Professional Documents
Culture Documents
A Dança de Shiva e Shakti: o Resgate Do Sagrado Feminino e A Integração Dos Opostos Na Busca Pelo Si-Mesmo - Uma Análise Mítica e Arquetípica
A Dança de Shiva e Shakti: o Resgate Do Sagrado Feminino e A Integração Dos Opostos Na Busca Pelo Si-Mesmo - Uma Análise Mítica e Arquetípica
CURSO DE PSICOLOGIA
BEBEDOURO
NOV/2018
RODRIGO AQUILINI DE BARROS
BEBEDOURO
NOV/2018
Dedico este trabalho aos deuses de minha fé, ao Grande Mistério
Shivaya e à toda energia feminina e suas manifestações, e à todas as
mulheres que sofreram e morreram por causa do patriarcado.
Dedico à minha mãe Carla Caldana Aquilini, por me trazer a vida e por
me apoiar durante o curso.
Dedico à minha amiga Maria Emília, por ser uma irmã, e com quem
sempre pude e sei que posso contar.
Dedico à Marise Lima Muniz, por ser a primeira pessoa completa que
conheci, por me mostrar o verdadeiro significado de “Conhece-te a ti mesmo”,
e ter me ensinado que todas as respostas estão dentro de mim.
Este trabalho visa explicitar as raízes das angústias sofridas hoje pelas mulheres em
relação à desigualdade de gêneros e de direitos, buscando historicamente e
socialmente encontrar possíveis causas do machismo e da era patriarcal, à luz da
abordagem psicológica de Carl Gustav Jung. Neste trabalho foi realizada uma
pesquisa bibliográfica para explicitar as estatísticas à respeito da violência de gênero
no Brasil, e tentar entender as raízes da violência, que foram feitas à base da teoria
arquetípica para compreender não só o momento histórico que vivia o homem, mas
as influências da psique coletiva na dominação do homem sobre a mulher. Através
dos mitos e dos ciclos da natureza, é possível encontrar parentesco com o que o
homem vive culturalmente e com seus ciclos internos e, através deles, mostra-se
possível encontrar o que alguns estudiosos e historiadores chamam de “era da
deusa”, pertinente a um passado e de possível manifestação no futuro no qual o
homem, em superação às estruturas patriarcais da sociedade, se volta para as
representações femininas, ligadas ao sentimento, o cultivo da terra, o cuidado com
os semelhantes, unificando os arquétipos feminino e masculino. Nesse sentido,
aponta-se para a possível emergência, nesse contexto, de uma masculinidade que
mesmo potente é sentimental, e uma mulher que, mesmo delicada, é independente.
This work aims to understand the roots of the anguishes suffered by women in
relation to the inequality of gender and rights, seeking historically and socially to
find possible causes of machismo and the patriarchal era, and in the power of
myths to analyze in the light of the psychological approach of Carl Gustav Jung ,
In this work, a bibliographical research was carried out to explain the statistics
about gender violence in Brazil, and to try and understand the roots of violence,
which were based on the archetypal theory to understand not only the historical
moment that man lived, but the influences of the collective psyche on the
domination of man over woman. For through the myths and cycles of nature it is
possible to find kinship with what man lives culturally and with his inner cycles and
through them, is that it would also be possible to return to what some scholars and
historians call the "age of the goddess", which would be the possible future in
which man turns again to feminine representations, such as feeling, cultivating the
earth, caring for his fellow men, unifying the male and female archetypes in a
single being, a dance, a man who, is sentimental, and a woman who even
delicate, is independent.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 8
2 OBJETIVOS................................................................................................................................... 133
3 METODOLOGIA ............................................................................... Error! Bookmark not defined.3
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................... 144
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 233
1 INTRODUÇÃO
A teoria mais aceita, segundo Harari(2011, p.164) aponta para o fato de que
homens são mais fortes que as mulheres e utilizam sua capacidade física para
obriga-las a se submeterem. Essa teoria poderia ser facilmente refutada, já que
para ser homem ou para ser mulher não basta nascer com determinado
cromossomo, é preciso “se tornar homem/ mulher”, já que ser homem ou mulher é
uma construção social. No livro Sapiens, o autor nos mostra duas figuras de
masculinidade totalmente diferente, como um retrato do rei Luís XIV, com cabelos
feito de peruca longos, usando salto-alto e uma longa vestimenta que lembra um
vestido. Suas pernas viradas, e seus trejeitos com a mão na cintura, desvela
características “afeminadas” para um homem de outra época e lugar, mas na
França do século XVIII, o re Lúis XIV era um símbolo de alta masculinidade. O
autor nos apresenta em seguida, uma foto de Barack Obama, de terno e cabelo
curto, ficando clara a mudança da masculinidade. Para Nolasco(apud
Ecco,2001,p.65) a palavra “masculinidade” encontra em sua raiz as
denominações “viril”, “enérgico” e “ativo”. É óbvio que culturalmente as práticas
das representações da masculinidade agem através de ações pertinentes a essas
denominações. Nolasco (apud Ecco,2001,p.65) afirma que a base da sociedade
patriarcal se sustenta a partir dessas características da masculinidade. Por isso a
imagem habitual de um homem exitoso é aquela de dominador das mulheres.
Com essa afirmação de Nolasco, podemos refletir que o homem para se sentir
aceito, toma certas atirudes para se provar como “viril”, “ativo”, “provedor”, tanto
num âmbito individual, como coletivo.
Então, a força física dos homens não é o bastante para fazê-los serem
masculinos, e além do mais, as mulheres foram excluídas de muitos trabalhos
que não exigiam força física alguma, como aponta Harari(2001) e segundo o
autor, a questão têm muito mais relação com fatores sociais e habilidades
mentais do que força física, como mostra o trecho a seguir:
“É, simplesmente natural que a cadeia de poder dentro da espécie
também seja determinada mais por habilidades mentais e sociais do que
pela força bruta. É, portanto difícil acreditar que a hierarquia social mais
influente e mais estável da história seja fundada sobre a capacidade física
dos homens de coagir as mulheres.”
Harari(2001,p.165)
13
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
É interessante perceber que a mesma Lua que nasce, cresce e atinge seu
ápice, mingua, e é representada por uma Deusa Anciã, porque tudo que é velho
morre, e na morte há uma promessa de que tudo vai renascer. As fases da lua
encontram similaridade nas estações do ano, sendo a lua crescente
correspondente à primavera, a lua cheia correspondente ao verão, a lua
minguante correspondente ao outono e a lua nova correspondente ao inverno. Há
também uma correspondência com as nossas próprias “estações” internas
(emoções), compreendida através da teoria hipocrática como diferentes humores:
colérico, sanguíneo, melancólico e fleumático.
Para abrir as portas para uma vida nova, porém, é preciso que a
responsabilidade consciente, egóica, supere o orgulho racional e aceite o
princípio maior do inconsciente. No dizer jungiano, o eu pessoal abre-se
ao contato com o si-mesmo. Jung disse mais de uma vez que não somos
nós que temos o inconsciente, o inconsciente é que nos tem. Trata-se de
uma maneira de alertar que as verdadeiras luzes do espírito humano
sempre estiveram presentes através das eras, e em diferentes culturas
puderam iluminar aqueles que superaram as dualidades corpo/mente,
profano/sagrado, feminino/masculino. (PENNA,1992, p. 92)
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
FARRAR, S.; FARRAR, J. Oito Sabás para Bruxas (e ritos para o nascimento,
casamento e morte.). São Paulo: Anúbis, 1983.
JUNG, C.G. O homem e seus símbolos. 19ªed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1964.
OSHO. The Diamond Sutra: The Buddha also said…Osho classics, 1990.