucos.

Não sou deste mundo e nem do próximo;

Nem do céu, nem do inferno.

Não vim de Adão nem de Eva;

Não moro no Éden nem nos jardins do paraíso;

Meu lugar é um não lugar, minhas pegadas não deixam marca.

Nada é meu, nem corpo nem alma.

Tudo pertence ao coração do meu Amado.

Eu desvesti todas as diferenças,

E agora vejo os dois mundos como um.

sufismo2

O Sufismo sempre se baseou em uma perspectiva perene e universal da


espiritualidade. Por seu caráter humanista e de busca pela transcendência,
ele é reconhecido como expressão e continuidade de uma tradição ainda
mais antiga, responsável pela preservação e transmissão dos conhecimentos
e práticas que visam o desenvolvimento do homem e da própria
humanidade.

Este é o núcleo do Grande Trabalho, da tradição das Escolas de Sabedoria,


que já foi representado pela Escola de Sarmung, e que também é chamado
de Grande Sufismo, ou Sufismo Maior. Ele está no núcleo da própria
espiritualidade, uma vez que permanece livre de qualquer outro
condicionante ou estrutura, seja ela, religiosa, social ou cultural. Esta
tradição foi também chamada por alguns autores de Filosofia Perene.

O Sufismo, assim como outras Escolas, recolhe e preserva o conhecimento


das diversas tradições esotéricas e das outras áreas do conhecimento
humano e produz um novo conhecimento, mais abrangente e adequado ao
contexto cultural.

E é por isso que Sarmung, uma das últimas Escolas a cumprir este papel,
tinha como símbolo a abelha, que recolhe o néctar de diversas flores, e que
em sua colméia produz o mel. E é esse mel que, de tempos em tempos, é
oferecido e reorienta a humanidade em seus caminhos de desenvolvimento.

Por toda esta liberdade e complexidade apresentadas acima, o Sufismo foi


muitas vezes atacado dentro do próprio mundo Islâmico como sendo uma
heresia. Talvez por isso, atualmente, o Sufismo venha perdendo exatamente
os elementos de liberdade e universalidade que tanto o caracterizaram.
Muitas vezes, acaba por restringir-se exclusivamente à perspectiva Islâmica,
que jamais negou ou deixou de proteger e reverenciar, mas também à qual
nunca havia se deixado aprisionar.

Outro processo bastante triste é a vulgarização do Sufismo através do


oportunismo de certos indivíduos sem conexão com o processo, que surgem
em função do destaque que ele recebeu nos últimos anos.

Esse padrão infelizmente vem atingindo não apenas o Sufismo. A


degeneração e banalização da espiritualidade vêm se tornando um problema
sério. A grande quantidade de informação tem colocado as pessoas em um
grau acentuado de confusão. Por faltar referências no que diz respeito à
espiritualidade é difícil desenvolver a capacidade de discriminar o que útil
do que não é, e isso reduz em muito a chance de se fazer escolhas
adequadas.

O objetivo não consiste em ter uma crença onde se apegar, mas sim, em
procurar desenvolver uma qualidade de viver e de ser. É fundamental
compreender que um caminho de desenvolvimento busca desvendar o
maravilhoso mistério que se encontra em cada pessoa e em toda criação. O
conhecimento real não é simplesmente um conjunto de crenças ou dogmas,
mas sim, a busca pela essência daquilo que cada um é e do significado da
própria vida.

Por esse motivo nossa relação com o sufismo8


Sufismo não se deu através de uma
dimensão religiosa, mas sim, por causa
de sua característica universal. Ele
expressa aspectos de uma tradição que
está além de perspectivas limitantes e
dogmáticas e por isso, tornou-se
fundamental em nossa trajetória. Esse
processo, dentro do Sufismo, ocorreu
gradualmente na medida em que tais
elementos foram sendo reconhecidos
como um complemento importante para
outras propostas e escolas de sabedoria
ocidentais.

Porém, tem sido através da perspectiva do Quarto Caminho, uma expressão


contemporânea da tradição perene, que temos buscado explorar e resgatar
outras propostas e tradições que igualmente expressaram esta mesma
perspectiva em outros momentos. Mas, como já foi apresentado por vários
autores, até mesmo as formulações do Quarto Caminho parecem ter sido
influenciadas pelo Sufismo, através dos contatos que Gurdjieff estabeleceu
com esta tradição.

Por outro lado, ao longo de nossa experiência, compreendemos que são


necessárias outras abordagens para que as experiências propostas pelo
Sufismo sejam tornadas permanentes. Por isso temos adotado ao longo do
tempo, uma postura mais aberta em relação a essas tradições em busca da
essência destes conhecimentos e práticas.

Neste mesmo contexto, outros expoentes do Sufismo tornaram-se fonte de


estudo, inspiração e influenciaram igualmente nossa trajetória. Indivíduos
como Shihabuddin Surawardi, Muhidin Ibn Arabi e Jalaludin Rumi em suas
buscas por revelar o mistério do homem e da criação expressaram um
conhecimento próprio, fruto da transformação pessoal de cada um. Ao invés
de aderirem a dogmas e repetirem comportamentos e conhecimentos, eles
se tornaram fonte de novas visões de mundo que renovaram perspectivas e
abriram as portas para outras dimensões e possibilidades.

Este é o valor fundamental do caminho espiritual - possibilitar o


desenvolvimento do individuo e a extraordinária descoberta que se revela a
cada um que busca apaixonadamente descobrir seu próprio mistério.

Eu desejo ir para longe,

Centenas de milhas da mente.

Desejo me libertar do bom e do mal.

Quanta beleza por trás dessa cortina!

Existe uma alma dentro de sua alma.

Busque por ela.

Existe uma jóia na montanha que é seu corpo.

Olhe para a mina que contém essa jóia.

Ó sufi andarilho

Busque dentro de você e não fora.

sufismo7

*fonte do texto:

http://www.imagomundi.com.br

* imagens anexadas via "google"

Fonte:http://www.universomistico.org/

s/conhecimento/sufismo.html

SUFISMO

O sufismo é uma linha mística do islamismo. Apesar de sua origem, sofreu


perseguição dos muçulmanos em diversos momentos da história. A justificativa
para isso era a ameaça ao monoteísmodo islamismo. Por outro lado,
o Alcorão também serve como inspiração para o sufismo.
A palavra sufismo é derivada do termo árabe suf, que significa lã. Historicamente,
os seguidores do sufismo costumavam vestir apenas lã pura, pois era uma forma
de representarem sua negação aos confortos do mundo.
Outra diferença do islamismo para o sufismo está na meditação, enquanto os
primeiros creem que as cordas vocais e os instrumentos musicais estão ligados ao
demônio, os segundos utilizam a música para alcançar um estado mental elevado
que se aproxima do contato com Deus.
Para chegar a este patamar, os sufistas fazem uso da poesia e batidas rítmicas de
tambores. A meditação com o som produzido leva-os a um estado de transe. Esta
técnica também era utilizada pelos adeptos do vodu, que tem origens africanas. Um
dos mais tradicionais tipos de música sufista é feito pelos dervixes, famosos por
suas músicas rápidas e danças agitadas.
No ritual de meditação, os sufistas cantam o dhikr, que é o ato de repetir inúmeras
vezes os textos sacros do Alcorão e o nome de Deus. Este ritual faz com que o
sufista entre em estado de auto-hipnose, no qual explora os caminhos que levam a
Deus.
Além da diferença da meditação, o sufismo tem outro ponto de discordância com as
ideias do islamismo. Este é referente à “Noite da Viagem”, conhecida também
como miraj, na qual Maomé, através dos Portões do Céu, chega à presença de Deus.
Para o islamismo, Maomé realizou a jornada de corpo e alma, já os sufistas veem o
episódio como uma forma de ascensão espiritual interna.
A história do sufismo é dividida em três momentos: clássico, medieval e moderno.
Em meio à diversas formas de perseguição sofridas, um dos nomes importantes é
o de Husayn ibn Mansur al-Hallaj, que foi crucificado no ano de 922 após declarar
a seguinte frase: “Eu sou a verdade”.
Tamanha foi a perseguição contra os sufistas que eles tiveram que criar códigos
para a propagação de suas ideias. Elaboravam poesias complexas, disfarçando as
frases que pudessem ser entendidas como contrárias à existência de um único
Deus.
De todas as épocas do sufismo, o período onde alcançaram seu auge foi na era
moderna, que fica entre os anos de 1550 e 1800.
Fontes:
FARRINGTON, Karen. História Ilustrada da Religião, São Paulo: Editora Manole, 1999.
http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/528
http://pt.scribd.com/doc/54403579/o-Sufismo-e-a-Enfase-no-Tempo-Presente

Fonte:http://www.infoescola.com/islamismo/sufismo/

O Sufismo Islâmico
Por Me. Cláudio Fernandes

No mundo ocidental, sobretudo a partir da virada do século XX para o século XXI,


construiu-se uma visão um tanto quanto enviesada, para não dizer negativa, da religião
islâmica. Isto se deve a vários fatores, mas um dos principais é a questão das práticas
terroristas perpetradas por grupos radicais islâmicos, como a Al Qaeda e o Estado
Islâmico, geralmente inspirados em Sayyid Qutb, um dos ideólogos da Irmandade
Muçulmana. A associação direta entre terrorismo islâmico e religião islâmica decorre
também de um profundo desconhecimento da própria estrutura do islamismo. Uma das
características menos conhecidas da religião islâmica é sua vertente mística, expressa
no sufismo, nome que remete à túnica de lã usada pelos primeiros mestres sufis.

Todo grande sistema religioso produziu santos e místicos. Isto é, pessoas que tentaram
elevar-se espiritualmente por meio da excelência do exercício das virtudes e por meio
da ascese – prática de abstenção dos prazeres terrenos. O cristianismo (tanto católico e
ortodoxo quanto protestante) teve seus místicos, o hinduísmo e o budismo também.
Não é diferente com o Islã.

Na verdade, o termo islã é apenas uma das partes da religião que e o leva como nome.
Como diz o estudioso de religiões comparadas e da sabedoria perene, William
Stoddard, em sua obra Sufismo: Doutrina metafísica e via espiritual no Islã, a prática da
religião islâmica “compreende, para o crente, três grandes categorias: islam (submissão
à lei revelada), iman (fé na shahada) e ihsan (virtude ou sinceridade).” A prática do
sufismo está relacionada a essa última categoria, a ihsan, ou prática da virtude.

Sendo assim, sufismo se organiza em torno de uma via (ou caminho) espiritual do islã,
um caminho trilhado através do cultivo das virtudes. Para este caminho, os sufis dão o
nome de dhirk, isto é, a prece invocatória que veicula a “lembrança de Deus”. Um dos
métodos mais praticados para se atingir a dhirk é a recitação do rosário sufi, chamado
de wird. Há várias fórmulas de recitação, que podem variar de tariqa para tariqa. As
taricas são organizações que comportam os praticantes da mística islâmica – apesar de
haver exemplos de muitas taricas ecumênicas. Toda tarica é encabeçada por
um shaikh (ou cheike) que orienta os iniciados que querem se aprofundar no cultivo das
virtudes e no estudo da religião. O shaikh, grosso modo, é um mestre sufi.

Acima, a imagem de um mestre sufi no mercado da cidade de Isfahan, no Irã *

Por ser organizar desta maneira, o sufismo possui uma característica iniciática. Isto é,
mantém um círculo fechado de orientação entre mestre e discípulo. Este último
depende, por tanto, da iniciação do primeiro – precisa ser iniciado na prática sufi. Essa
característica diferencia radicalmente misticismo islâmico do cristão, por exemplo, que
não possui nada de iniciático ou esotérico.

A prática do sufismo conduziu vários místicos islâmicos à composição de obras


magníficas relativas ao conhecimento religioso e interior, que são testemunhos da
grandeza da civilização islâmica. A visão que temos do islamismo, distorcida pelo
terrorismo – que quer reivindicar para si o monopólio das virtudes do Islã – esconde
essa grandeza.

* Créditos da imagem:

Shutterstock e javarman

Fonte:http://historiadomundo.uol.com.br/curiosidades/o-sufismo-islamico.htm

Sufismo, o misticismo islâmico


POR ADMIN · 11 DE DEZEMBRO DE 2016

Texto de Ibn Warraq

Capítulo 12 do livro Why I am not a muslim (Por que não sou muçulmano).

Como disse um dos maiores estudiosos do sufismo, R. A. Nicholson, os Sufis


mais antigos eram ascetas e quietistas em vez de verdadeiros místicos.
Esses primeiros Sufis eram inspirados por ideais cristãos, buscando a
salvação evitando as delícias vulgares do mundo. Eventualmente, o
ascetismo era visto apenas como a primeira fase de uma longa viagem cujo
objetivo final era um profundo e íntimo conhecimento de Deus. Luz,
conhecimento e amor foram as principais ideias deste novo Sufismo. “Por
fim, eles repousaram sobre uma fé panteísta que depôs o Deus único e
transcendente do Islã, e em seu lugar, adorou um Ser Real que habita e
trabalha em todos os lugares, e cujo trono não é menos, e sim mais, no
coração humano.”

Os sufis foram – sem dúvidas – influenciados por certas passagens do


Alcorão, mas o desenvolvimento histórico do sufismo deve muito mais à
influência do Cristianismo, Neoplatonismo, Gnosticismo e Budismo (os sufis
aprenderam o rosário dos monges budistas, entre outros assuntos mais
substanciais).

Para nós, neste capítulo, o que nos interessa é o modo como os sufis mais
recentes romperam completamente com a lei formal islâmica, dizendo que
“as algemas da lei não atingem aqueles que alcançaram o conhecimento”.
Isto era verdade tanto para indivíduos quanto para ordens inteiras
de dervixes. Muitos sufistas eram bons muçulmanos, mas alguns o eram só
de nome, enquanto que um outro grupo era muçulmano só “por moda”. Um
dos personagens mais importantes na história do Sufismo, Abu Said, não
sentia nada mais que o desprezo pelo Islã e por toda religião impositiva,
proibindo a seus discípulos de irem em peregrinação a Meca, e outras coisas.
Bayazid também tinha pouco apreço pela observância dos preceitos da
Sharia.

A Ordem Bektashi parece ter surgido por volta do início do século XVI.
Fortemente influenciado pelas ideias cristãs e gnósticas, os Bektashis
rejeitaram as as cerimônias externas do Islã e de outras religiões como
sendo inúteis.

Houve até um grupo de dervixes, coletivamente conhecido


como malamatiya, que cometeu os atos mais ultrajantes possíveis para
chamar de propósito a atenção da população. Assim eles mesmos puderam
mostrar que sentiam desdém pelo desprezo que os outros tinham deles.

A grande conquista dos sufis foi sua insistência de que a verdadeira religião
não tinha nada com a doutrina legal da ortodoxia, que apenas restringia os
horizontes dos homens. Na visão mística, não havia recompensas celestiais
ou punições infernais, a palavra escrita de Deus foi ab-rogada por revelação
íntima e direta. Em vez de ser guiado pelo medo, o místico está mais
preocupado com o amor e o conhecimento de Deus, desinteressado de si
mesmo, e “a servidão para com Deus é considerada uma serviço para com o
coração”, em vez de observâncias a regras externas que devem ser seguidas
cegamente.

Quanto mais o sufismo caminhava para o panteísmo, mais ele produzia

uma série de trabalhos, que, sob a pretensa ortodoxia e devoção, na


realidade substituíram a noção do Deus pessoal e da vida futura do
Islã, noções que eram irreconciliáveis com as deles, e que tinha base
em uma interpretação tão distanciada do Alcorão que chegava a ser
grotesca e irrelevante. O mais famoso desses trabalhos são os poemas
de Ibn al-Farid ( 1161- 1235); e os trabalhos de Ibn Arari (1155-1240),
“Gems of Maxims” (sem tradução em Português). Ambas as obras, em
diferentes épocas, fizeram seus autores ficarem em perigo, e foram
causa de motins (ver Ibn Lyas, History of Egypt,… onde o livro é
descrito como obra pior do que a dos descrentes, judeus, cristãos ou
idólatras). Pelos comentários sobre o Alcorão contidos na obra, é
suficiente citar que na história do bezerro de ouro, de acordo com Ibn
Arabi, Moisés pensou que seu irmão era culpado por não aprovar a
idolatria do bezerro, uma vez que Aarão sabia que nada mais além de
Deus merecia ser objeto de adoração, e portanto o bezerro era (como
todas as coisas) Deus. (Margoliouth)

A filosofia sufista teve a consequência de apagar as fronteiras entre os


credos diferentes – o Islã não era melhor do que a idolatria, ou, como um
estudante de Ibn Arabi colocou: “o Alcorão é o politeísmo puro e simples”.
Ibn Arabi mesmo escreveu que seu coração era um templo para os ídolos,
uma Caaba para os peregrinos, as tábuas da Torá e o Alcorão; somente o
amor era sua fé.

“Eu não sou nem cristão, nem judeu, nem muçulmano”, canta outro místico.
Os sufis não davam muito espaço para os diferentes credos e suas
particularidades. Como Abu Said escreveu: “até que as mesquitas e as
madrassas sejam eliminadas, o trabalho dos dervixes não será realizado, até
que a crença e a descrença sejam parecidas, nenhum homem é um
verdadeiro muçulmano”. E para citar Nicholson:

“O amor é onde a glória cai,

sobre seu rosto – nas paredes do convento

Ou no chão das tabernas, a mesma

chama inextinguível.

Onde o anacoreta de turbante

Canta para Alá dia e noite

Os sinos da igreja chamam para oração

e a cruz de Cristo lá está”.

Vários sufis famosos foram – nas palavras de Goldziher – “submetidos a


uma cruel inquisição”. Os sufis mais antigos, levantaram uma suspeita
considerável nas autoridades ortodoxas e podem ser vistos na história do
sufi Dhu ‘l Nun. Este sufi tinha muitos discípulos e muita influência sobre as
pessoas, tanto que foi denunciado como zindiq (herege) pelos invejosos. O
califa Mutawakkil o tinha colocado na prisão, porém mais tarde foi solto por
suas qualidades morais.

Talvez o místico mais famoso que já foi condenado a morte por seus
enunciados blasfemos foi al-Hallaj (executado em 922). Ele passou muitos
anos na prisão antes de ser açoitado, mutilado, condenado a forca e
finalmente decapitado e queimado, tudo porque advocava a piedade pessoal
em vez das lei e porque tentou conciliar os “dogmas em harmonia com a
filosofia grega na base da experiência mística”. Doze anos mais tarde, al-
Shalmaghani também foi condenado à morte sob a acusação de blasfêmia.

Al-Suhrawardi (executado em 1191) foi a princípio apadrinhado pelo vice-rei


em Alepo, mas seu misticismo levantou suspeita entre os ortodoxos, que
acabaram exigindo sua execução. O vice-rei não ousou se opor aos
“verdadeiros crentes”, e assim Suhrawardi foi executado.

Badr al-Din, o eminente jurista, fora “convertido” ao sufismo depois de um


encontro com um sufi, Shaikh Husain Akhtali. Ele se envolveu com um grupo
comunista (de Burkludje Mustafa e Torlak Hu Kemal ), foi preso, e enforcado
como traidor em 1416. Havia desenvolvido abertamente suas heresias
baseadas nas visões do místico Ibn al-Arabi.

O Islã é tolerante com as heresias?

Desde seu início, o Islã desenvolveu a ideia de bid’ha – inovação – e de


acordo com um hadice famoso, cada inovação é uma heresia, cada heresia é
um erro e cada erro leva ao inferno. A inovação era o oposto da suna. Alguns
teólogos dos anos iniciais chegaram ao ponto de exigir a pena de morte para
qualquer pessoa que introduzisse inovação. Felizmente, esta atitude não
durou quando a necessidade de introduzir novas práticas surgiu, e daí, uma
distinção foi feita entre bid’ha boa (inovação boa) e bid’ah ruim (inovação
ruim). Nas palavras de al-Shafi’i: “Uma inovação que contradiga o Alcorão, a
suna, ou a ijma (consenso dos imames) é uma bida herética, se todavia algo
novo for introduzido, mas que não seja ruim em si mesmo e não contradiga
as autoridades mencionadas da vida religiosa, então ela é digna de louvor”.
Esta conveniência possibilitou que os muçulmanos aceitassem como
inovação boa coisas que – em teoria- eram absolutamente contrárias ao
Islã.

Não há comparação entre o dogma do Islã e o dogma de qualquer sistema


religioso de qualquer igreja cristã. No Islã, não há Concílios ou Sínodos que,
depois de vigorosos debates, fixem as fórmulas que devam ser tratadas
como crença. Não há escritório eclesiástico que providencie um padrão para
a ortodoxia. Não há exegese autorizada exclusiva dos textos sagrados,
sobre a qual as doutrinas da Igreja e a maneira de sua aplicação devam ser
baseados. O consenso é a mais alta autoridade em todas as questões
religiosas e práticas, mas é uma autoridade vaga, e seus julgamentos
dificilmente podem ser determinados de maneira precisa. O próprio conceito
de consenso é definido de maneira variada. Em matéria de teologia, é
especialmente difícil atingir a unanimidade sobre o que é aceito sem
disputa, como um veredicto. Onde uma parte enxerga consenso, a outra
pode estar longe de ver isso.

Apesar dos pensamentos de Goldzier na passagem acima, isso dá uma noção


errada do Islã como sendo livre de doutrinas e onde se pode tudo. Se fosse
assim, qual seria a lógica de se chamar alguém ao Islã? Ao contrário da
ideia de um Islã fluido e escorregadio, Schacht põe diante de nós a noção de
que, por exemplo, a lei islâmica se tornou “cada vez mais rígida” e
estabelecida em seu molde final. É verdade que houve, como sempre, uma
enorme discrepância entre teoria e prática, mas a lei islâmica realmente
triunfou em se impor na prática, especialmente com respeito a família.

Pode não ter havido uma só corporação eclesiástica para fixar o dogma dos
crentes, mas na realidade, através da história islâmica, certas doutrinas
foram definitivamente adotadas em certas partes do mundo. Por exemplo,
por volta de 1048- 1049, a doutrina da escola de Malik foi adotada no
Magrebe. “O triunfo dessas doutrinas causou o abandono de todos os
esforços em procurar uma interpretação alegórica para estes versos do
Corão, pelo qual não houve interpretação literal satisfatória. Não tivesse
Malik dito “sabemos que Alá está sentado em seu trono, mas não como esse
mundo deve ser entendido. Acreditar nisso é um dever, perguntar sobre isso
é heresia”. Em outras palavras, certa doutrina fora adotada e colocada em
prática, e representava a ortodoxia – não havia o questionamento de uma
doutrina livre para todos, ou liberalismo.

Um pouco mais tarde, em 1130, o estado almohade foi fundado no norte da


África e na Espanha e foi baseado em princípios definidos derivados dos
ensinamentos autoritários de Ibn Tumart. Não havia necessidade de um
corpo da igreja para estabelecer o dogma; os governantes do novo Estado
fizeram isso.

Muitos apologistas do Islã que desejam defender a tese de que essa religião
era muito tolerante com a dissidência e a heresia citam as obras de Ibn
Taymiyya e Al-Ghazali, que supostamente têm esticado “os limites do Islã
ao máximo”.
A crença mínima que era necessária para ser considerado como um
muçulmano era a unidade de Deus e a profecia de Maomé. Mas mesmo esse
mínimo não é tão liberal quanto parece e foi suficiente para excluir os
dualistas (os verdadeiros inovadores), os sufis, que não tinham muito
respeito pelos profetas; e os livre pensadores que achavam que todos os
profetas eram charlatães. Além disso, como vimos anteriormente, al-
Ghazali, longe de ser tolerante, baniu do Islã aqueles que acreditavam na
eternidade do mundo e negavam a ressurreição do corpo, considerando-os
incrédulos, e até pedindo sua execução. Pelos critérios de al-Ghazali, alguns
dos maiores filósofos e poetas do Islã estavam aptos para a forca. E, como
sempre, o incrédulo nunca é de alguma forma considerado quando se
discute qualquer avaliação final da tolerância do Islã.

A descrença é o maior de todos os pecados, mais grave do que o


assassinato, e traz consigo a pena de morte. Finalmente, que evidência há
de que as obras de al-Ghazali ou Ibn Taymiyya tiveram alguma influência na
prática? Estes mesmos apologistas, com razão, apontam a discrepância
entre teoria e prática, e contudo estão muito felizes em citar as opiniões dos
dois teólogos sem verificar se suas teorias foram aplicadas na prática. De
fato, sabemos que no Ocidente Islâmico, os escritos de al-Ghazali foram
queimados porque eram considerados perigosos e contrários à verdadeira
fé. O Islã era tolerante na prática?

A resposta curta é não. A passagem precedente de Goldziher também dá a


impressão de que o Islã estava livre de perseguição aos hereges. Espero que
este capítulo tenha despertado os leitores deste mito. Mesmo o grande
Goldziher tem de admitir que “o espírito de tolerância prevaleceu apenas no
período inicial … O espírito maligno da intolerância apareceu pela primeira
vez em ambos os lados … como resultado do cultivo da teologia dogmática
escolástica”. Foi deixado ao sufismo rejeitar as distinções confessionais e
espalhar o bálsamo da tolerância. Como a distinção entre religião e política
era desfocada, especialmente sob os abássidas, toda doutrina perigosa tinha
seu aspecto religioso e político. As autoridades políticas perseguiram o que
consideravam seitas subversivas, responsabilizando-as pela instabilidade
civil.

Os abássidas perseguiram impiedosamente os Shikes, muitos dos quais


foram aprisionados, enforcados ou envenenados. Mas os omíadas não
estavam inteiramente sem suas inquisições – testemunha a queima, em
737, de Bayan al-Tamimi, o xiita, juntamente com al-Mughira b. Sa’d e
alguns de seus seguidores, que o consideravam divino. Também não
devemos esquecer a eliminação cruel dos Carijitas sob o governador do
Iraque, al-Hajjaj, nos primeiros anos do governo omíada.

Os abássidas terminaram com a adesão ao poder do califa Mutawakkil, que


inverteu a situação declarando as doutrinas mu’tazilitas como heréticas e
retornando à fé tradicional. Medidas severas foram tomadas contra aqueles
vistos como hereges. Nas palavras de Nicholson, “doravante havia pouco
espaço no islã para o pensamento independente.” A população considerava
a filosofia e as ciências naturais como uma espécie de descrença. Os autores
de trabalhos sobre esses assuntos correm um risco sério a menos que
disfarçassem suas verdadeiras opiniões e trouxessem Os resultados de suas
investigações em aparente conformidade com o texto do Alcorão.” A
situação, sem dúvida, variou de país para país, governante a governante,
período a período. Em geral, os omíadas são vistos como mais tolerantes do
que os abássidas, precisamente porque ainda não se definiam como
muçulmanos.

Esta tolerância teve frequentemente consequências ímpares: “é


característica do espírito anti-islâmico que aparece tão fortemente nos
omíadas que seu louvado escolhido deve ter sido um cristão que era na
verdade um descendente linear dos bardos pagãos.” Al-Akhtal, que é
considerado um dos três maiores poetas do período dos omíadas, era um
cristão capaz de aparecer na corte sem aviso prévio, chegando à presença
do califa cheirando a vinho e ostentando uma cruz de ouro. Essa tolerância
era prova para Henri Lammens de que os omíadas estavam mais para árabes
do que para muçulmanos.

Um ponto importante, a saber: desde que se tenha um patrocínio real,


proteção e talento, então pode-se safar com a blasfêmia, a heresia e até a
incredulidade. Por exemplo, a família persa dos barmecidas era conselheira
de vários califas abássidas, embora muitas vezes fossem acusados de
descrença, ou pelo menos de abrigar secretamente sentimentos anti-
islâmicos. Quando o favor real foi retirado, esta família influente não gozou
mais de proteção.

Uma indicação de que a heresia não era tolerada sob o Islã é o fato de quem
quisesse eliminar um rival, podia acusar essa pessoa de heresia. Exemplo:
Abu Ubaid conquistara uma grande reputação para si mesmo na corte
abássida e fora rapidamente promovido. Funcionários invejosos, ressentidos
com seu sucesso, acusaram o filho dele de heresia. O filho foi convocado
ante ao califa e pediram para que lesse o Alcorão colocado na frente dele.
Sendo praticamente analfabeto, tropeçou em algumas linhas. Isso foi
tomado como prova de que ele era um livre-pensador e, portanto, foi
executado. O medo de ser rotulado de herege era onipresente. Uma história
famosa relata a primeira vez que o filósofo Averroes foi apresentado ao
governante Abu Yaqub Yusuf. Este último perguntou a Averroes como os
filósofos consideravam o céu: era uma substância eterna ou tinha um
começo? Averróis ficou tão aterrorizado com aquela pergunta tão perigosa
que não pôde falar. Yusuf colocou-o à vontade e Averroes começou a
mostrar a extensão de sua aprendizagem. Se não houvesse um clima de
medo, é improvável que Averróis tivesse se comportado dessa maneira.

Podemos também mencionar a constante perseguição dos ismaelitas. Abbas,


o senhor da cidade de al-Rai, teria exterminado mais de 100 mil ismaelitas.
Outra seita herética era o Khubmesihis, que ensinou que Jesus era superior
a Maomé e parece ter sido centrado em Istambul no século XVII. A adesão a
esta seita era susceptível de levar à prisão e execução. Dizia-se que a seita
era inspirada pelo herege Kabid que tinha opiniões semelhantes e fora
executado em 1527. Assim, tivemos o espetáculo da perseguição periódica
de vários grupos (carijitas, xiitas, ismaelitas, etc.) considerados
doutrinariamente suspeitos ou politicamente subversivos; indivíduos
(filósofos, poetas, teólogos, cientistas, racionalistas, dualistas, livre
pensadores e místicos) foram aprisionados, torturados, crucificados,
mutilados e enforcados; seus escritos queimados (por exemplo, os escritos
de Averroes, Ibn Hazm, al-Ghazali, alHaitham, e al-Kindi).
Significativamente, nenhuma das obras heréticas de Ibn Rawandi, Ibn
Warraq, Ibn al-Muqaffa e al-Razi sobreviveu. Outros indivíduos foram
forçados a fugir de um tipo de governo para outro mais tolerante (por
exemplo, al-Amidi). Alguns foram exilados ou banidos (Averroes). Os
homens foram forçados a disfarçar suas opiniões verdadeiras por meio de
linguagem difícil ou ambígua. Os que conseguiram se safar por ter
blasfemado foram aqueles protegidos pelos poderosos e influentes.

_______________________

Ibn Warraq

Sobre o autor: Ibn Warraq é o pseudônimo de um ex-muçulmano nascido na


Índia e criado no Paquistão e na Inglaterra. Famoso pelas suas críticas ao
Alcorão e às sociedades islâmicas, Warraq também é fundador do Institute
for the Secularisation of Islamic Society que é um instituto que promove a
secularização dessas sociedades.

Fonte:http://www.exmuculmanos.com/sufismo-o-misticismo-islamico/

Sufismo – o caminho do autoconhecimento


Retratos de Fé mergulha no universo sufi e conversa com praticantes e

Segundo o sheikh Muhammad Ragip, líder religioso de uma ordem sufi em São Paulo,
o Sufismo “é a dimensão interior do islã, uma ciência dentro do islã, e surgiu com as
instruções que o profeta deu a seus companheiros mais próximos, em termos de práticas
e atitudes para aperfeiçoamento desse estado interior na busca de Deus.”

As práticas existem “para que se possa elevar e subir nossos níveis espirituais”, conta o
sheikh Hamza Yener, nascido na Turquia e também residente em São Paulo. Ele explica
que o “sufi, em poucas palavras, significa ‘a pessoa mais sincera’.”

“Depois que comecei a praticar o sufismo, eu me sinto mais viva, me sinto mais presente.
Pra mim, a vida é mais real, eu saí do automático”, relata a dervixe (praticante) Nayara
Grigolli.

O zikr – que significa “a lembrança de Deus” – é um dos rituais sufistas que acontecem
pelo canto, pela meditação e pelo movimento. O dervixe Nizam Grigolli relembra a primeira
vez em que participou do ritual: “senti algo muito forte, inexplicável, e senti naquele
momento que ‘esse é meu caminho’.”

Conheça o Zikr: um ritual sufista


O Sufismo é uma vertente do Islamismo que busca entrar em comunhão com o divino
através da meditação. As ordens sufis também seguem o Alcorão, o livro sagrado do Islã.

Para meditar, os sufistas realizam o ritual do Zikr, palavra que significa “a lembrança de
Deus” em árabe. Durante o ato, os dervixes, como são chamados os praticantes sufis,
utilizam instrumentos musicais e entoam os diferentes nomes do Senhor de maneira
ritmada e intensa.

Ao repetir inúmeras vezes os textos sacros do Alcorão e o nome de Deus, o sufista entre
em estado de transe.

Fonte:http://tvbrasil.ebc.com.br/retratosdefe/post/conheca-o-zikr-um-ritual-sufista

A religião é um dos assuntos mais polêmicos de todo o mundo. Isso porque o planeta é
essencialmente religioso. Isso pode ser comprovado pelo grande número de seitas e
doutrina que se declaram como uma religião: há mais de 3 mil delas no planeta. E, desse
vasto leque religioso, três e destacam, sendo eles o Cristianismo, o Islamismo e o
Hinduísmo.

Conheça o Zikr: um ritual su4sta


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O Cristianismo, por falar nisso, é a maior religião do planeta, tendo em sua base de fiéis
mais de 2,2 bilhões de pessoas, sendo esse número tão grande que corresponde a mais
ou menos 30% da população mundial. Em segundo lugar, mas não muito longe, segue o
Islamismo, que detém 21% da população mundial em seu número de adeptos e, mais
longe um pouco, o Hinduísmo.

O Islamismo, por sua vez, é uma das religiões que mais crescem atualmente. Os ideais
islâmicos vem cada vez mais conquistando adeptos, sobretudo os que residem na Europa,
sendo o país da França um dos redutos onde mais se encontram muçulmanos no
continente.

O Cristianismo, por falar nisso, é a maior religião do planeta, tendo em sua base de fiéis
mais de 2,2 bilhões de pessoas, sendo esse número tão grande que corresponde a mais
ou menos 30% da população mundial. Em segundo lugar, mas não muito longe, segue o
Islamismo, que detém 21% da população mundial em seu número de adeptos e, mais
longe um pouco, o Hinduísmo.

O Islamismo, por sua vez, é uma das religiões que mais crescem atualmente. Os ideais
islâmicos vem cada vez mais conquistando adeptos, sobretudo os que residem na Europa,
sendo o país da França um dos redutos onde mais se encontram muçulmanos no
continente.

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No nosso artigo de hoje, iremos falar um pouco sobre o Sufismo, que é uma vertente
islâmica muito conhecida entre os praticantes da religião. Além disso, você irá ficar dentro
de assuntos interessantes relacionados à religião. Vamos lá?

Antes de Tudo, um Pouco do Islamismo


O Islamismo pode ser visto como uma das religiões mais seguidas e conhecidas de todo o
planeta. Como já dito anteriormente, ela é a segunda maior religião, ficando atrás apenas
do Cristianismo. No entanto, ela é a vertente religiosa que mais cresceu nos últimos
tempos, se espalhando, praticamente, para todos os quatro cantos do planeta.

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A religião islâmica tem como símbolos principais Deus, que é chamado de Alá por eles,
além do profeta Maomé e o livro sagrado Alcorão. Maomé, portanto, pode ser considerado
como o “Jesus” islâmico e o Alcorão, como a Bíblia, livro cristão que é o mais
comercializado do mundo. Para se ter uma ideia, a cada 50 segundos, uma Bíblia é
comercializada em algum lugar do planeta.

Os muçulmanos, como são chamados aqueles que professam a fé islâmica, acreditam que
Maomé foi o último dos principais profetas que passaram pela Terra. Diferentemente de
alguns pensamentos, Jesus também é visto pelos islâmicos como um profeta, mas sem a
importância de Maomé, já que acreditam que o fundador do Cristianismo “preparou
terreno” para a vida de Maomé, que se deu em 570 depois da morte de Cristo.

Para que o Islamismo seja praticado em sua plenitude, é necessário que os adeptos da
prática sigam os pilares essenciais da religião, que são os seguintes:

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Realizar orações cerca de cinco vezes ao dia;


Aceitar e recitar a crença, isso é, afirmar a sua posição de aceitação do
Islamismo;
Dar esmolas aos templos;
Realizar peregrinações e visitas a Meca, pelo menos, uma vez por ano (esse pilar
só é preciso fazer quem tiver disponibilidade financeira e/ gozar de boa saúde).
Ficar atento e seguir à risca o jejum no Ramadão.

É necessário salientar também que, assim como outras religiões, o Islamismo também
possui várias vertentes, cada uma com alguma característica que diferencie das demais,
mas sem desviar do foco principal, que a exaltação de Deus, Maomé e do Alcorão.

O Sufismo
O Sufismo é definido como uma vertente do Islamismo, considerada também como uma
corrente mística e que contempla o Islão. Os sufis, como são chamados aqueles que
praticam os preceitos do Islão procuram, em seus encontros, exaltar uma união direta e
bastante íntima com Deus, fazendo uso das práticas espirituais deixadas por Maomé, além
de orações e jejuns. Outros meios de exaltarem a religião é por meio de danças e canções,
cujas veracidades por parte da religião islâmica são alvo de contestação por alguns
praticantes da fé islâmica.

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Como já deve ser de conhecimento, o Islamismo é dividido em duas correntes principais,


que são o xiismo e o sunismo. O sufismo, por sua vez, tem incidência maior nos sunitas
do que nos xiitas.

Em um apanhado geral, o sufismo nada mais é do que uma ramificação do Islão, que tem
por objetivo tratar dos aspectos que estejam ligados à prática religiosa e a ética que a
envolve. Quando se fala em fatos internos, isso remete ao conhecimento dos variados
níveis da espiritualidade, deixando o coração, fator primordial da alma humana, por
último.

A história do sufismo é bastante antiga, onde se acredita que o mesmo teve até influencias
cristãs em seu processo. O seu nome se dá pelo prefixo “suf”, que, segundo alguns
estudiosos, significa “lã”, em árabe. Os pesquisadores descobriram também que os
moradores da região da atual Palestina e Síria utilizavam essas vestes como sinal de
humildade e simplicidade, no qual o produto originário das ovelhas também tinha
significados espirituais para os islâmicos.

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No entanto, não são todos os pesquisadores que partilham da mesma opinião. Alguns
acreditam que “Suf” tenha origem da palavra árabe “safa” que remete a um estado de
tranquilidade e pureza. Por mais que os estudos dos autores divergem entre sim, um
consenso entre eles é que sufixo tem ancestrais no Egito Antigo, já que o árabe é uma
mistura de línguas desse local que é um dos mais fascinantes em termos de antiguidade.
Entretanto, não se pode confundir o fato de que o Sufismo seja oriundo da cultura egípcia,
já que esse deve ser considerado como “atemporal”.

Em resumo, o sufismo tem se organizado em uma via de cunho espiritual da vertente


islâmica, sendo que esse caminho fora trilhado por todas as virtudes e coisas boas que o
indivíduo tenha semeado pela sua vida. Esse caminho é denominado pelos “Sufi” como
“dhirk”, que nada mais significa do que uma lembrança que remete a Deus.

O sufismo se iguala a tantas outras vertentes religiosas, mesmo as que não são islâmicas,
por causa do seu lado místico e espiritual, já que, em toda religião, é comum a presença
de tais vertentes que induzam o pensamento espiritual da pessoa, bem como o
entendimento de sua missão mística no planeta Terra. Até mesmo no Cristianismo, há
correntes espíritas que buscam unir os preceitos de Deus com as noções de reencarnação
e a aceitação da existência de vidas passadas.

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Fonte:http://religiao.culturamix.com/religioes/sufismo/

O LADO SINISTRO DO SUFISMO


27/05/2015 TIÃO CAZEIRO

Fonte/Source: The sinister side of Sufism |


IndiaFacts

O Lado Sinistro do Sufismo

Por Ram Ohri – IndiaFacts (Truth Be Told)

Durante séculos o credo e a sufi black and white


música Sufi vêm repercutindo
como grandes símbolos de
espiritualismo, promoção de paz
e harmonia entre os Hindus e os
Muçulmanos. O conceito
inteligentemente marketeado
da espiritualidade Sufi tem sido
inquestionavelmente aceito
como marca da unidade Hindu-
Muçulmana. Mas como acontece
com a maioria dos mitos, a
história se torna a primeira Dervixes Dançantes
vítima.

Por esse motivo, estudamos a história dos Sufis,


rastreamos a narrativa de sua vinda à Índia e
analisamos o seu explícito papel missionário em
promover conversões ao Islamismo
Islamismo.. Mais ainda
importante, é preciso avaliar: Como os Sufis se
comportaram diante dos assassinatos e
saqueamentos irresponsáveis por parte dos
invasores Muçulmanos? Será que se opuseram aos
assassinatos em massa sem sentido e tentaram
impedir os incessantes saqueamentos de templos
Hindus e das multidões inocentes? Será que os
Sufis se opuseram contra a captura de homens
indefesos e de mulheres como escravas e o uso
delas como objeto de prazer carnal? Estas são
algumas das questões que precisam ser
encontradas por todos os genuínos estudantes de
História Indiana.

Os Sufis Proeminentes na Índia

A maioria dos Sufis que chegaram à Índia vieram


acompanhando os exércitos invasores e
saqueadores Islâmicos ou seguiram na esteira das
extensas conquistas feitas pelos soldados do Islã.
Pelo menos os quatro seguintes Sufis famosos
acompanharam os exércitos Muçulmanos,
que repetidamente invadiram a Índia para atacar
os governantes Hindus, capturar seus reinos e suas
riquezas recorrendo aos extensos massacres
de cidadãos comuns.

Quase todos os mestres Sufis sufi 41


agiam como espectadores
silenciosos diante do caos
assassino e das espoliações
irresponsáveis dos templos e
cidades pelas hordas de
saqueadores através do
subcontinente. Aproveitando o
fato de que a população Hindu é
profundamente impregnada
de tradição espiritual e
misticismo, os Sufis usaram de
seu paradigma místico de cura Dervixes Dançantes
aplicando um tipo de bálsamo
nos cidadãos comuns derrotados, enlameados e
traumatizados com o intuito de convertê-los à
religião dos vitoriosos.

Os famosos Mestres Sufis a seguir, chegaram á


Índia junto com os exércitos invasores
Muçulmanos:

1. Khwaja Moinuddin Chishti de Ajmer


acompanhando o exército de Shihabuddin
Ghori finalmente se instalou em Ajmer no ano de
1233 d.C.
2. Khawaja Qutubuddin chegou a Delhi no ano de
1236 no comboio de Shihabuddin Ghori e daí por
diante se instalou para promover a causa do Islã.
3. Sheikh Faridudin chegou a Pattan (Paquistão) no
ano de 1265.
4. Sheikh Nizamuddin Auliya de Dargah Hazrat
Nizamuddin chegou a Delhi no ano de 1335
acompanhando o contingente de invasores
Muçulmanos.

Adicionalmente, o famoso Sufi Shihabuddin


Suhrawardy de Baghdad foi trazido à Índia para
conduzir o trabalho missionário de conversões
pelo Bahauddin Zakariya de Multan muitas
décadas depois do soberano Hindu ter sido
derrotado e seu reino jogado ao lixo depois dos
saques e da carnificina em grande escala.

Igual a todos os mestres Sufis, a sua maior função


era aplicar o bálsamo da harmonia espiritual na
população Hindu traumatizada e daí por diante,
gradualmente, persuadir todos a se converterem
ao Islã. Nem um único Sufi, os tão chamados
místicos santos, se opôs a insana carnificina e as
espoliações irresponsáveis, ou a destruição dos
templos
templos,, aliás, nem à escravidão vampiresca dos
tão chamados ‘infiéis’, homens e mulheres à venda
nos bazares de Ghazni e Baghdad. Operando nas
linhas secundárias do espiritualismo, inclusive com
participação nos detalhes relativos à praticidade
da governança, ajudaram os soberanos
Muçulmanos a consolidarem a autoridade no país
arrasado. E, de forma significativa, a participação
deles nos assuntos de Estado não dependia se os
soberanos Muçulmanos atuavam de forma justa ou
inclusive de maneira imparcial. Ao contrário, os
Sufis invariavelmente tentavam ajudar os Sultões a
seguirem os caminhos mostrados pelo Profeta e
a Sharia.

Os Sufis eram praticantes Muçulmanos e não


Seculares

Outro importante objetivo da images (22)


pregação espiritual e mística dos
Mestres Sufis foi o de aparar as
arestas da resistência Hindu para
impedi-los de se armarem para
defender seus lares, sua terra
natal e sua fé. Os Sufis fizeram
isso através de uma fachada de
paz e harmonia religiosa. Os
Sufis Nagashbandi tiveram uma
relação muito próxima
com Jahangir e Aurangzeb. O
famoso Santo Sufi de
Punjab, Ahmad Sirhindi (Mujadid) da ordem
Naqashbandi (1564-1634) considerou que a
execução do líder Sikh Guru Arjun Dev pelo
Jehangir foi uma grande vitória Islâmica. Ele
acreditava e abertamente proclamava que o Islã e
o Hinduísmo eram incompatíveis um com o outro e,
portanto não podiam coexistir. Mesmo o Chishti
Sufi, Miyan Mir, que foi amigo do Guru Arjun Dev
mais tarde virou as costas ao Sikh Guru quando o
último foi prezo pelo Jahangir e enviado à
execução.

É preciso lembrar que o grande mestre Sufi do


século XI
XI,, Al Qushairi (1072 d.C.) tinha claramente
declarado que não havia discórdia entre os
objetivos do Sufi ‘hagiga’ e os objetivos da Sharia.
A definição dada pelo Al Hujwiri deveria ser
suficiente para reprimir qualquer dúvida sobre o
comprometimento dos Sufis quanto à defesa da
supremacia da fé Islâmica sobre todas as religiões.

quran Este dogma tem sido a


componente chave da filosofia do
Sufismo não somente na Índia,
mas através do mundo – da Índia a
Hispania (i.e., Espanha). Al
Hujwiri
Hujwiriestabeleceu
estabeleceu a Regra de
Ouro a fim de que as palavras
“ não existe Deus salve Alá
Alá”” seja a
Verdade definitiva e as palavras
“ Muhammad é o Apóstolo de Alá Alá””
seja a Lei indisputável para todos
os Sufis. Em outras palavras,
Sufismo e Ulemá representam
dois mesmíssimos aspectos da fé Islâmica, os quais
são universalmente aceitos e obedecidos por
todos os Muçulmanos.

O renomado mestre Sufi do século IX, Al Junaid,


também conhecido como “O Sheik do Caminho”, e
muito reverenciado como ancestral espiritual da fé
Sufi, tinha proclamado categoricamente que para
os Sufis ““Todos
Todos os caminhos místicos estão
proibidos, exceto aquele que segue as pegadas do
Mensageiro (i.e., Profeta Muhammad
(Maomé) [Fonte: Martin Lings, What is
Sufism
Sufism,, George Allen & Unwin Ltd, London, 1975,
p.101].

Sufis e a Lei Muçulmana

Recomendado por Reynold A. Nicholson no


Prefácio do famoso tomo, ‘ Kashaf al Mahjub’ (Taj &
Co, Delhi, 1982). “ Nenhum Sufi, mesmo aquele que
obteve o grau máximo de santidade, está isento da
obrigação de obedecer à lei religiosa ”.

De fato, o famoso tomo, ‘‘Kashaf


Kashaf al Mahjub’ escrito
por Ali bin Al-Hujwiri, que também era conhecido
como Data Ganj Baksh, era muito considerado
como a gramática do pensamento e prática Sufi. A
maioria dos Sufis tem invariavelmente esboçado o
conteúdo desse tratado para a pregação do
pensamento Sufi (também conhecido como Sufi
sisals). Como já relatado, a página 140 do Kashaf al
Mahjub Al Hujwiri espalhafatosamente proclama
as palavras ““não
não existe deus salve Alá para que
seja a Verdade definitiva e as palavras Muhammad
é o Apóstolo de Alá
Alá””

A visão Sufi do Hinduismo

ganesh-520x250 K.A. Nizami no seu celebrado


livro, Life and Times of Shaikh
Nizamuddin Auliya (Idarah-I
Adabiyat-i-Delhi, Delhi) declarou
que Aluliya abertamente
costumava dizer que “o que o
ulemá procura alcançar através
do discurso, nós alcançamos com
o nosso comportamento”.

Auliya era um fiel firme que


buscava a obediência
Lord Ganesha – O Senhor dos inquestionável de todo
Bons Inícios Muçulmano, de todo Sufi, às
ordens do ulemá. De acordo com
K.A. Nizami, outro santo Sufi Jamal Qiwamu`d-din
escreveu que apesar de ter se associado com o
Shaikh Nizamuddin Auliya durante anos, “nunca o
vi faltar uma única sunnat…”.

A autoridade muito conhecida no Sufismo, S.A.A.


Rizvi registrou em seu livro, ‘ A History of Sufism in
India’ que Nizamuddin Auliya costuma, sem
hesitar, aceitar presentes enormes dado a ele pelo
Khusraw Barwar o qual implicava que Auliya não se
preocupava com a origem do presente, portanto
que fosse pago em dinheiro. Ainda, Auliya
costumava pregar que o infiel é o habitante fadado
ao Inferno. No seu Khutba, não deixava ninguém
ter duvidas que Allah tinha criado o Paraíso para
os Crentes e o Inferno para os infiéis ““aa fim de
reembolsar os ímpios por aquilo que fizeram
fizeram”.”.

Isso foi categoricamente apresentado na página


161 do famoso tratado, Fawaid al-Fuad , traduzido
por Bruce B. Lawrence (Paulist Press, New York,
1992); que Auliya confirmou à autoridade do
grande jurista Islâmico, Imã Abu Hanifa, que a
perdição dos infiéis é certa e o Inferno a única
morada, mesmo que reconheçam e confessem total
lealdade à Alá no Dia do Julgamento.

Sufis contra Hindus

No tratado mencionado acima sobre a


filosofia Sufi, Fuwaid al-Fuad, foi citado um
caso muito interessante de escravatura de
Kaffir Hindus para ganhos monetários, o
qual mostra outro Sufi, Shayakh Ali Sijzi
Sijzi,,
fornecendo assistência financeira a um dos
dervishes para que pudesse participar de
um lucrativo mercado de escravos. Ele
Lord Ganesha – Deus aconselhou ao dervixe que levasse “os
escravos para Ghazni, onde o potencial de
primordial cujo
lucro ainda continua grande”. E isso foi
ॐ) é o
mantra Om ((ॐ
confirmado pelo Nizamuddin Auliya que “o
mais importante do
Dervixe obedecia”. Obviamente que, daí
hinduísmo
por diante, nem a ética espiritual ou a
justiça para todos, incluindo os infiéis, será
o ponto forte dos santos Sufis.

Se a pregação com base nas narrativas e atos


de Khwaja Moinuddin Chishti em Ajmer for
considerada como indicação de sua filosofia
religiosa e feito, ele emerge como um mestre Sufi
que nutriu um profundo ódio contra os infiéis
Hindus e demonstrou extremo desprezo pelas suas
crenças religiosas.

Como elaborado por S.S.A. Rizvi em ‘ A History of


Sufism in India , Vol. 1 (Munshiram Manoharlal,
1978, p. 117); existe uma referencia no
livro, Jawahar-i- Faridi , sobre o fato de que,
quando Moinuddin Chishti chegou próximo do
Lago Annasagar em Ajmer , onde foi localizado um
número de santuários Hindus , ele matou uma vaca
e cozinhou um kebab na sagrada praça rodeada por
vários templos.

Além disso, reivindicou no Jawahar-i-


Faridi que Khwaja havia secado dois lagos
sagrados
sagrados,, Annasagar e Pansela, com o calor mágico
do poder espiritual Islâmico. Ele inclusive afirmou
ter feito a imagem de um templo Hindu próximo
a Annasagar recitar o Kalma. Khwaja tinha um
desejo ardente de destruir o Estado do
bravo Rajput Kind, Prithiviraj Chauhan, tanto assim
que atribui a vitoria de Muhammad Ghori na
batalha de Taraint inteiramente a sua própria
proeza espiritual e declarou que “Nós capturamos
Pithaura viva e o entregamos ao exercito do Islã.”
[Fonte: Siyar`l Auliya, citado por Rizvi na página
116 de ‘ A History of Sufism in India ’].

Os Sufis e o Patrocínio de Soberanos Muçulmanos

Durante todo o prolongado domínio Muçulmano na


Índia, todos os Sufis apreciaram a confiança
completa, os favores da Realeza e o patrocino dos
cruéis soberanos Muçulmanos. Embora
estupidamente aceito como ““secular
secular”” pela maioria
dos Hindus que buscava consolo espiritual depois
de terem sido combatidos, machucados e
marginalizados, quase todos os santos Sufis
dogmaticamente seguiram os mandamentos
contidos no Quran, no Hadith e na Sharia.

Historiadores registraram que muitos Sufis


acompanhavam os exércitos Muçulmanos invasores
para usarem seus poderes espirituais em prol das
conquistas do Islã. Nenhum deles levantou sequer
um único dedo; nenhum santo Sufi se levantou
para proibir o assassinato de inocentes; nem
questionaram a imposição da Jizya (imposto de
“proteção”) pelos soberanos Muçulmanos. De fato,
a maioria deles guiou os soberanos Muçulmanos
para que levassem adiante suas conquistas
missionárias e conversões, avançando as
campanhas de saqueamentos de riquezas sobre
os Hindus, das quais muitos Sufis voluntariamente
tomaram parte.

Sufis não eram pro-Hindu

Isso foi quase um tabu para os Sufis, os tão


chamados santos, aceitar um Hindu ascendendo ao
trono de qualquer reinado durante os tempos
áureos dos soberanos Muçulmanos. Em um
exemplo narrado por S.A.A. Rizvi página 37, do seu
bem pesquisado livro, The Wonder That Was
India ((Vol.II
Vol.II,, Rupa & Co, 1993, New Delhi);
menciona que quando o poderoso guerreiro
Benali, King Ganesha, conquistou o poder em
Bengali durante o ano de 1415 A.D., Ibrahim Shah
Sharqi atacou o seu reino a pedido do indignado
ulemá e de inúmeros Sufis de Bengal. Durante a
luta que se seguiu, o líder Sufi de Bengal, Nur
Qutb-i-Alam, intercedeu e garantiu um acordo
político para beneficiar a comunidade Muçulmana
e satisfazer os Sufis.

Sob terrível ameaça, king Gabesha foi forçado a


abdicar de seu trono em favor do seu filho de 12
anos, Jadu, que tinha se convertido ao Islã e
proclamado como Sultão Jalaluddin – para
satisfação dos mestres Sufis. Similarmente, o
Sultão Ahmed Shah de Gujarat (1411-42), embora
praticante da filosofia Sufi, foi um iconoclasta duro
de matar e que tinha prazer em destruir templos,
como registrado no mesmo tomo, por S.A.A. Rizvi.
O Sultão também costumava forçar os chefes
Rajput a casar suas filhas com ele para que assim
pudessem se tornar párias em sua própria
comunidade. E no jogo final do Sultão poderia
muito bem ser que, talvez, alguns dos párias
pudessem então optar por se tornarem
Muçulmanos.

shiva-statue1 Lamentavelmente, devido à


incansável colonização da mente
Hindu durante 1.000 anos de
longo e opressivo domínio
Muçulmano, a população Hindu
até os dias de hoje falha ao
reconhecer que a tão chamada
filosofia Sufi de harmonia
religiosa é uma rua de mão
única. A tendência dos Hindus
de orar em túmulos e dargahs foi
alimentada pela forte corrente
Lord Shiva: Deus da Renovação, subterrânea de crença
Artes e Danças… no espiritualismo entre a
população Hindu, mesmo nas
classes educadas. Este é o ponto crucial da
questão. Profundamente mergulhados nas crenças
tradicionais da espiritualidade e do misticismo
misticismo,, os
Hindus desenvolveram o costume de visitar darghs
e continuam rezando nas tumbas dos
Sufis. Contudo, nenhum Muçulmano ou Sufi,
alguma vez concordou em cultuar um templo
Hindu, nem mesmo fazer uma reverencia perante
as imagens dos Deuses ou Deusas Hindus. Para ele,
seria um sacrilégio grosseiro, além de uma
inaceitável violação dos dogmas do Sufismo.

Essa é a verdade sobre os santos Sufis


e sua “filosofia” de harmonia inter-
religiosa.

Tradução: Sebastian Cazeiro

Fonte:https://tiaocazeiro.wordpress.com/2015/05/27/o-lado-sinistro-do-sufismo/

DIVERGÊNCIAS E INTERPRETAÇÃO DO SUFISMO À LUZ DO


ISLAMISMO

SUFISMO (PARTE 1 DE 2)

Descrição: Um breve olhar em como o Sufismo difere e contradiz os ensinamentos do Islã.


Essa primeira parte define Sufismo, menciona suas origens e como difere do Islã no
conceito de crença em Deus, crença no Profeta Muhammad (que as bênçãos e
misericórdia de Deus estejam sobre ele) e crença no Paraíso e Inferno.

Introdução
Através de um documentário na TV ou um site belamente
projetado, a maioria das pessoas já ouviu algo sobre “sufis” e
“Sufismo”; programas na TV têm divulgado, anfitriões de
programas de entrevista fazem menção a eles e políticos
passaram a ter um forte interesse nesse grupo... basta apenas
digitar a palavra “sufi” em qualquer programa de busca para ser
soterrado com vídeos e fotos disponíveis. No espaço
cibernético podem-se ver imagens e vídeos de místicos e
anciões sufis dançando em formas rítmicas ao som de melodias
vibrantes. Imagens perturbadoras de anciões místicos sufis
furando suas cabeças com facas ou se submetendo a várias
formas de tortura são muito comuns também. Uma pessoa
interessada no Islã pode ter uma idéia errada sobre o Islã e os
muçulmanos, porque para o ocidente “sufis” e “Sufismo” é
apenas um sinônimo de Islã e muçulmano.
A pergunta que surge é se eles são realmente muçulmanos e se
estão praticando o Islã. Antes de continuar tenho que
mencionar que existem muitos sites, artigos e livros que foram
escritos e compilados, mas a maioria fala sobre Sufismo de
forma emotiva, dando a impressão que são imparciais. Nessa
humilde empreitada tento escrever sobre “Sufismo” de maneira
informativa, longe de qualquer preconceito.
Embora sejam somente uma pequena minoria, sufis podem ser
encontrados em muitos países, islâmicos e não-islâmicos. Mas
contrário à crença de que o Sufismo é um “grupo”, o sufismo é
dividido em “ordens”; cada um difere da outra em termos de
crença e prática. Alguns grupos são maiores que outros e
alguns grupos acabaram com a passagem do tempo. Entre os
grupos sobreviventes hoje existe a ordem Tijani, a ordem
Naqshabandi, a ordem Cadirita e a ordem Chatili.
Origem do Sufismo
Em sua forma inicial os ensinamentos do Sufismo salientavam
que um indivíduo deve dar mais ênfase aos aspectos espirituais
do Islã, como resultado de muitos perderem de vista esse
grande objetivo do Islã. Depois de um período de tempo,
entretanto, anciões infames sufis introduziram práticas
estranhas ao Islã que foram bem recebidas por seus
seguidores. Práticas introduzidas incluíam dançar, tocar
música e até consumir haxixe.
O sábio Ibn al-Jawzi escreveu em seu livro ‘Talbis Iblis’ sobre a
origem do nome usado por esse grupo, dizendo: “São
chamados por esse nome em referência a primeira pessoa que
dedicou sua vida à adoração ao redor da Caaba, cujo nome era
Sufah.”
De acordo com isso, aqueles que queriam imitá-lo se chamavam
“sufis”.
Ibn al-Jawzi também menciona outra razão: “usavam roupas
feitas de lã.” Lã em árabe é chamado “soof” e roupas de lã eram
o sinal de um asceta naquela época, uma vez que a lã era a
forma mais barata de vestimenta e era muito áspera sobre a
pele; em resumo, era um símbolo de ascetismo. Em qualquer
caso, a palavra sufi não estava presente na época do Profeta
Muhammad e seus companheiros e apareceu pela primeira vez
por volta do ano 200 da Hégira (200 anos depois da migração do
Profeta de Meca para Medina).
Ibn Taymiyyah, o sábio bem conhecido, menciona que o
primeiro surgimento do Sufismo foi em Basrah, no Iraque, onde
algumas pessoas foram a extremos na adoração e no
afastamento da vida mundana, como não era visto em outras
terras.[1]
Então, o que é Sufismo?
O Sufismo é uma série de conceitos e práticas que passam pela
pobreza, reclusão, ilusão, privação da alma, cantar e dançar; e é
baseado em uma mistura de muitas religiões e filosofias
diferentes, como a filosofia grega, Zoroastrismo, Budismo,
Hinduísmo e também no Islã. Frequentemente os próprios sufis
ou os orientalistas se referem ao Sufismo como o “misticismo
islâmico”, para dar a impressão de que o Islã é no todo ou em
parte uma religião dogmática com um conjunto de rituais sem
sentido. A própria natureza do Sufismo (ou Tasawwuf) se opõe
ao que um muçulmano deve acreditar, o que será explicado
mais adiante quando eu fizer menção às crenças sufis em geral.
Características de um Muçulmano
Um muçulmano sempre recorre ao Alcorão e às narrações do
Profeta Muhammad, que as bênçãos e misericórdia de Deus
estejam sobre ele, chamada Sunnah, em questões de religião.
Deus nos diz no Alcorão:

“Não é dado ao crente, nem à crente, agir conforme seu arbítrio,


quando Deus e Seu Mensageiro é que decidem o assunto. Sabei
que quem desobedecer a Deus e ao Seu Mensageiro desviar-se á
evidentemente.” (Alcorão 33:36)
O Profeta Muhammad enfatizou a importância de seguir o
Alcorão e a Sunnah e o perigo de introduzir quaisquer
inovações no Islã. É sabido que o Profeta disse: “Aquele que
fizer um ato que não está de acordo com meus comandos (ou
seja, a Lei Islâmica), deve ser rejeitado.” (Saheeh Muslim)
Ibn Mas’ood (um companheiro do profeta), que Deus esteja
satisfeito com ele, disse:
“O Mensageiro de Deus, que as bênçãos e misericórdia de Deus
estejam sobre ele, fez uma linha reta no chão com sua mão e
então disse: “Este é a senda reta de Deus.” Depois ele fez uma
linha curta de cada lado da linha reta e então disse: “Em cada
uma dessas linhas curtas existe um demônio convidando as
pessoas para elas.” Então ele recitou o versículo do Alcorão:

“Esta é a Minha senda reta. Segui-a e não sigais as demais, para


que estas não vos desviem da Minha senda.” (Alcorão 6:153)
Saheeh: relatado por Ahmad e an-Nasaae’e.
Um muçulmano, portanto, deve obedecer a Deus e Seu
Mensageiro. Esta é a autoridade mais alta no Islã. Não se deve
seguir cegamente líderes religiosos; ao contrário, como
humanos devemos usar as faculdades que nos foi dada por
Deus, para pensar e raciocinar. O Sufismo, por outro lado, é
uma ordem que retira da pessoa o livre pensar e o critério
pessoal e a coloca a mercê do sheik da ordem... como foi dito
por alguns anciões sufis, “deve-se comportar com seu sheik
como uma pessoa morta se comporta ao ser lavada”, ou seja,
não deve argumentar nem se opor à opinião do sheik, e deve
demonstrar obediência e submissão totais a ele.
Verdadeiros muçulmanos estão satisfeitos com o nome
“muçulmano” dado a eles por Deus Todo-Poderoso, como Ele
diz:

“E não vos impôs dificuldade alguma na religião, porque é o credo


de vosso pai, Abraão. Ele vos denominou muçulmanos, antes (nas
escrituras sagradas anteriores) e neste livro (Alcorão)...” (Alcorão
22:78)
Os sufis podem insistir que são muçulmanos, mas ao mesmo
tempo alguns insistem em se identificarem como sufis ao invés
de como muçulmanos.
Crenças Islâmicas em um Relance: Crença em Deus
Resumidamente, um muçulmano acredita na unicidade de Deus.
Ele não tem parceiros e nada e ninguém é semelhante a Ele.
Deus, Todo-Poderoso, diz:

“Nada é igual a Ele[2], e Ele é Ouniouvinte, Onividente.” (Alcorão


42:11)
Deus é separado de Sua criação e não uma parte dela. Ele é o
Criador e tudo o mais é Sua criação.
Os sufis têm uma variedade de crenças em relação a Deus,
Todo-Poderoso; entre essas crenças estão as seguintes:
a) Al-Hulool: Essa crença denota que Deus, Todo-Poderoso,
habita em Sua criação.
b) Al-It’tihaad: Essa crença denota que Deus, Todo-
Poderoso, e a criação são uma presença única, unida.
c) Wahdatul-Wujood: Essa crença denota que não se deve
diferenciar entre o Criador e a criação, porque ambos,
Criador e criação, são uma entidade.
Mansur al-Hallaaj, uma figura muito reverenciada pelos sufis,
disse: “Sou Aquele a Quem amo”, exclamou, “Aquele a Quem
amo sou eu; somos duas almas que coabitam um corpo. Se
você vir a mim, O verá e se O ver verá a mim.”[3]
Muhiyddin Ibn Arabi, outra figura reverenciadas no Sufismo, foi
infame por suas declarações: “O que está sob minha vestimenta
não é nada, exceto Deus,” “O servo é o Senhor e o Senhor é um
servo.”[4]
Essas crenças acima contradizem fortemente a crença islâmica
na unicidade de Deus, porque o Islã é um estrito monoteísmo.
Essas doutrinas cardinais sufis não estão distantes de algumas
das crenças cristãs ou da crença hindu de reencarnação. S.R.
Sharda em seu livro “Sufi Thought” (Pensamento Sufi) disse: “A
literatura sufi do período pós-Tamerlão mostra uma mudança
significativa na essência de pensamento. É panteísta. Depois
da queda do poder da ortodoxia muçulmana no centro da Índia
por aproximadamente um século, devido à invasão de Tamerlão,
o Sufismo ficou livre do controle da ortodoxia muçulmana e se
associou com santos hindus, que os influenciaram a uma
extensão surpreendente. Os sufis adotaram o monismo, a
devoção extremada e práticas Bhakti e iogues da escola
vedântica Vaishnava. Naquela época a popularidade do
panteísmo vedântico entre os sufis alcançou seu apogeu.”
Crença no Profeta de Deus
Um muçulmano acredita que o Profeta Muhammad foi o profeta
final e mensageiro de Deus. Não era divino e não é para ser
adorado, mas é para ser obedecido. Não se pode adorar Deus
exceto da forma que foi sancionada pelo Profeta Muhammad,
que as bênçãos e misericórdia de Deus estejam sobre ele.
As ordens sufis adotam uma ampla variedade de crenças em
relação ao Profeta Muhammad, que as bênçãos e misericórdia
de Deus estejam sobre ele. Entre eles existem os que crêem
que ele ignorava o conhecimento que os anciões sufis
possuem. Al-Bustami, um sheik sufi, disse: “Entramos em um
mar de conhecimento na margem em que os profetas e
mensageiros pararam.”
Outros sufis atribuem algum tipo de divindade ao Profeta, que
as bênçãos e misericórdia de Deus estejam sobre ele, dizendo
que toda a criação foi criada da “luz” do Profeta Muhammad.
Alguns até acreditam que ele foi a primeira criação e que está
descansando sobre o trono de Deus, que é a crença de Ibn
Arabi e outros sufis que vieram depois dele.
Crença no Paraíso e Inferno
De forma resumida, os muçulmanos acreditam que o Inferno e
Paraíso existem agora e são duas moradas reais. O Inferno é
onde uma pessoa pecadora será punida e o Paraíso é onde uma
pessoa piedosa será recompensada.
Os sufis em geral acreditam que ninguém deve pedir a Deus que
lhes garanta o Paraíso; até alegam que o Wali (guardião) não
deve buscar o Paraíso, porque é um sinal de falta de intelecto.
Para eles “Paraíso” tem um significado imaterial, que é o de
receber o conhecimento do oculto de Deus e se apaixonar por
Ele.
Quanto ao Inferno, os sufis acreditam que ninguém deve tentar
escapar dele. De acordo com eles, um verdadeiro sufi não deve
temer o Fogo. Alguns até acreditam que se um ancião sufi
cuspir sobre o Fogo ele será apagado, como Abu Yazid al-
Bustami alegou.
Fonte:https://www.islamreligion.com/pt/articles/1388/sufismo-
parte-1-de-2/

SUFISMO (PARTE 2 DE 2)

Descrição: Alguns princípios do Sufismo, o papel do “sheik”, A Aliança, “Dhikr” e a


posição do Sufismo sobre a interpretação do Alcorão; tudo contradizendo fortemente os
ensinamentos do Islã.

Princípios do Sufismo

“Submissão total e voluntária ao sheik” é provavelmente o lema do Sufismo. Em um


relance, é claro que um laço especial e completo é formado entre o líder da ordem
sufi (o “sheik”) e o murid (seguidor); o entendimento dos princípios do Sufismo
reside no entendimento de sua estrutura básica. Sobre o que ele é?

Basicamente o seguidor faz um voto de aliança no qual se compromete a obedecer ao


sheik e, por sua vez, o sheik promete livrar o seguidor de todo problema ou
calamidade que recair sobre ele. O sheik também oferece ao seguidor sincero
benefícios adicionais lucrativos. Uma vez que o seguidor concorde, ele é abençoado
e lhe é designado um conjunto de Dhikr (cânticos). O seguidor também deve viver
sua vida de uma maneira especificada pela ordem sufi. Se surgir um conflito entre
seus deveres com a ordem e seus deveres externos, o seguidor deve agir de acordo
com as instruções do sheik. Dessa forma, o controle do sheik sobre o seguidor se
torna absoluto.

De todas as maneiras o seguidor é separado do mundo exterior e é explorado de


várias formas. Como muçulmanos acreditamos que nenhum humano tem um poder
ou habilidade especial para nos livrar das calamidades do túmulo ou da Vida Eterna.
Cada um de nós se apresentará perante Deus e será julgado individualmente.

Deus nos diz:

“Nenhuma alma receberá outra recompensa que não for a merecida, e nenhuma pecador
arcará cm culpas alheias.” (Alcorão 6:164)

Também acreditamos que como muçulmanos não devemos nos submeter ou entregar
a ninguém além de Deus, Todo-Poderoso. Além do Criador, tudo o mais está sujeito a
cometer erros. O Profeta, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele,
afirmou:

“Todo filho de Adão comete erros e o melhor deles é aquele que se arrepende.” (Tirmidthi)

O Sheik
Ele é a “autoridade suprema”, o líder de distribuição de “tarefas” dentro da ordem e
dá a cada um dos seguidores seu Dhikhr necessário. É a esse indivíduo que o
seguidor promete obediência total e plena; consequentemente, as duas leis
universais do elo sheik-seguidor entrarão em efeito:

a. O seguidor não deve nunca argumentar com o sheik, nem pedir a ele uma prova
em relação aos atos que ele faz.

b. Quem quer que se oponha ao sheik terá quebrado a “aliança” e fica assim
privado de todos os benefícios adicionais oferecidos pelo sheik, mesmo se for um
amigo próximo dele.

Como muçulmanos acreditamos que todos os atos de adoração são “Tawqeefiyah”,


ou seja, não é sujeito a opinião; então devem ser substanciados com evidências
textuais que são autênticas e decisivas. Deus, Todo-Poderoso, nos diz:

“Mostrai vossa prova se estiverdes certos.” (Alcorão 2:111)

Acreditamos que não existe intermediário entre Deus e Seus servos. Dirigimos-nos a
Ele diretamente. Deus nos diz:

“E o vosso Senhor disse: Invocai-Me, que vos atenderei! Em verdade, aqueles que se
ensoberbecerem, ao Me invocarem, entrarão, humilhados, no inferno.” (Alcorão 40:60)

No Sufismo considera-se o sheik como “o homem inspirado para cujos olhos os


mistérios do oculto foram desvelados, porque os sheiks vêem com a luz de Deus e
sabem quais pensamentos e confusões estão nos corações dos homens. Nada lhes
pode ser ocultado.” [1] Ibn Arabi alegou que costumava receber revelação direta de
Deus, semelhante à forma como o Profeta fazia, e suas palavras foram citadas:
“Alguns trabalhos que escrevi no comando de Deus me foram enviados durante o
sono ou através de revelações místicas.” M. Ibn Arabi, “The Bezels of Wisdom,” pp.3

Acreditamos que o conhecimento do oculto é restrito somente a Deus. Quem quer


que reivindique o conhecimento do oculto, mente. Deus nos diz:

“Haverá alguém mais iníquo do que quem forja mentiras acerca de Deus, ou do que quem
diz: Sou inspirado!, quando nada lhe foi inspirado?” (Alcorão 6:93)

O Profeta, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, afirmou:

“Não forjem mentiras contra mim, porque aquele que o faz entra no Inferno.” (Saheeh
Muslim)

A Aliança
Essa é uma cerimônia interessante que, de longe, é o princípio mais importante do
Sufismo já que é comum entre todas as ordens sufis. Aqui o sheik e o seguidor dão
as mãos e fecham seus olhos em meditação solene. O seguidor espontaneamente e
de todo coração promete respeitar o sheik como seu líder e guia para o caminho de
Deus. Ele também promete aderir aos rituais da ordem ao longo de sua vida e nunca
se afastar dela. Junto com isso o seguidor promete fidelidade completa e
incondicional, obediência e lealdade ao sheik. Depois disso o sheik recita:

“Em verdade, aqueles que te juram fidelidade, juram fidelidade a Deus.” (Alcorão 48:10)

Então é dado ao seguidor seu Dhikr específico. O sheik pergunta ao seguidor:


“Aceitou-me como seu sheik e guia espiritual perante Deus, Todo Poderoso?” Em
resposta, o seguidor deve dizer “aceitei” e o sheik responde dizendo “nós
aceitamos.” Ambos recitam o Testemunho de Fé e a cerimônia termina com o
seguidor beijando a mão do sheik.

A cerimônia inteira era desconhecida durante a vida do Profeta e as três melhores


gerações que o sucederam. O Profeta, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam
sobre ele, afirmou:

“Quem quer que viva depois de mim verá muitas diferenças (ou seja, inovações
religiosas); então se apeguem a minha Sunnah e à Sunnah dos meus Califas Bem
Guiados.” (Abu Dawood)

O Profeta, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, também afirmou:

“Em verdade, o melhor dos discursos é o Livro de Deus e a melhor das orientações é a
orientação do Profeta Muhammad e o mal de todos os assuntos religiosos são as
inovações. Toda inovação (em religião) é uma bidah e cada bidah é desorientação, e toda
desorientação levará ao Inferno.” (Saheeh Muslim)

O imame Malik, que Allah lhe conceda Sua Misericórdia, disse: “Aquele que introduz
uma inovação na religião do Islã e a considera uma coisa boa de fato alega que
Muhammad traiu (a confiança de transmitir) a Mensagem Divina.”

O Dhikr
Também é conhecido como o “Wird” e no Sufismo é a prática de repetir o nome de
Deus e a repetição de um número estabelecido de invocações. Essas invocações
podem incluir suplicar aos mortos ou buscar a ajuda de outros além de Deus para
necessidades que somente Deus Todo-Poderoso pode conceder.

Ahmad at-Tijani, um ancião sufi, alegou que o wird era realizado pelo Profeta
Muhammad, mas que ele não o ensinou a nenhum de seus Companheiros. At-Tijani
alegou que o Profeta sabia que chegaria uma época em que o wird seria tornado
público, mas a pessoa que faria isso ainda não existia. Como consequência, os sufis
acreditam que existe uma cadeia de transmissão em andamento entre o Profeta
Muhammad e seu sheik atual.

O Dhikr é categorizado pelos anciões sufis em três categorias:

A. Dhikr do homem comum, em que repetem ‘La ilaaha ill-Allah Muhammad-ur-


Rasoolullah’ (ou seja, não existe outra divindade merecedora de adoração exceto
Allah e Muhammad é o servo de Deus.)

B. Dhikr da alta classe, que é repetir o nome de Deus, “Allah”.

C. Dhikr da elite, que é repetir o pronome divino “Hu” (ou seja, Ele).

Às vezes o Dhikr é cantado em hinos melódicos com os olhos fechados, música rica
pode ser tocada (para alguns isso é essencial); além disso alguns dançam perante o
sheik enquanto recitam o Dhikr. Muitas vezes o Dhikr inclui politeísmo notório (o
maior pecado no Islã). Deus nos diz:

“Já te foi revelado, assim como aos teus antepassados: Se idolatrares, certamente tornar-
se-á sem efeito a tua obra, e te contarás entre os desventurados.” (Alcorão 39:65)

Interpretação do Alcorão
No Sufismo estudar a exegese do Alcorão ou ponderar sobre os significados de seus
versículos é desencorajado e, às vezes, até proibido. Os sufis alegam que todo
versículo do Alcorão tem um significado manifesto e um significado interior. O
significado interior é conhecido somente pelos anciões sufis. Com base nisso os
sufis introduziram conceitos e palavras que são totalmente estranhos aos
ensinamentos do Islã.

No Alcorão, Deus Todo-Poderoso nos encoraja a entender corretamente Suas


palavras. Deus nos diz:

“(Eis) um Livro Bendito, que te revelamos, para que os sensatos recordem os seus
versículos e neles meditem.” (Alcorão 38:29)

A exegese do Alcorão é realizada pelo estudo do Alcorão junto com a Sunnah; essas
duas fontes da lei islâmica devem ser consideradas uma unidade integral.
Compreendemos e interpretamos o Alcorão e a Sunnah da forma que foram
compreendidos pelas primeiras gerações.

Conclusão
Como pode ser visto do que foi mencionado acima, o Sufismo difere de forma muito
drástica do verdadeiro espírito do Islã. O Sufismo inculca no seguidor a vontade de
parar de usar as faculdades básicas dadas a ele por Deus, o Criador do mundo, e a se
submeter a uma forma de escravidão.

O Islã, por outro lado, é muito simples; não há necessidade de intermediários ou


quaisquer santos entre o homem e Deus e só se deve submeter e entregar a Deus,
Todo-Poderoso.

Fonte:

//www.islamreligion.com/pt/articles/1389/sufismo-parte-2-de-2/

FOOTNOTES:

[1]
Al-Fataawaa (11/6)
[2]
Não existe qualquer semelhança entre o Criador e Sua criação em essência, em
atributos ou ações.
[3]
At-Tawaaseen de Al-Hallaj
[4]
Al-Fatoohaatul-Makkiyyah & Al-Fatoohaat
[1]
Saif an-Nasr, Seera of Hamidiyyeh, 1956

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